Ditadura nunca mais na América do Sul

O golpe militar de primeiro de abril de 1964 no Brasil – comemorado no dia 31 de março – provocou a derrubada da democracia nos países da América do Sul.

Este efeito dominó, isto é, o retorno das ditaduras ameaçam a Bolívia, o Equador e a Venezuela. Isso depois de um golpe do judiciário em Honduras, e um golpe parlamentar no Paraguai.

El presidente de Uruguay, José “Pepe” Mujica rechazó este lunes las intenciones de Estados Unidos (EE.UU.) de sancionar al gobierno de Venezuela por los hechos violentos iniciados el pasado 12 de febrero tras un llamado a las calles hecho por la extrema derecha de esa nación suramericana con el fin de derrocar al gobierno electo de Nicolás Maduro; al tiempo que exigió “respeto y cariño” para Venezuela y su gente.

“Cuando el mundo entero le pide a Estados Unidos que archive su política de bloqueo económico a Cuba, surgen desde ese gobierno voces amenazando con sanciones a Venezuela. ¿No se aprende nada de la historia? ¿Acaso esa actitud ha servido para resolver algo que no sea imponer privaciones a los débiles en distintas sociedades?”, se preguntó el dignatario uruguayo.

Mujica agregó que en Venezuela “sus contradicciones son también las nuestras y su resolución no debería ser violenta, y menos, azuzada desde afuera” por lo que exhortó a encontrar una solución pacífica para la crisis política que enfrenta el gobierno de Nicolás Maduro y a respetar la Constitución como “un camino necesario” para encontrar una salida, informó la Secretaría de Comunicación de la Presidencia.

El pasado jueves el Gobierno de Venezuela rechazó de manera categórica las declaraciones injerencistas de EE,UU., a través de su subsecretaria de Estado, Roberta Jacobson, quien insistió en amenazar al país suramericano con posibles sanciones de no abrirse al diálogo, desconociendo así la disposición al diálogo para la paz de todos los sectores del país que fue reconocida por la comisión de cancilleres de la Unión de Naciones Suramericanas (Unasur) que visitó el país esta nación.

El canciller venezolano Elías Jaua, recalcó este lunes que el gobierno de los Estados Unidos (EE.UU) hace lo posible por ver a Venezuela convertida en un campo de batalla, donde los venezolanos se enfrenten unos a otros con el fin de derrocar el Gobierno Bolivariano del presidente Nicolás Maduro.

“Los sectores más conservadores del gobierno de los Estados Unidos quieren una Venezuela inmersa en un conflicto. Lamentablemente, unos hasta sueñan con un conflicto armado, con una guerra civil”, dijo.

Sin embargo el canciller venezolano dejó claro que los gobiernos de América Latina no se dejan engañar por las difamaciones de la extrema derecha venezolana sobre el Gobierno revolucionario de su país, pues tienen un compromiso leal con los valores de paz de la región.

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ditadura diário de pe

De El Maria

El Maria
El Maria

Canso do pra sempre.
Canso do persistente.
Canso de lembrar.
Canso de descansar.
Canso de repente.
Canso do sol quente.
Corro, e canso.
Deito e canso.
Descanso e canso.
Canso de fulano, de beltrano.
Vejo sicrano, e canso.
Canso de verdade, de mentira.
Canso de música repetida.
Canso do imitador.
Canso de história.
Danço, canso, transo, canso…
Canso da ilusão.
Canso do sabido.
Canso de bonito, de burrice, de cretino.
Canso de você, e do seu cansaço.
Canso de mim.
Falo e canso.
Cansei

31 de março. PSB quer o retorno dos dedos-duros

Transcrevo uma notícia que lembra os tempos de chumbo da ditadura iniciada em Primeiro de Abril de 1964, mas comemorada no dia 31 de março, que instalou uma rede de dedos-duros, que apontavam pessoas como inimigas do regime militar. Os denunciados, anonimamente, terminavam presos e torturados e/ou executados.

Importante assinalar que Eduardo Campos e Marina Silva comandam o PSB. E esperamos que, publicamente, condenem essa prática criminosa.

Publica Luiz Nassif online:

PSB estimula sociedade de delatores nas redes sociais

Vladimir Kazanevsky
Vladimir Kazanevsky

Por Diogo Costa
Via Facebook

apae-patrulha

Esta prática abominável de estimular a delação relembra as piores ditaduras totalitárias que a humanidade já conheceu. Pois bem, o advogado do PSB, que cumpre este torpe papel, chega mesmo a oferecer “recompensas” para que as pessoas delatem informações sobre as pessoas que o PSB expõe criminosamente nas redes sociais.

Que o PSB nunca foi socialista chega a ser uma obviedade. Mas que o PSB se utiliza de práticas totalitárias, fascistas e nazistas, como este instituto da ‘delação recompensada’, para mim é novidade.

Isto tem que ser denunciado, isto é uma prática que cabe em ditaduras totalitárias, não em uma democracia como a que estamos construindo no Brasil. Imaginem se amanhã ou depois volta uma ditadura no Brasil… Estes sádicos perseguidores seriam os primeiros a insuflar e recompensar delatores! Foi assim que muita gente acabou morta, torturada e foi assim também que muita gente teve seus corpos ocultados até os dias de hoje.

Lamento profundamente que o PSB estimule este comportamento canalha, calhorda, safado e sem vergonha por parte dos seus advogados. E lamento não porque tenho amigos incluídos nesta porca listagem, mas porque lamentaria em qualquer situação.

Jehad Awrtani
Jehad Awrtani

A TORTURA NUNCA TERMINA

por Talis Andrade

Shahrokh Heidari
Shahrokh Heidari

1

Na escuridão do cárcere
não persiste a mínima
noção de tempo
A escuridão prolonga
um suplício
que nunca termina

Na escuridão do cárcere
o prisioneiro desconhece
quando os encapuzados
vão recomeçar o ritual
das místicas
sessões cívicas

Desconhece de onde vêm
os cruciantes gritos
se da cela vizinha
ou dos porões da mente

Gritos que não lhe deixam em paz
estouram os tímpanos
Pregos penetram o corpo
revificando os estigmas da crucificação
o sangue a coroa de espinhos os escarros

Os pungentes gritos
recordam os sermões
dos tempos de menino
O padre Nicolau
descrevia as estações
da via-crúcis
ameaçando com os tormentos
do inferno
O corpo aferroado
por tridentes em brasa
a carne torrificada
no castigo do fogo eterno
A capela exalava
malsinado cheiro
de carne queimada e enxofre
Por toda capela
o beatífico aroma
de incenso e cera
de círios acesos

2

O prisioneiro desconhece de onde vêm
os cruciantes gritos
se da cela vizinha
ou dos porões da mente

No terror implantado o preso não percebia
quando tudo era um macabro divertimento
o cruel vexatório brinquedo do gato com o rato
ou triste cenário de um banho de sangue
O real o imaginário se (con)fundiam
no surrealismo de uma guerra suja
Nos aviões prisioneiros avisados
de que seriam atirados em alto mar
aterrizavam humilhados por continuarem vivos
Carros os freios sabotados desabavam
no abismo
Corpos caiam no poço dos elevadores
Carros invisíveis atropelavam nas esquinas
Prisioneiros alinhados ao pé do muro viam
[a morte fugir
nos fuzilamentos com balas de festim
Prisioneiros eram trucidados
em uma simulação de fuga
ou simplesmente sumiam
Outros anunciados como mortos
retornavam lampeiros perambulando pelas ruas

3

A imprevisibilidade uma tortura
Os segundos sobressaltante eternidade
Os inquisidores não têm hora precisa
Os inquisidores podem chegar
[a qualquer instante

Os segundos se arrastam
Perde-se a noção
de quando dia
de quando noite
Não existe mês
no calendário da escuridão

Na angustiante espera
o prisioneiro sofre a tortura
de desconhecer
quando chegará a vez
de ser empurrado
pelos campos de sangue
para os subterrâneos da morte
os olhos vendados
para uma viagem sem volta

Faltam os nomes dos comandantes do torturador coronel Malhães

ditadura golpista

 

Escreve Clóvis Rossi: “Mesmo para quem lidou durante muitos anos com a questão dos direitos humanos, no Brasil e na América Latina, é chocante ler o depoimento do coronel reformado Paulo Malhães à Comissão Nacional da Verdade (folha.com/no1430795).

Mas choca apenas pelo sadismo revelado pelo oficial e pela frieza com que confessa crimes bárbaros. O fato de que havia torturas e assassinatos já era arquiconhecido e, portanto, não pode provocar surpresa, a não ser em distraídos, desavisados ou viúvas da ditadura, como os que promoveram a fracassada reedição da Marcha da Família.

De todo modo, creio que seja uma das primeiras vezes, talvez até mesmo a primeira, em que um torturador –e não um torturado– admite os fatos como os fatos se passaram. Com o adicional de que era um oficial cuja função lhe permitia ter pleno conhecimento de tais fatos.

José Carlos Dias, o advogado que o interrogou na CNV, chamou o coronel reformado de ‘sádico e exibicionista”. Leia mais no blogue Ficha Corrida.

Todo torturador é um sádico. Não vejo exibicionismo no depoimento do coronel Malhães. Ele tem várias motivações para confessar. Já era conhecido como torturador. Ele quebrou o pacto do silêncio para não ser boi de piranha. Houve tortura nas delegacias das polícias estaduais e federal, e nos quartéis das polícias militares e das forças armadas em todo o Brasil. E quantos nomes de torturadores foram revelados?

Malhães apresenta alguns, para indicar que oficiais superiores torturaram. Escreve Bernardo Mello Franco: “Confrontado com nomes e fotos de vítimas, Malhães alegou que não conseguia reconhecê-los. Também se recusou a indicar colegas da repressão, com raras exceções.

Numa delas, disse ter recebido ordem do coronel Coelho Neto, então subchefe do CIE (Centro de Informações do Exército), para ocultar a ossada do ex-deputado Rubens Paiva, morto em 1971. Mas afirmou não ter executado a tarefa, contrariando o que disse recentemente aos jornais ‘O Dia e ‘O Globo’.

Ele também apontou o coronel Cyro Guedes Etchegoyen, chefe de contrainformações do CIE, como comandante da Casa da Morte”.

Todos os nazistas no Tribunal Militar Internacional, no Palácio da Justiça em Nuremberg, alegaram que receberam ordens.

Malhães foi covarde quando torturava, e continuou covarde nas confissões parciais: “recusou a indicar” os chefes dele e dos colegas da repressão. Os intocáveis comandos superiores.

Lançamento do Dicionário Amoroso do Recife

amanhã urariano

“Quem é do Recife, quem já viveu no Recife ou quem passou um tempo no Recife, sempre dirá: eu tenho um caso pessoal com esta cidade”.

O Dicionário Amoroso do Recife é obra de toda uma vida na cidade, “um lugar possuidor de visco e modo de ser” que acompanhou e acompanha Urariano Mota sempre.

No Dicionário, os significados vêm “na nuvem da memória e do sentimento. A memória a falar daquilo que a marcou. Falando para todos os humanos a humanidade do Recife”.

Dicionário Amoroso do Recife

Amanhã, sexta-feira, às 19 horas, na Livraria Cultura, no Paço da Alfândega, no Recife Antigo, o romancista Urariano Mota estará autografando o Dicionário Amoroso do Recife.
O Dicionário é fruto de um escritor que ama a cidade acima de tudo. Não foi à toa que o grande maestro Spok, o cara e a cara do frevo renascido, se referiu ao livro como se visse o Recife falando para os recifenses e para qualquer pessoa de fora, no Rio, em São Paulo, ou além das fronteiras do Brasil. Como um novo Pernambuco falando para o mundo.
De A até Z, o livro é um passeio pelas Igrejas, pela primeira Sinagoga das Américas, pelos terreiros, pelos mercados públicos, pelo elogio emocionante dos heróis do povo da cidade.
Um dicionário da humanidade pernambucana. Da gente do Recife, “da encantadora gente do Recife, que às vezes sufoca a gente de emoção e ternura, de um carinho que rasga o solo como uma flor no asfalto duro”.
De Eutanasinha, a criança flagrada na inocência da fantasia de princesa do carnaval. De Clarice Lispector a ver o frevo na rua. Da descoberta de uma qualidade rara em Dom Hélder Câmara. E muitas homenagens, recuperação de pessoas ilustres e queridas do Recife, desta vez salvas para sempre como exemplos e modelos de pessoas da cidade.
Quem? Não perguntem quem, perguntem como são e vivem essas pessoas. Do ser que são virá a sua fama.
Humor, poesia, drama, como de resto é feita uma cidade grande cujo crescimento se dá na memória e no afeto.
E mais: o novo centro do Recife.
E qual o gênero da cidade? Recife é macho ou fêmea?
Revelações como a passagem de Gagárin no Recife, a origem do nome Zumbi para um bairro. E as mulheres do Marrocos, o teatro de sexo do sonho dos meninos. O Mercado da Boa Vista. As redações do Recife, lembrando nomes que os jovens fotógrafos e jornalistas nem sabe que existiram.  Eis o trecho de um verbete:

“No registro cotidiano do Recife, muito espanta hoje o seu sentido de flagra, mais rápido que o de um fotógrafo de esporte no momento do gol. No precioso arquivo de Olegária, aparecem ladrões meninos ou adultos no instante do furto. Como se fosse de repente, naquele momento tão suave e sub-reptício que ninguém vê, Wilson mostrava em preto e branco os dedos escorregando em uma bolsa de mulher, no centro do Recife. O seu flagrante não media conveniências. Flechava, ou melhor, flashava meninos miseráveis, sem banheiro no mocambo, defecando à luz do dia em um canal da cidade.

Olegária nos contou que tamanha era a intimidade do pai com famosos, que ele chegou a fotografar misses de Pernambuco nuas. Para nossa infelicidade não restaram as provas, porque Wilson, honestíssimo, devolvia os negativos às donas. (O que eram os costumes secretos e a gentileza do fotógrafo.) Ele trabalhou no Jornal do Commercio, Diário de Pernambuco e Folha da Manhã.“

Este é um Dicionário para o Recife “que está mais em seu povo que em todos os monumentos, pontes, rios e edifícios. Aquela cidade que vista de cima, no avião que chega, acende um calor, uma alegria e uma felicidade sem palavras, somente fogo íntimo”.
“Estamos de volta, Recife”, e quem volta suspira em silêncio, pouco importando se esteve fora um mês, um ano ou dois dias.

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amanhã urariano

VOCÊ TEM UM ENCONTRO MARCADO COM URARIANO MOTA

Urariano Mota

Guerra da maconha. Polícia Federal invade universidade e diz que reitoria não precisa ser avisada. Que esta é a lei do cão chupando manga

“Todas as vezes que a PF tem que agir ela age. Às vezes, informamos a determinados dirigentes por uma questão de deferência (consideração), mas não se trata de uma exigência da lei”, disse o delegado dos delegados da polícia de Dilma em Santa Catarina.

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O Brasil é, realmente, um estado policial. Não precisam os nazistas realizar marchas de retorno do ditadura. O povo, sim.  O povo em geral necessita fazer uma campanha para sair. Acabar com todos as leis em vigor do golpe de 64. E colocar limites na polícia federal e nas polícias e soldados estaduais. Todos prendem e arrebentam.

Publica o jornal Notícias do Dia de Florianópolis: O superintendente em exercício da Policia Federal em Florianópolis, Paulo César Barcellos Cassiano Júnior, 35 anos, disse que os agentes entraram no campus da UFSC para coibir o tráfico e o consumo de drogas. Segundo Paulo César, o pedido da investigação foi feito pela reitoria da universidade no ano passado. No entanto, quando a PF foi ao campus identificar e reprimir o tráfico, ocorreu o confronto com os estudantes.

 

Delegado Paulo Cassiano Jr. esteve no conflito no campus da UFSC. Foto: Marco Santiago
Delegado Paulo Cassiano Jr. esteve no conflito no campus da UFSC. Foto: Marco Santiago

Após a reitora Roselane Neckel repreender a ação policial, o superintendente rebateu: “Não vou permitir que a reitora transforme a universidade em uma república de maconheiros”. Leia abaixo os principais trechos da entrevista.

Como o senhor analisa a posição da reitora ao repreender a ação policial no campus da UFSC, no confronto com os estudantes?
Pelo que tenho observado, os estudantes estão pressionando a reitora para que ela atenda aos desejos deles. Isto é uma subversão da ordem porque é a reitora quem deve dar o comando, e não os estudantes. O que nós não permitiremos é que as atribuições da Polícia Federal sejam limitadas, impedidas ou restringidas por parte da reitoria, ainda que ela esteja atendendo anseios dos estudantes.

Havia necessidade de mandado judicial para entrar na UFSC?
Não, não havia.

Por que não era necessário?
Porque o crime (consumo/porte de drogas) estava acontecendo.

A assessoria da reitoria informou que a reitora não foi comunicada da presença da PF no campus. Isto é legal, é ilegal?
A regra da PF é a de não avisar com antecedência a ninguém. Todas as vezes que a PF tem que agir ela age. Às vezes, informamos a determinados dirigentes por uma questão de deferência (consideração), mas não se trata de uma exigência da lei.

A PF foi ao campus para reprimir o tráfico ou para identificar o comércio de drogas?
As duas coisas.

Vocês prenderam estudantes ou traficantes?
As duas coisas. Estudantes que estavam fazendo o uso de entorpecente. Para nós a profissão é irrelevante, o que importa é a conduta.

Há quanto tempo a PF investiga o tráfico de drogas na UFSC?
Neste inquérito policial que está em aberto, desde o ano passado.

A reitora esteve na PF ou vocês foram à UFSC para dar início às investigações?
Ela nos procurou no dia 29 de agosto do ano passado, solicitando providências pelos fatos criminosos que estavam acontecendo lá, relativamente ao tráfico de drogas.

Era tráfico ou somente consumo?
Tráfico.

O senhor falou na entrevista coletiva que a universidade está um antro de prática criminosa. O que o senhor quer dizer com isso?
Somente ontem [terça-feira] tivemos crime de dano, incitação para a prática de crimes, uso de entorpecente, crimes contra a honra e crime de lesão corporal. Todas as vezes que a Polícia Federal se dirige para o campus universitário é desta forma que ela é recebida.

A violência foi por parte de vocês ou dos estudantes?
Nós fomos repelidos pelos estudantes quando tentamos trazer os presos para a superintendência.

Vocês vão instaurar inquérito sobre danos (depredação de viaturas)?
Além do inquérito que já existe para apurar o tráfico de drogas, nós também vamos abrir inquérito para apurar lesões em nossos policiais e para apurar o crime de dano contra o patrimônio público federal.

O senhor vai ouvir a reitora?
Ainda não sabemos. Mas, certamente, assessores ligados a ela e professores que se apresentaram como membros da diretoria da universidade serão ouvidos. Possivelmente a reitora será intimada.

Vocês têm informações que existe tráfico entre professores ou apenas entre alunos?
Não temos informações de envolvimento de professores, mas também não descartamos.

Não seria mais viável reprimir o tráfico na origem, nos traficantes?
Todas as duas frentes de atuação são válidas. Tanto os universitários que praticam crime (consumo de drogas) quanto os traficantes em qualquer lugar onde estejam.

Na sua opinião a reitora não se importa com o tráfico na UFSC, faz vistas grossas?
Acho que ela deve estar preocupada com as aspirações políticas internas, porque é incoerente e irresponsável que ela nos procure para dizer que no ambiente da universidade esteja acontecendo tráfico de drogas e depois emite uma nota de repúdio quando a polícia reprimir estes mesmos crimes lá.

Como o senhor analisa a liberação da maconha no Uruguai?
Não tenho opinião formada.

Os selvagens brasileiros e a Copa

Causa espanto no mundo inteiro os mandamentos da Fifa para a Copa. Ou melhor: o que é pecado nos países civilizados, no Brasil é costumeiro.  A atitude senhorial e colonizadora da Fifa vem sendo criticada pela imprensa internacional, mas os jornais brasileiros, passiva e covardemente, nada reclamam. Estão acostumados a dizer amém para os cartolas ingleses, desde que o futebol começou a ser divulgado no Brasil.

Na América do Sul, quem defende os brasileiros, sãos os hermanos argentinos.

CONTROVÉRSIA
Os polêmicos conselhos da FIFA para os que viajam para a Copa

 

Alex Falco Chang
Alex Falco Chang

 

por Eleonora Gosman/ Clarín/ Argentina

“Abstinência sexual” e “fidelidade” são duas recomendações da Fifa para esta Copa 2014 no Brasil. O reboliço que a publicação causou obrigou a Fifa a retirar essa edição da revista eletrônica.

O conselho é parte de uma cartilha que começou a circular em fevereiro nas doze cidades sede do mega evento futebolístico. O objetivo seria evitar que tanto os locais quanto os visitantes estrangeiros contraiam AIDS durante os 30 dias da competição.
Mas a Federação Internacional de Futebol não se limitou ao sexo, publicou sua própria tabela de 10 “mandamentos” para os 600.000 torcedores e turistas que virão do exterior. Com o título de “Brasil para os principiantes”, recomenda-se às mulheres que não façam topless nas praias, já que podem terminar na prisão. E também que os pedestres tenham cuidado ao atravessar as ruas, inclusive se atravessarem pelas linhas brancas, pois no Brasil não há cultura britânica.
O artigo em questão, publicado no Weekly Fifa, com o suposto objetivo de assessorar os europeus que desembarcarão no Brasil, é uma notável coleção de clichês, que pretende descrever o comportamento médio em um país onde há tantas culturas como estados (27 no total). O reboliço que a publicação causou obrigou a Fifa a retirar essa edição da revista eletrônica.

As advertências têm um tom jocoso, mas terminam por soar como um resumo discriminatório dos costumes que os europeus atribuem aos “sudacas”. Para começar, a foto que ilustra essa lista é a habitual: duas lindas garotas com uma poderosa anatomia em exibição. A poucos metros, um grupo de rapazes joga uma pelada.
O manual da Fifa continua com as seguintes observações: se você for a um restaurante para comer churrasco evite ingerir alimentos até 12 horas antes e quando já estiver sentado mastigue lentamente porque a boa carne “só é servida no fim”.
No mesmo estilo irônico, afirma que no Brasil existe pouco respeito pelo espaço mínimo que cada pessoa requer. E diz isso nestes termos: “Brasileiras e brasileiros não estão familiarizados com o costume europeu de manter a distância um do outro como uma norma de cortesia”. Dá muitos exemplos do significado do “beijo”, que não deve causar confusão: “É uma forma de comunicação não verbal que não implica compromissos”.
Afirma que “nas ruas, os pedestres são ignorados, e mesmo quando se atravessa pelas linhas brancas nenhum motorista vai parar voluntariamente”. De acordo com o decálogo, “o espanhol não serve. Os visitantes que tentarem se comunicar em espanhol terão a sensação de estar falando com as paredes”.

Por último lança uma forte advertência: “As imagens de mulheres com pouca roupa, típicas do carnaval, são enganosas e diferem consideravelmente da realidade”. Portanto não pense em “tomar sol na praia em topless”. Está absolutamente proibido e quem o fizer terminará na cadeia. Leia mais 

Como vai a saúde dos médicos e hospitais?

Além do Ministério, o Brasil tem as secretarias de Saúde estaduais e municipais com hospitais e postos de saúde e as reitorias com hospitais escolas, e uma infinidade de planos de saúde e uma rede hospitalar privada que cresce cada vez mais, financiada e enriquecida com o dinheiro da União, Estados e Municípios.

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BRA^SP_CDF médico consulta tempo

BRA_OP médico fila

BRA_JP saúde uti paraíba

BRA^SP_DDR folga médico S.  Jose do Rio Preto

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Falta tudo no Pronto Socorro de Cuiabá

Carta aberta da médica-cirurgiã Eloisa Curvo para a população e autoridades de Cuiabá e a quem mais possa interessar

Médica-cirurgiã Eloisa Curvo
Médica-cirurgiã Eloisa Curvo

Como membro do grupo de cirurgia geral do Pronto Socorro de Cuiabá, MT, quero divulgar uma vez mais o que já é do amplo conhecimento das autoridades e da população dessa Capital.

Faço isso porque não me conformo e não vou me conformar nunca (nunca serei acomodada ou conivente) em trabalhar num ambiente tão hostil no que se refere às condições para o bom desempenho do meu trabalho.

Só para fazer um idéia, segue abaixo lista dos materiais que, no dia 23 de fevereiro (meu plantão), não existiam naquele local.

A falta desses materiais compromete em demasia o atendimento aos pacientes, principalmente quando se trata de urgência e/ou emergência, o que é a maioria dos casos que chega aquele local.

É estarrecedor o descaso e a falta de compromisso que existe em relação às necessidades primordiais do ser humano que, porventura, necessite dos serviços de saúde no Pronto Socorro de Cuiabá.

Falta praticamente tudo, desde uma lâmpada de laringoscópio (para entubar paciente usa-se flash de celular), bolsa de colostomia, lâminas de bisturi, drenos, etc até materiais mais simples como esparadrapo e micropore.

A lista é enorme.

A sala A está desativada por falta de carrinho de anestesia, mesa cirúrgica, monitor, oxímetro e o aparelho de ar condicionado está com vazamento e a sala D está com foco queimado. Falta óculos de proteção para diminuir os riscos de contaminação, uma exigência primordial no atendimento a um paciente portador de HIV, por exemplo.

Como plantonista da cirurgia sinto-me agredida por, muitas vezes, não poder oferecer o tratamento mais adequado ao paciente por falta de condições.

Sinto-me agredida como médica e como pessoa, ter que submeter o paciente a uma conduta de maior risco por falta de material, além do estresse que isso ocasiona em toda a equipe.

É bom que se saiba que todos estão sujeitos a serem encaminhados para o Pronto Socorro caso tenham a desventura de sofrer um acidente na rua e forem atendidos por uma das ambulâncias do SAMU.

Mesmo que tenham plano de saúde e acesso à rede hospitalar privada, o primeiro local de atendimento é o Pronto Socorro Municipal.

Por isso, ricos e pobres, autoridades ou pessoas do povo, todos estão sujeitos a sofrer as agrúrias de um hospital que se encontra em condições materiais lamentáveis, como tem sido há muito tempo a realidade do Pronto Socorro Municipal de Cuiabá.

Portanto, o problema é de todos: dos profissionais da saúde, das autoridades e de toda a população.

Relação de materiais em falta no Pronto Socorro Municipal de Cuiabá (levantamento realizado pela equipe médica e de enfermagem em todos os setores do hospital no dia 23/02/2014)

Esparadrapo
Micropore
Gaze estéril
Bolsa para colostomia
Coletor de urina sistema fechado
Tubo endotraqueal número número 8, 8,5 e 9
Sonda de foley número 16 duas vias
Agulha 25 x 8
Óculos de proteção
Lâmina de bisturi número 23
Lâmina de bisturi número 24
Pilha média
Pilha grande
Dreno penrose números 1,2 e 3
Omeprazol 40 miligramas injetável
Gentamicina 80 miligramas injetáveis
Neocaina isobárica ampola
Descarpack 13 litros
Fios: mononylon 2.0 agulhado, mononylon 0 duplo agulhadO, vicryl 1 e 2 para fechamento aponeurose
Dreno de tórax número: 26, 28, 30, 32, 34, 36 e 38
Tela de prótese (para correção de hérnias)
Água destilada 1000ml
Ranitidina injetável
Lâmpada para laringoscópio

No Centro cirúrgico:
Sala A: sala desativada por falta de: carrinho de anestesia, mesa cirúrgica, monitor e oxigênio. O ar condicionado está com defeito apresentando goteira com água suja proveniente do telhado, quando ligado contamina o local da mesa cirúrgica.
Sala D: foco queimado
Faltam frasco aspira eficiente em todas as salas
As canetas dos bisturi elétricos não encaixam adequadamente nos aparelhos sendo necessário “gambiarras” em todas as cirurgias para o seu funcionamento, expondo tanto a equipe médica, de enfermagem quanto os pacientes a risco de choque elétrico.
RPA – recuperação pós anestésica: oxímetro e monitor

secretário  saúde  Cuiabá