FMI e países imperialistas temem o efeito dominó da Grécia

Uma Grécia incomoda muita gente, duas Grécias incomodam, incomodam muito mais.

Duas Grécias incomodam muita gente, três Grécias incomodam, incomodam, incomodam muito mais.

Espanha, Portugal e Irlanda são bolas da vez. A direita européia está em polvorosa. Tremem de medo os governos conservadores, monitorizados pelo FMI e vassalos dos Estados Unidos.

A imprensa vendida, elitista, que defende os interesses da pirataria do colonialismo europeu, principalmente na África e América do Sul, faz a orquestração do medo. A propaganda de que Hugo Chávez, Lula da Silva e Alexis Tsipras são terroristas. Antes este tipo de jornalismo marrom satanizava Che Guevara, Fidel Castro e Mandela.

Desde a queda do muro de Berlim, o comunismo não faz medo. Depois da implosão das torres gêmeas, nos Estados Unidos, a palavra-chave é terrorismo. Tanto que, na véspera das eleições na Grécia, a França realizou uma passeata com chefes de governos que condenaram a chacina de jornalistas na redação do jornal satírico Charlie Hebdo. Lideravam a passeata François Hollande e Ângela Merkel, que fizeram campanha contra Alexis Tsipras.

A imprensa hoje cria um novo Frankenstein ou Drácula.

ESPANHA 

larazon. espanha populismo medo

 

PORTUGAL

Portugal
‘FT’ questiona se novo líder grego pode vir a ser um Lula ou um Chávez

 

.

O G1 (Globo) faz a verberação da orquestração do medo da Inglaterra, que é o medo da França, que é o medo da Alemanha, que é o medo dos Estados Unidos:

Transcrevo:

Texto foi publicado após vitória do partido contrário a austeridade no país.
Autor faz conjecturas sobre como deverá ser o mandato de Alexis Tsipras.

 

Texto do FT questiona se novo líder grego será como Lula ou Chávez (Foto- Reprodução: FT)
Texto do FT questiona se novo líder grego será como Lula ou Chávez (Foto- Reprodução: FT)

 

Neste final de semana, o partido Syriza venceu as eleições legislativas da Grécia. Entre seus principais pontos, o programa econômico do Syriza compreende o fim das medidas de austeridade e a renegociação da dívida pública do país, que representa 175% do PIB.

Diante desse cenário de desconfiança do mercado, já que o partido do líder do Syriza, Alexis Tsipras, é contra a austeridade, o jornal britânico “Financial Times” publicou um texto em que questiona se a nova liderança poderá vir a ser “um Lula” ou “Chávez”, em referência aos ex-presidentes do Brasil e da Venezuela.

Para Tony Barber, autor do texto, a questão central, “para a qual nenhuma resposta definitiva pode ser dada”, é saber se Tsipras está disposto a fazer acordos com os credores da Grécia. Segundo Barbar, “durante três anos, Tsipras, às vezes, soava como Hugo Chávez , o presidente populista e ‘bicho-papão’ dos EUA, e , por vezes, como Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-presidente brasileiro, que, uma vez no cargo, governou como um reformista, em vez de um esquerdista radical”.

Jovem e carismático

Tsipras, um líder político jovem (tem 40 anos) e carismático, foi fundamental nessa transformação do Syriza.
Conhecido por seus discursos empolgantes e sua aversão a gravatas, ele assumiu a liderança do partido em 2008 e foi eleito para o Parlamento em 2009.

“A crise econômica e o colapso dos partidos tradicionais certamente ajudaram a aumentar a influência do Syriza, mas foi Alexis Tsipras que catapultou o partido”, explica Christoforos Vernardakis, professor de ciência política da Universidade Aristóteles de Salonica e fundador do instituto de pesquisas VPRC.

“Isso aconteceu porque Tsipras é jovem e não parece ter medo. Ele pegou uma esquerda que estava na defensiva e a transformou em uma opção crível para o governo.”

Para seus simpatizantes, Tsipras é um líder nato, que trata com respeito quem está a seu redor. “Ele gosta de processos e decisões coletivas”, diz Samanidis.

Nikos Karanikas, um velho amigo e colega de partido, por exemplo, diz que, apesar da ter se tornado um líder político proeminente, Tsipras ainda vive em um bairro de classe média de Kypseli, em Atenas, e continua a trabalhar como engenheiro civil.

Seus críticos, porém, costumam retratá-lo como um político arrogante, inexperiente e com fome de poder.

Mudança

No que diz respeito a suas propostas políticas, o Syriza não só se opõe ao resgate internacional da Grécia e às medidas de austeridade como quer renegociar parte da dívida grega.

Cartazete de propaganda espanhola
Cartazete de propaganda espanhola

Essas promessas têm gerado nervosismo nos mercados financeiros e já se especula sobre uma possível saída da Grécia da zona do euro.

De acordo com o correspondente da BBC na Grécia, Mark Lowen, muitos no país parecem dispostos a dar uma chance a Tsipras.

Outros, porém, acreditam que uma vitória do Syriza poderia aprofundar a crise no país e levar a um confronto entre a Grécia e a União Europeia.

 

 

A legenda do medo do terrorismo

Para o Ministério das Relações Exteriores, existem cerca de 1,3 milhões de brasileiros exilados nos Estados Unidos. Isso em 2009. Como o êxodo não pára, e as estatísticas oficiais sempre registram menos, temos que considerar os emigrantes ilegais…

… eis que os irmãos Marinho encontraram um retirante brasileiro trabalhando no pesado. O engenheiro brasileiro Wilson Souza. Ele comanda as equipes de uma das empresas que produzem o concreto especial usado nos novos arranha-céus do World Trade Center , em Nova Iorque. O produto é um pouco mais escuro do que o usado nas construções normais. A fórmula é secreta. “Não é um concreto comum. É muito mais forte. Esse é três vezes mais forte que os outros”, afirma.

É uma reportagem típica da propaganda que cria uma legenda de medo. Para combater o terrorismo mundial tudo se justifica.

Terrorismo no Brasil tem outra cara

A cara da fome. Da peste. Da morte. Morte por bala perdida. Morte por causa desconhecida.
Todo final de semana temos chacinas. Que não são investigadas.

Não podia ser diferente. Os brasileiros sonham com a paz. A paz no campo. E o fim da violência urbana.

Que a paz reine no Brasil e no mundo.

Que o Brasil continue com a sua política em defesa da
autodeterminação dos povos.

O princípio que garante a todo povo de um país o direito de se autogovernar, tomar suas escolhas sem intervenção externa. O direito à Soberania, ou seja, de um determinado povo de determinar seu próprio status político. Em outras palavras, seria o direito que o povo de determinado país tem de escolher como será legitimado o direito interno sem influência de qualquer outro país.

Carta da ONU

Em 1941, os Aliados da Segunda Guerra Mundial assinaram a Carta do Sul da Atlântico e aceitaram o Princípio da Autodeterminação. Em janeiro de 1942, 26 países assinaram a Declaração das Nações Unidas, que ratificou esses princípios. A ratificação da Carta das Nações Unidas em 1945, depois do fim da Segunda Guerra Mundial, inseriu o direito de autodeterminação no âmbito do direito internacional e diplomático.

Escreve Noam Chomsky, remorando o 11-S uma década depois:
¿Había otra alternativa?

Nos estamos aproximando al décimo aniversario de las horrendas atrocidades acaecidas el 11 de septiembre de 2001, unos hechos que, según se considera a amplios niveles, cambiaron el mundo. El pasado 1 de mayo un equipo de los comandos de elite estadounidenses, los SEAL de la Marina, asesinaron al presunto cerebro del crimen, Osama bin Laden, después de capturarle, desarmado e indefenso, a través de la Operación Jerónimo.

Un grupo de analistas ha observado que aunque finalmente se haya acabado con Bin Laden, éste consiguió, no obstante, algunos éxitos importantes en su guerra contra EEUU. “Afirmó repetidamente que el único camino para sacar a EEUU del mundo musulmán y derrotar a sus sátrapas era involucrar a los estadounidenses en una serie de pequeñas pero onerosas guerras que les llevaran finalmente a la bancarrota”, escribe Eric Margolis. “‘Sangrar a Estados Unidos’, en sus propias palabras”. A EEUU, primero bajo George W. Bush y después con Barack Obama, le faltó tiempo para precipitarse en la trampa… Resulta grotesco que los inflados desembolsos militares y la dependencia de la deuda… puedan ser el legado más pernicioso del hombre que pensaba que podía derrotar a EEUU”, especialmente en unos momentos en que la extrema derecha está cínicamente explotando el tema de la deuda, con la connivencia del establishment demócrata, para socavar lo que queda de programas sociales, educación pública, sindicatos y, en general, las barreras que aún resisten ante la tiranía de las corporaciones.

Que Washington se inclinó por cumplir los más fervientes deseos de bin Laden fue algo que se puso en evidencia de inmediato. Como expuse en mi libro “9-11”, escrito poco después de que ocurrieran los ataques, nadie con conocimiento sobre la región fue capaz de reconocer “que un ataque masivo contra una población musulmana era la respuesta a las plegarias de bin Laden y sus socios, y que conduciría a EEUU y a sus aliados hacia una ‘trampa diabólica’, como señaló el ministro francés de Asuntos Exteriores”.

El importante analista de la CIA responsable desde 1996 de seguirle el rastro a Osama bin Laden, Michael Scheuer, escribió poco después que “bin Laden le ha precisado muy bien a EEUU las razones por las que está emprendiendo la guerra contra nosotros. [Él] está decidido a cambiar drásticamente las políticas estadounidenses y occidentales hacia el mundo islámico”, y en gran medida lo ha conseguido: “Las fuerzas y políticas de EEUU están completando la radicalización del mundo islámico, algo que Osama bin Laden trató de conseguir con un éxito sustancial aunque incompleto desde los primeros años de la década de 1990. Como consecuencia, pienso que es justo concluir que los EEUU de América siguen siendo el único aliado indispensable de bin Laden”. Y bien podría decirse que así sigue siendo incluso después de su muerte.

El primer 11-S

¿Había alternativa? Hay muchas posibilidades de que el movimiento yihadista, gran parte de él muy crítico hacia bin Laden, se hubiera dividido y debilitado tras el 11-S. “El crimen contra la humanidad”, como fue justamente denominado, podría haberse considerado como tal crimen y haber llevado a cabo una operación internacional para apresar a los posibles sospechosos. Pero aunque en aquel momento se reconoció tal posibilidad, ni siquiera se pasó a considerar la idea de hacerlo así.

En “11-9”, citaba la conclusión de Robert Fisk de que el “horrendo crimen” del 11-S se cometió de forma “perversa y con una crueldad impresionante”, una valoración certera. Es útil tener en mente que los crímenes podrían haber sido incluso peores. Supongamos, por ejemplo, que el ataque hubiera llegado hasta a bombardear la Casa Blanca, matar al presidente, imponer una dictadura militar brutal que asesinara a miles y torturara a decenas de miles mientras establecía un centro internacional de terror para ayudar a imponer estados similares de tortura y terror por todas partes y desarrollar una campaña internacional de asesinatos; y como estímulo adicional, hubieran traído un equipo de economistas –llamémoslos “los chicos de Kandahar”- para hundir velozmente la economía en una de las mayores depresiones de su historia. Eso, francamente, hubiera sido mucho peor que el 11-S.

Lamentablemente, este no es un pensamiento experimental. Sucedió. La única inexactitud en ese breve relato es que las cifras se habrían multiplicado por 25 para producir los equivalentes per capita en la medida apropiada. Desde luego, me estoy refiriendo a lo que en Latinoamérica se llama a menudo “el primer 11-S”, el 11 de septiembre de 1973, cuando EEUU consiguió tras intensos esfuerzos derrocar al democrático gobierno de Salvador Allende en Chile con un golpe militar que colocó en el poder al brutal régimen del general Pinochet. El objetivo, en palabras de la administración Nixon, era matar el “virus” que pudiera animar a todos aquellos “extranjeros dispuestos a putearnos” apropiándose de sus propios recursos y siguiendo de diversas maneras una política intolerable de desarrollo independiente. Al fondo estaba la conclusión del Consejo Nacional de Seguridad de que si EEUU no podía controlar Latinoamérica, no podía esperar “conseguir un orden que le fuera favorable en otros lugares del mundo”.

El primer 11-S, a diferencia del segundo, no cambió el mundo. No se produjo “nada que tuviera muy grandes consecuencias”, como Henry Kissinger aseguraba a su jefe pocos días después.

Estos acontecimientos de consecuencias pequeñas no se limitaron al golpe militar que destruyó la democracia chilena y puso en marcha la historia de horror que le siguió. El primer 11-S fue justo uno de los actos de un drama que empezó en 1962, cuando John F. Kennedy cambió la misión del ejército latinoamericano de “defensa hemisférica” –una anacrónica reliquia de la II Guerra Mundial- por “seguridad interna”, un concepto que implicó una aterradora interpretación en los círculos latinoamericanos bajo dominio estadounidense.

En la recientemente publicada por la Universidad de Cambridge “History of the Cold War”, el erudito latinoamericano John Coatsworth escribe que desde ese momento hasta “el colapso soviético en 1990, las cifras de prisioneros políticos, víctimas de tortura y ejecuciones de disidentes políticos no violentos en Latinoamérica superaron inmensamente a las de la Unión Soviética y sus satélites del Este de Europa”, incluyendo también muchos mártires religiosos y asesinatos masivos, siempre apoyados o iniciados en Washington.