Brasil possui 35 partidos políticos registrados que significam nenhum

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Até partido fêmea existe: o Partido da Mulher Brasileira. Logo aparecerá o partido macho. Que existem partidos para todos os preconceitos, fanatismos, carolices, o que você imaginar para receber ajuda de empresas nacionais e estrangeiras nas campanhas eleitorais, e verbas partidárias incluídas no Orçamento do Povo, e administradas pela iníqua e parasitária justiça eleitoral, que apenas trabalha nos anos pares.

São 35 partidos políticos e, no máximo, apenas cinco conhecidos do eleitorado, pelos atos de putrefação de suas lideranças sem nenhum idealismo. Que todos defendem as mesmas promessas: mais educação, mais saúde, emprego para todos, o fim da violência e da corrupção. Nenhum partido defende idéias.

Nenhum partido representa os sem terra, os sem teto, os sem nada, neste Brasil governado pelas elites e separado em castas, que se dividem em governistas e pretensos oposicionistas que defendem o partido único, uma luta pelo poder que vale tudo, golpe, intervenção militar, ditadura. Nenhum partido defende, realmente, a Democracia. A igualdade. A fraternidade. A liberdade mesmo que tarde.

Enrico Bertuccioli
Enrico Bertuccioli

Não existe nenhum pessimismo em dizer o que acontece no Brasil, marcado pelo colonialismo, e dominado pelo imperialismo, acontece nos quatro cantos deste vasto velho mundo. Existiu algum dia de paz na Europa, desde Roma dos césares? No Século XX, quase todos os países foram governados por ditaduras, e travaram duas guerras mundiais, que motivaram os principais inventos imaginados pelos romances e filmes de ficção científica.

As guerras religiosas, e pela independência, persistem em todos os continentes. Nos Estados Unidos cada cidadão tem que jurar o combate eterno contra os inimigos internos e externos. Aqui no Brasil existe o slogan vai para Cuba, que diagnostica um medo sem justificativa. Cuba é um país pobre, sem bomba nuclear, e com apenas onze milhões de habitantes. O Brasil, 205 milhões. Para construir um porto, Cuba precisou do dinheiro brasileiro.

Um verdadeiro partido político, que represente o povo em geral, deve defender que ideais?

ESPANHA
ESPANHA

Venezuela proíbe terceirização

terceirização voto partido
Em meio a um debate acirrado no Brasil, que discute se aprova ou não o projeto de lei que regulamenta a terceirização, na Venezuela, a contratação de terceirizados passou a ser ilegal na última semana, quando terminou o prazo para que empresas públicas e privadas incorporem à folha de pagamento todos os empregados vinculados a prestadoras de serviços.

Em 2012, o então presidente do país, Hugo Chávez, proibiu a terceirização do trabalho, com a aprovação da Lei Orgânica do Trabalho (LOT), que estabeleceu um limite de três anos para que funcionários terceirizados fossem absorvidos pelas contratantes.

“Não conseguimos a meta de eliminar a terceirização para este 7 de maio, o processo está atrasado”, afirmou Carlos López, coordenador da Central Bolivariana de Trabalhadores Socialistas (CBTS). “Ainda estamos em condições de terceirização e de precarização também.”

A Confederação Venezuelana de Indústrias (Conindustria) afirma que 80% dos trabalhadores terceirizados estão vinculados ao Estado. O setor da educação está entre os principais grupos que esperam a aplicação da lei. De acordo com a CBTS, ainda faltam ser contratados 27 mil dos 230 mil profissionais ligados ao ramo. A situação é similar nas áreas de telecomunicações, siderurgia e petróleo.

Ao proibir a terceirização, o governo pretende coibir a prática de empresários locais que abrem diferentes empresas relacionadas entre si (pequenas e médias) com o intuito de diferenciar os benefícios entre os trabalhadores e negociar separadamente os contratos coletivos, reduzindo assim a folha de pagamento.

A Central Socialista de Trabalhadores estima que até o final do primeiro semestre os trabalhadores vinculados a empresas estatais deverão ser incorporados. Do Portal Vermelho, com informações da BBC Brasil

terceirização paulinho força

Fanatismo e faniquito na Imprensa

Sofia Mamalinga
Sofia Mamalinga

 

Vamos aos termos in Dicionário Aulete:

1. Faniquito. Pop. Crise nervosa, curta e sem gravidade; chilique; fricote
[F.: fanico “acidente histérico”+ -ito.]

2. Fanático. Que crê cegamente numa doutrina política ou religiosa, e se mostra intolerante com outras crenças ou opiniões. Que se julga inspirado por um ser divino

O Brasil possui 32 partidos políticos, que equivale a não ter nenhum, porque até os nomes são desconhecidos.

Qual a ideologia desses partidos? Não entendo o porquê do Superior Tribunal Eleitoral aceitar o registro de um partido sem um ideário.

Qual a diferença entre o Partido Comunista Brasileiro (PCB) e o Partido Comunista do Brasil (PCdoB)?

Temos oito partidos trabalhistas. Qual a diferença entre o Partido dos Trabalhadores (PT) e o Partido Trabalhista do Brasil (PTdoB)?

Existem três partidos socialistas: Partido Socialista Brasileiro (PSB), Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) e Partido do Socialismo e Liberdade (PSOL).

E o que é socialismo? In Aulete:

1. Nome de diversas ideologias e doutrinas que defendem, de um modo geral, tanto a propriedade coletiva dos meios de produção (a terra e o capital), como a organização de uma sociedade sem classes
2. P.ext. Soc. Modo de produção e sistema social concebidos de acordo com essas doutrinas, em que prevaleçam a coletivização equitativa da riqueza e a eliminação das contradições sociais.
[F.: Do fr. socialisme. Cf.: capitalismo e comunismo.]

Socialismo científico
1 (Corrente ou doutrina que prega a) organização coletivista e igualitária da sociedade, concebendo-a a com base no estudo das leis históricas da transformação social e, esp., nas análises econômicas e políticas. [Us. não raro com referência aos marxistas, adeptos do materialismo histórico, e p.opos. a socialismo utópico.]

Socialismo utópico
1 (Doutrina que prega a) organização coletivista da sociedade, concebida segundo algum ideal de perfeição social, e que não é resultante da compreensão e transformação da sociedade vigente. [Us. não raro com conotação negativa, com conotação de inconsistência ou inviabilidade históricas, p.opos. ao socialismo científico.]

O Partido Socialista Brasileiro lançou seu presidente Eduardo Campos como candidato a presidente do Brasil. Acontece que todas as lideranças do PSB defendem a propriedade privada e uma sociedade dividida em classes.

Com o nome de Social temos seis partidos. O social de socialismo, no caso do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), que agrupa as maiores fortunas do Brasil, os tucanos. E tem como candidato a presidente Aécio Neves.

Fiel leitor reprova “sanha oposicionista” do Jornal da ImprenÇa
Escreve Moacir Japiassu: “O considerado Alfredo Spinola de Mello Neto, jornalista que nunca exerceu esta aflitiva profissão, trocando-a pela advocacia, é paulistano, tem concorrida banca na capital e informa, para nossa alegria e algum assombro:

‘Desde a revista Imprensa não perco uma só de suas colunas, embora atualmente por vezes a sanha oposicionista me aborreça. Criticar é perfeito, sempre; buscar picuinhas a ponto de demonstrar torcida em sentido contrário torna-se exasperante.’

Janistraquis adorou a ‘sanha oposicionista’, mas tanto ele quanto eu achamos que o fidelíssimo leitor exagera; afinal, não existe propriamente ‘sanha’, porém simples repugnância por esse desgoverno fascista e desonesto. Somos independentes aqui no Jornal da ImprenÇa, porque o Comunique-se não se vende ao PT e assim nos permite uma liberdade difícil de se encontrar por aí.

Todavia, não foi somente para criticar a tal ‘sanha oposicionista’ que nos escreveu o doutor Alfredo Spinola de Mello Neto, cujo nome é um verso alexandrino. Ele começou por transcrever a abertura da coluna da semana passada:

Tomo a liberdade de responder a pergunta do cronista/cineasta, ao recordar que no dia primeiro de abril de 1964 eu estava na sucursal d’O Diário de S. Paulo, modesta sobreloja da Rua do Carmo, 6, à espera do nosso chefe, Léo Guanabara, que nos traria notícias de uma das mais confiáveis fontes, o coronel Dagoberto Rodrigues, diretor dos Correios e Telégrafos, de quem Léo era o principal assessor.

Em seguida, o advogado engatou a prise:

‘Essa candura ao relatar acriticamente que o chefe era o principal assessor de um coronel ocupante de alto cargo público em 1º de abril de 1964 (não faria diferença se fosse em 31 de dezembro de 1999 ou em 7/7/2007) denotaria tolerância para com a promiscuidade entre o poder e a profissão liberal – especialmente quando se fala de um jornalista chefe de Redação em jornal privado?’

O senhor não me disse sua idade, doutor Spinola, mas acredite que se hoje a maioria dos jornalistas não recebe salário suficiente para encarar uma ação na Justiça, imagine há meio século! Muitos e muitos colegas amargavam dois, três empregos, e era comum ainda acrescentarem os proventos dalguma prebenda ou sinecura. E não deixavam de ser honestos. Promiscuidade entre o poder e a profissão liberal existe hoje, por causa da militância (remunerada) a serviço do PT.

Léo Guanabara, como está dito no texto da semana passada, era o principal assessor de uma das melhores ‘fontes’ do Brasil, o que já explica e justifica o cargo do jornalista de excelente formação profissional e moral. E, convenhamos, jornal privado nem sempre era jornal independente, mais ainda quando fazia parte dos Diários Associados. Janistraquis toma a liberdade de lhe sugerir a leitura do excelente livro Chatô, o rei do Brasil, do nosso velho e querido amigo Fernando Morais”. Leia mais 

Ouso dizer que a salvação do jornalismo está na sua volta às origens. No jornalismo opinativo. E Moacir Japiassu ama o debate. Nada mais democrático.

O fanático detesta o debate. Ama o pensamento único. É’pago pelo partido ou dado ao faniquito. Dado demais.

 

 

 

 

 

prisão mente apatia fanatismo fotógrafo

200 mil brasileiros são vítimas da escravidão

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Sexta maior economia do mundo, o Brasil ainda está entre os cem países com os piores indicadores de trabalho escravo, segundo o primeiro Índice de Escravidão Global.

(BBC Brasil)

O Brasil ocupa o 94º lugar no índice de 162 países (com a Mauritânia no topo da lista, apontado como o pior caso). Trata-se da primeira edição do ranking, lançado pela Walk Free Foundation, ONG internacional que se coloca a missão de identificar países e empresas responsáveis pela escravidão moderna.

Um relatório que acompanha o índice elogia iniciativas do governo brasileiro contra o trabalho forçado, apesar do país ainda ter, segundo estimativas dos pesquisadores, cerca de 200 mil pessoas nesta condição.

Segundo o índice, 29 milhões de pessoas vivem em condição análoga à escravidão no mundo; são vítimas de trabalho forçado, tráfico humano, trabalho servil derivado de casamento ou dívida, exploração sexual e exploração infantil.

Nas Américas, Cuba (149º), Costa Rica (146º) e Panamá (145º) são os melhores colocados, à frente dos Estados Unidos (134º) e Canadá (144º), dois países destinos de tráfico humano. O Haiti ocupa o segundo pior lugar no ranking geral, sobretudo por causa da disseminada exploração de trabalho infantil.

O pesquisador-chefe do relatório, professor Kevin Bales, disse em nota que “leis existem, mas ainda faltam ferramentas, recursos e vontade política” para erradicar a escravidão moderna em muitas partes do mundo.

Brasil

No Brasil, o trabalho análogo à escravidão concentra-se sobretudo nas indústrias madeireira, carvoeira, de mineração, de construção civil e nas lavouras de cana, algodão e soja.

A exploração sexual, sobretudo o turismo sexual infantil no nordeste, também são campos sensíveis, segundo o relatório, que cita ainda a exploração da mão de obra de imigrantes bolivianos em oficinas de costura.

Através de informações compiladas de fontes diversas, os pesquisadores calcularam um percentual da população que vive nessas condições — foi assim que a ONG chegou à estimativa de que cerca de 200 mil brasileiros são vítimas da escravidão moderna. Apesar do quadro ainda preocupante, as ações do governo brasileiro contra o trabalho escravo são consideradas “exemplares”.

A ONG elogia ainda o Plano Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo e o Plano Nacional contra o Tráfico Humano, além da chamada “lista suja do trabalho escravo” do Ministério do Trabalho, que expõe empresas que usam mão de obra irregular.

O relatório recomenda a aprovação da PEC do trabalho escravo, em tramitação no Senado, que prevê a expropriação de propriedades que exploram trabalho forçado.

Recomenda ainda que a “lista suja do trabalho escravo” seja incorporada à lei e que as penas para quem for condenado por exploração sejam aumentadas.

Levantamento da Repórter Brasil revela os partidos e políticos que se beneficiaram com doações de empresas e pessoas incluídas na “lista suja” do trabalho escravo.

(Repórter Brasil)

A partir do cruzamento de dados do Cadastro de Empregadores flagrados com trabalho escravo, mantido pelo Ministério do Trabalho e Emprego e pela Secretaria Especial de Direitos Humanos (mais conhecido como a “lista suja” do trabalho escravo) e as informações de doadores de campanhas eleitorais do Tribunal Superior Eleitoral, organizadas pelo Portal Às Claras, a Repórter Brasil mapeou todos os candidatos e partidos beneficiados entre 2002 e 2012 por empresas e pessoas flagradas explorando trabalhadores em condições análogas à escravidão.

PTB e PMDB são os partidos que mais receberam dinheiro dos atuais integrantes da “lista suja” no período e o recém-criado PSD é o que mais recebeu dinheiro na eleição de 2012.

Ao todo, 77 empresas e empregadores flagrados explorando escravos que constam na lista atual fizeram doações a políticos, o que equivale a 16% dos 490 nomes. Eles movimentaram R$ 9,6 milhões em doações, em valores corrigidos pela inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

O levantamento mostra que os quase R$ 10 milhões se distribuem entre 23 partidos políticos, considerando as doações feitas aos seus candidatos ou diretamente às agremiações, através de seus diretórios regionais.

Como a inclusão de um nome na “lista suja” demora em função do processo administrativo decorrente do flagrante, no qual quem foi autuado tem chance de se defender, e considerando que, em linhas gerais, as doações eleitorais são fruto de relações prolongadas e não pontuais, a Repórter Brasil incluiu mesmo doações feitas em pleitos anteriores à inclusão no cadastro. O levantamento informa as doações dos atuais integrantes da relação, e não de todos os que já passaram por ela.

Já o PMDB, segundo colocado entre os partidos que mais receberam de escravocratas, teve como beneficiárias 40 candidaturas ao longo dos dez anos estudados. O valor de R$ 1,9 milhão contribuiu para que 12 prefeitos, seis vereadores e três deputados federais fossem eleitos.

Somente o produtor rural José Essado Neto doou R$ 1,6 milhão ao partido, que o abrigou por três pleitos até alcançar o cargo de suplente de deputado estadual em Goiás em 2010, quando declarou à Justiça Eleitoral ter R$ 4,3 milhões em bens. Ele entrou na “lista suja” do trabalho escravo em dezembro de 2012, depois de ser flagrado superexplorando 181 pessoas.

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Doações ocultas

No Brasil, a lei eleitoral exige que os candidatos prestem contas e deixem claro quem financiou suas campanhas. Deve ser discriminado, também, todo o montante que veio do próprio candidato – as chamadas “autodoações”.

Dos R$ 9,6 milhões gastos por escravocratas em campanhas eleitorais, R$ 2,3 milhões – ou quase um quarto do total – vieram de 19 pessoas nessa situação, ou seja, políticos flagrados com trabalho escravo que doaram a si mesmos.

O recurso, no entanto, dá margem para corrupção, permitindo que os pleiteantes a cargos eleitorais sejam financiados “por fora” e injetem o valor na campanha como se fosse proveniente do seu próprio bolso, ainda que não seja possível presumir que seja esse o caso dos políticos da relação.

Outro possível artifício para se ocultar a quais candidatos serão direcionadas os recursos é a doação aos diretórios partidários, como explica a reportagem de Sabrina Duran e Fabrício Muriana para o projeto Arquitetura da Gentrificação sobre a atuação da bancada empreiteira na Câmara dos Vereadores de São Paulo. Por meio dessa modalidade, os valores são distribuídos pelo partido ao candidato, sem que o próprio partido tenha de prestar contas e informar de quem recebeu o dinheiro. Os integrantes da “lista suja” do trabalho escravo usaram esse expediente em 36 ocasiões diferentes, totalizando R$ 1,3 milhão, valor cujo destino não é possível ser conhecido.

Escravocratas e ruralistas

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Entre os que têm defendido publicamente proprietários de empresas e fazendas flagradas explorando trabalhadores em condições análogas às de escravos no Congresso Nacional estão integrantes da Frente Parlamentar da Agropecuária, a chamada Bancada Ruralista. Os integrantes de tal frente pertencem a partidos que estão entre os que mais receberam dinheiro de escravocratas.

A votação na Câmara dos Deputados da PEC do Trabalho Escravo, que determina o confisco de propriedades em que for flagrado trabalho escravo e seu encaminhamento para reforma agrária ou uso social, é um exemplo de como o interesse dos dois grupos muitas vezes converge. Dos seis deputados federais em exercício na época da aprovação da proposta na Casa que foram financiados por escravocratas, três se ausentaram da votação, conforme é possível ver no quadro ao lado. Três votaram pela aprovação.

Em outros casos, tais associações também ficam evidentes, como no processo de flexibilização da legislação ambiental com a reforma do Código Florestal. A mudança, que diminuiu a proteção às florestas nativas e foi aprovada em abril de 2012, teve apoio dos seis partidos que mais se beneficiaram com doações de escravocratas e que, juntos, receberam R$ 7,9 milhões, ou 82% do total.

Outras empresas

Juan Hervas
Juan Hervas

O levantamento levou em consideração a “lista suja” do trabalho escravo tal qual sua última atualização, de 17 de setembro, o que exclui empresas que forçaram suas saídas da relação através de liminar na Justiça, como a MRV, e outras que devem entrar em atualização futura, como a OAS.

Nos dois últimos anos, a MRV foi flagrada em quatro ocasiões diferentes – em Americana (SP), Bauru (SP), Curitiba (PR) e Contagem (MG) – explorando trabalhadores em condições análogas às de escravos. A empresa é uma das maiores construtoras do Minha Casa, Minha Vida, programa do governo federal de moradias populares instituído em 2009. Nas eleições de 2010 e 2012, a construtora doou um total de R$ 4,8 milhões a candidatos e partidos políticos, em valores corrigidos pela inflação.

Já a OAS foi autuada no mês passado por escravizar 111 trabalhadores nas obras de ampliação do Aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo. Terceira empresa que mais fez doações a candidatos de cargos políticos entre 2002 e 2012, a empreiteira desembolsou R$ 146,6 milhões (valor corrigido pela inflação) no período. A OAS também faz parte do consórcio que venceu a licitação para a concessão do Aeroporto de Guarulhos à iniciativa privada no ano passado.

(Transcrito da Comissão Pastoral da Terra)

Marina sem teto

 

Pelicano
Pelicano

 

Dona Marina tinha um partido

o PRC

Muda de partido

dona Marina

 

Dona Marina tinha um partido

tinha um partido

o PT

Muda de partido

dona Marina

 

Dona Marina tinha um partido

tinha um partido

tinha um partido

o Verde

Muda de partido

dona Marina

 

Dona Marinha tinha um partido

tinha um partido

tinha um partido

tinha um partido

a Rede

Muda de partido

dona Marina

 

Dona Marina tá sem partido

sem partido

sem sustentabilidade

sem sustentabilidade

mora de aluguel

no PSB

 

Aroeira
Aroeira

O palanque do pastoril profano de Marina Silva

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Marina saiu do PT e queria um Partido Verde só para ela, que no Brasil até os partidos políticos têm dono. Foi candidata a presidente e perdeu. Inventou de criar outro partido Verde, o Rede Sustentabilidade da segunda candidatura a presidente, e não conseguiu. Terminou no PSB, um partido socialista, o socialismo do PSDB, que tem o apoio do Partido Comunista do Brasil, o PCB, o pecezão que virou o pós-comunismo do PPS de Roberto Freire, que apoiava José Serra para presidente, e este recusou a legenda, que foi oferecida à Marina Silva, que também recusou, preferindo ser comandada por Eduardo Campos.

Disse Marina que a Rede não conseguiu registro por causa do chavismo, do socialismo venezuelano de Hugo Chávez e dos presidentes Nicolás Maduro, Cristina Kircner, Evo Molares e Raimundo Correa. Certamente, que neste time do Mercosul inclui Dilma Rousseff, a guerrilheira esquerdista.

Quando Marina começou na política pelo Partido Revolucionário Comunista (PRC), comandado por José Genoíno.

Casas de tolerância para uma mulher de vida fácil

por Gilmar Crestani

Marina vem aí. Os partidos de aluguel ligaram a luz vermelha e escancararam as portas. Tem dias que a noite é um breu… A nova, quando caiu a máscara, entrou em processo de envelhecimento precoce e em dois dias, a máscara da Natura revelou em velocidade estonteante, a decrepitude dos velhos métodos da República Velha. Por traz de uma marionete sempre há quem manipule: Itaú, Globo e Natura seus financiadores ideológicos. A Natura fornece o creme do rejuvenescimento, a Globo tem o photoshop da embalagem perfeita e  o Itaú é entra com seu compromi$$o com as verdinhas….

A capacidade da gestora Marina Silva foi posta à prova na sua decisão de criar um partido para chamar de seu, a Rede Sustentabilidade. Não conseguiu. A sua coerência, ética ou seja lá o que isso significa, ficou de pé menos de 24 horas. Marina: “Não tenho plano B. Meu partido é a Rede ou a Rede”.  E agora a filiação ao PSB. A tal de fidelidade partidária, identidade ideológica ou coerência de vida depende de quem manipula a fontoche. Quem nasce para marionete só tem futuro de capacho.

Balaio de gatos é o “novo na política”

Os nomes que vão combater o “chavismo” já começaram a aparecer.

Walter Feldmann (ex-PSDB), notório capacho de Serra e FHC, Bornhausen (ex-DEM) que dispensa apresentações, Heráclito Fortes (ex-DEM), o homem de Dantas na política. Aliás, são “Fortes” os argumentos desta união da Marina com Heráclitores no combate ao chavismo:

Telegrama obtido pelo WikiLeaks aponta que o senador Heráclito Fortes sugeriu que o governo norte-americano estimulasse a produção de armas no Brasil para conter supostas ameaças de VenezuelaIrã e Rússia. Em correspondência assinada pelo então embaixador americano Clifford Sobel”.

Assim, Marina Silva e suas ONGs que defendem interesses norte-americanos na Amazônia se soma a outro capacho dos interesses do Tio Sam. Com Marina Silva e Heráclitoris juntos, ficam dispensados os espiões da CIA. Terão tudo em primeira mão e em papel timbrado e assinado, “com subserviência, mister Sam”. Marina se soma ao balaio dos ressentidos movida pelo mesmo ódio das velhas senhoras da Globo.

 

“Podemos fazer alianças pontuais. Não precisamos eliminar sonhos. Mas é preciso que fique claro que somos diferentes“, afirmou Marina sobre a nova sigla REDE. E depois esta outra: “Não tenho plano B. Meu partido é a Rede ou a Rede”. E há quem afirme que Marina é o novo na política…

Marina diz que foi vítima de ‘chavismo’

Em reunião antes de se filiar ao PSB, ex-senadora acusou PT de táticas semelhantes à do líder venezuelano

Chamada de “plano C”, aliança com Campos foi articulada pelo deputado paulista Márcio França (PSB)

por Ranier Bragon, Natuza Nery e Dimi Amora

 

Na longa reunião em que comunicou a seus aliados a disposição de ingressar no PSB, Marina Silva centrou críticas no PT e no governo, dizendo haver risco de instalação no país do estilo político do presidente venezuelano Hugo Chávez, morto em março, acusado por seus críticos de perseguição contra a oposição e a imprensa.

No encontro ocorrido em sua casa, e que só terminou por volta das 5h de ontem, Marina disse que sua Rede Sustentabilidade foi vítima de “chavismo”, pela tentativa de aprovação no Congresso de projeto que sufocava as novas legendas e pelo alto índice de rejeição de assinaturas de apoio ao partido em cartórios como o do ABC Paulista, reduto do PT.

“O aparelhamento do Estado e das instituições pelo PT é insuportável. O caso da Venezuela é um populismo autoritário com inspiração militarista, aqui esse fenômeno é mais sofisticado”, disse o vereador paulistano Ricardo Young (PPS), um dos presentes à reunião.

Questionada em coletiva de imprensa sobre o uso da expressão, Marina afirmou que “houve um esforço para inviabilizar” o seu partido.

“Há, no país, uma tentativa, de forma casuística, de eliminar uma força política que legitimamente tem o direito de se constituir como um partido político. Vejo um risco de aviltamento da nossa democracia”.

No encontro com os aliados, Marina disse ainda que o PT comemorava ter “abatido ainda na pista” o “avião” da Rede. Essa reunião foi realizada logo após o encontro em que ela selou o acordo com o governador Eduardo Campos (PSB-PE).

PLANO C

“Você inventou isso. Agora, venha para cá urgentemente cuidar disso”, avisou, entre tenso e feliz, Campos ao deputado federal Márcio França (PSB-SP) na madrugada da última sexta-feira.

O paulista foi o idealizador da articulação que culminou na filiação de Marina.

França travou as negociações com o deputado Walter Feldman, que deixou o PSDB e ontem também se filiou ao PSB, e que é um dos principais operadores de Marina.

“Acreditávamos que a candidatura do Eduardo só aconteceria mais para frente, e seria necessário sangue frio para esperar. Com a filiação, vai se antecipar muito e ele só ganha com isso”, disse França.

Marina apresentou outra versão para a gênese do acordo, dizendo que ela teve a ideia de procurar Campos na reunião com os aliados logo após a sessão do Tribunal Superior Eleitoral que rejeitou a criação da Rede, na quinta.

Segundo ela, como todos falavam em plano A (a criação da Rede) e em plano B (sair candidata a presidente por outro partido), ela começou a bolar o “plano C” –”plano Eduardo Campos”.

“Ninguém teria coragem de propor a uma candidata com 26% das intenções de voto que ela desistisse de sua candidatura à Presidência para apoiar um outro candidato. Essa é uma iniciativa que só ela teria a capacidade de colocar na mesa”, afirmou o deputado Alfredo Sirkis (RJ), que também ingressou no PSB.

Ex-estrela do DEM, Heráclito Fortes virou PSB

por Josias de Souza

Frequentador da caderneta de políticos que Lula se empenhou para expurgar do Senado na eleição de 2010, o ex-senador Heráclito Fortes abandonou o DEM. Em cerimônia comandada pelo governador Wilson Martins, do Piauí, o arquirrival do PT filiou-se ao PSB. Vai ao palanque presidencial de Eduardo Campos em 2014 como candidato a deputado federal.

Heraclito, o Fortes
Heráclito, o Fortes

Eduardo estimulou o ingresso de Heráclito no partido. É o segundo inimigo figadal do PT que vira socialista em pleno voo. No final de agosto, tornou-se presidente do PSB de Santa Catarina Paulo Bornhausen (ex-DEM e ex-PSD), filho do ex-senador Jorge Bornhausen, outro velho desafeto de Lula e do PT. Num mundo de fronteiras ideológicas flexíveis, o PSB diversifica suas atividades. Além de partido, tornou-se clínica de cirurgias plásticas.

 

http://www.youtube.com/watch?v=xAc2_u-rLLA

Partidos políticos liderados por doidos ou por vigaristas

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por Carlos Chagas

Os políticos  contra-atacam! Já são 32 os partidos,  a maioria deles sem a menor representatividade. Sem programa, também, sem líderes e até sem sede ou logotipo. Anda fascinante a queda de braço entre eles, os políticos, e o governo Dilma, que por enquanto ganha por sete pontos: os ministérios são 39, muitos também inócuos, insossos e inodoros, daqueles que nem se sabe o nome dos ministros.

O direito de livre organização é constitucional, desde que cumpridas as exigências da lei. O problema está na proliferação de partidos,  boa parte deles de aluguel. Comprovação registrou-se ontem no Congresso, com deputados dispondo-se  a entrar no Solidariedade e até no Pros sem jamais indagar sobre suas diretrizes e objetivos. Apenas atrás de legenda para  poder candidatar-se ano que vem, sem o risco da perda de mandato ou da quarentena para quem se dedica ao troca-troca.

Ganha uma passagem de ida para a Síria ou para o Quênia quem conseguir decorar a sigla de todos os partidos nacionais. À exceção de uns poucos, sete ou oito no máximo, os demais são liderados por doidos ou por vigaristas.  Dá no mesmo,  porque todos vendem tempo na televisão e  vagas para candidatos, ao tempo em que desviam para suas contas particulares fatias maiores ou menores do fundo partidário. Ano que vem, com a abertura das campanhas eleitorais, estarão atrás de empresas privadas e públicas para financiá-los.

Discute-se há décadas  a  tal cláusula de barreira, que os mais educados chamam de cláusula de desempenho. Pela proposta, só poderiam funcionar partidos que tivessem recebido um determinado número de votos, distribuídos por um certo numero de estados, nas eleições para a Câmara Federal. Com maior ou menor rigor na fixação dos algarismos, sobrariam quatro ou cinco partidos. Quando essa medida profilática será aprovada? Nem no dia em que o sargento Garcia prender o Zorro.

Também, nos intermináveis debates sobre a  reforma política, já se aventou a hipótese de redução, por lei, do número de ministérios. Seria uma invasão do Legislativo nos negócios do Executivo. Mas que caberia à presidente Dilma reduzir sua equipe, nem se discute. Como no caso dos partidos, há ministérios superpostos, redundantes e desnecessários.

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Rezemos pelos políticos para que nos governem bem

Um bom cristão participa activamente na vida política e reza para que os políticos amem o próprio povo e o sirvam com humildade. Foi a reflexão proposta pelo Papa Francisco nesta manhã de segunda-feira, 16 de Setembro, durante a missa celebrada na capela de Santa Marta.

Comentando o trecho do evangelho de Lucas (7, 1-10) no qual é narrada a cura, por obra de Jesus, do servo do centurião em Cafarnaum, o Pontífice realçou «duas atitudes do governante». Antes de tudo, «deve amar o seu povo. Os anciãos judeus dizem a Jesus: ele merece o que pede porque ama o nosso povo. Um governante que não ama não pode governar. No máximo, pode pôr um pouco de ordem mas não pode governar». E para explicar o significado do amor que o governante deve ao seu povo o Santo Padre recordou o exemplo de David que desobedeceu às regras do recenseamento sancionadas pela lei moisaica para frisar a pertença da vida de todos os homens ao Senhor (cf. Êxodo 30, 11-12). Contudo David, quando compreendeu o seu pecado,  fez de tudo para evitar a punição ao seu povo. E isto porque, embora pecador, amava o seu povo.

Para o Papa Francisco o governante deve ser também humilde como o centurião do Evangelho, que teria podido orgulhar-se do seu poder, se Jesus  lhe  tivesse pedido   para ir ter com ele, mas «era um homem humilde e disse ao Senhor: não te preocupes, não sou digno que entreis    em minha casa. E com humildade: diz uma palavra e o meu servo será curado. Estas são as duas virtudes de um governante, tal como nos faz pensar a palavra de Deus: amor ao povo e humildade».

Portanto, «cada homem e  mulher que assume a responsabilidade de governo deve formular estas duas perguntas: amo o meu povo para o servir melhor? E sou humilde para ouvir as opiniões dos outros a fim de escolher a estrada melhor?». Se eles – realçou o Pontífice – «não  se fizerem  estas perguntas, o seu governo não será bom».

Contudo, também os governados devem fazer a suas escolhas. Portanto o que é preciso fazer? Depois de ter notado que «como povo temos muitos governantes», o Papa recordou uma frase de são Paulo tirada da primeira carta a Timóteo (2, 1-8): «Recomendo-te, pois, antes de tudo, que se façam súplicas, orações, petições e acções de graças por todos os homens: pelos soberanos e por todas as autoridades para que tenhamos vida tranquila e sossegada, com toda a piedade e honestidade».

Isto significa – frisou o Papa Francisco – que «nenhum de nós  pode dizer: mas o que tenho a ver com isso, são eles que governam. Não, eu sou responsável pelo seu governo e devo fazer o meu melhor para que eles governem bem, participando na política como puder. A política, diz a doutrina social da Igreja, é uma das mais elevadas formas da caridade, porque é servir o bem comum. E não posso lavar as mãos: cada um de nós deve fazer algo.  Mas já temos o hábito de pensar que dos governantes  só falarmos mal, deles e do que não está bem».

A propósito o Santo Padre notou que a televisão e os jornais só mostram críticas negativas dos políticos: dificilmente se encontram observações como «este governante deste modo  comporta-se bem; este governante tem esta virtude. Errou nisto, nisto e nisto, mas nisto acertou». Ao contrário, dos políticos fala-se «sempre mal e é-se contra eles. Talvez o governante seja um pecador, como o foi David. Mas devo colaborar, com a minha opinião, com a minha palavra e também com a minha correcção: não concordo com isto. Devemos participar no bem comum. Às vezes ouvimos dizer: um bom católico não se interessa de política. Mas não é verdade: um bom católico participa na política oferecendo o melhor de si para que o governante possa governar».

Então, o que  «podemos oferecer de bom» aos governantes? «É a oração» respondeu o Pontífice, explicando: «Foi o que disse Paulo:  oração  pelos soberanos e por todas as autoridades». Mas, pode-se dizer: «aquele é uma má pessoa, deve ir para o inferno. Não. Reza por ele, reza por ela, para que possa governar bem, para que ame o seu povo, para que seja humilde. Um cristão que não reza pelos governantes não é um bom cristão. É necessário rezar. E isto – frisou   –  não o digo eu, são Paulo que o diz. Os governantes sejam humildes e amem o seu povo. Esta é a condição. Nós, os governados, ofereçamos o melhor. Sobretudo a oração».

«Rezemos pelos governantes – concluiu o Papa Francisco  –  para que nos  governem bem. Para que levem a nossa pátria, a nossa nação para a frente, e também o mundo; e que haja paz e bem comum. Esta palavra de Deus nos ajude a participar melhor na vida comum de um povo: quantos governam, com o serviço da humildade e com o amor; os governados, com a participação, e sobretudo com a oração».

 

Transcrito do L’Osservatore Romano

Quando o Black Bloc vai tirar a máscara?

Transcrevo texto do Anonymous que também usa máscara. Que ataca os políticos, mas nenhuma palavra contra a ditadura de 64. E nada mais corrupto que uma ditadura. Corrupto quer dizer podre. Putrefato.

Defende ora o apartidarismo, ora o antipartidarismo. Quando a campanha presidencial já está nas ruas.

Faz campanha antecipada Marina Silva ao pedir assinatura para a fundação do seu partido. Toda entrevista dos presidenciáveis são eleitoreiras: Dilma, José Serra, Aécio Neves, Eduardo Campos, Joaquim Barbosa & quem mais aparecer para falar da sucessão.

Democracia é voto do povo nas urnas. Democracia é referendo. É plebiscito. Até o anarquismo é uma ideologia política.

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Resposta do Black Bloc à Veja

Quem é Emma?
Quem é Emma?

Na tarde de sábado 17/08, logo após a revista chegar às suas mãos, Emma integrante do black blocs no Rio, acampada no Ocupa Cabral, apoderou-se do celular que fazia transmissão ao vivo pelo TwitCasting e passou mais de uma hora vociferando contra a publicação.

Revoltada, demonstrava discordar da matéria. Ainda na capa, ela aponta um erro que considera primário ao inseri-la como membro de um grupo. “Black Bloc não é grupo e sim uma tática de manifestação. Não tenho como ser integrante de uma coisa que não existe.” A chamada (O bando dos caras tapadas) também desperta ira quanto ao trocadilho que ela diz ser “digno do Zorra Total” e que jornalistas deveriam se envergonhar de trabalhar numa revista como aquela.

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Ao folhear a revista, Emma vai analisando e xingando trechos preconceituosos e moralistas. Sua revolta (e dos que estão ao redor) aumenta diante do relato sobre consumo de drogas e sexo promíscuo. “Entre um baseado e um gole de vodka, (…) vinho barato e cocaína ! Onde isso?”

Abaixo de uma foto em que aparece lendo História da Riqueza do Homem, de Leo Huberman, o texto procura atingi-la de modo a reduzir suas insatisfações a desvarios adolescentes. Emma ridiculariza a tentativa da revista de expor intimidades e frases soltas apenas para diminuí-la.

O mascarado também faz seu desabafo: “Isso foi tudo inventado. A grande mídia faz assim, ela conta a história que ela quer. Essa matéria aqui é completamente mentirosa, não é nem falaciosa, é mentirosa mesmo. A intenção é manipular a opinião pública”, diz ele.

Emma aponta a câmera para as barracas: “Olha lá, todo mundo transando e se drogando.” Ela se enfurece com o golpe baixo ao ser chamada de namoradeira e suspeita que gente infiltrada a delatou na passagem em que “fica” com dois acampados num mesmo dia.

Ainda que através de uma elíptica fenda apenas se revelem os olhos azuis, sobrancelhas finas e um pouco do nariz, todos de traços sugestivamente médio-orientais e de ar misterioso, fica evidente que Emma mexe com a curiosidade. Enquanto conta que o fotógrafo se fez passar por membro de agência internacional, Emma recebe um elogio à sua beleza através do chat interativo. “Obrigada, mas a reportagem não mexeu com meu ego. Não adianta nada a foto estar bonita se o conteúdo é escroto”, disse. “Não vendi foto nenhuma, publicaram isso sem minha autorização”. Uma senhora que estava ao lado pergunta se ela pode processar a revista por uso indevido de imagem. “Sim”, responde Emma. Um outro espectador bem humorado diz ter sentido falta de um poster central na revista. “Poster o caralho, já falei para parar com a idolatria. Não vim aqui para mostrar a bunda, vim mostrar o que tenho no cérebro.”

Emma diz ter sido procurada no acampamento por uma repórter da Veja e também pelo Globo. Dá a entender que recusou ambos os convites por não concordar com a grande mídia. Afirmou ter dito à repórter da Veja que não conversaria com ela pois o editor manipularia tudo conforme seu interesse. Contudo, enquanto lia a reportagem, por diversas vezes declarou: “Eu não disse isso, desse jeito.”

Além dos equívocos denunciados por Emma, a matéria afirma que os blacks blocs são um grupo pequeno e não chegariam a duzentos miilitantes. Apenas na frente da Assembleia Legislativa de São Paulo, na semana passada, havia um grupo de aproximadamente cem indivíduos. Comunidades black blocs no Facebook são encontradas em São Paulo, Caxias do Sul, Minas, Ceará, Niterói, Rio de Janeiro. Só a do Rio possui mais de 23 mil “curtidores”.

Também não é verdade quando a revista afirma que black blocs haviam queimado uma catraca durante uma manifestação (o ato é simbólico e religiosamente proporcionado pelo MPL, não teve nada a ver com black blocs) ou quando alega que nenhum McDonald’s ou Starbucks escapem ilesos de protestos em que haja pelo menos um mascarado (na noite de sexta-feira, novamente na Assembleia, nenhuma guerra de spray ou gás ocorreu mesmo na presença de 60 ou 70 black blocs).

Criticando professores universitários admiradores do movimento, a Veja incita a polícia a enquadrar os “arruaceiros” pelo crime de formação de quadrilha, algo ainda não feito, obviamente, por não ser possível juridicamente. Ao encerrar sua participação no Twitcasting, Emma diz para a Editora Abril: “A população está vendo o que vocês estão fazendo.”

Não é, mas será

por Carlos Chagas

 

Charge Daniel Paz & Rudy
Charge Daniel Paz & Rudy

“Não sou candidato” disse mais uma vez  o ministro Joaquim Barbosa, agora em entrevista a Mirian Leitão, no Globo. Impossível duvidar da sinceridade do presidente do Supremo Tribunal Federal, que entre os motivos para justificar a negativa, elenca o fato de ser negro e de o Brasil não estar preparado para ter um presidente da República negro. Também alega não ser político e não ter laços com qualquer partido político.

Só que tem um problema no tempo do verbo. Não  é, hoje, encerrando a questão no  momento em que fala a uma jornalista. Ninguém garante que amanhã manterá a decisão, correndo por nossa conta e risco a projeção futura: poderá ser. Ou será . Citou as manifestações espontâneas da população, “onde quer que vá”. “Pessoas pedem para que eu me candidate e isso tem  se traduzido em percentual de alguma relevância, nas pesquisas”.

Barbosa deixa em aberto a hipótese pela simples referência a um estado de fato, as manifestações espontâneas e as pesquisas. Em especial quando erra no diagnóstico de o país não estar preparado para um negro no palácio do Planalto. Está sim, até  porque já  o tem na chefia do Poder Judiciário. A cor da pele servirá  mesmo como fator de simpatia eleitoral.

Quanto a não ser político, a correção surge óbvia: é sim, pelo fato de estar onde está. Deixando de filiar-se a um partido, apenas cumpre determinação constitucional, válida para todo juiz, desembargador e ministro. Em certo  momento da trajetória estimulada pela voz das ruas  receberá, como  já tem recebido, montes de convites para filiar-se a uma legenda qualquer, também em cumprimento da lei.  Lei, aliás,  capaz de ser mudada na  reforma política com a  aceitação do princípio das candidaturas avulsas, por ele  defendido.

Em suma, nada haverá que opor à afirmação do presidente do Supremo Tribunal Federal sobre não ser, hoje, candidato. Mas tudo a acrescentar diante da previsão de que, amanhã, poderá ser.

As recentes pesquisas realizadas depois das explosões de junho indicam o descrédito nas candidaturas clássicas já  postas, a começar por Dilma Rousseff. A reeleição deixou de ser uma certeza. Aécio Neves não decola como imaginaram os tucanos. Marina Silva ocupa lugar restrito na disputa, situada à esquerda do PT. Eduardo Campos abriga-se na sombra de um hipotético lançamento do Lula, equação à espera de fatores variados. À exceção da atual presidente, comprometida com a indicação de Michel Temer para seu vice, os demais candidatos gostariam de ter Joaquim Barbosa como companheiro de chapa. Inverta-se a ordem dos fatores  e se terá, ao contrário da aritmética, um produto  capaz de alterar a sucessão.

O restante da entrevista referida mais pareceu uma plataforma de candidato.  Um social-democrata à maneira dos europeus, saber gastar bem porque o Brasil gasta muito mal, racionalizar a máquina publica, falta de  honestidade nas pessoas com responsabilidade, necessidade da exposição da vida privada de pessoas altamente suspeitas da pratica de crimes, insatisfação generalizada no país, relações fraternas com jornalistas, necessidade de os meios de comunicação discutirem questões verdadeiramente nacionais, superação das dificuldades, discriminação racial  evidente – essas e outras questões integram uma entrevista de  candidato. Apesar de hoje não ser…

(Transcrito da Tribuna da Imprensa)
[Acrescentei uma charge da campanha ora realizada, na Argentina, pela eleição dos juízes.
No Brasil, costuma-se dizer que os togados são apolíticos. Ora, ora, nada se faz sem Política.
Joaquim Barbosa candidato, suas ações no TST precisam ser politicamente analisadas. Principalmente porque, indo para um provável segundo turno, dependerá do apoio dos tucanos ou dos  petistas, sem contar outros partidos.
Que desconfio muito de candidato, tipo Fernando Collor, que vai para uma campanha eleitoral e declara que não quer nem precisa de apoio de políticos e partidos]