Escola das Américas formou vários ditadores e torturadores e espiões das ditaduras na América do Sul.
Escola das Américas foi inicialmente criada em Fort Amador, no Panamá, como parte da iniciativa da conhecida Doutrina de Segurança Nacional. Sua denominação inicial foi “Centro de Adestramento Latinoamericano – Divisão da Terra” (“Centro de Adiestramiento Latinoamericano – División de la Tierra” em espanhol). Sua missão principal era a de fomentar cooperação ou servir como instrumento para preparar as nações latino-americanas a cooperar com os Estados Unidos e manter assim um equilíbrio político contendo a influência crescente de organizações populares ou movimentos sociais de esquerda.
Instalações onde funcionou a Escola de das Américas no Panamá.
Em 1950 a escola mudou o seu nome para United States Army Caribbean School ( Escola Caribenha do Exército dos Estados Unidos, em português) e foi transferida para Fort Gulick, também no Panamá; neste mesmo ano o espanhol foi adotado como língua oficial da academia. Em julho de 1963 o centro reorganizou-se com o nome oficial de United States Army School of the Americas (USARSA), ou mais popularmente como Escola das Américas.
Durante as seguintes décadas cooperou com vários governos e regimes totalitários e violentos. Vários dos seus cursos ou adestramentos incluíam técnicas de contra insurgência, operações de comando, treinamento em golpes de Estado, guerra psicológica, intervenção militar, técnicas de interrogação. Manuais militares de instrução destas iniciativas, primeiramente confidenciais, foram liberados e publicados pelo pentágono Americano em 1996. Entre outras considerações, os manuais davam detalhes sobre violações de direitos humanos permitidos, como por exemplo o uso de tortura, execuções sumárias, desaparecimento de pessoas, etc definindo seus objetivos como sendo o de conter e controlar indivíduos participantes em organizações sindicais e de esquerda.
O Brasil enviava regularmente militares para treinamento na Escola das Americas . Entre os graduados mais reconhecidos encontram-se importantes instigadores de crimes de guerra ou contra a humanidade, alguns deles também relacionados estreitamente aos esquadrões da morte e ao crime organizado bem com com ligações com a CIA estado-unidense:
- Brigadeiro João Paulo Burnier, militar da Força Aérea Brasileira.
- General Manuel Noriega, responsável pela ditadura militar no Panamá, e antigo colaborador da CIA, esteve preso por vários anos nos Estados Unidos por sua relação com o narcotráfico, atualmente segue preso, porém foi transferido para o Panamá;
- General Hugo Banzer, responsável pelo sanguinário golpe na Bolívia em 1971 e sua subsequente ditadura militar que se prolongou até 1978. Hugo Banzer foi incluído em 1988 no Hall da Fama da Escola;
- Roberto D’Aubuisson, graduado en 1972 e depois parte do serviço de inteligência de El Salvador, acusado como líder de esquadrões da morte, entre outros crimes e delitos.
- General Héctor Gramajo, ex-ministro de Guatemala, autor de políticas militares genocidas nos anos oitenta.
- Roberto Eduardo Viola, promotor do golpe de estado na Argentina em 1976.
- Leopoldo Fortunato Galtieri, precursor da Guerra das Malvinas (1982), líder da Junta Militar da Argentina que supervisionou desde 1981, os dois anos finais da “guerra suja”, onde se torturaram mais de 100.000 pessoas, e posteriormente mais de trinta mil foram assassinadas e desaparecidas.
- General Guillermo Rodríguez, responsável pelo golpe de estado de 1972 a 1976 no Equador.
- Vladimiro Montesinos, advogado, militar, colaborador inicial da CIA, responsável pelo Serviço de Inteligência do Peru durante o polêmico governo de Alberto Fujimori. Acusado de repressão política, incitador do golpe de estado e de arrecadar enorme fortuna graças a sua estreita ligação com o narcotráfico.
Notorious Graduates From Brazil
—
Bismarck Baracuhy Amancio Ramalho, 1967, Military Intelligence, Phase II
Repressive Forces: According to the Brazilian human rights group
Tortura Nunca Mais, he is linked to the repressive forces that existed
in Brazil in the 1960’s and 70’s. (Tortura Nunca Mais)
Mauro Baptista Lobo, 1967, Counterintelligence
Repressive Forces: According to the Brazilian human rights group
Tortura Nunca Mais, he is linked to the repressive forces that existed
in Brazil in the 1960’s and 70’s. (Tortura Nunca Mais)
Carlos Alberto Bravo da Camara, 1967, Military Intelligence Phase I;
1967, Counterintelligence Off.
Repressive Forces: According to the Brazilian human rights group
Tortura Nunca Mais, he is linked to the repressive forces that existed
in Brazil in the 1960’s and 70’s. (Tortura Nunca Mais)
SGT Sergio Mazza de Azevedo, 1968, Combat Intelligence; 1968, Advanced
Auto Repair
Repressive Forces: According to the Brazilian human rights group
Tortura Nunca Mais, he is linked to the repressive forces that existed
in Brazil in the 1960’s and 70’s. (Tortura Nunca Mais)
Joao Flavio de Freitas Costa, 1967, Counterintelligence
Repressive Forces: According to the Brazilian human rights group
Tortura Nunca Mais, he is linked to the repressive forces that existed
in Brazil in the 1960’s and 70’s. (Tortura Nunca Mais)
CPT Luiz de Souza Aguiar, 1959, Military Police Officer
Repressive Forces: According to the Brazilian human rights group
Tortura Nunca Mais, he is linked to the repressive forces that existed
in Brazil in the 1960’s and 70’s. (Tortura Nunca Mais)
Ubirajara Escorcio, 1968, Combat Intelligence
Repressive Forces: According to the Brazilian human rights group
Tortura Nunca Mais, he is linked to the repressive forces that existed
in Brazil in the 1960’s and 70’s. (Tortura Nunca Mais)
Jose Gomes da Silva, 1969, Military Police
Repressive Forces: According to the Brazilian human rights group
Tortura Nunca Mais, he is linked to the repressive forces that existed
in Brazil in the 1960’s and 70’s. (Tortura Nunca Mais)
1LT Jose Lamas Portugal,1990, Instructor
Repressive Forces: According to the Brazilian human rights group
Tortura Nunca Mais, he is linked to the repressive forces that existed
in Brazil in the 1960’s and 70’s. (Tortura Nunca Mais)
GEN Helio Lima Ibiapina,1966, Military Intelligence, Phase I
Torture, 1969: Accused by Gregorio Bezerra of false imprisonment and
torture. (Tortura Nunca Mais)
Altevir Lopes, 1960, Military Police Officer
Repressive Forces: According to the Brazilian human rights group
Tortura Nunca Mais, he is linked to the repressive forces that existed
in Brazil in the 1960’s and 70’s. (Tortura Nunca Mais)
CPT Paulo Magalhaes, 1959, Military Police Officer
Torture, 1969: Accused in a military court by students Sergio Ubiratan
Manes and Paulo Roberto Manes of torturing them. (Tortura Nunca Mais)
Francisco Renato Mello, 1967, Military Intelligence, Phase I
Repressive Forces: According to the Brazilian human rights group
Tortura Nunca Mais, he is linked to the repressive forces that existed
in Brazil in the 1960’s and 70’s. (Tortura Nunca Mais)
CDR. Clemente Jos? Monteiro Filho, 1965, Military Intelligence
Torture, 1969: Accused in military court by the following persons of
torture by various methods, including electric shock: Humberto Trigeiros
Lima, ina de Souza Medeiros, Marta Maria Kagsburnn, Marta Mota Lima
Alavarez, Sebastiao Medeiros Filho and Luis Carlos de Souza Santos.
(Tortura Nunca Mais)
Joao Paulo Moreira Burnier, 1967, Military Intelligence, Phase 1
Torture and Execution, 1971: Accused in military court by political
prisoner Alex Polari de Alverga of torturing and killing Stuart Edgard
Angel Jones. (Tortura Nunca Mais)
Clodoaldo Paes Cabral, 1970, Inteligencia Militar para Alistados
Repressive Forces: According to the Brazilian human rights group
Tortura Nunca Mais, he is linked to the repressive forces that existed
in Brazil in the 1960’s and 70’s. (Tortura Nunca Mais)
Paulo Scholoenback Rubens, 1970, Inteligencia Militar para Oficiales
Repressive Forces: According to the Brazilian human rights group
Tortura Nunca Mais, he is linked to the repressive forces that existed
in Brazil in the 1960’s and 70’s. (Tortura Nunca Mais)
Walfrido Silva, 1964, Jungle Operations
Repressive Forces: According to the Brazilian human rights group
Tortura Nunca Mais, he is linked to the repressive forces that existed
in Brazil in the 1960’s and 70’s. (Tortura Nunca Mais)
CPT. Lucio Valle Barroso, 1970, Military Intelligence for Officers
Torture, 1971: Accused in military court by political prisoner Alex
Polari de Alverga of torture by electric shock, suffocation, and
injection of pentothal. (Tortura Nunca Mais)
Thaumaturgo Sotero Voz, 1962, CIO
Torture, 1972: Accused in court by ex-political prisoner Danilo Carneiro
of personally torturing him. (Tortura Nunca Mais)
Moyses Thompson do Nascimento, 1972, Instructor
Repressive Forces: According to the Brazilian human rights group
Tortura Nunca Mais, he is linked to the repressive forces that existed
in Brazil in the 1960’s and 70’s. (Tortura Nunca Mais)