Márcio Thomaz Bastos pediu o boné e perdeu o bornal no caso do bordel de Cachoeira

 Por: Luciana Lima, da Agência Brasil
Brasília – O escritório do ex-ministro Márcio Thomaz Bastos deixa hoje (31) a defesa do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. De acordo com a advogada Dora Cavalcanti Cordani, que pertence ao escritório, a petição informando a saída do caso será protocolada hoje.
Ela informou ainda que a saída não guarda relação com a suposta tentativa de suborno por parte da mulher de Cachoeira, Andressa Mendonça. Segundo a advogada, já havia um acordo com a família de Cachoeira que previa a saída após as audiências na 11ª Vara Federal em Goiânia ocorridas na semana passada.
“Tínhamos combinado que após as audiências começaríamos a transição para um outro escritório escolhido por eles. Estamos em reunião com a família e acho que até o final da semana já poderemos repassar o processo”, explicou a advogada. Thomaz Bastos já estava fora do caso há duas semanas. Ele foi ministro da Justiça na gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Cachoeira é acusado de envolvimento em um esquema de jogos ilegais e de liderar uma organização criminosa que teria cooptado políticos e empresários. Ele está preso desde o dia 29 de fevereiro, em Brasília. Ontem (30), a mulher de Cachoeira foi detida sob suspeita de tentar subornar o juiz responsável pela investigação Alderico Rocha Santos.
Andressa prestou depoimento na Polícia Federal em Goiânia, foi liberada, mas terá que pagar R$ 100 mil de fiança. Além disso, Andressa – considerada pelo Ministério Público como mensageira do grupo de Cachoeira – ficou impedida de ter contato com os réus no processo, inclusive com seu marido. Caso ela desrespeite essa determinação, poderá ser presa.
Transcrito do blogue de Daleuson Menezes, Repassando Tudo.

Transcrevo do blogue Conversa Afiada de Paulo Henrique Amorim:

CPMI DO CACHOEIRA CONVOCARÁ JORNALISTA DA VEJA PARA DEPOR

Nesta segunda, juiz que investiga o caso Cachoeira acusou a mulher do contraventor de tentar chantageá-lo com base em dossiê produzido pelo diretor da sucursal da Veja em Brasília, Policarpo Junior.

por Najla Passos

O diretor da sucursal da revista Veja em Brasília, o jornalista Policarpo Junior, será convocado para depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPMI) que investiga os crimes cometidos pela organização criminosa chefiada pelo contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. “Com os acontecimentos de hoje, está colocada a relação do jornalista com a organização criminosa. Já iremos discutir a convocação na primeira reunião da CPMI”, afirmou à Carta Maior o vice-presidente da Comissão, deputado Paulo Teixeira (PT-SP).

Nesta segunda (30), a mulher de Cachoeira, Andressa Mendonça, foi detida sob a acusação de tentar chantagear o juiz da 11ª Vara Federal de Goiânia, Alderico Rocha Santos, com base em dossiê produzido por Policarpo Junior, no qual o magistrado apareceria ao lado de políticos e empresários. O juiz relatou a chantagem ao Ministério Público Federal (MPF), que pediu a prisão da mulher do contraventor. Andressa foi detida pela Polícia Federal (PF) e liberada após firmar compromisso de pagar fiança.

“Isso demonstra que esta organização criminosa está ativa, buscando corromper e constranger autoridades públicas. E que Andressa não é apenas esposa de Cachoeira, mas um membro atuante desta quadrilha, que precisa ser desarticulada”, disse o vice-presidente da CPMI. Segundo ele, a acusada está convocada para depor na CPMI no dia 7. Já Policarpo, ainda terá data agendada.

Indústria de dossiês

Desde o início dos trabalhos da CPMI do Cachoeira, são muitas as denúncias que indicam relações entre a revista Veja e a organização criminosa, que seriam intermediadas por Policarpo. Veja aqui

“Por que bandidos fardados não respondem por seus atos?”

 

De acordo com análise feita com dados da Corregedoria da PM pelo jornalista André Caramante da Folha de S. Paulo, atualmente ameaçado de morte, a Rota (grupo especial da PM de São Paulo), matou entre janeiro e maio desse ano 45% mais que no mesmo período em 2011. Em comparação a 2010 o aumento foi de 104,5%. No mês de junho a média é de 14 mortes por dia, período mais violento desde que dados sobre criminalidade passaram a ser divulgados mensalmente, há 18 meses.

“Vemos uma guerra particular nesse último mês e meio, entre a polícia e o crime organizado”, falou Ivan Akselrud de Seixas, presidente do Condepe, completando que a categoria

“resistência seguida de morte é uma forma absolutamente ilegal de dizer porque uma pessoa morreu”.

A defensora pública Daniela Skromov de Albuquerque começou sua fala dizendo que estavam todos ali para o mesmo fim, “acabar com a roleta russa que pode estourar na cabeça de qualquer um”. Para ela, há muitos anos o estado de SP tem índices inadmissíveis de mortes cometidas por policiais: “De acordo com estimativas internacionais, de todas as mortes violentas, a cifra máxima que se admite que possa ser feita pela polícia é de 3%. Em São Paulo, 20% das mortes violentas são feitas por agentes do Estado”, apresentou. “Durante os 21 anos de ditadura militar tivemos o saldo de 475 mortos ou desaparecidos. Em São Paulo temos de 500 a 600 pessoas assassinadas por ano”, informou.

PM Letal

Daniela criticou, ainda, a falta de investigação da letalidade policial, ao afirmar que a maior parte dos processos analisados pela Defensoria Pública são de casos em que primeiro se atirou para depois ver quem foi morto. “E dispara-se com vários tiros, invariavelmente em regiões vitais. Não se preserva, por exemplo, a cena do crime. E há várias pessoas enterradas como desconhecidas porque nem se deu ao trabalho de coletar a impressão digital da pessoa e avisar à família”, acusa.

Execução

Douglas e Felipe, dois adolescentes (sem antecedentes criminais) estavam em uma moto em São Bernardo do Campo em 30 de novembro do ano passado quando receberam diversos disparos de um capitão e dois soldados da PM. “Um morreu na hora e o outro foi executado a caminho do hospital. O inquérito policial sumiu. Ontem encaminhamos esse caso para a Relatoria de Execuções Sumárias da ONU”, expôs o vice-presidente da Comissão Especial da Criança e do Adolescente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ariel de Castro Alves. As famílias dos dois garotos se faziam presentes na audiência. “Existem vidas que valem mais que outras. Porque rico tem indenização e pobre não consegue nem achar o corpo de seu filho?”, denunciou Ariel, que retificou as críticas ao registro de resistência seguida de morte: “Se alguém entra na minha casa e eu reajo com um tiro, respondo por homicídio. Por que bandidos fardados não respondem por seus atos?”

“Depois que transferiram os casos para o Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa DHPP, nenhum caso foi esclarecido. Isso só serviu para o gabinete do secretário de Segurança controlar as investigações”, declarou o advogado, integrante da Fundação Criança de São Bernardo do Campo, pouco antes de o público fazer 1 minuto de silêncio pelas vítimas de mortes violentas.

Extinção das Atuais Polícias

Maurício Ribeiro Lopes, promotor de justiça, defendeu a “extinção de todas as polícias tais como as conhecemos hoje”, não deixando de fazer críticas também à justiça paulista, que descreveu como fascista. “Durante anos mudamos sistematicamente nossa moeda para a adequação a taxas inflacionárias. Enquanto isso, há 40 anos convivemos com uma escalada crescente da violência policial e nada muda”, comparou. Se posicionou, ainda, a favor de que a investigação de crimes policiais passe a ser atribuição do Ministério Público, seja estadual ou federal. “Polícia que investiga polícia, é como ladrão que delata ladrão”, disse.

 (Transcrevis trechos)

Unidos pelo mar Brasil, Uruguai e Venezuela

Histórico: Mujica anuncia hoy línea marítima con Venezuela

El presidente José Mujica anunció ayer que en el corto plazo se inaugurará una línea de transporte marítimo que unirá los principales puertos de Venezuela- Brasil y Uruguay lo que resultará de gran importancia economía – comercial para unir el Caribe con el Atlántico sur.
El acuerdo estratégico será anunciado hoy por el presidente Mujica durante la cumbre del Mercosur en Brasilia.

Se trata de tres buques de importante calado de capitales uruguayos y venezolanos que unirá los principales puertos de la ruta Caribe – Atlántico lo cual es calificado en forma “muy positiva” por el gobierno nacional ya que representa un importante “incremento de la actividad comercial” lo que, a su vez, redundará en un crecimiento de la economía.

“No es que Venezuela entre en el Mercosur, es el Mercosur que entra en Venezuela, ¿o no se dan cuenta que es un país de carácter estratégico en América Latina? Sáquense al fantasma de (el presidente Hugo) Chávez de la cabeza. Los regímenes políticos pasamos, los países quedan”, expresó Mujica.

Cómo se comportan y cómo son los súper ricos

por Vicenç Navarro


Uno de los argumentos más utilizados para no aumentar los impuestos de las personas con mayores rentas es que tales impuestos desincentivan el ahorro y la inversión productiva de tal ahorro, una inversión productiva que crea empleo. Este argumento se reproduce constantemente, una y otra vez, en la mayoría de medios de información y persuasión del país, subrayando que no hay que penalizar a los productores de riqueza y puestos de trabajo.

El problema con este argumento es que, por mucho que se repita, no tiene evidencia que lo avale. Un estudio reciente de una empresa de análisis de mercados (Market Watch) analizó recientemente qué hacen los súper ricos con su dinero (“Where the Rich are Keeping their Money”). Y aunque no es fácil encontrar esta información, algo sí que se pudo ver. Pues bien, la enorme cantidad de dinero que tienen los súper ricos no se invierte en lo que se llama economía productiva, es decir, donde se producen puestos de trabajo. El 90% estaba en compra y venta de propiedad inmobiliaria, en bonos del Estado, en cuentas personales y en otras actividades de uso personal o actividad especulativa. Sólo un 1% se invertía en el establecimiento de nuevas empresas que produjeran empleo. Otros estudios han llegado a conclusiones semejantes. En la encuesta Mendelsohn Affluent Survey alcanza un porcentaje sólo ligeramente superior, un 2%. En realidad, en un sorprendente momento de franqueza del medio más cercano al mundo financiero, elWall Street Journal, indicó que el gran impacto positivo para las rentas superiores que supuso el gran recorte de impuestos para los súper ricos que aprovó la administración Bush “condujo al peor periodo de creación de empleo en la reciente historia del país” (citado en “Three Big Lies of the Super-Rich”, de Paul Buchheit).

De estos datos debería deducirse que una mejor manera de crear empleo hubiera sido gravar a los súper ricos y con este dinero el Estado debería crear puestos de trabajo, propuesta que, a pesar de ser razonable y justa, nunca se verá en los medios de mayor información y persuasión del país que transmiten la imagen de que hay que mimar a los súper ricos para que no se vayan a otros lugares.

¿Son los súper ricos los mejores?

Todo ello lleva a otro argumento que los neoliberales sostienen: que aquellos que están en las cúspides superiores de poder –los súper ricos- están ahí porque son mejores que los demás. El mérito es lo que les ha llevado a donde están (ver mi artículo “El fin de la mal llamada meritocracia”, publicado en El Plural, 28.07.12, y colgado en mi blog www.vnavarro.org ).  Pues bien, la evidencia no avala tal postura. En realidad, la evidencia científica muestra que los súper ricos son gente menos ética, menos solidaria y menos considerada hacia otras personas, y más inclinada a sostener comportamientos incívicos que la mayoría de la ciudadanía. En lugar de la imagen que se promueve, de que las élites tienen mayor calidad y valor humano, la evidencia muestra claramente lo contrario.

En un artículo en Scientific American, Daisy Grewal cita los trabajos de dos psicólogos, Paul Piff y Dacher Keltner, que muestran que los súper ricos muestran comportamientos menos solidarios, menos compasivos, más egoístas y más propensos a saltarse las normas y reglas que las clases populares. Las clases populares han desarrollado unas culturas de solidaridad que se encuentran ausentes entre las élites ricas y súper ricas (Daisy Grewal, “How Wealth Reduces Compassion”, Scientific American, 10.04.12).

Una conclusión semejante se ha publicado por la Asociación para la Psicología Científica (Press Release, 08.02.12) en la que señala la cultura egocéntrica existente entre las personas de rentas superiores y su menor capacidad emotiva hacia otras personas con  necesidad de apoyo o solidaridad. La famosa frase de “nobleza obliga”, simplificando que los de arriba sienten la necesidad de cuidar de los otros no existe ya (en caso de que hubiera existido). Es cierto que personas muy ricas dan mecenazgo, pero son siempre las excepciones.

A resultados parecidos han llegado estudiosos de la cultura empresarial, como la famosa Bloomberg Newsletter. Así, tal revista publica los hallazgos del citado Paul Piff, de la Universidad de California, publicados también en la Academia de Ciencias de EEUU, que muestra como los ricos y súper ricos obedecen menos las leyes de tráfico y las normas de conducta aprobadas por la sociedad, son más egoístas y piensan menos en otras personas, son menos capaces de  expresar solidaridad o compasión y se saltan otros tipos de leyes con mayor frecuencia. Por cierto, tales comportamientos poco solidarios aparecen también con mayor frecuencia entre estudiantes de Economía y Empresariales en EEUU, los cuales indican que el egoísmo y egocentrismo son atributos favorables para la eficiencia económica, observación que ha motivado una demanda de cursos de ética y comportamiento cívico en las facultades de Economía. Sería interesante que estudios y análisis de esta naturaleza se hicieran también en España, pero hasta ahora no se han hecho. Teniendo en cuenta el enorme fraude fiscal de los súper ricos y su continua oposición a reformas que facilitaran el bienestar social de la ciudadanía y muy en especial de las clases populares, es casi seguro que los súper ricos españoles están entre los menos solidarios y más incívicos entre los súper ricos de los países semejantes por el nivel de desarrollo económico a España.

 (Transcrevi trechos)

BBVA ganó 1.510 millones hasta junio, un 35,4% menos tras las fuertes provisiones

La entidad presidida por Francisco González registró un beneficio neto atribuido de 1.510 millones de euros en el primer semestre del año, lo que supone un descenso del 35,4% con respecto al mismo periodo de 2011, según ha informado a la Comisión Nacional del Mercado de Valores(CNMV). Los analistas consultados porReuters habían previsto de media que ganase 1.707 millones. BBVA descarta vender Telefónica pese a cancelar el dividendo.

 

HSBC enfrenta un proceso legal con el gobierno de EU, a consecuencia de operaciones inusuales que suponen la existencia de lavado de dinero.

por Margarita Jasso

La Comisión Nacional Bancaria y de Valores (CNBV) confirmó que desde 2002 sabía de las irregularidades en las operaciones del banco HSBC. A pesar de que miembros del órgano regulador sostuvieron más de 5 reuniones privadas con directivos del banco, las fallas de la institución no desaparecieron.

Por medio de un comunicado, la CNBV constató la existencia de las reuniones entre miembros de  HSBC México y funcionarios de la dependencia en las fechas indicadas por el Senado de Estados Unidos en el documento “U.S. Vulnerabilities to Money Laundering, Drugs, and Terrorist Financing: HSBC Case History”.

Además detalló que desde el 2002 se expresó de manera reiterada al banco preocupaciones en materia de:

– Fallas en la identificación y envío de reportes sobre operaciones inusuales y relevantes.

– Falta de conocimiento de sus clientes de alto riesgo.

– Fallas en la creación de expedientes.

– Fallas de control en la apertura de cuentas, en territorio nacional y en las Islas Caimán.

– El alto volumen de operaciones con dólares en efectivo.

– La falta de personal para áreas de cumplimiento del banco.

– Las infracciones cometidas al marco regulatorio que llevaron a la imposición de sanciones.

La dependencia que encabeza Guillermo Babatz reiteró que las sanciones impuestas a HSBC no se habían hecho públicas, ya que “el régimen legal vigente para dichas infracciones no lo autorizaba”.

Posteriormente la regulación cambió. A partir de febrero de 2008, la Comisión ya cuenta con facultades para revelar sanciones en las que incurran las instituciones de crédito, siempre y cuando éstas se encuentren pagadas o sin litigio.

Desde esa fecha la CNBV puede hacer pública la denominación o razón social del infractor, el precepto legal infringido y el monto de la sanción.

En el documento, la Comisión hace énfasis en la preocupación de México para prevenir delitos como el de lavado de dinero, por lo que resaltó acciones como: reformas al marco regulatorio en materia de Prevención de Lavado de Dinero y Financiamiento al Terrorismo (PLD/FT), mayor vigilancia a centros cambiarios, transmisores de dinero y Sociedades Financieras de Objeto Múltiple (Sofomes), y límites a transacciones de dólares en efectivo.

HSBC enfrenta un proceso legal con el gobierno de Estados Unidos, a consecuencia de operaciones inusuales que suponen la existencia de lavado de dinero.

 

A origem do mensalão

Tudo começou  com um mensalinho no País da Geral.

Conta Leandro Fortes:

Gilmar Mendes: Juiz? Não, réu!

Há cerca de um mês, o ministro tornou-se o assunto principal no País ao denunciar uma suposta pressão do ex-presidente Lula para que o STF aliviasse os petistas envolvidos no escândalo, “bandidos”, segundo a definição de Mendes.

À época, imaginava-se que a maior preocupação do magistrado fosse a natureza de suas relações com o bicheiro Carlinhos Cachoeira e o ex-senador Demóstenes Torres. Mas isso é o de menos. Gilmar Mendes tem muito mais a explicar sobre as menções a seu nome no valerioduto tucano, o esquema montado pelo publicitário Marcos Valério de Souza para abastecer a campanha à reeleição de Eduardo Azeredo ao governo de Minas Gerais em 1998 e que mais tarde serviria de modelo ao PT.

O nome do ministro aparece em uma extensa lista de beneficiários do caixa 2 da campanha. Há um abismo entre a contabilidade oficial e a paralela. Azeredo, à época, declarou ter gasto 8 milhões de reais. Na documentação assinada e registrada em cartório, o valor chega a 104,3 milhões de reais. Gilmar Mendes teria recebido 185 mil. Leia mais 

Crianças influenciadas pela tv

 

 

Muita gente faz fortuna com os baixinhos. Desobedecem aos pais. Realizam tudo que a tv manda. Também não têm para onde ir. Os edifícios nem as escolas oferecem espaço para as crianças.

Os pais não têm tempo para as crias. Não têm tempo para lazer. Para descanso. Os pais presos no trabalho. As crianças presas nos apertados apartamentos.

O programa da família unida passou a ser uma rapidinha no shopping.

A Revista Galileu publicou em seu canal no YouTube uma animação sobre como a indústria publicitária atinge as crianças, transformando-as em pequenas consumidoras. Assista a animação aqui.

Segundo a revista, deve-se prestar atenção na publicidade infantil porque “essas propagandas falam diretamente aos ‘baixinhos’. Elas influenciam 80% das decisões de compras dos adultos e as empresas sabem disso”, alerta.

Entre os dados apresentados, aponta-se que as crianças chegam a assistir 30 anúncios por hora – um verdadeiro bombardeio quando pensamos que os pequenos brasileiros ficam em média 5 horas por dia na frente da tela.

Ademais, metade dos anúncios televisivos são propagandas alimentícias. 34% são de guloseimas e salgadinhos; 28% são cereais; 10% fast food e nada de alimentos saudáveis como frutas e legumes.

Veja mais sobre o investimento pesado em comunicação mercadológica voltada ao público infantil na animação da Revista.

 

PM: Treinamento bélico, violência sistemática

"Democracia" policial em São Paulo
“Democracia” policial em São Paulo

 

[Ruy Braga e Ana Luiza Figueiredo] No final de maio, o Conselho de Direitos Humanos da ONU sugeriu a extinção da Polícia Militar no Brasil. Com isso, um tema emerge: é possível garantir a segurança da população sem o recurso à violência militar? Entendemos que sim.


No entanto, para que isso aconteça é preciso desnaturalizar o discurso populista de direita a respeito das “classes perigosas” que credita a violência à população pobre das cidades.

Antes de tudo, devemos reconhecer que a violência urbana é uma questão de ordem socioeconômica. Exatamente por isso, para combatermos a criminalidade a contento é necessário uma abordagem que priorize o desenvolvimento de políticas sociais capazes de enfrentar a pobreza e a degradação social.

Mas, como vimos recentemente no Pinheirinho, na cracolândia ou na USP, o Estado brasileiro sustenta há décadas uma política de militarização dos conflitos sociais.

As razões para isso deitam raízes profundas em nossa história recente: o modelo policial brasileiro foi estruturado durante a ditadura militar se apoiando na ideologia da segurança nacional.

O núcleo racional dessa doutrina, vale lembrar, afirmava que o principal inimigo do Estado encontrava-se no interior das fronteiras brasileiras. Rapidamente, o inimigo interno se confundiu com a própria população pobre do país. Leia mais 

 

Polícia promove o massacre de Carajás
Polícia promove o massacre de Carajás

Tortura sempre mais

Sebastião Nery

Na guerra do Vietnã, os soldados americanos treinavam nos quartéis cantando canções macabras, que o mundo jamais esqueceu: “Vou para o Vietnã/matar vietcong”!

No quartel do forte do Barbalho, em Salvador, na Bahia, em 64, o capitão José Hermes de Figueiredo Ávila, nariz de gavião e sorriso de gilete, ficava na janela de sua sala de comando, no 2º andar, vendo, lá embaixo, os sargentos Nova, Santana e Jacques dirigirem os exercícios diários de treinamento de centenas de soldados da Companhia de Guarda do Exército.

O soldado Pelé, negro, alto, forte, voz de trovão, puxava a marcha e o coro coletivo, todos batendo forte os pés no cimento e gritando, ritmados: “Um, dois! Um, dois! Soldado não pensa! Soldado não pensa”!

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O CHINÊS E A ANISTIA

Um pacato comerciante chinês de lavanderia, naturalizado brasileiro, porque estava embarcando no aeroporto do Galeão para os Estados Unidos, onde a família mora e os filhos estudam, levando US$ 30 mil dólares (se fossem US$ 30 milhões, o Banco Central ensinava como mandar escondido), foi preso, levado para a cadeia, torturado e friamente assassinado.

Também uma delegação da Anistia Internacional fez um levantamento sobre torturas nas prisões brasileiras e ficou escandalizada com a quantidade, a violência e o hábito, continuado, permanente, sempre impune, da tortura aqui.

Já faz tanto tempo que a ditadura acabou e, com ela, a generalização da tortura, criada, mantida e inutilmente escondida pelos altos comandos. Tempo houve para a tortura acabar. Não acabou porque ela saiu dos quartéis militares, mas continua entranhada na secular formação de muitas polícias.

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NO PARQUE GUINLE

Há algun anos, os jornalistas Jan Theophilo e Vera Araújo, do “Globo”, fizeram denúncia aparentemente hilária, mas de terrível gravidade. Flagraram soldados do Bope (Batalhão de Operações Especiais) da PM do Rio fazendo seus exercícios coletivos matinais pelas ruas grã-finas do Parque Guinle, bem em frente ao venerando Palácio das Laranjeiras, e entoando felizes, eufóricos e heróicos, como se fossem cândidas canções de amor:

“O interrogatório é muito fácil de fazer, pega o favelado e dá porrada até doer./ O interrogatório é muito fácil de acabar, pega o bandido e dá porrada até matar”.

Um inacreditável hino de amor, saudando as luminosas manhãs do Parque Guinle.

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SOLDADOS E FAVELADOS

Se fosse apenas esse verso, podia-se imaginar que é coisa de algum tarado infiltrado na tropa. Mas continuavam, todos eles, uníssonos, marchando e cantando a letra mórbida, longa, rimada, sem um erro só:

– “Esse sangue é muito bom, já provei, não tem perigo. É melhor do que café. É o sangue do inimigo”.

E mais: – “Bandido favelado não se varre com vassoura./ Se varre com granada, com fuzil, metralhadora”.

É uma sociologia policial muito destrambelhada, muito transviada. Quantos daqueles soldados, que se presume corretos e distantes do crime e da droga, não vieram das favelas ou ainda moram em favelas? Fizeram a cabeça deles para matarem a gente deles?

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JABUTI E PM

Como ensinou Vitorino Freire, jabuti não sobe em árvore; se está na árvore, alguém o pôs lá. Esses soldados não aprenderam isso em casa. Alguém lhes ensinou nos quartéis, para onde foram aprender a servir à lei e à ordem.

Claro que isso não acontece apenas no Rio. A violência policial, civil e militar, diante da qual a Anistia Internacional fica tão constrangida, é um problema nacional, de norte a sul. E quanto mais atrasados os estados, mais facilmente cresce a violência dentro dos quartéis e delegacias.

Não basta a PM ou a Polícia Civil apurarem e punirem. É preciso, sobretudo, que as Academias de Polícia Militar e os cursos de preparação da Polícia Civil façam do combate à violência uma preocupação permanente, matéria prioritária, no ensino e no dia-a-dia. E nas manhãs do Parque Guinle.

Quanto mais violenta é a polícia, mais o bandido tem cobertura social.

Eis a letra completa da música que teve versos citados por Sebastião Nery:

SANGUE BOM

Se você está com sede

E não tem o que beber

Preste muita atenção

No que o (Pirata) vai dizer

Pegue sua baioneta

E depois é só esperar

Ao Passar o inimigo

Baioneta em sua goela

Vai descer um caldo quente

Parecido com melado

É o sangue do inimigo

Que está sendo derramado

Esse sangue é muito bom.

Eu já provei, não há perigo.

É melhor do que café.

É o sangue do inimigo

Outra música:

INTERROGATÓRIO

O interrogatório é muito bom de se fazer

A gente pega o animal e bate nele até dizer

Bate nele até dizer

Bate nele até falar

Se o animal não cooperar a gente bate até matar

 Assassino não sou não mato pela profissão

Mais canções aqui . Inclusive Sangue Bom, p. 96.

Mensageira do grupo criminoso de Cachoeira

A empresária Andressa Mendonça, 30 anos, tornou-se “mensageira do grupo criminoso” do marido, o bicheiro Carlos Augusto de Almeida Ramos , o Carlinhos Cachoeira, de acordo com o Ministério Público Federal em Goiás. A informação foi dada pelo procurador Daniel Resende Salgado, que concedeu entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira (30).
Andressa é suspeita de ter tentado chantagear o juiz federal Alderico Rocha Santos, responsável pelo processo da Operação Monte Carlo na Justiça Federal, que culminou na prisão do bicheiro em fevereiro. Nesta segunda, ela foi ouvida sobre essa suspeita pela Polícia Federal.
“A ousadia da companheira de Carlinhos Cachoeira ao chantagear e ofertar vantagem ao juiz federal, somada às galhofas observadas durante a audiência, mostra o desprezo e a afronta de Carlos Augusto de Almeida Ramos e de pessoas ligadas ao capo do grupo criminoso aos órgãos de persecução e ao poder judiciário. A gravidade do fato é latente, uma vez que a chantagem a um magistrado, no exercício de suas atribuições, com o escopo de pressioná-lo a decidir conforme os interesses do preso, é uma afronta ao próprio Estado Democrático de Direito. É fato inadmissível e que deve ser neutralizado, de forma rigorosa, pelas agências formais de controle”, afirmou o procurador.
Na entrevista, Daniel Resende Salgado disse que a organização denunciada pela Operação Monte Carlo continua atuando e afirmou: “É plenamente possível ele [Cachoeira] comandar o grupo, mesmo preso, através dela”.
Inquéritos
Suspeita de tentar chantagear o juiz federal responsável pelo processo da Operação Monte Carlo, Andressa é investigada em dois inquéritos abertos pelo MPF. De acordo com a procuradora Léa Batista, que também participou da entrevista coletiva, serão apurados os crimes de corrupção ativa, em um dos inquéritos, e lavagem de dinheiro, em outro.
Vídeo paródia com a musa de Cachoeira e da CPI