A ordem vem de uma revista do império: “É hora de Dilma sair”.
A revista britânica The Economist argumenta, porém, que não vê motivos para o impeachment e que os processos abertos contra Dilma no Congresso “são baseados em alegações não comprovadas” das chamadas pedaladas fiscais – e de que essa saída pareceria um “pretexto” para remover uma presidente impopular. “Democracias representativas não podem ser governadas por protestos e pesquisas de opinião”, opina a Economist.
Para a revista, “o jeito mais rápido e melhor para Dilma deixar o Planalto seria que ela renunciasse antes que seja forçada a sair”.
“Sua saída ofereceria ao Brasil a chance de um recomeço”, prossegue a reportagem. “Mas a renúncia não resolveria, por si só, os muitos problemas do Brasil. Seu lugar seria inicialmente ocupado pelo vice Michel Temer (…), cujo partido está tão implicado no escândalo da Petrobras quanto o PT.”
“Muitos políticos que participariam de um governo de unidade, inclusive alguns da oposição, são vistos como representantes de uma classe dominante desacreditada. Dos 594 membros do Congresso, 352 enfrentam acusações criminais. Uma nova eleição presidencial daria aos eleitores a oportunidade de confiar as reformas a um novo líder. Mas até isso manteria esse Legislativo apodrecido no poder até 2019.” Transcrevi trechos
Uma anotação apreendida pela Procuradoria-Geral da República (PGR), encontrada pela Polícia Federal na casa de Diogo Ferreira, chefe de gabinete do senador Delcídio do Amaral, mostra que o banco BTG Pactual pagou uma quantia de R$ 45 milhões ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.
O documento em que foi encontrada a anotação foi usado pela PGR para prender o banqueiro André Esteves.
Mas não serve para prender Cunha.
Na anotação, o seguinte texto: “Em troca de uma emenda à Medida Provisória número 608, o BTG Pactual, proprietário da massa falida do banco Bamerindus, o qual estava interessado em utilizar os créditos fiscais da tal massa, pagou ao deputado Eduardo Cunha a quantia de R$ 45 milhões”.
Aprovada em 2013, a Medida Provisória número 608 permite a extinção de dívidas de bancos ou sua conversão em ações quando julgar ser preciso preservar o “regular funcionamento do sistema financeiro” pelo Banco Central, segundo critérios estabelecidos pelo Conselho Monetário Nacional.
O Jornal do Comércio do Recife, de propriedade do empresário imobiliário João Carlos de Paes Mendonça, continua com a campanha golpista pelo fim da Democracia e derrubada de Dilma Rousseff.
É tão torpe a cruzada nazista, que além de comparar Dilma com Eduardo Cunha, afirma que a Câmara dos Deputados e o Senado Federal permanecem no impasse de escolher um dos dois para cassar o mandato.
Veja na manchete a falsa situação embaraçosa inventada pelo jornalismo marrom de propaganda política de baixo nível.
Não existe esse impasse na Câmara.
A imprensa séria noticia hoje: O Conselho de Ética deu início oficial ao processo que pode levar à cassação do mandato de Eduardo Cunha, presidente da Câmara.
Ele é acusado de quebra de decoro parlamentar por ter mentido na CPI da Petrobras sobre as contas bancárias na Suíça.
Mariano
Com protesto evangélico, pedido de cassação de Cunha avança na Câmara
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por Rodolfo Borges/ El País/ Espanha
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O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), adiou o quanto pôde o andamento da representação que o acusa de ter quebrado o decoro na CPI da Petrobras, mas o documento enfim chegou ao Conselho de Ética, nesta quarta-feira. Entregue à Mesa Diretora da Câmara no último dia 13 pelo PSOL e pela Rede Sustentabilidade, a representação levou o tempo máximo (três sessões ordinárias no plenário da Câmara), para chegar ao seu destino, e deve ser instaurada na próxima terça-feira, quase um mês depois de apresentada, segundo o presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PSD).
A instauração do processo, baseado na acusação de que Cunha mentiu sobre a existência de contas na Suíça durante audiência da CPI da Petrobras, definirá, por sorteio, o relator da questão no conselho — o presidente do colegiado escolhe um de três deputados sorteados para conduzir o processo. Depois de escolhido, o relator tem dez dias para avaliar se o caso deve continuar e sua posição é submetida ao Conselho de Ética.
Caso os deputados optem por seguir o processo, a defesa de Cunha terá dez dias para se defender e, a partir do que disser, o relator finalizará sua recomendação (absolvição, censura, suspensão ou cassação de mandato) e a submeterá ao Conselho — todo o processo deve durar no máximo 90 dias. Havendo possibilidade de punição, a recomendação vai ao plenário. A cassação exige votos de 257 dos 513 deputados, que agora votam às claras sobre esse assunto, sem votação secreta.
Luscar
Pressão
A julgar pela movimentação no Congresso Nacional nesta quarta-feira, não faltará pressão aos deputados para punir Cunha. Um grupo de 117 lideranças evangélicas apresentou um manifesto pela saída do presidente da Câmara no cargo. Manifestando “preocupação com o atual momento da sociedade brasileira, marcado por uma aguda crise política”, o grupo diz que “as ações do deputado Eduardo Cunha, atual presidente da Câmara dos Deputados e que se identifica como evangélico, merecem repúdio”. As lideranças evangélicas mencionam “denúncias de corrupção e o envio de recursos públicos para contas no exterior” para embasar sua posição.
O grupo que protesta não parece alinhado à bancada religiosa em que o presidente da Câmara se escora para avançar em pautas conservadoras, como o projeto que complica o atendimento a vítimas de abuso sexual. O apoio da bancada evangélica a Eduardo Cunha, aliás, põe em perspectiva a força de um abaixo-assinado de religiosos que, apesar de contar com mais de 100 lideranças, não envolve nomes de líderes de grande peso.
Nicolielo
Corregedoria
Enquanto o pedido de cassação assinado por PSOL e Rede já foi parar no Conselho de Ética, uma outra representação contra Cunha acabou na Corregedoria da Câmara. O deputado Beto Mansur (PRB) será responsável por elaborar um relatório sobre o pedido feito por 29 deputados de sete partidos para que o presidente da Câmara deixe o cargo — também por ter mentido sobre contas no exterior na CPI da Petrobras. A diferença desse procedimento é que a Corregedoria não tem prazo para entregar seu parecer.
Cunha é acusado de receber US$ 5 milhões em um contrato de navios-sonda da Petrobras
Fausto
Agência Brasil – O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretou nesta sexta-feira (23) segredo de Justiça no aditamento da denúncia apresentada contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
A decisão do ministro foi motivada pelo encaminhamento, na semana passada, de novas acusações ao Supremo pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Nani
No inquérito no qual o segredo foi decretado, Cunha é acusado de receber US$ 5 milhões em um contrato de navios-sonda da Petrobras.
Na decisão, o ministro citou a Lei 12.850/2013, que regulamentou os acordos de delação premiada. A norma prevê que o processo deve correr em sigilo, devido aos depoimentos de delação nos quais os acusações são citados. “Diante da documentação juntada, observe-se, até nova decisão, a restrição de publicidade decorrente da juntada, no aditamento à denúncia ora formulada, de depoimentos que seguem sob sigilo legal”, decidiu o ministro.
Cau
Na quinta (22), em decisão oposta, Zavascki negou pedido da defesa de Eduardo Cunha para decretar segredo em outro inquérito a que o parlamentar responde no Supremo, sobre contas atribuídas a ele na Suíça, Na decisão, o ministro entendeu que a publicidade dos atos processuais é um pressuposto constitucional e que a situação de Cunha não se enquadra nas exceções previstas por lei, entre elas, a defesa da intimidade ou o interesse social.
Acusações
Mariano
A Procuradoria-Geral da República (PGR) informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), recebeu propina de contratos da Petrobras até 11 de setembro de 2014. A informação consta no pedido de aditamento, por meio do qual a PGR pediu a ação penal contra Cunha.
Os documentos mostram que um dos delatores das investigações, o ex-consultor da Toyo-Setal Júlio Camargo, pagou, no ano passado, R$ 300 mil em créditos de voos de taxi aéreos, além de R$ 200 mil em dinheiro para Cunha.
De acordo com a investigação, os valores faziam parte do montante de US$ 5 milhões, acertado, em 2010, entre Cunha, Camargo e o empresário Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano.
Para justificar as acusações contra Cunha, Júlio Camargo apresentou notas fiscais da Global Taxi Aéreo comprovando o nome do presidente como passageiro, entre 29 de agosto e 11 de setembro de 2014. A empresa recebeu autorização do delator para realizar os voos para Eduardo Cunha.
“A parte restante do valor que lhe tocava, Júlio Camargo comprometeu-se a pagar a Eduardo Cunha com horas de voo, por meio do afretamento de taxi aéreo para este ou para pessoas indicadas por ele. Assim , Júlio Camargo autorizou que a empresa Global Taxi Aéreo faturasse quaisquer voos solicitados por Eduardo Cunha no valor de até R$ 300 mil”, informou a PGR.
Segundo as investigações, os voos utilizados por Cunha custaram R$ 122,2 mil. A procuradoria afirmou que o valor restante não foi utilizado por Cunha por causa do avanço das investigações da Lava Jato e das notícias de envolvimento de Camargo nas investigações.
As acusações sobre contas na Suíça atribuídas a Cunha são investigadas em outro inquérito no Supremo.
Aécio sinaliza que PSDB não assinará denúncia contra Cunha no Conselho de Ética
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O senador Aécio Neves (PSDB-MG) sinalizou que o PSDB não deve endossar o pedido de investigação por quebra de decoro parlamentar do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Somente um deputado tucano, Max Filho (ES), assinou o pedido que conta com outras 43 assinaturas de parlamentares de outros partidos, inclusive do PT. O PDMB da Câmara, no entanto, tem adotado mais uma postura de defesa de Cunha.
O líder da bancada, Carlos Sampaio (SP) chegou a conceder o “benefício da dúvida” para Cunha e nesta quinta, ao articular um novo pedido de impeachment da presidente Dilma, em São Paulo, adotou a mesma postura de Aécio de atribuir a pedido apresentado no Conselho de Ética ao PSOL, partido definido por ele como “linha auxiliar” do PT.
Além dele, outro tucano saiu na defesa explícita de Cunha. João Gualberto (BA) chegou a bater boca com o deputado Ivan Valente (PSOL-SP) durante uma reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, nesta semana. Fonte Ig
SEGUNDO O GLOBO, CUNHA PODE IR PRESO AINDA NESTA SEMANA
Paixão
Em sua coluna “Quem cai primeiro?”, publicada nesta segunda-feira, o jornalista Ricardo Noblat antecipa que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve pedir o afastamento e a prisão preventiva do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
“Rodrigo Janot, procurador-geral da República, está pronto para denunciar Eduardo Cunha ao Supremo Tribunal Federal e pedir sua prisão preventiva”, diz Noblat.
O título de Noblat indica que depois de Cunha cai Dilma, Isso não passa de propaganda política.
Cunha, cassado, é carta fora do baralho, e seus aliados, desde os tempos da Telerj de Collor e PC Farias, haverão de tremer na corda bamba.
Desde a apuração das urnas que consagraram a reeleição de Dilma, ninguém discute idéias, apenas a degola de Dilma, se por impeachment, se por golpe militar.
Ninguém discute os resultados das últimas ações de tomada do poder presidencial – os golpes de Honduras, do Paraguai, da Primavera Árabe, do separatismo da Ucrânia, territorialmente, o maior pais da Europa.
Noblat argumenta que Cunha pode tentar se vingar. “O segundo na linha direta de sucessão do presidente da República resistiria à tentação de usar os poderes do cargo para defender-se? Uma das maneiras de proceder assim seria facilitar a queda de Dilma. Por que não facilitaria?”, indaga.
Pater
Propiciar, descomplicar (criar um rito para simplificar) o impeachment isso Cunha vem fazendo desde a posse, este ano, na presidência da Câmara. Mas nada existe de convincente para o povo, apesar do TCU ter votado as enigmáticas pedaladas, que precisam ser explicadas.
Pior que andar de bicicleta passou a ser viajar para os Estados Unidos para aprender a jogar tênis. A esposa de Cunha gastou 59,7 mil dólares com o cartão de crédito de uma das contas suíças na IMG Academies, academia de tênis do treinador Nick Bollettieri, na Flórida. Mais danoso para o Brasil são as tacadas da mulher de Cunha. Quantas aulas teve por quase 60 mil dólares? Durou quantos dias de aprendizado? Quantas viagens realizou? Quem pagou as passagens e hospedagens do(s) acompanhante(s) marido e/ou filha(s)?
Noblat diz ainda que a oposição, liderada pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG), mantém sua aliança com o presidente da Câmara, que está atolado em denúncias e possui várias contas secretas na Suíça, por onde passaram mais de R$ 23 milhões.
“Falsa, como uma nota de três reais, a nota distribuída no último sábado pela oposição em que pede o afastamento de Eduardo Cunha da presidência da Câmara dos Deputados”, diz ele. “A oposição precisa da sua boa vontade [de Cunha] para derrubar Dilma. Sem a sua boa vontade, tudo será mais difícil e demorado”.
As pedaladas não derrubam ninguém. As tacadas sim. Elas indicam uma vida maneira, volúvel e de luxo com dinheiro fácil, gasto nas lonjuras da Flórida.Fontes Globo/ Plantão Brasil/ Justiça da Suíça
O deputado Eduardo Cunha voltou a afirmar ontem que não renunciará ao mandato nem se afastará do cargo de presidente da Câmara. O peemedebista passou o fim de semana no Rio lendo sete pedidos de impeachment contra Dilma Rousseff
[Que moral tem este bandido de julgar quem quer seja? Deve primeiro explicar de onde veio o dinheiro que traficou para os paraísos fiscais, desde os tempos de apadrinhado de PC Farias, traficante internacional de cocaína. Droga transportada pelo seu célebre avião Morcego Negro, que partia do hangar presidencial, em Brasília, nos tempos de Fernando Collor presidente?]
O requerimento apresentado pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior será analisado por ele hoje, que promete uma decisão para breve [De bicos tucanos na ancianidade, apenas os estertores da direita golpista liderada por Aécio, Bolsanaro, Aloysio Nunes, Silas Malafaia e outros fanáticos políticos e religiosos]
“Ainda não indeferi nada porque estou rascunhando. Só terça-feira”, disse Cunha ao Estado de S. Paulo, jornalão das elites empresariais parasitas, do Proer dos bancos, dos comedores de moedas do BNDES], defensoras do salário mínimo do mínimo e do emprego terceirizado.
Um dia após a divulgação da nota pedindo o afastamento do presidente da Câmara, oposicionistas afirmam que não farão pressão efetiva pela saída do deputado e já põem em xeque o futuro processo por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética da Casa [“Os taradinhos do impeachment – Aécio & associados do PSDB, partido dos bilionários – defendem a permanência de Cunha, para realizar o serviço sujo do golpe a jato]
De posse de documento em que a Procuradoria-Geral da República confirma que Cunha e familiares têm contas na Suíça, o PSOL pretende protocolar nesta terça-feira, 13, pedido de abertura de processo por quebra de decoro [Roubar vai além da quebra de decoro…] O Conselho de Ética é a primeira instância que pode levar à cassação do deputado. Sem o mandato, Cunha perde a prerrogativa de foro privilegiado e torna-se réu comum. [Para responder pelos seus crimes: propina, suborno, tráfico de moedas, sonegação, lavagem de dinheiro etc]
Genildo
Parlamentares próximos a Cunha avaliam que o processo não deve prosperar porque ainda não foi apresentada prova documental como os extratos bancários contra o peemedebista, argumento no qual deputados têm se apoiado para não defender enfaticamente a renúncia do presidente da Câmara [As provas existem, e divulgadas pela Justiça da Suíça, que expõem a luxuosa vida da família Cunha por vários países do novo e do velho mundos. Por Oropa, França e Bahia]
Para governo e oposição, a decisão de PSDB, DEM, PPS, PSB e Solidariedade [partidos que perderam as eleições presidenciais] de divulgar a nota após a revelação de que Cunha e parentes têm contas na Suíça que foram usadas para pagar aulas de tênis e cursos no exterior não passa de jogo de cena para responder as cobranças da opinião pública e de suas bases eleitorais. Os deputados entenderam que pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff e não se manifestar diante das acusações contra Cunha soava contraditório [ É incoerente, incompatível, ilógico, absurdo, paradoxal, kafkiano, imoral]
A saída foi apresentar uma nota curta durante o feriado prolongado, sem pedir a renúncia, mas o afastamento para que ele possa se defender das acusações. Na prática, eles sabem não podem obrigá-lo a deixar o cargo nem aumentar a pressão sobre ele por dependerem de Cunha para o seguimento do processo de impeachment [Todo golpista tem a ficha suja. Suja de dinheiro sujo. E de sangue. Que não existe golpe sem lista de presos políticos, tortura, exílio e morte]
A decisão de divulgar a nota não foi consenso na oposição. A crítica interna, ao menos no DEM e no PSDB, é de que a manifestação não terá efeito prático já que os deputados continuarão próximos a Cunha [Quadrilha que reza junto, a bancada dos pastores milionários. Quadrilha que, reunida, rouba dos cofres da União permanece unida, pelo temor, pela ambição]
Ivan Honczar
Apesar dos desdobramentos das denúncias deixarem a situação política de Cunha cada vez mais complicada, o deputado ainda conta com o respaldo da cúpula do PMDB [Da banda podre do PMDB, partido que tem como presidente de honra José Sarney]. Lideranças do partido trocaram telefonemas durante este feriado para avaliar o quadro e concluíram que não haverá manifestação pública no sentido de questionar o parlamentar [É só esperar que o povo virá para as ruas]
Afastado de Cunha [?], o líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), só falou com o presidente da Câmara neste domingo por mensagem de celular. Disse ter prestado “solidariedade” a Cunha [piada essa solidariedade de quem está separado, distante, quando comem no mesmo cocho].
Cunha respondeu, segundo Picciani, que está seguro de sua posição, que vai se defender e que não deixará o cargo.[Picciani, para o Estadão, é o porta-voz do colega de partido, de bancada, de facetas mil]
Disse Picciani que o partido não fará qualquer movimentação para convencer Cunha a deixar a presidência. (As informações são do jornal O Estado de S.Paulo, os comentários entre colchetes do editor deste blogue]
247 – O deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara, concedeu rápida entrevista à Globonews neste sábado, em que reiterou sua disposição de resistir no cargo, a despeito das denúncias que se avolumam contra si.
“Pode pressionar, eu não renuncio. Sem a menor chance. Podem retirar apoio, fazer o que quiserem. Tenho amplo direito de defesa. Não podem me tirar”, afirmou.
Ela também demonstrou não ter preocupação com eventual representação no Conselho de Ética por quebra de decoro parlamentar. ”Vão iniciar de qualquer jeito. Isso leva um tempo”.
As contas secretas na Suíça atribuídas ao parlamentar e a sua esposa, a jornalista Claudia Cruz, receberam depósitos de R$ 23,2 milhões nos últimos anos. Uma delas foi usada para despesas pessoais da jornalista, como aulas de tênis numa academia de Miami (leia mais aqui).
Apesar disso, Cunha ainda tem o apoio do PSDB, do senador Aécio Neves (PSDB-MG), que conta com ele para um eventual processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.
Jornalista Cláudia Cruz
Relatório do Ministério Público da Suíça mostra que Cunha usou suas contas secretas no país para pagar faturas de cartões de crédito internacional e despesas pessoais da família na Inglaterra, na Espanha e nos Estados Unidos, entre outros países. Entre os gastos está até pagamento de US$ 59,9 mil para a IMG Academies, de Nick Bolletieri, famoso professor de tênis em Palm Beach, reduto de milionários americanos. Os suíços investigaram Cunha por corrupção e lavagem. A partir de agora, ele poderá ser investigado também por sonegação fiscal e evasão de divisas, entre outros crimes.
Parte da movimentação já rastreada pelos investigadores suíços indicam que uma das quatro contas secretas recebeu US$ 1.363.371,80 desviados de um dos negócios fraudulentos da Petrobras descobertos na Operação Lava-Jato. As contas estão em nomes de off-shores com sede em paraísos fiscais e não foram declaradas à Receita Federal.
Cunha e a mulher, a jornalista Cláudia Cruz, abriram quatro contas secretas no Julius Baer, na Suíça, em nome de quatro diferentes off-shores: a conta de número 4548.1602 Orion SP que tem sede provavelmente nas Ilhas Cayman; a conta de número 4548.6752 está em nome da Netherton Investments Ltda; a conta de número 4546.6857 aparece em nome da Triumph SP; a conta de número 4547.8512 aparece em nome da Kopek, cujo titular é Cláudia Cruz. Três contas foram abertas em 2008 e uma delas,Triumph, em 2007.
As contas Orion, Netherton e Trirumph têm como titular, segundo os documentos, Eduardo Cunha. A Kopek tem como titular Cláudia Cruz. Duas das quatro contas, a Orion, e a Triumph foram fechadas ano passado, logo depois do início da Operação Lava-Jato, como informou o GLOBO na edição online ontem. Outras duas contas, a Netherton e a Kopek foram bloqueadas em abril desde ano com saldo de US$ 2.566.121,00, o equivalente a quase R$ 10 milhões. Mas a movimentação financeira de Cunha e Cláudia Cruz é bem superior a estas cifras.
Parte dos extratos bancários indicam que as contas de Cunha e da mulher receberam pelo menos US$ 5,9 milhões, o equivalente a R$ 22 milhões desde que foram abertas. Parte do dinheiro da conta Kopek, US$ 119.795,95 foram gastos em pagamentos na Fundacion Esade, em Barcelona, entre 4 de agosto de 2011 e 15 de fevereiro de 2012. No mesmo período Danielle Cunha, filha de Eduardo Cunha, fez um MBA na escola.
Suíça detalha caminho de dinheiro e fecha o cerco
Dossiê entregue à PGR movimentações desde contrato da Petrobras até mulher de Cunha
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Paixão
por Rodolfo Borges
El País/ Espanha
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A situação de Eduardo Cunha à frente da Câmara dos Deputados ficou ainda mais frágil nesta sexta-feira quando se tornaram públicos detalhes de movimentações de dinheiro nas contas que o Ministério Público suíço atribui ao peemedebista. Segundo os dados entregues pelas autoridades da Suíça à Procuradoria-Geral da República brasileira, o dinheiro espalhado por quatro contas bancárias abertas pelo presidente da Câmara por meio de diferentes empresas teria origem em um contrato da Petrobras no Benin.
Já alvo de pressões para deixar o posto desde que as primeiras informações sobre suas contas no exterior foram reveladas — contas, aliás, que o deputado negou ter durante depoimento à CPI da Petrobras em março —, Cunha agora se vê confrontado com a informação pública de que sua mulher, a jornalista Claudia Cruz, gastou 59,7 mil dólares com o cartão de crédito de uma das contas suíças na IMG Academies, academia de tênis do treinador Nick Bollettieri, na Flórida. Também foram rastreados pagamentos para MBA da filha de Cunha na Espanha.
No total, teriam saído 525 mil dólares de um cartão de crédito entre janeiro de 2013 e abril de 2015 e mais 316,5 mil de 2008 a 2012, informam os jornais Folha de S.Paulo e O Globo. Esse dinheiro é parte de uma soma equivalente a pelo menos 22 milhões de reais dividida em quatro contas, segundo o Ministério Público suíço. Desse valor, 5,1 milhões de reais teriam saído de uma offshore como propina do empresário João Augusto Henriques, apontado como lobista do PMDB, para a Orion SP, de Cunha, em 2011, três meses depois de a Petrobras fechar negócio no Benin.
Confrontado com os detalhes, o presidente da Câmara repetiu que só vai se manifestar sobre o assunto ao conhecer os detalhes do processo encaminhado pela suíça para as autoridades brasileiras. Enquanto isso, o peemedebista vai tendo a imagem desgastada. Nesta semana, um grupo de deputados de seis partidos apresentou uma representação protocolaram a primeira representação formal contra Cunha, entregue à Corregedoria da Câmara.
Opositores do deputado também já falam em interpelá-lo no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Casa.