A praga dos pelegos

BRA_OG pelegos

Existem sindicatos sem sede. E ninguém fiscaliza o dinheiro que corre solto.

O Brasil é o país das federações dos empregados e dos patrões que mamam nas burras da Nação.

De desconhecidas centrais dos trabalhadores. Tem central que constitui uma criminosa aberração. Como a Força de Paulinho, que defende a terceirização, o emprego precário, o emprego temporário, a escravidão.

terceirização paulinho força

emprego em risco tercerizado

Os sindicatos promovem greves de teatro, e nenhuma central tem força para realizar uma greve geral, ou a coragem de defender a estabilidade no emprego, cassada em 1964 pelo ditador Castelo Branco.

Noventa e nove por cento dos trabalhadores desconhecem a qual central pertence, e o troca-troca de central pelos sindicatos.

De onde vem o dinheiro

Um sindicato fatura as mensalidades dos sócios, os convênios com os governos municipal, estadual e federal, e o bilionário imposto sindical.

A contribuição sindical está prevista nos artigos 578 a 591 da CLT. Possui natureza tributária e é recolhida compulsoriamente pelos empregadores no mês de janeiro e pelos trabalhadores no mês de abril de cada ano. O art. 8º, IV, in fine, da Constituição da República prescreve o recolhimento anual por todos aqueles que participem de uma determinada categoria econômica ou profissional, ou de uma profissão liberal, independentemente de serem ou não associados a um sindicato. Tal contribuição deve ser distribuída, na forma da lei, aos sindicatos, federações, confederações e à “Conta Especial Emprego e Salário”, administrada pelo MTE. O objetivo da cobrança é o custeio das atividades sindicais e os valores destinados à “Conta Especial Emprego e Salário” integram os recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador. Compete ao MTE expedir instruções referentes ao recolhimento e à forma de distribuição da contribuição sindical.Legislação Pertinente: arts. 578 a 610 da CLT. Competência do MTE: arts. 583 e 589 da CLT.

O Ministério do Trabalho e Emprego divide a contribuição sindical com as centrais dos trabalhadores e o FAT que, por sua vez, repassa para o BNDES emprestar aos patrões. Este dinheiro, no tempo de FHC, serviu para privatizar estatais, eliminando empregos com estabilidade, e criando outros terceirizados, temporários, e com salários baixos.

A União Geral dos Trabalhadores transcreveu no seu portal reportagem do Valor Econômico:

Arrecadação com contribuição sindical cresce 9,4% em 2014 e atinge R$ 3,5 bi

Ali Divandari
Ali Divandari

A arrecadação da contribuição sindical cresceu 9,4% no ano passado em relação a 2013 e chegou a quase R$ 3,5 bilhões. Dados do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) mostram que, do total do imposto urbano (R$ 3,2 bilhões), 55,83% foram distribuídos entre os pouco mais de 10 mil sindicatos existentes no país, 5,65% foram repassados às seis centrais sindicais reconhecidas pelo governo e o restante, às confederações, federações e à Conta Especial Emprego e Salário, administrada pelo Ministério do Trabalho.

O imposto sindical é hoje uma das principais razões do aumento da competição entre as centrais sindicais, na avaliação de Adalberto Cardoso, professor do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj). Reconhecidas juridicamente em 2007, elas recebem parte do imposto desde 2008. No ano passado, o valor chegou a R$ 180,1 milhões. Em 2009, foi de R$ 64 milhões.

Para Cardoso, há uma disputa na cúpula do movimento trabalhista pelas entidades existentes – à medida que “cada sindicato a mais significa ter acesso a uma fatia maior do imposto sindical”. Segundo ele, “a luta das centrais sindicais, hoje, não é tanto por representar politicamente sindicatos e formular seus projetos estratégicos. É principalmente para controle do maior número possível de sindicatos”. Essa dinâmica, avalia o sociólogo, tem levado o país a um processo intenso de fragmentação da estrutura sindical – de incentivo à criação de novos sindicatos.

A perda de participação da Central Única dos Trabalhadores (CUT) dentro da representação sindical é um reflexo desse novo cenário, afirma Ruy Braga, professor de sociologia da USP. Em 2015, a central passou a responder por 33,67% dos 15,4 milhões de trabalhadores sindicalizados (dados de 2013). Essa fatia era de 35,84% em 2008.

O avanço da União Geral dos Trabalhadores (UGT) – de 6,29% para 11,67% no mesmo período – acompanhou o crescimento expressivo do setor de serviços na economia brasileira e a perda relativa de importância da indústria no Produto Interno Bruto (PIB), diz Braga. A entidade surgiu em 2007, resultado da fusão entre Central Geral dos Trabalhadores (CGT), Social Democracia Sindical (SDS) e Central Autônoma dos Trabalhadores (CAT).

“O aumento do trabalho assalariado no setor de serviços foi ocupado progressivamente pela UGT, com uma característica menos ideológica e menos focada na política federal, muito pragmática”, avalia o sociólogo.

Fora CUT e Força Sindical, fundadas em 1983 e 1991, respectivamente, as outras quatro centrais sindicais reconhecidas pelo Ministério do Trabalho surgiram na década passada: Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) em 2005, Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) em 2006 e Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB) e UGT em 2007.

Dirigentes sindicais se eternizam no poder

Vladimir Kazanevsky
Vladimir Kazanevsky

Ceará Agora transcreve ampla matéria escrita pelos jornalistas Henrique Gomes Batista e Ruben Berta, no O Globo nesta segunda-feira, 20:

Em 1990, Alfredo Sampaio assumia a presidência do Sindicato dos Atletas de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Saferj). Onde está até hoje.

Segundo a publicação, a situação de Alfredo é um dos retratos dos problemas que assolam o sindicalismo no país, tema da série de reportagens que O GLOBO inicia hoje, mostrando que as entidades criadas para a defesa de interesses coletivos dos trabalhadores muitas vezes têm sido usadas para objetivos particulares.

Dados do Ministério do Trabalho apontam que havia, em 2014, ao menos 8.518 sindicalistas, incluindo cargos de presidente e diretores em geral, com mais de dez anos de mandato — no Poder Executivo só podem ficar oito anos no cargo. O número pode ser maior, pois falta transparência e uma série de entidades não fornece seus dados. Mais de 25 anos após a Constituição ter avançado para garantir a liberdade sindical, fundamental para lutas e conquistas dos trabalhadores, lacunas como a falta de transparência, fiscalização frouxa e a pouca representatividade deixam um caminho aberto para os abusos. Algumas centrais sindicais já reconhecem que é necessário pensar em novas normas. O próprio Supremo Tribunal Federal (STF) indica que as entidades não tem salvo-conduto e precisam ser fiscalizadas.

O sindicato dos atletas esbarra em outros problemas: falta de representatividade (Alfredo Sampaio é técnico e não atleta); nepotismo (seu filho é o diretor da academia da Saferj), e conflito de interesses (ele tem uma empresa de marketing esportivo).

Há casos também de enriquecimento ilícito e desvios de sindicatos, que muitas vezes são verdadeiras máquinas de ganhar dinheiro. Isso num universo de 10.620 entidades por onde, no ano passado, circularam R$ 3,18 bilhões apenas de Contribuição Sindical — o chamado Imposto Sindical — obtida com um dia de salário de todos os trabalhadores com carteira assinada.

Leia mais: “Só 30% dos sindicatos são sérios”, Salário de R$ 50 mil. Viagem por conta da entidade. Em SP, o ‘milagre’ da multiplicação. O pelego é um parasita perigoso e nocivo e ladrão todo

BRA^ES_AT briga por sindicato

Desgoverno de Alckmin arrasa São Paulo

Talis Andrade

BRA_FDSP crise sabesp

Os sucessivos governos tucanos – Covas, José Serra e Alckmin – destruíram São Paulo.

Nada funciona. E não se faz nada que preste para o povo.

Nem água tem.

Vender o que resta da Sabesp não faz chover. Não constrói novas barragens. Não preserva as nascentes do rios.

O entreguismo dos tucanos – vide governo Fernando Henrique que privatizou o Brasil – não permite que o povo seja beneficiado pelo Aquífero Guarani, o segundo maior do mundo, e uma reserva de água capaz de abastecer a população mundial por mais de cem anos.

O maior aquífero do Mundo também fica no Brasil: o  Alter do Chão, na Amazônia.

A água é mais rentável que o ouro, e o Brasil precisa investigar as outorgas concedidas em São Paulo, e outros estados. Água roubada e traficada pela pirataria internacional.

As multinacionais de bebidas frias e quentes, as engarrafadoras de água, a…

Ver o post original 50 mais palavras

PROVAS CONTRA CUNHA ENVOLVEM CONTAS NA SUÍÇA

Juiz Sergio Moro rastreou pagamentos que teriam sido feitos pelo delator Júlio Camargo, da Toyo Setal, para Eduardo Cunha

BRA_OE contas secretas Cunha Lava Jato

por Ricado Brandt, enviado especial a Curitiba, Fausto Macedo, Julia Affonso e Valmar Hupsel Filho

A força-tarefa da Operação Lava Jato rastreia documentos sobre contas secretas que seriam mantidas no exterior pelo ex-diretor da Petrobrás Nestor Cerveró e Fernando Falcão Soares, o Fernando Baiano – apontados como “braços” do PMDB no esquema de corrupção na estatal –, para tentar comprovar as informações prestadas pelo lobista Julio Camargo em depoimento no qual incriminou o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Na quinta-feira, Camargo, um dos delatores da Lava Jato, declarou à Justiça Federal que Cunha exigiu dele em 2011 US$ 5 milhões de propina para a manutenção de dois contratos de navios-sonda assinados pela coreana Samsung em parceria com a japonesa Mitsui.
Foi a primeira vez que Camargo, que fez colaboração premiada em outubro de 2014, citou Cunha como destinatário de propina. Como possui foro privilegiado, o presidente da Câmara é alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal que apura crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Leia mais e confira os documentos.

Rafael
Rafael

Fica explicado porque a CPI do HSBC foi esvaziada. 

Resultado das privatizações: empresas estrangeiras cortam o fornecimento de luz de milhões de brasileiros

Ninguém escapa: Quem deve dois meses, tem a luz cortada, e o nome sujo nos serviços de espionagem de proteção ao crédito. 

.

Manos Symeonakis
Manos Symeonakis

.

Publica o Estadão: Aumento na tarifa da energia triplica calote na conta de luz

.

O uso do termo calote não confere. Caloteiro é aquele que contrai dívida sem intenção de pagá-la. Não é o caso de quem tem a luz cortada. A grande maioria dos brasileiros recebe salário ou aposentadoria ou pensão de matar de fome. A meleca de 788 reais. Uma ninharia que nunca passa dos 300 dólares. Tão vergonhoso que governo e oposição escondem a cotação. Que piora no mercado negro.

O tarifaço aplicado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) nas contas de luz ao longo do primeiro semestre do ano já triplicou o crescimento da inadimplência no setor. Com aumentos nas tarifas superiores a 50% em algumas regiões do País, a expansão dos `calotes` nas faturas saltou de uma variação média de cerca de 6% no começo do ano para 17,35% em junho, na comparação com os mesmos meses de 2014. A preocupação das distribuidoras de energia é que esse problema resulte no crescimento de outro: os `furtos` de energia, popularmente conhecidos como “gatos” na rede elétrica.

De acordo com dados do SPC, um dos serviços de espionagem financeira, a falta de pagamento de contas de luz já respondia por 6,47% das dívidas dos brasileiros no mês passado. Essa é a maior participação do setor no total de ‘calotes’ desde quando a entidade passou a acompanhar os dados, em janeiro de 2010. Na época, os atrasos nas faturas de eletricidade representavam apenas 2,53% da inadimplência no País.

“Além do aumento nas tarifas, o cobertor está cada vez mais curto devido ao aperto na renda (leia salário indigno, mínimo do mínimo) e à alta dos juros. Com isso, os consumidores estão atrasando até faturas essenciais, que acarretam o corte de serviço, como é o caso das contas de luz. Nesse cenário, é ainda mais importante que as famílias reavaliem seus orçamentos e economizem eletricidade, evitem o desperdício”, avalia a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. Isso é crueldade do capitalismo selvagem. Sacanagem dos piratas e de suas prostitutas, as Anas, no caso, a Aneel. As Anas são agências que regulam os preços dos serviços essenciais – luz, água, gás, telefone -, notadamente das estatais que foram privatizadas. Doadas a preço de banana. Ninguém deve ser privado do fornecimento de luz e água. E gás, para ferver a água podre que se vende no Brasil para consumo.

E pior do que o crescimento dos débitos em aberto no setor, as dívidas mais longas estão cada vez mais frequentes. O levantamento do SPC Brasil mostra que 71,98% dos atrasos nas faturas se referem a contas de luz vencidas há mais de 90 dias, prazo após o qual as companhias de eletricidade cortam o fornecimento. E como se trata de um item básico nas residências, sempre que um movimento desses é detectado, ocorre um aumento nas chamadas “perdas não técnicas” de energia, ou seja, nos gatos nas redes.

— Esse é o pior dos mundos. Com a dívida acima de 90 dias, além do corte de energia o consumidor passa a ficar com o CPF negativado. E ele pode até conseguir fazer um gato na rede de luz, mas não consegue fazer um gato para comprar qualquer mercadoria a prazo”, alerta Marcela. “O importante é tentar renegociar a dívida”. Essa história de “negociar” na escuridão é piada, humor negro.

Os dados mais recentes da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) mostram que a porcentagem desses gatos nas redes das elétricas vinha caindo lentamente ou mantendo-se constante entre 2010 e 2014 para praticamente todas as distribuidoras.

Cada região do País tem um porcentual diferente de furtos apurados pelas empresas, e a Região Norte apresenta os piores resultados. Mas como o tarifaço deste ano foi maior para os consumidores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, as companhias temem uma deterioração dos indicadores de perdas nessas regiões, que hoje são as mais eficientes em conter os furtos.

Para a Abradee (Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica), as companhias precisam aumentar a fiscalização para que falta de pagamento não resulte em ainda mais prejuízo com o furto de eletricidade. “Não existe um patamar melhor ou pior de inadimplência. Sempre é ruim. E quando aumenta isso significa mais trabalho e mais custo para as empresas para evitar um transtorno ainda maior”, avalia o presidente da entidade, Nelson Leite. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo, transcritas pelo portal R7.

Vladimir Kazanevsky
Vladimir Kazanevsky

Crise institucional por Miriam Leitão

mesme fora cunha

.

A Velha Senhora sempre foi mensageira de notícias ruins. Diz que a crise piorou nos últimos dias.  Lá na Europa. Ela se desdobra em ramificações que se cruzam, elevando o grau de tensão nos países satélites.

A Velha Senhora, quando fala do Brasil, acredita que a presidente da República vai se transformando em uma figura simbólica, sem qualquer capacidade de comandar a agenda.

Miriam Leitão, para enganar o povo bobo da Globo, confunde administração pública com registro de compromissos e pauta jornalística. Diz que os poderes se acusam. Isto é, confunde ações isoladas de Eduardo Cunha com votações do Congresso. E inventa brigas: do Supremo Tribunal Federal com a Câmara dos Deputados e Senado Federal, que brigam com a Presidência da República.

Acredita Miriam ser a reencarnação de Cassandra. E faz suas previsões: A economia se afunda em recessão, inflação alta e dívida crescente. Dívida que Miriam jamais pediria que fosse auditada.

Porque suas previsões de destruição são desacreditadas, Cassandra da direita apela para os economistas que aparecem nos programas dos telejornais da Globo. Garante Miriam que eles estão revendo para 2% a 2,5% o encolhimento do PIB de 2015.

Quando a Miriam fala, a gente nota que o silêncio lhe cai bem. Quando nada diz, pode-se ter esperança de que ela esteja entendendo o grau de confusão que cria para agradar os patrões. Ao falar, Miriam confunde confissões extraídas sob tortura na ditadura com delações previstas em lei, feitas por criminosos à Justiça, em pleno Estado de Direito. Nas reuniões de pauta, que faz para as redações do monopólio da família Marinho, Miriam mistura governo com partido.

Miriam acredita em pesquisa de opinião. Nunca perguntou quem paga. Crente, jura que existe uma crise política derivada da perda de apoio popular à presidente. Pela lógica do modelo do presidencialismo de coalizão, a desaprovação dos eleitores acaba desidratando a força política do chefe do executivo. Nos ciclos do modelo brasileiro, o poder atrai, a perda do poder afugenta. E discursa Miriam que Dilma perdeu o apoio dos bolsa-família, do MST, dos sem teto, dos movimentos sociais.

De Miriam a crença de que os políticos da base governista se afastam do chefe do executivo quando ele perde aprovação popular. Momentos assim exigem da Presidência grande habilidade para comandar a agenda política e voltar a ser um polo de atração dos políticos mercenários. Esse atributo parece não ser o forte da atual presidente. Esquece que Dilma conseguiu conquistar a maioria dos eleitores, e derrotar Aécio Neves, candidato dos patrões de Miriam, e de outros barões da mídia.

Há uma crise política (?) por uma situação peculiar do momento, em que os comandantes das duas Casas do Congresso estão sob investigação e sendo citados como beneficiários de propina. A reação deles é acusar o Executivo de estar por trás das ações da Polícia Federal, Ministério Público e Justiça. Por elementar, se pode afastar essa visão persecutória. Se tivesse capacidade de manipular o órgão policial e as instituições do Ministério Público e Justiça, o governo o faria em seu próprio benefício. Não tem conseguido no MP nem na Justiça de primeira instância. Isso prova quanto a polícia, o MP, a Justiça atuam livres. Coisa de um governo democrático.

Sid
Sid

A reação do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, é uma tentativa de se desvincular de um escândalo que o pega de frente. Na sua declaração se vê a tentativa inútil de camuflar algo que está visível. “Essa lama, eu não vou aceitar estar junto dela.” Cunha rompeu com o governo, mas não pode se separar da Operação Lava-Jato, a menos que se prove que a acusação feita pelo delator Júlio Camargo, de que deu a ele US$ 5 milhões, não é verdadeira.

Miriam acreditava que Cunha era governista, eleito que foi presidente da Câmara com os votos da extrema-direita (Bolsonaro e bancada da bala e pastores fundamentalistas), da direita, do DEM, do PSDB, do pelego Paulinho da Força, um Central de Trabalhadores que apóia a terceirização.

Cazo
Cazo

Miriam profetiza o reinado de um primeiro-ministro, um parlamento comandado por um César. Miriam não escuta as vozes dos congressistas que se rebelam contra a ditadura de Cunha. Cega pela ódio não vê que Cunha perde apoio em todos os partidos.

debanda

Argumenta Miriam: Esse ambiente indica que o segundo semestre será pior do que o primeiro na política. Cunha tem grande poder sobre a pauta do Congresso, como se viu, e sabe exercê-lo. O governo é inoperante e inábil. Isso faz com que qualquer proposta que vá para o legislativo, mesmo que seja excelente do ponto de vista fiscal, pode se transformar em um projeto bomba. Eles fizeram isso no primeiro semestre, ao pendurar sobre uma MP que reduzia o custo com as viúvas jovens o projeto mais desestabilizador das contas previdenciárias.

votação camara cunha

Cassandra continua com suas costumeiras lamentações: Na economia, as perspectivas pioraram nos últimos dias. Esta semana, foram vários os especialistas de bancos e de consultorias que revisaram para pior as projeções da recessão. Economistas (eleitores de Dilma ou de Aécio?) como Marcelo Carvalho, do BNP Paribas; Silvia Matos, do Ibre/FGV; ou Luiz Carlos Prado, da UFRJ, não tiveram dúvidas em dizer que houve uma piora no quadro econômico recente. Silvia disse que a Fundação tem colhido uma deterioração cada vez maior nas sondagens de confiança dos setores empresariais e dos consumidores. Marcelo Carvalho disse que o país vai viver a pior recessão em uma geração. A última queda do PIB significativa foi a de 1990, do governo Collor. Para Miriam o PIB bom, e gostoso, o de Fernando Henrique. Não existe outro igual.

Essa mistura é explosiva: uma crise econômica com desemprego, inflação, recessão e piora fiscal; uma crise política que desfaz a coalizão de governo; um processo de investigação criminal que avança sobre algumas das principais lideranças do país. Não pelo que Cunha falou ontem, mas por tudo o que aconteceu este ano, já se pode dizer que o país não está apenas com dificuldades na governabilidade. O país está entrando numa crise institucional. Para acabar com essa guerra, Dilma tem que mandar parar qualquer investigação que envolva o presidente da Camara e do Senado. Imitar FHC que nunca mandou investigar coisa nenhuma. Inclusive deu uma de Mateus, criou o foro especial, a justiça secreta. Leia a versão original deste artigueto pessimista. 

Samuca
Samuca

“A Grécia está a ser usada para encobrir o escândalo do salvamento dos bancos europeus”

Veja aqui o vídeo com a entrevista a Maria Lucia Fattorelli, a especialista brasileira sobre a dívida pública que participou nos trabalhos da Comissão para a Auditoria e Verdade da Dívida Pública organizada pelo parlamento da Grécia.

Ajuda aos bancos
Ajuda aos bancos

O dia que Eduardo virou caça

#CunhaNaCadeia está entre os assuntos mais comentados nas redes socias

.

cunha procurado cartaz mesme

.

O assunto do dia nas redes sociais, ao menos no Brasil, é Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O presidente da Câmara dos Deputados foi acusado – em delação premiada pela Operação Lava Jato – de pressionar o ex-consultor da Toyo Setal, Júlio Camargo, a pagar propina de US$ 5 milhões para viabilizar um contrato de navios-sonda da Petrobras.

Com a revelação, internautas começaram, nesta sexta-feira (17), uma verdadeira “artilharia” nas redes sociais para expor quem é Eduardo Cunha. Junto com a hashtag #CunhaNaCadeia – que atingiu os Trending Topics do Twitter no Brasil e está em primeiro lugar entre os assuntos mais comentados de Porto Alegre -, as pessoas vêm chamando atenção para a agenda conservadora imposta pelo parlamentar na Câmara.

Assuntos como a redução da maioridade penal, o projeto de terceirização ou ainda sua postura em relação a pautas como direitos da mulher e LGBTs foram colocados em evidência. Transcrito do Portal Fórum

.

Cunha enumera feitos na TV e gera “barulhaço” no Rio e em SP

.

Eduardo Cunha exterminador futuro

Antes mesmo de seu pronunciamento em rede nacional, Cunha já era o segundo assunto mais comentado do Twitter no mundo e o primeiro do Brasil com a hashtag #CunhaNaCadeia.

O discurso do presidente da Câmara gerou muito “barulhaço” no Rio e em São Paulo. Muitos vídeos do protesto acabaram sendo divulgados nas redes sociais.

O pronunciamento de Eduardo Cunha na TV acontece no mesmo dia em que ele anunciou seu rompimento com o governo, uma resposta à acusação do lobista Júlio Camargo feita durante depoimento ao juiz Sérgio Moro, no âmbito da Operação Lava Jato.

mesme cunha 2

.

Camargo disse que Cunha pressionou “violentamente” Fernando Baiano, suposto operador do PMDB no esquema de corrupção na Petrobras, por uma propina de 5 milhões de dólares para viabilizar um contrato de navios-sonda da estatal.

Cunha desqualificou o depoimento e afirmou que a delação foi ilegal por ter sido feita à Justiça em primeira instância, e que ele só pode ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), já que possui foro privilegiado.

josé Simão delator

Também em retaliação, Cunha autorizou hoje a criação das CPIs do BNDES e dos fundos de pensão. Transcrito da Exame

.

Cidades registram protestos durante pronunciamento de Eduardo Cunha

.

Pelicano
Pelicano

Presidente da Câmara falou em rede nacional na noite desta sexta-feira (17).
Pela manhã, ele havia anunciado rompimento com o governo federal.

Gritos, vaias e batidas de panelas foram ouvidos na noite desta sexta-feira (17) durante o pronunciamento do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em rede nacional de televisão.

Pela manhã, Cunha havia anunciado rompimento com o governo Dilma Rousseff (PT). O parlamentar acusa o Planalto de orquestrar denúncias contra ele. Nesta quinta (16), delator da Lava Jato acusou Cunha de pedir US$ 5 milhões de propina.
A hashtag #CunhaNaCadeia ficou entre os tópicos mais comentados do Twitter durante o dia.
Transcrito d’O Globo. Veja abaixo vídeos do protesto.

memes eduardo cunha

A queda de Cunha era questão de tempo. Em ambiente democrático, não há espaço para os superpoderosos

NASSIF: CHEGA AO FIM A 'VERGONHOSA ERA CUNHA'
NASSIF: CHEGA AO FIM A ‘VERGONHOSA ERA CUNHA’

“A queda de Cunha era questão de tempo. Figuras como ele são eficientes para agir nas sombras, não na linha de frente. Ainda mais com a megalomania que sempre o acompanhou, acima de qualquer limite de prudência”, diz o jornalista Luis Nassif; “Com o fim de Cunha, o PMDB volta às mãos de figuras moderadas e responsáveis, como o vice presidente Michel Temer, e de figuras polêmicas mas cautelosas, como Renan Calheiros”

—-

por Luis Nassif

===

O fim da saga de Eduardo Cunha coloca um ponto final em um dos mais constrangedores episódios políticos da história da República, desde a redemocratização.

O vácuo político produzido pelos erros da presidente Dilma Rousseff promoveram uma abertura inédita da porteira e abriram espaço para oportunistas da pior espécie.

A crise colocou Cunha no papel de touro conduzindo o estouro da boiada. E, atrás dele, a malta do congresso, o universo dos pequenos políticos sem expressão, o chamado baixo clero, cuja atuação, em outros tempos, era moderada por lideranças de maior fôlego.

A cada eleição, os grandes políticos – à esquerda e à direita – foram se afastando do Congresso, permitindo que políticos de grande habilidade e nenhum escrúpulo – como Cunha – assumissem a liderança, bancados por contribuições milionárias de campanha garantidas pelo negocismo amplo que se implantou no Congresso.

***

A queda de Cunha era questão de tempo. Figuras como ele são eficientes para agir nas sombras, não na linha de frente. Ainda mais com a megalomania que sempre o acompanhou, acima de qualquer limite de prudência.

Em ambiente democrático, não há espaço para os superpoderosos. Tanto assim, que um dos truques históricos da mídia, quando quer marcar um inimigo, é superestimar seus poderes. O sujeito entra na marca de tiro, torna-se alvo não só de jornais como de outros poderes.

***

No início adulado pela mídia, Cunha não precisou de nenhum empurrão para expor sua falta de limites. As demonstrações inúteis e abusivas de músculos incumbiram-se de quebrar a blindagem e transformá-lo em uma ameaça às instituições, ainda mais liderando um exército de parlamentares que parecia emergia das profundezas do preconceito.

***

Com o fim de Cunha, o PMDB volta às mãos de figuras moderadas e responsáveis, como o vice presidente Michel Temer, e de figuras polêmicas mas cautelosas, como Renan Calheiros, até que seja colhido pela Lava Jato. Pacifica-se, assim, uma das frentes que impedia a volta à normalidade política.

No plano Jurídico, com a parte mais relevante da Lava Jato sendo assumida pelo STF (Supremo Tribunal Federal), e com os conflitos internos na Polícia Federal, haverá menos espaço para o show midiático.

***

Na outra ponta, caiu a ficha do PSDB quanto à irresponsabilidade política de Aécio e a loucura que seria o impeachment da presidente. Não interessa nem a José Serra nem a Geraldo Alckmin, em suas pretensões presidenciais, nem a quem tem um mínimo de vislumbre do caos que se instalaria no país, caso o golpe fosse bem sucedido.

***

Para retomar a normalidade, falta Dilma começar a governar.

Nos últimos dias, a Fazenda passou a desovar projetos mais consistentes, de simplificação tributária. Há boas iniciativas na Agricultura e no MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior). Ainda há o risco de um Banco Central descontrolado, praticando uma taxa de juros que poderá criar uma dinâmica insustentável na dívida pública. E Dilma, que ainda não pegou a batuta de maestrina para articular um plano de ação integrado do segundo governo.

Rafael
Rafael

O escandaloso programa habitacional de Eduardo Cunha no Rio. Terminou faturando um palacete na Gávea

br_oglobo. cunha rompe

cunha mesme 2

.

DOSSIÊ EDUARDO CUNHA
Há 15 anos, O Globo denunciava pagamento de propina a Eduardo Cunha na Cehab

.

por Cíntia Alves

cunha_15_anos
Jornal GGN – Há exatos 15 anos, Eduardo Cunha, hoje deputado federal pelo PMDB e presidente da Câmara Federal, protagonizava mais um escândalo envolvendo fraudes em licitações e pagamento de propinas, agora na condução de outro órgão público no Rio de Janeiro, a Cehab, Companhia Estadual de Habitação.

Em 6 de abril de 2000, o jornal O Globo repercutia o vazamento de um dossiê anônimo que apresentava detalhes de um esquema de propina que enchia o bolso de 8 pessoas, incluindo Eduardo Cunha e seu amigo Francisco Silva (PPB), então deputado estadual com influência entre evangélicos.

O esquema de pagamento de propina que virou alvo do Ministério Público era da ordem de R$ 1 milhão por mês. Tratava-se de favorecimento a empresas de construção e informática. “Haveria até uma tabela de repasse de tarifas dos serviços dos cartórios, que seriam beneficiados no registro de escrituras das casas”, escreveu o jornal.

Cunha negou tudo. Disse ao O Globo que as denúncias eram fruto de qualquer imaginação fértil e nada mais.

O hoje peemedebista assumiu a presidência da Cehab por indicação de Francisco Silva. Antes disso, foi recusado pelo governo FHC no comando da Telerj. Cunha já tinha deixado rastros escandalosos na tele fluminense, e teve seu pedido de recondução pisoteado por um nome do PSDB.

cartorios cunha

Leia mais: Escândalo na Telerj de Eduardo Cunha estampa páginas da Folha dos anos 90

Casa na Gávea

Outra informação que constava no dossiê contra Cunha era a propriedade de uma casa na Gávea, que chamava atenção por dois motivos: primeiro porque o valor de mercado era de R$ 1,2 milhão, mas a casa foi arrematada em um leilão por R$ 250 mil. O segundo motivo é que quem fez o negócio foi o amigo de Cunha, o deputado evangélico Francisco Silva. O fato foi entendido, posteriormente, como um caso de possível ocultação de patrimônio.

Silva admitiu o feito e demonstrou satisfação em “ajudar um amigo” comprando o lote por um preço “tão baratinho”. Já Cunha negou o valor inicial do imóvel. “Não vale um milhão, é na boca da Rocinha”, rebateu.

Àquela época, Francisco Silva também empregava Eduardo Cunha em sua rádio, a Melodia FM. Quando Cunha saiu da Cehab, passou a dedicar-se por um tempo, exclusivamente, ao programa que a emissora promovia com Anthony Garotinho. Transcrevi trechos

atacar_evangelicos

Eduardo Cunha não tem direito de confundir suas posições e ódios com a função que ocupa institucionalmente de presidente da Câmara dos Deputados

EDUARDO CUNHA DEVE SE AFASTAR

.

fora cunha 3

.

.

1 – É inaceitável que se confundam as denúncias feitas contra Eduardo Cunha e Renan Calheiros como um “ataque ao Congresso Nacional”;
2 – Cada parlamentar e seu partido têm que responder pelas acusações que eventualmente sofram;
3 – Eduardo Cunha não tem direito de confundir suas posições e ódios com a função que ocupa institucionalmente de presidente da Câmara dos Deputados;
4 – A confusão deliberada que Cunha produz, à guisa de defesa, evidencia sua incompatibilidade entre a função de presidente da Casa, que exige equilíbrio e postura de magistrado, e a condição de investigado na Operação Lava Jato.

Não havendo expectativas no gesto de grandeza que seria ele próprio licenciar-se temporariamente da presidência, nós do PSOL vamos buscar construir uma posição conjunta de partidos para que essa cobrança seja feita, em defesa da Câmara dos Deputados.

Brasília, 17 de julho de 2015.
Bancada do PSOL na Câmara dos Deputados

.