Estudantes de direito proibidos de discutir o golpe jurídico

Janaína Paschoal confessou ter recebido R$ 45 mil do PSDB para, junto com Miguel Reale Júnior, elaborar um parecer para o afastamento da presidenta Dilma

 

Estudantes de direito da UFMG foram surpreendidos na tarde desta sexta-feira com uma liminar da Justiça proibindo a realização de uma assembleia geral extraordinária para discutir o posicionamento político deles em relação ao processo de impeachment da presidente Dilma e possíveis desdobramentos e medidas a serem tomadas.

A juíza Moema Miranda Gonçalves declarou a nulidade do ato de convocação da assembleia e concedeu liminar impedindo a convocação de futuras assembleias para tratar de assuntos relacionados ao impedimento da presidente Dilma.

“Há uma série de boatos dizendo que estamos sendo aparelhados por partidos políticos contrários ao golpe. Nenhum integrante do Caap é filiado a partido político. O Caap convocou a assembleia com objetivo de discutir o posicionamento político dos alunos perante ao processo de impeachment da presidente Dilma. Somos estudantes de direito e os alunos têm mesmo que fazer esse debate, que é mais jurídico do que político”, disse presidente do Caap, a estudante do terceiro período de direito Ana Carolina Pereira de Oliveira, de 19 anos.

O professor da Faculdade de Direito Marcelo Cattoni saiu em defesa do CAAP. Para ele, a juíza “demonstra desconhecer toda a trajetória de luta política da entidade. Nos últimos 100 anos, o CAAP esteve mobilizado em todos os momentos decisivos da história do Brasil.

Um ex-presidente da entidade, José Carlos da Mata Machado, foi assassinado pela ditadura militar, pelo seu engajamento. Há toda uma geração que resistiu também à ditadura do Estado Novo, que participou da campanha do Petróleo é Nosso, da reconstitucionalização do Brasil em 1932, das Diretas Já e do processo de impeachment do presidente Collor”.

A juíza Moema desconhece que o Brasil tem a desnecessária justiça eleitoral federal e estaduais.

Como os estudantes, futuros juízes, desembargadores, ministros e advogados, todos analfabetos políticos, vão atuar?

Política se aprende nas escolas, na leitura de livros e nas ruas do povo.

Para as escolas do primeiro e segundo graus foi aprovado, pelos golpistas da dupla Cunha e Temer, a lei que proíbe o ensino de História, de Política. Um professor poderá ser preso, e perder o emprego, se expressar sua opinião. Não existe mais liberdade de cátedra. Pretendem a escuridão.

Vão deixar que a política seja ensinada pelos pastores deputados nos templos de cobrança do dízimo.

Que a política seja cantada pelas cacetadas da polícia política. Temer foi nomeado três vezes secretário de segurança pública. Está explicado.

Essa juíza aprendeu nos livros de Janaína Paschoal; de Temer; de Miguel Reale pai, que escreveu o ato institucional n. 1, que consolidou o golpe da ditadura militar; de Miguel Reale Júnior, que também foi secretário de Segurança, e ministro da justiça de Fernando Henrique espião pago pela CIA para destruir a cultura brasileira.

Janaína confessou que recebeu, do PSDB, 45 mil reais para escrever o pedido de impeachment, aprovado na Câmara dos Deputados, e que está sendo votado no Senado Federal, por Aécio Neves, Anastasia e outros senadores processados por receber propinas. Um pedido de impeachment que tem como co-autores os senis Miguel Reale Jr e Hélio Bicudo.

Violência da PM contra alunos paulistas é “prática de tortura”, diz especialista

As manifestações de alunos contra a proposta de reorganização das escolas estaduais em São Paulo mostraram uma nova força do movimento estudantil secundarista e evidenciaram a violência policial contra os adolescentes. De acordo com Ariel de Castro Alves, advogado e coordenador estadual do Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH), mais de 10 jovens foram apreendidos e agredidos ilegalmente. Na opinião do especialista, alguns deles chegaram a ser torturados.

O artigo 178 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) impede que menores de idade acusados de cometer ato infracional sejam transportados em compartimento fechado de veículo policial em condições que atentem contra a dignidade ou impliquem risco à integridade física ou mental do indivíduo sob pena de responsabilidade. Contudo, registros audiovisuais nas mídias sociais e na imprensa mostram diversos adolescentes sendo levados em camburões pela PM e até mesmo sendo agemados.

O estudante Francisco Musatti Braga, de 16 anos, da Escola Técnica de São Paulo ( ETESP), foi apreendido por policiais, levado em uma viatura para a 23ª DP, em Perdizes, sozinho e relata seu tratamento por parte das autoridades como “intimidador”. Ele disse que um rapaz que estava detido na mesma delegacia que ele teve que levar pontos na cabeça por ter sido atingido com um cassetete.

“Tudo aconteceu num momento de confusão quando liberamos uma faixa para passagem de uma ambulância. Quando tentamos fechá-la novamente, a polícia não deixou. Eles foram algemar um menino no chão e eu tentei impedir”, conta. O rapaz afirma que um policial o atacou com um cassetete: “fui enforcado com o cassetete e arrastado até uma moto, onde me algemaram. Depois, fui encaminhado para a delegacia e fui intimidado. Dois outros jovens foram presos no mesmo momento que eu e os policiais e o delegado nos diziam que a gente ia se ferrar muito mais”, completa. O jovem teve o apoio de seu pai, que foi à delegacia onde estava apreendido e de outros manifestantes. Para ele, a truculência só reforça o movimento e a união dos manifestantes.

A Súmula 11 do Supremo Tribunal Federal (STF) afirma que o uso de algemas só deve ocorrer em caso de resistência e receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia. O que, na opinião de Alves, passa longe do que aconteceu em São Paulo. “São jovens que não estavam comentendo crimes, mas se manifestando pacificamente em vez de traficar ou fazer atos de violência”, relata.

Segundo Alves, a atitude da polícia militar se configura como um crime com pena de detenção. “O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) afirma que crianças e adolescentes não podem ser submetidos a vexame ou constrangimento”, questiona.

Casos de tortura

O MNDH pretende recolher todos os casos de abuso policial contra jovens e levar as denúncias em bloco para a Ouvidoria da PM. “Nós vimos a atuação da polícia jogando bombas de gás lacrimogênio, espancando estudantes. Alguns casos podem se configurar, inclusive, práticas de tortura em adolescentes”, denuncia.

O advogado explica que a tortura ocorre quando alguém é submetido a um intenso sofrimento físico e psicológico. Sobre o ato dos jovens, Alves defende que os estudantes estão exercendo um direito de manifestação e protagonismo juvenil.

Igrejas Cristãs contra decisão de Alckmin de fechar 93 escolas e transferir 311 mil estudantes

O Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil – CONIC expressa sua solidariedade aos e às estudantes mobilizados/as no estado de São Paulo por uma educação pública de qualidade.

Eis a nota oficial da CONIC: A educação é um direito humano básico e precisa ser garantida pelo Estado. Compreendemos que a mobilização e reivindicação dos e das estudantes é pela garantia desse direito. Neste sentido, a mobilização é inteiramente legítima em um estado democrático de direito.

A falta de abertura para o diálogo e o aparato repressor utilizado pelo Estado de São Paulo causam surpresa e indignação. Compreende-se que a sociedade civil e Estado deveriam ter canais abertos de diálogo, principalmente quando o assunto em questão é um tema tão relevante quanto a educação.

O anúncio do adiamento da proposta de reorganização da rede estadual de educação anunciada no dia 04 de dezembro não é suficiente. Não há garantias da suspensão de fechamento das 93 escolas e da transferência de 311 mil estudantes.

Pedimos que o governo do estado de São Paulo estabeleça um imediato canal de diálogo com a comunidade escolar. A construção da solução deve ser coletiva e ter como objetivo final melhorar a qualidade da educação e não apenas reduzir gastos.

Aos e às estudantes e seus familiares, nossa solidariedade, em especial, para aqueles e aquelas que sofreram violência policial.

O bom do jardim era para uso exclusivo da prefeita e amigos do peito

O Brasil tem 5 mil e 561 municípios. E quantos prefeitos ladrões? Provavelmente mais de cinco mil. Que compraram a maioria dos vereadores da Câmara Municipal, e vivem no maior luxo e luxúria, cercados por secretários ladrões que realizam obras e serviços fantasmas e shows super fafurados. 

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Se o Brasil tivesse uma justiça honesta, os prefeitos bandidos responderiam pelos seus crimes.

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Lidiane não é uma exceção. Foi pega por acaso. Ou melhor, exibição de serviço de uma polícia mais preocupada em pegar traficante de maconha, tarefa que atormenta as polícias militares dos despejos judiciais, e do prende e arrebenta grevistas e manifestantes sem terra e sem teto.

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“Prefeita ostentação”, Lidiane Leite continua foragida

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Redação do Pragmatismo Político


Festas, carros de luxo e até cirurgia plástica. Com ensino fundamental completo e ocupação declarada ‘estudante bolsista’, Lidiane Leite foi embora e deixou sua cidade sem dinheiro para a educação. O chá de sumiço da “prefeita ostentação” surgiu após investigações da Polícia Federal
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A Polícia Federal no Maranhão procura a prefeita Lidiane Rocha (PP-MA), da cidade de Bom Jardim, a 275 quilômetros da capital São Luís. Ela é suspeita de fraudes em licitação e desvio em recursos de merenda escolar e está sendo procurada. A Justiça expediu mandado de prisão preventiva contra Lidiane.
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Vaidosa, 25 anos, Lidiane exibe nas redes sociais imagens de uma vida de alto padrão para uma cidade de 40 mil habitantes à beira da miséria, com um dos menores IDHs do Brasil.
Ela foi eleita quase que por acaso, já que substituiu a candidatura inicial do seu partido: o seu namorado à época, Beto Rocha, foi impedido de concorrer por ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa.
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Carros de luxo, festas e preocupação com a beleza, o que inclui até cirurgia plástica, marcam o dia a dia da moça que, conforme seu registro na Justiça eleitoral, candidatou-se pela coligação ‘A esperança do povo’, com ensino fundamental completo e ocupação declarada ‘estudante, bolsista, estagiário e assemelhados’.
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Seu nome verdadeiro é Lidiane Leite da Silva. Na Justiça Eleitoral, ela é Lidiane Rocha. [Que a justa eleitoral aceita nomes falsos e apelidos para esconder a identidade]
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Nesta quinta-feira, 20, foram presos dois ex-secretários de Lidiane – Antônio Gomes da Silva (Agricultura) e Humberto Dantas dos Santos (Coordenação Política), ex-namorado da prefeita.
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Segundo o delegado da PF Ronildo da Silveira, responsável pelo inquérito que investiga a prefeita, os agentes federais no Aeroporto de São Luís estão de sobreaviso para evitar que a prefeita tente fugir do Estado. “Policiais federais estão atrás dela, empenhados no recebimento das informações (sobre a prefeita). Hoje é considerada foragida”, afirma o delegado federal.
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Ronildo da Silveira suspeita que toda a licitação de merenda escolar tenha sido fraudada em torno de R$ 900 mil a R$ 1 milhão. O delegado diz ter certeza de que R$ 300 mil, parceladamente, foram desviados no contrato. O valor corresponderia ao que seria pago da licitação a agricultores locais.
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“Na hora de pagar os agricultores, o ex-namorado ia ao banco e sacava o dinheiro em conjunto com agricultores. Em seguida, pegava o dinheiro e deixava migalha com eles, muito pouco, para mantê-los calados”, explica o delegado.
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O federal conta que as investigações começaram após agricultores afirmarem que recebiam dinheiro, mas não forneciam nenhum alimento para a escola. Chamou a atenção da PF, ainda, a vida que a prefeita ostentava em uma rede social.
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“Muitas viagens, (Lidiane) colocava na internet que estava na hora de comprar um carro melhor, veículo de luxo, vivia em festa, fazendo cirurgia plástica”, relata o delegado.
Ostentação e discussões nas redes sociais
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Em uma postagem no Instagram, a prefeita diz a uma seguidora: “Antes de ser prefeita, eu era pobre, tinha uma Land Rover. Agora estou numa SW4 [automóvel cujo modelo mais simples custa a partir de R$ 130 mil]. Devia era comprar um carro mais luxuoso porque graças a Deus o dinheiro está sobrando”.
Para a mesma seguidora, ainda disse: “Eu compro o que eu quiser, gasto sim como eu quero. Não estão nem aí para o que acham. Beijinho no ombro para os recalcados”.
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No discurso de posse, em 2013, Lidiane prometeu fazer uma “mudança em Bom Jardim” porque, durante a campanha, havia conhecido a “triste realidade” da população carente. Ela também destacou que iria oferecer melhor educação para as crianças.
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“Iremos trabalhar junto a este povo tão carente e tão sofrido. Deus sabe o coração que eu tenho, que nesses quatro anos quanto irá dar certo, que Bom Jardim irá para frente, que Bom Jardim irá para um futuro melhor. Que nós teremos mais educação para as nossas crianças. Faremos valer a vontade do povo, foi o povo que me elegeu e é para o povo que eu vou trabalhar”, disse na ocasião, emocionada.
Desigualdade
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O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de Bom Jardim é um dos mais baixos do Brasil. O cálculo do IBGE, que avalia a qualidade de vida de uma comunidade variando de 0 a 1, contemplou Bom Jardim com 0,538, sendo que a média nacional atualmente é 0,730.
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Segundo o IBGE, o valor do rendimento nominal médio em Bom Jardim — algo como a renda familiar mensal — é, em média, de R$ 1.096,09.
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A cidade de 40 mil habitantes possui uma frota de 625 carros, mas, para dirigir no nível da prefeita, os moradores teriam que economizar sua receita integral por mais de oito anos.

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Promotoria pede bloqueio de bens de Lidiane, a prefeita foragida

Lidiane

por Julia Affonso e Fausto Macedo


Em duas ações civis, Ministério Público do Maranhão em Bom Jardim também pede à Justiça afastamento de Lidiane Rocha (PP) do cargo por envolvimento com organização criminosa; ela está desaparecida há uma semana
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O Ministério Público do Maranhão ajuizou nesta quinta-feira, 27, duas ações civis públicas por atos de improbidade administrativa, com pedido de liminar, para indisponibilidade de bens e afastamento do cargo da prefeita de Bom Jardim, Lidiane Leite da Silva, a Lidiane Rocha (PP). Ela está foragida há uma semana, desde que a Justiça Federal decretou sua prisão preventiva por supostos desvios de recursos da merenda escolar da rede pública de ensino de Bom Jardim.
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Também são acusados ex-secretários municipais, empresários e empresas prestadoras de serviços à Prefeitura de Bom Jardim, todos sob suspeita de ‘integrar uma organização criminosa que fraudava licitações para desviar recursos públicos do município’.
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Vaidosa, 25 anos, Lidiane exibe nas redes sociais imagens de uma vida de alto padrão para uma cidade de 40 mil habitantes à beira da miséria, com um dos menores IDHs do Brasil. Bom Jardim fica no interior maranhense. A cidade vive um clima de revolta desde que surgiram as denúncias sobre a gestão e o comportamento de Lidiane.
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Carros de luxo, festas e preocupação com a beleza, o que inclui até cirurgia plástica, marcam o dia a dia da moça que, conforme seu registro na Justiça eleitoral, candidatou-se pela coligação ‘A esperança do povo’, com ensino fundamental completo e ocupação declarada ‘estudante, bolsista, estagiário e assemelhados’.
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+ Prefeita foragida cortou salário dos professores
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De acordo com as investigações do Ministério Público, em dois procedimentos licitatórios – um para contratação de empresa para locação de veículos e outro para execução de reformas em escolas da sede e da zona rural de Bom Jardim -, os valores dos contratos ultrapassam R$ 4,1 milhões.
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Em ambas as ações, estão envolvidos o ex-secretário Humberto Dantas dos Santos, conhecido como Beto Rocha e que é marido da prefeita; e o empresário Antonio Oliveira da Silva, vulgo Zabar, informa o Ministério Público do Maranhão. Na licitação para locação de veículos – modalidade pregão presencial -, no valor R$ 2.788.446,67, foram acionados, ainda, o empresário Fabiano de Carvalho Bezerra e sua empresa A4 Serviços e Entretenimento Ltda; Anilson Araújo Rodrigues (motoboy); Raimundo Nonato Silva Abreu Júnior (empresário) e Marcos Fae Ferreira França (contador e pregoeiro do município).
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As investigações são conduzidas pela Promotoria de Bom Jardim e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público do Maranhão. Os promotores constataram ‘diversas irregularidades, como ausência de justificativa para contratação, participação de apenas uma empresa, ausência de vários documentos para habilitação da empresa e de pareceres técnicos e jurídicos sobre o processo licitatório’.
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A promotora de Justiça Karina Freitas Chaves assinala que a empresa A4 ‘é apenas de fachada, pois não possui um veículo em seu nome e nem sede, e os seus sócios não tinham qualquer controle sobre os motoristas contratados para executar o serviço’.
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Contratada para a reforma de 13 escolas municipais de Bom Jardim, na qual foi a única concorrente, a empresa A. O da Silva e Cia Ltda se beneficiou de várias irregularidades, diz a Promotoria, entre as quais falta de projeto básico referente à licitação. A Prefeitura não divulgou em jornal de grande circulação o aviso de licitação; as certidões negativas de débitos foram emitidas após a sessão que deveria recebê-las; não há nos autos documento que comprove a qualificação técnica da empresa.
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Segundo foi constatado pelo Ministério Público, a empresa A. O da Silva e Cia Ltda funcionava apenas como fachada para repassar recursos públicos destinados ao serviço para o marido da prefeita Lidiane. Em depoimento à Promotoria de Justiça, Zabar, o dono da empresa, garantiu que valores recebidos pelo contrato eram repassados para a conta pessoal de Beto Rocha, que se encarregaria de contratar os funcionários para supostamente trabalharem na reforma das escolas.
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O contrato para as obras tinha o valor de R$ 1.377.299,77 para os serviços nas 13 escolas. No entanto, conforme informou à Promotoria o próprio empresário apenas quatro escolas foram reformadas. “Isso nada mais é do que uma demonstração clara da fraude no procedimento licitatório, com o desvio do dinheiro público e atos atentatórios à probidade administrativa”, constatou a promotora de Justiça Karina Chaves.
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Nas duas ações civis, o Ministério Público do Maranhão requer à Justiça que sejam aplicadas à prefeita e aos outros citados as penalidades previstas no artigo 12 da Lei 8.429/92 (Lei da Improbidade Administrativa), que são: ressarcimento integral do dano, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos, pagamento de multa de até cem vezes o valor da remuneração percebida pelo agente e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos.
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Alckmin fecha com carinho cursos técnicos. Coisa de tucano

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Escreve o jornalista e poetas Marcos Simões: “Mais um presente do ladrão trensalão Alckmin aos idiotas eleitores que o reelegeram: fim de cursos técnicos (Fatec/Etec).
Parabéns aos idiotas que o reelegeram.Vocês merecem ficar sem estudar, pois a direita quer que a educação gratuita se exploda. Os filhos dos poderosos da direita não precisam de escola pública, exceto na USP, por exemplo, que até hoje não aceita ENEM ou ProUni, mas que paga para filho de rico estudar e tudo pago pelos impostos do povo (rico não paga imposto).
Em 2016, em 2018, vote no PSDB, na direita de novo, idiota de rabo. Em compensação, mais cadeias são construídas pelo partido que mais rouba o povo impunemente”.

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Os alunos e professores do Centro Paula Souza conquistaram mais de 200 prêmios em 2014, incluindo olimpíadas de conhecimento, feiras de ciências, concursos e outros prêmios nacionais e internacionais. Ao todo, eles receberam 200 medalhas, placas e troféus de diferentes áreas do conhecimento.

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CENTRO DE PAULA SOUZA DECIDE FECHAR ALGUNS CURSOS TÉCNICOS EM SANTOS

Professores e alunos da Escola “Escolástica Rosa” reclamam da decisão do Estado para o fechamento dos cursos técnicos de Administração (manhã), Nutrição e Dietética (manhã e tarde) e o curso de Metalurgia (manhã), que foi bloqueado para ingresso apenas uma vez ao ano!

“Neste segundo semestre de 2015, já não tivemos o ingresso da turma matutina do curso de Nutrição e Dietética. Esses cursos representam a redução de 160 vagas para a comunidade santista e das demais cidades da região.”, diz diretora da escola.

Alunos passaram o dia colhendo assinaturas de uma petição pública para permanência dos cursos! (leia e assine aqui)

Situada em frente à praia de Santos, a Escola Técnica Estadual “Dona Escolástica Rosa” tem contribuído para a formação profissional dos munícipes há exatos 107 anos. Atualmente, oferece os cursos técnicos em Administração, Logística, Nutrição e Dietética, Segurança do Trabalho e Metalurgia. São cursos reconhecidos pelo mercado de trabalho, apresentando boa procura a cada processo seletivo de Vestibulinho.

Veja a propaganda enganosa de Alckmin para se reeleger. Não esquecer que Fernando Henrique presidente, durante oito anos, não construiu nenhuma escola técnica. Pasmem! Nenhuma universidade.

Participe da Operação Águia de Haia para prender quem rouba o futuro dos jovens e come o fígado dos professores

Prometeu
Prometeu

Iniciada na manhã desta segunda-feira (13), a Operação Águia de Haia, que atua contra desvios de recursos federais do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), cumpriu duas prisões e 96 mandados de busca e apreensão em 30 municípios, dentre eles 25 baianos. Também houve procedimentos nos estados de São Paulo e Minas Gerais, além do Distrito Federal.

As prisões ocorreram em Salvador e Guarajuba, localidade do município de Camaçari, na região metropolitana da capital baiana. Um dos mandados de busca e apreensão foi cumprido na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), em Salvador.

O objetivo é desarticular uma organização criminosa que forjava licitações e contava com a participação de agentes públicos para desviar recursos federais do Fundeb.

Somente nas cidades baianas, o montante desviado atinge a quantia de R$ 57.173.900,00. Entre os municípios estão Camamu, Livramento, Una, Itabuna, Ibirapitanga, Camacã, Buerarema, Teixeira de Freitas, Ilhéus e Nova Soure.
“As buscas ocorrem em diversos municípios do interior da Bahia. Estão sendo realizadas oitivas de pessoas no interior no momento. Não necessariamente elas serão presas pois, muitas vezes, a pessoa é levada para ser interrogada, para que a investigação seja concluída de forma mais célere”, explicou o delegado regional de Combate ao Crime Organizado, Fábio Muniz.

Deputado baiano

Pastor Carlos Ubaldino
Pastor Carlos Ubaldino

Agentes da PF realizaram nesta manhã, na capital baiana, buscas no gabinete do deputado, comerciante e pastor Carlos Ubaldino Filho (PSD), na Assembleia Legislativa da Bahia.

A organização iniciou as atividades criminosas em São Paulo, passou por Minas Gerais e, em 2010, se estabeleceu na Bahia. A PF investigou as ações realizadas até 2014.

Os responsáveis pelas fraudes serão indiciados por crimes licitatórios, corrupção ativa e passiva e formação de quadrilha, entre outros delitos.

Crime hediondo

Desviar verbas da educação acontece em todos estados, e na totalidade das prefeituras.

Esses bandidos, associados com secretários estaduais e municipais da Educação, e a cumplicidade do silêncio dos sindicatos de professores, roubam o futuro dos jovens brasileiros. Trata-se de um crime hediondo.

Todo professor precisa denunciar. São criminosos capazes de tudo. Inclusive matar. As denúncias precisam ser anônimas.

Escolas estaduais de São Paulo: a sangria dos professores invisibilizados

POR RAPHAEL SANZ/ Correio da Cidadania

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Foi decidido na última sexta-feira, 12 de junho, em assembleia, o final de uma das mais duradouras greves da história recente do país. Nestes 92 dias de paralisação, os professores estaduais paulistas ajudaram a levantar uma série de debates. Desde a equiparação salarial dos professores em relação a outras categorias e as condições de trabalho e projetos de educação em disputa, até questões de organização e política sindicais.

No auge da greve, entre abril e maio, cerca de 70% da categoria estava parada. O movimento enfrentou a repressão bruta da polícia militar durante seus atos de rua. Enfrentou também a falta de diálogo por parte do governo do Estado, que fazia questão de ignorar a greve e desqualificar suas reivindicações. Enquanto isso, a difusão desse desdém oficial era feita pelos grandes meios de comunicação. Além disso, uma série de disputas internas pela burocracia sindical enfraqueceu o movimento grevista.

Chegando ao acampamento dos professores, em frente à Secretaria de Educação, na praça da República, na noite da quinta-feira, dia 11 de junho, nossa reportagem se deparou com rostos cansados e vozes já trêmulas, vindas de bocas secas pelos três meses de discussões, debates e assembleias. Naquela noite, ainda se defendia a continuação da greve, mesmo com todos os prognósticos contrários. Os professores se encontravam em uma situação material extremamente precária, sem conseguir se manter financeiramente e pagar suas contas, sem acesso ao fundo de greve e, portanto, cada vez mais desmobilizados em busca de suas necessidades básicas.

Esvaziamento da greve

Alessandro Soares, professor de geografia no estado desde 2005, contou que, no final de maio, começou um refluxo na adesão à greve, “com a burocracia sindical desmobilizando a categoria”, diz.

A partir de então, vários grupos que se aproximaram durante a greve tentaram se articular em torno de uma agenda para debater as questões pertinentes à categoria, junto aos Conselhos Representantes do sindicato, e fazer pressão para que o movimento engrossasse novamente.

“Antes das assembleias, há uma plenária dos Conselhos Representantes. Em cerca de 4 ou 5 oportunidades, comparecemos a esses grupos de forma autônoma, pedindo a voz para que pudéssemos também mostrar que nós tínhamos uma pauta, uma agenda de reivindicações que levavam como maior bandeira uma melhoria da qualidade da educação, não apenas a questão salarial. Tem isso também, claro. Mas o mais importante para nós era discutir o que significa a educação aqui no estado de São Paulo. Uma educação toda sucateada”, explica o professor.

“Tivemos a abertura em relação ao regime militar no final dos anos 80, e então o governo do estado passou pelo PMDB e depois caiu no controle tucano. Houve uma crescente desmobilização e uma diminuição do poder aquisitivo dos professores a partir de então. E também uma piora do ensino público no estado de São Paulo”, observa.

Partidarização do debate

Para o professor, um dos fatores que “sangrou” o movimento grevista foi a postura dos diferentes grupos que disputam a burocracia sindical. Para ele, houve uma prioridade colocada nesta disputa em detrimento ao avanço das pautas propostas pela base.

“A gente observa dentro do sindicato que diversas correntes que lutam pelo aparelho, no momento mais agudo, se juntaram para terminar a greve”, critica o professor. De acordo com ele, mesmo as correntes de oposição, ligadas ao PSTU e ao PSOL, não aprofundaram a discussão sobre o que significa a educação. Para Alessandro e outros professores acampados na República, o debate em torno da educação foi partidarizado, transformando os professores em massa de manobra na disputa do imaginário político.

“O movimento grevista foi chamado no dia 13 de março pela direção da APEOESP com uma proposta de barrar toda uma série de propagandas que vinham contra o governo federal. Tanto que no dia 13 foi a nossa paralisação e, logo em seguida, no dia 15, houve o ato do pessoal mais conservador”, explica. Nesse momento, o movimento grevista foi crescendo, até chegar ao seu auge no final de abril. “Isso enquanto era conveniente para os setores governistas”, frisa Alessandro. Em outras palavras, não é uma coincidência o fôlego dessas correntes no momento em que as manifestações da direita estavam a todo vapor.

“No momento em que começava a esvaziar a greve, várias correntes independentes e autônomas se juntaram na rua, fazendo as caminhadas, os chamados cortejos, para a Secretaria de Educação. Em alguns momentos, a gente tentou tencionar um pouco mais para que outras pautas, caminhos e discursos fossem ouvidos”, continua Alessandro. Ele considera que esse fôlego extra, que estendeu a greve por quase mais um mês, foi uma vitória, pois, mesmo com toda a sangria, houve certa visibilidade para discutir o processo de deterioração das escolas públicas.

A sangria dos professores

Um outro fator fundamental a ser explicado é a postura que o estado de São Paulo, comandado pelo governador Geraldo Alckmin, tomou em relação aos profissionais da educação. “É um governo completamente centralista, que não ouve os trabalhadores. Simplesmente ignora a pauta que a gente levanta e não dialoga com os professores. É um governo autoritário e fascista, que coloca a polícia pra bater e perseguir professor. Também não quer discutir de forma aprofundada a escola publica”, dispara Alessandro.

A negociação em torno do aumento salarial foi um dos pontos dos quais o governo se esquivou. “A nossa data base é em março, mas o governo estadual bateu o pé e disse que era em julho. Mesmo sendo legal em março, o governo do estado falou que não aceita essa data base e, quando começou a negociar, o governo dizia que daria o aumento em determinado momento, mas, de forma mais objetiva, não passou nenhum dado a respeito desse aumento”, explica.

Quanto à regularização dos professores temporários, outra pauta da greve, o governo disse ao movimento grevista que iria mandar um projeto de lei para a ALESP. “Mas também não avançou”.

“Ou seja, é complicado, porque, mesmo com esse lema de pátria educadora, quando aparece um movimento sindical que discute não apenas a questão salarial, mas a qualidade e os objetivos da educação, da básica até a superior, não tem onde dialogar, porque partidarizaram a discussão”, lamenta. Se, de um lado, os adeptos de um desses partidos boicotaram internamente a organização da categoria, por outro lado o governo do outro partido se recusou a negociar e perseguiu os professores grevistas.

Para o professor de geografia, o golpe final do estado de São Paulo contra a mobilização dos professores veio na forma do corte do salário. “Esse corte de pontos foi um dos fatores que fez com que o movimento perdesse a sua postura. Todas as pessoas têm suas contas para pagar, sua realidade material, seu modo de vida, têm de colocar arroz, feijão e mistura na mesa. Tem gente que precisa pagar pensão, aluguel, e isso foi uma tática usada pelo governo do estado para enfraquecer o movimento”, descreve.

“No meu caso, tive um corte de salário total. Não vou receber em junho, nem em julho. Como voltei na última segunda-feira (15 de junho), só vou receber em agosto a metade do mês de junho (a contagem do salário é feita 60 dias depois de fechar o mês). Ou seja, vou ter problemas para pagar as minhas contas. Toda a questão material da minha vida está bem complicada, tenho que pedir dinheiro emprestado, correr para o banco, ter familiares ajudando, tentando uma série de coisas para segurar as pontas nesse meio tempo até que eu tenha a minha renda novamente, em setembro”, conta o geógrafo.

Ele não é o único a estar nessa situação. Naquela noite de 11 de junho, no acampamento, uma professora que falava na reunião dos acampados dizia em alto e bom som: “não podemos pedir para um professor que está há 3 meses com o aluguel atrasado, com muitas dificuldades para pagar as contas, vendo os filhos comerem pouco, que continuem em greve. Eles nos sangraram”.

Projeções para um “Brasil em transformação”

Montado pela APEOESP no início da greve, o acampamento foi desfeito no final de maio, após uma assembleia no dia 25. Os professores consideram um ato de resistência ter mantido o acampamento, de forma autônoma em relação à direção sindical, até o fim da greve. “Durante essa greve, a aula foi na rua. Eu aprendi muito nesse processo”, prossegue o nosso entrevistado.

“Será que esse modelo de escola pública fechada, cheia de grade, onde uns entram e outros não, essa coisa policialesca, é o projeto que queremos de uma escola pública? Ou a gente tem outro projeto? Eu não tenho uma resposta certa para isso. É uma questão que está levantada. Talvez esse modelo que temos de escola pública não seja o mais positivo no sentido da construção do conhecimento”.

Em relação à representação sindical, muito criticada pelos professores que acamparam na República, podem-se observar alguns novos ingredientes. É notável que há uma nova geração de professores e trabalhadores da educação que pensam a questão sindical sob um ponto de vista interessante, porém, pouco usual. Concorde-se ou não com as críticas, é inegável que a base do movimento grevista busca um debate mais sério.

“Essa greve deu uma oxigenada nas estruturas com um pessoal bastante combativo e cheio de fôlego, que quer por a mão na massa. Esse movimento vem desde junho de 2013, com o empoderamento de você poder sair na rua e levantar as bandeiras dos trabalhadores, da melhoria das condições de trabalho e qualidade de vida da classe trabalhadora. Eu acho que esse movimento grevista vem ainda no embalo do processo das jornadas de junho de 2013, junto com a questão do transporte colocada pelo MPL, e toda a agenda popular que estamos construindo nos últimos dois anos nesse Brasil em transformação”.

O título de doutor honoris causa do Institut d’études politiques de Paris e a pergunta imbecil: “Por que Lula e não Fernando Henrique Cardoso?”

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O Institut d’Études Politiques de Paris (Instituto de Estudos Políticos de Paris, ou simplesmente Sciences Po) é uma instituição pública francesa de ensino superior especializada nas áreas de Ciências Humanas e Sociais. O Instituto forma juntamente com a Fondation Nationale des Sciences Politiques a instituição conhecida como Sciences Po Paris. A universidade Sciences Po Paris é uma grande école e por isso possui um sistema de seleção mais disputado e exigente do que o das demais universidades francesas. A escola foi criada em 1872 por Émile Boutmy, posteriormente a Guerra franco-prussiana com objetivo de criar, educar e desenvolver uma nova elite francesa. A escola chamava-se inicialmente “École libre des sciences politiques”. Foi após o fim da Segunda Guerra Mundial que o então presidente Charles de Gaulle resolveu modificar a gestão da escola e ampliar suas funções públicas como centro de pesquisa criando a Fondation Nationale des Sciences Politiques para funcionar como gestora principal do reformulado Instituto de Estudos Políticos. Na concepção da Sciences Po, o termo estudos políticos faz menção não apenas à ciência política, mas também aos estudos de economia, direito, sociologia, filosofia, história, jornalismo, administração, entre outros.

Como uma das mais prestigiadas e atraentes grandes écoles francesas, a Sciences Po destaca-se entre os mais renomados e fecundos centros de estudo superior da Europa. Consequentemente, em suas áreas, a escola encontra-se nas primeiras posições entre os mais reconhecidos estabelecimentos acadêmicos do mundo. Sendo a principal referência francesa nas áreas de política, economia política e relações internacionais. Em 2013 foi classificada como a melhor universidade de estudos internacionais e políticos da Europa continental.

A entrada da Sciences-Po Paris, embandeirada para receber Lula
A entrada da Sciences-Po Paris, embandeirada para receber Lula

Gestão
A Sciences Po Paris é gerenciada pela Fondation nationale des sciences politiques (FNSP), fundação privada de utilidade pública, que é presidida atualmente por Jean-Claude Casanova. Já o atual diretor da Sciences Po Paris é Frédéric Mion. A Sciences Po Paris é também membro fundador da Sorbonne Paris Cité[2], o pólo de pesquisa e ensino superior que agrupa algumas das principais universidades de Paris. O reitor atual da Sorbonne Paris Cité é Jean-François Girard.

Diretores da Sciences Po
1945–1947 : Roger Seydoux
1947–1979 : Jacques Chapsal
1979–1987 : Michel Gentot
1987–1996 : Alain Lancelot
1996-2012 : Richard Descoings
2013-? : Frédéric Mion

Alunos
Ao longo de sua história passaram pela Sciences Po Paris muitos alunos que se tornariam célebres na França e no restante do mundo. Entre outros, são diplomados desta universidade o escritor Marcel Proust, o secretário-geral da ONU Boutros Boutros-Ghali, o estilista Christian Dior, o príncipe Rainier III de Mônaco, além dos Diretores-gerais do FMI Dominique Strauss-Kahn e Michel Camdessus e do Diretor-Geral da OMC Pascal Lamy.

Notoriamente, a Sciences Po Paris detém ampla ascensão sobre a política francesa, sendo comum que os mais altos cargos da administração pública sejam ocupados por pessoas que passaram por essa escola e/ou pela Escola Nacional de Administração. Veja abaixo alguns dos políticos franceses que se graduaram na Sciences Po Paris (Fonte: Annuaire des anciens élèves de Sciences-Po):

Lista de primeiros-ministros da França diplomados de Sciences Po Paris
Michel Debré (diplomado em 1933)
Raymond Barre (diplomado em 1948)
Laurent Fabius (diplomado em 1969)
Jacques Chirac (diplomado em 1954)
Michel Rocard (diplomado em 1952)
Edouard Balladur (diplomado em 1950)
Alain Juppé (diplomado em 1968)
Lionel Jospin (diplomado em 1959)
Dominique de Villepin (diplomado de 1973)

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Lista de presidentes da República francesa diplomados de Sciences Po Paris
Há três décadas todos os chefes de estado da França são ex-alunos da Sciences Po.

François Hollande: presidente em exercício.
Jacques Chirac (diplomado em 1954): presidente entre 1995 e 2007
François Mitterrand: presidente entre 1981 e 1995

Imprensa Brasileira vai à França reclamar de prêmio Honoris Causa de Lula e passa vergonha

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Alguns órgãos de imprensa como Jornal O Globo mandaram repórteres a França para questionar Institut d’études politiques de Paris 
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Lula

Por Eduardo Guimarães

Não pode passar batido um dos momentos mais ridículos do jornalismo brasileiro. Acredite quem quiser, mas órgãos de imprensa brasileiros como o jornal O Globo mandaram repórteres à França para reclamar com Richard Descoings, diretor do instituto francês Sciences Po, por escolher o ex-presidente Lula para receber o primeiro título Honoris Causa que a instituição concedeu a um latino-americano.

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A informação é do jornal argentino Pagina/12 e do próprio Globo, que, através da repórter Deborah Berlinck, chegou a fazer a Descoings a seguinte pergunta: “Por que Lula e não Fernando Henrique Cardoso, seu antecessor, para receber uma homenagem da instituição?”.
No relato da própria repórter de O Globo ,que fez essa pergunta constrangedora, havia a insinuação de que o prêmio estaria sendo concedido a Lula porque o grupo de países chamados Bric’s (Brasil, Rússia, Índia e China) estuda ajudar a Europa financeiramente, no âmbito da crise econômica em que está mergulhada a região.

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A jornalista de O Globo não informa de onde tirou a informação. Apenas a colocou no texto. Não informou se “agrados” parecidos estariam sendo feitos aos outros Bric’s. Apenas achou e colocou na matéria que se pretende reportagem e não um texto opinativo. Só esqueceu que o Brasil estar em condição de ajudar a Europa exemplifica perfeitamente a obra de Lula.
Segundo o relato do jornalista argentino do Pagina/12, Martín Granovsky, não ficou por aí. Perguntas ainda piores seriam feitas.

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Os jornalistas brasileiros perguntaram como o eminente Sciences Po, “por onde passou a nata da elite francesa, como os ex-presidentes Jacques Chirac e François Mitterrand”, pôde oferecer tal honraria a um político que “tolerou a corrupção” e que chamou Muamar Khadafi de “irmão”, e quiseram saber se a concessão do prêmio se inseria na política da instituição francesa de conceder oportunidades a pessoas carentes.

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Descoings se limitou a dizer que o presidente Lula mudou seu país e sua imagem no mundo. Que o Brasil se tornou uma potência emergente sob Lula. E que por ele não ter estudo superior sua trajetória pareceu totalmente “em linha” com a visão do Sciences Po de que o mérito pessoal não deve vir de um diploma universitário.

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O diretor do Science Po ainda disse que a tal “tolerância com corrupção” é opinião, que o julgamento de Lula terá que ser feito pela história levando em conta a dimensão de sua obra (eletrificação de favelas e demais políticas sociais). Já o jornalista argentino perguntou se foi Lula quem armou Khadafi e concluiu para a missão difamadora da “imprensa” tupiniquim: “A elite brasileira está furiosa”.

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Folha, um jornal sem educação

por Gilmar Crestani

professores greve

Com indisfarçável alegria, a Folha comemora em manchete a derrota dos professores paulistas. Exatamente 90 dias após o início da greve dos professores, a Folha dá capa para o assunto. Em nenhum momento antes fez qualquer reportagem para mostrar a real situação, tanto em relação às reivindicações dos professores, seja em relação à intransigência do governo do Estado. Não se trata apenas da blindagem ao eterno poder do PSDB sobre São Paulo, mas de informação sonegada, ao melhor método Rubens Ricúpero, escondendo como se não existisse, de toda comunidade escolar. Não há nada mais paradigmático para um grupo que lida com informação do que o silêncio sobre assunto que envolve tanta gente. Pior, exatamente quando os professores encerram sua luta o jornal dá ares de sua graça para tripudiar.

Infelizmente, a Folha faz isso porque há parcela significativa da sociedade que compactua no combate aos professores. A manchete da Folha faz parte de uma lógica levantada pela sua parceira do Instituto Millenium, a revista Veja, que pediu “menos escolas, mais prisões”.

Para que moldar os professores ? A estratégia foi melhorada e agora através do enem eles punem os alunos que pensam diferente.

Enquanto os setores progressistas não se derem conta de que, hoje, o principal entrave para a melhora da nossa sociedade se encontra exatamente nos associados dos Instituto Millenium não haverá esperança de de que tenhamos avanços no processo civilizatório.

Nunca é demais lembrar que o Governo de São Paulo distribui milhares de assinaturas da Folha, Estadão e Veja nas escolas públicas. Se isso não explica tudo, é mais do que suficiente para se ter uma ideia de onde está o verdadeiro banditismo. O criminoso mais perigoso é aquele que faz seu crime parecer um bem. Nisso a Folha tem boa parceria, não só no governo do Estado, mas em vários setores da sociedade. Quando alguém usa a democracia para pedir um Golpe de Estado está tendo um comportamento não só esperado, mas festejado por quem não tem a menor educação. Educação no seu sentido mais nobre, como ensinado por Paulo Freire.

O comportamento da Folha é mais nocivo que o tráfico do Fernandinho Beira-Mar, porque Fernandinho entrega seu produto para quem quer destruir a própria vida, enquanto a Folha entrega um produto com o objetivo de destruir a vida dos seus adversários.

Fico me perguntando o que eu faria com a Folha se estivesse dando aula numa das escolas em que ela é distribuída pelo Geraldo Alckmin.

Derrotados, professores encerram greve mais longa da categoria em SP

jb professor pesão Rio
Parados há 89 dias, docentes da rede estadual pediam reajuste de 75%, mas não conseguiram nada

Governo Alckmin não apresentou nenhuma proposta de aumento; movimento perdeu força após corte de ponto

(WÁLTER NUNES)COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A mais longa greve da história da rede estadual de ensino de São Paulo terminou nesta sexta-feira (12), depois de 89 dias, sem nenhum acordo entre professores e a gestão Geraldo Alckmin (PSDB).

A maioria que compareceu à assembleia da categoria, na avenida Paulista, decidiu encerrar a paralisação apesar de não ter conseguido nenhum aumento salarial.

Os professores pediam reajuste de 75,33% –suficiente, segundo a Apeoesp (sindicato docente), para equiparar os salários dos professores aos dos demais profissionais com ensino superior no Estado.

O governo não apresentou proposta de reajuste. Diz que divulgará um plano até julho, quando completará um ano do último aumento. Os professores devem voltar às atividades na segunda-feira (15). A reposição de aulas será definida por cada escola.

A greve acabou se esvaziando e perdendo adesão principalmente depois do corte de ponto dos grevistas pelo Estado –com aval da Justiça.

A presidente da Apeoesp, Maria Izabel Noronha, negou derrota da categoria, que, segundo ela, continua insatisfeita. “Ninguém vai sair de cabeça baixa. O governo queria a derrota do movimento, mas ele não conseguiu”, afirmou. Segundo a PM, a assembleia reuniu cerca de mil pessoas. O sindicato estimou 8.000.

A greve foi anunciada em 13 de março, em meio a um ato em defesa de direitos trabalhistas que reuniu diferentes sindicatos e movimentos sociais e também serviu de apoio ao governo da presidente Dilma (PT).

‘SOBREVIVER’

“Nós viemos para votar não, porque não temos mais condições de ficar parados sem salário. Precisamos sobreviver”, afirmou Sueli Pinto Arantes, que saiu de Ribeirão Preto para a assembleia.

A decisão sobre a manutenção da greve já havia sido apertada na semana passada, quando foram necessárias duas votações, devido ao equilíbrio na primeira.

No auge da paralisação, em abril, a Apeoesp contabilizava adesão de 75%. Nos últimos dias, falava em 30%.

A Secretaria de Estado da Educação chegou a falar em até 9% de faltas, mas depois disse que a taxa de ausência estava limitada a 2%.

Em nota, a gestão Alckmin disse que a greve era “um movimento isolado”.

O governo afirmou ainda que concedeu 45% de reajuste em quatro anos.

Parte desse percentual, porém, se refere à incorporação de gratificação ao salário-base, que beneficia aposentados, mas tem impacto quase nulo para servidores ativos.

professor síndrome