Onze filmes para erradicar o analfabetismo político e a cultura de ódio dos Pinochet brasileiros

“Ninguém, em sã consciência, pode prever como sairemos da caótica situação a que nos levaram esses anos de experiência petista. Muitos souberam desde logo que seu líder não era mais do que um aventureiro irresponsável, despreparado, desprovido de caráter e de condições morais e intelectuais”.
General Gilberto Rodrigues Pimentel, presidente do Clube Militar

“É típico de nosso povo esperar que alguém, o governo, os poderosos, resolvam os problemas a preço módico, poupando ao povo o esforço de fazê-lo”.
General Clovis Purper Bandeira, editor de Opinião do Clube Militar

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Leia as cartilhas odientas desses dois generais, esquecidos dos crimes praticados pela ditadura militar de 1964, e descrentes da sabedoria do povo, a voz de Deus.

O Século XX foi marcado por ditaduras militares na Europa – Hitler, Mussolini, Stalin, Franco, Salazar – paridas da Primeira Grande Guerra e que conceberam a Segunda Grande Guerra Mundial. Guerras que colonizaram o Oriente Médio, a África, e promoveram guerras civis e golpes na América Latina, patrocinados pelo imperialismo.

Uma política que martirizou o povo pisoteado pelos Quatro Cavaleiros do Apocalipse. E nada mais demoníaco do que um Pinochet, uma Operação Con-dor.

Transcrevo do Cinema Uol, Literatortura e Pragmatismo político: Das sessões de tortura aos fantasmas da ditadura, o cinema brasileiro invariavelmente volta aos anos do regime militar para desvendar personagens, fatos e consequências do golpe que destituiu o governo democrático do país e estabeleceu um regime de exceção que durou longos 21 anos.

Estreantes e veteranos, muitos cineastas brasileiros encontraram naqueles anos histórias que investigam aspectos diferentes do tema, do impacto na vida do homem comum aos grandes acontecimentos do período.

Embora a produção de filmes sobre o assunto tenha crescido mais recentemente, é possível encontrar obras realizadas durante o próprio regime militar, muitas vezes sob a condição de alegoria.

“Terra em Transe”, de Glauber Rocha, é um dos mais famosos, retratando as disputas políticas num país fictício. Mais corajoso do que Glauber foi seu conterrâneo baiano Olney São Paulo, que registrou protestos de rua e levou para a tela em forma de parábola, o que lhe custou primeiro a liberdade e depois a vida.

Os onze filmes que compõem esta lista, se não são os melhores, fazem um diagnóstico de como o cinema retratou a ditadura brasileira.

1. MANHÃ CINZENTA (1968), Olney São Paulo – Em plena vigência do AI-5, o cineasta-militante Olney São Paulo dirigiu este filme, que se passa numa fictícia ditadura latino-americana, onde um casal que participa de uma passeata é preso, torturado e interrogado por um robô, antecipando o que aconteceria com o próprio diretor. A ditadura tirou o filme de circulação, mas uma cópia sobreviveu para mostrar a coragem de Olney São Paulo, que morreu depois de várias sessões de tortura, em 1978.

2. PRA FRENTE, BRASIL (1982), Roberto Farias – Um homem comum volta para casa, mas é confundido com um “subversivo” e submetido a sessões de tortura para confessar seus supostos crimes. Este é um dos primeiros filmes a tratar abertamente da ditadura militar brasileira, sem recorrer a subterfúgios ou aliterações. Reginaldo Faria escreveu o argumento e o irmão, Roberto, assinou o roteiro e a direção do filme, repleto de astros globais, o que ajudou a projetar o trabalho.

3. NUNCA FOMOS TÃO FELIZES (1984), Murilo Salles – Rodado no último ano do regime militar, a estreia de Murilo Salles na direção mostra o reencontro entre pai e filho, depois de oito anos. Um passou anos na prisão; o outro vivia num colégio interno. Os anos de ausência e confinamento vão ser colocados à prova num apartamento vazio, onde o filho vai tentar descobrir qual a verdadeira identidade de seu pai. Um dos melhores papéis da carreira de Claudio Marzo.

4. CABRA MARCADO PARA MORRER (1984), Eduardo Coutinho – A história deste filme equivale, de certa forma, à história da própria ditadura militar brasileira. Eduardo Coutinho rodava um documentário sobre a morte de um líder camponês em 1964, quando teve que interromper as filmagens por causa do golpe. Retomou os trabalhos 20 anos depois, pouco antes de cair o regime, mesclando o que já havia registrado com a vida dos personagens duas décadas depois. Obra-prima do documentário mundial.

5. O QUE É ISSO, COMPANHEIRO? (1997), Bruno Barreto – Embora ficcionalize passagens e personagens, a adaptação de Bruno Barreto para o livro de Fernando Gabeira, que narra o sequestro do embaixador americano no Brasil por grupos de esquerda, tem seus méritos. É uma das primeiras produções de grande porte sobre a época da ditadura, tem um elenco de renome que chamou atenção para o episódio e ganhou destaque internacional, sendo inclusive indicado ao Oscar.

6. AÇÃO ENTRE AMIGOS (1998), Beto Brant – Beto Brant transforma o reencontro de quatro ex-guerrilheiros, 25 anos após o fim do regime militar, numa reflexão sobre a herança que o golpe de 1964 deixou para os brasileiros. Os quatro amigos, torturados durante a ditadura, descobrem que seu carrasco, o homem que matou a namorada de um deles, ainda está vivo –e decidem partir para um acerto de contas. O lendário pagador de promessas Leonardo Villar faz o torturador.

7. CABRA CEGA (2005), Toni Venturi – Em seu melhor longa de ficção, Toni Venturi faz um retrato dos militantes que viviam confinados à espera do dia em que voltariam à luta armada. Leonardo Medeiros vive um guerrilheiro ferido, que se esconde no apartamento de um amigo, e que tem na personagem de Débora Duboc seu único elo com o mundo externo. Isolado, começa a enxergar inimigos por todos os lados. Belas interpretações da dupla de protagonistas.

8. O ANO EM QUE MEUS PAIS SAIRAM DE FÉRIAS (2006), Cao Hamburger – Cao Hamburger, conhecido por seus trabalhos destinados ao público infantil, usa o olhar de uma criança como fio condutor para este delicado drama sobre os efeitos da ditadura dentro das famílias. Estamos no ano do tricampeonato mundial e o protagonista, um menino de doze anos apaixonado por futebol, é deixado pelos pais, militantes de esquerda, na casa do avô. Enquanto espera a volta deles, o garoto começa a perceber o mundo a sua volta.

9. HOJE (2011), Tata Amaral – Os fantasmas da ditadura protagonizam este filme claustrofóbico de Tata Amaral. Denise Fraga interpreta uma mulher que acaba de comprar um apartamento com o dinheiro de uma indenização judicial. Cíclico, o filme revela aos poucos quem é a protagonista, por que ela recebeu o dinheiro e de onde veio a misteriosa figura que se esconde entre os cômodos daquele apartamento. Denise Fraga surpreende num papel dramático.

10. TATUAGEM (2013), Hilton Lacerda – A estreia do roteirista Hilton Lacerda na direção é um libelo à liberdade e um manifesto anárquico contra a censura. Protagonizado por um grupo teatral do Recife, o filme contrapõe militares e artistas em plena ditadura militar, mas transforma os últimos nos verdadeiros soldados. Os soldados da mudança. Irandhir Santos, grande, interpreta o líder da trupe. Ele cai de amores pelo recruta vivido pelo estreante Jesuíta Barbosa, que fica encantado pelo modo de vida do grupo.

11. BATISMO DE SANGUE (2007) – Apesar do incômodo didatismo do roteiro, o longa é eficiente em contar a história dos frades dominicanos que abriram as portas de seu convento para abrigar o grupo da Aliança Libertadora Nacional (ALN), liderado por Carlos Marighella. Gerando desconfiança, os frades logo passaram a ser alvo da polícia, sofrendo torturas físicas e psicológicas que marcaram a política militar. Bastante cru, o trabalho traz boas atuações do elenco principal e faz um retrato impiedoso do sofrimento gerado pela ditadura.

Bloqueio de estradas pelos bilionários proprietários de frota de caminhões é democracia. Pelos sem teto é terrorismo e baderna e caos no trânsito

Greve dos caminhoneiros no Paraná
Greve dos caminhoneiros no Paraná
Bahia
Bahia

O país tem 3,2 milhões de caminhões, dos quais mais da metade pertencem a grandes empresários, um monopólio comandado por umas cinco pessoas imensamente ricas e poderosas.

Para dimensionar o poder desses empresários, deles dependem o abastecimento de 60 por cento dos alimentos consumidos no Brasil.

Uma greve de cinco bilionários pode criar um clima de revolta popular, e de desestabilização do governo. Aconteceu em todos os golpes do Cone Sul. A mesma estratégia está sendo realizada hoje na Venezuela.

No Brasil, o próprio governo é responsável por tal abuso de poder. Segundo dados do BNDES, o programa Procaminhoneiro financiou quase 70 mil veículos, com subsídios do Tesouro. Não é nada, não é nada. Representou, desde 2007,  um investimento de 11,7 bilhões.

“Essas operações são uma fração dos finaciamentos e se concentram nas grandes empresas”, informa a Folha de S. Paulo, reportagem de Dimmi Amora.

 

Publiquei vários artigos que tratam do perigo que representa para a democracia esse poder dos frotistas. Em recente reportagem, Carta Maior historia:

A expressão ‘greve de caminhoneiro’ condensa um clássico latino-americano. No Chile de Allende, a paralisação nacional dos caminhoneiros, em outubro de 1972, insuflada pelos proprietários de frotas que seccionaram o país e causaram grave e longo desabastecimento, foi um divisor de águas na escalada golpista.

A greve, que segundo historiadores, foi sustentada por dinheiro do Departamento de Estado norte-americano, inaugurou o capitulo ‘faça-se o caos’.

E foi o que se fez. O resto é sabido: ele culminaria com o bombardeio do La Moneda, 11 meses depois.

A recente greve dos caminhoneiros no Brasil sugestivamente iniciada no Paraná do juiz Moro e do tucano Beto Richa, não acontece com o pano de fundo de um embate de vida ou morte da burguesia contra um governo progressista.

Há distintas motivações a fermenta-la, sendo o reajuste nos preços do diesel uma delas. Leis trabalhistas que contrariam os interesses dos donos de frota, outra.

Mas a sua ordenação política, as palavras de ordem e o tratamento obsequioso da mídia – a mesma que antes exigia o realismo tarifário e o fim dos subsídios da Petrobras – borbulha uma cumplicidade sugestiva com os paladinos da moral, do impeachment e do desmonte da Petrobras para rifar o pré-sal.

O conjunto evidencia o subtexto de uma convergência que não pode mais ser ignorada pelo governo.

Acumulam-se sinais – alguns ostensivamente desrespeitosos, como os da elite que destratou o ex-ministro Mantega, no Hospital Albert Einstein, dia 19, onde a esposa se trata de um câncer, aos gritos ‘vai para o SUS’ – de que setores crescentes do conservadorismo resolveram aqui também desencadear o capítulo ‘Faça-se o caos; semeie-se a guerra’.

A meta nada dissimulada foi convergir distintas iniciativas para o grande dreno das correntezas golpistas em 15 de março último, no ato golpista pró impeachment de Dilma.

 

Movimentos bloqueiam estradas em protesto por moradia digna

 

São Paulo
São Paulo
São Paulo
São Paulo
Ceará
Ceará

Paraná

 

por Vitor Abdala,  da Agência Brasil Edição
Manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) fizeram na manhã de hoje (18) um protesto na Rodovia Niterói-Manilha (BR-101), em Niterói, no Grande Rio. Eles atearam fogo em uma barricada de pneus e fecharam a pista no sentido Ponte Rio-Niterói.

O protesto faz parte do Dia Nacional de Lutas, que está acontecendo em 13 estados. O MTST e movimentos da Frente de Resistência Urbana querem o lançamento imediato do Programa Minha Casa, Minha Vida 3 e o recuo no ajuste fiscal do governo federal.

Segundo a concessionária Autopista Fluminense, que administra a via, o protesto ocorreu na altura do quilômetro 321, a pouco mais de um quilômetro da ponte. O engarrafamento, de acordo com a concessionária, chega a cinco quilômetros de extensão.

Policiais militares e rodoviários federais negociaram com os manifestantes a liberação da rodovia e, neste momento, bombeiros apagam o incêndio da barricada.

Escandalosamente noticia Brazil Post:

Sob o slogan de “Não queremos intervenção militar, queremos intervenção popular”, o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) organizou protestos em 13 estados do país. Até o momento já foram no mínimo 15 importantes rodovias bloqueadas em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Ceará.Confira aqui a notícia do Brazil Post com z. O MTST faz questão de frisar que não apóia a política econômica de Dilma, fato escondido pela mídia.

 

Brasil Post usa o seguinte cartaz para incendiar o noticiário
Brazil Post usa o seguinte cartaz para incendiar o noticiário. Veja a data

Leia mais na página do MTST

coxinha

banqueiros

Boneco de Joaquim Levy queimando na Avenida! Não ao ajuste fiscal antipopular!
Boneco de Joaquim Levy queimando na Avenida! Não ao ajuste fiscal antipopular!

Em São Paulo sem água, um bando de terroristas pede sangue

Passeata em Sampa. Imaginei que  para reclamar a falta de água.

E coisa rara, sem pancadaria da polícia e sem infiltrados e espionagem.

 

Viva a PM! Viva Bolsonaro! Viva Lobão!

 

gorila

 

por Fábio Chap

Acabei de voltar de uma manifestação em que:

– 93% dos presentes gritavam: ‘Viva a PM! Viva a PM!’

– 52% dos presentes pediam a intervenção militar, ou seja, o retorno da ditadura militar no Brasil

– 97,8% dos presentes comemoraram quando foi dito no megafone que o congresso derrubou  a ‘medida bolivariana’ da Dilma que propunha participação popular na política brasileira

– Foi anunciado no carro de som que a ‘Fulana de Alguma Coisa’ tinha perdido seu cartão de crédito e poderia retirar no próprio caminhão. (Adoro manifestações em que eu posso recuperar meu cartão de crédito quando o perco.)

– 94% aplaudiu fervorosamente o Lobão quando ele subiu no carro de som

– 86% aplaudiu fervorosamente o filho de Bolsonaro, e ficou gritando: ‘Bolsonaro! Bolsonaro! Bolsonaro!’

– Discuti com uma mulher que cismou que eu era comunista quando eu disse que o Aécio bateu na esposa. Ela disse que eu preciso estudar mais e que se ele bateu na esposa, isso é problema particular deles, não nosso

– Uma menina bonita e bem vestida, por volta dos 20 anos, disse que o PT acabou  com a juventude dela

– Uma mulher começou a gritar ‘Dilma, Dilma, Dilma’ e ouviu de contra-argumento que ela era maconheira, sapatona e vagabunda. O homem que a xingou estava vestido de azul e deveria ter por volta de seus 60 anos.

Nesses rolês eu aprendo muito sobre o ÓDIO. E quanto mais eu vejo essas pessoas odiosas vomitarem suas verdades pequenas e particulares, mais eu desejo que elas descubram um pouco mais sobre o amor.

Quem sabe um dia.

 

Hidrante como enfeite

 

Boca de incêncio
Boca de incêncio

O governador Geraldo Alckmin mandou a polícia militar não reprimir a passeata. Ora, ora, era uma passeata favorável à polícia.

Estavam proibidos desta vez, o uso de bombas de efeito moral, balas de borracha, bombas de gás lacrimogêneo.

O governador aprovou apenas o uso de canhões de água contra os petistas, que não apareceram.

Os soldados estaduais testaram os hidrantes para ligar suas mangueiras. Não encontraram nenhum em funcionamento.

Alckmin ainda acredita que existe água em São Paulo.

E se acontecer um incêndio?

 

Os filhos da mídia foram protestar na Paulista

 

gorilas

 

por Paulo Nogueira

 

Os filhos da mídia foram neste sábado para as ruas protestar contra, bem, contra sei lá o quê.

Contra terem perdido nas urnas e, portanto, contra a democracia.

Disse “filhos”, mas poderia ter dito “vítimas”.

Porque em sua louca cavalgada antidemocrática eles foram intoxicados mentalmente pelo que a mídia deu nestas últimas semanas.

Eles pareciam saídos das páginas da Veja e dos comentários de gente como Jabor.

Pediam o impeachment de Dilma pelo caso Petrobras.

São os efeitos colaterais da capa criminosa que a Veja deu às vésperas das eleições.

Os manifestantes da Paulista tomaram aquilo como uma verdade indiscutível.

Isso mostra que é necessário aplicar uma punição exemplar à Veja. É uma tentativa de golpe branco fazer o que a revista fez – sem uma única prova – em cima de uma eleição tão disputada.

A Veja tem que enfrentar – rapidamente — as consequências do que fez. Ou vamos esperar que um lunático, inspirado pela revista, comece a matar petistas?

A mídia está também por trás do disparatado pedido de auditoria de votos feito pelo PSDB.

Os tucanos só fizeram isso por saberem que têm as costas quentes com a imprensa. Ou então se refreariam antes de atentar contra as instituições com um pedido tão esdrúxulo.

As dúvidas não resistem a um minuto de reflexão. Considere. O Datafolha deu, na véspera, 52% a 48% para Dilma. A diferença ficou nos decimais: 51,64% versus 48,36%.

A desconfiança nasce também, assinale-se, de trapaças do PSDB não devidamente cobradas pela mídia.

Aécio usou dados enganosos de uma pesquisa do instituto Veritás que lhe dava ampla vantagem em Minas, onde perdera no primeiro turno.

O dono do Veritás avisou que era um erro, ou crime, utilizar os números que Aécio brandiu publicamente, nos debates, contra Dilma. O estatístico também.

E mesmo assim Aécio não se deteve.

O que pensa um fanático antipetista quando vê uma coisa dessas? Num dia, numa pesquisa, seu candidato está ganhando amplamente em Minas. No dia seguinte, no mundo real, o candidato perde.

Farsa, é a conclusão.

E a frustração se converte em raiva depois que analistas afirmam que Aécio perdeu a presidência por causa dos votos que não teve em Minas.

Manifestações como a de hoje mostram como a sociedade está sendo agredida por uma mídia interessada apenas na manutenção de seus formidáveis privilégios.

Pensava-se que o ataque da mídia à democracia cessaria com as eleições.

Não cessou.

É hora de o Estado proteger a democracia, antes que seja tarde demais.

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Leia também: “Se eu fosse você, temeria pela sua integridade física”: nosso repórter na manifestação pelo impeachment em SP

 

Será que vai ter água?

 

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Sergei Tunin

Campanha: bote um milico num fusca e mande-o pro RIOCENTRO!

In Ficha Corrida

Para quem não entendeu, a Wikipédia desenha: Atentado do Riocentro!

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O antipetismo do Clube Militar e a vala comum do esquecimento

por Denise Felipe Ribeiro

Após a derrocada dos regimes ditatoriais-militares no Cone Sul, a partir de meados dos anos 1980, teve início o processo de reconstrução democrática. Entre os grandes desafios aí colocados estão a pacificação, a mudança nas relações entre civis e militares e as questões relacionadas a como lidar com o passado autoritário. Foram então adotadas algumas medidas denominadas como políticas de justiça de transição, que buscam o estabelecimento da noção de não-repetição de atos arbitrários por parte do Estado e de uma maior confiança dos cidadãos nas instituições. Tais objetivos seriam alcançados por intermédio do conhecimento dos fatos (direito à verdade e à memória), da indenização aos que sofreram perseguições (reparação), da responsabilização daqueles que agiram de forma ilegal e perpetraram crimes contra a humanidade (restabelecimento do preceito de justiça e devido processo legal) e da reforma das instituições, particularmente os órgãos de segurança, para que estas sejam vocacionadas para a vida democrática.

No Brasil, somente em 1995, o Estado reconheceu a sua responsabilidade pelas mortes e desaparecimentos ocorridos no curso do período ditatorial. No mesmo ano, foi criada a Comissão Especial de Anistia, que contemplou empregados do setor privado, de empresas públicas e mistas, dirigentes e representantes sindicais, e a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos. No final do governo FHC, a Lei 10.559/2002 responsabilizou o Estado por torturas, prisões arbitrárias, demissões, transferências por razões políticas, sequestros, compelimento ao exílio e à clandestinidade, banimentos e expurgos, determinando o pagamento de indenizações aos atingidos.

Ao longo dos governos petistas, ainda que com uma série de limitações, as ações de justiça de transição têm sido postas em prática, particularmente no que diz respeito ao tema da memória e verdade. Projetos como o Direito à Memória e Verdade, de 2006, que registrou oficialmente as mortes e desaparecimentos, e as Caravanas da Anistia, que fazem julgamentos simbólicos públicos em várias cidades onde ocorreram perseguições, se inserem nas ações que propõem o conhecimento do passado como uma forma de garantir a não repetição dos fatos e trazer mudanças significativas nas instituições, tendo em vista a (re)construção democrática. A criação do projeto Memórias Reveladas, em 2009, ao reunir, preservar e facilitar o acesso à documentação referente ao período ditatorial se insere nesse conjunto de ações de promoção do direito à verdade e à memória. Ademais, em 2012, teve início uma das mais significativas ações de justiça de transição: a Comissão Nacional da Verdade.

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A despeito das cobranças feitas ao governo brasileiro pelas cortes internacionais de direitos humanos, especialmente a OEA, para que sejam investigados os crimes contra a humanidade perpetrados pelo regime civil-militar brasileiro, e punidos os agentes envolvidos, ainda existem muitas resistências contra as medidas de justiça de transição. Essas resistências têm feito com que, lamentavelmente, o governo brasileiro não tenha tomado as medidas exigidas pela Corte Interamericana de Direitos Humanos no caso dos desaparecimentos do Araguaia. Entre os atores sociais que criticam de modo mais encarniçado essas políticas, encontram-se os setores das Forças Armadas que defendem publicamente o período ditatorial, sobretudo o Clube Militar. A instituição, criada em 1887, com participação na proclamação da República e nos debates sobre a exploração do petróleo que resultaram na criação da Petrobras, ficou mais marcada pelo protagonismo em movimentos golpistas, especialmente aquele que destituiu o Presidente João Goulart, em 1964. É essa instituição que todos os anos, no dia 31 de março, reúne os seus membros na sede do Rio de Janeiro para comemorar o que dizem ser a “revolução democrática”.

O antipetismo, publicizado de maneira desinibida pela instituição militar, por meio de um recente manifesto de apoio à candidata Marina Silva, reflete e tenta disfarçar a enorme contrariedade em relação às medidas de justiça e verdade promovidas pelo governo federal. Não à toa, o manifesto foi publicado logo após a candidata pesebista ter se posicionado de modo contrário à revisão da Lei da Anistia e à punição de torturadores. O documento do Clube Militar vai ao encontro de outras ações como a do general Enzo Peri, comandante do Exército, que teria proibido a colaboração dos quarteis com as investigações da Comissão da Verdade.

Brasil Dilma desistir Marina Eduardo

O que o apoio do Clube Militar à candidata Marina Silva tende a revelar, por trás do saliente antipetismo e de uma suposta contrariedade em relação a denúncias de corrupção, é o potencial compromisso da candidata de que todos os avanços acima mencionados sejam jogados na vala comum do esquecimento.

 

Dilma e companheiras de cela: “fomos pra prisão por lutar pelo direito do povo”

 

Dilma e as companheiras que  dividiram uma cela no Dops
Dilma e as companheiras que
dividiram uma cela no Dops

A presidenta Dilma esteve reunida com as mulheres paulistas neste sábado (6) em ato de apoio a sua reeleição. A assessoria da presidência estima que um total de 4 mil pessoas estiveram presentes no ato. Dilma, ao subir no palco, cumprimentou em primeiro lugar as mulheres que estiveram presas com ela durante a ditadura e fez uma fala emocionada sobre o tempo em que dividiram uma cela no Dops.

“Nós, mulheres, fomos para a prisão, inclusive eu. Porque lutar pelo direito do povo, naquela época, dava cadeia”, declarou.

Ao lado de Maria Aparecida Costa, Rita e Helenita Sipahi, da Ministra Eleonora Menicucci, Lenira Machado, Guimar Lopes, Ilda Martins da Silva e Rose Nogueira, Dilma falou da época em que todas dividiam uma cela nos porões da ditadura: “essas mulheres fazem parte da minha vida, fazem parte de mim. Vocês imaginam como é dividir todas as horas do dia juntas”, disse.

No ato, Dilma falou da importância dos programas sociais de distribuição de renda para a vida das mulheres, como o Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida. E de como programas como o Pronatec e o Prouni têm ajudado as mulheres a complementar a renda familiar.

Ao final, a presidenta terminou a fala emocionada: “agradeço ao apoio de todas as mulheres, inclusive aquelas que estiveram na cadeia comigo. Vamos nos multiplicar por essa campanha em que a verdade vai vencer a mentira”.

Confira abaixo a fala de Maria Aparecida Costa em apoio à reeleição de Dilma:

DE LA CALLE AL CONGRESO. Líderes estudiantiles chilenos buscan ser diputados

[No Brasil, os líderes estudantis são presos. E fichados, pela polícia, como membros de facções criminosas. O Brasil é mais pinochetista que o Chile]

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A poco más de un mes de convertirse en madre primeriza, Camila Vallejo cierra su campaña a diputada por la populosa comuna de La Florida, donde ella creció.

Sube al escenario sonriente, con jeans y su cabello a medio recoger, pero ahora no le habla sólo a estudiantes. Padres, niños y ancianos se congregaron para escuchar a una de las mayores figuras del movimiento estudiantil que en 2011 sacó a miles de personas a las calles, en reclamo de una educación pública, gratuita y de calidad.

En la tarima, Camila, de 25 años y egresada recién de Geografía, llama a todos a votar el domingo y afirma que éste es el “inicio de una nueva primavera, de un nuevo ciclo político en Chile” con la misma convicción con la que llamó a derribar el sistema educativo heredado de la dictadura de Augusto Pinochet (1973-1990).

Vallejo, que saltó a la fama tras presidir la poderosa Federación de Estudiantes de la Universidad de Chile, postula por el Partido Comunista, que para esta elección se unió al pacto Nueva Mayoría, la coalición de la exmandataria socialista Michelle Bachelet, favorita para ganar la elección presidencial del domingo, que se realiza junto con la parlamentaria.

Su apoyo a Bachelet es visto por algunos como una traición. En enero de 2012, afirmó que “jamás estaría dispuesta a hacer campaña por Bachelet ni llamar a los jóvenes a votar por ella”.

Pero ahora la respalda con fuerza. En sus carteles aparece apoyada en su hombro, bajo el lema “juntos vamos al Congreso”.

“Es una decisión política que asumimos para poder hacer viable y materializables las demandas de la calle en un futuro gobierno, en un futuro parlamento”, explica Vallejo en una entrevista con la AFP.

El Partido Comunista, relegado por años de la primera línea de la política chilena, resolvió tempranamente apoyar a Bachelet, a cambio de asegurar el respaldo a sus candidatos al Parlamento, entre ellos Vallejo, que tiene casi asegurada su elección.

Un camino distinto

El expresidente de la federación de Estudiantes de la Universidad Católica Giorgio Jackson optó por un camino distinto. Formó un movimiento político, Revolución Democrática, y decidió postularse como independiente por la comuna de Santiago, al no lograr un acuerdo con Nueva Mayoría para definir los candidatos de la comuna en primarias.

Pero por expresa petición de Bachelet, el pacto no inscribió competidores en esa comuna, apoyando a Jackson, que a sus 26 años y recién titulado como Ingeniero Civil, tiene también casi asegurada su elección

“No quiero ser un espectador, sino un actor. Y ser un actor es también asumir responsabilidades y poder aprovechar esa responsabilidad”, dice Jackson a la AFP, tras reunirse con un grupo de amas de casa y jubiladas en un club social de Santiago, a la mitad de su campaña.

El movimiento que lo apoya, integrado por jóvenes profesionales desconfiados de los partidos políticos tradicionales, resolvió no apoyar a Bachelet aunque en una eventual segunda vuelta Jackson ha señalado que apoyaría a la exmandataria, que ha comprometido una profunda reforma educacional.

De las calles al Congreso

En 2011, Giorgio y Camila lideraron más de 40 multitudinarias marchas por Santiago, haciendo tambalear el gobierno del derechista Sebastián Piñera. Camila deslumbró al mundo por su belleza, la convicción y serenidad para plantear la necesidad de cambios radicales.

Giorgio, por su parte, fue alabado por su templanza pero también por el manejo de cifras y elementos técnicos. Otros dirigentes estudiantiles de esa época, como la comunista Karol Cariola, y los independientes de izquierda Gabriel Boric y Francisco Figueroa postulan también al congreso.

¿Qué aprendieron de la calle?

“Aprendí a desconfiar. Aprendí a organizarme, aprendí a presionar y también aprendí a comunicar algunas cosas. Y a escuchar mucho, eso es lo que uno más hace”, dice Jackson a la AFP.

Ahora, desde el Congreso, ambos buscan ser la voz de los estudiantes pero también de otros movimientos sociales que irrumpieron a la par de los estudiantes.

“La educación fue mi leitmotiv para poder ingresar al parlamento, es mi razón, pero ya avanzando en el tema educacional, yo creo que también hay otros temas, el tema de las pensiones, el tema de la salud, que viven la misma crisis que la educación y también los temas medioambientales”, dice Camila, que debió hacer un alto en el acto para amamantar a su pequeña hija, Adela.

(República, Uy)

Vereador defende chacina de mendigos

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Durante uma sessão na Câmara Municipal de Piraí, Rio de Janeiro,  o vereador José Paulo Carvalho de Oliveira (PTdoB), conhecido como Russo, gerou polêmica ao afirmar  que os moradores de rua deveriam virar “ração para peixe”. A frase foi dita no mesmo momento em que ele se posicionava contra o direito dos moradores de rua de votarem.”Mendigo não tem que votar. Mendigo não faz nada na vida. Ele não tem que tomar atitude nenhuma”, disse.

O comentário foi feito no dia 8 de outubro, em uma discussão sobre os 25 anos da Constituição Federal. Na ocasião, o vereador ainda tocou em outros pontos polêmicos como a pena de morte, não prevista pela legislação brasileira. Ele comentou que achou uma pena quando acabaram com a pena de morte. “Deveria haver pena de morte. ‘Ah, vai matar inocente’. Não vai. Ainda que matasse, ia morrer muito menos inocente do que morre hoje, porque se um bandido soubesse que ele ia ser morto, com certeza ele ia pensar mais um pouquinho antes de fazer as coisas”, declarou.

Sobre a censura aos meios de comunicação, o legislador se mostrou preocupado com os conteúdos proporcionados para as crianças. “Fim da censura: eu acho isso ruim. Tem que ter censura. Tem um programa que passa altas horas da noite lá, tem um filme lá que pode passar de qualquer maneira. Eu sei que vai passar um filme ruim e não vou deixar meu filho ver. Mas nas propagandas de intervalo de um filme, de uma novela, tem coisas ridículas. Nas novelas de hoje passam gente transando escandalosamente na frente de criança. Tem que ter censura, sim, tem que ter um bom senso. Não pode se liberar tudo na vida, não, tem que ter censura”, defendeu.

O vereador pronunciou um discurso nazista/fascista/stalinista.  Coisa de reacionário, extremista, racista que prega a “solução final para os mendigos”. Isso é apologia do crime, das chacinas de mendigos, que são incendiados ou mortos a tiros, pauladas, e que entram na lista dos desaparecidos e do rendoso tráfico de cadáveres.

Comida para peixe. Na ditadura militar dos países do Cone Sul, inúmeros presos políticos foram transportados em aviões e jogados no alto mar.

Quanta ganha por mês esse vereador aproveitador do PTdoB de Piraí, terra que mata jornalistas?

José Paulo Carvalho de Oliveira não sabe distinguir um mendigo de um picareta político, de um funcionário de serviço fantasma, de um parasita vereador, de um lobista, de um gigolô e outros malandros – uma gentalha que “não faz nada” de útil, e sem trabalhar, vive uma vida de luxo e luxúria.

Jornalista Mário Randolfo Marques Lopes
Jornalista Mário Randolfo Marques Lopes

Que ele responda se já descobriram os assassinos do jornalista Mario Randolfo Marques Lopes que informava sobre a corrupção em Barra do Piraí. Randolfo havia sobrevivido a vários atentados contra sua vida nos últimos anos. Atentados por denunciar vereadores e prefeitos ladrões em Piraí.

95 moradores de rua foram assassinados desde o começo do ano

Rezo para que o discurso nojento do vereador José Paulo Carvalho de Oliveira não aumente a lista das chacinas de mendigos, impunemente praticadas no Brasil por assassinos cruéis e covardes.

Escreve Wilson Lima

Dados são da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República: Minas Gerais é o Estado que concentra o maior número de mortes, seguido de Goiás

Dos 195 assassinatos de moradores de rua registrados entre janeiro e junho, dez pessoas foram mortas por apedrejamento e nove por espancamento. Houve também o registro de sete moradores de rua que morreram após terem sido queimados.

In Wikipédia: Mendigomendicantepedintemorador de ruasem-teto ou sem-abrigo é o indivíduo que vive em extrema carência material, não podendo manter a sobrevivência com meios próprios. Tal situação de indigência material força o indivíduo a viver na rua, perambulando de um local para o outro, recebendo o adjetivo de vagabundo, ou seja, aquele que vaga, que tem uma vida errante.

O estado de indigência ou mendicância é um dos mais graves dentre as diversas gradações da pobreza material.

Os mendigos obtêm normalmente os seus rendimentos através de subsídios de sobrevivência estatais ou através da prática da mendicância à porta de igrejas, em semáforos ou em locais bastante movimentados como os centros das grandes metrópoles.

No Brasil, numa tentativa de abordar de forma mais politicamente correta a questão dos que vivem em carência material absoluta, criou-se as expressões pessoas em situação de rua e sem-teto para denominar este grupo social.

Manifesto dos generais, Geraldo Vandré e perdão para os crimes da ditadura militar

Geraldo Vandré

Em 1968, em plena ditadura militar, que começou em Primeiro de Abril de 1964, ao defender Pra não dizer que não falei de flores no Festival de Música Popular Brasileira, Geraldo Vandré criou um dos hinos da resistência ao regime militar que ficou conhecido pela primeira palavra: “Caminhando”. Além de estar em uma nova situação envolvendo ele e Chico Buarque. Sabiá, de Tom jobim e Chico Buarque, foi declarada vencedora, mas o público se revoltou, pois queria Pra não dizer que não falei das flores, que acabou ficando em segundo lugar. Enquanto Cynara e Cybele ao lado de Tom Jobim e Chico Buarque apresentavam a música campeã, vaias se ouviam durante a apresentação. Este se tornou um dos momentos mais emblemático da história dos festivais. Festivais não mais realizados, que São Paulo se tornou a capital do jazz, e o Rio de Janeiro, do rock.

Censura – AI 5
Ainda em 1968, com o AI-5, Vandré viveu um tempo escondido. Foi sequestrado várias vezes pelos militares brasileiros, e torturado. Fugiu para o exílio no Chile, na presidência de Allende. Quando começou a ditadura de Pinochet (1973), terminou novamente preso e torturado. A tortura transformou Vandré em um trapo humano. Do Chile, conseguiu fugir para a Europa onde vagou por vários países. Conheci Vandré no Recife ainda jovem. Maurílio Ferreira Lima, deputado federal exilado, foi visitá-lo em um convento na França. Tinha começado uma vida monástica, mas terminou expulso, quando tentou matar um frade com um facão. Ele contou para Maurílio que estava compondo uma missa.

Desde os tempos de tortura, Vandré viveu perseguido pela direita e anulado pela esquerda. Dizem que “cantou” na tortura. Que passou a espionar os brasileiros no Chile em troca de drogas fornecidas pelos militares do Cone Sul. Apresentam várias lendas do antes e depois que voltou ao Brasil com a anistia – o perdão de todos os crimes cometidos pelos militares nos anos de chumbo. Desprezado, Vandré passou a viver rápidos momentos de lucidez e uma loucura mansa, solitária.

Causa estranheza que seja lembrado em um manifesto de generais para os brasileiros que hoje estão nas ruas, depois de mais de meio século de bela adormecida. Saíram do entorpecimento apenas três vezes: em 1968, contra a ditadura; em 1984, com as diretas já; em 1992, no impeachment de Collor.

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Para não dizer que não falei das flores

(trechos)

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer

Pelos campos há fome
Em grandes plantações
Pelas ruas marchando
Indecisos cordões
Ainda fazem da flor
Seu mais forte refrão
E acreditam nas flores
Vencendo o canhão

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer

Há soldados armados
Amados ou não
Quase todos perdidos
De armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam
Uma antiga lição:
De morrer pela pátria
E viver sem razão

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer

Fonte: Wikipédia/ Google

Jornais que pediram a ditadura em 64 continuam golpistas

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Pierre Ramon Alves de Oliveira
Pierre Ramon Alves de Oliveira

O Partido da Imprensa Golpista faz propaganda marrom contra o vandalismo, realizado por profissionais. E não pede a prisão desses infiltrados.

Pierre Ramon Alves de Oliveira, que depredou a fachada da prefeitura de São Paulo, foi preso depois de denunciado nas redes sociais, e já foi liberado por policiais do Departamento de Investigações sobre Crime Organizado na noite desta quarta-feira. O Deic não revelou se o arruaceiro de 20 anos pagou fiança para ser solto.

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O Partido da Imprensa golpista usa a mesma foto. Milhões e milhões de pessoas nas ruas de todo o Brasil, e barões da mídia pedem a ditadura de volta por causa do vandalismo de um grupinho de infiltrados.

Brasil protesta

O Brasil realizou protestos em diferentes cidades. 99,9 por cento do povo na santa paz.

Por que a imprensa não mostra os cartazes que as crianças, os jovens, as mulheres, os velhos carregavam?

Por que o fogo encomendado no Itamarati – antro dos espias da Operação Condor das ditaduras militares do Cone Sul? Muito curiosa a prontidão de uma soldadesca armada com extintores de incêndio. Os agoureiros, os adivinhos, os videntes “esqueceram” de prender os piromaníacos…

Jango, Geisel, Videla y Kissinger

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Los preliminares del Plan Cóndor

 

Por Darío Pignotti

Videla cumplió el papel que de él se esperaba en el Plan Cóndor, el pacto terrorista que 27 años atrás ocupó un capítulo importante de la agenda de Argentina y Brasil, donde el dictador Ernesto Geisel recibió de buen grado la “nueva” política externa del proceso de reorganización nacional (e internacional), tal como se lee en los documentos, en su mayoría secretos hasta hoy, obtenidos por Página/12.

“Fue con la mayor satisfacción que recibí, de manos del excelentísimo señor contraalmirante César Augusto Guzzetti, ministro de Relaciones Exteriores y Culto, la carta en que su excelencia tuvo la gentileza de hacer oportunas consideraciones respecto a las relaciones entre nuestros países… que deben seguir el camino de la más amplia colaboración.”

La correspondencia de Ernesto Beckman Geisel dirigida a Videla exhibe una camaradería cargada de adjetivos que no era lo característico en ese general criado en una familia de pastores luteranos alemanes. “Brasil, fiel a su historia y a su destino irrenunciablemente americanista, está seguro de que nuestras relaciones deben basarse en una afectuosa comprensión (…) y en el permanente entendimiento fraterno”, abunda Geisel, el mismo que había reducido casi a cero las relaciones con los presidentes Juan Perón e Isabel Martínez, cuando sus embajadores en Argentina parecían menos interesados en visitar el Palacio San Martín que frecuentar los casinos militares intercambiando ideas sobre cómo sumar esfuerzos en la “guerra contra la subversión”.

La carta de Geisel a Videla, del 15 de diciembre de 1976, llegó a Buenos Aires dentro de una valija especial, no a través de un cable como era lo habitual, dice el documento “secreto y urgentísimo” reproducido junto a esta nota.

El 6 de diciembre de 1976,

nueve días antes de la correspondencia de Geisel, había muerto en su exilio de Corrientes el ex presidente Joao Goulart,

quien, de acuerdo con pruebas incontestables, fue uno de los blancos prioritarios del Cóndor brasileño, que lo espió durante años en Argentina, Uruguay y Francia, donde realizaba consultas médicas por su afección al corazón.

Más: está demostrado que el 7 de diciembre de 1976, la dictadura brasileña prohibió realizar una autopsia de los restos de líder nacionalista, y potencial amenaza a la transición por goteo de Geisel, a raíz de un paro cardíaco de origen incierto. No hay elementos concluyentes, pero sí sospechas plausibles, de que Goulart fue envenado con pastillas disimuladas entre sus medicamentos en una acción concertada por los regímenes de Brasilia, Buenos Aires y Montevideo, y así lo entendió la Comisión de la Verdad de la presidenta Dilma Rousseff al ordenar la exhumación del cuerpo enterrado en la ciudad sureña de São Borja, sin custodia militar porque el Ejército se negó a darla hace 10 días, luego de recibir un pedido de las autoridades civiles.

Volvamos a la correspondencia de Geisel del 15 de diciembre de 1976. El brasileño la escribió en respuesta a otra de Videla (3/12/76), en la que éste se decía persuadido de que la “Patria (…) vive una instancia dinámica en el plano de las relaciones internacionales, particularmente en su activa y fecunda comunicación con las naciones hermanas”.

“La perdurable comunidad de destino americano nos señala hoy, más que nunca, el camino de las realizaciones compartidas y la búsqueda de las grandes soluciones”, proponía Videla, muerto junto a sus secretos de los crímenes transnacionales sobre los que no quiso hablar ante el Tribunal Federal Nº 1 donde se tramita la megacausa Cóndor.

Los que estudiaron esa maraña terrorista sudamericana sostienen que ésta se valió de los servicios de la diplomacia, especialmente en el caso brasileño, donde los cancilleres habrían sido funcionales a los imperativos de la guerra sucia.

Por lo tanto, este intercambio epistolar enmarcado en la diplomacia presidencial de Geisel y Videla puede ser leído como un contrapunto de mensajes cifrados sobre los avances del terrorismo binacional en el combate a la resistencia brasileña o argentina. Todo sea por “el recíproco interés de nuestros países”, escribió Videla. En diciembre de 1976, nueve meses después del derrocamiento del gobierno civil, la tiranía argentina demostraba que, más allá de algunas sonoras divergencias geopolíticas con el socio mayor, por lo bajo existía una complementación en las acciones secretas “contra la subversión”.

Así, poco después del derrocamiento de Isabel Martínez, el entonces canciller brasileño y antes embajador en Buenos Aires, Francisco Azeredo da Silveira, recomendó cerrar las fronteras para colaborar con Videla e impedir la fuga de guerrilleros y militantes argentinos.

Por su parte, Videla, asumiéndose como comandante del Cóndor celeste y blanco, consentía la cacería de opositores brasileños, posiblemente contando con algún nivel de coordinación junto a los agregados militares (los mortíferos “agremiles”) destacados en el afrancesado Palacio Pereda, sede de la misión diplomática en la calle Cerrito, donde según versiones, había un número exagerado de armas de fuego. Entre marzo, mes del golpe, y diciembre de 1976 fueron secuestrados y desaparecidos en Argentina los brasileños Francisco Tenorio Cerqueira junior, Maria Regina Marcondes Pinto, Jorge Alberto Basso, Sergio Fernando Tula Silberbeg y Walter Kenneth Nelson Fleury, dice el informe elaborado por el Grupo de Trabajo Operación Cóndor, de la Comisión de la Verdad.

El organismo fue presentado por Dilma Rousseff ante los rostros contenidamente iracundos de los comandantes de las Fuerzas Armadas, los únicos, entre el centenar de convidados a la ceremonia, que evitaron aplaudirla.

Al finalizar aquel acto realizado en noviembre de 2011, el entonces secretario de Derechos Humanos argentino, Eduardo Luis Duhalde, ya fallecido, declaraba a este diario que uno de los secretos mejor guardados del Plan Cóndor era la participación de Brasil y su conexión con Argentina, y que esa sociedad delictiva sólo se develará cuando Washington libere documentos brasileños con la misma profusión que soltó papeles clasificados sobre Argentina y Chile.

Averiguar hasta dónde llegó la complicidad de Buenos Aires y Brasilia será más difícil tras el fallecimiento de Videla, pero no hay que desestimar las pistas diplomáticas.

El 6 de agosto de 1976, un cable confidencial redactado en la embajada brasileña informa a sus superiores que el ministro de Exteriores Guzzetti habló sobre la nueva política externa vigente desde que las “Fuerzas Armadas asumieron el poder” y la vocación de aproximarse más a Brasil, luego de años de distanciamiento.

A lo largo de 1976, los cancilleres Azeredo da Silveira y Guzzetti mantuvieron reuniones entre sí y con el principal fiador del Cóndor, Henry Kissinger, que según papeles desclasificados hace años a pedido de la National Security Archive, les recomendó a ambos ser eficaces en la faena de aplastar al enemigo.

“Nosotros deseamos lo mejor para el nuevo gobierno (de Videla), deseamos su éxito (…) Si hay cosas que hacer, ustedes deben hacerlas rápido”, recomendó el Premio Nobel de la Paz norteamericano al marino canciller Guzzetti en junio de 1976.

 

(Transcrito El País)

O futebol que nos une e salva. Não importa o preço

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Não esquecer que Videla, assim como aconteceu com o ditador Garrastazu Médici, viveu seus momentos de popularidade. Os dois, na Copa do Mundo. Que a paixão pelo futebol perdoa todos os crimes. Também para Videla, o apoio popular na Guerra das Malvinas.

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Médice ergue a Taça Jules Rimet,  que foi roubada e o ouro derretido
Médice ergue a Taça Jules Rimet, que foi roubada e o ouro derretido

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El genocida Jorge Rafael Videla murió a los 87 años de edad, pero marcó la historia de la Argentina, que gozó de festejar un mundial de fútbol mientras se violaba, torturaba y asesinaba a miles de compatriotas por pensar distinto.

El campeonato del mundo de 1978 fue transformado por el gobierno militar que encabezaba Videla en un hecho político para intentar demostrar que “los argentinos eramos derechos y humanos”, según el lema de la época.

En ese marco, el estadio de River colmado aclamó al dictador cuando entregó la Copa del Mundo, fotografía que quedó en la memoria al igual que su festejo del tercer gol frente a Holanda.

Al respecto, el secretario de Deporte de la Nación, Claudio Morresi, afirmó que el deporte de nuestro  país “sufrió de diversas formas los tiempos del dictador (Rafael) Videla” y recordó que “entre los miles que desapareció y asesinó se encuentran cuarenta federados”.

“El deporte argentino sufrió de diversas formas los tiempos del dictador Videla. Hay imágenes como verlo gritando un gol o entregando la Copa en el Mundial 78 que lastiman a la historia del deporte argentino”, expresó Morresi.

“Entre los miles que desapareció y asesinó se encuentran cuarenta deportistas federados. Hoy se lleva a su tumba los secretos que permitirían que miles de argentinos pudieran saber qué pasó con sus seres queridos y cientos de abuelas saber dónde están sus nietos”, agregó.

“Lo que no va a poder llevarse a la tumba es la alegría de ese pueblo que en plena dictadura logró un Mundial de fútbol. No se va a poder llevar ni los abrazos ni las sonrisas de nuestro pueblo porque en el infierno no te permiten tener lo que no te pertenece”, concluyó Morresi.

O torcedor
O torcedor
A redonda
A redonda
A taça
A taça

Jorge Rafael Videla dejó una huella sangrienta no sólo por su paso en la dictadura militar sino también porque nunca se arrepintió de las atrocidades que cometió

• “Si no están, no existen, y como no existen no están. Los desaparecidos son eso, desaparecidos; no están ni vivos ni muertos; están desaparecidos”.

• “El terrorismo no es sólo considerado tal por matar con un arma o colocar una bomba, sino también por atacar a través de ideas contrarias a nuestra civilización occidental y cristiana a otras personas”.

• “Dios sabe lo que hace, por qué lo hace y para qué lo hace. Yo acepto la voluntad de Dios. Creo que Dios nunca me soltó la mano”

• “Los argentinos somos derechos y humanos”.

• No, no se podía fusilar. Pongamos un número, pongamos cinco mil. La sociedad argentina no se hubiera bancado los fusilamientos: ayer dos en Buenos Aires, hoy seis en Córdoba, mañana cuatro en Rosario, y así hasta cinco mil. No había otra manera. Todos estuvimos de acuerdo en esto. Y el que no estuvo de acuerdo se fue. ¿Dar a conocer dónde están los restos? ¿Pero, qué es lo que podemos señalar? ¿En el mar, el Río de la Plata, el riachuelo? Se pensó, en su momento, dar a conocer las listas. Pero luego se planteó: si se dan por muertos, enseguida vienen las preguntas que no se pueden responder: quién mató, dónde, cómo.

• “Pongamos que eran siete mil u ocho mil las personas que debían morir para ganar la guerra contra la subversión”.

• “Por su preparación militar e ideológica, el Ejército Revolucionario del Pueblo (ERP) era más enemigo que Montoneros; era algo ajeno, otra cosa. Montoneros guardaba algo del nacionalismo, del catolicismo, del peronismo con el que había nacido”.

• “Mi relación con la Iglesia fue excelente, mantuvimos una relación muy cordial, sincera y abierta. No olvide que incluso teníamos a los capellanes castrenses asistiéndonos y nunca se rompió esta relación de colaboración y amistad”

• “(Los empresarios) se lavaron las manos. Nos dijeron: ´Hagan lo que tengan que hacer’, y luego nos dieron con todo. ¡Cuántas veces me dijeron: ´Se quedaron cortos, tendrían que haber matado a mil, a diez mil más!'”

• “Nuestro objetivo (el 24 de marzo de 1976) era disciplinar a una sociedad anarquizada. Con respecto al peronismo, salir de una visión populista, demagógica; con relación a la economía, ir a una economía de mercado, liberal. Queríamos también disciplinar al sindicalismo y al capitalismo prebendario”

• “Nuestros servicios de Inteligencia tuvieron indicios importantes, no probados, del encuentro entre Massera y Firmenich (en París)”.

Videla treinou o exército para caçar argentinos. Perdeu a Guerra das Malvidas
Videla treinou o exército para caçar argentinos. Perdeu a Guerra das Malvidas