Le Monde: Congresso brasileiro virou “selva onde reina a lei do cada um por si”

Impeachment uma peça de vaudeville

O jornal francês Le Monde publicou nesta quarta-feira (11) uma reportagem intitulada “O impeachment virou uma peça de vaudeville”, em referência ao gênero de teatro cômico tipicamente francês.

A reportagem se refere à decisão do presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão, de anular a votação do impeachment.

A reviravolta, destaca o Le Monde, demonstra a que ponto chegou a Câmara dos Deputados “uma selva, onde reina a lei do cada um por si”, em um cenário político que se mostra, cada vez mais, “devastado”.

O texto lembra que Maranhão tinha avisado que “haveria surpresas” com ele no cargo, e surpresa é o mínimo que se pode dizer da decisão de cancelar a votação dos deputados, ocorrida em 17 de abril.

O texto do jornal francês indica que Maranhão até poderia ter sido o herói dos apoiadores da presidente Dilma Rousseff e dos defensores da tese do golpe de Estado em curso no país e acrescenta que Maranhão, dono de “uma obscura reputação”, fracassou na sua tentativa, e, com isso, conseguiu denegrir ainda mais a imagem da política brasileira.

O impasse levou o país para mais algumas horas de caos político, com direito à reação negativa e imediata dos mercados financeiros, finaliza o Le Monde.

Transcrito do Jornal do Brasil. Para ler matéria original, clique aqui: Le Monde

Com a votação do golpe no Congresso, o terceiro turno de Aécio Neves (PSDB) está de volta, para a entrega de todo poder ao PMDB.

Com Michel Temer presidente, um tira da bancada da bala que, para se eleger deputado, precisou ser nomeado três vezes secretário de Segurança de São de Paulo, comandando as polícias civil e militar. E que conseguiu ser presidente da Câmara dos Deputados, por indicação do presidente Fernando Henrique, como moeda de troca por conchavar a emenda da reeleição.

Temer presidente significa um grande (as) salto para quem nunca teve votos, e se elegeu vice por indicação e votos de Dilma. Um traidor por instinto. Não faz o sucessor e, para se manter no poder, pode apelar para o retorno da ditadura. Para tanto, basta o bigodinho de Hitler (T.A.)

Moro não engana os franceses

O jornal francês Le Monde divulgou um perfil do juiz paranaense Sérgio Moro, que ganhou notoriedade internacional com o julgamento dos réus da operação Lava Jato. Moro é comparado pela correspondente Claire Gatinois com o controverso personagem Eliot Ness, da série americana “Os Intocáveis”.

Com sua equipe de agentes federais e milicianos, Ness desmascarou a máfia que contrabandeava bebibas durante a Lei Seca americana e impunha o terror na década de 30, em Chicago. “Esse juiz do interior do Paraná, com cara de policial de filmes B, provoca calafrios nos caciques políticos em Brasília e empresários de São Paulo”, diz o texto.

Moro age como qualquer miliciano, ora fora, ora dentro da lei. Criou uma fábrica de delações premiadas. Quem delata sai solto, e perdoado. Quem não quer contar estórias do agrado de Moro vai preso. O blogue O Antogon!sta denunciou:

Delator diz que mentiu porque foi ameaçado

O JN mostrou agora vídeo de novo depoimento de Fernando Moura em que ele alega que mentiu para Sérgio Moro porque se sentiu ameaçado por um homem que encontrou na rua.

O homem, um desconhecido, esbarrou nele e perguntou como estavam seus netos no sul do País.

Quem ameaçou Moura?

 

Um juiz fora de controle

 

The Sunday Times, em artigo assinado pelo editor-executivo Ian Dey sobre o trabalho do Juiz Moro, compara o magistrado brasileiro ao agente do Tesouro dos EUA, Elliot Ness, que levou Al Capone à Justiça e cuja história deu origem ao filme “Os Intocáveis”.

Diz o título:

“Eliot Ness brasileiro está fora de controle

Segundo o texto, na própria Inglaterra há críticas à postura de “intocável” do juiz Sérgio Moro, que vem sendo acusado por entidades internacionais de “desrespeitar a Constituição Federal brasileira e também tratados de defesa dos direitos humanos em seus mandados de prisão”.

Em alguns casos, acrescenta Dey, há dúvidas se o princípio da inocência está sendo respeitado.

Para o Times, a atitude de Moro levanta suspeitas de que ele estaria se preparando para uma candidatura à Presidência da República nas próximas eleições, “especialmente em um momento de forte pressão pela saída de Dilma Rousseff”.

Menciona, ainda, que o CEO do Grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht, está preso desde junho sem julgamento porque não assinou acordo de delação premiada.

Esses acordos, inclusive, também são alvo de questionamento por especialistas, conclui o texto.

PARIS “Os corações e mentes dos brasileiros estão com os feridos e as famílias das vítimas fatais”

A presidente Dilma Rousseff enviou carta a François Hollande, expressando solidariedade ao povo francês e ao governo daquele país em razão dos atentados sofridos na noite de ontem:

“Senhor Presidente,

Recebi com profunda consternação a notícia dos covardes atentados terroristas na noite de sexta-feira em Paris. Neste momento de choque e tristeza, os corações e mentes dos brasileiros estão com os feridos e as famílias das vítimas fatais.

O governo brasileiro expressa sua solidariedade ao povo e ao governo da França e condena esses atentados da forma mais veemente.

Estou certa de que a nação francesa saberá enfrentar com altivez e determinação esse momento difícil, e dele sairá mais forte e coesa.

Hoje, somos todos franceses.

Atenciosamente,

Dilma Rousseff

Presidenta da República Federativa do Brasil”

Momento em que François Hollande recebe a informação dos atentados terroristas (ele assistia o amistoso das seleções de futebol da França versus Alemanha):

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C’est la première fois en France que des actions kamikazes ont lieu sur le sol français.

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Fusillades, attentats kamikazes, scènes de panique générale, peut-on laisser nos enfants face à ces images de guerre en plein Paris?

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VIDEOS – Le bilan des fusillades simultanées dans Paris et au Stade de France vendredi soir est d’au moins 128 tués, environ 300 blessés dont 80 en « urgence absolue ». Huit assaillants sont morts, dont sept en se faisant exploser.

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« Scènes de guerre », « horreur », « bain de sang »… Les qualificatifs s’enchaînent et se ressemblent. Tous tentent de saisir l’indescriptible : des fusillades simultanées dans Paris et au stade de France vendredi soir et un bilan encore provisoire, mais déjà lourd. On parle samedi d’au moins 128 morts, environ 300 blessés dont 80 en « urgence absolue ». Des attaques plus meurtrières que les attentats de janvier dernier encore largement présents dans les mémoires.
Huit assaillants sont morts, dont sept en se faisant exploser. C’est la première fois en France que des actions kamikazes ont lieu sur le sol français.

Assad accuse la France d’avoir contribué à « l’expansion du terrorisme »

O presidente sírio, Bashar al-Assad, condenou os ataques em Paris mas diz que o terror por que passaram os franceses na noite de sexta-feira é “semelhante” àquele que o seu povo tem enfrentado nos últimos anos de guerra civil e uma consequência da política francesa para o Médio Oriente.

“O terror selvático que a França sofreu é o mesmo que o povo sírio tem enfrentado nos últimos cinco anos”, afirmou Assad, citado pelas agências internacionais, reiterando: “Os atentados terroristas que visaram a capital francesa não podem ser separados do que aconteceu na capital libanesa, Beirute, recentemente, e do que tem acontecido na Síria nos últimos cinco anos e em outras áreas.”

As políticas erradas adotadas pelos países ocidentais, nomeadamente a França, na região contribuíram para a expansão do terrorismo”, argumentou, ainda, o presidente sírio.

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Grécia já recuperou 80 milhões do dinheiro enviado pelo HSBC para os paraísos fiscais. O Brasil nenhum tostão furado

Investigação à “Lista Lagarde”

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A lista entregue em 2010 ao governo grego contém 1725 nomes. Mas a investigação só começou a dar frutos este ano e 170 pessoas e empresas já pagaram multas e impostos em atraso no valor de 80 milhões de euros.

Os procuradores Panagiotis Athanasiou e Galinos Bris são os responsáveis pelo combate ao crime financeiro dos depositantes no ramo suíço do banco HSBC. Com base na lista divulgada pelo ex-funcionário Hervé Falciani, a justiça grega concluiu a investigação aos primeiros 170 nomes e a fase atual envolve mais 350.

Para pressionar quem fugiu ao fisco através daquele banco, os procuradores têm arrestado bens aos suspeitos. E os resultados apareceram, com alguns a aproveitarem a lei de repatriação dos rendimentos, da autoria da ex-ministra adjunta Nadia Valavani, que rompeu com o Syriza e concorreu nas listas da Unidade Popular às eleições do passado domingo. Dos 80 milhões de receita arrecadada, cerca de 13.5 milhões em impostos foram recuperados através desta amnistia.

Para além da fuga ao fisco, as autoridades gregas investigam também suspeitas de uma rede de branqueamento de capitais e outros crimes associados à chamada “lista Lagarde”, que foi entregue pela então ministra francesa ao governo grego e ficou em “banho maria” durante quatro anos.

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Paris: manifestation de soutien au peuple grec

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Solidarité avec le peuple grec ! C’est le message de soutien lancé par quelques milliers de manifestants ce jeudi 2 juillet entre la place de la Bastille et République à Paris. Cité en exemple, le gouvernement Syriza a raison de s’opposer au chantage et aux démantèlement des droits sociaux tandis que pour d’autres, le peuple doit être consulté avec le référendum organisé dimanche prochain. Une leçon de démocratie dont le gouvernement français devrait s’inspirer… L’Humanité

O título de doutor honoris causa do Institut d’études politiques de Paris e a pergunta imbecil: “Por que Lula e não Fernando Henrique Cardoso?”

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O Institut d’Études Politiques de Paris (Instituto de Estudos Políticos de Paris, ou simplesmente Sciences Po) é uma instituição pública francesa de ensino superior especializada nas áreas de Ciências Humanas e Sociais. O Instituto forma juntamente com a Fondation Nationale des Sciences Politiques a instituição conhecida como Sciences Po Paris. A universidade Sciences Po Paris é uma grande école e por isso possui um sistema de seleção mais disputado e exigente do que o das demais universidades francesas. A escola foi criada em 1872 por Émile Boutmy, posteriormente a Guerra franco-prussiana com objetivo de criar, educar e desenvolver uma nova elite francesa. A escola chamava-se inicialmente “École libre des sciences politiques”. Foi após o fim da Segunda Guerra Mundial que o então presidente Charles de Gaulle resolveu modificar a gestão da escola e ampliar suas funções públicas como centro de pesquisa criando a Fondation Nationale des Sciences Politiques para funcionar como gestora principal do reformulado Instituto de Estudos Políticos. Na concepção da Sciences Po, o termo estudos políticos faz menção não apenas à ciência política, mas também aos estudos de economia, direito, sociologia, filosofia, história, jornalismo, administração, entre outros.

Como uma das mais prestigiadas e atraentes grandes écoles francesas, a Sciences Po destaca-se entre os mais renomados e fecundos centros de estudo superior da Europa. Consequentemente, em suas áreas, a escola encontra-se nas primeiras posições entre os mais reconhecidos estabelecimentos acadêmicos do mundo. Sendo a principal referência francesa nas áreas de política, economia política e relações internacionais. Em 2013 foi classificada como a melhor universidade de estudos internacionais e políticos da Europa continental.

A entrada da Sciences-Po Paris, embandeirada para receber Lula
A entrada da Sciences-Po Paris, embandeirada para receber Lula

Gestão
A Sciences Po Paris é gerenciada pela Fondation nationale des sciences politiques (FNSP), fundação privada de utilidade pública, que é presidida atualmente por Jean-Claude Casanova. Já o atual diretor da Sciences Po Paris é Frédéric Mion. A Sciences Po Paris é também membro fundador da Sorbonne Paris Cité[2], o pólo de pesquisa e ensino superior que agrupa algumas das principais universidades de Paris. O reitor atual da Sorbonne Paris Cité é Jean-François Girard.

Diretores da Sciences Po
1945–1947 : Roger Seydoux
1947–1979 : Jacques Chapsal
1979–1987 : Michel Gentot
1987–1996 : Alain Lancelot
1996-2012 : Richard Descoings
2013-? : Frédéric Mion

Alunos
Ao longo de sua história passaram pela Sciences Po Paris muitos alunos que se tornariam célebres na França e no restante do mundo. Entre outros, são diplomados desta universidade o escritor Marcel Proust, o secretário-geral da ONU Boutros Boutros-Ghali, o estilista Christian Dior, o príncipe Rainier III de Mônaco, além dos Diretores-gerais do FMI Dominique Strauss-Kahn e Michel Camdessus e do Diretor-Geral da OMC Pascal Lamy.

Notoriamente, a Sciences Po Paris detém ampla ascensão sobre a política francesa, sendo comum que os mais altos cargos da administração pública sejam ocupados por pessoas que passaram por essa escola e/ou pela Escola Nacional de Administração. Veja abaixo alguns dos políticos franceses que se graduaram na Sciences Po Paris (Fonte: Annuaire des anciens élèves de Sciences-Po):

Lista de primeiros-ministros da França diplomados de Sciences Po Paris
Michel Debré (diplomado em 1933)
Raymond Barre (diplomado em 1948)
Laurent Fabius (diplomado em 1969)
Jacques Chirac (diplomado em 1954)
Michel Rocard (diplomado em 1952)
Edouard Balladur (diplomado em 1950)
Alain Juppé (diplomado em 1968)
Lionel Jospin (diplomado em 1959)
Dominique de Villepin (diplomado de 1973)

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Lista de presidentes da República francesa diplomados de Sciences Po Paris
Há três décadas todos os chefes de estado da França são ex-alunos da Sciences Po.

François Hollande: presidente em exercício.
Jacques Chirac (diplomado em 1954): presidente entre 1995 e 2007
François Mitterrand: presidente entre 1981 e 1995

Imprensa Brasileira vai à França reclamar de prêmio Honoris Causa de Lula e passa vergonha

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Alguns órgãos de imprensa como Jornal O Globo mandaram repórteres a França para questionar Institut d’études politiques de Paris 
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Lula

Por Eduardo Guimarães

Não pode passar batido um dos momentos mais ridículos do jornalismo brasileiro. Acredite quem quiser, mas órgãos de imprensa brasileiros como o jornal O Globo mandaram repórteres à França para reclamar com Richard Descoings, diretor do instituto francês Sciences Po, por escolher o ex-presidente Lula para receber o primeiro título Honoris Causa que a instituição concedeu a um latino-americano.

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A informação é do jornal argentino Pagina/12 e do próprio Globo, que, através da repórter Deborah Berlinck, chegou a fazer a Descoings a seguinte pergunta: “Por que Lula e não Fernando Henrique Cardoso, seu antecessor, para receber uma homenagem da instituição?”.
No relato da própria repórter de O Globo ,que fez essa pergunta constrangedora, havia a insinuação de que o prêmio estaria sendo concedido a Lula porque o grupo de países chamados Bric’s (Brasil, Rússia, Índia e China) estuda ajudar a Europa financeiramente, no âmbito da crise econômica em que está mergulhada a região.

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A jornalista de O Globo não informa de onde tirou a informação. Apenas a colocou no texto. Não informou se “agrados” parecidos estariam sendo feitos aos outros Bric’s. Apenas achou e colocou na matéria que se pretende reportagem e não um texto opinativo. Só esqueceu que o Brasil estar em condição de ajudar a Europa exemplifica perfeitamente a obra de Lula.
Segundo o relato do jornalista argentino do Pagina/12, Martín Granovsky, não ficou por aí. Perguntas ainda piores seriam feitas.

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Os jornalistas brasileiros perguntaram como o eminente Sciences Po, “por onde passou a nata da elite francesa, como os ex-presidentes Jacques Chirac e François Mitterrand”, pôde oferecer tal honraria a um político que “tolerou a corrupção” e que chamou Muamar Khadafi de “irmão”, e quiseram saber se a concessão do prêmio se inseria na política da instituição francesa de conceder oportunidades a pessoas carentes.

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Descoings se limitou a dizer que o presidente Lula mudou seu país e sua imagem no mundo. Que o Brasil se tornou uma potência emergente sob Lula. E que por ele não ter estudo superior sua trajetória pareceu totalmente “em linha” com a visão do Sciences Po de que o mérito pessoal não deve vir de um diploma universitário.

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O diretor do Science Po ainda disse que a tal “tolerância com corrupção” é opinião, que o julgamento de Lula terá que ser feito pela história levando em conta a dimensão de sua obra (eletrificação de favelas e demais políticas sociais). Já o jornalista argentino perguntou se foi Lula quem armou Khadafi e concluiu para a missão difamadora da “imprensa” tupiniquim: “A elite brasileira está furiosa”.

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Justiça brasileira bloqueia bens da empresa comprada pela estadunidense General Electric

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Nesta segunda-feira (2) a Justiça brasileira determinou o bloqueio de bens do conselheiro afastado do TCE-SP (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo) Robson Marinho e da multinacional francesa Alstom por suspeita de ter recebido propina da empresa.

De acordo com o promotor do Patrimônio Público e Social José Carlos Blat citado pelo Jornal do Brasil, a suspeita de pagamento de propina é em um contrato de R$ 1,129 bilhão assinado entre a Eletropaulo e a Cegelec (empresa do Grupo Alstom). Ele é referente a um projeto chamado Gisel II, que trata da modernização da transmissão de energia por meio da ampliação das subestações.

O contrato é de 1990, mas o pagamento só teria sido efetuado entre 1998 e 2002 (durante governo de Mário Covas). “A Alstom procurou diversas autoridades em diversos governos e não obteve êxito. Não conseguia executar. A partir da participação direta de Robson Marinho, o contrato foi executado”, explicou.

Na terça-feira o Globo informou que o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) quer anular o contrato todo entre a Eletropaulo e a Cegelec. Segundo afirma o mencionado promotor Blat neste caso citado pelo Globo, “se não tem licitação, é um contrato que não poderia ser celebrado. Não é um bilhão de corrupção. Mas o valor bloqueado vai garantir a parte principal. O contrato já nasce totalmente ilegal”.

Esta historia podia parecer um caso medíocre de corrupção, mas tem dois aspetos interessantes – a personalidade do suposto receptor da propina – Robson Marinho e a conexão da Alstom com o gigante norte-americano General Electric (GE).

Segundo escreve o repórter Fausto Macedo no seu blog por Estadão, Marinho foi chefe da Casa Civil do governo Mário Covas (PSDB) entre 1995 e 1997. Pelas mãos de Covas, seu padrinho político, Marinho foi nomeado conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. Também é conhecido como um dos principais fundadores do PSDB.

noticias 24h
Outro assunto interessante é a venda do ramo energético da companhia francesa Alstom à estadunidense General Electric (GE) que foi anunciada na primeira metade de 2014 e segundo especialistas deve se finalizar em breve. O acordo põe em questão a independência da indústria nuclear francesa, já que o gerenciamento das centrais nucleares desse país passa aos EUA, junto com as turbinas da Alstom.
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Segundo o coronel Allain Corvez, consultor do setor militar industrial da França, o acordo entra em contradição com as declarações da própria Alstom, feitas em 2013:
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“Eu me apoio essencialmente sobre o relatório do Centro de pesquisa da inteligência francesa, que, após considerar todos os prós e contras, constatou que era claro que houve mentiras sobre a comunicação dos dirigentes da Alstom. Porque, em finais de 2013, eles tinham declarado que teriam que separar-se do ramo dos transportes [da companhia], mas que, no resto, o ramo da energia estava bem. De modo que nós vemos a contradição entre esse anúncio de finais de 2013 e o que passou depois, em 2014”.
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O coronel acha que, “com certeza, há gente que foi beneficiada enormemente por todo esse jogo de ioiô”, quando a valor das ações da Alstom sofria fortes e súbitas quedas e subidas em meados de 2014.
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Mesmo que a compra não tenha ainda sido realizada, já suscita uma forte polêmica. O coronel Corvez cita, em entrevista à emissora Sputnik, o nome de um relatório oficial: “Compra da Alstom pela General Electric: Extorsão Norte-americana. Alta Traição”. E há muitos que chamam esta transação de “traição”, “ameaça” e outras coisas do estilo.
Contudo, a linguagem oficial supõe que se trata de investimento. Uma empresa estadunidense investe na indústria francesa. Mas, no resultado, fica com os instrumentos para manejar todo um ramo da indústria da França.
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A proposta inicial da GE foi publicada em 24 de abril de 2014. A empresa norte-americana quis comprar o ramo energético da empresa francesa por 13 bilhões de dólares. Logo depois, em 27 de abril, surgiu uma oferta alternativa, por parte da empresa alemã Siemens, que propôs à Alstom, em troca, uma parte do seu ramo ferroviário.
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Em 30 de abril, a Alstom aceitou a oferta da GE por 16,9 bilhões de dólares (sendo 13,5 bilhões o preço do negócio).
O governo francês teve duas reações ao ser informado sobre as negociações entre a GE e Alstom. Primeiro, pôs-se na defensiva, emitindo, em 16 de maio de 2014, o decreto 2014-479, que ampliava a lista das situações em que o Estado pode vetar transações comerciais. São, principalmente, situações de investimentos que podem prejudicar os interesses estratégicos do país.
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O documento foi imediatamente batizado de “decreto Alstom”, porque era uma evidente tentativa das autoridades francesas de proteger a indústria nacional.
Porém, já em junho o governo da França mostrou-se favorável à proposta da GE.
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A transferência do setor energético francês aos EUA pode ter a ver com a reforma energética, que visa implementar mais instalações favoráveis ao meio ambiente no país. Assim, em fevereiro de 2015, a Alstom começará a utilizar a usina eólica marítima em Montoir-de-Bretagne, a primeira no país.
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Vale sublinhar que a empresa Alstom já foi alvo de fortes críticas e até foi acusada de corrupção. O caso mais recente é a multa de 772 milhões de dólares, aplicada pelo Departamento da Justiça dos Estados Unidos conforme o Ato de Práticas de Corrupção no Estrangeiro. A causa da multa foram os subornos pagos por funcionários da companhia para obter contratos em diversos países. A Alstom reconheceu a sua culpa.
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Anteriormente, em meados de 2014, a filial britânica da Alstom tinha sido acusada de crimes semelhantes. Fonte: Sputnik News

França, apesar de ter armas de destruição em massa, treme de medo de uma mulher

A França imperial, com colônias na América do Sul, Caribe e África, para criar uma legenda de medo, e assim forjar um clima de guerra interna, e abusar do poder de invadir qualquer país que não possui bomba atômica, faz a propaganda de que está ameaçada de ser destruída por uma simples mulher, que ninguém pode garantir que esteja viva.

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E mais escandaloso e impressionante e inverossímil, uma mulher que ameaça o fim do maior império da história da humanidade: os Estados Unidos, que possui a vassalagem dos países atômicos da Europa: França, Inglaterra e Suécia.

Eis a notícia sensacionalista hoje da imprensa internacional:

La viuda del mártir Coulibaly, la más temida terrorista

* Los servicios de inteligencia sitúan a Hayat Boumeddiene, la viuda del terrorista Amedy Coulibaly, en Siria desde hace un mes.

* Allí la joven podría haberse convertido en un icono de culto al ser la viuda de un mártir del Islam.

 

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La mujer más buscada de Francia es la más temible de Siria. Los servicios de inteligencia que sitúan a Hayat Boumeddiene, la viuda del terrorista Amedy Coulibaly, en Siria desde hace ya casi un mes temen que la joven, de 26 años, se haya convertido en una ‘figura de culto’ al ser la viuda de un mártir del Islam.

Algunos expertos, asegura el Washington Post, temen incluso que la joven vuelva Europa con un objetivo: llevar a cabo un atentado. “No hemos visto el final de ella”, aseguró al diario Jean-Louis Bruguière, un exinvestigador de inteligencia francés.

Su marido Amedy llevó a cabo la masacre de 4 rehenes en un supermercado judío de París el pasado mes de enero, además del asesinato de un policía. Aunque no está claro qué conocimiento tuvo ella de los ataques, su huída a Siria pocos días antes de que se produjeran provocó desde el primer momento las sospechas de los servicios de inteligencia.

Una llamada telefónica en la frontera Siria la sitúa a ella en el país mediterráneo: estaría en las filas del Estado Islámico desde principios de mes, lo cual ha levantado también los temores a un vínculo cada vez mayor entre los extremistas del ‘EI’, que opera en Irak y Siria, y al Qaeda, de donde escinde el grupo de al Baghdadi.

Las otras viudas del terror
Hayat no es la primera viuda de un ‘mártir’ yihadista que inquieta a los servicios de inteligencia. Quizá la más conocida de ellas sea Samantha Lewthwaite, una británica de unos 31 años conocida como ‘la viuda blanca’.

Viuda de Germaine Lindsay, uno de los terroristas que llevó a cabo los ataques del 7 de julio de 2005 en Londres, Lewthwaite es una conversa al Islam y es casi indudablemente, la mujer terrorista más buscada del mundo. Se cree que está en el Este de África junto a al Shabaab, grupo islamista y que ha orquestrado varios ataques terroristas contra objetivos occidentales.

A las viudas de mártires de la yihad se les conoce como ‘viudas negras’, un nombre que originó por un grupo de terroristas suicidas femeninas procedente de Chechenia. Se dieron a conocer con la toma de rehenes en 2002 y su nombre se debe a que la mayoría eran viudas de combatientes chechenos.

Na foto da propaganda islamofóbica, uma víuva mártir terrorista nua  é profundamente inacreditável.

 

Hayat Boumeddiene sempre foi considerada namorada de Amedy Coulibaly, e não esposa do francês que matou uma policial e quatro pessoas no atentado ao supermercado judeu em Paris
Hayat Boumeddiene sempre foi considerada namorada de Amedy Coulibaly, e não esposa do francês que matou uma policial e quatro pessoas no atentado ao supermercado judeu em Paris

Publica revista Exame: Hayat Boumeddiene, a namorada de Amedy Coulibaly, terrorista que matou uma policial e quatro pessoas no atentato ao supermercado judeu em Paris, estaria na Síria, segundo informações obtidas pelo jornal francês Le Monde.

Segundo a publicação, uma fonte altamente influente relatou que uma mulher “que se assemelha fortemente à Hayat Boumeddiene e usou seu passaporte” voou de Madri a Istambul, na sexta-feira, dia 2 de janeiro, acompanhada por um homem.

Esse acompanhante de Hayat seria irmão de um homem conhecido por ter prestado serviços à inteligência francesa.

De acordo com informações do serviço de inteligência turco passadas à fonte consultada pelo Le Monde, Hayat teria chegado na fronteira turco-síria na quinta-feira, 8 de janeiro, e nunca teria usado o seu bilhete de retorno a Paris, que estava marcado para o dia 09 de janeiro.

Hayat tem 26 anos e é casada religiosamente, mas não civilmente, com Amedy Coulibaly desde 2009. [Amedy Colibaly e os dois outros franceses que participaram da chacina ao Charlie Hebdo foram mortos pela temida polícia francesa.

Ligações entre os ataques

Segundo as investigações, Izzana Hamyd, esposa de Chérif Kouachi, um dos franceses responsáveis pelo ataque ao jornal Charlie Hebdo, falou mais de 500 vezes com Hayat Boumeddiene por telefone em 2014.

Essa é uma das razões pelas quais a polícia está atrás dela, para tentar concluir qual era a relação entre os dois casais.

 

O ‘Charlie Hebdo’ voltou às bancas com a “irreverência” dos seus melhores e piores momentos

por Francisco José Viegas

 

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A eurodeputada Ana Gomes, por exemplo, acha que o jornal satírico fez mal em utilizar de novo a imagem do profeta Maomé, porque isso ofende os muçulmanos. Há uma longa lista de coisas que ofendem os muçulmanos mais radicais, os judeus mais fundamentalistas e os cristãos mais conservadores. Proteger uns e não proteger outros seria uma injustiça sem perdão, de modo que é melhor não fazer nada que ofenda seja quem for, o que nos levará a um beco sem saída onde estaríamos todos esquizofrénicos, a vigiar o parceiro do lado. O problema está em criminalizar as ofensas e em ocupar o espaço público com essa esquizofrenia. Para o ano, por exemplo, não haverá Natal – porque isso ofende muçulmanos e deixa judeus indiferentes.

Citação do dia

“Primeira lição: o terrorismo jihadista está dentro da Europa, não vem de tapete voador.”

Rui Pereira, ontem, no CM