“Eu tenho meta s como qualquer pessoa. Eu quero estudar como eles. É muito desagradável ver como os outros podem aproveitar a vida, e eu não posso”

Menina palestina chora após ouvir resposta indesejada de Angela Merkel

Em debate na Alemanha, menina palestina chora quando a Angela Merkel explica que o país expulsará os refugiados
Em debate na Alemanha, menina palestina chora quando a Angela Merkel explica que o país expulsará os refugiados

Em debate, menina palestina refugiada na Alemanha fala sobre seu desejo de progredir e cursar uma faculdade. A resposta de Angela Merkel, no entanto, fez a jovem de 13 anos – que está sob risco de deportação – ir às lágrimas

Um vídeo [ver abaixo] que mostra a chanceler (primeira-ministra) alemã, Angela Merkel, em um debate sobre política de asilo que levou uma adolescente às lágrimas gera polêmica nas redes sociais.

No debate, Merkel ouve a declaração de uma menina palestina, em alemão fluente, sobre seu desejo de ir à universidade e progredir. “Eu tenho metas como qualquer pessoa. Eu quero estudar como eles. É muito desagradável ver como os outros podem aproveitar a vida, e eu não posso”, afirmou a jovem.
Sob risco de ser deportada, Reem, de 13 anos, vive com a família na Alemanha há quatro. Eles vieram do Líbano, onde vivem cerca de 450 mil palestinos em 12 campos de refugiados, segundo a Organização das Nações Unidas.

Merkel diz entendê-la, mas destaca que, no entanto, a política é, muitas vezes, difícil. Merkel acrescenta que, como a menina sabe, há milhares de refugiados palestinos no Líbano. “Se dissermos que todos vocês podem vir, e que todos vocês da África podem vir, que todos podem vir, não daremos conta”, disse.

Ao ouvir a resposta, Reem começa a chorar, sendo, imediatamente, confortada por Merkel. “Você se saiu bem”, disse a chanceler, que foi, em seguida, contestada pelo moderador do debate. Ele diz que a questão não é se a adolescente se saiu bem ao expressar sua visão, mas, sim, a difícil situação em que ela se encontra.

merkel alemanha grécia

Merkel diz saber disso, mas, que ainda assim, queria ‘fazer um carinho’ na menina. A resposta, considerada desajeitada, chegou a virar trending topic no Twitter da Alemanha, com a hashtag #MerkelStreichelt (Merkel faz carinho, em alemão).

O debate ocorreu em uma escola na cidade de Rostock, no norte da Alemanha, e contou com a participação de adolescentes de 14 a 17.

Muitos usuários de diferentes plataformas de redes sociais apoiaram o conteúdo da resposta e a reação de Merkel. “Realista diante da crise que o país vive”, disse, no Facebook, um alemão. Mas não faltaram críticas. “Toda a crueldade da política de imigração em um clipe”, atacou um jornalista.

O vídeo suscitou ainda discussões sobre a política alemã para o Oriente Médio, com usuários sugerindo que, se Merkel quer menos refugiados palestinos na Alemanha, deveria ter um papel ativo para que a Palestina seja reconhecida internacionalmente e pela retirada de tropas israelenses de territórios palestinos ocupados.

“Um abraço e uma batidinha nas costas antes de deportá-los para uma favela no Oriente Médio não é suficiente”, disse um leitor, em comentário com mais de mil curtidas no Facebook.

Segundo a ONU, os palestinos, que representam cerca de 10% da população do Líbano, não gozam dos mesmos direitos de cidadãos libaneses. Não podem, por exemplo, trabalhar em 20 diferentes profissões. Por não serem formalmente considerados cidadãos de outro país, não têm como requerer direitos como outros estrangeiros. A situação nos campos é precária e muitos vivem em pobreza absoluta.

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Campos de refugiados palestinos no Líbano
Campos de refugiados palestinos no Líbano

A crise no sistema de asilo na Alemanha vem sendo provocada, por um lado, por um aumento nos pedidos de vários países (cerca de 4,5 mil pedidos de asilo neste ano, praticamente o dobro de 2014) e, por outro, pela falta de agilidade em lidar com casos específicos que resultem em deportação ou aprovação do pedido. Transcrito de Pragmatismo Político

Veja Vídeos:

Estudantes ocupam London School of Economics

 

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Esta terça-feira algumas dezenas de estudantes ocuparam um espaço na universidade londrina, reclamando o fim das propinas e da precariedade dos funcionários, uma gestão democrática da instituição e o corte dos laços com instituições ligadas ao sector militar ou que lucram com as  invasões do Iraque e da Palestina.

A ocupação estudantil ocorre meses depois de uma ação com objectivos semelhantes na Universidade de Amesterdão, que ainda decorre. Os estudantes da London School of Economics já tinham ocupado a universidade em 2011 e venceram a batalha, na altura pelo corte das relações com o filho do então ditador líbio Khadafi.

 

 

“Não se faz a guerra em nome de Deus”

O Papa Francisco voltou a pedir pela paz no Oriente Médio neste domingo, 10 de agosto. O pontífice se referiu ao Iraque e a Faixa de Gaza. Também falou sobre a epidemia de ebola na África.

O Papa argentino voltou a fazer um apelo pela paz no oriente médio neste domingo, 10 de agosto, no Vaticano.

“Milhares de pessoas, incluindo muitos cristãos, foram expulsas de suas casas de forma brutal, morrendo de sede e fome durante a fuga. É violência de todos os tipos: religiosa, cultural e histórica. Tudo isso ofende Deus e a humanidade”, disse a uma multidão, neste domingo, na Praça de São Pedro, no Vaticano.

“Não se pode levar o ódio em nome de Deus. Não se faz a guerra em nome de Deus”, afirmou o Papa.

O pontífice também mandou uma mensagem especial à África que sofre como uma epidemia de Ebola agradecendo a todos “aqueles que se esforçar para deter a doença”.

Não ao ódio em nome de Deus

A dor pelo que acontece no Iraque já cede o passo à incredulidade e ao assombro, confidenciou o Papa Francisco aos fiéis reunidos na praça de São Pedro no domingo 10 de Agosto para o Angelus. «Deixam-nos incrédulos e assombrados — diz da janela do Palácio apostólico — as notícias que chegam do Iraque». Notícias que falam da fuga de milhares de pessoas, entre as quais numerosos cristãos, expulsos das suas casas com violência inaudita, destinadas a morrer de fome e de sede enquanto buscam a salvação, ou até massacradas de modo desumano.

E com a pretensão de agir em nome de Deus. Mas tudo isto «ofende gravemente a Deus — diz o Papa — e a humanidade. Não se manifesta o ódio em nome de Deus! Não se faz a guerra em nome de Deus!». O Papa é muito explícito ao condenar todas as tentativas de interpretar, e ainda pior de justificar, este aumento da violência como se fosse uma guerra de religião. Trata-se sobretudo de um crime que se continua a perpetrar contra uma parte da humanidade, e por isso o Papa pede coragem, confiando «que uma solução política eficaz nos planos internacional e local possa impedir estes crimes e restabelecer o direito».

Mas não pede só orações: aliás, informa os fiéis que pediu ao cardeal Fernando Filoni, prefeito da Congregação para a evangelização dos povos, para levar àquelas populações o conforto da sua proximidade. E à noite, como informa uma nota da sala de Imprensa da Santa Sé, recebe o purpurado em Santa Marta. Reitera ao seu enviado pessoal os sentimentos já expressos várias vezes publicamente nestes dias, dá-lhe indicações acerca da missão que deverá desempenhar e confia-lhe uma quantia de dinheiro que deverá destinar a ajudas urgentes às pessoas mais atingidas, como sinal concreto da solidariedade do bispo de Roma e da sua vontade de participar nos esforços das instituições e das pessoas de boa vontade para responder à dramática situação.

Contudo Francisco não esquece as outras «vítimas inocentes» em Gaza, sobretudo «crianças», causadas pela guerra entre israelitas e palestinos, pedindo também a oração dos fiéis pelo dom da paz.

Espanha
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França

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A matança do rei Herodes em Gaza

Ofensiva israelense em Gaza deixa 408 crianças mortas, diz Unicef

 

Kike
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Os bombardeios do Exército de Israel em Gaza deixaram 408 crianças mortas e 2.500 feridas, segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), que calcula em 370 mil o número de menores que necessitam urgentemente de ajuda psicológica.

“O número de crianças assassinadas durante a operação militar superou o de crianças mortas durante a operação Chumbo Fundido”, a última ofensiva israelense em Gaza, entre 2008 e 2009, na qual 350 menores morreram, afirmou Pernille Ironside, chefe do Unicef em Gaza.

“A ofensiva teve um impacto catastrófico e trágico nas crianças. Se levarmos em conta o que esses números representam para a população de Gaza, é como se tivessem morrido 200 mil crianças nos Estados Unidos”.

Ironside ressaltou que não há eletricidade e que os sistemas de água potável e saneamento não funcionam, por isso o perigo de doenças transmissíveis e de diarreia — que pode ser fatal em menores de cinco anos — é iminente.

“É preciso se levar em conta o tamanho da faixa de Gaza, são 45 km de comprimento por entre 6 km e 14 km de largura. Não há uma só família que não tenha sido diretamente afetada por alguma perda”, disse.

“A destruição é total. Usaram armamentos horríveis que provocam terríveis amputações. E isso se passou na frente dos olhos das crianças, que viram morrer seus amigos e seus pais”, afirmou a funcionária.

Por isso o Unicef calcula que 370 mil crianças necessitarão ajuda psicológica para superar o trauma.

“Levemos em conta que uma criança que tem sete anos já passou por três ofensivas, a de 2008-2009, a de 2012 e a de agora. Imaginem o impacto que isso pode ter tanto nas crianças menores como nas quais já entendem o que isso significa”, afirmou.

Os bombardeios israelenses afetaram 142 escolas em Gaza, incluídas 89 da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA), enumerou Ironside, que lembrou os ataques diretos a três escolas da ONU usadas para dar refúgio a palestinos fugindo dos combates.

Para Ironside, o futuro das crianças em Gaza é “desalentador”.

 

lemonde. Gaza

Dans Gaza dévastée, le cessez-le-feu se poursuit

Pas de sirène d’alerte côté israélien, pas non plus de fracas de bombardement ou de tir d’artillerie côté palestinien. Trente jours tout juste après le lancement de l’opération « Bordure protectrice » par l’armée israélienne, le cessez-le-feu entre Israël et le Hamas, commencé mardi pour trois jours, se poursuivait mercredi 6 août.
A la faveur de cette accalmie, les secours ont pu accéder à des zones bloquées par les combats, où ils commençaient à découvrir de nouveaux corps, alourdissant un bilan humain déjà exorbitant. Selon le ministère de la santé palestinien, cette guerre a fait au moins 1 875 morts, dont 430 enfants et adolescents et 243 femmes.

ENTRE 4 ET 6 MILLIARDS DE DOLLARS DE DÉGÂTS

En voiture ou sur des charrettes tirées par des ânes, des milliers de Palestiniens qui avaient fui la menace des bombardements ont regagné leur domicile, et constaté les ravages infligés par l’armée israélienne. La guerre a causé entre 4 et 6 milliards de dollars de dégâts directs, mais l’addition pourrait être bien plus salée, selon le vice-ministre de l’économie palestinien.

Lire aussi notre reportage : Désastre humanitaire dans les ruines de Gaza

 

Brandan Reynolds
Brandan Reynolds

“Las naciones no deberían basarse en la religión”

MARIAM CORTAS, VIUDA DEL ESCRITOR EDWARD SAID

“Sólo habrá un Estado”

por Patricio Porta

 

Kike Estrada
Kike Estrada

Israel quiere darle una lección a Hamas, pero sólo está castigando a la población palestina. Mariam Cortas de Said (foto) es categórica a la hora de hablar sobre los bombardeos israelíes en la Franja de Gaza. La reconocida activista y viuda del escritor palestino-estadounidense Edward Said criticó con dureza la indiferencia de Estados Unidos y algunos países árabes frente a la operación Borde Protector llevada adelante por Israel. “El mundo no puede permitir que esto siga ocurriendo. Estoy muy enojada con Estados Unidos por apoyar esta situación, que sólo afecta a civiles y a niños, principalmente. Esto es contrario a cualquier ley, a cualquier país civilizado”, dijo a Página/12. En su cuarta visita a la Argentina será distinguida con el título de Doctor Honoris Causa por la Universidad Nacional de Tres de Febrero, junto al director de orquesta Daniel Barenboim y a su marido –en un reconocimiento posmortem–. Ambos fueron los creadores de la Orquesta East-Western Divan.

El proyecto que busca acercar a israelíes y palestinos nació gracias a la iniciativa de estos dos amigos en Weimar en 1999, cuando la ciudad alemana ostentaba el título de Capital Europea de la Cultura. Por falta de presupuesto, la orquesta se mudó por un tiempo a Estados Unidos hasta establecerse definitivamente en Sevilla en 2002. “Luego se creó la Fundación Barenboim-Said, que recibió el dinero necesario para continuar con el taller y hacer las giras. Eso nos permitió expresar el mensaje por todo el mundo. Es un proyecto muy exitoso, pero alcanzar nuestro objetivo es difícil. No es nada fácil con lo que pasa constantemente en Medio Oriente”, admitió Cortas de Said.

Libanesa de nacimiento, Cortas de Said conoce muy bien la dinámica de la región y no es optimista ante una posible tregua entre Hamas e Israel. “Es una masacre terrible. El problema es que hay una desproporción enorme entre el ejército israelí, que tiene un equipamiento moderno, y una organización que trata de resistir una ocupación y un bloqueo. Quieren terminar con Hamas, pero no lo van a lograr. Cuando estás en una prisión a cielo abierto sometido a un bloqueo por nueve años no vas a rendirte, porque no tenés nada que perder. Vas a continuar la lucha. Ahora Hamas lanza estos estúpidos cohetes. No creo en las soluciones militares”, sostuvo, y agregó que el modo de terminar con el conflicto es mediante una resistencia pacífica.

En tanto, consideró que la estrategia de “dos Estados para dos pueblos” es inviable y reconoció que, dados los hechos, es más realista pensar en un modelo similar al de la Sudáfrica del posapartheid. “No creo que vaya a existir un Estado palestino. Los hechos lo demuestran. La política de asentamientos en Cisjordania no va a ser revertida. Al final, sólo habrá un único Estado. Eso es lo que parece ahora. La tierra es limitada y está divida en pequeños enclaves. No hay continuidad para un Estado palestino”, afirmó con amargura.

Cortas de Said también destacó la complicidad de Estados Unidos, Arabia Saudita y Egipto con la política belicista de Israel. “Nuestros mayores problemas vienen de países como Arabia Saudita. Tienen dinero e influencia y lo único que les importa es sobrevivir. Ellos juegan con la religión y crean situaciones problemáticas. Los sauditas y los aliados de Estados Unidos van a hacer lo que ellos pacten. Sólo hablan y envían alimentos a la población de Gaza, lo cual es insultante. Egipto, por su parte, está fuera de juego. Con todos los problemas que tiene, no quieren lidiar con lo que pasa en Gaza. Y al hacer eso, están empeorando la situación”, aseguró en relación con el cierre del paso fronterizo de Rafah.

Al mismo tiempo, cuestionó la eficacia de Naciones Unidas para intervenir en el conflicto. “La ONU es una organización muy limitada. Ahora que la han atacado tanto y que la población está alzando su voz, la voz de Naciones Unidas se escucha un poco más fuerte. Pero Estados Unidos no deja que la ONU funcione correctamente. Si algo no le gusta, lo veta. Entonces, la ONU es poco efectiva”, sentenció Cortas de Said. “Por un rato el mundo condenará a Israel y en poco tiempo la gente se olvidará. Luego crearán nueva propaganda. Cuando uno lee los diarios en Estados Unidos nos damos cuenta que la gente está a favor de este ataque”, agregó.

Con su marido compartió el compromiso con la causa palestina. Después de casados, se instalaron en Nueva York, donde comenzaron a trabajar con distintas organizaciones árabes. En 2002, un año antes de su muerte, Edward Said apoyó la creación de una nueva fuerza política capaz de quebrar la hegemonía de Hamas y Al Fatah. “Al Mubadara –Iniciativa Nacional Palestina– fue un partido fundando por Mustafa Bargouthi, quien está aún en Palestina y es miembro del Parlamento. El comenzó con este movimiento. Mi marido y el doctor Abdul-Shafi lo apoyaron en esto. Es un partido progresista y secular que no está afiliado con ninguno de los movimientos existentes. No tiene nada que ver con un movimiento de liberación nacional, es simplemente un partido político que demanda justicia y el fin de la ocupación. Un partido para ayudar a Palestina”, explicó.

Vicepresidenta de la Fundación Barenboim-Said y miembro fundadora del Comité Americano-Arabe contra la Discriminación (ADC), Cortas de Said reivindica la obra de su marido, especialmente su libro Orientalismo, en el que trabaja la mirada sobre Oriente desde del mundo occidental. “El orientalismo ha adoptado una forma diferente. Ahora existe la islamofobia. Se describe a los musulmanes de modo denigrante. Se crea una cierta imagen de Oriente y los orientales comienzan a creérsela y a incorporarla. El enfrentamiento actual entre sunnitas y chiítas es una forma de orientalismo. La religión es siempre una carga en todas partes del mundo. Si se quiere construir una nación no se puede privilegiar a un grupo por sobre el resto. Las naciones –concluyó– no deberían basarse en la religión.”

 

Mohammad Saba'aneh
Mohammad Saba’aneh

Guerra em Gaza – o testemunho do Padre Hernandez da paróquia da “Sagrada Família”

Gaza

E a guerra continua em Gaza. Duríssima a condenação do secretário-geral das Nações Unidas ao ataque de Israel a uma escola da ONU: “ato injustificável” e “escandaloso” – foi o que disse Ban Ki moon que condenou também o Hamas por esconder as suas armas nos edifícios escolares de Gaza. E os cristãos continuam a sofrer com esta tragédia. Gabriella Ceraso nossa colega da redação italiana da Rádio Vaticano ouviu telefonicamente o pároco da Sagrada Família, padre Jorge Hernandez:

“Infelizmente, o movimento da resistência está sempre perto das casas e pelas ruas. Este foi o nosso problema desta segunda-feira: a um certo ponto, não podíamos mais sair de casa. Depois começaram os bombardeamentos. Uma casa aqui, próxima da igreja, foi atingida, com graves consequências sofridas também pela casa paroquial e pela escola.”

“Não podemos sair daqui: como podemos sair daqui levando trinta crianças portadoras de deficiência e nove pessoas idosas? Não é possível! Inclusive porque não se trata de órfãs, não somos responsáveis por elas. De facto, sem autorização não podemos fazer isso. Alem disso, sair pelas ruas é perigoso… Portanto, estamos aqui procurando resistir.”

O padre Jorge Hernandez referiu-se ainda ao apelo para a paz no domingo passado feito pelo Papa Francisco:

“É um conforto para nós a proximidade do Papa. É necessário que alguém diga “Basta!” e que se dê um fim a este massacre, que é chocante. Tivemos uma graça, uma delicadeza do Papa Francisco que, há dias atrás, nos enviou um e-mail em que manifestava a sua proximidade à paróquia e nos assegurava a sua oração por todos os cristãos. Demos a notícia do e-mail a todos os párocos e aos cristãos, que, evidentemente, se sentiram muito confortados. Foi algo importante para nós. Infelizmente, nem sempre o Papa é ouvido. Outro dia vivemos uma tragédia: a casa de uma família cristã foi bombardeada, a mãe morreu, o pai ficou ferido e o filho mais velho, que também estava em casa, encontra-se agora no hospital lutando entre a vida e a morte. Nos hospitais aqui em Gaza não há meios, falta espaço, não há equipamentos necessários… Esta é a nossa situação.” (RS)

Ali Divandari
Ali Divandari

Assassinar centenas de crianças não é censurável, dizer seus nomes sim

A Autoridade de Radiodifusão de Israel (Israeli Broadcasting Authoruty – IBA) proibiu a emissão de um anúncio radiofônico, promovido por uma organização de direitos humanos, no qual eram recitados os nomes de algumas das dezenas de crianças que morreram em Gaza, desde que se iniciou o ataque israelense há 17 dias.

O recurso apresentado por B’Tselem contra a decisão foi rejeitado na quarta-feira. A organização humanitária tem a intenção de apresentar, no domingo, um pedido para a Corte Suprema de Israel, para conseguir que a proibição seja revogada.

A IBA declarou que o conteúdo do anúncio é “politicamente contravertido”. O anúncio diz respeito às crianças mortas em Gaza e nele se leem, em voz alta, os nomes de algumas vítimas.

Em um comunicado, o grupo de direitos humanos manifestou: “Até o momento, mais de 600 pessoas morreram nos bombardeios de Gaza, mais de 150 delas crianças, mas à margem de uma breve referência ao número de vítimas mortais, os meios de comunicação israelenses não informam sobre eles”. Pela manhã da quinta-feira, o número de mortos em Gaza havia ultrapassado os 700. [Na data de 29 de julho já estava em 1.050 pessoas].

B’Tselem prossegue: “A IBA alega que dizer os nomes das crianças é politicamente controvertido. No entanto, negar-se a fazê-lo constitui, em si mesmo, uma declaração de grande alcance: diz que o alto preço que os civis de Gaza estão pagando, muitos deles crianças, tem que ser censurado”.

As agências humanitárias anunciaram, na última quarta-feira, que durante os dois dias anteriores os israelenses haviam matado, em Gaza, a média de uma criança por hora e que mais de 70.000 crianças foram obrigadas a fugir de seus lares. Também houve um aumento no número de nascimentos prematuros.

“O aterrador número de crianças de Gaza assassinadas, feridas ou removidas exige uma inequívoca resposta internacional para colocar fim ao banho de sangue”, disse a organização ‘Save the Children’. “Famílias inteiras estão sendo exterminadas em questão de segundos, em razão dos lares se tornarem objetivos militares”.

O doutor Yousif al Swaiti, diretor do Hospital Al-Awda, declarou: “Vimos muitos nascimentos prematuros provocados pelo medo e transtornos psicológicos, causados pela ofensiva militar. O número de nascimentos prematuros por dia foi duplicado em relação a média diária que era registrada antes da ofensiva”.

 

Bélgica
Bélgica
Austrália
Austrália
França
França
Brasil
Brasil

Fonte: Instituto Humanitas Unisinos

Carta abierta a los extraterrestres

marcianos

por Koldo Campos Sagaseta
Rebelión

Estimados alienígenas, de nuevo vuelvo a dirigirme a ustedes en la esperanza de que esta carta llegue, finalmente, a su platillo volador. De ahí que, además de los tradicionales correos, recurra también a los medios de comunicación y Facebook para hacerla pública.

Quiero antes que nada dejarles claro que no tiene para mi importancia alguna su repugnante viscosidad, sus asquerosas escamas o cualquier otro lamentable rasgo de su marciana personalidad, porque sé de humanos con mejor apariencia que son, sin embargo, mucho más nauseabundos.

Y tampoco tienen que preocuparse de convencerme, cuando nos invadan, de que sus propósitos resulten encomiables o sean dignos de respeto, porque también conozco humanos que disimulan con virtuosos discursos sus más viles conductas. Por ello, si felizmente se deciden a atacar la Tierra, les informo que quedo a su entera disposición, y que les exonero de cualquier pago o gratificación por los servicios que, en ese benemérito fin, pueda prestarles.

Lo que sí desearía solicitarles es que desencadenen su ataque a la mayor brevedad y que dejen caer sus mortíferas bombas sobre nosotros sin preocuparse en absoluto por posibles daños colaterales, dado que el fin justifica cualquier criminal medio. De igual modo les animo a bombardear repetidamente sus objetivos y llevar a cabo cuanto antes el genocidio que se proponen, porque por más inocentes que pudiéramos morir no estarán haciendo nada que Israel y Estados Unidos, con la complicidad de la llamada “comunidad internacional”, incluyendo la tenida por Organización de Naciones Unidas, no estén haciendo ya con demencial insistencia y absoluta impunidad.

Si les ruego que hagan bien el trabajo y no dejen nada para el día siguiente, y que, si es posible, comiencen su operación “Ratas de la Tierra” por Tel Aviv y la Casa Blanca sin olvidarse de las sedes del FMI, el Banco Mundial y la OTAN.

Si necesitan pretextos tengo a su disposición todos los que gusten, junto a la confirmación de que ninguno es necesario, aunque siempre podrán alegar la manida defensa propia, que Israel y Estados Unidos han rechazado las resoluciones del Consejo de la Constelación Mongo-22, o que los regímenes israelí y estadounidense tienen armas de destrucción masiva y bloquean a los mongos de la Estrella Watatao.

Hasta he creado una plataforma de intelectuales y artistas que les de la bienvenida.

Agradeciéndoles la atención prestada, besa sus verdes antenas o lo que sea que tengan.

Crimes de guerra em Gaza

Israel Gaza

Diplomacias preparam um esboço de entendimento egípcio

Afasta-se vez mais a hipótese de um cessar-fogo na Faixa de Gaza, não obstante os esforços diplomáticos em acção. No final de um dia de novos ataques com dezenas de vítimas, sobretudo crianças, e trocas de acusações recíprocas entre Hamas e Israel, de madrugada Gaza foi novamente atingida por disparos e explosões.

E hoje de manhã a agência Fides recorda que um bombardeamento do exército israelita realizado perto da paróquia católica de Gaza, dedicada à Sagrada Família, destruiu parcialmente também a adjacente escola paroquial, a casa do pároco e alguns locais da mesma paróquia. O alvo principal do bombardeamento — cita Fides — era uma casa a poucos metros da paróquia e que foi completamente destruída.

O balanço mais grave de ontem teve-se no campo de refugiados de Shati, onde foram mortas pelo menos dez pessoas, entre as quais oito crianças que se encontravam num parque de jogos. Cerca de 40 feridos, entre os quais 20 menores. Segundo algumas testemunhas, o massacre foi provocado por cinco mísseis lançados de um caça israelita.

Na tarde de segunda-feira um míssil atingiu um ambulatório abandonado nos arredores do hospital de Al Shifa, o único ainda em função na cidade e contudo o principal de Gaza.

Muitas crianças entre as vítimas do ataque a uma escola gerida pela Onu em Beit Hanum

«Estão a assassinar-nos, estão a assassinar-nos». Testemunhas do bombardeamento da escola gerida pela Onu em Beit Hanun, na Faixa de Gaza, referem o grito de terror de uma mulher que procurava pôr a salvo uma menina de poucos meses enquanto continuavam a chover bombas.

Permanece o trágico balanço: pelo menos 17 mortos e mais de cem feridos, na maioria – como referiu a rádio militar israelita – crianças.

O secretário-geral da Onu, Ban Ki-moon, disse estar «abalado devido à notícia do ataque à escola» gerida pela Unrwa (a agência que protege os direitos dos palestinos). E reafirmou «que todas as partes devem respeitar as suas obrigações com base no direito humanitário internacional» e que os combates «devem cessar já».

O representante da Santa Sé pede o cessar-fogo imediato

O Alto comissariado da Onu para os direitos humanos, Navi Pillay, acusou Israel de «ter cometido possíveis crimes de guerra», citando as numerosas vítimas civis entre os palestinos. Pillay apontou o dedo também contra Hamas, definindo-a uma organização que «ataca os civis de forma indiscriminada». Além disso, o Alto comissariado anunciou a decisão da Onu de iniciar um inquérito para verificar as violações dos direitos humanos no conflito, apurando as responsabilidades.

Sobre a questão dos direitos humanos em Gaza interveio ontem o observador permanente da Santa Sé junto das Nações Unidas e Instituições especializadas em Genebra, arcebispo Silvano M. Tomasi. Num discurso proferido no Conselho de direitos humanos, o representante da Santa Sé sublinhou que «cerca de 70% dos palestinos assassinados eram civis inocentes» e que «se está a consolidar uma cultura da violência, cujos frutos são a destruição e a morte». A longo prazo – disse ainda – «não haverá vencedores na tragédia actual, só ulteriores sofrimentos».

Portanto, o arcebispo Tomasi frisou a necessidade de chegar a «um cessar-fogo imediato e de iniciar negociações para uma paz duradoura». (L’Osservatore Romano)

Capa dos jornais de hoje:

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