O PEZÃO DA CALAMIDADE PÚBLICA DO RIO E OS QUADRILHEIROS DO GOLPE

Informa a agência BBC: Na reta final para a Olimpíada, o Rio de Janeiro decretou estado de calamidade pública, chamando a atenção para a gravidade da crise que atinge as finanças do Estado menos de 50 dias antes de sediar para o maior evento esportivo mundial.

Diversos veículos de imprensa publicaram que, com o decreto, o governo federal irá viabilizar de forma mais rápida um socorro federal de R$ 2,9 bilhões ao Estado do Rio.

Os recursos seriam usados para finalizar a ligação Ipanema-Barra da linha 4 do metrô, pagar horas extras de policiais e garantir salários de servidores ao menos até os Jogos.

Na visão dos especialistas, é impossível entender o cenário que levou o Estado do RJ a decretar estado de calamidade pública sem levar em conta falhas de gestão.

“O Rio de Janeiro quebrou por excesso de gastos obrigatórios, aumento de gastos com pessoal acima do permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, e não por endividamento. O governo fluminense também contou com receitas temporárias, como os royalties do petróleo, para expandir gastos permanentes, inchando a máquina”, explica Jucá Maciel, especialista em finanças públicas.

O professor da FGV-Rio Michael Mohallem diz que a medida do governo do RJ é um “atestado de má gestão” e “passa uma imagem terrível para o mundo” às vésperas da Olimpíada.

Diante do não pagamento de salários de servidores e parcelamento de benefícios nos últimos meses, além da crise na saúde pública e na educação, o uso de verbas federais para quitar obras olímpicas pode causar desgaste ao governo estadual.

“(O decreto) tem o objetivo de obter mais recursos e direcioná-los para obras que não são prioritárias para a cidade. Enquanto isso, centenas de milhares de pessoas estão passando por necessidades básicas, tanto servidores e terceirizados que não recebem seus salários como a população em geral que sofre com a precarização dos serviços públicos”, diz Renato Cosentino, pesquisador do IPPUR/UFRJ e membro do Comitê Popular de Copa e Olimpíadas.

Outro ponto para entender o decreto é a possibilidade de execução de medidas excepcionais sem autorização do Legislativo, como realocação de verbas e cortes de serviços para priorização de outras áreas. Melhor explicado: obras e serviços sem licitação. Por preços olímpicos.

O Rio vem sendo governado por corruptos. O atual golpe é uma conspiração de políticos que comandam o Estado: governadores Sérgio Cabral Filho, Luiz Fernando Pezão, Francisco Dornelles, Moreira Franco, senadores Marcelo Crivella, Romário, deputados federais Jair Bolsonaro, com quase meio milhão de votos, Eduardo Cunha, prefeitos Cesar Maia, Eduardo Paes.

Que esperar dessa gentalha?

 

A crise no Rio, os porcalhões responsáveis e os guardanapos

Jornal do Brasil – Os responsáveis pela crise no Rio de Janeiro, que fez com que o governador em exercício decretasse estado de calamidade pública — o que já repercute na imprensa internacional –, são aqueles porcalhões que se sujaram dos pés à cabeça em uma festa milhardária no exterior, e tiveram que lavar a cabeça com guardanapo, enquanto riam e gargalhavam do sofrimento do povo fluminense. Em entrevista, o governador destacou que se o Estado do Rio de Janeiro fosse uma empresa, iria ser fechada. Mas, e o povo, como fica com isso?

O jornal inglês The Guardian deu destaque na noite desta sexta-feira (17) ao decreto de calamidade pública, destacando que a medida ajuda a engrossar a lista de outros problemas que o país já precisava enfrentar, como impeachment da presidente Dilma, Zika, investigações sobre corrupção e dificuldades econômicas.

“A maior preocupação para os 500 mil visitantes esperados para os Jogos é o corte no orçamento da segurança pública, o que contribui para os problemas enfrentados pela ‘pacificação’ de favelas e para um ressurgimento de crimes violentos. Isto em meio a advertências de que terroristas teriam o evento como alvo”, diz o jornal inglês.

> ‘The Guardian’: Calamidade pública no Rio é embaraço para anfitrião da Olimpíada

Entre os personagens daquela festa milhardária estava o antigo secretário da Fazenda do Estado, que foi ministro da Fazenda no governo Dilma e hoje engana o mundo ao dirigir organismo internacional na área financeira. Outros que estavam ali enganam empresários, se empregando em suas empresas, talvez para fazer lobby de cobrança. E outro, da área de saúde, deve estar enganando ou tentando também com lobby para receber o que, quando secretário, ficou devendo a essas empresas.

Em agosto de 2010, Sérgio Cabral já dizia: “Ganhamos as Olimpíadas, que parecia um sonho impossível. Estamos mudando o Rio”. Ele tinha razão, ele já sabia que o Rio ia quebrar, mas na mão de outros. Mais tarde, em novembro do mesmo ano, Cabral declarou: “Ganhamos as Olimpíadas de 2016 não foi para termos 21 dias de alta cobertura de segurança dos convidados. Ganhamos para dar à população do Rio.”

E o povo, como fica?

É obrigado a assistir a tudo isso calado.

O próprio decreto fala em necessidade de atender às áreas de segurança, saúde e educação, basicamente.

Na segurança pública, o cidadão é assaltado e morto.

Na saúde, o enfermo tem como expectativa a morte. O acidentado no trânsito e o pobre doente em casa, se necessitarem do Samu, vão morrer, na ausência de ambulâncias, médicos e remédios.

Na educação, o aluno do colégio público, como não pode estudar, corre o risco da delinquência ou da sobrevivência sofrida.

Os servidores não recebem seus salários.

E La Nave Va…

E a Justiça não dará a esses senhores nem uma ‘tornozeleirinha’. Eles, os responsáveis por questões desde a queda de helicópteros com crianças mortas até o superfaturamento de empresas terceirizadas de todas as áreas, que não recebem do governo estadual mas também não reclamam, o que indica que os contratos firmados devem ter sido bem vantajosos para os envolvidos.

E o povo, como fica?

Depois que eles financiaram a Olimpíada, o povo se limita a trafegar por vias engarrafas, correndo o risco de perderem o emprego, os que ainda têm um, por não conseguirem chegar aos locais de trabalho na hora certa.

E o povo, como fica?

Os cientistas políticos e os sociólogos fazem suas previsões sobre o que pode vir a acontecer com esse povo. Eles concluem, por exemplo, que os policiais que vão para as ruas para tentar defender o estado e as famílias saem de casa conscientes de que suas próprias famílias podem perder o provedor. Os criminosos estão mais armados. Já a família precisaria esperar dois ou seis meses para receber os proventos do policial que morreu.

E o povo, como fica?

Enquanto o Brasil sofre, eles já providenciaram suas passagens e passaportes para viverem nas residências que devem ter no exterior.

>> Secretários de Paes e Cabral viajaram com empresário

>> MP irá investigar Sérgio Cabral por “voo da alegria”

O candidato a prefeito do Rio de Janeiro Pedro Paulo Carvalho bate em mulher

Agredir a esposa é coisa de casal? Essa foi a justificativa do deputado licenciado Pedro Paulo Carvalho, Secretário de Governo do Município do Rio de Janeiro, após a divulgação de um laudo de exame de corpo delito que comprova que a sua esposa foi usada como saco de pancadas. Documento descreve que mulher foi jogada contra a parede e o chão, teve o pescoço agarrado e tomou socos e chutes.

Viva o pezão do corajoso deputado. Merece ser Secretário das Cidades do Rio de Janeiro. Os femicídios são costumeiros no Estado. A polícia bate nas estudantes nas passeatas. Nos despejos judiciais, os meganhas estupram, expulsam de suas casas avós, mães e filhas. O tráfico de mulheres e a prostituição infantil animam o turismo e enriquecem os donos da noite.

In Pragmatismo Político: A Procuradoria-Geral da República (PGR) está analisando o caso do secretário executivo de Governo da prefeitura do Rio de Janeiro, Pedro Paulo Carvalho. Deputado federal licenciado pelo PMDB, ele é acusado de agredir sua ex-mulher Alexandra Marcondes, de acordo com duas ocorrências registradas por ela, em 2008 e 2010.

O Ministério Público do Rio já enviou para a PGR, em Brasília, os autos do inquérito sobre a briga envolvendo Pedro Paulo e a ex-mulher. Isso foi necessário porque Pedro Paulo é deputado e, portanto, tem foro privilegiado. Desse modo, só pode ser processado pelo Supremo Tribunal Federal a pedido da PGR.

Os investigadores estão com o caso em mãos. O objetivo é ter uma conclusão ainda no início de 2016. Com isso, a PGR solicitará a abertura de inquérito ou arquivamento ao STF. Como envolve a agressão a uma mulher, Pedro Paulo pode ser enquadrado na Lei Maria da Penha, cuja punição é de um a três anos de prisão.

Revelações

A história só veio à tona em 2015 após o lançamento da pré-candidatura de Pedro Paulo à sucessão do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB). Foram reveladas duas ocorrências registradas pela ex-mulher Alexandra Marcondes. Em duas entrevistas coletivas, Pedro Paulo admitiu que bateu na mulher e mostrou não ter a menor dificuldade para justificar seus atos monstruosos.

“Quem é que não tem uma briga dentro de casa? Quem é que não tem um descontrole? Quem é que não exagera numa discussão? Nós somos um casal como qualquer outro. Às vezes exagera, fala coisas que não deve. Agora, não achar que isso possa ser uma coisa normal na nossa vida?”, disse Pedro Paulo.

As declarações foram feitas após a divulgação de um laudo de exame de corpo delito que comprova que Alexandra foi usada como saco de pancadas em 2010. O laudo descreve que Alexandra foi jogada contra a parede e o chão, teve o pescoço agarrado e tomou socos e chutes.

Quando tratou do assunto pela primeira vez, ele chegou a dizer que havia sido “um episódio isolado”. Dias depois, no entanto, foi revelada mais uma agressão, ocorrida em 2008, em São Paulo. Essa segunda agressão também foi registrada por Alexandra à Polícia. Em seguida, Pedro Paulo convocou mais uma entrevista coletiva para se explicar e levou a mulher para apoiá-lo.

Em um boletim de ocorrência há também o registro de que Pedro Paulo ameaçava sumir com a filha do casal, de apenas quatro anos de idade. “Diariamente liga para a declarante (Alexandra) e para a mãe da mesma, dizendo que vai tirar a guarda da criança e que vai sumir com ela”, diz o documento.

Violência contra a mulher

De acordo como Mapa da Violência 2015, 4.762 mulheres foram assassinadas no País em 2013. E 4 em cada 10 dessas mulheres foram assassinadas por companheiros ou ex-companheiros.

A Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal do Rio de Janeiro já pediu o afastamento de Pedro Paulo.

“Quando se comete um ato de violência contra a mulher, quando se agride uma criança ou quando se comete um crime de ódio, de racismo ou homofóbico, toda a sociedade é atingida. Somos todos vítimas! Nesse contexto, um homem público, um secretário de governo, um deputado federal, ao tratar dessa questão, precisa dar o exemplo. Não pode tratar como uma questão menor. Não pode particularizar o crime praticado. Não assumir sua responsabilidade é prestar um desserviço à democracia brasileira”, diz trecho de nota divulgada pela Comissão.

Eduardo Paes

Até então, Eduardo Paes mantém apoio ao nome de Pedro Paulo para sucedê-lo. Além de amigo, o secretário é seu principal braço direito na prefeitura carioca.
“Chance zero de ele não ser candidato! Pedro Paulo é candidato e vai vencer as eleições”, afirmou o prefeito em entrevista à revista Época no ano passado. “Nunca me importei com a vida pessoal e familiar de ninguém”, concluiu.

Alckmin e Pezão, os votos do Sul Maravilha

A extrema-direita e a direita, as elites e os golpistas de sempre costumam dizer que o nordestino não sabe votar. E defendem eles os votos que consideram sábios e inteligentes e cultos do carioca e do paulistano. Que reelegeram Alckmin e Sérgio Cabral Filho que escolheu o vice Pezão como sucessor.

O eleitor do Rio de Janeiro
O eleitor do Rio de Janeiro

Passeata no Rio pela saída de Eduardo Cunha da presidência da Câmara

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Noticiou o Jornal do Brasil: Cariocas protestam contra a redução da maioridade penal e pedem a saída de Eduardo Cunha da presidência da Câmara dos Deputados. Fotos de Stefano Miranda.

RIO. Salário de empregada doméstica 953 reais. Está valendo desde 1 de janeiro

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A Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro aprovou, ontem, o reajuste de 9% para todas as faixas do piso regional. O aumento é retroativo a 1º de janeiro e beneficia cerca de dois milhões de trabalhadores. De acordo com o texto, a menor faixa terá o valor de R$ 953,47. Este será o salário das domésticas no estado. O montante também vale para servidores, aposentados e pensionistas do estado que recebem pelo piso.

Clique e confira os valores e as faixas salariais aprovados pela Alerj

Bala perdida acerta menino de 9 anos no Rio. As máfias dos transplantes estão de vigília

Minutos antes de ser baleado
Minutos antes de ser baleado

O menino Asafe Willian Costa, de 9 anos, foi atingido por uma bala perdida na cabeça dentro do Sesi de Honório Gurgel, na Zona Norte do Rio, onde passava o domingo com sua família. Por volta das 15h, ele saiu da piscina — onde estavam sua mãe e uma de suas irmãs — para beber água na área do playground quando foi atingido no olho esquerdo por uma bala.

Toda notícia de bala perdida sempre tem a mesma explicação: O local fica na proximidade dos complexos do Chapadão e da Pedreira, principais redutos de duas facções do tráfico.

Bala perdida é um misterioso fenômeno carioca. Inclusive pela preferência por crianças.

Acontece que basta uma facção do tráfico de órgãos. Para um tiro certeiro no olho.

Bala perdida acerta menino no olho. Parece coisa de atirador da polícia que mira a cabeça de jornalistas nas passeatas de protesto

 

Por Júlia Amin No Extra

 


Segundo Diná Costa, mãe de Asafe, após ser baleado, ele não recebeu atendimento dentro do Sesi.
— Primeiramente achávamos que ele havia escorregado e batido a cabeça. Não havia nem ambulância no local. Tivemos que levar ele de carro até o hospital — afirmou.
mãe

Ele foi internado no Hospital estadual Getúlio Vargas, na Penha, também na Zona Norte, com a bala alojada no olho esquerdo. Após uma cirurgia para limpeza da área, foi transferido para o Hospital estadual Adão Pereira Nunes, em Saracuruna, Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. No momento, Asafe está sedado no Centro de Terapia Intensiva. Segundo nota do hospital, o estado de saúde do garoto é grave.

 

 

local

De acordo com a Polícia Civil, o caso foi registrado na 31ª DP ( Ricardo de Albuquerque). Os familiares da vítima e os funcionários do clube irão prestar depoimento nos próximos dias. Os agentes também procuram por câmeras de segurança instaladas no local. Segundo a Polícia Militar, não havia operação no momento em que Asafe foi atingido.

O menino foi a segunda vítima de bala perdida no fim de semana. Larissa de Carvalho, de 4 anos, morreu após ser atingida na cabeça por uma bala perdida, em Bangu, na Zona Oeste do Rio. Ela estava na companhia dos pais e passava pela esquina das ruas Boiobi e Rio da Prata, no fim da tarde de sábado, quando foi ferida. A polícia investiga de onde foi feito o disparo.

Os órgãos de Larissa foram doados. Por que o Rio de Janeiro tem chuva de bala perdida? 

Favela protesta no Rio após enterro do menino Patrick. Mais um negrinho executado pela polícia de Pezão

* Manifestantes fecharam a Autoestrada Grajaú-Jacarepaguá à tarde.

* Patrick, que faria 12 anos neste sábado, levou um, dois, três, quatro tiros na quinta-feira.

 

Os negros enterram mais um filho de negro no Rio de Janeiro, capital do rock
Os negros enterram mais um filho de negro no Rio de Janeiro, capital do rock

 

Foi enterrado por volta das 15h no Catumbi, na Região Central do Rio, o menino Patrick Ferreira de Queiroz. O menor, que completaria 12 anos neste sábado (17), foi executado na quinta-feira (15), por um bando de policiais da UPP Camarista Méier. Parentes e amigos acompanharam a cerimônia num clima de comoção e revolta. Na despedida, familiares cantaram “parabéns”.

Após o enterro, os moradores da favela invadiram as pistas da Autoestrada Grajaú-Jacarepaguá em protesto contra a morte do menino. A mesma Polícia Militar, que matou Patrick, foi chamada para evitar que a via permanecesse fechada.

 

Patrick é enterrado ao som de ‘parabéns’

 

O pai com o menino de colo e o menino de pé, Patrick
O pai com o menino de colo e o menino de pé, Patrick

por Carmen Lucia/ Jornal O Dia

 

Rio – Ao som de ‘Parabéns pra você’, o menino Patrick Ferreira de Queiroz, 11 anos, foi enterrado na tarde deste sábado no Cemitério do Catumbi, na Zona Norte do Rio.

“Era um menino alegre e divertido, gostava de soltar pipa e jogar videogame. Patrick era conhecido pela comunidade, todo mundo gostava dele. Gostaria de pedir ao governador Pezão uma polícia mais preparada na rua. Os policiais precisam fazer cursos, se preparar. Isso que aconteceu com meu filho não pode acontecer mais”, disse Daniel Pinheiro de Queiroz, 48 anos, pai da vítima.

Durante o enterro, familiares cantarem parabéns para Patrick, que faria 12 anos neste sábado. Pai do garoto estava inconsolável Foto:  Márcio Mercante / Agência O Dia
Durante o enterro, familiares cantarem parabéns para Patrick, que faria 12 anos neste sábado. Pai do garoto estava inconsolável
Foto Márcio Mercante / Agência O Dia

Emerson Nascimento, 16 anos, conhecia Patrick desde a infância. “Éramos melhores amigos, fomos criados juntos. Ele nunca foi de briga ou confusão. Quando aconteceu, os policiais não deixaram que eu cobrisse o corpo dele, mas eu fui lá e cobri”, disse o adolescente, emocionado.

No protesto na Autoestrada Grajaú-Jacarepaguá contra a morte do menino, Daniele Sampaio, irmã do Patrick, estava indignada. “Ninguém quer quebrar ônibus ou causar confusão aqui. Era para a família estar fazendo festa e tivemos que chorar a perda dele. A UPP não trouxe nada de bom pra comunidade”, disse Daniele. Por conta do protesto, a via foi interditada parcialmente no sentido Jacarepaguá. O tráfego ficou intenso no trecho. Pelo menos 60 PMs acompanharam o ato.

Família vai processar o estado

A família de Patrick decidiu procesar o estado . A ajuda virá do advogado João Tancredo, ex-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ). “A bala ‘perdida’ da PM tem alvo: pretos, pobres e moradores de favelas. É preciso que algo seja feito contra os autos de resistência que, com o mínimo de investigação, se revelam como homicídios cometidos pelos agentes do estado”, disparou João Tancredo.

'Deram um tiro e ele caiu sentado. Ao chegar perto, os PMs deram os outros tiros pelas costas', Denise Silva 24 anos, tia do garoto Foto:  Severino Silva / Agência O Dia
‘Deram um tiro e ele caiu sentado. Ao chegar perto, os PMs deram os outros tiros pelas costas’, Denise Silva 24 anos, tia do garoto
Foto Severino Silva / Agência O Dia

Nesta sexta-feira, versões diferentes foram dadas, mas nenhuma esclareceu a morte de Patrick. A Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP) informou quinta-feira que houve uma troca de tiros entre policiais e traficantes e que Patrick foi baleado. Na delegacia, os PMs envolvidos no caso registraram o fato como auto de resistência (morte em confronto com policiais). No entanto, testemunhas contaram à família que o menino [foi] executado.

“Deram um tiro e ele caiu sentado. Quando chegaram perto, os PMs deram os outros tiros pelas costas. Patrick disse que estava com sede e o policial pegou água e jogou na cara dele”, afirmou a prima do garoto, Denise Balu da Silva, de 24 anos.

Delegado da 25ª DP (Engenho Novo), Niandro Lima, acompanhou a perícia no Morro da Cachoeira Grande, Complexo do Lins, e disse que não foram encontradas cápsulas deflagradas de pistola. Esta seria a arma que, segundo a PM, Patrick portava. O armamento foi apreendido e encaminhado ao Instituto de Criminalística Carlos Éboli. A perícia vai verificar se algum disparo foi feito com a pistola calibre 9 milímetros, se há impressões digitais de Patrick ou de outras pessoas. O laudo sairá em 30 dias.

Nesta sexta-feira, as investigações passaram para a 26ª DP (Todos os Santos). Outra análise, do Instituto Médico-Legal (IML), vai mostrar se havia pólvora nas mãos do menino. Se positivo, o resultado vai contradizer a versão do confronto dada pelos policiais da UPP. O pai de Patrick, o ajudante de caminhão Daniel Pinheiro de Queiroz, 48, voltou a afirmar que foi ameaçado pelos PMs e impedido de socorrer o filho. “Os policiais disseram que, se eu desse mais um passo eu também ficaria estirado no chão igual a ele”, contou Daniel.

[Esta a Polícia Militar do Rio de Janeiro, comandada pelo governador Pezão, que continua a mesma do governador Sérgio Cabral: inimiga do povo, e assassina de mulheres e crianças pobres e negras. Desmilitarização já]

 

 

Polícia mata o mais perigoso bandido do Rio de Janeiro

 

A polícia social do Rio de Janeiro divulga: “Em legítima defesa,  a patrulha que vigiava a fronteira da favela em guerra, foi forçada a  atirar, até que quatro tiros acertassem o corpo do perigoso bandido, traficante, e serial killer Patrick Ferreira de Queiroz. Era matar ou morrer”.

Patrick Ferreira de Queiroz, criança de 11 anos, considerado perigoso bandido, que sempre andava armado
Patrick Ferreira de Queiroz, criança de 11 anos, considerado perigoso bandido, que sempre andava armado

Um, dois, três, quatro tiros em uma criança de onze anos. É muita covardia e crueldade 

 

Hoje o jornal “O Dia” desmente a polícia. Escreve Helio Almeida: O ajudante de caminhão Daniel Pinheiro de Queiroz, de 48 anos, negou nesta sexta-feira que seu filho, Patrick Ferreira de Queiroz, de 11 anos, estava armado quando foi morto por PMs da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Camarista Méier, na quinta-feira. No Instituto Médico Legal (IML) para a liberação do corpo, ele defendeu o menor e disse o filho não estava envolvido com o tráfico de drogas.

“Escutei os tiros e dez minutos depois um menino disse que o Patrick tinha sido baleado. Vi o corpo do Patrick com a mochila e radinho. O PM me mostrou a arma dizendo que era do Patrick, só que mais tarde me mostrou outra arma”, disse Daniel, pai de mais seis filhos.

Daniel Pinheiro de Queiroz, de 48 anos, negou nesta sexta-feira que seu filho, Patrick Ferreira de Queiroz, de 11 anos, estava armado quando foi executados por PMs assassinos
Daniel Pinheiro de Queiroz, de 48 anos, negou nesta sexta-feira que seu filho, Patrick Ferreira de Queiroz, de 11 anos, estava armado quando foi executados por PMs assassinos

Segundo o pai da criança, Patrick estava brincando, soltando pipa, quando foi baleado. Daniel Pinheiro disse ainda não acreditar na morte da criança. “Quando lembro do meu filho, acho que nada disso aconteceu”.

A prima de Patrick, que não quis se identificar, afirmou que ele foi executado. “Deram um tiro e ele caiu sentado. Quando chegaram perto, eles deram mais três tiros. Meu primo disse que tava com sede e o policial pegou água e jogou na cara dele”, afirmou.

As armas utilizadas pelos policiais militares foram apreendidas e foi aberto um inquérito para apurar a morte do garoto. O inquérito decidirá que os militares devem ser condecorados como heróis. Pela  coragem de enfrentar o perigoso menino de 11 anos. Que bem merecia a pena de morte decidida pela Polícia Militar de Pezão. De acordo com a Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP), o policiamento está reforçado na Camarista Méier e o clima na comunidade é de tranquilidade nesta manhã.

Como acontecia na ditadura militar, para evitar qualquer manifestação, ainda não se sabe o local, dia e hora do sepultamento de Patrick, cujo corpo não foi ainda liberado.

Será enterrado em uma cova rasa, como indigente.

 

 

“República do Paraná”. Todo separatista é um traidor, e deve ser preso por pregar uma guerra civil

Celso Deucher, führer do movimento O Sul é o Meu País, numa maquinação realizada em Passo Fundo
Celso Deucher, führer do bródio O Sul é o Meu País, numa maquinação realizada em Passo Fundo

 

É o caso do bunda mole Celso Deucher, escritor medíocre que lidera um movimento de extrema direita, nazista, racista, tucano, que inclusive apela para uma intervenção militar estrangeira, pretendendo separar do Brasil os Estados do Paraná, Santa Catarina e o Rio Grande do Sul.

Esse seboso tropel de traidores da Pátria, ora conhecido como “República do Paraná”, está realizando campanha para derrubar Dilma Rousseff da presidência, repetindo o discurso de Aécio Neves e caterva.

Com “vergonha moral” do Brasil, o apátrida Celso Deucher, presidente do hatajo O Sul é Meu País, pede “desculpas” por ser brasileiro: “cara, eu não sou daquele país lá da bunda grande, da mulata puta, essa imagem que o Brasil faz questão de passar”. 

“A gente vê o governo abrindo mais vagas no Bolsa Família, mas não vê postos de trabalho”, reclama Deucher. “Nós queremos nos livrar, porque esse Estado, Brasília, não nos representa. Ele não diz nada para nós, o que ele diz é só coisa ruim”, conclui. A rejeição a Brasília é o mote dos panfletos que os traidores imprimem e distribuem.

"Para tirar Brasília do nosso bolso"- críticas à política nacional são recorrentes no discurso da mamparra
“Para tirar Brasília do nosso bolso”- críticas à política nacional são recorrentes no discurso da mamparra

Escreve Fernanda Canofre: Os separatistas também se creem injustiçados na representação parlamentar. Deucher reconhece que algumas das “oligarquias que tomaram conta do Estado nacional” são do Sul. Ainda assim, acredita que o cálculo do quociente eleitoral – que divide o número de eleitores pelo número de cadeiras disponíveis – faz com que o Sul nunca seja ouvido. “Como eu preciso de 17 catarinenses para valer um voto de um cara, sei lá, do Acre? De onde que saiu essa conta tão louca que um tem que ter poder econômico e outro tem que ter poder político? Num tempo em que o voto universal é um voto, como que isso continua acontecendo no Brasil, né? Essa questão aí, ela é seríssima. Por quê? Porque ela tira o valor como cidadãos que nós temos, como brasileiros. Tira a nossa força de lutar por aquilo que nós queremos”, frisa.

Na conferência, as “oportunidades” de expansão do movimento e formas de se espalhar a ideia são discutidas durante uma Oficina de Planejamento Estratégico. Um dos participantes sugere que o movimento utilize a mesma estrutura do marketing multinível – o polêmico esquema de pirâmide – esclarecendo que aqui não entraria dinheiro. Ele explica que uma pessoa seria responsável por integrar outras três à organização; essas três, outras três; e assim por diante. Outro integrante reconheceu na ideia uma estratégia também utilizada por igrejas evangélicas para arrebanhar mais fiéis: “Ah, sim, na igreja chamamos isso de igreja em células. Pode funcionar!”, exclama.

O livro é a mistura do Mein Kampf de Hitler com histórias dos movimentos libertários do Sul. Uma salada para fanatizar a elite branca que não se sente brasileira
O livro é a mistura do Mein Kampf de Hitler com histórias dos movimentos libertários do Sul. Uma salada para fanatizar a elite branca que não se sente brasileira

Mas a polêmica maior é o ter ou não ter participação ativa na política brasileira. Um dos participantes, Hermes Aloisio, vice-presidente do movimento em Passo Fundo, foi também candidato a vice-governador do Rio Grande do Sul pelo PRTB, o partido de Levy Fidelix. No programa de governo de sua coligação, o plebiscito pela “autodeterminação política e econômica” é uma promessa. Deucher tenta se afastar disso. Fala que alguns políticos já demonstraram interesse em apoiá-los: “Só que nós não queremos esses apoios, entendes? Porque os caras são sujos, pô”.

Na mesma época em que os catarinenses tentavam reunir os três estados sulistas em torno da causa com a fundação de O Sul é Meu País, em Porto Alegre, a República Federativa dos Pampas virava notícia nacional. Em 1993, Irton Marx, presidente da organização que defendia um território independente só para os gaúchos, protagonizou uma reportagem no Jornal Nacional da Rede Globo defendendo um país que falasse alemão. Acabou sendo acusado de nazista e processado pelo Estado. Uma imagem que, mesmo com a absolvição de Marx, ainda assombra os separatistas de hoje.

“O cara (Marx) criou um país inteiro. Ele sentou numa mesa e – com o perdão da palavra – se masturbou com a ideia e botou tudo ali. (…) Ele era radical, personalista, era ele que era o gostosão do negócio. Era ele que ditava as ordens, e isso começou a desagradar todo mundo”, critica Deucher. Depois da secessão sulista, o movimento representado por ele decidiu se legalizar, registrando inclusive um CNPJ, se formalizando como pessoa jurídica.

O presidente alega que, na década de 1990, o grupo foi espionado pelo governo. Pessoas que se apresentavam como interessados na causa participavam das reuniões, gravavam conversas e, um tempo depois, aparecia um processo contra os separatistas. Outras vezes, recém-chegados pediam a palavra e revelavam um discurso fascista. Deucher conta que isso ainda se repete vez ou outra. Há oito meses, um militar da reserva gravou um dos encontros e registrou representação contra ele no Ministério Público com base na Lei de Segurança Nacional.

Ainda que Deucher critique o personalismo de Irton Marx, é difícil separar sua figura de O Sul é Meu País. Ele mesmo admite ser procurado para palestras dentro dos movimentos de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Amapá como referência do assunto.

Para Celso Deucher, o separatismo é pessoal. Vem daí sua terceira razão para a criação de um novo país: “É tu te sentir parte de um país. Nós não nos sentimos brasileiros. Não sei o porquê. Não sei o que é que houve. Cara, como é que tu vai me obrigar a me sentir brasileiro? Entendeste? Não tem outra nacionalidade que eu me sinta mais. Eu não me sinto alemão, não me sinto italiano, não me sinto nada: eu me sinto sulista”, revela. Assim como a maioria dos separatistas reunidos na conferência, além da geografia e mesmo a neve que, para eles, “respeita os limites geográficos” e não cai em São Paulo, o que os afasta da ideia do Brasil como nação é que o país passou a representar vergonha moral.

Os nazistas, como faziam os integralistas de Plínio Salgado, usam frases indígenas como slogam. Fotografias de Fernanda Canofre / Vice Brasil
Os bichos da República do Paraná, como faziam os integralistas de Plínio Salgado, para enganar os tolos, usam frases indígenas como slogans. Fotografias de Fernanda Canofre / Vice Brasil

– Esse sentimento interno, essa coisa dentro de mim, dentro de milhões de outras pessoas, de não se sentirem brasileiros, de terem vergonha de serem brasileiros, de quando perguntada ‘De que país tu é?’, ‘Cara…meu, eu sou do Brasil, bicho. Desculpa’. Entendeste? Tu implorar desculpas pras pessoas por ser do Brasil. Cara, eu não sou daquele país lá da bunda grande, da mulata puta, do não sei o quê – eu não sou. Peraí, cara. Não é isso. Sabe, essa imagem que o Brasil faz questão de passar. Sabe, do tráfico humano, do tráfico sexual. Sabe, esse país erótico em que as menininhas com doze anos colocam os peitinhos para fora e chamam os gringos pra virem comer elas (sic). Esse país não é o meu, cara – destaca.

“Mas tu não achas que exploração sexual acontece no Sul também?”, perguntei. – Acontece, acontece muito, justamente por quê? Porque nós temos lá inclusive uma sulista, uma Xuxa da vida, que erotizou a mulheradinha desde pequenininha. Qual é o negócio? Mostra a bundinha, filha. Mostra os peitinhos, filha. Diz que tu é gostosa, filha. Tu me entendeu? Quem é que fez isso, onde é que tá a mística desse troço aí? TV e outros meios de comunicação que sempre trabalharam isso como produto nacional. Nós somos um povo querido, alegre, e nossas mulheres são as mais gostosas. Não é isso? É isso que nós vendemos lá fora”. Leia mais

 

 

Marco Antonio Cabral, príncipe do Rio, candidato a deputado federal

Governador Sérgio Cabral continua com a vida impune de novo rico
Governador Sérgio Cabral continua com a vida impune de novo rico

 

Por ter o pai que tem, a vida de Marco Antonio Cabral sempre foi marcada por escândalos. Um deles a morte da noiva, a estudante Mariana Noleto, num misteriosos e não investigado desastre de helicóptero na Bahia, envolvendo a amante do então governador Sérgio Cabral, a jornalista da Globo Fernanda Kfoury.

Mariana Noleto, uma linda e inocente menina que teve a vida destruída
Mariana Noleto, uma linda e inocente menina que teve a vida destruída

Escreveu Ricardo Gama: “O pai de Mariana Noleto, nora de Sérgio Cabral, que morreu na tragédia na Bahia está revoltado, reclama do descaso e da omissão das autoridades, e exige explicações sobre a morte de sua filha.Uma coisa é certa, as autoridades estão escondendo e abafando muitos detalhes dessa tragédia, por que será?”

Não é um acontecimento que a justiça venha hoje decretar qualquer tipo de sigilo, porque na época o governo Sérgio Cabral decretou luto oficial.

Fernanda Kfoury, jornalista da TV Globo
Fernanda Kfoury, jornalista da TV Globo

Dois ou três blogueiros noticiaram que Fernanda Kfoury passou uma noite ferida à espera de socorro médico. Conheça a história desse amor que terminou em morte. 

Para completar a trama: Fernanda era irmã de Jordana, esposa de Fernando Cavendish, dono da Delta Construções.

Anselmo Melo publica, no seu blogue A Pedra, esta montagem de fotos do local que seria a lua de mel de Sérgio Cabral:

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Estudante e candidato, filho de Sérgio Cabral declara R$ 363 mil

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Publica SpressoRJ: O estudante de Direito Marco Antônio Cabral ainda não estreou nas urnas, tem uma trajetória profissional curta, porém já está com o bolso cheio: candidato pelo PMDB a deputado federal, Marco declarou à Justça Federal ter R$ 360 mil em bens.

O filho do ex-governador Sérgio Cabral, tem apenas 23 anos e, devido ao esgotamento e altíssima taxa de rejeição do pai, é uma das apostas do PMDB para puxar votos para a bancada federal.

Vascaíno e mangueirense, Marco Antônio Cabral é aluno da PUC-Rio e sua campanha tem a previsão de custar até R$ 9 milhões. O jovem cupa também o cargo de vice-presidente do PMDB do Rio de Janeiro e, assim como o pai, é muito amigo do governador Luiz Fernando Pezão e do prefeito Eduardo Paes, que o nomeou como seu assessor especial para fiscalizar grandes obras.