Continuidade no ciclo de aperfeiçoamento e valorização do Bolsa Família desde a sua criação. Assim pode ser definida a medida anunciada na tarde deste domingo pela presidenta Dilma Rousseff durante ato pelo Dia do Trabalhador, no Vale do Anhangabaú, São Paulo. Com a correção, o benefício médio pago a 13,8 milhões de famílias poderá alcançar R$ 176 mensais, 9% a mais que o recebido em abril.
A medida passa por um decreto da presidenta autorizando reajuste de 6,5% na linha de extrema pobreza do país, hoje fixada em R$ 77 mensais. Este aumento na linha, instituída pelo plano Brasil sem Miséria, garante a complementação.
O mesmo percentual será aplicado à linha da pobreza, que estabelece o limite de renda de acesso ao benefício do Bolsa Família. Com isso, poderão ter acesso ao benefício famílias com renda de até R$ 164 mensais por pessoa.
O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, primeiro-ministro e vice de Michel Temer, classificou o reajuste como uma “irresponsabilidade fiscal”.
Tudo que é feito para os pobres Cunha, recheado de milhões e milhões de dólares, condena. É uma pessoa cruel e gananciosa, acostumado a roubar verbas destinadas a programas sociais, notadamente, construção de casas populares, bairros operários, vilas rurais. É um inimigo do povo, que se esconde nas igrejas, para que ninguém veja sua alma sebosa, seu satanismo, que consiste na negação e inversão de práticas e crenças cristãs.
Cunha acaba de votar um aumento de 78 por cento para o judiciário, e essa generosidade, para quem já recebe vencimentos além do teto constitucional, na ditadura parlamentarista do presidente da Câmara é mais do que legal…
Com o reajuste, de janeiro de 2011 a junho de 2016, o benefício médio do Bolsa Família acumulará aumento de 29% acima da inflação.
A dotação do Bolsa Família para este ano é de R$ 28,1 bilhões, integralmente preservada na programação financeira do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
O decreto presidencial também alcançará os benefícios variáveis pagos pelo Bolsa Família por criança até 15 anos, gestante ou nutriz. Neste caso, o valor autorizado passa de R$ 35 para R$ 38. São pagos até 5 benefícios desse tipo por família. Já o benefício pago a jovens entre 15 e 17 anos passará de R$ 42 para R$ 45 mensais, até o limite de dois benefícios por família.
Esses poucos reais para os mortos de fome, Cunha considera um luxo, um fausto que estimula a malandragem, a preguiça – uma abundância de quem se deita em berço esplêndido em um paraíso fiscal.
Não há crise. As burras do Estado continuam recheadas de dinheiro. O Senado aprovou nesta terça-feira (20) por 62 votos a zero projeto de lei que concede aumento salarial escalonado para servidores do judiciário. O texto prevê que o aumento – entre 53% a 78,56% – será concedido de acordo com a função exercida por cada servidor.
Pelo projeto, o pagamento será escalonado, de julho de 2015 (pasmem! tem efeito retroativo) até dezembro de 2017, e será feito em seis parcelas.
Dilma já vetou projeto idêntico devido ao impacto nas contas públicas. Segundo o Ministério do Planejamento, o aumento custará R$ 25,7 bilhões nos próximos quatro anos.
Este esbanjamento, na véspera de um golpe jurídico, constitui a prova máxima de que não existe crise.
Este aumento tem efeito cascata. Vai beneficiar os tribunais federais e estaduais e os desnecessários tribunais de Contas, do Trabalho, militares e eleitorais. Vai muitas vezes além dos 25, 7 bilhões.
Tribunal Militar deve existir em tempo de guerra. Os tribunais de Contas é do tipo faz de conta que faz as contas. Nos tribunais do Trabalho, o patronato ganha todas. Os tribunais eleitorais lavam mais branco as fichas sujas dos políticos corruptos que estão nas câmaras municipais, nas assembléias legislativas estaduais, na Câmara dos Deputados, a começar pelo presidente Eduardo Cunha, primeiro-ministro e vice de Michel Temer, e no Senado Federal de Renan Calheiros, Fernando Collor, Sepulcro Caiado de Branco, Cabo Anselmo Aloysio Nunes, o rei do nióbio Aécio Neves, o rei das mil pedaladas Anastasia, e Perrella, dono do helicóptero de meia tonelada de cocaína e outros criminosos.
O Brasil é o país da desigualdade. Já pensou conceder ao pobre trabalhador pobre do Brasil, um morto de fome, um aumento de 80 por cento no seu salário mínimo do mínimo?
Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil – A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) encaminhou mensagem à presidenta Dilma Rousseff, manifestando preocupação com os “acontecimentos políticos e judiciais que convulsionaram o Brasil nas últimas semanas” e reconhecendo os avanços sociais e políticos que o país conseguiu na última década. “Nos alarma ver a estabilidade democrática de sua pátria ameaçada”, escreveu a secretária-executiva da entidade, Alicia Bárbena, destacando a vigência do Estado democrático de direito.
“A soberania popular, fonte única de legitimidade na democracia, entregou antes a Lula e depois a você, Presidenta Rousseff, um mandato constitucional que se traduz em governos comprometidos com a justiça e a igualdade”, diz a mensagem, acrescentando que nunca na história do país tantas pessoas saíram da situação de fome, pobreza e desigualdade. Ainda segundo a Cepal, é significativo o fato de que os recentes governos brasileiros “reforçaram a nova arquitetura de integração de nossa região, da Unasul (União das Nações Sul-Americanas) à Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos)”.
A Cepal diz reconhecer o esforço do Judiciário para “perseguir e punir a cultura de práticas corruptas que historicamente são a parte mais obscura do vínculo entre os interesses privados e as instituições do Estado”. Mas acrescenta que a presidenta vem “apoiando permanentemente essa tarefa, com a valentia e honradez que é a marca de sua biografia, apoiando a criação de uma nova legislação mais exigente e de instituições investigativas mais fortes”.
Por essa razão, a entidade se diz chocada com o fato de que, sem que haja provas, servindo-se de vazamentos e uma “ofensiva midiática” que condena de antemão, “se tente demolir sua imagem e seu legado, ao mesmo tempo em que se multiplicam os esforços por menosprezar a autoridade presidencial e interromper o mandato que os cidadãos entregaram nas urnas”.
Para a entidade, os acontecimentos no Brasil mostram para a América Latina “os riscos e dificuldades a que nossa democracia ainda está exposta”.
As mulheres estão realizando passeatas na ruas das principais cidades para cassar o mandato de Eduardo Cunha
Um movimento feminista parecido, na Islândia, por igualdades de direitos, promoveu uma verdadeira revolução.
Cunha vem sendo acusado pelos seus posicionamentos golpistas, direitista e machistas na presidência da Câmara dos Deputados.
Posições políticas
Registra Wikipédia: Assumidamente evangélico, Cunha é considerado um dos parlamentares mais conservadores do país. No Congresso Nacional desde 2003, tem se notabilizado como defensor de valores tradicionais, por exemplo, posicionando-se contra a união estável homoafetiva, a descriminalização do aborto e da maconha.
Em 2010, o deputado apresentou um projeto para criminalizar o preconceito contra os heterossexuais. Ele é o autor do projeto para a instituição do “Dia do Orgulho Heterossexual” no Brasil. É também o autor de um projetos que quer punir com prisão de até 10 anos os médicos que auxiliarem mulheres a fazer aborto. Militante evangélico e frequentador assíduo de cultos, Cunha é detentor de centenas de domínios de cunho religioso na internet, dos quais 154 com a palavra “Jesus”.
O deputado é contrário à regulação da mídia. É conhecida a sua posição em relação ao Marco Civil da Internet, defendendo o controle de fluxo de dados dos usuários por parte das empresas de telecomunicações e, assim, ferindo o princípio da neutralidade da rede.
A greve geral de mulheres que tornou Islândia o país ‘mais feminista do mundo’
por Kirstie Brewer
Reykjavik, Islândia
Milhares de mulheres em toda a Islândia participaram de atos por igualdade de direitos em 1975
Há 40 anos, as mulheres islandesas entraram em greve –recusaram-se a trabalhar, cozinhar e cuidar das crianças por um dia. O momento mudou a forma como as mulheres eram vistas no país e ajudou a colocar a Islândia na vanguarda da luta pela igualdade.
O movimento também abriu espaço para que, cinco anos depois, em 1980, Vigdis Finnbogadottir, uma mãe solteira divorciada, conquistasse a Presidência do país, tornando-se a primeira mulher presidente da Europa, e a primeira mulher no mundo a ser eleita democraticamente como chefe de Estado.
Finnbogadottir ocupou o cargo por 16 anos –período que ajudou a fazer a fama da Islândia como “país feminista mais do mundo”. Mas ela diz que nunca teria sido presidente se não fosse o que aconteceu naquele ensolarado 24 de outubro de 1975, quando 90% das mulheres do país decidiram demonstrar sua importância entrando em greve.
Em vez de ir aos seus escritórios, fazer tarefas domésticas ou cuidar de crianças, elas foram às ruas, aos milhares, para reivindicar direitos iguais aos dos homens. O movimento ficou conhecido como o “Dia de Folga das Mulheres”, e a ex-presidente o vê como um divisor de águas.
Ideia de greve foi proposta por movimento radical de mulheres, mas foi adotada amplamente ao ser batizada como “dia de folga”
“O que aconteceu naquele dia foi o primeiro passo para a emancipação das mulheres na Islândia”, disse. “Ele paralisou o país completamente e abriu os olhos de muitos homens”.
Bancos, fábricas e algumas lojas tiveram que fechar, assim como escolas e creches – deixando muitos pais sem escolha a não ser levar seus filhos para o trabalho.
Houve relatos de homens se armando com doces e lápis de cor para entreter a multidão de crianças superexcitadas em seus locais de trabalho. Salsichas, fáceis de serem preparadas e populares entre crianças, sumiram rapidamente dos supermercados.
Foi um batismo de fogo para alguns pais, o que pode explicar o outro nome que o dia recebeu: “Sexta-feira longa”. Leia mais em BBC
Cortes draconianos em direitos como seguro-desemprego, aposentadoria, saúde, educação; um orçamento comprometido com o pagamento dos juros e amortizações da dívida pública; um governo fragilizado, sem base social após promover grosseiro estelionato eleitoral e entregar a cada dia um anel para o capital financeiro e o PMDB, a fim de afastar as ameaças de um impeachment; um Congresso Nacional cada vez mais distante dos anseios da maioria da população, manipulado por um mestre da pequena e corrupta política, condutor da bancada BBB (Boi, Bala e Bíblia), a dar o tom de um fundamentalismo conservador inédito desde a redemocratização.
Ivan
Mas esta crise, que tem nomes como Dilma Rousseff e Eduardo Cunha entre seus protagonistas, não é um episódio conjuntural. Estamos diante de uma crise de natureza estrutural, produto de uma soma ou mesmo convergência de crises.
Em linhas gerais, testemunhamos o esgotamento de dois “modelos”.
O primeiro refere-se ao padrão de “desenvolvimento” do lulismo, isto é, a condução de políticas públicas com moderada intervenção do Estado e valorização do salário mínimo. Ancorado numa conjuntura comercial externa favorável às commodities, esse modelo permitiu aos seguidos governos petistas dinamizar o mercado interno e conter ou retardar por essa via os efeitos mais devastadores da crise econômico-financeira internacional.
O “problema” deste modelo é que ele nunca, em momento algum, rompeu com a dependência e subordinação do orçamento do país ao capital financeiro. Religiosamente, juros foram pagos em nome da impagável “dívida pública”. Sequer a longa era do lulopetismo no poder cogitou realizar uma auditoria da dívida. A data de validade deste modelo um dia chegaria.
Bastaram a desaceleração deste cenário externo antes muito favorável, a débâcle econômico-financeira do sul da Europa, a pressão do capital financeiro e da especulação por juros mais altos e o compromisso com ajustes e cortes sociais e trabalhistas, para fazer ruir o chamado “neodesenvolvimentismo”.
Tal fragilidade carregada pelo modelo fica evidente com o fato de que, quase da noite para o dia, a decantada estabilidade econômica do lulismo deu lugar ao tripé arrocho-inflação-desemprego, que volta a assombrar o cotidiano da classe trabalhadora brasileira.
A segunda das crises é a do modelo institucional de representações políticas. Um esgotamento das instituições da Nova República, feridas pelo modus operandi da corrupção, desde o financiamento das campanhas eleitorais até os grandes negócios na cadeia de relações promíscuas entre grandes conglomerados capitalistas e Estado, governos e partidos dessa ordem.
A superação de tais crises é a superação dos dois “modelos” mencionados, com uma ruptura de paradigmas. O Brasil precisa de outro projeto de país, que parta de bases democráticas e igualitárias, política e socialmente.
Ao contrário da lógica do ajuste neoliberal, à qual o governo Dilma amarra o país como remédio para a crise, precisamos de um modelo de desenvolvimento soberano, que, para começar, estabeleça linhas de ruptura com a dominação do capital financeiro, faça o orçamento estatal girar em torno do social, estabeleça uma reforma tributária progressiva, capaz de taxar a fortuna e o Capital, e amplie a oferta e garantia de direitos ao povo.
Ao contrário da lógica de restrição de direitos democráticos e civis – proposta cinicamente pela direita ‘social’, que vai às ruas pedir o impeachment de Dilma, assim como pelo corrupto presidente da Câmara dos Deputados e suas agressivas bancadas, em relação a mulheres, LGBT, negros –, o Brasil precisa de mais direitos e mais democracia. Porém, uma democracia verdadeira, não manipulada, uma outra institucionalidade, com ampla e plural participação popular e poder decisório sobre os grandes temas do país.
Não será por produto do acaso que se poderá pensar em outro projeto, assentado em tais bases, para começar a caminhada. Trata-se de longo trajeto, que dependerá fundamentalmente da recomposição de um bloco histórico das classes exploradas e oprimidas, de uma pluralidade de atores sociais combativos e progressistas, juntando movimentos sociais independentes (que não sejam atrelados e nem correia de transmissão de governos e Estado), ao lado dos partidos de uma renovada esquerda.
É um desafio de longos anos, que demandará muitas lutas sociais independentes, muito diálogo entre atores do mesmo campo político de oposição à ordem e muita formulação estratégica.
Nesses tempos que se apresentam hostis, dada a ofensiva econômica conservadora contrária aos direitos democráticos, aprofunda-se, de outro lado, uma tremenda crise estrutural. É exatamente nesta crise que poderá reflorescer a esperança e o espaço para a construção de projeto social igualitário.
A Justiça Federal em Minas Gerais negou pedido do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de extinguir investigação que a Receita Federal está fazendo nas declarações de Imposto de Renda do parlamentar entre os anos de 2010 e 2013. A decisão é do juiz Pedro Pereira Pimenta da 17ª Vara Federal em Belo Horizonte.
Edra
A investigação, iniciada em junho, está a cargo da Delegacia Especial de Maiores Contribuintes (Demac) na capital. Em 17 de julho de 2015, Eduardo Cunha entregou à imprensa cópia do documento da delegacia que o intimava a prestar contas sobre suas declarações ao Fisco entre 2010 e 2013.
Entre outros pontos, foram exigidas informações sobre demonstrativo financeiro mensal separado por fonte pagadora, comprovantes de depósitos bancários e de transferências para esses recebimentos, demonstrativos de dívidas e documentação sobre compra e venda de imóveis no Brasil e no exterior.
A Receita requereu ainda comprovantes de pagamento de IPTU, alugueis, taxa de condomínio, TV por assinatura, empregados, comprovante das faturas de cartão de crédito, despesas com reforma e ampliação de bens móveis e imóveis e extratos bancários de contas-correntes e aplicações financeiras.
O deputado foi obrigado também a dar informações sobre um apartamento no Distrito do Andaraí, no Rio de Janeiro. O imóvel teria sido vendido por R$ 225 mil. O Fisco quer o comprovante da venda e do recebimento do valor do bem, além de documento que mostre a aquisição do imóvel antes da venda. Por último, a Receita Federal quer uma comprovação do estado civil do deputado entre 2010 e 2013.
No pedido para pôr fim à fiscalização da Receita Federal, Cunha alega falta de competência do órgão. O deputado, para efeitos tributários, tem residência fixada em Brasília.
Na decisão, no entanto, o juiz diz que “à Demac de Belo Horizonte compete desenvolver as atividades de fiscalização dos contribuintes pessoas físicas de relevante interesse e aos demais contribuintes a eles relacionados, bem como propor programas especiais de fiscalização para disseminação em âmbito nacional”.
Na justificativa da decisão o juiz diz que “nenhum brasileiro está imune à fiscalização/autuação da Receita Federal. Noutras palavras: ninguém está acima da lei, por mais alto que seja o cargo que ocupe na República”.
O juiz afirma ainda que “encontram-se sob o império das leis da República tanto o mais simples (e às vezes menosprezado e marginalizado) indivíduo como aqueles que ocupam cargos elevados na República”.
Até partido fêmea existe: o Partido da Mulher Brasileira. Logo aparecerá o partido macho. Que existem partidos para todos os preconceitos, fanatismos, carolices, o que você imaginar para receber ajuda de empresas nacionais e estrangeiras nas campanhas eleitorais, e verbas partidárias incluídas no Orçamento do Povo, e administradas pela iníqua e parasitária justiça eleitoral, que apenas trabalha nos anos pares.
São 35 partidos políticos e, no máximo, apenas cinco conhecidos do eleitorado, pelos atos de putrefação de suas lideranças sem nenhum idealismo. Que todos defendem as mesmas promessas: mais educação, mais saúde, emprego para todos, o fim da violência e da corrupção. Nenhum partido defende idéias.
Nenhum partido representa os sem terra, os sem teto, os sem nada, neste Brasil governado pelas elites e separado em castas, que se dividem em governistas e pretensos oposicionistas que defendem o partido único, uma luta pelo poder que vale tudo, golpe, intervenção militar, ditadura. Nenhum partido defende, realmente, a Democracia. A igualdade. A fraternidade. A liberdade mesmo que tarde.
Enrico Bertuccioli
Não existe nenhum pessimismo em dizer o que acontece no Brasil, marcado pelo colonialismo, e dominado pelo imperialismo, acontece nos quatro cantos deste vasto velho mundo. Existiu algum dia de paz na Europa, desde Roma dos césares? No Século XX, quase todos os países foram governados por ditaduras, e travaram duas guerras mundiais, que motivaram os principais inventos imaginados pelos romances e filmes de ficção científica.
As guerras religiosas, e pela independência, persistem em todos os continentes. Nos Estados Unidos cada cidadão tem que jurar o combate eterno contra os inimigos internos e externos. Aqui no Brasil existe o slogan vai para Cuba, que diagnostica um medo sem justificativa. Cuba é um país pobre, sem bomba nuclear, e com apenas onze milhões de habitantes. O Brasil, 205 milhões. Para construir um porto, Cuba precisou do dinheiro brasileiro.
Um verdadeiro partido político, que represente o povo em geral, deve defender que ideais?
Com a apresentação da Esquadrilha da Fumaça, foi encerrado no fim da manhã de hoje (7) o desfile do 7 de Setembro em Brasília. Os aviões escreveram a frase “Somos todos Brasil” no céu da Esplanada dos Ministérios.
Em seguida, as aeronaves fizeram várias manobras ao fim da parada. Pouco antes, desfilaram vários grupamentos de cavalaria da Polícia Militar do Distrito Federal e dos Dragões da Independência.
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas, campos, construções
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer
Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer
Pelos campos há fome em grandes plantações
Pelas ruas marchando indecisos cordões
Ainda fazem da flor seu mais forte refrão
E acreditam nas flores vencendo o canhão
Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.
Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.
Há soldados armados, amados ou não
Quase todos perdidos de armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam uma antiga lição
De morrer pela pátria e viver sem razão
Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.
Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.
Nas escolas, nas ruas, campos, construções
Somos todos soldados, armados ou não
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais braços dados ou não
Os amores na mente, as flores no chão
A certeza na frente, a história na mão
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Aprendendo e ensinando uma nova lição
Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.
Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.
—
Para não dizer que não falei de flores, por Geraldo Vandré
Essa distância o papa Francisco vem mostrando nos sermões.
No Brasil as desigualdades são cruéis. Pastores, com seus palacetes e aviões de luxo, pregam o fanatismo religioso. É difícil neste mundo cruel ser cristão, pregar o amor, que apenas existem – ensinou Jesus – dois mandamentos que é um só: amar a Deus e amar o próximo.
Não existe justiça social nos despejos judiciários. Não existe amor em uma sociedade que convive com o trabalho escravo, o tráfico de pessoas e 500 mil prostitutas infantis.
Os governantes apenas trabalham pelos empresários financiadores de campanhas eleitorais. Nada se faz que preste para o povo. O Rio de Janeiro possui 1 mil e 100 favelas. São Paulo, 2 mil 627 favelas.
Aproximar-se das pessoas marginalizadas, encurtar as distâncias até chegar a tocá-las sem ter medo de se sujar: eis a «proximidade cristã» que nos mostrou concretamente Jesus libertando o leproso da impureza da doença e também da exclusão social. A cada cristão, à Igreja inteira, o Papa pediu que tenha uma atitude de «proximidade»; fê-lo durante a missa na manhã de sexta-feira, 26 de Junho, na capela da Casa de Santa Marta. A próxima celebração está prevista para terça-feira 1 de Setembro.
«Quando Jesus desceu do monte, grandes multidões o seguiam»: Francisco iniciou a homilia repetindo precisamente as primeiras palavras do Evangelho de Mateus (8, 1-4) proposto pela liturgia. E toda aquela multidão, explicou, «tinha ouvido as suas catequeses: ficaram maravilhados porque falava “com autoridade”, não como os doutores da lei» que eles estavam habituados a ouvir. «Ficaram maravilhados», especifica o Evangelho.
Portanto, precisamente «estas pessoas» começaram a seguir Jesus sem se cansar de o ouvir. A ponto que, recordou o Papa, elas «permaneceram o dia inteiro e, por fim, os apóstolos» deram-se conta de que tinham certamente fome. Mas « para eles ouvir Jesus era motivo de alegria». E assim «quando Jesus terminou de falar, desceu do monte e as pessoas seguiam-no» reunindo-se «em volta dele». Aquela gente, recordou, «ia pelas estradas, pelos caminhos, com Jesus».
Contudo, «havia também outras pessoas que não o seguiam: observavam-no de longe, com curiosidade», perguntando-se: «Mas quem é ele?». Aliás, explicou Francisco, «não tinham ouvido as catequeses que tanto surpreendiam». E assim havia «pessoas que olhavam da calçada» e «outras que não podiam aproximar-se: era-lhes proibido pela lei, porque eram «impuros». Precisamente entre elas estava o leproso do qual fala Mateus no Evangelho.
«Este leproso – realçou o Papa – sentia no coração o desejo de se aproximar de Jesus: tomou coragem e aproximou-se». Mas «era um marginalizado», e portanto «não podia fazê-lo». Porém, «tinha fé naquele homem, tomou coragem e aproximou-se», dirigindo-lhe «simplesmente o seu pedido: “Senhor, se quiseres, podes purificar-me”». Disse assim «porque era “impuro”». Com efeito, «a lepra era uma condenação definitiva». E «curar um leproso era tão difícil quanto ressuscitar um morto: por esta razão eram marginalizados, estavam todos ali, não podiam misturar-se com as pessoas».
Porém havia, prosseguiu Francisco, «também os automarginalizados, os doutores da lei que olhavam sempre com aquele desejo de pôr Jesus à prova para o fazer cair e depois condenar». Ao contrário, o leproso sabia que era «impuro, doente, e aproximou-se». E «o que fez Jesus?», questionou-se o Papa. Não ficou parado, sem o tocar, mas aproximou-se ainda mais e estendeu-lhe a mão curando-o.
«Proximidade», explicou o Pontífice, é uma «palavra tão importante: não se pode construir comunidades a sem proximidade; não se pode fazer a paz sem a proximidade; não se pode fazer o bem sem se aproximar». Na realidade, Jesus poderia ter-lhe dito: «Que tu sejas curado!». Ao contrário, aproximou-se dele e tocou-o. «Mais ainda: no momento em que Jesus tocou o impuro, tornou-se impuro». E «este é o mistério de Jesus: assumir as nossas sujidades, as nossas impuridades».
É uma realidade, prosseguiu o Papa, que são Paulo explica bem quando escreve: «Sendo igual a Deus, não considerou esta divindade um bem irrenunciável; aniquilou-se a si mesmo». E, em seguida, Paulo vai além afirmando que «se fez pecado»: Jesus tornou-se ele mesmo pecado, Jesus excluiu-se, assumiu a impureza para se aproximar do homem. Por conseguinte, «não considerou um bem irrenunciável ser igual a Deus», mas «aniquilou-se, aproximou-se, fez-se pecado e impuro».
«Muitas vezes penso – confidenciou Francisco – que é, não quero dizer impossível, mas muito difícil fazer o bem sem sujar as mãos». E «Jesus sujou-se» com a sua «proximidade». Mas depois, narra Mateus, foi inclusive além, dizendo ao homem libertado da doença: «Vai ter com os sacerdotes e faz aquilo que se deve fazer quando um leproso é curado».
Em síntese, «aquele que estava excluído da vida social, Jesus inclui-o: inclui-o na Igreja, inclui-o na sociedade». Recomenda-lhe: «Vai para que todas as coisas sejam como devem ser». Portanto, «Jesus nunca marginaliza, nunca!». Aliás, Jesus «marginalizou-se a si mesmo para incluir os marginalizados, para nos incluir a nós, pecadores, marginalizados, na sua vida». E «isto é bom», comentou o Pontífice.
Quantas pessoas seguiram Jesus naquele momento e seguem Jesus na história porque ficaram maravilhadas com o seu modo de falar», realçou Francisco. E «quantas pessoas observam de longe e não compreendem, não estão interessadas; quantas pessoas observam de longe mas com um coração maldoso, a fim de pôr Jesus à prova, para o criticar e condenar». E, ainda, «quantas pessoas observam de longe porque não têm a coragem que teve» aquele leproso, «mas desejariam muito aproximar-se». E «naquele caso Jesus estendeu a mão primeiro; não como neste caso, mas no seu ser estendeu-nos a mão a todos, tornando-se um de nós, como nós: pecador como nós mas sem pecado; mas pecador, sujo com os nossos pecados». E «esta é a proximidade cristã».
«Palavra bonita, a da proximidade, para cada um de nós», prosseguiu o Papa. Sugerindo que nos questionemos: «Mas sei aproximar-me? Eu tenho a força, a coragem de tocar os marginalizados?». E «também para a Igreja, as paróquias, as comunidades, os consagrados, os bispos, os sacerdotes, todos», é bom responder a esta pergunta: «Tenho a coragem de me aproximar ou me distancio sempre? Tenho a coragem de encurtar as distâncias, como fez Jesus?».
E «agora no altar», sublinhou Francisco, Jesus «aproximar-se-á de nós: encurtará as distâncias». Portanto, «peçamos-lhe esta graça: Senhor, que eu não tenha medo de me aproximar dos necessitados, dos que se vêem ou daqueles que têm as chagas escondidas». Esta, concluiu, é «a graça de me aproximar».
Francisco critica exclusão dos pobres e dos doentes
Newton Silva
O papa Francisco criticou hoje (21) a exclusão dos pobres e dos doentes da sociedade, um fenômeno que se deve, na sua opinião, a uma “crise antropológica” para a qual é preciso desenvolver anticorpos.
“A exclusão dos pobres e a dificuldade dos indigentes para receber assistência e medicamentos necessários é uma situação que, lamentavelmente, ainda está presente nos dias de hoje”, afirmou o pontífice.
Para o papa, houve grandes avanços na medicina e na assistência social, mas houve também a disseminação de uma cultura de desprendimento, resultado de uma crise antropológica que não coloca o homem no centro das prioridades, mas sim o consumo e os interesses econômicos.
As declarações do papa foram dadas durante visita à Igreja da Pequena Casa da Divina Providência de Turim, no norte da Itália, que presta assistência a pessoas pobres e doentes.
Papa Francisco: ‘Duele ver a personas que son tratadas como mercancía’
* ‘No a la ideología del dinero que hace que unos pocos se enriquezcan’
* ‘No a la mafia, a los engaños y a la corrupción. No a la desigualdad’
Anne Derenne
por SORAYA MELGUIZO/ Especial para EL MUNDO/ Milán
“Los pobres son víctimas de la falta de igualdad de nuestra economía. Duele ver en estos días personas que son tratadas como mercancía. No a la ideología del dinero que hace que unos pocos se enriquezcan con la crisis a costa de otros muchos que se empobrecen hasta llegar a pasar hambre. No a la mafia, a los engaños y a la corrupción. No a la desigualdad que genera violencia. No podemos esperar sólo la recuperación. Es necesario que toda la sociedad colabore para que el trabajo sea para todos”. Y ojo con culpabilizar a los inmigrantes, porque ellos son víctimas de esta desigualdad. Con este mensaje el Papa Francisco ha comenzado su viaje apóstolico de dos días a Turín, en el norte de Italia, la región de sus antepasados. A su llegada a la ciudad, el Pontífice ha sido recibido por una multitud que desde primera hora de la mañana esperaban en la Plaza Real y las calles de alrededor, completamente colapsadas.
Turín, donde nació Fiat, símbolo de la industria italiana del automóvil, es una ciudad tradicionalmente industrial y motor económico del país. Y también una de las que ha sufrido la crisis más profundamente, con el cierre de grandes fábricas y reestructuraciones. La ciudad es además la capital del Piamonte, la región de origen de Bergoglio y desde donde los antepasados del Papa emigraron a Argentina. Quizá por esa razón el Pontífice ha querido que este viaje, en ocasión de la Ostensión de la Síndone y del bicentenario del nacimiento de Don Bosco, no tenga sólo un carácter religioso sino también social.
Junto al Papa, en el palco de la Plaza Real, estaba Sergio Marchionne, administrador delegado de Fiat -que ha sido abucheado cuando ha abrazado al Pontífice-, y varias personas anónimas que han contado las dificultades por las que están atravesando: un pequeño empresario, un agricultor, y una obrera con dos hijos y un marido en paro. Tras sus intervenciones, el Papa expresó su cercanía a los jóvenes desempleados y a las personas que tienen un trabajo precario, pero también a los empresarios, artesanos y trabajadores de cualquier sector “a los que más les cuesta salir adelante”. “El trabajo -dijo el Papa- no sólo es necesario para la economía sino para la dignidad de las personas”. El Pontífice recordó además como en Turín se siente especialmente la crisis y “han aumentado las desigualdades económicas y sociales”.
Visita a la Síndone y almuerzo con los desfavorecidos
Francisco sonríe durante la misa que ha celebrado en Turín. ALBERTO PIZZOLI AFP
Tras su discurso en la Plaza Real, el Papa se dirigió a la Catedral de Turín donde está expuesta la Sábana Santa. El Santo Padre dedicó varios minutos en silencio a rezar frente a la Síndone con la mirada concentrada en la tela que, según la tradición, envolvió el cuerpo de Jesús. “Este rostro tiene los ojos cerrados, es el rostro de un difunto, y sin embargo, misteriosamente nos ve, y en el silencio nos habla. ¿Cómo es posible? ¿Por qué el pueblo fiel, como ustedes, quiere detenerse ante este icono de un hombre flagelado y crucificado?”, se preguntó el Papa. “Porque el hombre de la Síndone nos invita a contemplar a Jesús de Nazaret. Esta imagen, impresa en el lino, habla a nuestro corazón y nos impulsa a subir el Monte del Calvario, a ver la madera de la Cruz, a sumergirnos en el silencio elocuente del amor”.
Después de celebrar la Eucaristía y el Ángelus, el papa almorzó en el Arzobispado de Turín con un grupo de jóvenes detenidos en la cárcel de menores ‘Ferranti Aporti’, una familia de etnia gitana, y varios inmigrantes residentes en Italia procedentes de Eritrea, Brasil, Perú, Tanzania y Filipinas.
El encuentro fue estrictamente privado, lejos de las cámaras, al igual que su posterior visita a la Iglesia de Cottolengo donde saludó, uno por uno, a un grupo de enfermos, ancianos y discapacitados. “La difusión de la cultura del descarte”, dijo el Papa, hace que consideremos que las vidas de estas personas “no son dignas de ser vividas”. “Desarrollemos anticuerpos contra esta cultura que descarta ancianos y discapacitados”, propuso el Pontífice.
En una jornada rica en encuentros, el Papa no quiso olvidar sus orígenes piamonteses. Su padre, Mario Bergoglio, nació precisamente en Turín. “He pensado tanto qué decir que lo que he escrito es muy formal”, dijo al iniciar su discurso después de reunirse con los salesianos en la Basílica de Santa María Auxiliadora.
Y comenzó a improvisar un discurso lleno de anécdotas y recuerdos personales. “Estoy muy agradecido a los salesianos por todo lo que han hecho por mi familia”, dijo el Pontífice. “A mi madre y a mi padre les casó un salesiano, misionero en Patagonia, originario de Lodi -una provincia del norte de Italia– que me ayudó mucho en mi vocación”. “Mi madre después del quinto parto se quedó paralítica y nos mandó a un colegio salesiano, y ahí aprendí a amar a la Vírgen”, ha explicado el papa. “Los salesianos me formaron, al trabajo y a la afectividad”.