Tsipras: Frustramos o plano de forças conservadoras cegas

publico. austeridade

O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, disse neste sábado que o acordo de sexta-feira com o Eurogrupo “deixa para trás a austeridade, o memorando, a troika”, mas que há “dificuldades reais” e o país tem pela frente uma “batalha longa e difícil”.

“Ganhámos uma batalha mas não a guerra […] as dificuldades reais estão à nossa frente”, disse, numa declaração televisiva, em Atenas, na sua primeira reacção pública ao entendimento alcançado na véspera com os parceiros da zona euro.

O acordo com o Eurogrupo “cancela os compromissos dos governos anteriores para cortes nos salários e nas pensões, para despedimentos no sector público, para subidas do IVA na alimentação, na saúde”, afirmou Tsipras. Para além disso, “dá tempo ao país”, que passa a ter outro “horizonte” de negociação, embora o caminho seja “longo e difícil”, declarou.

“Mostrámos determinação e flexibilidade e, no final, conseguimos o nosso principal objectivo”, disse o chefe do Governo, que apresentou o entendimento de sexta-feira como um “importante êxito” e “um passo decisivo”.

“Mantivemos a Grécia de pé e digna”, afirmou também, sublinhando que desaparece a exigência de um excedente orçamental primário que considerava irrealista – o Eurogrupo assumiu que o excedente de 3% em 2015 pode vir a não ser cumprido.

O entendimento alcançado foi uma extensão do acordo de financiamento entre a Grécia e os seus parceiros da zona euro por quatro meses, até ao final de Junho. O compromisso está condicionado à aceitação pelos parceiros e credores de uma lista de medidas e reformas estruturais que o Governo de Atenas terá que apresentar já na segunda-feira.

Sem usar a palavras “programa” nem troika – o Governo de Tsipras fez do fim do relacionamento com a missão de funcionários da Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional uma das suas bandeiras – o texto acordado prevê que permaneça em vigor o empréstimo e as condições que lhe estão associadas para além da data em que expirava, o próximo dia 28. Ainda que a Grécia continue sob vigilância dos credores, o diálogo será agora directamente com responsáveis das três instituições e não com funcionários.

“Queriam asfixiar-nos”

Sem os identificar concretamente, o chefe do Governo liderado pelo partido de esquerda Syriza criticou os que disse terem querido “asfixiar” a Grécia. “Herdámos um país à beira do abismo, com os cofres vazios e frustrámos o plano de forças conservadoras cegas, tanto no interior como no exterior do país, que queriam asfixiar-nos.”

“Com o decisivo apoio do povo grego, conservámos a dignidade da Grécia, no dia que foi talvez o mais importante desde que está na União Europeia”, afirmou, noutra passagem da declaração.

BCE e Alemanha declaram guerra à Grécia

Medida aprovada pela instituição dirigida por Mário Draghi significa o começo da asfixia da economia grega e um golpe de Estado financeiro. Documento do governo alemão exige a capitulação de Atenas e a reversão de todas as medidas já tomadas pelo governo Tsipras. Este afirma que “é óbvio que estas sugestões não serão aceites”.

Draghi mostrou as garras do BCE. Foto de European Parliament
Draghi mostrou as garras do BCE. Foto de European Parliament

Num momento em que decorrem as negociações entre o novo governo grego e a União Europeia, o Banco Central Europeu, dirigido pelo italiano Mário Draghi, tomou na noite desta quarta-feira uma decisão que significa um primeiro passo para a asfixia da economia grega.

Sem qualquer aviso, o conselho de governo do BCE decidiu deixar de aceitar como garantia os títulos da dívida grega nas suas operações de liquidez, argumentando que não é possível assumir que o plano de resgate da Grécia vá terminar com êxito. Isso significa que os bancos gregos passam a não poder usar os títulos como garantia nos seus empréstimos do dia-a-dia.

A decisão deixa apenas um fio de ligação entre o sistema financeiro grego e o europeu: o ELA, o sistema de ajuda de emergência do BCE, que é mais oneroso e que tem um prazo para terminar se não houver acordo: 28 de fevereiro.

Golpe de Estado financeiro

A medida significa uma pressão brutal sobre a Grécia justamente no dia em que o ministro das Finanças grego se encontra como o homólogo alemão, e já está a ser considerada como um golpe de Estado financeiro, desferido por uma instituição não-eleita contra um governo acabado de ser eleito pelo seu povo.

O Ministério das Finanças grego recordou, porém, que o sistema bancário grego “está adequadamente capitalizado e protegido através do acesso à Assistência de Emergência de Liquidez” (o ELA) e que “o BCE está a pôr pressão sobre o Eurogrupo para que se realize um acordo rápido entre a Grécia e seus parceiros”, seguindo a linha de declarações otimistas dadas durante o périplo de Yanis Varoufakis por diversos países europeus.

Mas a medida parece ter sido tomada em sincronia com as pressões que a Alemanha quer pôr sobre a Grécia, no dia em que Varoufakis se reúne com Schauble, o ministro das Finanças germânico.

Um documento a que a Reuters teve acesso mostra que as exigências germânicas à Grécia são nada menos que a capitulação do seu novo governo.

Alemanha quer forçar a capitulação de Tsipras

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O documento exige a manutenção da troika no país (Varoufakis anunciou que não negociaria com ela); o cumprimento de todos os pagamentos ao BCE e ao FMI; a manutenção dos superavits primários de 3% do PIB em 2015 e 4,5% em 2016 (Varoufakis tinha proposto 1%); o despedimento de 150 mil funcionários públicos (o novo governo recontratou aqueles postos em mobilidade); a manutenção do salário mínimo (o governo grego aumentou-o); a continuação das privatizações (Atenas suspendeu-as).

Uma fonte oficial grega ouvida pela Reuters disse que “é óbvio que estas sugestões não serão aceitas pelo governo grego. Eles estão a atacar o recente mandato dado pelo povo grego e isto não vai ajudar à perspetiva de crescimento da Europa”. Esquerda Net

Gregos nas ruas contra chantagem do governo alemão

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Convocatória partiu das redes sociais, depois que se souberam as medidas do BCE e as exigências do governo alemão. O seu lema foi: Não à chantagem! Não capitulamos! Não temos medo! Não voltamos atrás! Venceremos!

 

Manifestação foi convocada nas redes sociais
Manifestação foi convocada nas redes sociais
A multidão, desta vez, é em apoio ao novo governo
A multidão, desta vez, é em apoio ao novo governo

Os gregos reagiram com manifestações de rua às pressões do BCE do governo alemão que procuram reverter o rumo antiausteridade imposto pelo novo governo de Atenas.

No próprio dia em que o Banco Central Europeu anunciou restrições ao crédito aos bancos gregos e que o ministro das Finanças alemão exigiu a reversão das novas medidas adotadas pelo primeiro-ministro Alexis Tsipras, uma convocatória nascida nas redes sociais reuniu muitos milhares de pessoas em muitas cidades do país.

O seu lema foi: “Não à chantagem! Não capitulamos! Não temos medo! Não voltamos atrás! Venceremos!

Para além da concentração na praça Syntagma, em Atenas, houve manifestações em Salónica, Patras, Heraklion, Chania, Kastoria e outras cidades.

Manifestação em Iraklio, Creta
Manifestação em Iraklio, Creta

A Grécia derruba a Troika, FMI e Banco Central Europeu

Calorosa recepção de Juncker. O presidente da Comissão Europeia levou o líder grego Tsipras pela mão ao lugar onde realizaram uma reunião. / G. V. WIJNGAERT (AP) / REUTERS LIVE!
Calorosa recepção de Juncker. O presidente da Comissão Europeia levou o líder grego Tsipras pela mão ao lugar onde realizaram uma reunião. / G. V. WIJNGAERT (AP) / REUTERS LIVE!

 

A Grécia promove hoje o que os países das Américas do Sul e Central e México estão impedidos de realizar pela legenda de medo dos marines da imprensa.

O Fora FMI já foi campanha no Brasil, e derrubou João Goulart.

Meio século depois a mesma política imperialista dos Estados Unidos ameaça golpear os governos da Argentina, Venezuela, Equador e Bolívia.

Apesar de Dilma Rousseff nomear um ministro da Economia, que poderia ocupar o mesmo cargo se Marina Silva fosse presidente, ou Aécio Neves. Apesar de um ministério mais direitista do que esquerdista, Dilma continua sendo alvo das ameaças da imprensa vendida, e de velhos golpistas tipo Fernando Henrique que, em 1964, foi recrutado pela CIA, para destruir a Cultura brasileira.

O retorno de uma ditadura, seja civil ou militar, preocupa. Disse Amadou Hampate Ba:

“Como não se preocupar? Qualquer ditadura preocupa, seja na África ou em outro lugar, sobretudo quando constatamos que a maioria dessas ditaduras só parece ter como finalidade satisfazer um punhado de homens, ou uma certa categoria de homens, e nunca o povo em seu conjunto. O povo, aliás, sente-se geralmente estranho ao que acontece na cúpula e às lutas pelo poder. Sejam intelectuais ou militares, para ele são toubabouro, ‘gente dos brancos’, isto é, gente que imita os brancos, pensa e age como os brancos, e não segundo a tradição africana”.

Amadou Hampate Ba era um maliano. Também nas Américas do Sul e Central, os golpistas pensam como ‘gente dos brancos’, dos colonos, dos piratas, e nunca como um índio nos Andes, ou um mestiço nas favelas brasileiras. Os golpistas parecem os capatazes nas empresas multinacionais: são mestiços que possuem a alma branca, zumbis que realizam os serviços sujos da tortura, do assédio moral, do stalking, a exemplo do que acontece na empresa Contax do Itaú de Marina Silva, do Bradesco de Joaquim Levy, do Citibank, das companhias da telefonia privatizada por FHC.

Bastou uma semana de um governo formado pela Coalizão da Esquerda Radical, para amansar a França, a Inglaterra, que todos temem o efeito dominó na Espanha, na Irlanda, em Portugal, nos chamados países periféricos.

O jornal conservador El País informa hoje:

O fim da troika ganha rapidamente novos adeptos nas grandes capitais da Europa. Nenhuma das instituições que formam o trio —Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional— mostraram o mínimo interesse em defender o grupo depois dos planos da Comissão, revelados pelo EL PAÍS na segunda-feira, para dissolvê-lo.

O Governo francês se alinhou na terça-feira ao braço Executivo da União Europeia e afirmou que é possível encontrar “fórmulas diferentes” e alternativas à troika, já que Atenas decidiu não reconhecê-la como interlocutor válido, segundo afirmaram fontes do Ministério de Economia a este jornal. O Executivo italiano considerou dessa forma “uma boa notícia” os planos do presidente da Comissão, Jean-Claude Juncker, de acabar com a troika, segundo afirmou ao jornal La Repubblica Sandro Gozi, secretário de Estado para Assuntos Europeus.

França e Itália se tornam assim dois grandes aliados da Grécia na negociação que começa agora.

Haveria uma remota possibilidade da imprensa brasileira, dos Estados Unidos, do FMI, do Banco Central da Europa, do PSDB, dos togados, dos militares, dos banqueiros, dos latifundiários, dos executivos das multinacionais aceitarem por um dia, apenas um dia, 24 horas, um governo comandado por um Alexis Tsipras no Brasil?

 

 

Tanque alemão. Merkel recusa reunir-se com Tsipras

Antes de Alexis Tsipras sequer conseguir pedir um encontro bilateral, Angela Merkel mandou dizer que não aceita encontrar-se a sós com o novo primeiro-ministro grego. Segundo a Bloomberg, a decisão serve para tentar condicionar os planos helénicos sobre a renegociação da dívida.

Merkel rosto

A chanceler Angela Merkel comunicou esta segunda-feira que não aceita uma reunião bilateral com o seu homologo grego.

Curiosamente, Alexis Tsipras não chegou a solicitar um encontro formal à chefe do executivo conservador germânico.

Segundo a agência de notícias Bloomberg, que cita uma fonte oficial do governo alemão, Merkel pretende deixar claro que não aceitará reunir a sós com o líder do Syriza, quando ambos estiverem no Conselho Europeu da próxima semana.

Em causa estará, segundo a influente empresa de comunicação social financeira, a intenção da chanceler em restringir o espaço de ação do novo executivo helénico e deixar inequívoco que se opõe aos planos traçados por Tsipras e do ministro das finanças Yanis Varoufakis.

A voz máxima de Berlim manifestou-se ainda descrente sobre a possibilidade de o governo grego compensar o aumento dos salários com o combate à fraude fiscal e à corrupção e com o aumento dos impostos sobre os mais ricos.

Em entrevista publicada neste sábado ao Hamburger Abendblatt, Merkel voltou a afirmar que a Alemanha se opõe a qualquer alívio à dívida grega. “Eu não equaciono um novo cancelamento da dívida”. “Já houve um perdão voluntário da dívida por parte dos credores privados, os bancos já cortaram a dívida da Grécia em milhares de milhões”. Esquerda Net

Carta aberta de Alexis Tsipras aos cidadãos alemães

Os governos mais detestados do mundo e o apoio do povo a Tsipras e Varoufakis

Sondagens na Grécia favoráveis ao Governo do Syriza

 

Alexis Tsipras e Yanis Varoufakis estão a visitar várias capitais e a ter encontros com diversos governos, preparando a cimeira europeia prevista para o próximo dia 12 de fevereiro
Alexis Tsipras e Yanis Varoufakis estão a visitar várias capitais e a ter encontros com diversos governos, preparando a cimeira europeia prevista para o próximo dia 12 de fevereiro

Sondagens divulgadas na Grécia apontam que a maioria da população está satisfeita com o governo e apoiam o primeiro-ministro e o ministro das Finanças. O anterior governo de Samaras era o terceiro governo mais detestado do mundo. Tsipras e Varoufakis iniciaram visita a várias capitais europeias.

Foram divulgadas na Grécia duas sondagens sobre o resultado das eleições e o novo governo grego. Numa das sondagens, realizada pelo instituto Metron Analysis para o jornal “Parapolitika”, a maioria das pessoas diz que está satisfeita com os resultados das eleições e com as primeiras decisões políticas.

56% das pessoas inquiridas dizem que estão satisfeitas com os resultados eleitorais, enquanto 18% ficaram descontentes e 19% indiferentes.

Sobre a situação económica do país, 78% pensa que é negativa, enquanto 15% não se pronuncia. À questão de saber se acham que a situação económica vai melhorar, 38% pensa que sim, 32% acha que se vai manter, enquanto que 21% acha que a situação vai piorar.

Sobre o acordo entre o Syriza e os Gregos Independentes, 56% das pessoas inquiridas pensa que foi positivo e 35% negativo.

Em relação à nomeação de Yanis Varoufakis para ministro das Finanças, 60% das pessoas inquiridas acha que se trata de uma boa escolha, enquanto que 11% pensa que é má.

Em relação à nomeação do líder dos Gregos Independentes, Panos Kammenos, para ministro da Defesa, 51% das pessoas interrogadas aprovam-na, enquanto 36% discorda.

 

70% considera que Alexis Tsipras terá êxito como primeiro-ministro

 

Noutra sondagem, do instituto Public Issue para o jornal “Avgi”, 70% dos inquiridos consideram que Alexis Tsipras terá êxito como primeiro-ministro.

Sobre a satisfação com os resultados eleitorais, 60% das pessoas interrogadas manifesta-se satisfeita, 34% insatisfeita e 5% não manifestam opinião.

Sobre a vitória do Syriza, 50% das pessoas inquiridas disseram que estavam aliviadas, 10% contrariadas, 26% indiferentes e 14% sem opinião.

70% das pessoas inquiridas pensam que “Alexis Tsipras vai ter êxito como primeiro-ministro”, 23% que não terá e 7% não tem opinião.

Sobre a coligação Syriza/Gregos Independentes, 52% consideram-na uma coisa boa, 26% má, 15% são neutros, enquanto que 7% não têm opinião ou disseram “isso depende”.

A maioria das pessoas inquiridas considera que Antonis Samaras foi o responsável pela derrota da Nova Democracia. 71% disseram que Samaras tem “uma grande responsabilidade”, enquanto 11% considerou que ele teve “pouca responsabilidade”.

O site okeanews.fr lembra que o governo de Samaras/Venizelos (Nova Democracia/Pasok) era o terceiro mais detestado do mundo. Note-se que o governo português, nesse inquérito estava em 11º lugar e a Espanha em 12º.

 

Os 12 governos mais detestados do mundo - do site Okeanews.fr
Os 12 governos mais detestados do mundo – do site Okeanews.fr

Tsipras e Varoufakis reúnem com ministros de vários governos europeus

Alexis Tsipras e Yanis Varoufakis estão a visitar várias capitais e a ter encontros com diversos governos, preparando a cimeira europeia prevista para o próximo dia 12 de fevereiro.

Varoufakis encontra-se em Paris e reúne neste domingo com o ministro francês das Finanças, Michel Sapin. Nesta segunda-feira, Varoufakis estará em Londres onde se encontrará com o ministro das Finanças do Reino Unido, George Osborne, e na terça-feira estará em Roma, onde reunirá com o ministro das Finanças da Itália, Pier Carlo Padoan.

Alexis Tsipras reunirá nesta segunda-feira, 2 de fevereiro com o presidente do Chipre, Nikos Anastasiades, em Nicósia. Na terça-feira, o primeiro-ministro grego encontrar-se-á em Roma com o primeiro ministro da Itália, Matteo Renzi, na quarta-feira em Bruxelas com o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e na quinta-feira, 5 de fevereiro, em Paris com o presidente francês François Hollande. Esquerda Net

 

El primer acto de Tsipras como primer ministro

El primer acto de Tsipras como primer ministro ha sido visitar el monumento en recuerdo de los 200 comunistas griegos fusilados por los nazis el 1 de mayo de 1944 en Kaisariani.

Tsipras

El líder de Syriza quiere que Alemania pague por los crímenes de guerra nazis

Alexis Tsipras, que ha realizado una simbólica visita al monumento de las víctimas de la matanza de Kaisariani en su primer acto como primer ministro, pide que Alemania pague por los crímenes de guerra nazis.

En su primer acto oficial como primer ministro griego, el líder de Syriza Alexis Tsipras ha visitado el monumento a las víctimas de la matanza de Kaisariani en Atenas, erigido en el lugar donde en 1944 los soldados nazis ejecutaron a 200 activistas políticos helenos en represalia por la muerte de un general alemán en un ataque de la guerrilla.

Durante más de un año, Syriza ha hecho campaña para instar abiertamente a Alemania a que pague por los crímenes nazis cometidos en Grecia durante la Segunda Guerra Mundial. “Vamos a exigir una reducción de la deuda y el dinero que Alemania nos debe de la Segunda Guerra Mundial, incluyendo las reparaciones”, afirmó hace unos meses Tsipras, informa ‘The Washington Post’.

Un estudio de 2013 realizado por el anterior Gobierno griego estima que Alemania debe a Grecia 200.000 millones de dólares por los daños ocasionados durante la ocupación nazi, el coste de la reconstrucción de las infraestructuras así como los préstamos que las autoridades germanas de la época obligaron a pagar a Grecia entre 1942 y 1944. Otro estudio eleva la cifra a los 677.000 millones de dólares.

“Desde un punto de vista moral, Alemania debe pagar estas indemnizaciones y el ‘préstamo de guerra’ que obtuvieron durante su ocupación”, afirma Gabriele Zimmer, eurodiputada alemana del partido Die Linke.

Salário mínimo da Grécia: 751 euros por mês

Alexis Tsipras começa com o pé direito. Vai cumprir as promessas da campanha. Diferente dos políticos da esquerda brasileira
Alexis Tsipras começa com o pé direito. Vai cumprir as promessas da campanha. Diferente dos políticos da esquerda brasileira

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Partido de esquerda faz assim:
Salário mínimo de 2. 300 reais
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Uma das primeiras medidas do novo Governo grego liderado por Alexis Tsipras é a reposição do salário mínimo nacional nos 751 euros por mês, confirmada esta quarta-feira pelo novo ministro do Trabalho. Esse era o valor aplicado antes da chegada da troika à Grécia e que, em 2012, foi cortado (cerca de 23%) para 580 euros (cerca de 2.300 reais) com o objectivo declarado de tornar a economia grega mais competitiva. Serão também recuperados os acordos colectivos de trabalho.

Na Saúde, o novo responsável pela pasta anunciou que serão prestados cuidados a todos os que estiverem desempregados, que não tenham um seguro de saúde e não tenham, por isso, acesso ao sistema, problema que afecta neste momento 800 mil pessoas na Grécia. Esta é uma medida imediata que ocorrerá em simultâneo com a avaliação, junto dos hospitais, das falhas no serviço que é mais urgente corrigir.

Na função pública, de acordo com o vice-ministro para a reforma administrativa, serão devolvidos os postos de trabalho ao funcionários do Estado cujo despedimento recente tinha sido considerado inconstitucional pelos tribunais. Em causa, estão, por exemplo, funcionárias da limpeza no Ministério das Finanças e professores. Também prestes a ser cumprida está a promessa de fornecer electricidade grátis às famílias que estejam abaixo do limiar de pobreza.

 

FMI e países imperialistas temem o efeito dominó da Grécia

Uma Grécia incomoda muita gente, duas Grécias incomodam, incomodam muito mais.

Duas Grécias incomodam muita gente, três Grécias incomodam, incomodam, incomodam muito mais.

Espanha, Portugal e Irlanda são bolas da vez. A direita européia está em polvorosa. Tremem de medo os governos conservadores, monitorizados pelo FMI e vassalos dos Estados Unidos.

A imprensa vendida, elitista, que defende os interesses da pirataria do colonialismo europeu, principalmente na África e América do Sul, faz a orquestração do medo. A propaganda de que Hugo Chávez, Lula da Silva e Alexis Tsipras são terroristas. Antes este tipo de jornalismo marrom satanizava Che Guevara, Fidel Castro e Mandela.

Desde a queda do muro de Berlim, o comunismo não faz medo. Depois da implosão das torres gêmeas, nos Estados Unidos, a palavra-chave é terrorismo. Tanto que, na véspera das eleições na Grécia, a França realizou uma passeata com chefes de governos que condenaram a chacina de jornalistas na redação do jornal satírico Charlie Hebdo. Lideravam a passeata François Hollande e Ângela Merkel, que fizeram campanha contra Alexis Tsipras.

A imprensa hoje cria um novo Frankenstein ou Drácula.

ESPANHA 

larazon. espanha populismo medo

 

PORTUGAL

Portugal
‘FT’ questiona se novo líder grego pode vir a ser um Lula ou um Chávez

 

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O G1 (Globo) faz a verberação da orquestração do medo da Inglaterra, que é o medo da França, que é o medo da Alemanha, que é o medo dos Estados Unidos:

Transcrevo:

Texto foi publicado após vitória do partido contrário a austeridade no país.
Autor faz conjecturas sobre como deverá ser o mandato de Alexis Tsipras.

 

Texto do FT questiona se novo líder grego será como Lula ou Chávez (Foto- Reprodução: FT)
Texto do FT questiona se novo líder grego será como Lula ou Chávez (Foto- Reprodução: FT)

 

Neste final de semana, o partido Syriza venceu as eleições legislativas da Grécia. Entre seus principais pontos, o programa econômico do Syriza compreende o fim das medidas de austeridade e a renegociação da dívida pública do país, que representa 175% do PIB.

Diante desse cenário de desconfiança do mercado, já que o partido do líder do Syriza, Alexis Tsipras, é contra a austeridade, o jornal britânico “Financial Times” publicou um texto em que questiona se a nova liderança poderá vir a ser “um Lula” ou “Chávez”, em referência aos ex-presidentes do Brasil e da Venezuela.

Para Tony Barber, autor do texto, a questão central, “para a qual nenhuma resposta definitiva pode ser dada”, é saber se Tsipras está disposto a fazer acordos com os credores da Grécia. Segundo Barbar, “durante três anos, Tsipras, às vezes, soava como Hugo Chávez , o presidente populista e ‘bicho-papão’ dos EUA, e , por vezes, como Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-presidente brasileiro, que, uma vez no cargo, governou como um reformista, em vez de um esquerdista radical”.

Jovem e carismático

Tsipras, um líder político jovem (tem 40 anos) e carismático, foi fundamental nessa transformação do Syriza.
Conhecido por seus discursos empolgantes e sua aversão a gravatas, ele assumiu a liderança do partido em 2008 e foi eleito para o Parlamento em 2009.

“A crise econômica e o colapso dos partidos tradicionais certamente ajudaram a aumentar a influência do Syriza, mas foi Alexis Tsipras que catapultou o partido”, explica Christoforos Vernardakis, professor de ciência política da Universidade Aristóteles de Salonica e fundador do instituto de pesquisas VPRC.

“Isso aconteceu porque Tsipras é jovem e não parece ter medo. Ele pegou uma esquerda que estava na defensiva e a transformou em uma opção crível para o governo.”

Para seus simpatizantes, Tsipras é um líder nato, que trata com respeito quem está a seu redor. “Ele gosta de processos e decisões coletivas”, diz Samanidis.

Nikos Karanikas, um velho amigo e colega de partido, por exemplo, diz que, apesar da ter se tornado um líder político proeminente, Tsipras ainda vive em um bairro de classe média de Kypseli, em Atenas, e continua a trabalhar como engenheiro civil.

Seus críticos, porém, costumam retratá-lo como um político arrogante, inexperiente e com fome de poder.

Mudança

No que diz respeito a suas propostas políticas, o Syriza não só se opõe ao resgate internacional da Grécia e às medidas de austeridade como quer renegociar parte da dívida grega.

Cartazete de propaganda espanhola
Cartazete de propaganda espanhola

Essas promessas têm gerado nervosismo nos mercados financeiros e já se especula sobre uma possível saída da Grécia da zona do euro.

De acordo com o correspondente da BBC na Grécia, Mark Lowen, muitos no país parecem dispostos a dar uma chance a Tsipras.

Outros, porém, acreditam que uma vitória do Syriza poderia aprofundar a crise no país e levar a um confronto entre a Grécia e a União Europeia.

 

 

Syriza quedó a dos escaños de la mayoría absoluta que le permite gobernar en soledad

Tsipras dijo que su victoria es también la de todos los pueblos de Europa que “luchan contra la austeridad que destroza nuestro futuro común”

ARGENTINA
ARGENTINA

En Grecia se produjo un cambio histórico. La coalición de izquierda Syriza, liderada por Alexis Tsipras, ganó ayer las elecciones generales con el 36,4 por ciento de los votos, cifra que roza la mayoría absoluta (149 bancas), que le permitirá gobernar solo y poner fin al ajuste impulsado por la Unión Europea y el Fondo Monetario Internacional. Con un 96 por ciento de votos escrutados, Nueva Democracia, la fuerza conservadora del primer ministro saliente, Antonis Samaras, quedó segunda, con un apoyo de un 27,8 por ciento (76 asientos), según datos oficiales. En tercer lugar, en tanto, quedaron los neonazis de Amanecer Dorado, con un 6,3 por ciento de los votos (17 bancas), seguido de cerca por los centristas de To Potami (El Río), con un 6,2 por ciento (17 electos). Estos últimos se mostraron dispuestos en la campaña a formar alianza con Syriza. A continuación les siguieron los comunistas del KKE, con un apoyo del 5,4 por ciento (15 escaños), y el hasta ahora aliado del gobierno conservador, el Pasok socialdemócrata del viceprimer ministro Evángelos Venizelos, con un caudal electoral del 4,71 por ciento (13), idéntico porcentaje que el de los Griegos Independientes, referentes de la derecha nacionalista.

Tras demorar su discurso triunfal a la espera de la confirmación definitiva del número de bancas de que dispondría Syriza (149, a sólo dos de la mayoría absoluta), Tsipras habló ante una impaciente multitud de estudiantes y militantes de izquierda que colmaba la plaza de la estación de subte Panepistimio, frente a la Biblioteca Nacional y la Universidad de Atenas. El líder de la formación ganadora dijo ser consciente de que la victoria no le da un cheque en blanco, “sino un mandato para reorganizar el país”, y anunció su intención de negociar con los acreedores. “El nuevo gobierno estará dispuesto a colaborar y a negociar por primera vez con nuestros socios una solución justa, viable, duradera, que beneficie a todos”, declaró Tsipras ante sus seguidores.

“Grecia avanza con optimismo en una Europa que cambia”, agregó el líder de la izquierda griega. Respecto de las cruciales negociaciones con los prestamistas del país, la Unión Europea y el Fondo Monetario Internacional, el jefe de Syriza mostró la disposición del futuro gobierno griego de llevar a cabo un diálogo sincero y abordar un plan nacional y un plan sobre la deuda. Entre sus principales puntos, el programa económico de Syriza comprende el fin de las medidas de ajuste y la renegociación de la abultada deuda pública del país, que se eleva a un 177 por ciento del Producto Interno Bruto.

“No hay ni vencedores ni vencidos. Nuestra prioridad es hacer frente a las heridas de la crisis, hacer justicia, romper con las oligarquías, el ‘establishment’ y la corrupción”, afirmó. Tsipras declaró que Atenas deja la austeridad tras cinco años de humillación porque el pueblo le ha dado un mandato claro de relegar al pasado a la troika. El país heleno espera el desbloqueo del último tramo de los préstamos acordados antes de fines de febrero, a condición de que se respeten los compromisos adquiridos con los acreedores respecto de la aplicación de las reformas. Desde 2010, los acreedores han acordado unos 240.000 millones de euros en préstamos al país.

El presidente del Banco Central alemán (Bundesbank), Jens Weidmann, dijo ayer que la economía griega sigue necesitando apoyo externo y recordó al futuro gobierno de Atenas que ese respaldo sólo tiene cabida si se respetan los acuerdos adoptados. “Está claro que Grecia no puede todavía prescindir del apoyo de un programa de ayuda. Y, naturalmente, un programa de ese tipo sólo puede darse cuando se cumplen los acuerdos”, afirmó Weidmann en una entrevista con la primera cadena de la televisión pública alemana ARD, tras conocerse que los sondeos daban la victoria a Syriza.

El presidente del banco central alemán confió en que el nuevo gobierno griego no haga promesas ilusorias que el país no se puede permitir y que continúe con las reformas estructurales que se necesitan sin poner en cuestión lo conseguido hasta el momento. A su juicio, el objetivo es que las finanzas griegas sean sostenibles a largo plazo y mientras ése no sea el caso, una quita de la deuda sólo dará un breve respiro, estimó. Lograr ese objetivo, recalcó, exige reformas tanto en las finanzas públicas griegas como en la economía del país.

Tsipras pareció responderle al funcionario alemán. “Antes de todo, el pueblo debe recobrar su dignidad, el optimismo, la sonrisa, ése es el mensaje primordial”, señaló. Y reiteró así sus declaraciones al momento de emitir su voto: “Es un día para la vuelta de la esperanza, el fin del miedo, la vuelta de la democracia y la dignidad en nuestro país”. Pese a afirmar que en la elección no hubo vencedores ni vencidos, señaló que la Grecia del trabajo, del conocimiento y de la cultura que lucha y tiene esperanza había superado a la de los oligarcas y de los corruptos.

Y afirmó que su victoria es también la de todos los pueblos de Europa que “luchan contra la austeridad que destroza nuestro futuro común”. El nuevo gobierno, aclaró, desmentirá a todos los que ven destrucción. “No habrá desastre ni sumisión. Nuestro objetivo desde el primer día es restablecernos de las consecuencias de la crisis”, dijo. Para ello, adelantó, se “negociará con nuestros socios europeos” un plan de reformas “sin nuevos déficit pero sin un superávit irrealizable”.

Por su parte, Samaras reconoció su derrota pero destacó que “a pesar de la medidas dolorosas que tuvimos”, su partido sólo perdió dos puntos porcentuales con respecto a la elección general anterior, en 2012. Desde esos comicios, el partido que más perdió apoyo fueron los socialdemócratas del Pasok, la fuerza que gobernó el país ininterrumpidamente desde la posguerra hasta el inicio de la crisis económica hace cinco años y que se alió a los conservadores de Samaras en los últimos años para imponer el ajuste impulsado por la UE y el FMI. Evangelos Venizelos, el líder del Pasok, que quedó sexto en los comicios, felicitó a Tsipras por su victoria, pero le advirtió que la actual situación griega necesita de mayorías más amplias. El líder socialdemócrata responsabilizó al ex primer ministro Yorgos Papandreu por la debacle sufrida por la fuerza. Según dijo, el veterano dirigente provocó una escisión por razones personales, al crear su propio partido a pocas semanas de las elecciones anticipadas de ayer.

En tanto, el líder de la fuerza neonazi Amanecer Dorado, Nikos Mijaloliakos, celebró el tercer lugar desde la cárcel, donde la mayoría de la cúpula se encuentra hace más de un año. Pese a las detenciones y a que casi no hicieron campaña, la fuerza no perdió el apoyo de sus simpatizantes. Pero lejos de allí, en los alrededores de la Universidad de Atenas, los seguidores de Syriza no paraban de vibrar.