Assassinar centenas de crianças não é censurável, dizer seus nomes sim

A Autoridade de Radiodifusão de Israel (Israeli Broadcasting Authoruty – IBA) proibiu a emissão de um anúncio radiofônico, promovido por uma organização de direitos humanos, no qual eram recitados os nomes de algumas das dezenas de crianças que morreram em Gaza, desde que se iniciou o ataque israelense há 17 dias.

O recurso apresentado por B’Tselem contra a decisão foi rejeitado na quarta-feira. A organização humanitária tem a intenção de apresentar, no domingo, um pedido para a Corte Suprema de Israel, para conseguir que a proibição seja revogada.

A IBA declarou que o conteúdo do anúncio é “politicamente contravertido”. O anúncio diz respeito às crianças mortas em Gaza e nele se leem, em voz alta, os nomes de algumas vítimas.

Em um comunicado, o grupo de direitos humanos manifestou: “Até o momento, mais de 600 pessoas morreram nos bombardeios de Gaza, mais de 150 delas crianças, mas à margem de uma breve referência ao número de vítimas mortais, os meios de comunicação israelenses não informam sobre eles”. Pela manhã da quinta-feira, o número de mortos em Gaza havia ultrapassado os 700. [Na data de 29 de julho já estava em 1.050 pessoas].

B’Tselem prossegue: “A IBA alega que dizer os nomes das crianças é politicamente controvertido. No entanto, negar-se a fazê-lo constitui, em si mesmo, uma declaração de grande alcance: diz que o alto preço que os civis de Gaza estão pagando, muitos deles crianças, tem que ser censurado”.

As agências humanitárias anunciaram, na última quarta-feira, que durante os dois dias anteriores os israelenses haviam matado, em Gaza, a média de uma criança por hora e que mais de 70.000 crianças foram obrigadas a fugir de seus lares. Também houve um aumento no número de nascimentos prematuros.

“O aterrador número de crianças de Gaza assassinadas, feridas ou removidas exige uma inequívoca resposta internacional para colocar fim ao banho de sangue”, disse a organização ‘Save the Children’. “Famílias inteiras estão sendo exterminadas em questão de segundos, em razão dos lares se tornarem objetivos militares”.

O doutor Yousif al Swaiti, diretor do Hospital Al-Awda, declarou: “Vimos muitos nascimentos prematuros provocados pelo medo e transtornos psicológicos, causados pela ofensiva militar. O número de nascimentos prematuros por dia foi duplicado em relação a média diária que era registrada antes da ofensiva”.

 

Bélgica
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Austrália
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França
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Brasil
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Fonte: Instituto Humanitas Unisinos

DEPOIS DO SUCESSO DE LULA, QUE TAL UM ÍNDIO PARA SER PRESIDENTE DO BRASIL?

por Moacir Japiassu

índio

Se Luiz Inácio da Silva, apelidado Lula, fantasioso analfabeto nordestino, foi presidente do Brasil e fez sucesso no mundo inteiro exatamente por causa de tanta singularidade, imagine o leitor deste Jornal da ImprenÇa se nosso país vier a ser comandado por um índio! Até mesmo um índio que foge às características da raça, como eu, Moacir Japiassu, que (surpresa das surpresas!) tenho raízes na Nação Tabajara, a qual habitava o litoral paraibano.

Filho, neto, bisneto, tataraneto de caciques, meu nome significa Grande Pássaro (Japi-Açu) Filho da Dor(Mo-acy). Todavia, como não sou candidato a cargo algum, prefiro que outro índio substitua Lula nos corações dos povos, um índio como esse que foi personagem de grande reportagem da revista alemã Der Spiegel, cuja tradução abriga-se no UOL. Eis um trecho do relato deverasmente espetacular:

No final dos anos 60, um homem apareceu no Estado do Acre, no meio da região amazônica. Ele usava um pano amarrado sobre os genitais e uma pena, carregava um arco e dizia que era Tatunca Nara, chefe de Ugha Monulala. Ninguém nunca tinha ouvido falar de uma tribo indígena com aquele nome. Além disso, o homem não se parecia em nada com um índio. Ele era branco e falava com um forte sotaque francês.

Ele dizia que tinha herdado o sotaque de sua mãe, explicando que ela era uma freira alemã que havia sido levada pelos índios. Seu povo, segundo ele, vivia em uma cidade subterrânea chamada Akakor, e o alemão era a única língua falada lá – resultado da prole de 2.000 soldados nazistas que viajaram pela Amazônia em submarinos.

(Rogo ao considerado leitor que procure a íntegra da matéria de Der Spiegel no Google, sob o título Tatunca Nara: alemão vive na Amazônia e tem até RG que diz que ele é índio. A providência se justifica; é que não consegui inserir o link de jeito nenhum!!!)


Grande romancista Moacir Japiassu, e jornalista das principais redações do Brasil, encontrei outro link aqui

Os policiais brasileiros querem desmilitarizar a instituição. Uma pesquisa mostra que 73,7% dos agentes apoiam desvincular a corporação dos meios militares

Policiais militares durante um protesto em São Paulo no mês de março. / BOSCO MARTÍN
Policiais militares durante um protesto em São Paulo no mês de março. / BOSCO MARTÍN

Atualmente , cabe as 27 Unidades da Federação definirem como será o seu policiamento. E cada Estado tem duas polícias, a Militar, que atua na repressão, no policiamento ostensivo, e a Civil, responsável pela investigação da maior parte dos delitos, como homicídios, roubos, furtos e sequestros. [Jamais investigam os crimes de colarinho (de) branco. Quem comanda é o governador]

Para um dos responsáveis pela pesquisa, o sociólogo e pesquisador da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Renato Sérgio de Lima, os resultados são um “sinal claro de que o Brasil precisa avançar na agenda da desmilitarização e reforma das forças de segurança”.

Propostas

A desmilitarização da polícia é um tema que há ao menos 15 anos tem sido discutida entre militantes de direitos humanos e agentes de segurança. No último ano ganhou força graças à repressão policial durante os protestos que ocorreram a partir de junho de 2013.

Atualmente há ao menos três projetos de lei, todos na forma de emendas constitucionais, tramitando no Congresso Nacional. Transcrevi trechos

40 casos de torturas praticadas por policiais e agentes

Sergei Tunin
Sergei Tunin

A. B.
Um recente estudo da ONG Humans Rights Watch identificou 64 casos de agressões cometidas por forças de segurança no Brasil. O levantamento analisou ocorrências de prisões nos últimos quatro anos. Conforme a pesquisa da ONG, em 40 destes casos, há convincentes evidências de que o abuso subiu para o nível de tortura cometida por policiais ou agentes penitenciários contra pessoas que estavam sob sua custódia.

A investigação da HRW identificou 150 culpados pelas agressões em cinco Estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Espírito Santo e Paraná. Os abusos ocorreram nas ruas, dentro de viaturas policiais, em casas particulares, em delegacias de polícia e em penitenciárias. As vítimas, que eram supostos criminosos presos em flagrante, foram espancadas, ameaçadas física ou sexualmente, submetidas a choques elétricos ou a sufocamento com sacos plásticos. As agressões foram cometidas para obter falsas confissões ou para entregar algum outro suposto criminoso.

Em um informe divulgado à imprensa, a ONG destacou que muitos dos presos levam meses para terem acesso a um juiz e relatar que foi torturado ou agredido, quando o correto, segundo a legislação, seria apresentá-lo ao juízo em até 24 horas. Nesta semana, a HRW enviou uma carta ao Congresso Nacional alertando para a gravidade da questão e cobrando um posicionamento das autoridades brasileiras.

 

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EN EL PAÍS

* “O nosso Estado, além de intervencionista ao extremo, é parasita”. Entrevista com Eduardo Jorge, candidato a presidente pelo Partido Verde

O candidato à presidência pelo PV, Eduardo Jorge. / BOSCO MARTÍN
O candidato à presidência pelo PV, Eduardo Jorge. / BOSCO MARTÍN

 

* O retrato do país do futebol. “Sofri muito por ser negro, por ter vivido em uma favela e porque vi morrer minha mãe por falta de atenção médica no país do futebol”

Um grupo de garotos joga um partido sobre um arranha-céu de São Paulo em 1997. / CHRISTOPHER PILLITZ
Um grupo de garotos joga um partido sobre um arranha-céu de São Paulo em 1997. / CHRISTOPHER PILLITZ

Santander, o banco do Opus Dei

por Altamiro Borges

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Em artigo postado na semana passada, intitulado “Alckmin abandonou o Opus Dei?”, havia uma menção ao Banco Santander, que agora ganhou notoriedade na mídia devido às denúncias do seu envolvimento na escalada de pessimismo econômico para fustigar a presidenta Dilma Rousseff. O texto lembrava que esta instituição espanhola, que hoje ocupa o quinto lugar entre os bancos no Brasil, sempre manteve sólidas ligações com a seita conservadora Opus Dei. Neste sentido, a sua militância política não é de se estranhar – apesar de ser ilegal. Num jogo de esperteza política, o Santander até doa dinheiro para distintas campanhas eleitorais, mas nunca abdicou das suas posições direitistas – na Espanha ou no Brasil!

O artigo citado aponta que “durante os seus longos anos de atuação nos bastidores do poder, o Opus Dei constituiu enorme fortuna, usada para bancar seus projetos reacionários – inclusive seus planos eleitorais… A seita acumulou riquezas através da doação obrigatória de heranças dos numerários e do dizimo dos supernumerários infiltrados em governos e corporações empresariais. Com a ofensiva neoliberal dos anos 1990, a privatização das estatais virou outra fonte de receitas. Poderosas multinacionais espanholas beneficiadas por este processo, como os bancos Santander e Bilbao Biscaia, a Telefônica e a empresa de petróleo Repsol, têm no seu corpo gerencial adeptos do Opus”.

Outro artigo que desmascara o papel político do Santander foi publicado em janeiro de 2012 no jornal Folha Universal – que é mantido pela Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) e não escamoteia as suas diferenças com a Igreja Católica. Ele apresenta inúmeros dados que comprovam que “dirigentes do banco espanhol Santander, um dos dez maiores do mundo, têm relacionamento estreito com o Opus Dei, a ala ultraconservadora do Vaticano”. O banco foi fundado em 1857, no norte da Espanha, na cidade que lhe emprestou o nome. “Depois, comprou outras instituições financeiras daquele país até chegar à capital, Madri, em 1942, já sob o comando da família Botín, que tem ligação histórica com o Opus Dei”.

“Nas mãos dos membros dessa discreta organização católica, o banco cresceu bastante no período do fascismo espanhol, liderado pelo ditador Francisco Franco (1892-1975), com o qual líderes da Opus Dei também tiveram laços estreitos. Na década de 1960, ele passou a expandir seus negócios, começando pela América Latina… Na década de 1990, já como o maior banco na Espanha, fortaleceu sua atuação no Brasil ao comprar os bancos Noroeste, Meridional e depois, em 2000, o Banespa. Em 2008, o processo de expansão continuou com a aquisição do Banco Real. Assim, o Santander tornou-se o terceiro maior banco privado do País, com cerca de 21,4 milhões de clientes”.

A família Botín comanda o Grupo Santander desde 1920. A partir de 1986, a presidência do banco passou a ser exercida por Emílio Botín Sanz de Sautuola y García de los Ríos. “Vários parentes ocupam cargos de direção. Para ter maior inserção nos círculos do poder, o Santander costuma financiar integralmente jovens que fazem cursos em universidades ligadas ao Opus Dei, onde serão ‘catequizados’. O banco chegaria até a pagar os estudos de parentes de juristas, políticos, donos e diretores de meios de comunicação. Para se ter ideia da influência do Opus Dei, o jornalista Alberto Dines, em texto no ‘Observatório da Imprensa’, diz que há mais de 200 editores a serviço da organização na imprensa brasileira”.

Graças a este poder, um diretor do Santander ligado ao Opus Dei chegou a dirigir o Instituto para as Obras Religiosas (IOR), o famoso Banco do Vaticano. “Responsável pela instituição que controla as contas das ordens religiosas e de associações católicas desde 2009, Ettore Gotti Tedeschi foi diretor do Santander na Itália durante 17 anos, antes de ser nomeado, por um conselho de cardeais, presidente do Banco do Vaticano. Ele também foi colunista do “L’Osservatore Romano”, o jornal do Vaticano, e professor de ética empresarial da Universidade Católica de Milão. Na instituição financeira oficial da Igreja Católica, Tedeschi virou réu num processo que envolve mais de 23 milhões de euros” de sonegação fiscal.

O artigo ainda lembra que a poderosa família Botín também enfrenta problemas com o fisco. “Na Espanha, o banco Santander é investigado por fraudes. Emilio Botín e integrantes de sua família são alvos de um inquérito por suspeitas de fraude fiscal e de falsificação de documentos, que teriam ocorrido entre 2005 e 2009. Apesar do processo ainda estar em andamento, o Santander informa que já disponibilizou voluntariamente 200 milhões de euros, em 2010, para a Fazenda Espanhola regularizar a situação de todos os membros da família Botín, que estariam envolvidos em processos com o fisco suíço”. Já no Brasil, o banco espanhol é um dos campeões de queixas dos consumidores.

Leia outros artigos sobre o Santander e a Opus Dei aqui

Lula salió al cruce del Banco Santander

LA ENTIDAD ESPAÑOLA HABIA ALERTADO SOBRE SUPUESTOS RIESGOS SI BRASIL REELIGE A DILMA ROUSSEF

Santander

El ex presidente brasileño recomendó al banco que despida a la analista responsable del informe. Dilma dijo que hablará con el presidente y amenazó con iniciar acciones legales. Pero el candidato opositor Aecio Neves dijo que el informe era “técnico”.

El ex presidente brasileño Luiz Lula Da Silva, quien conduce el Partido de los Trabajadores (PT), se sumó a las críticas de Dilma Rousseff contra el banco español Santander. “La ejecutiva del Banco Santander que escribió un informe sobre el riesgo de la reelección de Rousseff no entiende nada de Brasil ni del gobierno de Dilma Rousseff”, sentenció el ex presidente ante dirigentes sindicales luego de que la entidad publicara una nota sobre los riesgos de la reelección de la mandataria. Lula también recomendó que se despidiera a la analista responsable del informe. El ex mandatario abordó el tema anteanoche, horas después de que la presidenta y candidata a la reelección condenara a la entidad financiera y a su presidente, el banquero español Emilio Botín, además de insinuar que puede abrirle una causa en la Justicia.

Ante un grupo de dirigentes de la Central Unica de Trabajadores, Lula aseguró que es “imposible que el gobierno tire por la borda” su credibilidad económica con aventuras financieras y sostuvo que el Santander y otros bancos obtuvieron grandes ganancias en los últimos años, bajo los gobiernos del PT. “Es inadmisible para cualquier país, más para la séptima economía del mundo, aceptar cualquier nivel de interferencia de este tipo. Esto es lamentable, inadmisible para cualquier candidato, tanto para mí como para otro”, manifestó en esa línea Rousseff durante una entrevista concedida anteayer en el Palacio de Alvorada, residencia oficial en Brasilia.

“Soy la presidenta de la República y tengo que tener una actitud prudente; yo conozco bastante bien al presidente del banco (Santander), pretendo conversar (con él) al respecto. Las disculpas que recibimos son demasiado protocolares”, agregó la presidenta. Además dejó abierta la posibilidad de demandar a Botín, mientras, desde el PT, su titular, Rui Falcao, miembro del comité de reelección, sostuvo que el Banco Santander incurrió en una violación de la legislación al hacer terrorismo electoral.

Para Rousseff, en esta campaña se repite en el mercado y algunos medios el mismo clima de pesimismo que se vio antes de la Copa del Mundo. “Ya van a ver que la economía no está tan mal”, afirmó la presidenta. El banco, por su lado, lamentó el episodio, pero se desligó institucionalmente de él y prometió realizar una exhaustiva investigación interna. El tema tomó repercusión cuando en un boletín publicado en el extracto bancario distribuido a sus clientes con ingresos de más de 10.000 reales (4900 dólares aproximadamente), el Santander opinó que si Rousseff sube en las encuestas preelectorales habrá una crisis cambiaria y caerá la Bolsa de Valores de San Pablo.

Tras conocerse ese análisis de la entidad bancaria, Lula, que trabaja y coordina la campaña por la reelección de Rousseff, recomendó a Botín que despidiera a la analista responsable de ese informe distribuido a los ahorristas del Santander. El hecho se instaló en el debate preelectoral, donde la oposición expresó sus discrepancias con el oficialismo. Para el candidato del Partido de la Socialdemocracia Brasileña (PSDB), Aecio Neves, el boletín del Santander no debe ser considerado como un pronunciamiento político, sino como un parecer técnico.

“No sirve de nada que un dirigente (Lula da Silva) exija el despido en una institución financiera. Habría que dimitir prácticamente a todos los analistas financieros porque todos son muy escépticos ante este escenario económico”, indicó Neves. El 5 de octubre se celebrarán elecciones presidenciales, y el 26 de octubre la eventual segunda vuelta, en las que Rousseff aparece como favorita con el 38 por ciento, según una encuesta publicada la semana pasada por la consultora Ibope.

Según otra encuesta privada difundida en el primer semestre del año, Rousseff reunía en abril el 40 por ciento de intención de voto, en tanto el socialdemócrata Aecio Neves conquistaba el 16 por ciento y el socialista Eduardo Campos, 8 por ciento, de acuerdo con el sondeo del Instituto Vox Populi.

Asimismo, el 15 por ciento de los encuestados se manifestaba dispuesto a votar en blanco o anular el sufragio y el 18 por ciento aún no había definido por quién votaría. Según esta encuesta, Rousseff obtendría el 47 por ciento de los votos válidos, a los que habría que sumar los de los actuales indecisos que se inclinen por ella. De ese modo, la mandataria conservaría la probabilidad de ser reelecta en primera vuelta, algo que ya habían señalado sondeos anteriores y que no consiguieron ni ella hace cuatro años ni su antecesor, Luiz Lula da Silva, para ninguno de sus dos mandatos.(Página 12, Argentina)

Carta abierta a los extraterrestres

marcianos

por Koldo Campos Sagaseta
Rebelión

Estimados alienígenas, de nuevo vuelvo a dirigirme a ustedes en la esperanza de que esta carta llegue, finalmente, a su platillo volador. De ahí que, además de los tradicionales correos, recurra también a los medios de comunicación y Facebook para hacerla pública.

Quiero antes que nada dejarles claro que no tiene para mi importancia alguna su repugnante viscosidad, sus asquerosas escamas o cualquier otro lamentable rasgo de su marciana personalidad, porque sé de humanos con mejor apariencia que son, sin embargo, mucho más nauseabundos.

Y tampoco tienen que preocuparse de convencerme, cuando nos invadan, de que sus propósitos resulten encomiables o sean dignos de respeto, porque también conozco humanos que disimulan con virtuosos discursos sus más viles conductas. Por ello, si felizmente se deciden a atacar la Tierra, les informo que quedo a su entera disposición, y que les exonero de cualquier pago o gratificación por los servicios que, en ese benemérito fin, pueda prestarles.

Lo que sí desearía solicitarles es que desencadenen su ataque a la mayor brevedad y que dejen caer sus mortíferas bombas sobre nosotros sin preocuparse en absoluto por posibles daños colaterales, dado que el fin justifica cualquier criminal medio. De igual modo les animo a bombardear repetidamente sus objetivos y llevar a cabo cuanto antes el genocidio que se proponen, porque por más inocentes que pudiéramos morir no estarán haciendo nada que Israel y Estados Unidos, con la complicidad de la llamada “comunidad internacional”, incluyendo la tenida por Organización de Naciones Unidas, no estén haciendo ya con demencial insistencia y absoluta impunidad.

Si les ruego que hagan bien el trabajo y no dejen nada para el día siguiente, y que, si es posible, comiencen su operación “Ratas de la Tierra” por Tel Aviv y la Casa Blanca sin olvidarse de las sedes del FMI, el Banco Mundial y la OTAN.

Si necesitan pretextos tengo a su disposición todos los que gusten, junto a la confirmación de que ninguno es necesario, aunque siempre podrán alegar la manida defensa propia, que Israel y Estados Unidos han rechazado las resoluciones del Consejo de la Constelación Mongo-22, o que los regímenes israelí y estadounidense tienen armas de destrucción masiva y bloquean a los mongos de la Estrella Watatao.

Hasta he creado una plataforma de intelectuales y artistas que les de la bienvenida.

Agradeciéndoles la atención prestada, besa sus verdes antenas o lo que sea que tengan.

Chile. El agua es un derecho, y como derecho, no puede estar en manos de una pequeña elite. Elite extranjera, por lo demás

água

El secuestro del agua

por Aldo Torres Baeza
Rebelión

De agua venimos, y de agua somos. Agua en el cerebro, vertiginoso océano que forja las rutas para los barquitos del pensamiento y la imaginación. La vida emergió de los océanos y del útero los cuerpos que la animan. Agua en las lágrimas y agua en las células; cuerpos químicamente hermanos del mar. Somos agua que piensa, agua que ríe, y agua que transita por el mundo. “La vida es agua organizada”, decía Jacques Costeau. No nos bañamos dos veces en el mismo rio, dijo Heráclito, comparando el fluir de la vida con el fluir del agua. Todo fluye, sobre todo el agua. El filosofo Jordi Pigem, escribe: “El agua que hoy se evapora cae como lluvia en otro lugar en unos diez días, en un ciclo que cada tres milenios hace circular por la atmósfera un volumen de agua equivalente al de todos los océanos. El agua circula y tiende a lo circular: la gota quiere ser esférica, el estanque responde a la piedra con ondas concéntricas, los remolinos fluyen en espiral, los meandros, calas, bahías y golfos labran curvas y semicírculos”. El agua nos concede la vida y nos une. Sería imposible concebir la cultura china sin el Río Amarillo y el Yangtsé, o imaginar a la cultura índica sin el Indo y el Ganges, Mesopotamia sin los ríos que la abrazaban, Egipto sin el Nilo o Grecia sin el Egeo. Sin agua nada nace, solo habría tierra seca, el desierto de Nietzsche colapsaría las puertas, los cielos no regalarían arcoíris y las plantas sus frutos.

Sin embargo, el agua también ha sido secuestrada los por cuatreros que la secan, tipos que sólo les interesa el agua en la liquidez del capital y en el sello de agua de los billetes. Las guerras por el agua ya están ocurriendo. Autenticas guerras de conquista, de colonos y colonizados. Pero la versión nueva del conquistador no dispara flechas, no lanza bombas, ni utiliza fusiles. El proceso es más silenciosos, más sutil. Transitan como civiles estos filibusteros internacionales que exigen privatización o muerte.

En Chile ya arribaron, hace ya hartos años, con la pata de palo y el loro al hombro. Hoy, chupan agua hasta secar la tierra, contaminan, envenenan, privatizan. Cuando ya nada queda, se marchan a atarle la soga al cuello a nuevos territorios. Todo justificado por el actual marco legal e institucional que rige el uso y manejo de los recursos hídricos en Chile, declarado en la Constitución política (o apolítica) de 1980, y luego detallado en el Código de Aguas de 1981. Es decir: en una Constitución amasada en los hornos de la dictadura, atravesada por los principios del neoliberalismo más fundamentalista del mundo. Sobre el agua, el articulo 5° del Código, dice: “bien nacional de uso público y se otorga a los particulares el derecho de aprovechamiento de ella. Repito: “¡se otorga a los particulares el derecho de aprovechamiento de ella!”. Esto quiere decir que su manejo, como todo en Chile, queda sujeto a las leyes del mercado, tierra fértil para los especuladores de la vida. Leonardo da Vinci inició un tratado sobre el agua. Ahí, afirmaba que el agua es la sangre de la Tierra. La sangre es a nuestro sistema circulatorio lo que el agua es al gran sistema circulatorio de la biosfera. Pero en Chile poseer es más importante que las teorías de Da Vinci. Vale preguntarse: ¿Llegará el día en que nos privaticen el agua de la lluvia y el agua en los cuerpos?

En el discurso del 21 de mayo Bachelet declaró, entre otras cosas, que el agua es un bien de uso público, y que se realizarían modificaciones en el código agua.

¡¿Qué pasó?!

¡¿Todos olvidaron lo dicho el 21 de mayo?!

¡¿Qué pasa con el agua en Chile?!

El agua es un derecho, y como derecho, no puede estar en manos de una pequeña elite. Elite extranjera, por lo demás. En Chile, el 90% de los derechos son propiedad de tres grupos económicos: AES-Gener (estadounidenses), ENDESA (españoles), y Colbún (del grupo Matte). A estos grupos económicos no les interesa que el agua sea mucho más que un recurso económico. Claro está, para ellos es una mercancía más, vendible y transable, como quien especula con un automóvil. A ellos les importa medio bledo las propiedades más insólitas del agua. Del mismo Pigem: “El agua es la sustancia más común en la biosfera y en el organismo humano, pero también es la más insólita, con una serie de propiedades únicas («anómalas» según los científicos) sin las cuales la vida sería química y físicamente imposible. Cuando el agua se congela se expande y se vuelve menos densa (alcanza su mayor densidad a 4° C); de no ser así, el hielo en vez de flotar se hundiría y se extendería por el fondo marino, dejándolo sin vida. El hielo asombra por sus propiedades deslizantes y por su viscosidad (podemos hacer bolas de nieve pero no bolas de arena). Y cuando se comprime cristaliza en un mínimo de doce estructuras (del hielo 1 al hielo 12) con propiedades distintas. El agua tiene puntos de fusión y ebullición insólitamente altos, y se calienta y se enfría mucho más lentamente que la mayoría de las sustancias conocidas, líquidas o sólidas. Es altamente corrosiva y lo disuelve casi todo. A nivel molecular está mucho más estructurada que la mayoría de los líquidos, semejante a un cristal. Los copos de nieve tienen (casi siempre) seis ramificaciones más o menos idénticas, pero cada copo tiene un diseño distinto: cada nevada es un derroche de creatividad geométrica. Otra curiosidad: los geólogos empiezan a creer que en el interior de la Tierra, en las estructuras cristalinas del manto, hay enormes cantidades de agua, suficiente como para llenar todos los océanos treinta veces”.

Como experiencia, quizás resulte necesario saber que a fines de octubre del 2004, un plebiscito decidió el destino del agua en Uruguay. La población votó a favor de considerar al agua un derecho público. A ver si algún día dejamos de imitar la construcción de mall y nos da por imitar este tipo de cosas. A ver si nos contagiamos un poquito de esa dignidad charrúa, y comenzamos a considerar a la democracia como un fin, no como un medio, que vaya mas allá de elegir a rostros sonrientes que adornan la ciudad cada cierto tiempo. A ver si algún día valoramos el sentido y la importancia de lo público. En fin, a ver si algún día consideraremos que el derecho a la vida es mas importante que el derecho a la propiedad privada.

Qual estado lidera o ranking do tráfico de pessoas? Em 2012, era Goiás

por Guilherme Semerene

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O tráfico de pessoas para prostituição, pedofilia, órgãos e trabalho escravo é a terceira maior fonte de renda ilegal no mundo. O Brasil lidera o ranking dos maiores exportadores de mulheres, com 85 mil vítimas por ano e o estado de Goiás é o campeão nacional no tráfico de pessoas.

A secretária municipal de defesa social Adriana Accorsi explica que em decorrência das vulnerabilidades sociais, econômicas e educacionais, as vítimas se atraem pela possibilidade de uma vida melhor e abrem mão de sua liberdade em nome desse objetivo. “Por vergonha das vítimas, medo das represálias e até mesmo porque muitas famílias concordam e favorecem a ida de homens e mulheres para se prostituirem em busca de uma vida melhor somos notificados em poucas oportunidades.”

Segundo pesquisa realizada, entre 2008 e 2010, pela Secretaria Municipal Especial de Políticas para as Mulheres de Goiânia, o município goiano com o número mais expressivo dentro da rota do tráfico de pessoas é Uruaçu, seguido por Trindade, Silvânia, Rianápolis, Paraúna e Nerópolis.

Bahia, Pernambuco e Mato Grosso do Sul

Informa Conjuntura Online, em outubro de 2012: Mato Grosso do Sul é um dos estados com maiores incidências de casos de tráfico de pessoas. A constatação se deu a partir de dados divulgados ontem, em Brasília, como diagnóstico preliminar sobre o tráfico de pessoas no Brasil. O levantamento é da Secretaria Nacional de Justiça – do Ministério da Justiça – e do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc).

Os dados apontam, ainda, que em seis anos, cerca de 500 brasileiros foram vítimas do tráfico de pessoas. Desse total, 337 casos, que representam mais de 70% dos registros feitos de 2005 a 2011, referem-se especificamente ao tráfico para exploração sexual.

De acordo com as informações, suspeita-se que esse tipo de crime movimente perto de US$ 7 bilhões por ano. O levantamento da secretaria nacional revela que a maioria dos casos foi registrada nos estados de Pernambuco, Bahia e Mato Grosso do Sul.

[Não acredito nestas estatísticas. Como se explica o gentílico brasileira ser sinônimo de prostituta?]

Como o executivo, o judiciário, o legislativo de sua cidade participaram hoje do Dia Mundial Contra o Tráfico de Pessoas?

Tráfico de pessoas

Tráfico de seres humanos: o que é e como combater

Há anos, o tráfico de seres humanos é praticado, principalmente, por ser um negócio extremamente lucrativo. Segundo informações do Escritório das Nações Unidas Contra Drogas e Crime (UNODC), apenas o tráfico de internacional de mulheres e crianças movimenta, anualmente, de US$ 7 bilhões a US$ 9 bilhões, perdendo em lucratividade somente para o tráfico de drogas e o contrabando de armas. A estimativa é de que, para cada pessoa conduzida ilegalmente de um país para outro, o lucro das organizações criminosas chegue a US$ 30 mil.

Ainda segundo levantamento do UNODC, a prática do tráfico de seres humanos cresce em todo o mundo, principalmente nos países do leste europeu. No entanto, essa questão é evidente tanto nos países mais pobres, onde as vítimas geralmente são aliciadas, quanto nos mais ricos, para onde estas pessoas são enviadas.

Por ser um problema em constante combate, o tráfico de seres humanos recebeu várias definições. Em síntese, traficar significa recrutar, transportar, transferir ou abrigar pessoas para fins de exploração. Aquele que trafica está envolvido na exploração da pessoa traficada. A definição aceita internacionalmente está contida no Protocolo para Prevenir, Suprimir e Punir o Tráfico de Pessoas, Especialmente Mulheres e Crianças, em suplemento à Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional, mais conhecida como Convenção de Palermo.

O documento foi ratificado pelo Brasil no ano de 2003 e define tráfico de seres humanos como “recrutamento, transporte, transferência, abrigo ou recebimento de pessoas, por meio de ameaça ou uso da força ou outras formas de coerção, de rapto, de fraude, de engano, do abuso de poder ou de uma posição de vulnerabilidade ou de dar ou receber pagamentos ou benefícios para obter o consentimento para uma pessoa ter controle sobre outra pessoa, para o propósito de exploração”.

A pessoa traficada pode ter sido forçada ou ainda ter dado seu consentimento. Isso pode acontecer quando o traficante recorre à ameaça, coação, à fraude, ao engano, ao abuso de autoridade ou à situação de vulnerabilidade da pessoa ou à entrega ou aceitação de pagamentos ou benefícios. O consentimento da pessoa traficada é chamado de “engano” e não descaracteriza o crime. Sendo assim, mesmo consentindo em ser traficada a pessoa continua tendo o direito de ser protegida por lei. Uma situação bastante comum é o aliciamento pela oferta de emprego. Dessa forma, muitas mulheres são traficadas e, geralmente, para fins de exploração sexual.

A exploração também se configura quando a pessoa traficada é submetida a serviços forçados ou à escravidão. Há ainda o tráfico que tem como fim a remoção e venda de órgãos. O Projeto Trama entende que existe exploração sempre que os direitos humanos forem violados.

O Projeto Trama teve início em abril de 2004 com o objetivo de desenvolver ações de enfrentamento do tráfico de pessoas para fins de exploração sexual. Esta iniciativa ocorreu mediante a formação de um consórcio de quatro entidades não-governamentais: a Organização de Direitos Humanos Projeto Legal; o Instituto Brasileiro de Inovações em Saúde Social – IBISS; CRIOLA (uma organização de mulheres afro-brasileiras); e a Universidade do Grande Rio – UNIGRANRIO, todas sediadas no estado brasileiro do Rio de Janeiro e com reconhecida atuação e experiência na defesa, garantia e promoção de direitos humanos.

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Enfrentamento

Traficar é violar os direitos humanos. Partindo desse pressuposto, o enfoque principal para o enfrentamento deve vir no sentido de uma melhor defesa e garantia dos direitos humanos das pessoas traficadas. Contudo, existe a dificuldade em focar apenas um ponto, já que entidades de todo o mundo o mundo se organizam em torno de temas diversos.

Dependendo do enfoque e da definição de tráfico de pessoas podem existir várias formas de enfrentamento. Essa situação torna o combate mais difícil, tanto em âmbito nacional quanto internacional. Pois, para cada um destes enfoques, as estratégias de ação serão diferentes. Segundo classificação da Trama, os enfoques podem ser de ordem: da internet, migratória, econômica, social, racial e/ou de gênero, trabalhista, criminal, dos direitos humanos.

Medidas

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A diversidade de enfoques gera diversas medidas a serem adotadas. Estas medidas estão divididas basicamente em dois tipos: repressivas e protagonizadoras. No primeiro caso, pode acontecer que, com o objetivo de enfrentar o tráfico de sere humanos, sejam tomadas medidas contrárias aos interesses das pessoas traficadas, dificultando a migração legal, diminuindo as possibilidades para o trabalho no exterior e limitando, principalmente, os direitos das mulheres migrantes.

Já as medidas protagonizadoras partem do raciocínio básico de que, no dia em que houver possibilidades suficientes para migrar de maneira legal e segura, e os migrantes tiverem os seus direitos garantidos, ninguém mais cairá nas redes do tráfico de pessoas. Isso talvez seja possível quando vários países assinarem a ‘Convenção Internacional sobre a Proteção dos Direitos de Todos os Trabalhadores Migrantes e dos Membros das suas Famílias’.

Fonte: Adital