Os presos políticos de Minas Gerais e Venezuela

Aécio Neves esqueceu o preso político Marco Aurélio Flores Carone no Brasil, e vai visitar os oposicionistas de Maduro na Venezuela.

Carone, proprietário do Novo Jornal, foi encarcerado pela polícia de Minas Gerais para parar de denunciar os crimes de corrupção de Aécio Neves. Uma detenção que durou toda a campanha presidencial.

De Carone, a revelação de que Aécio era viciado em cocaína, e esteve internado, quando governador, vítima de uma overdose.

A tendenciosa justiça mineira também participou dessa conspiração contra a Liberdade de Imprensa, e contra a Democracia.

Além de legalizar a mordaça de Carone, trancado em um cela de um presídio de segurança máxima, a justiça tucana ordenou o apagão do Novo Jornal.

Cartazete da Campanha pela libertação de Carone
Cartazete da Campanha pela libertação de Carone

Relembre os principais crimes denunciados. Leia reportagem sobre a hipocrisia de um direitista visitar conspiradores venezuelanos:

Aécio Neves vai visitar presos políticos venezuelanos

Bandeira da Unasul. Aécio é contra a União dos Países da América do Sul
Bandeira da Unasul. Aécio é contra a União dos Países da América do Sul

por Felipe Gozález

O senador Aécio Neves (PSDB), candidato derrotado à presidência nas eleições de outubro, viajará para Caracas no dia 17 de junho como líder de uma comissão externa do Senado para “averiguar a situação” dos dois principais oposicionistas venezuelanos presos em Caracas, Leopoldo López e Antonio Ledezma, segundo afirmou o jornal Folha de S. Paulo. “Vamos suprir a vergonhosa omissão do Governo da presidente Dilma (Rousseff) frente à escalada autoritária na Venezuela”, disse Aécio.

O líder do PSDB sempre se mostrou crítico em relação ao Governo brasileiro por sua aproximação política com Hugo Chávez e Nicolás Maduro. Nos últimos meses, repreendeu o Executivo por sua “omissão” em relação à situação de López e Ledesma (e dos mais de 90 presos políticos venezuelanos).

As esposas de ambos, Lilian Tintori e Mitzy Ledezma, estiveram no Brasil em maio para chamar a atenção sobre a situação política venezuelana. “Sabemos que a presidenta [Dilma Rousseff] é sensível à questão dos direitos humanos, à tortura e à prisão injusta… [São assuntos] que ela conhece muito bem”, disse Tintori na ocasião, referindo-se ao fato de que Dilma foi torturada durante a ditadura militar no Brasil (1964-1985).

Ambas estiveram com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, que também prometeu juntar-se à iniciativa do ex-presidente espanhol Felipe González para defender os presos políticos venezuelanos; depois, ambas foram ao Senado para relatar as dificuldades políticas de seus maridos.

No Brasil, o PT sempre apoiou o governo chavista. Não é assim com o Ministério das Relações Exteriores e o Governo, que sempre foram mais cautelosos e fizeram críticas veladas. Tanto o Governo como o Ministério das Relações Exteriores sempre insistiram, porém, que a Unasul (União das Nações Sul-Americanas) deveria mediar o conflito venezuelano. Em uma entrevista prévia, concedida antes da última Cúpula das Américas, que aconteceu em abril, Dilma disse, referindo-se à Venezuela: “Não pensamos que a melhor maneira de se relacionar com a oposição seja prendendo alguém”.

Venezuela proíbe terceirização

terceirização voto partido
Em meio a um debate acirrado no Brasil, que discute se aprova ou não o projeto de lei que regulamenta a terceirização, na Venezuela, a contratação de terceirizados passou a ser ilegal na última semana, quando terminou o prazo para que empresas públicas e privadas incorporem à folha de pagamento todos os empregados vinculados a prestadoras de serviços.

Em 2012, o então presidente do país, Hugo Chávez, proibiu a terceirização do trabalho, com a aprovação da Lei Orgânica do Trabalho (LOT), que estabeleceu um limite de três anos para que funcionários terceirizados fossem absorvidos pelas contratantes.

“Não conseguimos a meta de eliminar a terceirização para este 7 de maio, o processo está atrasado”, afirmou Carlos López, coordenador da Central Bolivariana de Trabalhadores Socialistas (CBTS). “Ainda estamos em condições de terceirização e de precarização também.”

A Confederação Venezuelana de Indústrias (Conindustria) afirma que 80% dos trabalhadores terceirizados estão vinculados ao Estado. O setor da educação está entre os principais grupos que esperam a aplicação da lei. De acordo com a CBTS, ainda faltam ser contratados 27 mil dos 230 mil profissionais ligados ao ramo. A situação é similar nas áreas de telecomunicações, siderurgia e petróleo.

Ao proibir a terceirização, o governo pretende coibir a prática de empresários locais que abrem diferentes empresas relacionadas entre si (pequenas e médias) com o intuito de diferenciar os benefícios entre os trabalhadores e negociar separadamente os contratos coletivos, reduzindo assim a folha de pagamento.

A Central Socialista de Trabalhadores estima que até o final do primeiro semestre os trabalhadores vinculados a empresas estatais deverão ser incorporados. Do Portal Vermelho, com informações da BBC Brasil

terceirização paulinho força

FMI e países imperialistas temem o efeito dominó da Grécia

Uma Grécia incomoda muita gente, duas Grécias incomodam, incomodam muito mais.

Duas Grécias incomodam muita gente, três Grécias incomodam, incomodam, incomodam muito mais.

Espanha, Portugal e Irlanda são bolas da vez. A direita européia está em polvorosa. Tremem de medo os governos conservadores, monitorizados pelo FMI e vassalos dos Estados Unidos.

A imprensa vendida, elitista, que defende os interesses da pirataria do colonialismo europeu, principalmente na África e América do Sul, faz a orquestração do medo. A propaganda de que Hugo Chávez, Lula da Silva e Alexis Tsipras são terroristas. Antes este tipo de jornalismo marrom satanizava Che Guevara, Fidel Castro e Mandela.

Desde a queda do muro de Berlim, o comunismo não faz medo. Depois da implosão das torres gêmeas, nos Estados Unidos, a palavra-chave é terrorismo. Tanto que, na véspera das eleições na Grécia, a França realizou uma passeata com chefes de governos que condenaram a chacina de jornalistas na redação do jornal satírico Charlie Hebdo. Lideravam a passeata François Hollande e Ângela Merkel, que fizeram campanha contra Alexis Tsipras.

A imprensa hoje cria um novo Frankenstein ou Drácula.

ESPANHA 

larazon. espanha populismo medo

 

PORTUGAL

Portugal
‘FT’ questiona se novo líder grego pode vir a ser um Lula ou um Chávez

 

.

O G1 (Globo) faz a verberação da orquestração do medo da Inglaterra, que é o medo da França, que é o medo da Alemanha, que é o medo dos Estados Unidos:

Transcrevo:

Texto foi publicado após vitória do partido contrário a austeridade no país.
Autor faz conjecturas sobre como deverá ser o mandato de Alexis Tsipras.

 

Texto do FT questiona se novo líder grego será como Lula ou Chávez (Foto- Reprodução: FT)
Texto do FT questiona se novo líder grego será como Lula ou Chávez (Foto- Reprodução: FT)

 

Neste final de semana, o partido Syriza venceu as eleições legislativas da Grécia. Entre seus principais pontos, o programa econômico do Syriza compreende o fim das medidas de austeridade e a renegociação da dívida pública do país, que representa 175% do PIB.

Diante desse cenário de desconfiança do mercado, já que o partido do líder do Syriza, Alexis Tsipras, é contra a austeridade, o jornal britânico “Financial Times” publicou um texto em que questiona se a nova liderança poderá vir a ser “um Lula” ou “Chávez”, em referência aos ex-presidentes do Brasil e da Venezuela.

Para Tony Barber, autor do texto, a questão central, “para a qual nenhuma resposta definitiva pode ser dada”, é saber se Tsipras está disposto a fazer acordos com os credores da Grécia. Segundo Barbar, “durante três anos, Tsipras, às vezes, soava como Hugo Chávez , o presidente populista e ‘bicho-papão’ dos EUA, e , por vezes, como Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-presidente brasileiro, que, uma vez no cargo, governou como um reformista, em vez de um esquerdista radical”.

Jovem e carismático

Tsipras, um líder político jovem (tem 40 anos) e carismático, foi fundamental nessa transformação do Syriza.
Conhecido por seus discursos empolgantes e sua aversão a gravatas, ele assumiu a liderança do partido em 2008 e foi eleito para o Parlamento em 2009.

“A crise econômica e o colapso dos partidos tradicionais certamente ajudaram a aumentar a influência do Syriza, mas foi Alexis Tsipras que catapultou o partido”, explica Christoforos Vernardakis, professor de ciência política da Universidade Aristóteles de Salonica e fundador do instituto de pesquisas VPRC.

“Isso aconteceu porque Tsipras é jovem e não parece ter medo. Ele pegou uma esquerda que estava na defensiva e a transformou em uma opção crível para o governo.”

Para seus simpatizantes, Tsipras é um líder nato, que trata com respeito quem está a seu redor. “Ele gosta de processos e decisões coletivas”, diz Samanidis.

Nikos Karanikas, um velho amigo e colega de partido, por exemplo, diz que, apesar da ter se tornado um líder político proeminente, Tsipras ainda vive em um bairro de classe média de Kypseli, em Atenas, e continua a trabalhar como engenheiro civil.

Seus críticos, porém, costumam retratá-lo como um político arrogante, inexperiente e com fome de poder.

Mudança

No que diz respeito a suas propostas políticas, o Syriza não só se opõe ao resgate internacional da Grécia e às medidas de austeridade como quer renegociar parte da dívida grega.

Cartazete de propaganda espanhola
Cartazete de propaganda espanhola

Essas promessas têm gerado nervosismo nos mercados financeiros e já se especula sobre uma possível saída da Grécia da zona do euro.

De acordo com o correspondente da BBC na Grécia, Mark Lowen, muitos no país parecem dispostos a dar uma chance a Tsipras.

Outros, porém, acreditam que uma vitória do Syriza poderia aprofundar a crise no país e levar a um confronto entre a Grécia e a União Europeia.

 

 

VENEZUELA. La integración brasileña con Latinoamérica y los Brics

ve_universal. Venezuela

ve_clarin_aragua. Venezuela

Expectativas tras la primera vuelta de las elecciones presidenciales

por Nils Castro

Contra las expectativas sembradas hace algunas semanas, Dilma Rousseff le sacó más de 7 puntos de ventaja a Aécio Neves quien, a su vez, relegó a Marina Silva, en unas elecciones en las que participó más del 80% de los votantes. ¿Ahora qué va a pasar?

La candidatura de Marina, pese a este desplome, cumplió su papel: gracias a la muerte de Eduardo Campos. Su fugaz ascenso al papel de favorita permitió mandar a segunda vuelta una elección que antes pareció que Dilma le ganaría a Aécio en la primera.

Sin embargo, parte sustantiva de ese temporal apoyo a Marina no vino del voto ecologista ni del evangélico, sino de los sectores de izquierda inconformes con el PT. Pero en la próxima vuelta ni los ambientalistas ni esas izquierdas le darán su voto a Aécio, candidato neoliberal del PSDB, los grupos financieros y la gran prensa.

Ello no hace de Aécio un contrincante deleznable. En la contienda por la segunda vuelta le sobrará respaldo financiero y los medios recrudecerán vigorosamente su campaña contra Dilma y el PT. Todo el espectro de las derechas hará de esto una cruzada.

Aécio vender Brasil

No obstante, uno de los principales temas de campaña volverá a ser el de la corrupción y, en este campo, Aécio es bastante vulnerable. Luego de gobernar el estado de Minas Gerais durante los dos últimos períodos, allí su candidato fue derrotado por el del PT precisamente por esto. El escándalo mayor fue el del “aeciopuerto”, el nuevo aeropuerto que como gobernador él ordenó construir con fondos públicos sobre tierras de su familia.

En la campaña que viene veremos enfrentarse dos personalidades opuestas. Dilma ya no es solo la profesional eficaz que hace cuatro años se estrenó como candidata; ahora es “corazón valiente”, la Jefa de Estado que durante este período expandió los programas sociales creados por Lula, incrementó la eficacia del gobierno e impulsó la integración brasileña con Latinoamérica y los Brics.

Aécio, nombrado líder por su abuelo antes de sudar la camisa, y tutoreado por Fernando Enrique Cardoso, deberá remontar su aureola del play boy para resistir durante las próximas tres semanas la ofensiva concentrada de esa veterana luchadora, de Lula y el PT, ahora que ya no hay Marina que los distraiga.

 

El Mercosur en el debate

JB
JB

por Mercedes López San Miguel

 


La contienda entre Dilma Rousseff y Aécio Neves representa dos modelos de inserción internacional en pugna: uno apuesta a la integración regional y el otro se propone debilitar el Mercosur para hacerlo más abierto al mundo. Estados Unidos vería con buenos ojos que se eliminara la cláusula 32 que obliga a los socios del Sur a negociar juntamente acuerdos de libre comercio con otros bloques o países. Ese punto, que hasta ahora no se tocó, nació con el Tratado de Asunción de 1991.

El opositor Neves propone flexibilizar las reglas del Mercosur para que Brasil pueda realizar acuerdos bilaterales en caso de que no adhieran a la idea los otros socios (Argentina, Paraguay, Uruguay y Venezuela). “No se trata de salir del Mercosur, sino de pedir flexibilidad”, declaró el titular de la socialdemocracia. El ex gobernador del estado de Minas Gerais sostiene que el tratado de libre comercio que se negocia desde hace más de una década entre la Unión Europea y el Mercosur es “extremadamente estratégico para Brasil”, pero se mantiene estancado por las posiciones “ideológicas” de algunos países miembro, entre los que mencionó a la Argentina – la Cancillería argentina advirtió que el acuerdo podría generar un impulso pobre en términos de crecimiento —. Para Neves, abierto antichavista, el ejemplo a seguir es la Alianza del Pacífico (México, Colombia, Perú y Chile), que es lo más afín al proyecto norteamericano de integración hemisférica con apertura comercial.

Rousseff dio continuidad a la política externa de su antecesor, Lula da Silva. Brasil firmó a favor del ingreso de Caracas al Mercosur y reforzó el bloque de los Brics (formado por Brasil, Rusia, India, China y Sudáfrica). La mandataria este año lideró el acercamiento de los países de la Unión de Naciones Suramericanas (Unasur) con el grupo Brics. Asimismo, enfrió las relaciones con Estados Unidos tras la revelación del megaespionaje norteamericano el año pasado, suspendiendo un encuentro bilateral con Barack Obama y resistiendo las presiones para la compra de aviones de guerra estadounidenses.

El 26 de octubre se pondrán en juego dos apuestas regionales. Con Aécio Neves como presidente se auguran tormentas con los socios del Mercosur y cantos de sirena para los defensores del librecambio. Con la reelección de Dilma Rousseff se garantiza la continuidad de un bloque fuerte.

descobrimento conquista colonialismo privatização

Doleiro lava mais branco campanha presidencial do PSB

Capa de hoje
Capa de hoje

 

Até onde parte deste dinheiro financia a campanha de Marina Silva?  Paulo Câmara a governador de Pernambuco ou na campanha de Sérgio Cabral no Rio de Janeiro e candidatos apadrinhados por Roseana Sarney no Maranhão? De Roseana sócia do marido de Marina?

A refinaria de Abreu e LIma previa um investimento de 2 bilhões de dólares, divididos entre o Brasil e a Venezuela, conforme acertado no Recife entre os presidentes Lula da Silva e Hugo Chávez.

O nome da refinaria foi escolhido por Hugo Chaves. Abreu e Lima é herói da independência da Venezuela e outros países da América do Sul. Foi diretor do jornal da campanha da Independência, secretário particular e general de Símón Bolívar

 

Por várias vezes, Hugo Chaves cutucava que o dinheiro da Venezuela estava depositado, mas pressões dos Estados Unidos impediam a parceria. Inclusive Abreu Lima violava uma vergonhosa proibição colonial.

Denunciei essa dependência humilhante várias vezes. Escrevi em novembro de 2011:

PETROBRAS PROIBIDA DE CONSTRUIR REFINARIA

Makhmud Eshonkulov
Makhmud Eshonkulov

Desde 198o (governo de João Figueiredo),  a Petrobras não construía nenhuma refinaria no Brasil. Com o dinheiro do povo brasileiro ergueu refinarias nos Estados Unidos, Japão, Irão, Bolívia, Equador, Argentina, Iraque, países da África e outros da América do Sul e locais ignorados. Que tudo é segredo na Petrobras. Em 2008, atuava em 27 países. E todos os presidente da Petrobras foram corruptos, talvez escapem uns dois ou três.

O Brasil importava gasolina. Não tinha como refinar nosso petróleo que dava na canela.

Um crime que indicava a falta de nacionalismo, de patriotismo de vários governos.

Repito o absurdo: O Brasil exportava petróleo bruto e importava gasolina com o custo nas alturas, o preço da guerra do petróleo no deserto árabe.

A proibição de construir refinaria durou os cinco anos do governo Sarney, cinco dos governos Collor e Itamar, oito do governo Fernando Henrique.

A Abreu e Lima é a primeira planta de refino construída no Brasil, depois da inauguração da Refinaria Henrique Lage (SP), em 1980. Nas piadas internas da Petrobras, foi batizada de “fábrica de diesel”, porque 70% de sua produção será dedicada ao combustível (para frear as importações do produto no Nordeste).

Ninguém sabe quanto foi gasto. Do custo inicial de 2 bilhões passou, oficialmente, para 17 bilhões de dólares. Também continua desconhecida a gastança com o estádio da Copa do Mundo, a Arena construída na Mata de São Lourenço, interior de Pernambuco. Vide links

EDUARDO CAMPOS FOI CONVOCADO A DEPOR NO PROCESSO DA “LAVA- JATO” DA ABREU E LIMA

BRA^PE_JDC refinaria suape abreu lima petrobras

Valor Econômico (por André Guilherme Oliveira) – A Justiça federal aceitou no dia 23 de julho pedido da defesa do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e autorizou que o presidenciável Eduardo Campos (PSB) e o ex-ministro da Integração Nacional na gestão Dilma Rousseff, Fernando Bezerra – que concorre ao Senado pelo PSB pernambucano – , prestem depoimento na condição de testemunhas, com objetivo de esclarecer os motivos que levaram ao aumento do valor da obra da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.

Eles deverão ser ouvidos no âmbito do processo criminal decorrente da operação Lava-Jato, ação deflagrada pela Polícia Federal (PF) em março deste ano, que identificou e estancou esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas com vista à obtenção de contratos milionários em órgãos do governo federal, segundo o inquérito. Mais de R$ 10 bilhões foram movimentados, aponta a investigação.

A decisão é do juiz Sergio Moro, da 13ª vara criminal da Justiça Federal do Paraná. “Será muito dif ícil a oitiva de referidas testemunhas em período de campanha eleitoral”, assinalou. “Os motivos que implicaram no aumento substancial do valor da obra (Refinaria Abreu e Lima), poderiam ser obtidos de outra forma, com testemunha de mais fácil inquirição ou com requisição de informações e documentos à Petrobras”, considerou, antes de acatar o pedido: “De todo modo, a bem da ampla defesa, defiro a prova para a oitiva de tais testemunhas”.

Eduardo Campos faleceu logo depois da convocação, no dia 13 de agosto.

DINHEIRO SUJO NA CAMPANHA DA DUPLA CAMPOS E MARINA

doleiro

Publica 247 – A revelação mais surpreendente de Paulo Roberto Costa, em sua delação premiada, é o envolvimento de Eduardo Campos como um dos três governadores beneficiados pelo esquema de corrupção que seria operado pelo doleiro Alberto Yousseff – os outros dois são Sergio Cabral, que já deixou o cargo, no Rio de Janeiro, e Roseana Sarney, do Maranhão.

Essa ligação entre Paulo Roberto Costa, Eduardo Campos e Alberto Youssef lança luzes sobre a polêmica compra do jato Cessna, que desabou em Santos (SP), no dia 13 de agosto, matando o próprio ex-governador e outras seis pessoas. Já se sabe que o avião foi comprado com recursos de caixa dois. Especialmente porque parte da aquisição foi bancada com dinheiro procedente do doleiro.

De acordo com a apuração da Polícia Federal, a empresa Câmara e Vasconcelos pagou R$ 159,9 mil aos donos da AF Andrade, antigos proprietários da aeronave. Esta empresa, por sua vez, recebia recursos da MO Consultoria, empresa criada por Alberto Youssef para receber dinheiro das empreiteiras (leia aqui a reportagem original da Folha de S. Paulo sobre o caso).

Ao que tudo indica, Paulo Roberto Costa tinha noção exata da proximidade entre Eduardo Campos e o doleiro Alberto Youssef. Tanto que vinha pressionando o ex-governador de Pernambuco para que ele, já na condição de candidato à presidência da República pelo PSB, fosse sua testemunha de defesa. Costa só desistiu de levar Campos aos tribunais depois de um acordo judicial, conforme foi noticiado pela coluna Radar, na nota abaixo:

DOLEIRO YOUSSEF SURGE NO JATO DO PSB

 

BRA_OE notas frias eleições doleiro doações política

Dias antes de morrer, Eduardo Campos conseguiu que Paulo Roberto Costa abrisse mão de tê-lo como sua testemunha de defesa nas acusações a que o ex-diretor da Petrobras responde pela suspeita de superfaturamento da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. A negociação foi feita pelos advogados de ambos.

Antes do acordo, Campos estava intimado a depor no caso na sexta-feira, dia 15.

Essa ligação entre Eduardo Campos e o esquema operado por Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef torna mais delicada a situação da nova candidata do PSB, Marina Silva, que poderia explorar o escândalo em sua pregação por uma nova política. Especialmente porque ela realizou diversos voos no avião comprado com recursos de caixa dois, quando ainda era vice de Campos. A estratégia do PSB para desvencilhar Marina do caso foi levada adiante na semana passada, quando o partido trocou o CNPJ do comitê financeiro da campanha.

DINHEIRO DO MORTO CARREGANDO O VIVO

EDuardo marina dinheiro

BRA_FDSP deputado doleiro corrupção

Uma das parcelas do jato em que voaram Eduardo Campos e Marina Silva no início da campanha eleitoral foi paga com recursos de uma empresa ligada ao doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava-Jato; Polícia Federal investiga se aeronave foi comprada com recursos de caixa dois do PSB; recentemente, o deputado socialista Júlio Delgado (PSB-MG) pediu a cassação de André Vargas (sem partido-PR) alegando que ele pegou carona num avião do doleiro; como será encarado, agora, o caso em que os dois presidenciáveis do PSB usaram um jato pago com recursos de Youssef? Partido trocou o CNPJ do comitê financeiro da campanha para tentar desvincular Marina da polêmica.

Do caixa 1, em dinheiro vivo, pelo menos, bote menos neste jogo sujo, 2.5 milhões saíram do velho para o novo CNPJ.

INVESTIGADO O CAIXA 2 DA CAMPANHA 

Paraná
Paraná

br_diario_comercio. doleiro tráfico

Yoosef tem uma velha historia como doleito de vários partidos e governos. A justiça brasileira jamais conseguiu trancar ele por muito tempo. Jamais
Alberto Youssef tem uma velha historia como doleito de vários partidos e governos. A justiça brasileira jamais conseguiu trancar ele por muito tempo. Jamais. Quando chega um bando de oficiais – oficial da justiça, oficial da polícia, oficial de defunto = para prender ele, o doleiro sempre diz: – Calma, gente, tem dinheiro de sobra…

O “avião fantasma” usado na campanha dos presidenciáveis do PSB, Eduardo Campos e Marina Silva, é agora vinculado a um conhecido nome da Justiça: o doleiro Alberto Youssef. Preso na Operação Lava-Jato, ele é acusado de comandar um esquema de lavagem de dinheiro e suborno de servidores públicos que pode ter movimentado R$ 10 bilhões nos últimos anos.

A Polícia Federal investiga se a aeronave foi comprada com recursos de caixa dois do PSB. O uso do avião não constava na declaração de gastos do partido à Justiça Eleitoral.

Entre os 16 depósitos bancários recebidos pela AF Andrade, de Ribeirão Preto (SP), na venda do Cessna, que caiu com a comitiva de Campos em Santos, consta uma empresa que também fez negócios com uma consultoria de Youssef, considerada de fachada pela PF. A reportagem de Adréia Sadi aponta que a Câmara & Vasconcelos pagou R$ 159,9 mil à AF Andrade.

O PSB afirma que nem o partido nem Campos sabiam da relação de Youssef com uma das empresas que depositou para a AF Andrade.

Recentemente, o deputado socialista Júlio Delgado (PSB-MG) pediu a cassação de André Vargas (sem partido-PR) alegando que ele pegou carona num avião do doleiro.

Como será encarado, agora, o caso em que os dois presidenciáveis do PSB usaram um jato pago com recursos de Youssef?

O PSB tenta desvincular Marina Silva da polêmica. Trocou inclusive o CNPJ do comitê financeiro da campanha para jogar a responsabilidade do caso para o falecido Eduardo Campos. A mudança não é obrigatória por lei.

Marina Silva lava as mãos. Sempre deu uma de evangélica, que o marido peca por ela. Nunca vi um técnico agrícola ter tanta influência. Por ser príncipe consorte vem ocupando importantes cargos, que a santa dele é forte, por ter sido 16 anos senadora.

Fabio Vaz de Lima casou e descasou no Incra, na Sudan, no governo do Acre.

MAIS UMA NEGOCIATA DO MARIDO DE MARINA

Casal 20. Fábio 51 anos, Marina 56
Casal 20. Fábio 51 anos, Marina 56

AC 24 Horas – A candidata à Presidência da República, Marina Silva (PSB) desponta no cenário político nacional, com a proposta de implantar uma nova forma de fazer política, mas as ligações de seu marido Fábio Vaz de Lima, com alguns escândalos de improbidade e suspeita de corrupção, podem respingar em suas pretensões e provar que ela está ligada diretamente com a “velha política” que diz combater.

Fabio Vaz de Lima é acusado de irregularidades na extinta Sudam. Segundo os autos do processo que tramitou no Supremo Tribunal Federal (STF) e posteriormente foi encaminhado ao Juízo da 6ª Vara Federal da Seção Judiciária do Maranhão, o marido de Marina Silva, teria beneficiado ilegalmente a Usimar em São Luis, com recursos do Fundo de Investimentos da Amazônia.

O caso do desvio de R$ 44,2 milhões envolve 40 pessoas. Os nomes de Fabio Vaz e Roseana Sarney se destacam no processo. Os recursos liberados à época, para construção de uma fábrica de autopeças que nunca saiu do papel. Os recursos liberados na reunião de conselheiros da Sudam sumiram sem explicação. O valor aprovado durante a reunião que Fábio Vaz participou seria de R$ 600 milhões.

Em entrevista concedida ao jornalista Altino Machado, do portal terra, Fábio Vaz se defende e diz que seu nome foi colocado no processo “de maneira indevida”. Vaz destaca ainda que teria participado da reunião da Sudam, apenas como ouvinte. Ele afirma que Jorge Viana e Gilberto Siqueira seriam os membros do conselho deliberativo da Sudam, mas não puderam participar da reunião.

O marido de Marina Silva destaca que não votou para liberação de recursos para o governo de Roseana Sarney, pois não era titular e nem suplente do conselho deliberativo. Fábio Vaz afirma que assinou apenas a lista de presença no evento, mas acabou envolvido no processo por desvio de dinheiro público e improbidade administrativa. Vaz acredita que sua inocência ainda será provada.

O assunto ressurgiu após a participação de Marina Silva em debates com os demais candidatos. A ex-ministra que participou ativamente do governo do ex-presidente Lula, acusou os ex-companheiros de envolvimento em escândalos de corrupção. Dilma não deixou por menos e disse que o ministério conduzido por Marina também foi denunciado por corrupção e venda ilegal de madeira.

O número do processo que cita o nome do marido de Marina Silva, como um dos envolvidos no suposto esquema de desvio de dinheiro público e improbidade administrativa é 200137000080856. São 11 volumes com 3.097 folhas, 19 apensos. O requerente é o Ministério Público Federal. São 40 envolvidos, entre eles, Roseana Sarney, Fábio Vaz e Jorge Francisco Murad Junior.

Apesar de o processo tramitar há mais de 10 anos, até o momento, nenhum dos envolvidos foi indiciado pela Justiça. Mas este não é o único caso suspeito de corrupção que envolve o marido da ex-ministra Marina Silva. Fábio Vaz também é apontado em um caso de doação de seis mil toras de mogno apreendidos para a ONG Federação de Órgãos para a Assistência Social e Educacional (FASE).

À época, Marina Silva era ministra do Meio Ambiente. Fábio Vaz de Lima era secretario do Grupo de Trabalho Amazônico (GTA), um conglomerado de 200 ONGs que atua na Amazônia. Houveram denúncias de que a política de doação do Ibama, seria uma forma de esquentar madeira ilegal extraída da Amazônia. O Tribunal de Contas da União (TCU) condenou a doação.

O TCU alegou que a doação que teria contado com a participação de Fábio Vaz, teria sido promovida sem observar os princípios da isonomia, impessoalidade e publicidade. Nos autos, não teria ficado claros os motivos que levaram à escolha da ONG que Vaz era secretário, como donatária no processo que teria resultado na doação de seis mil toras de mogno.

Outra reportagem que chamou atenção, à época, foi publicada na revista Isto É – que denunciou superfaturamento num plano de manejo na Amazônia, em reservas extrativistas feito pelo Conselho Nacional de Seringueiros, ONG – que de acordo com a publicação de circulação nacional – teria ligações estreitas com Fábio Vaz de Lima, que também ocupou diversos cargos em governos do PT.

Processo-Fábio-Vaz

Venezuela. “Medios alternativos enfrentaron el golpe en 2002 y las manipulaciones de los privados”

Entrevista a Gonzalo Gómez, fundador de aporrea.org

su 13

 

La llegada del Comandante Chávez a la presidencia de la República trajo consigo muchos cambios, reivindicaciones y desarrollo de nuevos proyectos en beneficio del pueblo, un ejemplo de ello es el indiscutible crecimiento de los medios comunitarios y alternativos, a través de sus diversas formas de expresión; impresos, audiovisuales, radiales y digitales, han permitido.

Durante su participación en el programa Contrastes, revista cultural transmitida todas las mañanas por Venezolana de Televisión, Gonzalo Gómez, director de Aporrea, señaló; “En tiempos pasados, de la IV República, era muy difícil aparecer en los medios (…) La comunicación era criminalizada como algo subversivo”.

Gómez rememoró que durante el golpe de Estado, perpetrado por la derecha venezolana en el año 2002 y con el cual pretendía sacar del poder al Comandante Hugo Chávez, los medios comunitarios y alternativos jugaron un papel sumamente importante. Alzaron su voz y se hicieron visibles ante un pueblo que anhelaba conocer la verdad.

“Es obvio que ha habido una proliferación de los medios comunitarios y alternativos, un florecimiento de la comunicación popular con la Revolución Bolivariana, justamente en los años 2002 y 2003, se despega esta manifestación”, agregó.

Recordó que Aporrea, como medio, nació aquella madrugada del 11 de abril de 2002, “surge desde el activismo popular para enfrentar el golpe de Estado. Comenzamos con el volante que se distribuyó la madrugada del 11 de abril de 2002 para llamar al tapón popular a Miraflores en defesa de la revolución bolivariana y del gobierno de nuestro Comandante Hugo Rafael Chávez Frías”, señaló.

Enfatizó que para ese entonces el objetivo era derrocar el golpe de Estado instaurado por Pedro Carmona Estanga, añadió que esta nueva forma de hacer comunicación fue la única que dio a conocer la verdad de lo que realmente sucedía en ese momento.

 

 

 

 

25 verdades sobre las manifestaciones en Venezuela

por Salim Lamrani *

Osval
Osval

Como en 2002, la oposición radical, incapaz de tomar el poder por vía de las urnas, multiplica las acciones con el objetivo de romper el orden constitucional.

1. Nicolás Maduro, Presidente legítimo de Venezuela desde abril de 2013, hace frente a una poderosa oposición, apoyada por Estados Unidos, que aspira retomar el poder que perdió en 1998.

2. Como perdió las elecciones presidenciales de abril de 2013 por una diferencia del 1,59%, la oposición rechazó primero los resultados electorales, avalados no obstante por las más importantes instituciones internacionales, desde la Unión Europea hasta la Organización de Estados Americanos, pasando por el Centro Carter, y expresó su rabia en actos violentos que costaron la vida a once militantes chavistas.

3. No obstante, el débil margen que separó al candidato de la oposición Henrique Capriles del vencedor Nicolás Maduro, galvanizó a la derecha, motivada por la perspectiva de la reconquista del poder. Entonces hizo de las elecciones municipales de diciembre de 2013 un objetivo estratégico.

4. Contra todo pronóstico, las elecciones municipales se transformaron en un plebiscito a favor del poder chavista, que ganó el 76% de los municipios (256) contra el 23% (76) para la coalición MUD que agrupó a toda la oposición.

5. Desmoralizado por ese serio revés, viendo la perspectiva de una reconquista del poder por la vía democrática alejarse otra vez –las próximas elecciones serán las legislativas en diciembre de 2015–, la oposición ha decidido reproducir el esquema de abril de 2002 que desembocó en un golpe de Estado mediático-militar contra el Presidente Hugo Chávez.

6. A partir de enero de 2014, el sector radical de la oposición decidió actuar. Leopoldo López, líder del partido Voluntad Popular, quien participó en el golpe de Estado de abril de 2002, lanzó un llamado a la insurrección a partir del 2 de enero de 2014: “Queremos lanzar un llamado a los venezolanos […] a que nos alcemos. Convocamos al pueblo venezolano a decir ‘basta ya’. […] Con una meta a discutir: ‘la salida’. ¿Cuál es la salida de este desastre?”.

7. El 2 de febrero de 2014, durante una manifestación, Leopoldo López acusó al poder como responsable de todos los males: “Las carencias que padecemos hoy tienen un culpable. Ese culpable es el poder nacional”.

8. El 2 de febrero de 2014, Antonio Ledezma, figura de la oposición y alcalde de la capital, Caracas, también lanzó un llamado al cambio: “Este régimen que cumple hoy quince años continuos promoviendo la confrontación. Hoy comienza la unidad en la calle de toda Venezuela”.

9. María Corina Machado, diputada de la oposición, lanzó un llamado a acabar con la “tiranía”: “El pueblo de Venezuela tiene una respuesta: ‘Rebeldía, rebeldía’. Hay algunos que dicen que debemos esperar a unas elecciones en unos cuantos años. ¿Pueden esperar los que no consiguen alimentos para sus hijos? ¿Pueden esperar los empleados públicos, los campesinos, los comerciantes, a quienes les arrebatan su derecho al trabajo y a la propiedad? Venezuela no puede esperar más”.

10. El 6 de febrero de 2014, tras una manifestación de la oposición, un grupo de una centena de estudiantes encapuchados atacó la residencia del gobernador del Estado de Táchira, hiriendo a una decena de policías.

11. La misma semana, varias manifestaciones de la oposición se suceden en diferentes Estados y degeneran todas en violencia.

12. El 12 de febrero de 2014 otra manifestación, orquestada por la oposición frente al Ministerio Público, compuesta de estudiantes de las universidades privadas organizados en grupos de choque, resultó de una violencia inaudita, con tres muertos, una centena de heridos e innumerables daños materiales.

13. Como durante el golpe de Estado de abril de 2002, las tres personas fallecidas fueron ejecutadas con una bala en la cabeza.

14. Entre ellas se encontraban un militante chavista, Juan Montoya, y un opositor llamado Basil Da Acosta. Según la investigación balística, ambos fueron ejecutados con la misma arma.

15. Los siguientes días los manifestantes, oficialmente movilizados “contra la vida cara y la inseguridad”, se instalaron en la Plaza Altamira, situada en un barrio rico de Caracas.

16. Desde hace varios meses, Venezuela sufre una guerra económica orquestada por la oposición que controla aún amplios sectores, con la organización artificial de penurias, acaparamiento de productos de primera necesidad y multiplicación de actos especulativos.

17. Así, el 5 de febrero de 2014, las autoridades requisaron en el Estado de Táchira cerca de mil toneladas de productos alimenticios de primera necesidad (arroz, azúcar, aceite, café, etc.) escondidos en almacenes. Desde enero de 2013, las autoridades han requisado más de 50.000 toneladas de alimentos.

18. El Gobierno bolivariano decidió actuar y castigar a los acaparadores y especuladores. En noviembre de 2013, la cadena Daka de productos electrodomésticos fue intervenida y las autoridades decidieron regular los precios. La empresa facturaba sus productos con un beneficio de más del 1.000%, por lo que era inaccesibles para la mayoría de los venezolanos.

19. Ahora el margen máximo de las empresas no podrá superar el 30%.

20. El Presidente Nicolás Maduro denunció un intento de golpe de Estado y llamó a los ciudadanos a hacer frente al “fascismo”. “Nada nos apartará del camino de la Patria y de la vía de la democracia”, afirmó.

21. El 17 de febrero de 2014, tres diplomáticos estadounidenses fueron expulsados del país por su implicación con los sangrientos acontecimientos. Se habían reunido con los estudiantes de las universidades privadas para coordinar las manifestaciones, según las autoridades venezolanas.

22. El 18 de febrero de 2014, Leopoldo López fue arrestado por su responsabilidad política en las violentas manifestaciones y fue entregado a la justicia.

23. La administración de Obama condenó al Gobierno de Caracas por las violencias, sin señalar un solo instante la responsabilidad de la oposición que intenta perpetrar un golpe de Estado. Al contrario, el Departamento de Estado exigió la liberación inmediata de Leopoldo López, principal instigador de los acontecimientos dramáticos.

24. Los medios occidentales ocultaron los actos violentos de los grupúsculos armados (metros y edificios públicos saqueados, tiendas Mercal –¡Donde el pueblo se abastece en alimentos!– quemadas), así como el hecho de que la televisión pública Venezolana de Televisión fue atacada con armas de fuego.

25. Los medios occidentales, lejos de presentar los acontecimientos dramáticos ocurridos en Venezuela con toda imparcialidad, tomaron partido a favor de la oposición golpista y contra el Gobierno democrático y legítimo de Nicolás Maduro. No vacilan en manipular a la opinión pública y presentan la situación como un levantamiento popular masivo contra el poder. En realidad, Maduro dispone del apoyo masivo de la mayoría de los venezolanos, como lo ilustran las manifestaciones gigantescas a favor de la Revolución Bolivariana.

* Doctor en Estudios Ibéricos y Latinoamericanos de la Universidad Paris Sorbonne-Paris IV, Salim Lamrani es profesor titular de la Universidad de La Reunión y periodista, especialista de las relaciones entre Cuba y Estados Unidos. Su último libro se titula Cuba. Les médias face au défi de l’impartialité , Paris, Editions Estrella, 2013, con un prólogo de Eduardo Galeano

VIOLENCIA POLÍTICA EN VENEZUELA. Deja vú caraqueño

Como hace tiempo no sucedía, tal vez desde el lejano paro petrolero de 2003, la sociedad venezolana se encuentra en el desfiladero que separa la convivencia pacífica y democrática de las situaciones de desestabilización y violencia callejera.

infiltrados venezuela

por Frederico Vázquez

El 12 de febrero pasado una manifestación de estudiantes y líderes políticos opositores se reúne en la Plaza Venezuela, en el centro de Caracas. De a poco, algunos dirigentes comienzan a levantar el tono de las declaraciones, abandonando cualquier planteo educativo y anunciando que el objetivo de la marcha es que caiga el gobierno de Maduro. Un rato después, la concentración es frente a la Fiscalía General, donde reclaman la liberación de algunos estudiantes que habían sido detenidos: se rompen vidrios, hay forcejeos con la policía, se cruzan disparos.

Pasado el mediodía, se conoce que al menos una persona murió. Luego se sabrá que fueron dos las víctimas en ese lugar. Una de ellas era un joven opositor y la otra un dirigente chavista. Horas después, Maduro afirma que una sola arma mató a ambos, poniendo en tela de juicio la idea de un enfrentamiento descontrolado entre sectores. Si bien las fuerzas de seguridad reprimen con gases lacrimógenos, las cámaras y teléfonos celulares registran enfrentamientos entre civiles, de difícil identificación política.

Al caer la noche, en otro punto de Caracas, el municipio de Chacao, uno de los más ricos y de los más antichavistas (la oposición sacó el 84% de los votos el año pasado) cae muerto un tercer joven, quien había participado de las protestas durante todo el día.

Después comienzan las declaraciones políticas, tanto del oficialismo como de la oposición. Las posturas son, naturalmente, disímiles: del lado del chavismo se advierte que Venezuela está sufriendo un embate de los sectores más reaccionarios que buscan derribar al gobierno. Por el lado de la oposición, se afirma que la violencia la generó el gobierno, a través de unos fantasmales “grupos parapoliciales”, que vendrían a ser motoqueros armados que disparan contra los manifestantes. Habría que agregar un dato: hay un reguero de armas en manos de civiles en Caracas, haciendo que los índices de muertes violentas sean de las más altas de la región. Casualmente, o no, en esos días Maduro había presentando un plan de “pacificación social” centrado en el desarme de la sociedad civil.

“Uno de los problemas actuales de los sistemas políticos latinoamericanos es cómo se combina la estabilidad democrática en un contexto de hegemonía electoral de gobiernos urticantes para los poderes tradicionales”

En el mejor de los casos, la verdad “policial” sobre los hechos del 12 de febrero irá cobrando forma con el paso de los días. El nivel del enfrentamiento político venezolano asegura que nadie se va a quedar con las primeras impresiones, ni los relatos de ocasión. La multiplicidad de imágenes en manos de las personas de a pie también ayudará a que no se pueda torcer mucho lo ocurrido.

En primer lugar, un recordatorio histórico: la violencia callejera, a partir de una marcha opositora con objetivos nebulosos, que de pronto se desmadra y aparecen tiros y muertos de “un lado y del otro”, no es algo nuevo. Casi sin diferencias, es lo que ocurrió horas antes del golpe de Estado de 2002. Algunas semanas después, quedó demostrado que todo había sido una puesta en escena de grupos golpistas que usaron a los manifestantes opositores como mártires inconsultos: cayeron por francotiradores que no respondían al gobierno, la búsqueda de los muertos fue intencionada. Sin embargo, los principales canales de televisión y cadenas de noticias culparon de la matanza al gobierno, justificando así la necesidad de sacar a Chávez de Miraflores.

A diferencia de ese momento, ahora no funcionó el monopolio informativo privado que fue tan decisivo en el 2002: el chavismo, además de ser un movimiento político y militar, es ahora también un conglomerado mediático. Canales, radios y diarios propios, aseguran que “la revolución sí será televisada”.

Pero más allá de algunas similitudes con el 2002, una explicación más profunda hay que buscarla en la propia interna opositora. Al día siguiente de las marchas y los asesinatos, el ex candidato presidencial, Henrique Capriles, salió a desmarcarse de todo lo sucedido. Fue contundente: “hay extremos que le hacen el juego al gobierno”.

Por el contrario, el que emerge como símbolo de esta nueva etapa insurreccional de la oposición es Leopoldo López, quien también intentó ser candidato presidencial, pero se bajó unos meses antes, cuando ya estaba claro que Capriles reunía más expectativas para lograr el milagro electoral que finalmente no ocurrió.

Basta con un par de pinceladas de la biografía de López para acercarse a la mentalidad de un sector minoritario pero poderoso de la oposición venezolana.

López fue firmante del decreto de la breve dictadura de 2002, que disolvió los poderes públicos, cerró el Congreso y nombró a un Presidente sin ningún parámetro legal, salvo ser el líder de una central de empresarios (?). Después del acto de investidura, López marchó a la Embajada de Cuba y quiso tomarla por asalto, denunciando que ahí se escondían funcionarios chavistas. (nota al pie, pocos años después, la usualmente publicitada por medios argentina ONG Transparencia Internacional lo premió no una, sino dos veces, en el 2007 y 2008).

¿Por qué la oposición muestra estas dos caras? Los divergentes intereses personales son entendibles: Capriles, ayer nomás, logró casi empatar con Maduro en elecciones libres, transparentes y observadas por propios y extraños. El chavismo, por primera vez sin su líder, salvó la ropa y ganó, pero Capriles olió de muy cerca el triunfo. Si hasta hizo creer a periodistas argentinos que viajaron especialmente a Caracas que iba a arrasar. Hoy, la mejor carta de Capriles es obvia: esperar unos cuantos meses cuando la hiper-recontra-democrática Constitución bolivariana establece que se puede hacer un referéndum revocatorio. Si todavía ahí no consigue el objetivo, Capriles puede trabajar en una próxima candidatura para las elecciones de 2018.

López, en cambio, relegado de este juego democrático, y teniendo como único capital político haber sido jefe de campaña de Capriles, tiene la necesidad de generar escenarios de confrontación para posicionarse. El caos, la crisis institucional, las declaraciones diplomáticas mostrando “preocupación”, son el único alimento para soñar con el poder.

López y Capriles son distintas caras de una misma moneda: después de años de personajes viejos, ligados a los partidos tradicionales, la oposición construyó figuras jóvenes, simpáticas, “modernas”. Para la derecha venezolana, el post chavismo existe y tiene, hoy, dos alternativas: López y Capriles.

Pero además, estas dos personalidades representan un universo mayor: la propia oposición social venezolana, que nunca se extinguió y siempre fue muy numerosa, persistente, con recursos económicos y apoyos internacionales, y que también se encuentra ante el dilema de a qué juego jugar.

Llegamos así a uno de los nudos del problema venezolano, que también está presente en otros países de la región: apenas se rasca la superficie de las nuevas “protestas espontáneas” o “hartazgos ciudadanos” aparece una masa ciudadana aguerridamente opositora que, de tanto en tanto, coquetea con las formas de acción desestabilizadoras, si estás prometen sacarles de encima a gobiernos que desprecian.

Uno de los problemas actuales de los sistemas políticos latinoamericanos es cómo se combina la estabilidad democrática en un contexto de hegemonía electoral de gobiernos urticantes para los poderes tradicionales. No parece haber contradicción en los términos, a priori. Sin embargo, a esa ecuación hay que agregar la existencia de amplios sectores (así sean minoritarios en términos electorales) irreductibles a cualquier simpatía con el oficialismo, ya sea por interés de clase o por formación ideológica, que además tienen la memoria histórica de haber sido siempre los que “mandan” en cada país (sectores empresarios, clase media ilustrada, etc) y fijan -o fijaban- las normas de lo que es correcto, de las modas políticas y culturales, etc. En Venezuela, desde hace 15 años, miran la obra desde afuera.

Existe ahí una masa disconforme, no necesariamente golpista, pero sí posiblemente dispuesta a escuchar y apoyar los cantos de sirena de dirigentes que les prometen un cambio que las urnas hace tiempo les niegan. Gobernar ese universo adverso, además del Estado y de los apoyos consolidados, es uno de los mayores desafíos que tienen por delante los gobiernos progresistas. Y muy especialmente el más radical de ellos.

Waika
Waika

Marcha “contra el fascismo y por la paz” en Venezuela

MULTITUDINARIA MANIFESTACION DE APOYO AL GOBIERNO DE NICOLAS MADURO Y DE REPUDIO A LA VIOLENCIA CALLEJERA

 

ve1

ve 2

ve 3

ve 4

ve 5

El presidente de Venezuela, Nicolás Maduro, acusó ayer al ex mandatario colombiano Alvaro Uribe de financiar y dirigir los movimientos “fascistas” que buscan derrocarlo. En una marcha convocada por el oficialismo “contra el fascismo y a favor de la paz”, Maduro dijo que los recientes hechos de violencia en Caracas fueron provocados por los grupos de oposición que intentan hacer caer su gobierno e instaurar la violencia en el país. Dijo que Uribe, a quien calificó como un enemigo de Venezuela, está detrás de los grupos financiando y dirigiendo estos movimientos. Maduro agregó que se pretendía, a través del canal colombiano NTN24, promover un intento de golpe de Estado en Venezuela, al transmitir en vivo los incidentes de la marcha opositora del miércoles en la capital, que terminó con tres muertos y 66 heridos.

“Pretendían, a través de un canal de televisión antivenezolano, hacer lo mismo que hicieron el 11 de abril de 2002 (cuando el fallecido presidente Hugo Chávez fue sacado del poder) y comenzar a generar zozobra, miedo y odio en Venezuela”, señaló. Indicó además que con las imágenes se pretendía llevar al país a un escenario de desestabilización que justificara un golpe de Estado. El canal fue sacado de la programación de la televisión por cable en todo territorio venezolano. “Decidí sacarlo. Que se vaya con su veneno al diablo. A Venezuela no lo van a venir a desestabilizar, a llenar de violencia un canal antivenezolano, antibolivariano, fascistoide, que se vaya con su fascismo al carajo y deje tranquilo al pueblo”, apuntó.

Maduro dijo que con la marcha oficialista se buscaba repudiar las acciones de violencia que la oposición generó, convocando públicamente a lo que calificó como fórmulas inconstitucionales para derrocar al gobierno legítimo que preside. Al responder a algunas voces opositoras, el presidente recalcó que no piensa renunciar “ni un milímetro” a su posición: “nadie me sacará del camino de construir la revolución bolivariana que nos dejó el comandante Chávez y construir el socialismo como futuro de paz y amor”.

Asimismo, recalcó su acusación contra el dirigente opositor Leopoldo López de haber instigado el brote de violencia y de huir cobardemente. “Entrégate cobarde”, repitió, al referirse a la orden de arresto contra López por cargos de terrorismo y asociación para el delito.

En la jornada, simpatizantes del gobierno marcharon en Caracas en repudio a los grupos “fascistas”, a quienes acusan de intentar una conspiración. La manifestación de varios miles de personas y que estuvo acompañada por actividades deportivas y musicales avanzó hacia la céntrica avenida Bolívar, donde recibió el apoyo de dirigentes del oficialismo y miembros del gabinete de Maduro.

La manifestación oficialista salió de la Plaza Venezuela, en el este de la ciudad, donde se vieron carteles de apoyo al gobierno y de repudio a dirigentes de la oposición, entre ellos a López. A la vez, el ministro de Educación Universitaria, Ricardo Menéndez, acompañó la marcha y aseguró que el antichavismo intenta una escalada de violencia y que en ese esfuerzo manipula la nobleza que puede haber en el movimiento estudiantil de sectores disidentes. “Están utilizando el foquismo como expresión de quienes no tienen fuerza para hacer grandes manifestaciones. Buscan detenidos”, alegó.

Por su lado, estudiantes universitarios se congregaron en la plaza Alfredo Sadel, en el este de la ciudad, para insistir en pedir la liberación de sus compañeros detenidos tras los incidentes del miércoles en la Fiscalía General, que dejó tres muertos y 66 heridos. El portavoz de los universitarios, Juan Requesens, señaló que el movimiento estudiantil no descansa y que seguirá en la calle luchando por su futuro. Los estudiantes realizaron la concentración en homenaje a las víctimas de la protesta del miércoles.

Maduro acusó a los responsables de la marcha por los hechos, tras el ataque a la sede de la Fiscalía General, afirmando que la oposición puso en marcha un golpe de Estado. La alianza opositora Mesa de Unidad Democrática (MUD) se deslindó de los hechos y exhortó a Maduro a dejar de denunciar un golpe de Estado sin mostrar pruebas. La coalición opositora dijo además que el gobierno debe desarmar a los grupos radicales afines al gobierno, llamados colectivos, que actuaron después de la marcha, en medio de un cordón policial alrededor de la Fiscalía. (Página 12, Argentina)

O socialismo de Eduardo Campos

Hugo Chávez
Hugo Chávez

Com a candidatura de Aécio Neves virando pó, a desistência de José Serra e a decisão de Geraldo Alckmin disputar a reeleição de governador de São Paulo, cresce a possibilidade de Eduardo Campos polarizar com Dilma Rousseff a campanha presidencial.

Soma Campos, presidente do PSB – Partido Socialista Brasileiro, o patrocínio  da imprensa conservadora e apoio internacional dos socialistas.

Acontece que Campos nunca foi socialista. Jamais condenou a tirania do capitalismo, o poder nas mãos de um pequeno segmento da sociedade que controla o capital e deriva a sua riqueza através da exploração, criando uma sociedade desigual, que não oferece oportunidades iguais para todos a fim de maximizar suas potencialidades.

capitalismo-socialismo-diferencas

Campos é tão socialista quanto Roberto Freire é comunista.

fdp

EDUARDO CAMPOS Y LA ‘NUEVA DERECHA’ BRASILEÑA

Es el pragmático gobernador de un Estado influyente del nordeste brasilero: Pernambuco. Fue Ministro de Ciencia y Tecnología entre 2003 y 2006, durante el primer período de Lula. Rompió con el gobierno de Dilma hace sólo meses, y desde ese momento intenta “aglutinar” a diversas expresiones de la oposición en Brasil: así, sumó el reciente apoyo de Marina Silva, ex Ministra de Medio Ambiente, quien lo acompañaría en la fórmula presidencial en 2014.

Un sin fin de analistas políticos analizaron la emergencia de una “nueva derecha” en América Latina durante estos últimos años. Así, han explicado la aparición de diversas figuras -en general jóvenes y con amplia con vocación de poder- que han “aggiornado” a las oposiciones a los gobiernos posneoliberales de nuestro continente. El principal exponente ha sido Henrique Capriles, ex candidato presidencial de la Mesa de Unidad Democrática, quien discursivamente no critica al chavismo por su “política social” -llegando incluso a elogiar las propias misiones- sino por el supuesto ataque de éste a las instituciones y medios de comunicación. En Argentina, otro claro ejemplo es Sergio Massa, quien defiende la Asignación Universal por Hijo, y realiza críticas similares a las de su par venezolano. Ambos han exigido la necesidad de “dar garantías” a las inversiones privadas –tanto nacionales como extranjeras- nuestros países.

En Brasil, tras sumar el apoyo de Silva -quien incluso se afilió al Partido Socialista, del cual Campos es el presidente nacional-, el gobernador pernambucano sacudió la escena política. Sucede en un país donde, en los últimos 20 años, sólo dos partidos se alternaron en el gobierno: el PT, quien asumió en 2003, y el PSDB, que gobernó entre 1995 y 2002. ¿Por qué este “sacudón” político, si la candidatura de Dilma Rousseff está firme y encabeza todas las encuestas, incluso luego de las enormes movilizaciones que tuvieron lugar en junio pasado? Porque al sumar a Red Sustentabilidad, Campos logró aglutinar a gran parte de la oposición -autoproclamada “progresista”- al gobierno, y desplazar al PSDB -el gran perdedor tras este reacomodamiento del mapa- del segundo lugar en proyección a 2014. Dos elementos más nos pueden hacer comprender mejor la potencialidad de esta unión: Marina Silva alcanzó casi el 20% de los votos en las elecciones pasadas, y Campos es uno de los gobernadores más populares del país -a tal punto que aumentó su caudal de votos en Pernambuco, pasando de 65% a 83% en su última elección-.

Dicho esto, hay que volver a mencionar que la popularidad de Rousseff está en alza, finalizando su año más crítico al mando del Brasil: según la encuestadora Datafolha, Dilma oscila entre el 41% y 47% de intención de voto, según los rivales que enfrente el año próximo. Dos movimientos políticos audaces le permitieron al gobierno recuperarse tras las protestas de junio: el anuncio de destinar el 75% de regalías petroleras al presupuesto educativo, y la implementación del programa Más Médicos, que incorporó a especialistas extranjeros –la mayoría de ellos cubanos- al sistema público de salud en lugares a los cuales los médicos brasileños no llegaban.

Discursivamente, sobre el modelo económico, Campos se diferencia de Rousseff: es repetitivo su llamado a la “inversión privada” y a las “reglas claras” –discurso del que también son devotos tanto Capriles como Massa-. “ Es crucial para los agentes económicos que se dan cuenta de que hay una línea estratégica de acá a 25 años” , afirmó recientemente, en crítica abierta a Rousseff, el gobernador pernambucano, quien esconde tras ese ideario a largo plazo el objetivo de avanzar en una liberalización de la economía con amplios incentivos a esa inversión privada que mencionaba previamente.

Preguntas con el horizonte en 2014

Marina Silva rehuyó siempre a los partidos tradicionales, afirmando estar en la construcción de una alternativa a los mismos, pero ante la imposibilidad de inscribir legalmente a Red Sustentabilidad, optó por afiliarse al PS. ¿Cómo influirá esto en su propio electorado? ¿Traccionará –y ampliará- Marina los 20 millones de votos que logró en octubre de 2010, a esta nueva alianza que conformó con Santos, aún si no encabeza la misma y “baja” a la vicepresidencia? ¿Qué tan compatibles son, electoralmente, los perfiles de Campos y de Silva, teniendo en cuenta que el primero tiene un visto bueno por parte del empresariado brasilero, y que Marina tiene un perfil más apuntado al electorado joven -por su perfil “ecologista”- y los evangelistas?

En cualquier caso, Eduardo Campos es, hasta el día de hoy, el gran ganador de este armado novedoso frente al PT, colocándose en la escena política del gigante sudamericano con grandes chances de acceder al ballotage. Enormes similitudes con otros personajes de la “nueva derecha” latinoamericana (gestión, juventud, pragmatismo y buena relación con las elites económicas locales) lo ubican como nuevo emergente de un fenómeno que traspasa las fronteras de nuestros países: líderes que se autodenominan “progresistas” para llevar adelante políticas económicas similares a las que hemos vivido en América Latina décadas atrás.

foto_ luta de classes