A Operação Lava Jato beneficia quem? Juiz Moro a serviço da justiça dos Estados Unidos e dos acionistas estrangeiros

Tenho denunciado que o juiz Moro apelou para o FBI espionar no Lava Jato. Considero um ato de traição. Até hoje não se sabe quantas ações da Petrobras estão em poder de estadunidenses.

Quando Fernando Henrique assumiu a presidência da República, a Petrobras tinha 30 por cento de suas ações vendidas.

Fernando Henrique criou a ANP – Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis que entregou ao genro, e vendeu na bolsa de Nova Iorque mais 30 por cento de ações.

Assim, no começo do governo de FHC a maioria das ações da Petrobrás não era mais do governo brasileiro.

Quantas ações mais foram vendidas, seja por Fernando Henrique, Lula e Dilma. Esse entreguismo não interessa a Moro nem aos barões da imprensa. Se Lula e Dilma tivessem vendido, Moro investigaria.

Disse o presidente Evo Morales, da Bolívia, que o Brasil possuía uns 22 por cento das ações.

Além dos bilionários lucros anuais da empresa, esses quase 80 por cento de acionistas desconhecidos, ganham de bônus a sociedade de todo o petróleo e gás que se descobre no Brasil e fora, onde a Petrobras possui concessões de explorações e refinarias.

 

Em nome de uma causa, a Justiça, não se pode vender a Pátria, que está acima da Justiça

Escreve o jornalista André Araújo: A espantosa notícia de que delatores brasileiros da operação Lava Jato vão aos EUA, ajudar a processar a PETROBRAS, com apoio da Justiça brasileira. É impressionante como esse fato não desperta nenhuma indignação na mídia nacional, passa em branco. É a completa perda da noção de PÁTRIA.

A Justiça de um País NÃO PODE ajudar a Justiça de outro País a processar uma empresa do próprio Estado de que faz parte. Nesse momento o Brasil é adversário dos EUA, a relação nesse caso é de litígio entre dois Estados soberanos, não importa as razões do processo, estão em jogo interesses nacionas definidos, os EUA querem extrair da Petrobras e portanto do Brasil o máximo de dinheiro e a Pertrobras e seu acionista controlador, o Estado brasileiro, querem não pagar nada ou pagar o mínimo possivel. Quanto mais forte estiver a acusação pior para o Brasil.

E não venham com essa historia de “acordo de cooperação judiciária”. Acordos desse tipo se destinam a combater o crime organizado, o tráfico de drogas e armas, o terrorismo, NAÕ SE PRESTAM A UM ESTADO PROCESSAR O OUTRO, como um Estado (e a Justiça brasileira faz parte de um Estado) pode ajudar outro Estado a PROCESSA-LO? O Procurador brasileiro quando viaja aos EUA tem sua passagem paga pelo Estado brasileiro, vai lá ajudar a processar o Estado que lhe paga a Passagem? Não faz nenhum sentido. Po incrível que pareça, ninguém na mídia achou isso estranho.

Em nome de uma causa, a Justiça, não se pode vender a Pátria, que está acima da Justiça. A Petrobras é parte do Estado brasileiro, processá-la é processar o Brasil, a conta desses processos vai doer em nossos bolsos e não será pequena.

O Departamento de Justiça pensa em um minimo de US$1,6 bilhão de multa, a SEC em um valor um pouco menor, os acionistas minoritarios, que agora terão a colaboração da ex-gerente da Petrobras Venina Venosa como testemunha

contra a Petrobras, pensam em um mínimo de US$2,5 bilhões para as seis ações coletivas, todas a cargo de advogados abutres especializados e que vão aparelhar suas ações com os processos criminais no Brasil e nos EUA. (Transcrevi trechos)

A corrupção é ampla, geral e irrestrita. A farsa de propagar que ela apenas existiu na Petrobras

A Justiça Justiça pode melhorar, e muito, a vida do brasileiro. Um bom começo seria condenar – colocar na cadeia – os prefeitos e governadores ladrões. Principalmente os que desviam verbas da saúde e da educação.

Quem desvia verbas da saúde, mata, condena à morte os sem teto, os sem terra, os sem nada, pratica a eutanásia, o genocídio. Existem casos impunes de governadores que afanaram bilhões de reais.

Quem desvia verbas da educação rouba o futuro dos jovens.

Prender os traidores da Pátria, que entregaram e contrabandeiam nossas riquezas, através das privatizações das estatais, notadamente da Vale, telefonia, energia, água, minérios; da criação de latifúndios para engordar o gado e plantar a lavoura de exportação para alimentar o Primeiro Mundo.

Prender os sonegadores, os traficantes de moedas, os que vendem leis, concessões, alvarás, sentenças, habeas corpus, despejos judiciais, e cobram propinas no executivo, no legislativo, no judiciário.

Existe uma campanha de propagando que visa demonstrar que a corrupção apenas existiu na Petrobras. E apenas nos últimos dez anos. Puro teatro. Farsa. Despiste.

Esse pastoril poderia ser desfeito com a transparência dos pagamentos de precatórios com correção monetária, pagos com as assinaturas dos presidentes dos tribunais, em conchavo com prefeitos e governadores.

A corrupção é ampla, geral e irrestrita. Nada mais corrupto que as condições de moradia e emprego do povo em geral.

A Justiça podia exigir dos governos municipais, estaduais e federal o fim das favelas. São mais de duas mil na capital São Paulo, e mais de mil no Rio de Janeiro.

Patrocinar campanhas pela liberdade. Pelo pensamento livre e manifestações de rua. A justiça é campeã em censura a jornalistas e blogueiros.

O país é tão elitista que não realiza plebiscitos e referendos.

Patrocinar campanhas pela fraternidade. A polícia prende e arrebenta, tortura e mata. Lutar contra o femicídio, a homofobia, os assédios, a escravidão, a prostituição infantil, o tráfico humano, o tráfico de órgãos.

Patrocinar campanhas pela igualdade. A igualdade começa pelo fim dos salários indignos, humilhantes e da fome. Da criação de castas, de apartheid racial, de apartheid social.

É corrupção receber um salário acima do teto constitucional. É desumano legalizar empregos precários, terceirizados e temporários. O Brasil tinha uma legislação trabalhista humanizada, uma CLT que foi rasgada pelo presidente Fernando Henrique, a estabilidade no emprego que foi cassada pelo ditador Castelo Branco.

Do Piauí, o exemplo de um desembargador que impede o governador de privatizar a saúde.

A tentativa criminosa de privatizar a saúde do Piauí

Desembargador impede o avanço do capitalismo cruel. Do estado mínimo. O posicionamento do magistrado é devido ao pedido do Governo do Estado em relação à contrato com OS para gerir Upa em São Raimundo Nonato.

In Portal do Dia: O desembargador Arnaldo Boson Paes negou pedido de liminar em mandado de segurança impetrado pelo Governo do Estado junto ao Tribunal Regional do Trabalho da 22ª Região – Piauí. O Governo pretendia derrubar uma decisão da Vara do Trabalho de São Raimundo Nonato que declarou nulo o contrato entre a Secretaria de Saúde do Piauí e a organização social Cruz Vermelha. O contrato tinha como objeto a gestão da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de São Raimundo Nonato, localizado a 520 km de Teresina.

Na decisão, Arnaldo Boson destaca que o modelo de gestão da UPA/ SRN, segue uma tendência que se alastra pelo país, que configura prática deletéria de terceirização de serviços, com efeitos danosos sobre a qualidade do serviço público e sobre os direitos dos trabalhadores. Essa prática, na visão do desembargador, substitui a contratação de concursados pela contratação de trabalhadores terceirizados, levando à extrema precariedade laboral, com redução e até sonegação de direitos.

O magistrado ressaltou ainda que foi realizado concurso público destinando vagas para a UPA/ SRN, mas os aprovados foram surpreendidos com a decisão de que a unidade seria gerida pela organização social em detrimento à convocação deles.

“O que se busca por meio do contrato de gestão é que a “OS” se instale no hospital público, construído pela União, equipado com recursos públicos, recebendo dinheiro do orçamento para vender os serviços que presta com a instalação pública. Como se vê, não se trata de simples terceirização, mas de privatização da saúde pública”, frisou Arnaldo Boson Paes.

Boson ressaltou que as atividades próprias, típicas e fundamentais do Estado, como são as de Segurança, Saúde e Justiça, não podem ser terceirizas, tampouco privatizadas, principalmente em casos flagrantes como este em que há uma clara preterição dos candidatos aprovados em concurso público.

De acordo com a decisão do TRT, a anulação do contrato não causa qualquer prejuízo ao funcionamento da UPA/SRN na medida em que o município já dispõe de profissionais habilitados para o exercício das diversas atividades, bastando a nomeação e contratação dos concursados, dentro do prazo de 30 dias fixado pela decisão judicial, “tempo razoável à sua consecução”.

Esse juiz jamais será capa da Veja

por Fábio José de Mello

Será que vai ter delação premiada? Vazamentos? Holofotes do imprensalão? Vinheta na Globo News? Paneladas? Indignação? Histeria?

Quanto tempo vai demorar para aparecer no imprensalão alguma denúncia contra o juiz, que ousa investigar o impoluto sacrossanto governo FHC?

No ano passado ele já mostrou que não ocupa o cargo a passeio. O jornalista Marcelo Auler publicou em seu blog, em 17 de dezembro, a seguinte notícia: “A Operação Sangue Negro que está sendo realizada nesta quinta-feira (17/12) pela Procuradoria da República do Rio de Janeiro com a Polícia Federal cumprindo 9 mandados judiciais assinados pelo juiz Vitor Barbosa Valpuesta, substituto no exercício da titularidade da 3ª Vara Federal Criminal, atinge negociações feitas entre a Petrobrás e a empresa holandesa SBM na época do governo tucano de Fernando Henrique Cardoso (1997). O presidente da Petrobras era Joel Renno.”

Discreto (comportamento oposto ao do cidadão das Araucárias), o juiz Valpuesta está deixando muito tucano com as penas ouriçadas.

Escreve Fernando Brito:

Juiz resolve apurar corrupção na Petrobras desde FHC. Não, não é o Moro…

Na Folha, hoje:

“O juiz substituto da 3ª Vara Federal do Rio, Vitor Barbosa Valpuesta, aceitou a denúncia do Ministério Público Federal sobre pagamento de propina da empresa holandesa SBM Offshore a funcionários da Petrobras de 1999 a 2012.

A denúncia, feita pelos procuradores em dezembro, torna-se agora uma ação penal, tendo como réus os ex-funcionários da Petrobras Jorge Zelada, Renato Duque, Pedro Barusco e Paulo Roberto Buarque Carneiro, além dos ex-representantes da SBM no Brasil Julio Faerman e Luís Eduardo Campos Barbosa.

O juiz Vitor Valpuesta entendeu haver indícios mínimos do cometimento dos crimes apontados na denúncia, como corrupção ativa, passiva e evasão de divisas, e determinou a abertura da ação, em decisão de 13 de janeiro.”

Valpuesta é um juiz novo – era promotor de Justiça até alguns anos – e tem um comportamento discreto. Só apareceu nos jornais porque substituiu o magistrado fanfarrão que passeava com os carrões apreendidos a Eike Batista, no caso que se tornou tristemente famoso.

Que ministros do STF conversaram com Delcidio? A covardia dos senadores de rabo preso

Os senadores que aprovaram a prisão de Delcidio praticaram seppuku (haraquiri). Com ou sem trocadilho, esculpiram o próprio sepulcro. Aceitaram a ditadura do Galeão da República do Paraná.

A quebra da imunidade parlamentar é uma violação da Democracia. Duvido que o STF concorde com a quebra da vitaliciedade dos magistrados.

Não está em questão a honestidade do senador preso e cassado sem direito à defesa. Inclusive Delcidio e Cunha são crias do governo Collor. O Delcidio foi dirigente da Petrobras indicado pelo presidente Fernando Henrique, onde fez parte de uma quadrilha criada pelos tucanos. Uma quadrilha jamais investigada pela PF, juiz Moro (Robespierre ressuscitado) e promotores e CPI da Petrobras.

A conspiração golpista vai comendo as cabeças inimigas e aliadas. Em tempo de cólera, nenhuma lei pode ser uma pedra no caminho dos inimigos da claridade. A atual Constituição uma Hidra. Serve para qualquer modelo de governo: Presidencialismo, parlamentarismo, monarquia, e ditaduras militar, policial, parlamentar, econômica e jurídica.

Que tribunal eleitoral lavou a ficha de Delcidio para ele ser candidato a senador? Por que Delcidio disse que existem ministros da justiça suprema que são conversáveis? Quem vai investigar esta denúncia de um supremo tribunal, absolutista, e aberto ao “diálogo” com corruptos?

Certamente o senador bem merece a prisão, quando respeitados todos os direitos que tem qualquer cidadão.

Inexplicável demora para prender o senador Delcídio, um dos dirigentes de FHC na Petrobras

O senador Delcídio do Amaral Gómez passou a mandar na Petrobras no governo de Fernando Henrique, que promoveu cinco leilões quermesses do Pré-Sal, e transformou a estatal em uma empresa de capital mais do que misturado.

Engenheiro eletricista, Delcídio do Amaral Gómez participou da construção e montagem da Usina de Tucuruí, no Pará, iniciada em 24 de novembro de 1974, no governo Ernesto Geisel, e inaugurada em 22 de novembro de 1984, pelo presidente João Figueiredo.

Depois de viver dois anos na Europa, trabalhando para a Shell, Delcídio Amaral voltou ao Brasil. Foi diretor da Eletrosul em 1991, responsável pelo planejamento energético da região sul, no governo de Fernando Collor.

Em março de 1994, ocupou a secretaria executiva do Ministério das Minas e Energia, onde permaneceu até setembro. No final do governo Itamar Franco foi ministro de Minas e Energia, de setembro de 1994 a janeiro de 1995.

Foi filiado ao PSDB de 1998 a 2001. Fez parte da diretoria de Gás e Energia da Petrobrás durante o Escândalo do apagão, a crise de energia de 2000/2001. No governo de Fernando Henrique Cardoso, que quebrou o regime de monopólio do petróleo, o trabalho de exploração, produção, refino e transporte do petróleo no Brasil.

ENTREGUISMO. A Petrobras passou a competir com outras empresas estrangeiras e nacionais em 1997, quando o presidente Fernando Henrique Cardoso sancionou a Lei N° 9.478, de 6 de agosto de 1997. Tal lei regulamentou a redação dada ao artigo 177, §1º da Constituição da República pela Emenda Constitucional nº9 de 1995, permitindo que a União contratasse empresas privadas para exercê-lo.

A partir daí foram criadas a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustiveis (ANP), responsável pela regulação, fiscalização e contratação das atividades do setor, e o Conselho Nacional de Política Energética, órgão encarregado de formular a política pública de energia.

NEPOTISMO. Fernando Henrique entregou a ANP ao genro, David Zylbersztajn. E a presidência  da Petrobras a outro corrupto, Henri Philippe Reichstul. Que disputa com Shigeaki Ueki, a excrecência de ser o maior ladrão.

Com empobrecidos apadrinhados na ANP e Petrobras, FHC fez cinco leilões quermesses do Pré-Sal. Fatiou a Petrobras em quatro empresas, e o do que restou da Petrobras foi quase tudo entregue, chegando ao absurdo de abrir a empresa para a corrupção total, geral e irrestrita, pela dispensa de licitações no compra e vende, abrindo espaço para os Delcídios e os Eduardos Cunha.

FHC vendeu 39 por cento das ações da Petrobras, na bolsa de Nova Iorque. Não se sabe quantas ações mais foram negociadas, tanto que o presidente Evo Moraes, da Bolívia, denunciou que o Brasil tinha apenas a posse de 22 por cento do patrimônio da empresa.

Ninguém sabe os nomes dos acionistas, apenas que o especulador George Soros trocou ações da Vale do Rio Doce por ações da Petrobras, uma estranha negociata noticiada pela imprensa, como se tal jogada fosse possível. Em sendo verdade, a Petrobras é dona do maior pedaço da Vale.

FICHA SUJA. Enriquecido nos governos de Collor, Itamar e FHC, Delcídio elegeu-se ao Senado em 2002, pelo Mato Grosso do Sul.

Em 2005, ganhou projeção nacional ao presidir a CPMI dos Correios que apurou o mensalão.

No mês de agosto do ano de 2009, o senador votou pelo arquivamento das ações contra o ex-presidente José Sarney, numa reunião do Conselho de Ética.

Em abril de 2015, foi escolhido pela presidente Dilma Rousseff como líder do governo no Senado, o que explica a perda da blindagem, e prisão.

 

OPERAÇÃO LAVA JATO Quando findará a blindagem de Aécio, denunciado por doleiro?

Porque o juiz Moro esqueceu, petistas de Minas Gerais pedem para PGR investigar

Mário
Mário

por André Richter

Deputados da bancada do PT em Minas Gerais pediram hoje (19) à Procuradoria-Geral da República (PGR) que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) seja investigado na Operação Lava Jato. A representação foi protocolada pelos deputados federais Adelmo Leão, Padre João e pelo deputado estadual Rogério Correa.

Em depoimentos de delação premiada, Aécio Neves foi citado pelo doleiro Alberto Youssef, mas, em atendimento a um pedido da procuradoria, o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), entendeu que não há indícios mínimos para abertura de inquérito contra o senador.

Segundo os parlamentares do PT, além dos fatos narrados pelo doleiro na Lava Jato, a PGR deve investigar a “Lista de Furnas”, um suposto esquema de corrupção que veio à tona em 2006, no qual políticos e partidos teriam recebido dinheiro para “caixa dois” de campanha. Os valores seriam oriundos de Furnas, empresa estatal de energia. Na época, a autenticidade da lista foi questionada pela oposição.

Segundo os deputados, entre os citados na lista está “o então candidato ao governo de Minas Gerais e hoje senador da República, Aécio Neves”.

“Os seguintes documentos, agora associados, apontam, no mínimo, para a necessidade de se iniciar uma investigação que efetivamente identifique os ilícitos perpetrados em desfavor das empresas citadas e puna, com rigor, todos os responsáveis e beneficiários dos delitos eventualmente praticados em desfavor do erário”, alegam os deputados.

Em depoimento de delação premiada, o doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato, declarou que o esquema de pagamento de propina em Furnas começou em 1994 e foi até 2000 ou 2001, mas não sabe se foi até o final do mandato do ex-presidente Fernando Henrique Cardozo. Ele relatou que os pagamentos pararam em 2000 ou 2001, porém, não sabe o motivo. O doleiro também disse que não sabe se o ex-presidente teve algum envolvimento.

Youssef também disse que “ouviu dizer” que o ex-deputado José Janene (PP-PR), falecido em 2010, “dividia uma diretoria de Furnas com o PSDB”, por meio do então deputado federal Aécio Neves. Na Lava Jato, Janene foi apontado como operador do PP na Petrobras.

Perguntado quem era o operador do PSDB, Youssef declarou que ouviu dizer, por meio de Janene, que era uma irmã de Aécio Neves, mas que nunca teve contato com eles.

Cópia do depoimento atribuído a Youssef ressalta o seguinte: “Que acredita que os valores do PSDB também eram entregues em espécie, mas não sabe quanto e onde eram entregues; que também não sabe como era a divisão de valores entre Partido Progressista e PSDB; que o declarante não teve contato com a irmã de Aécio Neves, e mostrada uma foto de Andrea Neves, diz não poder reconhecê-la, pois nunca teve contato com ela; que também não sabe qualquer outro dado em relação a ela; que nunca teve contato com Aécio Neves”.

No dia 6 de março, após a divulgação da decisão do STF que arquivou as declarações de Youssef, Aécio Neves disse que recebeu o arquivamento como “uma homenagem”. Segundo ele, foram infrutíferas as “tentativas do governo” de envolver a oposição na investigação.

befeciados pela lista de furnas

VÍDEOS

Primeiro ministro Eduardo Cunha, entrincheirado na presidência da Câmara: Daqui não saio. Daqui ninguém me tira

Cunha trincheira

247 – O deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara, concedeu rápida entrevista à Globonews neste sábado, em que reiterou sua disposição de resistir no cargo, a despeito das denúncias que se avolumam contra si.

“Pode pressionar, eu não renuncio. Sem a menor chance. Podem retirar apoio, fazer o que quiserem. Tenho amplo direito de defesa. Não podem me tirar”, afirmou.

Ela também demonstrou não ter preocupação com eventual representação no Conselho de Ética por quebra de decoro parlamentar. ”Vão iniciar de qualquer jeito. Isso leva um tempo”.

As contas secretas na Suíça atribuídas ao parlamentar e a sua esposa, a jornalista Claudia Cruz, receberam depósitos de R$ 23,2 milhões nos últimos anos. Uma delas foi usada para despesas pessoais da jornalista, como aulas de tênis numa academia de Miami (leia mais aqui).

Apesar disso, Cunha ainda tem o apoio do PSDB, do senador Aécio Neves (PSDB-MG), que conta com ele para um eventual processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

Jornalista Cláudia Cruz
Jornalista Cláudia Cruz

Relatório do Ministério Público da Suíça mostra que Cunha usou suas contas secretas no país para pagar faturas de cartões de crédito internacional e despesas pessoais da família na Inglaterra, na Espanha e nos Estados Unidos, entre outros países. Entre os gastos está até pagamento de US$ 59,9 mil para a IMG Academies, de Nick Bolletieri, famoso professor de tênis em Palm Beach, reduto de milionários americanos. Os suíços investigaram Cunha por corrupção e lavagem. A partir de agora, ele poderá ser investigado também por sonegação fiscal e evasão de divisas, entre outros crimes.

Parte da movimentação já rastreada pelos investigadores suíços indicam que uma das quatro contas secretas recebeu US$ 1.363.371,80 desviados de um dos negócios fraudulentos da Petrobras descobertos na Operação Lava-Jato. As contas estão em nomes de off-shores com sede em paraísos fiscais e não foram declaradas à Receita Federal.

Cunha e a mulher, a jornalista Cláudia Cruz, abriram quatro contas secretas no Julius Baer, na Suíça, em nome de quatro diferentes off-shores: a conta de número 4548.1602 Orion SP que tem sede provavelmente nas Ilhas Cayman; a conta de número 4548.6752 está em nome da Netherton Investments Ltda; a conta de número 4546.6857 aparece em nome da Triumph SP; a conta de número 4547.8512 aparece em nome da Kopek, cujo titular é Cláudia Cruz. Três contas foram abertas em 2008 e uma delas,Triumph, em 2007.

As contas Orion, Netherton e Trirumph têm como titular, segundo os documentos, Eduardo Cunha. A Kopek tem como titular Cláudia Cruz. Duas das quatro contas, a Orion, e a Triumph foram fechadas ano passado, logo depois do início da Operação Lava-Jato, como informou o GLOBO na edição online ontem. Outras duas contas, a Netherton e a Kopek foram bloqueadas em abril desde ano com saldo de US$ 2.566.121,00, o equivalente a quase R$ 10 milhões. Mas a movimentação financeira de Cunha e Cláudia Cruz é bem superior a estas cifras.

Parte dos extratos bancários indicam que as contas de Cunha e da mulher receberam pelo menos US$ 5,9 milhões, o equivalente a R$ 22 milhões desde que foram abertas. Parte do dinheiro da conta Kopek, US$ 119.795,95 foram gastos em pagamentos na Fundacion Esade, em Barcelona, entre 4 de agosto de 2011 e 15 de fevereiro de 2012. No mesmo período Danielle Cunha, filha de Eduardo Cunha, fez um MBA na escola.

Danielle Cunha
Danielle Cunha

BRA_GDP mulher cunha academiaBRA_FDSP Cunha dinheiroBRA_OE cunha pegou dinheiro até na África

ZUMBI CUNHA

 

Pataxó: Será que agora vai? A dúvida permanece, morto ou não, Eduardo Cunha segue moribundo na presidência do congresso, a cruz da bandeira suiça sinalizou a extrema-unção tardia de um zumbi da política. Descanse em paz (ex?) deputado
Pataxó: Será que agora vai? A dúvida permanece, morto ou não, Eduardo Cunha segue moribundo na presidência do congresso, a cruz da bandeira suiça sinalizou a extrema-unção tardia de um zumbi da política. Descanse em paz (ex?) deputado

Eduardo Cunha está morto

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Por Paulo Nogueira


Teve o que mereceu

Sabe aquele lutador que cisca, cisca, cisca até que leva um golpe na pera e desaba?
É Eduardo Cunha.
O golpe foi o depoimento de Júlio Camargo.

A luta acabou para Eduardo Cunha. Ele está tão zonzo que não percebeu. É como se ele, ainda na lona, dissesse ao juiz: “Tá tudo bem. A que horas começa a luta?”

Se preferirem outra imagem, Cunha é um dead man walking, um morto que caminha, como os americanos chamam os detentos do corredor da morte.

Camargo contou, num vídeo eletrizante de uma hora, o que Eduardo Cunha fez para garantir uma propina de alguns milhões de dólares.
Cunha chamou-o depois de mentiroso. Mas quem vê o vídeo sabe muito bem quem é o mentiroso entre os dois.

Todas as peças se encaixam.
O método do achacamento, por exemplo. Cunha ia triturar a empresa devedora na Câmara se o dinheiro não lhe fosse dado.
Isso bate com uma investigação da Procuradoria Geral da República segundo a qual requerimentos na Câmara para investigar a empresa partiram, secretamente, de Cunha.
Funcionaria assim. Se o dinheiro fosse dado, o trabalho da Câmara não daria em nada. Se não fosse, bem, eis aí a arte do achaque e da chantagem.

Outro delator, o doleiro Alberto Youssef, também num vídeo tornado público, contribuiu para o desmascaramento de Cunha.
Youssef contou que um “pau mandado” de Cunha o vinha intimidando para não falar nada sobre o presidente da Câmara em sua delação.
As ameaças do “pau mandado” se dirigiam à família de Youssef.
Camargo também tocou nisso: o medo que sentia de que sua delação levasse a violências contra sua família.

Você ouve Camargo e Youssef e pensa que se trata do submundo da bandidagem, de organizações como o PCC.
Mas é o mundo de Eduardo Cunha.

Desesperado, ele tentou criar uma notícia para neutralizar o conteúdo devastador do depoimento de Camargo.
É aí que apareceu sua “ruptura” com o governo, como se ele em algum momento tivesse jogado a favor… 

Eduardo Cunha ainda não está “morto”

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Por Altamiro Borges


Muita gente séria tem afirmado que Eduardo Cunha, o famoso ‘achacador’ que hoje preside a Câmara Federal, está “morto politicamente”.

Há quem garanta que a denúncia feita pelo empresário Júlio Camargo, de que o lobista recebeu US$ 5 milhões em propina, pode até resultar no seu impeachment e na sua prisão. Até setores da mídia, que sempre estimularam o oposicionismo do “peemedebista rebelde”, já preveem o seu total isolamento.

A revista Época, da famiglia Marinho, registrou uma cena curiosa que confirmaria a difícil situação do seu aliado temporário no ódio ao governo Dilma. Vale conferir a notinha do jornalista Ricardo Della Coletta: Ninguém esperava muitos parlamentares circulando pela Câmara Federal numa sexta-feira que inaugura o recesso parlamentar, mas chamou a atenção de quem acompanhou a coletiva de imprensa, na qual o presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ) anunciou que estava rompido com o governo, a presença de apenas quatro deputados a seu lado: Hildo Rocha (PMDB-MA), Rogério Peninha Mendonça (PMDB-SC), Édio Lopes (PMDB-RR) e André Moura (PSC-SE). Destes, apenas Moura é líder de bancada. Graúdos da Câmara lá não apareceram.
A cena revela, de fato, a solidão momentânea do ‘imperador’.

Ele também foi rifado pelo seu partido, o PMDB, que soltou nota oficial afirmando que o tal rompimento é “posição pessoal”; levou uma canelada do juiz Sérgio Moro, o seu aliado na midiática Operação Lava-Jato; e não recebeu nem a solidariedade dos seus amigos da oposição demotucana. Mesmo assim, é bom não esquecer que o Congresso Nacional, o primeiro ironicamente eleito com base na “lei da ficha limpa”, é o mais conservador desde o fim da ditadura militar – quando só existiam os partidos do “sim” e do “sim senhor”.

O que impera no parlamento é a chamada “bancada do BBB”, com representantes da Bala, da Bíblia e dos Bois. Eduardo Cunha é o rei do gado nesta composição reacionária… Leia mais

Vídeos

O depoimento de Júlio Camargo:

O depoimento de Youssef:

 

PSDB quer ‘saída honrosa’ para Eduardo Cunha

Amarildo
Amarildo

Deu no Estadão: O PSDB informou nesta terça-feira (6) ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que vai pedir sua renúncia do cargo caso surjam documentos que comprovem que ele possui contas na Suíça. A avaliação entre os tucanos é que a situação está ficando “insustentável” e já se cogita buscar uma “saída honrosa” para o peemedebista.

[ “Caso surjam”. Piada. Desculpa que não engana nenhum trouxa. Documentos existem na Justiça da Suíça e do Brasil. Os tucanos, o partido dos milionários e bilionários são partícipes e/ou cúmplices de todas as safadezas das privatizações,  compra da reeleição de FHC, Proer dos Bancos, entreguismo das riquezas nacionais (nióbio, leilões do pré-sal, Vale do Rio Doce, fatiamento da Petrobras e outras safadezas mil]

A bancada do partido se reúne para discutir o assunto. Vários parlamentares da legenda já se manifestaram publicamente em defesa do afastamento de Cunha. O deputado Valdir Rossoni, do Paraná, por exemplo, divulgou nas redes sociais as fotos de Dilma e Cunha com uma pergunta: “Quem faz mais mal ao Brasil?”. “Se o MP confirmar (as contas de Cunha na Suíça) a situação de Cunha ficaria insustentável”, diz o deputado Vanderlei Macris (SP).

Duke
Duke

Na semana passada, o Ministério Público suíço comunicou à Procuradoria-Geral da República no Brasil a transferência de autos de uma investigação criminal aberta no país europeu que identificou ao menos quatro contas atribuídas a Cunha e parentes. Pelo menos US$ 5 milhões teriam sido bloqueados. De acordo com os procuradores da Suíça, ele foi informado sobre o bloqueio das contas – antes, Cunha negara que tivesse sido avisado pelo país europeu.

O presidente da Câmara já foi denunciado no Supremo Tribunal Federal por corrupção e lavagem de dinheiro. Ele é acusado de receber propina de US$ 5 milhões em contratos de navios-sonda da Petrobras. Cunha nega envolvimento com os crimes investigados pela Operação Lava Jato e sustenta que não possui contas na Suíça, a exemplo do que fez em depoimento na CPI da Petrobras, em março.

{Comentário entre corchetes é do editor deste blogue]

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Não existe saída honrosa para traficante de moedas. Dinheiro tirado do povo tem que ser devolvido ao povo. Não existe outra saída. Basta de protecionismo.

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Confirmado: Apareceu a primeira conta secreta de Eduardo Cunha. 5 milhões na Suiça

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terceirização paulinho força

Aécio Neves discursa ladeado por Paulinho da Força que votou na terceirizacão

Agora é oficial: por meio de nota divulgada nesta noite, a Procuradoria-Geral da República, comandada por Rodrigo Janot, confirmou que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e seus familiares possuem contas secretas na Suiça, cujos valores foram bloqueados pelas autoridades helvéticas; “As informações do MP da Suíça relatam contas bancárias em nome de Cunha e familiares. As investigações lá iniciaram em abril deste ano e houve bloqueio de valores”, diz a nota do MP; com a denúncia, Cunha, que já foi citado por cinco delatores da Operação Lava Jato, perde as condições de se manter à frente da Câmara, onde seus aliados tramam um golpe

AUTO_jarbas cunha contas secretas

Brasília 247 – Agora é oficial: por meio de nota divulgada nesta noite, a Procuradoria-Geral da República, comandada por Rodrigo Janot, confirmou que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e seus familiares possuem contas secretas na Suiça, cujos valores foram bloqueados pelas autoridades helvéticas.

“As informações do MP da Suíça relatam contas bancárias em nome de Cunha e familiares. As investigações lá iniciaram em abril deste ano e houve bloqueio de valores”, diz a nota do MP.

Com a denúncia, Cunha, que já foi citado por cinco delatores da Operação Lava Jato, perde as condições de se manter à frente da Câmara.

nani cunha

LEIA A ÍNTEGRA DA NOTA DA PGR:

“O Ministério Público da Suíça enviou ao Brasil, nesta quarta-feira, 30 de setembro, os autos da investigação contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, por suspeita de lavagem de dinheiro e corrupção passiva. A transferência da investigação criminal foi feita por meio da autoridade central dos dois países (Ministério da Justiça) e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, aceitou a transferência feita pelo MP suíço.

As informações do MP da Suíça relatam contas bancárias em nome de Cunha e familiares. As investigações lá iniciaram em abril deste ano e houve bloqueio de valores.

Os autos serão recebidos pelo Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI) e posteriormente serão remetidos à PGR.

Por ser brasileiro nato, Eduardo Cunha não pode ser extraditado para a Suíça. O instituto da transferência de processo é um procedimento de cooperação internacional, em que se assegura a continuidade da investigação ou processo ao se verificar a jurisdição mais adequada para a persecução penal.

Com a transferência do processo, o estado suíço renuncia a sua jurisdição para a causa, que passa a ser do Brasil e de competência do Supremo Tribunal Federal, em virtude da prerrogativa de foro do presidente da Câmara. Este é o primeiro processo a ser transferido para o STF a pedido da Procuradoria-Geral da República e o segundo da Operação Lava Jato. A primeira transferência de investigação foi a de Nestor Cerveró para Curitiba.”

Leia, ainda, reportagem da Agência Brasil a respeito:

Suíça envia ao Brasil investigação sobre suposta conta de Eduardo Cunha

por André Richter


O Ministério Público da Suíça encontrou contas bancárias em nome do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e de parentes dele naquele país. A informação foi confirmada hoje (30) pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Com a identificação das contas, o Ministério Público da Suíça remeteu para a PGR a investigação aberta contra Cunha, que passará a ser investigado no Brasil por suspeita dos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção e suposto recebimento de propina no âmbito da Operação Lava Jato. “As informações do MP da Suíça relatam contas bancárias em nome de Cunha e familiares. As investigações lá iniciaram-se em abril deste ano, e houve bloqueio de valores”, informa a procuradoria.

A quantia bloqueada não foi divulgada. De acordo com a procuradoria, a transferência da investigação para o Brasil, por meio de acordo de cooperação, vai permitir a efetividade das apurações, sendo que Cunha, como brasileiro, não pode ser extraditado para outro país.

Mais cedo, após tomar conhecimento da transferência da investigação para o Brasil, Eduardo Cunha disse que não comentaria o caso. O advogado Antonio Fernando Souza, que representa o parlamentar, foi procurado pela reportagem, mas não atendeu as ligações.

Na denúncia apresentada ao Supremo no mês passado, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirma que Cunha recebeu US$ 5 milhões para viabilizar a contratação, em 2006 e 2007, de dois navios-sonda pela Petrobras com o estaleiro Samsung Heavy Industries. O negócio foi formalizado sem licitação e ocorreu por intermediação do empresário Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, que está preso há nove meses em Curitiba. Após a análise das acusações pelo ministro Teori Zavascki, relator dos processos da Lava Jato no STF, caberá ao plenário do tribunal decidir se abre ação penal contra o presidente da Câmara.

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Pelicano
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