Golpistas e prostitutas sempre têm um programa agendado

O Golpe já foi dado. Porque a ilegitimidade não está apenas na ausência de razões legais, mas principalmente porque os principais atores padecem da mais elementar condição ética, moral ou legal

por Gilmar Crestani

O golpe já foi dado. Quando um aparato regido pela Rede Goebbels pôs na rua antes mesmo que a reeleição da Presidente Dilma fosse anunciada pelo TSE, o lema vazado no Escândalo da Parabólica, “o que ruim a gente mostra, o que é bom a gente esconde”, o clima para quebrar já estava no ar. Na verdade, o golpe começou bem antes. A partir do momento que deu certo em Honduras, que depois no Paraguai, com a ênfase tucana, mais precisamente da dupla paranaense Álvaro Dias & Fernando Francischini, já estava desenhado os rumos que os golpistas tomariam. O script estava pronto, os atores ensaiados. Só faltava a publicidade institucional. E a instituição com mais participações em golpes estava logo ali na esquina, à espreita. A Rede Globo, com participação em golpes desferidos e nem sempre bem sucedidos, admitia em editorial, o erro, mas jamais pediria perdão. A Folha, que entende que ditadura é ditabranda, porque os estupros foram nos outros, também provou a fábula da rã e do escorpião. O DNA de sua natureza fala mais alta. Os finanCIAmentos clandestinos, ou, a partir da Lista Odebrecht, nem tanto assim, estão sendo desovados.

O Golpe já foi dado. Porque a ilegitimidade não está apenas na ausência de razões legais, mas principalmente porque os principais atores padecem da mais elementar condição ética, moral ou legal. Todos os principais condutores do golpe têm contra si não só suspeitas, mas provas materiais, senão vejamos:

1) Rede Globo – a égua madrinha que conduz os midiotas, tem contas a acertas com o fisco devido às sonegações das Copas de 2002 e 2006. Além, é claro, de sua longa tradição em golpes, pequenos, como o da Proconsult, e grandes, como o de 1964;

2) Michel Temer – desde sempre enrolado no Porto de Santos. As repetidas vezes em que seu nome aparece nas delações premiadas é, para os golpistas, isso mesmo, um PRÊMIO que o qualifica a ficar com o botim do golpe!

3) Eduardo CUnha – dispensa explicações ou provas. É tão longeva sua participação quanto sua contínua beatificação pelos golpistas. Fez escola com PC Farias, aperfeiçoou na Telerj mas conta mesmo com o compadrio da Rede Globo, onde conheceu sua esposa e parceira. A Suíça já mandou toneladas de provas. O que só prova que ele também detém todas as qualificações exigidas para um bom golpe.

4) Aécio Neves – apesar de octa deletado, é o único inocente, porque tem a seu favor atenuantes, como o de insanidade mental. Ninguém que não esteja no bom uso de suas faculdades mentais pode ser julgado. Alguém que nunca praticou alguma atividade produtiva, como prova o ranking da Veja, mas aos 17 anos, mesmo estudando no Rio de Janeiro já tinha cargo em Brasília, que acertou, aos 25 anos, na Vice-Presidência da Caixa, que não tem amigos (viu Zezé Perrella!!), que utiliza bem do estado (avião) para fazer favor a amigos, que constrói, com dinheiro público, aeroportos em terras de familiares (Cláudio e Montezuma). Só um Napoleão de Hospício, em total Síndrome de Abstinência, comemoraria uma eleição, apesar de FHC com Janio Quadros, antes do término da contagem de votos.

5) Gilmar Mendes – é figurinha carimbada do Golpe Paraguaio. Sem ele, não teria graça e a previsão do Dalmo Dalllari teria mais dificuldades para se concretizar. O convescote de Lisboa é apenas a cereja do bolo. Gilmar Mendes conseguiu ser piada de português. Pensando bem, o Golpe Paraguaio é a verdadeira piada de português.

O Golpe Paraguaio também é entendido, não só pela sua aparência de legalidade, mas pela ausência de povo. Os golpistas são classe média alta, e seus aspiradores, em todos os sentidos, essencialmente branca, que usa camisas Padrão FIFA com o escudo da CBF. Como sabemos duas instituições mundialmente reconhecidas pela elevada moral que desfrutam junto aos corruptos de sempre. Sabe porque José Maria Marin, o ladrão de medalhas, preso nos EUA, tem a cara dos golpistas? Por que se estivesse no Brasil estaria solto, combatendo a corrupção junto às passeatas golpistas.

Os porto-alegrenses entendem bem isso. A reunião dos golpistas é sempre no Parcão, onde as madames, todas brancas, encontram com os poodles brancos de outras madames brancas e as babás ficam com os filhos. Este tipo de encontro é impossível em locais menos escravocratas, como o IAPI, Bom Jesus, Partenon ou Restinga. Nestes lugares estão as verdadeiras vítimas do golpe paraguaio, que o Estadão deste domingo dá como favas contadas, inclusive revelando o “programa de governo”.

Golpistas, como prostitutas, sempre têm um programa agendado.

FHC e os misteriosos pedidos de Michel Temer, Sarney, Jader Barbalho, Moreira Franco

Isso explica a caça ao Lula

ladrão corrupto impunidade justiça

por Gilmar Crestani


Isso diz tudo sobre a perseguição constante ao Lula. FHC foi protegido internamente, principalmente pela Rede Globo que o havia capturado via Miriam Dutra, mas também externamente, pela entrega do nosso patrimônio aos EUA. A Petrobrás era o próximo alvo, e havia começado com a mudança de nome para Petrobrax.

Durante os dois governos de FHC não havia necessidade de espionagem dos EUA por aqui. Tudo era entregue de bandeja. O William Waack sabe muito bem disso. Os vazamentos dos Wikileaks mostraram. Foi com Lula e Dilma que a NSA, conforme denunciou Edward Snowden, se viu obrigada a espionar o Governo Federal e também a Petrobrás. As informações fornecidas à Lava Jato tem dedo do FBI, CIA e NSA. Os objetivos de criminalizar Lula e proteger FHC também se conjugam com os interesses dos EUA. Nem mesmo FHC admitindo que nomeou ladrões o MPF e PF se dignam a ir atrás. Aliás, há um extensa bibliografia narrando com fartura de documentos a dilapidação do patrimônio nacional destes que agora estão buscando derrubar Dilma e caçar Lula.

Quando a agência Reuters entrevista FHC, os assuntos que podem comprometê-lo ela se dispõe a tirar da entrevista. Quando alguém do PSDB é mencionado nas delações da Lava Jato, “não vem ao caso”. E nem mesmo com a confissão de FHC há indignação. Aliás, tudo como acontece em relação ao Eduardo CUnha.

Todos sabemos que a corrupção no governo FHC é responsável por pelo menos uma morte: Paulo Francis! Por que FHC cruzou os braços?

Ou o Brasil varre os golpistas, ou golpe paraguaio ainda vai nos jogar no lixo da história.

FHC confessa ter nomeado ‘ladrões’

indignados ladrão de galinha

247 – No livro “Diários da Presidência”, sobre seus primeiros anos no poder, o tucano Fernando Henrique Cardoso diz que foi pressionado por parlamentares para nomear “ladrões” em troca de apoio em votações no Congresso.

Em 31 de maio de 1995, ele relata uma das reuniões com ministros para discutir as nomeações: “No fim da tarde estive (…) naquelas infindáveis discussões sobre nomeações, alguns são ladrões e nós temos algumas provas. (…) É vergonhoso, mas é assim”. Entre os políticos que pediram cargos, ele cita José Sarney, Valdemar Costa Neto, Jader Barbalho, Wellington Moreira Franco e Michel Temer.

O episódio sobre o atual vice-presidente é revelado em gravação de 3 de outubro de 1995. Temer teria pedido a indicação de um protegido seu para o fundo de pensão dos portuários. “É para ser mais solidário com o governo, ele quer também alguma achega pessoal nessa questão de nomeações. É sempre assim. Temer é dos mais discretos, mas eles não escapam. Todos têm, naturalmente, os seus interesses.”

Leia aqui na reportagem de Renato Onofre sobre o assunto.

corrupto ladrão roubar

DÍZIMO Pro pastor vira-lata comprar Porsche, BMW

Eduardo CUnha põe até Jesus na putaria

religiosos

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por Gilmar Crestani


Silas Malafaia, Marco Feliciano, Eduardo CUnha envolvem Jesus em putaria. Não é só lavagem de dinheiro, é cusparada na cara do crente. O sujeito passa a semana dando duro no batente para no fim de semana dar. Deve-se a estas credenciais o apoio dado pelos golpistas Aécio Neves, FHC, Geraldo Alckmin, Antônio Imbassahy, Carlos Sampaio, Agripino Maia, Beto Richa, Fernando Francischini & Paulinho da Força Sindical.

Não entendo como Jesus, sendo Deus, não manda uma porrada na cara de quem usa seu santo nome em vão?! E não me venha com livre arbítrio ou o inferno para ladrão. Isso é coisa de picareta. Que deus é este que permite os piores facínoras usarem seu nome em prejuízo da boa fé de tanta gente?! Este tipo de deus não me não faz falta. Mesmo que Eduardo CUnha vá pra o quinto dos infernos, de que isto serve para a vida de milhares de pessoas que ele transformou num inferno na terra?

Eu li a Bíblia. De cabo a rabo. E descobri que muita gente boa da bíblia deu o rabo para comer. Está lá no livro de Ruth. Ela ia para os campos de centeio buscar semen-te… Até Jesus ia passear com Madalena nos jardins de Bethânia…

E aí estes pastores querem falar em família?! Só se for famílias do tipo Provenzano, Marcheze, Corleone, Bonanno, Colombo, Genovese, Gambiono, Lucchese…

O Jesus.com de Cunha roda num Porsche Cayenne
Mariano
Mariano

Carro de luxo do presidente da Câmara, que é evangélico, foi registrado em uma de suas empresas, chamada Jesus.com, que faz propagandas e programas de rádio; o Porsche Cayenne S, de 2013, avaliado em R$ 429 mil, é apenas um dos carros da frota de luxo do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que tem ainda um Ford Edge V6, um Ford Fusion, também registrados na Jesus.com, além de uma BMW e outros carros vinculados a outra empresa e ao nome de sua esposa, a jornalista Cláudia Cruz; somente contabilizando o valor dos carros, o patrimônio de Cunha soma R$ 940 mil; PGR estima em R$ 61 milhões o patrimônio não declarado do presidente da Câmara

Luscar
Luscar

247 – Além de esconder patrimônio na Suíça e também nos Estados Unidos, como aponta a denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tem uma frota de carros de luxo cujo valor total soma R$ 940 mil.

Um de seus carros, um Porsche Cayenne S, de 2013, avaliado em R$ 429 mil, foi registrado em uma de suas empresas, chamada Jesus.com. O deputado é evangélico e a empresa tem como função fazer propagandas e programas de rádio

Compõem o resto da frota ainda um Ford Edge V6, um Ford Fusion, também registrados na Jesus.com, além de uma BMW e outros carros vinculados a outra empresa e ao nome de sua esposa, a jornalista Cláudia Cruz.

A Procuradoria Geral da República estima que Cunha tem um patrimônio não declarado de R$ 60,8 milhões.

Mariano
Mariano

Golpistas acampados no gabinete de Nardes

O ministro cria de Severino e substituto de Cunha

Duke
Duke

O Tribunal de Contas da União (TCU) devia exercer a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e administração indireta, quanto à legalidade, à legitimidade e à economicidade e a fiscalização da aplicação das subvenções e da renúncia de receitas.

O TCU fez as contas, sob a sombra da espada, dos governos militares, e ministros nomeados pelos ditadores aprovaram as contas do presidente José Sarney, que por eleição indireta era vice de Tancredo Neves.

Depois tiveram suas contas aprovadas: Fernando Collor, Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso, Lula da Silva. O TCU desconsiderou safadezas mil. Assinou o atestado de honestidade de Sarney. Foi cúmplice de Collor. Também não viu nenhum escândalo na presidência de FHC, a começar pelo proer dos bancos, o fatiamento da Petrobras, a venda por preço de banana da Vale do Rio Doce e o entreguismo de outras estatais. Tudo ok no governo de Lula da Silva.

O TCU fez vista grossa para todas as operações da Polícia Federal. Veja aqui a lista.

O CRONE DE CUNHA
Zop
Zop

Depois que sujou o nome de Eduardo Cunha, traficante de moedas acusado pela justiça da Suíça (tinha que ser uma justiça de outro país), escolheram um ministro do Tribunal de Contas para substituir o presidente da Câmara dos Deputados no golpismo do impeachment da presidente Dilma.

Ninguém mais traquino do que Augusto Nardes. Acusou: a presidente Dilma Rousseff pode ser responsabilizada pelas manobras fiscais feitas pelo governo para arrumar suas contas no ano passado, conhecidas como “pedaladas” fiscais.

“Poderá, sim, ser responsabilizada a presidente, se ficar comprovado. Vai depender do relator e dos depoimentos dos 17 ministros e autoridades envolvidos”, acrescentou suavizando o pré-julgamento.

Nardes classificou como “um absurdo” a decisão do governo de não contabilizar determinadas despesas. “Se nós não crescermos acima de 4% ou 5%, se o país continuar crescendo 0,1% ou 0,2%, talvez em cinco anos possamos ter cortes de salários de boa parte da estrutura do Estado brasileiro, como aconteceu com Espanha, Grécia e Portugal”, alertou.

Com crise ou sem crise, os tribunais de contas da União, estaduais e municipais deviam realizar cortes nas suas obsoletas e opulentas estruturas, com Marias Candeléria e marajás que ganham acima do teto constitucional.

O ZELO DO ZELOTE

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Acontece que Nardes não está acima de qualquer suspeita. Revela a revista Veja: Investigadores da Operação Zelotes detectaram indícios de envolvimento do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Augusto Nardes no esquema de corrupção de tráfico de influência no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), espécie de tribunal que avalia débitos de grandes contribuintes com a Receita Federal.

De acordo com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, parte do inquérito, com referências ao ministro, foi remetida à Procuradoria-Geral da República, que avaliará se cabe um pedido de investigação perante o Supremo Tribunal Federal (STF). Como integrante da corte de contas, Nardes tem prerrogativa de foro.

A Polícia Federal realizou buscas em nove empresas, três delas em Santo Ângelo, cidade de origem de Nardes e sua antiga base eleitoral. Os investigadores teriam chegado a Nardes ao seguir o dinheiro recebido por um escritório do advogado José Ricardo da Silva, que prestava serviços de consultoria a empresas suspeitas de pagar suborno a conselheiros do Carf. Recursos dessa consultoria teriam sido transferidos a uma firma que teve o ministro como sócio.
Caberá à PGR, em caso de investigação perante o Supremo, esclarecer em quais circunstâncias, e por qual motivo, o pagamento foi feito. Detalhes do caso correm em segredo de Justiça.

Nardes chegou ao TCU pelas mãos do presidente da Câmara Severino Cavalcanti.

Com a aposentadoria do ministro Humberto Souto em 2004, coube à Câmara dos Deputados indicar o substituto à vaga e Nardes obteve a indicação do PP.

Houve quatro candidatos e, por votação secreta, Nardes venceu com 203 votos, contra os 137 votos dados ao deputado José Pimentel (PT-CE), 75 a Osmar Serraglio (PMDB-PR) e 55 votos ao deputado Carlos Nader (PFL-RJ), com 7 votos em branco. Confirmado pelo Senado e nomeado pelo Presidente da República, renunciou ao mandato de deputado federal para assumir o novo cargo em 20 de setembro de 2005.

O EFEITO SEVERINO CAVALCANTI
Eduardo Cunha e Severino Cavalcanti, os presidentes do baixo clero
Eduardo Cunha e Severino Cavalcanti

In Contexto Livre: Severino fez um lobby intenso para emplacar o deputado Augusto Nardes, seu amigo do PP gaúcho, como ministro do Tribunal de Contas da União. O caso é um constrangimento do início ao fim. Nardes é processado por crime eleitoral, peculato e concussão, mas fez um acordo para livrar-se da condenação: doaria 1 000 reais ao Fome Zero e faria oito palestras em escolas públicas, uma a cada três meses, durante dois anos, sobre democracia e eleição. Tentou dar um aplique dizendo que concedera as oito palestras em dois dias. Em abril, o procurador-geral da República denunciou a malandragem à Justiça, exigindo que a pena fosse cumprida ao longo de dois anos — e não de dois dias. Informado da ação criminal e do acordo fraudado, o presidente do TCU, Adylson Motta, ficou horrorizado. Escreveu ao presidente Lula pedindo que não sancionasse a nomeação de Nardes devido à “inobservância do requisito constitucional da reputação ilibada e idoneidade moral”. Lula não deu a mínima. A nomeação foi publicada no Diário Oficial da União.

Informa o jornalista Gilmar Crestani: O movimento “Vemprárua” e outros grupos que defendem o impeachment da presidente Dilma Rousseff fazem desde ontem, segunda-feira, uma “Blitzkrieg” junto aos ministros do TCU que devem avaliar as contas da presidente Dilma Rousseff relativas a 2014 até o próximo dia 7 de outubro. Eles pedem que os ministros rejeitem pressões políticas do governo e dos partidos para aprovar as contas de Dilma, ainda que com ressalvas.

– O que temos dito a eles é que se prendam ao julgamento técnico repelindo pressões políticas e que contem com o nosso apoio para isso – disse ao 247 o coordenador da atividade pelo VemPráRua, Jailton Almeida.

Reservadamente, dois ministros do TCU nos revelaram ter sido assediados pelos visitantes que tentaram lhes cobrar compromisso com o voto pela rejeição das contas. “Foi uma tentativa de constrangimento desagradável, dentro do meu gabinete”, queixou-se um ministro.

Como se sabe, o relator das contas, ministro Augusto Nardes, apresentará um parecer que poder ser acolhido ou não pelo plenário do TCU. Este parecer, que pode ser pela aprovação, rejeição ou aprovação com ressalvas das contas do governo é que será apreciado pelo Congresso, a quem cabe a palavra final. A oposição aposta na rejeição das contas de Dilma pelo Congresso porque terá com isso o fundamento jurídico para um pedido mais consistente de abertura de processo de impeachment contra ela. Os 13 pedidos já apresentados, e que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, devolveu aos autores para que sejam enquadrados nas exigências técnicas da Casa, não apontam infrações cometidas pela presidente que possam ser enquadradas como crime de responsabilidade. Nem mesmo o do jurista Hélio Bicudo, adotado pela oposição, que é o melhor fundamentado e também foi devolvido ao autor.

A rejeição das contas do governo pelo Congresso resolverá este problema para a oposição, que não gostaria de conduzir um processo de impeachment que possa ter sua legalidade contestada e que, por inconsistência jurídica, possa ser caracterizado como golpismo.

No cronograma da oposição, o pedido de Hélio Bicudo deve ser reapresentado depois da votação do parecer de Augusto Nardes pelo TCU, o que dará uma fundamentação mais consistente ao pedido, ainda que o Congresso não tenha apreciado a matéria. A oposição ainda discute se vai apenas apoiar o pedido de Bicudo ou se, através de seus líderes, irá subscrevê-lo.

PREPARANDO O CAMINHO DO GOLPE
Newton Silva
Newton Silva

Veja que curioso, absurdo, repentino, kafkiano, suspeito, inusitado, grotesco, bizarro e golpista: em uma único dia e sessão, no fim do expediente, de 6 de agosto deste ano de 2015 da presidência do primeiro-ministro Eduardo Cunha, a Câmara dos Deputados aprovou quatro projetos referentes a contas governamentais de três ex-presidentes: Itamar Franco (1992), Fernando Henrique Cardoso (2002) e Luiz Inácio Lula da Silva (2006 e 2008). Foram aprovados os Projetos de Decreto Legislativo (PDCs) 384/97; 40/11; 1376/09 e 42/11, respectivamente. A apovação abriu caminho para a votação das contas da presidente Dilma Rousseff. Essa pressa visa possibilitar a votação do impeachment de Dilma.

Não passa de uma gracinha, um jeitinho sacana, aprovar as contas paradas a mais de duas décadas em um final de tarde, na Hora do Angelus.

Nossa elite midiática tem autoridade moral de dirigente da Volks

por Gilmar Crestani

folha-ditadura

Só não sei se as peruas que a Folha emprestava para levar os corpos dilacerados para o Cemitério de Perus também eram da Volks. A prova de que a ditadura fez muito sucesso por aqui se mede pelo empenho da nossa imprensa em revelar porque todo preso da ditadura era estuprado. O estupro está para a ditadura como a fidelidade de Miriam Dutra está para FHC.

Se nossa imprensa participou ativamente para derrubar Jango, da mesma forma que atua agora para derrubar Dilma, também é verdade que atuou para legitimar a ditadura, com a qual se locupletou. As cinco irmãs (Folha, Estadão, Globo, Veja e RBS) se consolidaram com a ditadura. Por que iriam querer revelar os crimes dos seus parceiros? Nem seria justo esperar que o fizessem. Esperava-se, sim, que os que não se beneficiaram com a ditadura não fossem coniventes. Neste quesito o STF pisou no Boimate. Comprou tomate por bife…

Da mesma forma que o STF aceitou a lei com a qual os ditadores se auto anistiaram, também protegeram os crimes praticados posteriormente à referida lei, como o caso da bomba no Riocentro. No popular, não deu em nada. A Folha chegou ao cúmulo da desfaçatez ao dizer que não tivemos uma ditadura, mas uma ditabranda. Tem a mesma lógica do livro do Ali Kamel, “Não somos racistas”… Da mesma forma e pelas mesmas razões com que se livraram os criminosos da ditadura, também se livraram da justiça os criminosos da privataria tucana. Se quisermos entender melhor o que isso significa, basta que olhemos para nosso lado. Carlos Menem e Alberto Fujimori, parceiros de todas as horas do rei da privataria, foram presos, mas por aqui o responsável foi levado por Roberto Marinho e José Sarney para a Academia Brasileira de Letras. Na Argentina, Chile e Peru, os ditadores sofreram as consequências da lei. Muito diferente do que houve por aqui. Não culpo torturadores, porque tinham prazer com os estupros que praticavam, mas qual será o prazer dos assoCIAdos do Instituto Millenium em tergiversar sobre o assunto?!

Le Monde lembra aliança da VW com os militares

E ajuda a desmoralizar a Comissão da 1/2 Verdade

fusca volks VW

por Paulo Henrique Amorim

Essa foi a ilustração que o Monde deu à reportagem sobre a tortura a Bellantani.

O respeitado jornal francês Le Monde publicou reportagem sobre a ligação sinistra da Volkswagen brasileira com o regime militar.

O artigo sai no contexto da crise que envolve a Volkswagen americana, que fraudou os testes de poluição em carros movidos a diesel e vai ter pagar multas bilionárias, depois de envenenar milhares de pessoas, mundo afora!

O Monde lembra aqui a experiência do operário metalúrgico Lucio Antonio Bellantani, que, aos 28 anos, o serviço de segurança da própria Volkswagen entregou à polícia por discutir política e defender a democracia.

Bellantani foi torturado para denunciar outros colegas “agitadores”.

A certa altura das greves do Lula no ABC, diz o Monde, os militares receberam uma lista de 463 grevistas, entre eles, os da Volkswagen.

O depoimento de Bellantani foi recolhido pela Comissão da /1/2 Verdade brasileira.

O que o Monde não diz é que o Brasil se tornou o único pais latino-americano, vítima de um regime militar, que conseguiu desmoralizar uma Comissão de Verdade!

E quando foi se aprofundar nas relações das empresas – e bancos – com o regime militar, adotou a filosofia “sergio morinha”: “não vem ao caso”!
Vive le Brésil!

Ao Monde:

Mardi 22 septembre, divers syndicats ainsi que le Forum des travailleurs pour la vérité, la justice et la réparation ont réclamé l’ouverture d’une procédure d’enquête contre le groupe, accusé d’avoir collaboré aux persécutions et aux tortures lors de la dictature militaire (1964-1985).

Le Forum est une émanation d’un groupe de travail issu de la Commission nationale de la vérité (CNV), chargée depuis 2012 d’enquêter sur les violations des droits de l’homme pendant les années noires du pays.

Selon les documents collectés par le Forum, le groupe allemand, présent au Brésil depuis plus de soixante ans, aurait collaboré avec la police militaire, donnant sans gêne les noms de salariés potentiellement perturbateurs au service d’ordre de l’Etat. Charge ensuite aux policiers de les arrêter et de les torturer.

Lucio Antonio Bellantani, 71 ans, fut l’une des victimes de ce « nettoyage ». Son témoignage, rapporté par le site du magazine CartaCapital, est sans équivoque. En 1972, alors âgé de 28 ans, il fut livré aux policiers militaires par le propre service de sécurité de « Volks ».

Son crime? « Discuter politique avec d’autres collègues afin de les syndiquer et de lutter avec eux contre la dictature et pour la démocratie », raconte-t-il.

Cette audace lui a valu plus d’un mois de détention ponctué de séances de torture, l’obligeant à donner les noms de personnes liées au Parti communiste. Aujourd’hui, Lucio Antonio se bat pour que le pays accomplisse son devoir de mémoire, que l’on enseigne aux enfants cette période sombre du Brésil, afin que « jamais plus » l’histoire ne se répète, dit-il. Et de rêver à la construction d’un « mémorial », par le groupe.

Véritable institution au Brésil, Volkswagen, fabricant de la voiture populaire Fusca, nom local de la Coccinelle, est la première entreprise mise en cause. Elle ne sera sans doute pas la seule. « Nous avons collecté beaucoup d’éléments sur cette société, mais nous avons aussi des documents à même de prouver l’implication d’autres entreprises », indique Carolina Freitas, membre du Forum.

En 1980, lors de la grande grève de quarante et un jours – orchestrée par celui qui n’était encore qu’un syndicaliste chahuteur, Luiz Inacio Lula da Silva (président brésilien de 2003 à 2010) –, la police militaire aurait reçu les noms de 436 grévistes, de Volkswagen, mais aussi d’autres entreprises alentour paralysées par l’arrêt de travail. Contacté, le groupe allemand n’a pas donné suite à nos sollicitations.

O patinho feio das operações

 

zelotes
por  Gilmar Crestani
Está aí a diferença. Quando uma operação atinge os bastões usados para vergastar a esquerda o eufemismo campeia solto. Evita-se inclusive nominar quais são as empresas envolvidas, mas sempre sobra espaço para mencionar JD Consultoria e André Vargas… O engraçado é que nos outros países em que se investigou a lavagem de dinheiro no HSBC houve agilidade e enfoque nos corruptores.

De certa forma, o discurso do coordenador-geral de investigação se coaduna com os cartazes da marcha dos zumbis de que se trata do crime sonegação, mas corrupção dos agentes públicos. Não é por acaso que impostores do impostômetro estejam todos no sonegômetro.

E assim, volta-se ao passado para continuar jogando a culpa no corrompido para aliviar a culpa do corruptor. Aliás, esta é a grande diferença da Operação Lava Jato.

Na Lava Jato estão sendo incriminados as duas pontas, o cartel dos corruptores e os corrompidos. Ou pelo menos os corrompidos que se quer condenar. Parece claro, na Lava Jato, que há uma seletividade nos vazamentos. E os vazamentos só fazem sentido na medida que forma uma parceria da mídia com o que se busca na Lava Jato.

Mas como construir uma parceria entre investigadores, mediante o uso de vazamento seletivo, se as empresas de comunicação estão entre os principais investigados?! Este é o ponto que difere as duas operações. É por isso também que não se vê manchetes escandalosas a respeito dos envolvidos e do volume de dinheiro movimentado.

Tanto a Operação Zelotes como a Lista Falciani do HSBC não envolvem políticos de esquerda, mas pegam por cheiro seus algozes. Eis aí a razão que sugere a grande diferença entre Lava Jato e Zelotes. Pode-se brigar com os fatos, pois se eles não estão de acordo com as versões, pior para eles.

Andreza Matais entrevista Gerson Schaan

Luciana filiado globo rs zelotes

Investigação se refere a processos de dívidas tributárias, e não se pode esperar que dinheiro será recuperado rapidamente

O coordenador-geral de investigação da Receita Federal, o auditor fiscal Gerson Schaan, afirmou ao Estado que a Operação Zelotes conseguiu confirmar ilegalidades envolvendo 20 grandes empresas que questionaram dívidas tributárias no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), mas alertou que o governo não deve contar com o resultado da investigação para fazer caixa e aliviar as contas públicas. “Trata-se de um caso de corrupção, e não de sonegação fiscal”, explicou.

Schaan quebrou o silêncio que envolve seu cargo e criticou a Polícia Federal, que chegou a comparar a Zelotes à Lava Jato, criando uma expectativa de que R$ 19 bilhões poderiam retornar ao cofres públicos em decorrência das investigações. “São casos completamente diferentes.”

Na Receita, o coordenador geral de investigação montou e comanda três equipes de auditores fiscais que se dedicam exclusivamente às investigações sobre a Zelotes, a Lava Jato e o HSBC. “A Lava Jato é sem dúvida a maior investigação que já fizemos.” O caso HSBC não fica muito atrás. No ano passado, a equipe de Schaan produziu cem investigações. Apenas os relatórios referentes ao HSBC envolvem 8 mil contas.

Leia os principais trechos da conversa de Schaan com o Estado:

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A Zelotes será maior do que a Lava Jato?

A comparação com a Lava Jato nunca foi oportuna por conta do tipo de esquema. Não posso comparar milhões que foram superfaturados numa obra com autos de infração que estão sendo julgados no Carf. Existem casos em que o julgamento em si não teve problema, mas a tramitação do processo. Temos julgamentos que foram manipulados de forma a cair numa turma que tenha o voto que a quadrilha quer, a favor do contribuinte. Se fosse em outra turma, o voto seria a favor da Fazenda. A questão não envolve sonegação, mas corrupção.

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Mas não se pagou para anular multas que chegavam a R$ 19 bilhões?

Deu-se uma falsa impressão de que é uma fraude, de que se poderia buscar aí o ajuste fiscal, não é isso. Tem alguns “bi” desse montante que, se fosse de novo a julgamento, a Fazenda iria perder outra vez porque a fraude não está no voto, mas na tramitação. Não é porque eu estou julgando auto de infração que há crime de sonegação. Se eu manipulo o processo de forma a só julgar quando for bom para mim, eu estou fraudando o sistema. Por isso, achar que esses valores que vão ser arrecadados irão ajudar o ajuste fiscal, não dá.

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Pode dar um exemplo?

Nos casos analisados na investigação que envolvem ágio interno, por exemplo, os contribuintes têm uma interpretação a respeito e a usam para diminuir o valor do imposto a pagar. A Receita entende de outra forma e multa. No Carf tinha decisões dos dois lados. O que a quadrilha fazia era direcionar o julgamento para uma turma que já tinha esse entendimento a favor do contribuinte. Isso não é sonegação, você está interpretando a lei de outra forma. É diferente de usar nota fria, conta de laranja. Isso é caso de sonegação. O cara sabe que tem de pagar aquele imposto, mas ele usa artifícios para não pagar e o conselheiro vota a favor dele. E aí na Zelotes tem de tudo.

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Em que fase está a investigação agora?

No momento, o Ministério Público trabalha algumas denuncias e nós estamos trabalhando para dar seguimento a outros processos que ensejam novas quebras de sigilo bancário, fiscal. Não vejo horizonte para terminar. Neste momento são 20 empresas que já têm substância mais forte. Não posso citar, mas são 20 e poucas empresas diferentes. Os conselheiros se repetem.

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Há queixas relativas ao primeiro juiz do caso, que não autorizou a continuidade das escutas. Isso prejudicou as investigações?

Isso de fato atrasou algumas decisões, inviabilizou determinada linha de investigação.

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A Receita já havia iniciado a investigação quando a PF entrou no caso. Como foi o trabalho?

Já participei de investigações mais harmônicas. Causa prejuízo porque algumas coisas poderiam ter produzido resultados mais cedo e eventualmente mais robustos.

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Existe um limite para as investigações?

A investigação é pautada por onde as provas nos levam.

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Quando as investigações do caso HSBC serão concluídas?

É um trabalho de longo prazo. No ano passado fizemos cem investigações e, neste caso, são 8 mil. Já identificamos quem tem irregularidade tributária e agora analisamos os casos mais relevantes. Encontramos procuradores e advogados que controlam várias contas bancárias.

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Quantas pessoas da sua equipe trabalham só na Lava Jato?

É o maior trabalho que já fizemos sem dúvida alguma. Temos 242 procedimentos de fiscalização abertos e uma equipe de 55 auditores fiscais, mais 15 alocados no apoio a investigação criminal.

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O que sua equipe identificou?

Quando o Paulo Roberto Costa foi solto pelo STF, nós demonstramos que ele tinha dinheiro não declarado na Suíça (o ex-diretor da Petrobrás voltou a ser preso por causa dessa informação). O esquema de lavagem de dinheiro do André Vargas fomos nós que identificamos. Também fomos nós que identificamos pagamentos das empreiteiras para a JD Consultoria (empresa de José Dirceu). Na fase Radioatividade, identificamos o caminho do dinheiro até chegar à empresa do real beneficiário, o diretor preso.

Roque Sponholz
Roque Sponholz

Retrato inacabado da musa dos golpistas

por Gilmar Crestani

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O MBL não poderia ter feito escolha melhor para mascote do combate à corrupção, Eduardo CUnha, o exemplo pronto e acabado da hiPÓcrisia que reina entre os zumbis. Eduardo Cunha é a cara do MBL. Aliás, é a cara dos movimento golpista.

Quando os derrotados das últimas eleições tiram do armário uma personagem criado na incubadora Collor & PC Farias, é porque o nível de indigência mental não tem limites.

Será que o Aécio Neves e sua creche de playboys tenham em tão pouca conta nossa inteligência?! Não será isto um exemplo pronto e acabado do que o tóxico pode fazer com o cérebro dos usuários? Ou falta de tóxico, depois do consumo exacerbado, que a medicina diagnostica como síndrome de abstinência?

O uso do fundamentalismo religioso do tipo que nasce da suruba de um Malafaia com um Feliciano. De métodos que chegaram ao ápice com Carlos Lacerda, se fixaram na Veja, mas que são disseminados pela mãe do golpismo, a Rede Globo. A falta de fair play eleitoral, pelos que não sabem perder. Tudo isto misturado seria ingrediente suficiente para demonstrar o déficit civilizatório da marcha dos zumbis, se dentre eles se encontrasse alguém com cérebro em pleno funcionamento das faculdades mentais.

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Folha, um jornal sem educação

por Gilmar Crestani

professores greve

Com indisfarçável alegria, a Folha comemora em manchete a derrota dos professores paulistas. Exatamente 90 dias após o início da greve dos professores, a Folha dá capa para o assunto. Em nenhum momento antes fez qualquer reportagem para mostrar a real situação, tanto em relação às reivindicações dos professores, seja em relação à intransigência do governo do Estado. Não se trata apenas da blindagem ao eterno poder do PSDB sobre São Paulo, mas de informação sonegada, ao melhor método Rubens Ricúpero, escondendo como se não existisse, de toda comunidade escolar. Não há nada mais paradigmático para um grupo que lida com informação do que o silêncio sobre assunto que envolve tanta gente. Pior, exatamente quando os professores encerram sua luta o jornal dá ares de sua graça para tripudiar.

Infelizmente, a Folha faz isso porque há parcela significativa da sociedade que compactua no combate aos professores. A manchete da Folha faz parte de uma lógica levantada pela sua parceira do Instituto Millenium, a revista Veja, que pediu “menos escolas, mais prisões”.

Para que moldar os professores ? A estratégia foi melhorada e agora através do enem eles punem os alunos que pensam diferente.

Enquanto os setores progressistas não se derem conta de que, hoje, o principal entrave para a melhora da nossa sociedade se encontra exatamente nos associados dos Instituto Millenium não haverá esperança de de que tenhamos avanços no processo civilizatório.

Nunca é demais lembrar que o Governo de São Paulo distribui milhares de assinaturas da Folha, Estadão e Veja nas escolas públicas. Se isso não explica tudo, é mais do que suficiente para se ter uma ideia de onde está o verdadeiro banditismo. O criminoso mais perigoso é aquele que faz seu crime parecer um bem. Nisso a Folha tem boa parceria, não só no governo do Estado, mas em vários setores da sociedade. Quando alguém usa a democracia para pedir um Golpe de Estado está tendo um comportamento não só esperado, mas festejado por quem não tem a menor educação. Educação no seu sentido mais nobre, como ensinado por Paulo Freire.

O comportamento da Folha é mais nocivo que o tráfico do Fernandinho Beira-Mar, porque Fernandinho entrega seu produto para quem quer destruir a própria vida, enquanto a Folha entrega um produto com o objetivo de destruir a vida dos seus adversários.

Fico me perguntando o que eu faria com a Folha se estivesse dando aula numa das escolas em que ela é distribuída pelo Geraldo Alckmin.

Derrotados, professores encerram greve mais longa da categoria em SP

jb professor pesão Rio
Parados há 89 dias, docentes da rede estadual pediam reajuste de 75%, mas não conseguiram nada

Governo Alckmin não apresentou nenhuma proposta de aumento; movimento perdeu força após corte de ponto

(WÁLTER NUNES)COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A mais longa greve da história da rede estadual de ensino de São Paulo terminou nesta sexta-feira (12), depois de 89 dias, sem nenhum acordo entre professores e a gestão Geraldo Alckmin (PSDB).

A maioria que compareceu à assembleia da categoria, na avenida Paulista, decidiu encerrar a paralisação apesar de não ter conseguido nenhum aumento salarial.

Os professores pediam reajuste de 75,33% –suficiente, segundo a Apeoesp (sindicato docente), para equiparar os salários dos professores aos dos demais profissionais com ensino superior no Estado.

O governo não apresentou proposta de reajuste. Diz que divulgará um plano até julho, quando completará um ano do último aumento. Os professores devem voltar às atividades na segunda-feira (15). A reposição de aulas será definida por cada escola.

A greve acabou se esvaziando e perdendo adesão principalmente depois do corte de ponto dos grevistas pelo Estado –com aval da Justiça.

A presidente da Apeoesp, Maria Izabel Noronha, negou derrota da categoria, que, segundo ela, continua insatisfeita. “Ninguém vai sair de cabeça baixa. O governo queria a derrota do movimento, mas ele não conseguiu”, afirmou. Segundo a PM, a assembleia reuniu cerca de mil pessoas. O sindicato estimou 8.000.

A greve foi anunciada em 13 de março, em meio a um ato em defesa de direitos trabalhistas que reuniu diferentes sindicatos e movimentos sociais e também serviu de apoio ao governo da presidente Dilma (PT).

‘SOBREVIVER’

“Nós viemos para votar não, porque não temos mais condições de ficar parados sem salário. Precisamos sobreviver”, afirmou Sueli Pinto Arantes, que saiu de Ribeirão Preto para a assembleia.

A decisão sobre a manutenção da greve já havia sido apertada na semana passada, quando foram necessárias duas votações, devido ao equilíbrio na primeira.

No auge da paralisação, em abril, a Apeoesp contabilizava adesão de 75%. Nos últimos dias, falava em 30%.

A Secretaria de Estado da Educação chegou a falar em até 9% de faltas, mas depois disse que a taxa de ausência estava limitada a 2%.

Em nota, a gestão Alckmin disse que a greve era “um movimento isolado”.

O governo afirmou ainda que concedeu 45% de reajuste em quatro anos.

Parte desse percentual, porém, se refere à incorporação de gratificação ao salário-base, que beneficia aposentados, mas tem impacto quase nulo para servidores ativos.

professor síndrome

Panelaço nos bairros ricos de São Paulo é para espantar o mosquito da dengue…

300 de Esparta

por Gilmar Crestani

Amorim
Amorim

Heróis não foram os 300 de Esparta comandados pelo Rei Leônidas que enfrentaram o poderoso exército persa no desfiladeiro das Termópilas. Até porque eles só tinham um escudo numa mão e a espada noutra para enfrentar uma epidemia de imortais. Iguais aos paulistas com dengue, lutaram sem água.

Choque de gestão é isso que acontece na gestão da saúde pública em São Paulo, o resto é coisa do PT. 300 casos por 100 mil pessoas só os espartanos e o PSDB conseguem. E viva o partido com os melhores quadros… Se a má gestão tivesse sido coisa isolada, do Alckmin, e estaria desculpado. Mas tem sido rotina por onde passa o PSDB. Foi assim na Paraíba do Cássio Cunha Lima, nas Minas Gerais do Aécio Neves, no RS da Yeda Crusius e agora também no Paraná do Beto Richa.

Não fossem os Fernando Gouveia espalhados pelos grupos mafiomidiáticos e o PSDB já teria sido varrido para o lixo de onde nunca deveria ter saído. Além do Poder Judiciário, segundo Jorge Pozzobom do PSDB gaúcho…

FHC, que é chamado para comentar até pum do Lula, não dá um pio sobre a dengue em São Paulo nem sobre o fascismo policial instalado no Paraná!

Ao invés de enfrentarem a dengue, a Jovem Pan, famosa por seu puxasaquismo do PSDB, associou-se à Globo e demais veículos do Instituto Millenium para venderem a ideia de caos no Brasil durante a Copa. Tínhamos seleção, mas a administração da Copa estava em cheque, manchetava a Folha de São Paulo. É, não tivemos dengue, tivemos administração mas não tivemos seleção. E agora vê-se que a dengue está impondo uma derrota alemã no planejamento administrativo da mídia pelo PSDB. Se a AMBEV, a Multilaser e o Banco Itaú tivessem investido em saúde pública ao invés de amestrar uma manada para xingarem Dilma na abertura da Copa, talvez os paulistas poderiam estar comemorando algo melhor que uma epidemia de dengue.

Fica ainda mais incompreensível o que está acontecendo na medida que São Paulo vive, sim, racionamento de água. Imagine se tivesse em abundância. Estados onde não houve racionamento d’água e onde o PSDB foi apeado do poder, a dengue regrediu. Esta epidemia é o exemplo pronto e acabado do compadrio dos sucessivos governos paulistas e os grupos Abril, Folha, Estadão e Globo. Se estes fatos estivessem acontecendo num governo petista, haveria reportagens especiais, e até a cunhada do Vaccari seria presa acusada de transportar mosquitos transmissores. Não há minutos infindáveis no Jornal Nacional, entrevistas nas páginas amarelas da Veja.

Por isso que se diz que o panelaço nos bairros ricos de São Paulo é para espantar o mosquito da dengue…

Tivemos mensalão, petrolão e agora temos o mosquitão. Só que este não aparece porque nossa imprensa é dengosa. Quando envolve PSDB, só faz cafuné…

Epidemia de dengue afeta 1 a cada 4 cidades

dengue
Mapeamento federal inclui a capital paulista, pela primeira vez, entre os municípios com alta transmissão da doença

No Estado de São Paulo, 82% das cidades estão em situação epidêmica, com mais de 300 casos por 100 mil pessoas

NATÁLIA CANCIANDE BRASÍLIA

Uma em cada quatro cidades do país já apresenta epidemia de dengue, segundo levantamento do Ministério da Saúde a pedido da Folha.

O Estado com a situação mais crítica é São Paulo, onde 82% dos municípios estão nessa condição. Entre eles, a capital paulista, que, pela primeira vez, aparece em situação epidêmica da doença no mapa do governo federal.

O parâmetro adotado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) para caracterizar a epidemia é quando a incidência de dengue supera 300 casos por 100 mil habitantes.

De 5.570 cidades brasileiras, 1.397 estão nessa condição, sendo 530 em São Paulo.

O levantamento mostra um avanço acelerado do vírus pelo país. No anterior, com informações do começo de março, 511 municípios estavam em epidemia. Um mês depois, esse número quase triplicou.

Além da capital paulista, outras seis capitais já aparecem no grupo epidêmico: Florianópolis, Goiânia, Palmas, Rio Branco, Recife e Natal.

VULNERÁVEL

Na avaliação de Giovanini Coelho, coordenador do Programa Nacional de Controle de Dengue, a combinação entre condições climáticas favoráveis e modo de vida urbana, com problema no abastecimento de água (que leva a população a armazenar o produto) e na coleta de lixo, tornam o Brasil vulnerável à dengue.

Outro problema, diz, é a falta de instrumentos de controle mais eficazes, como vacina e medicamentos específicos.

“As ferramentas hoje disponíveis são de eficácia limitada. Só temos o combate ao vetor. Isso torna a situação desafiadora. Se é difícil fazer o controle onde há boa estrutura, imagina num cenário em que não tem rede de água ou coleta regular de lixo.”

Os números do Ministério da Saúde consideram todas as notificações da doença, com base em fatores clínicos/epidemiológicos, e não só em confirmações depois de contraprova em cada município.

O critério segue recomendação dos planos de contingência quando há alta expressiva de casos de dengue.

Os dados apontam que, nas cidades em epidemia, a incidência média é de 1.480 casos por 100 mil habitantes –quase cinco vezes a referência básica da OMS. No Brasil, a média é de 367 casos por 100 mil, conforme dados do ministério atualizados até 18 de abril. Na capital paulista, atingiu 346.

O mapeamento aponta que 26 Estados têm ao menos uma cidade em epidemia. Só o Distrito Federal fica de fora.

O topo do ranking de incidência de dengue é ocupado por cidades de pequeno e médio porte. A principal é São João do Cauiá, no Paraná, que tem 6.044 habitantes –lá, é como se uma em cada cinco pessoas tivesse sido contaminada pelo Aedes aegypti.

Coordenador de epidemiologia da cidade, Magno Zonta diz que a situação começa a ser controlada após atingir o auge em fevereiro. Agentes têm aplicado multas em quem mantém água parada e alunos fazem “miniarrastões” no entorno das escolas na caça de focos do mosquito.

Gilmar Crestani explica a marcha dos zumbis em São Paulo

Entenda porque paulistas, em pleno 2015, pedem a volta da ditadura

 

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por Gilmar Crestani

Duas notícias de hoje na Folha de São Paulo, links abaixo, ajudam, para quem quiser, entender os reclamos pela volta da ditadura.

O declínio das instituições públicas paulistas não é obra do acaso, mas decorre de um choque de gestão igual ao implantado em Minas Gerais pelo mesmo PSDB.

A definição de meritocracia made in PSDB está no demérito de quem tem para que os já tenham possam continuar tendo mais. Por aí também se explica porque a direita fica ouriçada com a política de cotas. Isto porque as pessoas de Benz têm de dividir espaço com pessoas sem bens! Pior, para evitar a sinergia de cores, o principal responsável pelo jornalismo da Globo, Ali Kamel, ousou por em livro porque “Não Somos Racistas”. A Globo não é racista, é muito pior. Além de sonegadora bilionária, apoia golpes, manipula, e incita ao ódio. A confissão de Rubens Ricúpero ao funcionário da Globo, Carlos Monforte, no famoso Escândalo da Parabólica deveria ser suficiente para entender. Mas como entender se a educação em São Paulo, onde a direita ousa pedir golpe militar em pleno século XXI, é feita mediante a distribuição de milhares de assinaturas da Veja, Folha e Estadão?!

A classe média é média na inteligência, mas elite no conservadorismo. Isto porque recebeu e tomou como verdade a lição de que para que uns, ela, tenham faz-se necessário que outros não tenham. Por isso o direito ainda também trabalha com uma máxima do tempo do império romano: “dar a cada um o que é seu; aos ricos, a riqueza, aos pobres, a pobreza”. A recente decisão do Congresso de precarização das relações do trabalho, a tal de terceirização, é também uma espécie de revogação da Lei Áurea. Não é mera coincidência que os mesmos que são contra as denúncias das forças tarefas que vasculham em busca de trabalho escravo também tenham votado a favor da terceirização.

As duas pontas que amarram a precarização das relações do trabalho que retiram do trabalhador cada vez mais direitos e as marchas dos zumbis pela retorno da ditadura estão ligadas à educação. É uma deficiência do nosso ensino não ter conseguido ensinar aos alunos o que foi e o que significa uma ditadura.

Não se pode esperar que o esclarecimento do que seja viver numa ditadura venha exatamente de quem ajudou a implantar, ajudou a defende-la e sustenta-la.

A Folha, por exemplo, emprestou peruas para transportar os presos clandestinos, após serem torturados, estuprados e esquartejados, para a vala comum do Cemitério de Perus. É por isso que a Folha ainda hoje trata a ditadura como se tivesse sido uma ditabranda. De fato, para quem dela participou e com ela se locupletou, a ditadura foi branda. Os que foram estuprados nos porões do DOI-CODI, ou presos e torturados na Operação OBAN, não foi nada branda.

Como se vê pelas duas matérias da Folha, não é mero acaso que os sinais mais evidentes de retrocesso político venha exatamente de São Paulo. É um programa muito bem conduzido e financiado por empresas do tipo Boilesen, Multilaser, Banco Itaú, AMBEV, Instituto Millenium.

São tantas empresas lutando pelo retrocesso que não admira que até água tenha faltado em São Paulo. USP, UNESP e tantas outras que já foram as melhores do país, depois da longa destruição perpetrada pelo PSDB, pedem, triste ironia, água.

Não é mera coincidência que as principais ONGs e Institutos finanCIAdos pelos EUA ficam em São Paulo. É a má educação que lota a Av. Paulista na Marcha do Zumbis!

Crise financeira faz universidades públicas paulistas cortarem gastos

Unesp suspendeu aumento salarial via progressão na carreira; Unicamp barrou contratações.

Medidas são similares às recentes tomadas pela USP; reitores temem maior queda no repasse das verbas.

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