PARIS “Os corações e mentes dos brasileiros estão com os feridos e as famílias das vítimas fatais”

A presidente Dilma Rousseff enviou carta a François Hollande, expressando solidariedade ao povo francês e ao governo daquele país em razão dos atentados sofridos na noite de ontem:

“Senhor Presidente,

Recebi com profunda consternação a notícia dos covardes atentados terroristas na noite de sexta-feira em Paris. Neste momento de choque e tristeza, os corações e mentes dos brasileiros estão com os feridos e as famílias das vítimas fatais.

O governo brasileiro expressa sua solidariedade ao povo e ao governo da França e condena esses atentados da forma mais veemente.

Estou certa de que a nação francesa saberá enfrentar com altivez e determinação esse momento difícil, e dele sairá mais forte e coesa.

Hoje, somos todos franceses.

Atenciosamente,

Dilma Rousseff

Presidenta da República Federativa do Brasil”

Momento em que François Hollande recebe a informação dos atentados terroristas (ele assistia o amistoso das seleções de futebol da França versus Alemanha):

hollande 1

hollande 2

hollande 3

hollande 4

FMI e países imperialistas temem o efeito dominó da Grécia

Uma Grécia incomoda muita gente, duas Grécias incomodam, incomodam muito mais.

Duas Grécias incomodam muita gente, três Grécias incomodam, incomodam, incomodam muito mais.

Espanha, Portugal e Irlanda são bolas da vez. A direita européia está em polvorosa. Tremem de medo os governos conservadores, monitorizados pelo FMI e vassalos dos Estados Unidos.

A imprensa vendida, elitista, que defende os interesses da pirataria do colonialismo europeu, principalmente na África e América do Sul, faz a orquestração do medo. A propaganda de que Hugo Chávez, Lula da Silva e Alexis Tsipras são terroristas. Antes este tipo de jornalismo marrom satanizava Che Guevara, Fidel Castro e Mandela.

Desde a queda do muro de Berlim, o comunismo não faz medo. Depois da implosão das torres gêmeas, nos Estados Unidos, a palavra-chave é terrorismo. Tanto que, na véspera das eleições na Grécia, a França realizou uma passeata com chefes de governos que condenaram a chacina de jornalistas na redação do jornal satírico Charlie Hebdo. Lideravam a passeata François Hollande e Ângela Merkel, que fizeram campanha contra Alexis Tsipras.

A imprensa hoje cria um novo Frankenstein ou Drácula.

ESPANHA 

larazon. espanha populismo medo

 

PORTUGAL

Portugal
‘FT’ questiona se novo líder grego pode vir a ser um Lula ou um Chávez

 

.

O G1 (Globo) faz a verberação da orquestração do medo da Inglaterra, que é o medo da França, que é o medo da Alemanha, que é o medo dos Estados Unidos:

Transcrevo:

Texto foi publicado após vitória do partido contrário a austeridade no país.
Autor faz conjecturas sobre como deverá ser o mandato de Alexis Tsipras.

 

Texto do FT questiona se novo líder grego será como Lula ou Chávez (Foto- Reprodução: FT)
Texto do FT questiona se novo líder grego será como Lula ou Chávez (Foto- Reprodução: FT)

 

Neste final de semana, o partido Syriza venceu as eleições legislativas da Grécia. Entre seus principais pontos, o programa econômico do Syriza compreende o fim das medidas de austeridade e a renegociação da dívida pública do país, que representa 175% do PIB.

Diante desse cenário de desconfiança do mercado, já que o partido do líder do Syriza, Alexis Tsipras, é contra a austeridade, o jornal britânico “Financial Times” publicou um texto em que questiona se a nova liderança poderá vir a ser “um Lula” ou “Chávez”, em referência aos ex-presidentes do Brasil e da Venezuela.

Para Tony Barber, autor do texto, a questão central, “para a qual nenhuma resposta definitiva pode ser dada”, é saber se Tsipras está disposto a fazer acordos com os credores da Grécia. Segundo Barbar, “durante três anos, Tsipras, às vezes, soava como Hugo Chávez , o presidente populista e ‘bicho-papão’ dos EUA, e , por vezes, como Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-presidente brasileiro, que, uma vez no cargo, governou como um reformista, em vez de um esquerdista radical”.

Jovem e carismático

Tsipras, um líder político jovem (tem 40 anos) e carismático, foi fundamental nessa transformação do Syriza.
Conhecido por seus discursos empolgantes e sua aversão a gravatas, ele assumiu a liderança do partido em 2008 e foi eleito para o Parlamento em 2009.

“A crise econômica e o colapso dos partidos tradicionais certamente ajudaram a aumentar a influência do Syriza, mas foi Alexis Tsipras que catapultou o partido”, explica Christoforos Vernardakis, professor de ciência política da Universidade Aristóteles de Salonica e fundador do instituto de pesquisas VPRC.

“Isso aconteceu porque Tsipras é jovem e não parece ter medo. Ele pegou uma esquerda que estava na defensiva e a transformou em uma opção crível para o governo.”

Para seus simpatizantes, Tsipras é um líder nato, que trata com respeito quem está a seu redor. “Ele gosta de processos e decisões coletivas”, diz Samanidis.

Nikos Karanikas, um velho amigo e colega de partido, por exemplo, diz que, apesar da ter se tornado um líder político proeminente, Tsipras ainda vive em um bairro de classe média de Kypseli, em Atenas, e continua a trabalhar como engenheiro civil.

Seus críticos, porém, costumam retratá-lo como um político arrogante, inexperiente e com fome de poder.

Mudança

No que diz respeito a suas propostas políticas, o Syriza não só se opõe ao resgate internacional da Grécia e às medidas de austeridade como quer renegociar parte da dívida grega.

Cartazete de propaganda espanhola
Cartazete de propaganda espanhola

Essas promessas têm gerado nervosismo nos mercados financeiros e já se especula sobre uma possível saída da Grécia da zona do euro.

De acordo com o correspondente da BBC na Grécia, Mark Lowen, muitos no país parecem dispostos a dar uma chance a Tsipras.

Outros, porém, acreditam que uma vitória do Syriza poderia aprofundar a crise no país e levar a um confronto entre a Grécia e a União Europeia.

 

 

UJS rechaça comportamento da mídia brasileira no caso Charlie Hebdo

A UJS emitiu uma nota, na tarde desta quinta-feira (8) em solidariedade ao jornal francês Charlie Hebdo e em rechaço à imprensa brasileira que tenta, a todo custo, distorcer o fato e usar uma tragédia em benefícios próprios, ao manipular informações de modo a direcionar a opinião pública contra a democratização dos meios de comunicação no Brasil.

Crítica ao sistema bancário, em  2011, com a mensagem %22A Europa é governada pela banca%22 como título e Hitler a exclamar %22Que idiota, eu devia era trabalhar no BNP%22 (o BNP é um banco francês com sede em Paris, um dos maiores da Europa)
Crítica ao sistema bancário, em 2011, com a mensagem “A Europa é governada pela banca”, como título, e Hitler a exclamar “Que idiota, eu devia era trabalhar no BNP” (o BNP é um banco francês com sede em Paris, um dos maiores da Europa)
Quando se soube do escândalo sexual de François Hollande, que teria uma amante há vários anos, o jornal resolveu mostrar os genitais do líder do país
Quando se soube do escândalo sexual de François Hollande, que teria uma amante há vários anos, o jornal resolveu mostrar os genitais do líder do país

 

Je suis Charlie 

 

A União da Juventude Socialista manifesta publicamente o seu rechaço ao ataque a sede e ao assassinato dos membros do jornal francês Charlie Hebdo. Consideramos este um ataque a pluralidade de opiniões que o periódico representa de maneira altiva desde os anos 70.

Tais ataques servem somente para reforçar os sentimentos de intolerância quanto às diferenças políticas e ideológicas presentes na nossa sociedade em especial a ultra direita francesa e européia.

Ao mesmo tempo condenamos também, a utilização da tragédia por parte dos setores conservadores e de direita para reforçar seu discurso anti-semita, xenófobo e anti-imigrante. É importante frisar que este é um ataque, sobretudo à esquerda francesa e européia que tinha no Charlie Hebdo um instrumento de debate e luta junto à sociedade contrapondo visões conservadoras sempre em defesa da democracia.

Da mesma forma a mídia brasileira responde a esse ato ao seu velho estilo: a manipulação! Aqui os grandes meios de comunicação, controlados por oito famílias, se apresentam como paladinos da liberdade e caracterizam os atos como um ataque a uma etérea e vaga liberdade de imprensa.

Diante disso buscam associar movimentos que lutam, aqui, por uma imprensa livre e democrática, tal qual o Charlie Hebdo na França, a ações extremistas contrárias à liberdade de imprensa. Porém, a fachada democrática construída pelo PIG esconde o medo de movimentos e ações democratizadoras nos meios de comunicação brasileiros.

A União da juventude Socialista defende uma sociedade plenamente democrática, socialmente justa, desenvolvida e soberana. Por isso, defendemos o fim do monopólio midiático e a possibilidade de que as vozes do povo brasileiro manifestem-se em igualdade de condições.

Realizamos o ato na Editora Abril [às vésperas das eleições presidenciais, contra a capa da revista Veja] para revelar o caráter golpista desse e dos grandes veículos de comunicação deste país. Realizamos o ato na Editora Abril para revelar o seu compromisso histórico com os regimes autoritários que impuseram as mais cruéis formas de opressão ao povo brasileiro.

Que o exemplo de luta dos companheiros do Charlie Hebdo inspire a juventude, os movimentos sociais, as forças democráticas, todos os cidadãos honestos do Brasil e do mundo a lutar pela democracia e pela paz.

Por nossos mortos nenhum minuto de silêncio, toda uma vida de combate!

Je Suis Charlie! [Eu sou Charlie, em francês]

 

jornalaismo baroes midia

Leonarda: la presse condamne l’intervention de Hollande

liberation.cigano povo

A velha França racista – antes, durante e depois da ocupação nazista – ficou favorável à expulsão da adolescente Leonarda, de origem cigana.

O que reclama do presidente François Hollande? – A interferência em um caso considerado “individual e isolado”, o que não representa a verdade em um país sempre em conflito com os povos das perdidas e atuais colônias.

Mas nesta França sem luz, anima a manifestação dos adolescentes. A revolta estudantil representa uma esperança de uma França mais humana. Pela Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

L’allocution du Président fait la une aujourd’hui. Les éditorialistes, dans leur ensemble, dénoncent à différents titres cette prise de parole du chef de l’Etat, qui a offert à la collégienne de revenir en France, mais sans sa famille.

Leonarda Dibrani, 15 ans, le 20 octobre. (Photo Armend Nimani. AFP)
Leonarda Dibrani, 15 ans, le 20 octobre. (Photo Armend Nimani. AFP)
La décision de François Hollande d’offrir à Leonarda Dibrani de rentrer en France sans sa famille expulsée au Kosovo, devait éteindre la polémique. Il n’en est rien.

Ce lundi, l’affaire Leonarda est à la une de nombreux titres de la presse française. Et les éditorialistes, dans la presse d’opinion de gauche et de droite, ne se montrent pas tendres avec le chef de l’Etat.

Pour Dominique Quinio, directrice de la rédaction de la Croix«soit l’expulsion de la famille kosovare était sérieusement motivée, et il faut l’assumer (en précisant les conditions dans lesquelles ces procédures doivent être menées par les autorités policières, sans jeter l’opprobre sur elles); soit elle ne l’est pas, et la famille doit pouvoir revenir en France.»

Or, l’enquête administrative a établi que  «le refus d’autorisation de séjour (…) et la décision de mise en oeuvre de l’éloignement de la famille Dibrani étaient conformes à la réglementation en vigueur», selon le rapport d’Inspection générale de l’administration.

A LIRE AUSSI Une arrestation au droit et à l’œil

«La décision présidentielle, mi-chèvre, mi-chou, d’ailleurs rejetée par l’intéressée, frôle l’amateurisme. Et l’on déplorera, aux prochaines élections, le niveau des abstentions ou le succès des formations politiquesextrêmes!» , poursuit l’éditoraliste de la Croix.

Dans l’Humanité, Patrick Apel-Muller estime que «François Hollande voulait piéger l’enfant en lui donnant à choisir entre la France et safamille». Mais cette décision est apparue «comme une violation de la Convention internationale des droits de l’enfant dont la France est signataire et comme une inhumanité supplémentaire».


Et le directeur de la rédaction de l’Humanité de continuer : François Hollande «ne préfère d’ailleurs que les arrestations aient lieu hors du cadre scolaire que pour mieux valider les expulsions d’élèves. Triste aboutissement de la mécanique stupide dans laquelle le pouvoir s’est enfermé en reprenant à son compte les démarches de Nicolas Sarkozy, Brice Hortefeux et Claude Guéant.»

«Dix-huit mois après l’élection de François Hollande, il nous aura donc été donné d’assister à ce naufrage :
– Le président de la République française qui s’abaisse, et abaisse la France avec lui, à consacrer toute affaire cessante une intervention en direct à la télévision à une banale expulsion – parfaitement régulière de surcroît – soudain érigée sous la loupe médiatique en affaire d’Etat.
– Une gamine de 15 ans qui prend à partie le chef de la cinquième puissance économique mondiale et qui lui fait la leçon avec une insolence confondante…»,résume le Figaro.

Le quotidien régional Sud Ouests’interroge quant à lui : «Mais que diable allait-il faire dans cette galère ? Quel besoin d’intervenir, en direct à la télévision, pour régler (du moins essayer) un cas, certes sensible et emblématique, mais néanmoins individuel et isolé ? C’était au ministre de l’Intérieur, à la rigueur au Premier ministre, de se mettre en avant ; certainement pas au président de la République française. De François Hollande on aurait plutôt attendu qu’il siffle la fin de la récréation et remette un peu d’ordre dans sa majorité comme dans son gouvernement, non plus dans l’huis clos du conseil des ministres, mais cette fois à la télévision, devant les Français, comme l’avait fait en son temps François Mitterrand. Ou qu’il donne le cap pour une véritable politique de l’immigration.»

«La gestion pitoyable de cette crise, son dénouement invraisemblable sont un sommet du genre», conclut Nicolas Beytout dans l’Opinion.

A LIRE AUSSI Le billet de Fabrice Rousselot, directeur de la rédaction de Libération : le mauvais choix de Hollande

Família da estudante cigana expulsa da França sofre atentado em Kosovo

ouestfrance.Leonarda

journal_dimanche.leonarda

Leonarda Dibrani recusa-se a regressar a França sem a sua família ARMEND NIMANI/AFP
Leonarda Dibrani recusa-se a regressar a França sem a sua família ARMEND NIMANI/AFP

A família de Leonarda, a estudante cigana de 15 anos que foi expulsa de França na semana passada por estar ilegalmente no país, foi agredida no Kosovo, informa a agência AFP.

Citando fontes da polícia, que falaram sob anonimato, a agência de notícias avança que a família Dibrani foi atacada por um grupo de desconhecidos.

A mãe, Xhemaili, de 41 anos, “foi hospitalizada” e os seus filhos “ficaram traumatizados e foram levados para uma esquadra da polícia” de Mitrovica, cidade onde chegaram depois de terem sido expulsos de França, no dia 9 último.

As fontes ouvidas pela AFP não avançaram pormenores sobre o que aconteceu ao pai de Leonarda, Resat Dibrani, de 47 anos, mas dizem que também foi hospitalizado.

“Isto prova que os Dibrani não estão em segurança aqui”, disse uma das fontes da polícia do Kosovo citadas pela agência francesa.

Leonarda Dibrani foi identificada e levada pela polícia francesa durante uma visita de estudo da escola em que estava inscrita. A sua expulsão – e principalmente a forma como foi feita – tem sido um assunto polémico em França.

Sem nunca pôr em causa a legalidade da acção, o Presidente francês, François Hollande, disse que as forças de segurança podem não ter mostrado “o discernimento necessário” ao interpelarem a jovem durante a excursão.

Hollande anunciou que Leonarda pode regressar a França, sozinha, para concluir os seus estudos, mas a adolescente recusou-se a viajar sem o resto da sua família. “Não vou para França sozinha”, disse Leonarda. “Não vou abandonar a minha família.” [Que oferta cruel: uma jovem de 15 anos longe da família. Que moradia ofereceu o govêrno? Qual o valor do salário educação?]

Parceiro de coligação critica Hollande e ministro do Interior
O parceiro da coligação no Governo liderada pelo Partido Socialista, o Europa Ecologia/Os Verdes, classificou neste domingo a proposta do presidente francês e a reação do ministro do Interior, Manuel Vals, como “desumanas e incompreensíveis”.

Depois de o Presidente ter dito que Leonarda poderia regressar a França se fizesse um pedido formal, o ministro do Interior considerou que François Hollande estava a ser “generoso” e reafirmou que o resto da família Dibrani não poderia regressar.

“A situação desta família deve ser vista no contexto da discriminação inaceitável em relação aos roma [ciganos]”, lê-se no comunicado do Europa Ecologia/Os Verdes. In jornal Público/ Portugal

ESTUDANTES NAS RUAS CONTRA A EXPULSÃO DA COLEGA
foto estud1

lemonde.leonarda

VEJA VÍDEO

Por que Marina é contra o PT?

 

AUTO_vasqs marina

Os Estados Unidos desistiram de investir em políticos desgastados como Serra, Alckmin, Fernando Henrique e Aécio. Preferem a evangélica Marina Silva, que pousa de  Madre Tereza de Calcutá.

Aliada de Eduardo Campos, Marina embarca no socialismo made in François Hollande, presidente da França, que foi candidato no lugar de  Dominique Strauss-Khan, diretor do FMI, que acusado de estuprar uma camareira nos Estados Unidos, e uma jornalista na França, teve que desistir da política.

Pratica Hollande um socialismo sem povo, do estado mínimo, do fim dos direitos conquistados dos trabalhadores. Um socialismo à Fernando Henrique, o nosso Carlos  Menem.

Este socialismo aprovado pelos Estados Unidos, obviamente, não é o socialismo bolivariano de Hugo Cháves.

O PT passou a ser um partido suspeito, não por adotar o chavismo, mas por Hugo Chaves incluir no seu ideário partidário os programas sociais do presidente Lula da Silva.

Foi Chávez que colocou o PT no eixo do mal, o PT que preferiu investir na candidatura de Dilma Rousseff, e renegar Heloísa Helena e Marina Silva, por motivos ainda não bem explicados.

charge-dilma

 

¿BRASIL EN EJE DEL MAL? 

 

por Raúl ZibechiLa Jornada

 

Las grandes crisis, como las marejadas, sacan a la superficie lo que permanecía oculto en los periodos de calma. Ante nuestros ojos está sucediendo algo similar en relación con la política exterior de Estados Unidos con la región sudamericana. Volver sobre el caso de espionaje sufrido por Brasil a manos de la NSA, develado por Edward Snowden, las causas y las reacciones que está provocando en el gobierno de Dilma Rousseff, puede contribuir a aclarar la coyuntura regional que atravesamos.La columna del contrarrevolucionario cubano Carlos Alberto Montaner en el Miami Herald del pasado 25 de septiembre está dedicada a las opiniones de un supuesto ex embajador de Estados Unidos. Más allá de que las citas sean reales o inventadas (siempre es necesario desconfiar de un agente de la CIA acusado de actos de terrorismo contra Cuba), parecen reflejar lo que piensa por lo menos una parte del establishment estadunidense y explica algunas razones por las cuales Brasil fue espiado.

Para Washington, dice Montaner, el gobierno brasileño no es exactamente amable, ya que los amigos de Luiz Inacio Lula da Silva, de Dilma Rousseff y el Partido de los Trabajadores son enemigos de Estados Unidos. Y a continuación cita el apoyo de Brasil a los gobiernos de Venezuela, Bolivia, Cuba, Irán y la Libia de Muammar Kadafi. Dos hechos considera el supuesto diplomático como graves: el alineamiento de Brasil en casi todos los conflictos con China y Rusia, y la inversión de mil millones de dólares en el desarrollo del superpuerto de Mariel.

El puerto de aguas profundas de Mariel, donde pueden operar los grandes barcos que atraviesan el Canal de Panamá, construido por Odebrecht con financiación del BNDES, se convertirá en uno de los principales centros comerciales para Centroamérica y el Caribe, en puerta de entrada de productos brasileños a Estados Unidos y bisagra comercial con Asia. La zona especial de desarrollo Mariel puede volverse un potente polo industrial capaz de atraer empresas brasileñas y ahora también multinacionales chinas automotrices, farmacéuticas, de equipos de climatización y de biotecnología ( Granma, 25 de septiembre de 2013).

La zona especial puede ser la locomotora económica de Cuba y contribuir a desbaratar el embargo contra la isla. Parece evidente que es una jugada estratégica compartida por Cuba, China y Brasil, que molesta profundamente al imperio.

Pero las consecuencias de las revelaciones de Snowden se hacen sentir en por lo menos dos aspectos. El 86 por ciento de los contenidos de Internet que circulan en la región sudamericana están alojados fuera, en particular en Estados Unidos. Cualquier usuario de Gmail, Hotmail y Yahoo, por ejemplo, aunque el emisor y el destinatario vivan en Sudamérica, sus datos pasan antes por los nodos estadunidenses, sobre todo por los instalados en Miami.

Esa realidad va a empezar a cambiar pronto. La iniciativa esta vez partió del Mercosur. El 17 de septiembre se realizó en Caracas la primera reunión de autoridades y expertos en seguridad informática y de las telecomunicaciones del Mercosur, a la que asistieron delegados de Argentina, Bolivia, Brasil, Uruguay y Venezuela. Entre las principales resoluciones aprobadas figura el establecimiento e interconexión, en el corto plazo, de centros de datos para el almacenamiento y la distribución de contenidos entre los países miembros, incluyendo el desarrollo y alojamiento de servicios propios.

El objetivo es hacer más seguras las comunicaciones y reducir la dependencia de la tecnología extranjera, garantizando la soberanía de los pueblos del Mercosur, considerando que actualmente el intercambio del tráfico de Internet entre los países de la región hace tránsito mayoritariamente por Estados Unidos.

Se están articulando varias iniciativas: la interconexión de una infraestructura de red de fibra óptica regional con las nacionales, proceso en marcha desde tiempo atrás (La Jornada, 2 de diciembre de 2011); la creación de nodos regionales y quizá nacionales, centros de datos en cada país, y una legislación que proteja la información. Uno de los cambios más notables será la creación de servicios de videoconferencias, chat ycomputación en la nube, entre otros, de carácter regional, en el que las diversas instituciones nacionales deberán colaborar.

Salvo en Uruguay, no existe en la región ningún sistema de e-mail público y gratuito, aunque Adinet (de la telefónica estatal Antel) no puede competir con las multinacionales ya que no ofrece los servicios más atractivos. El Servicio Federal de Procesamiento de Datos (Serpro) de Brasil desarrolló un correo electrónico para uso del Estado (expressomail) que cuenta con 700 mil usuarios. Ahora las diversas empresas nacionales podrán colaborar en el diseño de un sistema de correos por Internet que no pase por Miami ni por ningún nodo extrarregional para las comunicaciones en la región.

Si la estatal brasileña Correos desarrolla antes de fin de año un e-mail nacional seguro con todas las prestaciones que tienen Gmail y las otras, como decidió el gobierno, podrá compartirlo con los demás países del Mercosur y de la Unasur. En ese sentido, la reunión de Caracas debe considerarse como un punto de inflexión.

La segunda cuestión se relaciona con la compra de 36 cazas de quinta generación por parte del gobierno de Brasil, decisión aplazada desde hace 13 años cuando gobernaba Fernando Henrique Cardoso. En 2009, Lula anunció que se comprarían los Rafale de la francesa Dassault desechando los F-18 de Boeing. Meses atrás era casi segura la decisión de Dilma a favor de Boeing, pero ahora la compra se aplazó hasta 2015, después de las elecciones presidenciales ( Valor, 26 de septiembre de 2013). En dos años la opción puede ser bien distinta.

Las decisiones estratégicas que pueden modificar el tablero geopolítico se suceden con ritmo vertiginoso en la región. Nunca antes el rey estuvo tan desnudo como ahora. Nunca antes fue tan claro que no hay caminos intermedios, como los que pretendió transitar el gobierno brasileño.

 Chávez

¿Qué se está jugando Francia en Mali?

Mali bombas

 

En Lucha

 

 

El presidente de Francia, François Hollande, del Partido Socialista francés, declaró en relación a la intervención militar en Malí que “no estamos defendiendo ningún tipo de interés político o económico en Malí, defendemos simplemente la paz”. Y para dotar de mayor concreción a su cruzada pacifista, Hollande ha asegurado que la operación bélica “durará lo que sea necesario para disipar la amenaza terrorista”. Así, de nuevo, los halcones se hacen pasar por palomas para reavivar la doctrina de la “guerra contra el terror”.

La espectacular toma de rehenes de la planta de gas argelina quizás haya contribuido a reforzar la imagen sesgada del terrorismo en el imaginario colectivo. Sin embargo, también ha señalado una de las claves del conflicto: los recursos naturales del norte de África. Como todas las incursiones occidentales en el continente, detrás de la grandilocuencia de palabras como “civilización”, “progreso” o “paz”, sólo había intereses económicos.

En el caso de Francia, las empresas galas están muy bien posicionadas en sectores importantes de la economía malí. La compañía Orange controla el sector de la telefonía, Dagris cuenta con una posición privilegiada tras la privatización del monopolio estatal Compañía Malí para el Desarrollo del Textil (aportaba el 15% del PIB) y Bouygues domina el sector eléctrico y una parte importante de la minería del oro –Malí es el tercer productor de oro de África–. Por cierto, la ONG Human Rights Watch denuncia que en la minería malí se trabaja con mano de obra infantil –hasta 40.000 menores de edad– y en condiciones de extrema precariedad, sin que Francia haya movido un dedo para remediarlo.

Tratamiento aparte merece el caso de Areva, gigante estatal de la producción de uranio. La compañía francesa explota dos grandes yacimientos en el norte de Níger –vecino de Malí–, de donde extrae el 30% del uranio que consume Francia. El país galo, además, es el país que más depende de la energía nuclear –el 70% de la electricidad proviene de esta fuente. Las prospecciones indican que en el norte de Malí, cerca de la frontera con el Níger hay cuantiosos yacimientos de uranio.

En 2007 un levantamiento tuareg fue aprovechado por el gobierno de Níger para acabar con el monopolio francés del uranio –acusaron a Areva de estar detrás de la insurrección. No es de extrañar que la rebelión tuareg de enero de 2012, en la que tomaron el norte de Mali y que ha desencadenado los hechos posteriores, haya propiciado la oportunidad de remendar el error que cometieron entonces. Ahora Francia interviene directamente porque quiere asegurarse su influencia tras el conflicto.

A Hollande le interesa hablar de un concepto monolítico de “terroristas” cuando se refiere a las diferentes milicias que batallan por el norte de Mali, pero lo cierto es que la composición étnica es muy compleja –a causa de las fronteras artificiales del colonialismo–, aunque la mayoría son musulmanes con diferentes interpretaciones del islam. Aquí, la “guerra contra el terror” es el hijo natural que la historia del colonialismo y el imperialismo ha engendrado, aspecto que trataremos en el siguiente número del periódico En lucha.

La guerra en Mali será larga –ahora con Francia y, luego, ésta junto con algunos países africanos–, pero no podrá acabar bien. Primero, devastará un país ya de por sí depauperado, especialmente tras la crisis de la deuda de los 80 y los planes de austeridad neoliberales del FMI y el Banco Mundial, que multiplicaron por 30 la deuda del país. Segundo, va a alimentar todavía más el odio hacia los países occidentales, lo cual puede propiciar nuevos ataques armados contra la población civil. Y tercero, si Hollande consigue sus objetivos, en nada va a beneficiar a la mayoría de la población europea, africana y mundial; solo a una minoría que va a poder hacer más negocio sobre la tierra quemada que habrá dejado la guerra.

Porque en el fondo, ésta es una guerra imperialista más. Es decir, en un contexto de creciente competencia económica en el continente africano –recordemos que China se está posicionando rápidamente en el este y el centro de África– las antiguas potencias coloniales, cuando no tienen con quien negociar, no dudarán en utilizar sus armas para defender su expolio de los recursos naturales y su acceso a los mercados africanos. Es decir, la guerra como continuación de la política capitalista.

Malí, las consecuencias de un conflicto

lacroix.

Olga Rodríguez
Eldiario.es

“De la difícil situación de Malí emerge una terrible realidad que se repite en otros países en conflicto: la instrumentalización de la violencia contra las mujeres para justificar la injerencia y las guerras de codicia por las riquezas de sus países”. Con estas palabras comienza un manifiesto firmado el pasado mes de noviembre por numerosas personalidades malienses y feministas como Aminata Traoré.

“Nosotras, mujeres de Malí, tenemos un papel histórico que jugar aquí y ahora en la defensa de nuestros derechos humanos contra tres formas de fundamentalismo: el religioso, a través del islam radical, el económico, a través del omnipotente mercado y la democracia formal, corrupta y corruptora”, prosigue el texto, en el que se pide la defensa del “no a la guerra por poderes”, “para que el Consejo de Seguridad no apruebe una resolución que autorice el despliegue de miles de soldados en Malí”.

Finalmente, Francia ha terminado impulsando una intervención armada con el envío de tropas galas al país africano. Y la ONU ha dado el visto bueno al despliegue.

Los grupos islamistas 

La amenaza yihadista en Malí es un hecho. Testigos ya desplazados y refugiados en países vecinos han presenciado ejecuciones y amputaciones de manos por parte de los grupos armados islamistas, que están imponiendo en las áreas conquistadas normas estrictas de vestimenta y comportamiento a las mujeres, así como la prohibición de la música y la danza, profundamente arraigadas en la cultura maliense. Se habla también del uso de niños soldado en las filas de las milicias.

Tras la entrada de Francia en el conflicto, uno de los grupos que operan en Malí, Al Qaeda en el Magreb Islámico, ha protagonizado el secuestro de 685 argelinos y 107 extranjeros, occidentales la mayoría, en una planta de gas en Argelia de la compañía British Petroleum. En la operación de rescate han muerto 23 rehenes y 32 secuestradores.

Detrás de los fanatismos se esconden la pobreza, la discriminación, la opresión, la desigualdad, la miseria. Las intervenciones armadas extranjeras en busca de intereses ajenos a las poblaciones locales, el colonialismo, inventor de fronteras trazadas arbitrariamente con escuadra y cartabón, y el neocolonialismo también han contribuido a dar fuelle a los fundamentalismos.

Como decía esta semana el diario británico The Guardian en un editorial, Occidente ha jugado un importante papel en el fomento de “la brutalidad y las ideologías venenosas en el desierto”.

“Los fondos suministrados por Arabia Saudí – país respaldado por Occidente – han ayudado a extender el fundamentalismo violento (…). Y mientras que las intervenciones occidentales en la región han surgido por diversos motivos y han tenido efectos mixtos, una consecuencia no planeada de las mismas ha sido el redoble del riesgo yihadista”, indicaba The Guardian.

El líder de Al Qaeda en el Magreb Islámico, Mokhtar Belmokhtar, estuvo en Afganistán cuando Estados Unidos apoyaba a los muyahidines antisoviéticos, lo que contribuyó al surgimiento de los talibanes. Cuando Belmokhtar regresó a Argelia, luchó en la guerra civil desatada tras la suspensión de las elecciones que iban a dar la victoria a los islamistas, una anulación respaldada por potencias occidentales.

La intervención extranjera en 2011 en Libia creó un polvorín difícil de controlar en la región. El armamento que países como Qatar – o la propia Francia – entregaron a los rebeldes libios no se desintegró como por arte de magia. Se sabe cómo empieza una guerra, pero nunca cómo termina ni hacía qué territorios puede derivar.

Al reguero de armas introducidas en Libia se sumaron los arsenales del Ejército de Gadafi, que pasaron a nuevas manos. Las redes de contrabando y los propios combatientes trasladaron armas al Sahel, un enclave donde desde hacía años operaban diversos grupos contrarios a los gobiernos de países como Malí.

Con los nuevos arsenales de armas y frente a un Ejército maliense débil y desorganizado, varios grupos armados contrarios al gobierno central, tanto islamistas como laicos, ganaron posiciones en Malí.

En marzo de 2012 un capitán del Ejército, entrenado por Estados Unidos, dio un golpe de Estado que justificó apelando a la necesidad de combatir a las milicias armadas y de crear un Ejército fuerte y capaz. El caos político tras el golpe de Estado sirvió para que los combatientes -y en especial el salafista Ansar al-Din– avanzaran hacia el sur.

El Movimiento para la Liberación de Azawad, milicia armada integrada por tuaregs separatistas, proclamó la independencia del norte de Malí, la zona más abandonada por el Estado central. Posteriormente, los islamistas se enfrentaron a este grupo laico y se impusieron en el bando rebelde.

Suelo rico, población pobre 

Malí es el tercer productor de oro del mundo. Además de otros minerales, tiene depósitos de uranio en el área de Falea, situada en el suroeste del país, donde realiza exploraciones la compañía canadiense Rockgate. La población local lleva tiempo expresando su oposición a la explotación del uranio y su temor a las repercusiones que esta tendría en el medio ambiente. Recientemente se han descubierto además importantes reservas de petróleo, en la cuenca sedimentaria más grande del África Occidental.

El país africano comparte frontera con otra ex colonia francesa, Níger, uno de los mayores productores y exportadores de uranio. Allí tienen negocios la multinacional pública francesa Areva, que lleva cuarenta años operando en el país.

A través de dos grandes empresas participadas por el propio país africano, por Francia y también por Japón y España -esta última a través de la empresa Enusa, con el 10%-, Areva explota dos minas de uranio en el desierto de Níger. Además, está previsto que en breve inicie la explotación de las minas de Imouraren, lo que convertirá a Níger en el segundo productor de uranio del planeta.

En Níger se han registrado varios secuestros de ciudadanos occidentales. En 2010, Al Qaeda en el Magreb Islámico secuestró en el pueblo minero de Arlit a siete trabajadores de la compañía francesa Areva y los trasladó a Malí, donde cuatro permanecen aún secuestrados.

Tanto Níger como Malí se encuentran en la lista de los países más pobres del mundo. En 2012 el gobierno de Níger criticó a Areva por su “desequilibrada” relación y llegó a cuestionar los acuerdos de explotación de uranio, “de cuyos beneficios Níger solo recibe el 5% del presupuesto nacional”.

El uranio de Níger representa entre el 30 y el 40% de las importaciones de Francia, que posee 58 generadores nucleares. Dos tercios de la energía francesa es nuclear.

El conflicto abierto en el norte de Malí, con el avance de diversos grupos hacia la capital y la intervención militar extranjera genera sin duda inestabilidad en el vecino Níger, que ya ha acogido a decenas de miles de refugiados malienses.

Solo en 2012 unas 200.000 personas se vieron obligadas a abandonar sus casas y a desplazarse dentro de Malí. Otros 144.500 malienses huyeron a países vecinos a causa de la inestabilidad.

“Francia no tiene ningún interés económico o político en Mali, defendemos la paz”, ha afirmado el presidente de Francia, Francois Hollande.

París ha explicado que su presencia en Malí tiene como objetivo “luchar contra la amenaza terrorista”, proteger la capital, a los ciudadanos franceses que en ella viven, y recuperar la integridad territorial del país.

“Si no hubiéramos cumplido con nuestra responsabilidad, ¿dónde estaría Malí hoy?”, ha dicho Hollande.

Teniendo en cuenta estas últimas palabras de preocupación por la situación del país africano, cabe preguntarse si el gobierno galo se hará cargo de los refugiados y los desplazados y si suspenderá las persecuciones y expulsiones de inmigrantes malienses sin papeles en suelo francés.

Hay otras preguntas: ¿Ha calculado el gobierno de París cuántos civiles morirán por fuego francés en Malí? ¿Se irá el Ejército galo en cuanto logre frenar a las milicias islamistas?

¿U optará por un modelo de intervención similar al de Libia, donde los Ejércitos occidentales acudieron, según la resolución de Naciones Unidas, para poner fin al asedio de la ciudad de Benghazi y sin embargo finalmente se quedaron meses más, hasta el asesinato de Gadafi?

¿Tratará Francia de verse ‘recompensada’ por Malí?

Se puede intentar resolver problemas a golpe de disparos o, por el contrario, analizar el origen de los mismos y actuar en consecuencia. Para ello es preciso tener en cuenta que, por encima de todo, deben primar los intereses de la población local. Pero en África, mina del primer mundo, nada suele ser como debería.

Mali retomado pelo colonialismo francês

Com a popularidade em queda, François Hollande hoje tem a unanimidade da França.  Um apoio que vai depender da rapidez da vitória de uma nação rica, e com armas de destruição em massa, contra um dos mais pobres países do planeta, antiga colônia com imensas riquezas naturais.

A França entrou na guerra protegida pela ONU e com o apoio logístico da Inglaterra e da Alemanha.

liberation.

Apesar do intenso bombardeamento aéreo levado a cabo pelos caças franceses, a guerrilha islamita progrediu e ocupou mais território no Mali, aproximando-se da capital.

A informação foi avançada pelas autoridades francesas e do Mali. Segundo o ministro francês da Defesa, Jean-Yves LeDrian, os extremistas da Al-Qaeda tomaram a localidade de Diabaly, na zona central do país, “após uma resistência feroz do exército maliano, que não conseguiu aguentar o ataque”.

Mas a verdade é que o exército do Mali está desorganizado – fruto de dissidências para os rebeldes, nomeadamente de militares treinados pelos norte-americanos – e, desde que a insurreição começou, há perto de um ano, deixou muitas cidades serem tomadas quase sem ser disparado um tiro.

Entretanto, as forças militares francesas, que iniciaram os combates na sexta-feira, alargaram para a zona central do país os bombardeamentos aéreos contra os extremistas islâmicos que ocupam o norte do Mali. Os rebeldes, uma força composta por elementos de várias origens, vêm atacando desde o oeste e já estão a apenas 400 quilómetros da capital, Bamako.

Antes da intervenção francesa, os islamitas estavam a 680 quilómetros da capital, apesar de se pensar que estariam infiltrados em localidades mais próximas.

A França está a apelar à ‘africanização’ do conflito, encorajando as nações africanas a enviar tropas para combater os extremistas. AP/ SOL

Los yihadistas de Mali, cuyas posiciones están siendo bombardeadas por las fuerzas francesas, han anunciado que “golpearán el corazón de Francia”, según un funcionario del Movimiento por la singularidad y la yihad en África Occidental (Mujao). “Francia ha atacado el Islam. Nosotros golpearemos el corazón de Francia”, dijo Abu Dardar, uno de los líderes de Mujao en el norte de Mali, informa AFP.

A guerra da França pelo ouro e o urânio do Mali

Bamako, a capital
Bamako, a capital
Antiga cidade de Djenné, declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco
Antiga cidade de Djenné, declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco
O esporte preferido é o futebol, que as crianças jogam com bola de pano
O esporte preferido é o futebol, que as crianças jogam com bola de pano

O Mali é um dos países mais pobres do planeta, apesar de ser o terceiro maior produtor de ouro na África (depois da África do Sul e de Gana, outro país atolado na miséria. O salário médio anual é de 1.500 dólares. Quase metade de sua população vive abaixo da linha de pobreza, com menos de um dólar por dia.

Aproximadamente 90% dos malianos são muçulmanos, e a maioria sunitas. Os cristãos representam 5% da população de cerca de 13 milhões.

Outras fontes de riqueza naturais: o urânio, o fosfato, o caulim, o sal, o calcário.

A independência da Federação do Mali da França foi conquistada em 1960, mas a região sempre viveu em estado de guerra civil, sendo divida em dois países, Mali e Senegal; de golpes militares e conflitos tribais.

Monumento comemorativo da Independência que nunca existiu, em Damako
Monumento comemorativo da Independência que nunca existiu, em Bamako

O presidente francês, François Hollande, confirmou nesta sexta-feira o envio de militares franceses ao Mali, para combater grupos armados islâmicos e apoiar as tropas locais. Hollande explicou que a decisão de intervenção, “respeitando a legitimidade internacional”, foi tomada com o acordo do presidente do Mali, Dioncounda Traoré.

Os malianos que combatem o atual governo neoliberal, privatista e monitorado pelo FMI, são classificados como terroristas.

lemonde.mali1dauphine.mali 2ouestfrance.mali 3