Crise institucional por Miriam Leitão

mesme fora cunha

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A Velha Senhora sempre foi mensageira de notícias ruins. Diz que a crise piorou nos últimos dias.  Lá na Europa. Ela se desdobra em ramificações que se cruzam, elevando o grau de tensão nos países satélites.

A Velha Senhora, quando fala do Brasil, acredita que a presidente da República vai se transformando em uma figura simbólica, sem qualquer capacidade de comandar a agenda.

Miriam Leitão, para enganar o povo bobo da Globo, confunde administração pública com registro de compromissos e pauta jornalística. Diz que os poderes se acusam. Isto é, confunde ações isoladas de Eduardo Cunha com votações do Congresso. E inventa brigas: do Supremo Tribunal Federal com a Câmara dos Deputados e Senado Federal, que brigam com a Presidência da República.

Acredita Miriam ser a reencarnação de Cassandra. E faz suas previsões: A economia se afunda em recessão, inflação alta e dívida crescente. Dívida que Miriam jamais pediria que fosse auditada.

Porque suas previsões de destruição são desacreditadas, Cassandra da direita apela para os economistas que aparecem nos programas dos telejornais da Globo. Garante Miriam que eles estão revendo para 2% a 2,5% o encolhimento do PIB de 2015.

Quando a Miriam fala, a gente nota que o silêncio lhe cai bem. Quando nada diz, pode-se ter esperança de que ela esteja entendendo o grau de confusão que cria para agradar os patrões. Ao falar, Miriam confunde confissões extraídas sob tortura na ditadura com delações previstas em lei, feitas por criminosos à Justiça, em pleno Estado de Direito. Nas reuniões de pauta, que faz para as redações do monopólio da família Marinho, Miriam mistura governo com partido.

Miriam acredita em pesquisa de opinião. Nunca perguntou quem paga. Crente, jura que existe uma crise política derivada da perda de apoio popular à presidente. Pela lógica do modelo do presidencialismo de coalizão, a desaprovação dos eleitores acaba desidratando a força política do chefe do executivo. Nos ciclos do modelo brasileiro, o poder atrai, a perda do poder afugenta. E discursa Miriam que Dilma perdeu o apoio dos bolsa-família, do MST, dos sem teto, dos movimentos sociais.

De Miriam a crença de que os políticos da base governista se afastam do chefe do executivo quando ele perde aprovação popular. Momentos assim exigem da Presidência grande habilidade para comandar a agenda política e voltar a ser um polo de atração dos políticos mercenários. Esse atributo parece não ser o forte da atual presidente. Esquece que Dilma conseguiu conquistar a maioria dos eleitores, e derrotar Aécio Neves, candidato dos patrões de Miriam, e de outros barões da mídia.

Há uma crise política (?) por uma situação peculiar do momento, em que os comandantes das duas Casas do Congresso estão sob investigação e sendo citados como beneficiários de propina. A reação deles é acusar o Executivo de estar por trás das ações da Polícia Federal, Ministério Público e Justiça. Por elementar, se pode afastar essa visão persecutória. Se tivesse capacidade de manipular o órgão policial e as instituições do Ministério Público e Justiça, o governo o faria em seu próprio benefício. Não tem conseguido no MP nem na Justiça de primeira instância. Isso prova quanto a polícia, o MP, a Justiça atuam livres. Coisa de um governo democrático.

Sid
Sid

A reação do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, é uma tentativa de se desvincular de um escândalo que o pega de frente. Na sua declaração se vê a tentativa inútil de camuflar algo que está visível. “Essa lama, eu não vou aceitar estar junto dela.” Cunha rompeu com o governo, mas não pode se separar da Operação Lava-Jato, a menos que se prove que a acusação feita pelo delator Júlio Camargo, de que deu a ele US$ 5 milhões, não é verdadeira.

Miriam acreditava que Cunha era governista, eleito que foi presidente da Câmara com os votos da extrema-direita (Bolsonaro e bancada da bala e pastores fundamentalistas), da direita, do DEM, do PSDB, do pelego Paulinho da Força, um Central de Trabalhadores que apóia a terceirização.

Cazo
Cazo

Miriam profetiza o reinado de um primeiro-ministro, um parlamento comandado por um César. Miriam não escuta as vozes dos congressistas que se rebelam contra a ditadura de Cunha. Cega pela ódio não vê que Cunha perde apoio em todos os partidos.

debanda

Argumenta Miriam: Esse ambiente indica que o segundo semestre será pior do que o primeiro na política. Cunha tem grande poder sobre a pauta do Congresso, como se viu, e sabe exercê-lo. O governo é inoperante e inábil. Isso faz com que qualquer proposta que vá para o legislativo, mesmo que seja excelente do ponto de vista fiscal, pode se transformar em um projeto bomba. Eles fizeram isso no primeiro semestre, ao pendurar sobre uma MP que reduzia o custo com as viúvas jovens o projeto mais desestabilizador das contas previdenciárias.

votação camara cunha

Cassandra continua com suas costumeiras lamentações: Na economia, as perspectivas pioraram nos últimos dias. Esta semana, foram vários os especialistas de bancos e de consultorias que revisaram para pior as projeções da recessão. Economistas (eleitores de Dilma ou de Aécio?) como Marcelo Carvalho, do BNP Paribas; Silvia Matos, do Ibre/FGV; ou Luiz Carlos Prado, da UFRJ, não tiveram dúvidas em dizer que houve uma piora no quadro econômico recente. Silvia disse que a Fundação tem colhido uma deterioração cada vez maior nas sondagens de confiança dos setores empresariais e dos consumidores. Marcelo Carvalho disse que o país vai viver a pior recessão em uma geração. A última queda do PIB significativa foi a de 1990, do governo Collor. Para Miriam o PIB bom, e gostoso, o de Fernando Henrique. Não existe outro igual.

Essa mistura é explosiva: uma crise econômica com desemprego, inflação, recessão e piora fiscal; uma crise política que desfaz a coalizão de governo; um processo de investigação criminal que avança sobre algumas das principais lideranças do país. Não pelo que Cunha falou ontem, mas por tudo o que aconteceu este ano, já se pode dizer que o país não está apenas com dificuldades na governabilidade. O país está entrando numa crise institucional. Para acabar com essa guerra, Dilma tem que mandar parar qualquer investigação que envolva o presidente da Camara e do Senado. Imitar FHC que nunca mandou investigar coisa nenhuma. Inclusive deu uma de Mateus, criou o foro especial, a justiça secreta. Leia a versão original deste artigueto pessimista. 

Samuca
Samuca

O povo bobo da Globo confia em pesquisa, propaganda, CPI e outras safadezas cujos olhos engordam o gado do dono

Toda pesquisa é comprada. É o negócio mais safado do mundo. Vende a mentira como verdade. Donos de jornais, federações de empresários e partidos políticos contratam as pesquisas. O resultado depende do preço e da vontade de quem paga.

Em política, a vontade do povo se conhece nas eleições, decididas pelo voto direto, livre e democrático.

Quem defende pesquisa faz campanha contra referendo e plebiscito.

plebiscito referendo

Veja que propaganda enganosa. Coisa de jornalismo marrom.

JORNAL DA BAHIA DE PROPAGANDA DA FAMÍLIA ANT6ONIO CARLOS MAGALHÃES E DO DEM, EX ARENA NA DITADURA E PFL
JORNAL DA BAHIA DE PROPAGANDA DA FAMÍLIA ANTONIO CARLOS MAGALHÃES E DO DEM, EX ARENA NA DITADURA E PFL
Antônio Carlos Magalhães fundou o Correio da Manhã, e como ministro das Comunicações se transformou no maior barão da mídia no Nordeste. Apoiou a ditadura militar e sempre foi o inimigo n. 1 do PT
Antônio Carlos Magalhães fundou o Correio da Manhã, e como ministro das Comunicações se transformou no maior barão da mídia no Nordeste. Apoiou a ditadura militar
e sempre foi o inimigo n. 1 do PT
JORNAL DE PROPAGANDA TUCANA DE PROPRIEDADE DO GRUPO DE AÉCIO NEVES EM MINAS GERAIS JORNAL DE PROPAGANDA TUCANA DE PROPRIEDADE DO GRUPO DE AÉCIO NEVES EM MINAS GERAIS

Chantagem ou extorsão? Ricardo Antunes tem um segredo que vale um milhão de dólares

Vários países democráticos proíbem os assessores de imprensa, os relações públicas, os marqueteiros, os publicitários, os propagandistas de exercerem a profissão de jornalista. Inclusive os que possuem diploma de bacharel em Jornalismo.

São Paulo (16 de octubre de 2012) – La Sociedad Interamericana de Prensa (SIP) finalizó hoy su 68ª Asamblea General con las conclusiones que resumen los riesgos y las principales dificultades que enfrenta la prensa en las Américas. Más de 500 delegados se reunieron durante cuatro días en esta ciudad para evaluar el estado de la libertad de prensa en el hemisferio occidental.

O que pretende a SIP? Um comércio de notícias sem interferências da justiça e do governo. Confira  .

A polícia de Pernambuco prendeu o jornalista Ricardo Antunes por negociar notícias com Antônio Lavareda.

Primeiro noticiou que houve uma espalhafatosa negociação para Ricardo Antunes tirar notícias do blogue Leitura Crítica. Isso não é crime. E o exorbitante preço de um milhão de dólares desacredita a armação.

Segunda versão: um milhão de dólares para  deixar de produzir matérias. O preço continua  desmedido,  demasiado, elevado, exagerado, excessivo, imódico.

Terceira versão: “publicava matérias que denegriam a imagem” de Antônio Lavareda. Acusa o delegado Darlson Macedo: “Ele (Ricardo Antunes) jogava informações falsas na ‘grande rede’ no intuito de sujar o nome do empresário (Antônio Lavareda). Desta forma, qualquer pesquisa feita com o nome do cientista político estaria ligada a algo negativo”.

“Grande rede”, em informática:

O termo genérico “rede” define um conjunto de entidades (objectos, pessoas, etc.) interligados uns aos outros. Uma rede permite assim circular elementos materiais ou imateriais entre cada uma destas entidades, de acordo com regras bem definidas.

Pode-se referir a palavra rede a vários assuntos, entre os quais: rede social. Relação entre os seres humanos. Ficou sugerido um bando de jornalistas criminosos. Uma quadrilha. Por que apenas Ricardo Antunes encontra-se preso incomunicável e proibido de escrever? Tem que prender toda rede, e já!

“Informações falsas” caracterizam crimes de injúria e/ou calúnia. Por que Lavareda não apresentou uma queixa-crime na justiça? Ficou esperando dias, meses, anos pela “extorsão”, enquanto seu nome estava sendo enlameado?  “Uma grande rede no intuito de sujar”.

No “intuito”.

Aquilo que se tem em vista:

1. alvodesejo, desígnio, escopofimfinalidade, fito, ideiaintenção, intento,metaobjetivoplanoprogramaprojetopropósito, tenção, vontade.

Intenção:

2. plano.

Quer dizer que não sujou. Ficou no “intuito”.

O “intuito” era melar as pesquisas de Lavareda. Ora, ora, praticamente todos os colunistas, comentaristas e editorialistas políticos criticam as pesquisas eleitorais. Inclusive cientistas políticos. Por que  Ricardo Antunes não pode fazer o mesmo? A maioria das pesquisas são fajutas. E  compradas, pagas por empresários, partidos políticos e candidatos.  Vide links.

Publica a Folha de Pernambuco: “Acusado de extorsão, o jornalista, blogueiro e colunista Ricardo Antunes foi preso  pela Polícia Civil (PC). Durante coletiva à Imprensa realizada na sede do Grupo de Operações Especiais (GOE), a polícia revelou que o profissional chantageava o cientista político e empresário Antônio Lavareda, publicando matérias que denegriam sua imagem”.

“Teoricamente, chantagem não deve ser confundida com extorsão, processo ao qual recebe-se dinheiro ou outro bem material por sob coerção física, psicológica ou até mesmo sequestro ou outro meio não menos criminoso, no entanto a diferenciação pétrea que separa esses dois crimes estão cada vez mais aproximados. A extorsão precisa de uma complementação por trás (como sequestro, tortura ou qualquer outra forma de coação) enquanto a chantagem dispensa completamente qualquer imposição.

Na maioria das vezes, chantagem é o processo em que uma pessoa (chantagista) faz com que outra (chantageado) faça algo para ela por meio do medo, geralmente para não revelar um segredo ou algum outro dado que possa ser comprometedor.

O termo chantagem vem do francês – chanter, isto é, cantar. Da gíria de malandros passou para a linguagem jurídica. Na realidade quem canta é a vítima sob ameaça”

Qual era o medo do banqueiro, empresário, cientista política, bacharel em política, sociólogo, pesquisador Antônio Lavareda?

Por que Lavareda, conselheiro de presidentes da República e ministros e secretários de Estado, governadores e prefeitos, em vez de procurar o conselho de um advogado, foi pedir o conselho da polícia do governador Eduardo Campos, com quem jantou na semana da prisão de Ricardo, dia 5 último, logo na antevéspera das eleições municipais?

“O delegado Darlson revelou como se deu a operação que prendeu o blogueiro. ‘O empresário nos procurou informando que estava sendo extorquido. Nós o orientamos sobre a postura a ser tomada diante a situação. Começamos a monitorar a negociação e levantamos vários materiais probatórios incontestáveis. Chegou a alegar que Lavareda devia dinheiro a ele, mas não há qualquer documento que comprove a afirmativa”.

É isso aí: falta comprovar que notícia, segredo ou dossiê vale um milhão de dólares.

Pesquisas de araque

por Moacir Japiassu

O considerado Álvaro Borgonha, jornalista, escritor e cidadão do mundo que conhece a intimidade de todas as enquetes, sondagens e referendos, despacha de seus domínios europeus, depois do cansaço da votação, esta verdade favorita dos internautas:

NÃO ACREDITE NAS PESQUISAS!!!
As pesquisas de mercado são manipuladas e não refletem a tendência do eleitorado.

Um amigo meu realizou um levantamento por conta própria e concluiu que a próxima Presidente da República vai ser a mãe dele.
O cara telefonou para 1.253 pessoas entre duas e quatro horas da madrugada e perguntou:

– EM QUEM VOCÊ VAI VOTAR PARA PRESIDENTE?Todos os entrevistados responderam:
“NA PUTA QUE TE PARIU!!!”

(Transcrevi do Jornal da ImprenÇa). Leia mais

Que alguém responda à pergunta que não quer calar: Qual é a utilidade das pesquisas eleitorais?

FALTA DE DEMOCRACIA

Robert. C. Silva

Estas pesquisas eleitorais deveriam ser banidas do cenário eleitoral, pois induzem as pessoas a votar em candidatos que estão à frente. É um absurdo que a Justiça Eleitoral ainda não tenha se posicionado a respeito desta falta de democracia.

Obviamente, um povo que se contenta com baile funk e vota em Verônica Costa é de doer, são as pesquisas que provocam no povo o já ganhou. Então, para que votar? Foi por isso que anulei meu voto, depois de mais de 40 anos votando em candidatos.

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DEVIAM SER PROIBIDAS

Carlos Newton

Concordando com Robert. C. Silva, digo que há anos e anos escrevo a mesma coisa: as pesquisas eleitorais deviam ser proibidas. Em função da expectativa do chamado “voto útil”, as pesquisas induzem o eleitor a se posicionar entre os dois primeiros colocados, desprezando os demais. Essa é a realidade. Ninguém gosta de desperdiçar o voto, de jogá-lo no lixo. Por isso existem essa tendência à polarização.

Se não houvesse pesquisas, é claro que um candidato da qualidade de Gustavo Fruet (PDT) teria se saído melhor na disputa em Curitiba. O mesmo ocorreria em Florianópolis, onde era dada como certa a ida para segundo turno da candidata Angela Albino (PCdoB) para disputar com o candidato Cesar Souza (PSD), mas não foi isso que aconteceu. Cesar Souza vai enfrentar o Gean Loureiro (PMDB), que na pesquisa sempre esteve em terceiro lugar.

Essa tendência para a polarização é a grande desvantagem das pesquisas eleitorais. Se alguém souber alguma vantagem proporcionada por elas, por favor responda a essa pergunta que não quer calar.

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HÁ QUEM PAGUE

Nelio Jacob

Pesquisas são pagas, quem pagou tem que ser beneficiado. Todo sistema eleitoral brasileiro é falho propositalmente, é do interesse dos políticos. O horário eleitoral é antidemocrático devido a diferença de tempo entre os candidatos, as urnas eletrônicas deveriam dar um comprovante, que se necessário uma posterior conferência por questão de segurança.

Por que a distribuição de santinhos e panfletos nas ruas? Será que pelo fato de recebê-los os político acham que o eleitor vai votar nele? Acham sim, porque sabem que a maioria é alienada e imbecil, por isso continuam essa distribuição de panfletos.

Votar não devia ser obrigatório, Veja, na Venezuela não é obrigatório e compareceram às urnas 80% do eleitorado. Aqui no Brasil talvez comparecesse 50%, mesmo assim, o voto teria maior representatividade.

Mais erros clamorosos das pesquisas, que a grande imprensa não revela.

por Carlos Newton

Já assinalamos aqui no Blog da Tribuna alguns graves erros da pesquisas eleitorais, analisando exclusivamente o Ibope, que é o principal instituto. Seu maior erro, como todos sabem, foi não ter previsto a presença de Gustavo Fruet (PDT) no segundo turno de Curitiba.

Mas o Ibope errou também ao prever a vitória no primeiro turno de Arthur Virgílio (PSDB) em Manaus, o que não aconteceu. Erraram a votação dele em 20%, apenas… O Ibope também falhou anunciando também vitória de Nelson Pelegrino (PT) no primeiro turno em Salvador, se ele acabou em segundo lugar, atrás de ACM Neto.

Detalhe: o erro em Manaus é grave, porque Arthur Virgilio sempre foi o mais críticos das pesquisas de opinião, tendo feito denúncias pesadas contra o Ibope. Sempre disse que não acredita em pesquisas.  E agora tem ainda mais motivos para descrer.

Os comentaristas do Blog foram muito além e identificaram muito outros erros das pesquisas. Vamos então conferir o que eles estão informando.

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CURITIBA

Moacir Antônio Bordignon

À revelia das célebres “pesquisas”, sabíamos que Gustavo Fruet tinha grandes chances, não pelo apoio de partidos, mas pelo seu passado limpo, de coerência política, que nossa cidade considera muito. Parabéns, e no segundo turno, provavelmente, vencerá, pois a maior dificuldade ele já a venceu. Abraços fraternos.

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NITERÓI

Wildner Aguiar

Especialistas em engodo. Em Niterói, a roubalheira, digo, a desinformação foi a maior de todo o país. Deram 7% para o candidato do PSOL, Flávio Serafini, tendo ele obtido o resultado final de 18,5%. Mais de 100% de erro. Nessas horas me pergunto: para que existe TRE?

No Rio de Cabral, o portal ODIA apresentou o cachorrinho de madame (Eduardo Paes) com 70%, na semana da eleição. O resultado final foi 64%. E não aparece ninguém pedindo desculpas por ter ludibriado a opinião pública.

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FORTALEZA

Walter Jr.

Em Fortaleza foi um verdadeiro roubo… Garfaram o candidato do PDT em 10% em todas as pesquisas… na maioria das pesquisas nunca o deixaram passar dos 11%, sempre em quarto lugar.
Contadas as urnas, estava lá Heitor Férrer com 21%.

Se tivesse saído uma pesquisa com o que foi realmente: Elmano 25%, R. Claúdio 23% e Heitor 21%… dependendo do percentual de erro, é claramente um empate técnico entre os três, seria uma outra eleição.

Ibope e Datafolha roubaram Heitor na cara de pau. São as máquinas da prefeitura e do governo pagando as suas comissões.

Já é hora do TSE olhar com mais cuidados estes institutos … é desleal um roubo desse numa eleição que se diz democrática. Já não basta o uso das máquinas?

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FLORIANÓPOLIS

Geraldo Jose Hillesheim

Aqui em Florianopolis também erraram. Era dada como certa a ida para segundo turno da candidata Angela Albino (PCdoB) para disputar com o candidato Cesar Souza (PSD), mas não foi isso que aconteceu. Aqui em Floripa, o Cesar Souza vai enfrentar o Gean Loureiro (PMDB), que na pesquisa sempre esteve em terceiro lugar.

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SÃO PAULO

Armando Martin

As pesquisas erram a partir do primeiro dia que começam a ser feitas. Por isso, aqui em São Paulo, o índice de votos nulos, brancos e abstensões bateu recorde, 31,3%, o maior desde 1996.

Os dois institutos ligados à Máfia Midiática sempre erraram feio e deram mais uma demonstração para que vieram. Os dois institutos chegaram ao cúmulo de colocar os três candidatos empatados na disputa pela Prefeitura de SP. Quer dizer, a “bola” está com vocês.

E o pior, não existe um órgão público neste País para fechar esses dois institutozinhos de araque.

Votar nulo é votar no pior

Não ajude a eleger os candidatos indicados pelas pesquisas compradas. Não vote nos candidatos apoiados pelos currais das milícias, dos traficantes, dos coronéis do asfalto, do lóbi da imprensa das elites, do dinheiro das empresas estrangeiras.

Vote limpo. Vote livre. Vote por uma cidade iluminada.

Vote pelo verde das praças, dos hortos, dos sítios históricos, das ruas e avenidas arborizadas.

Vote pelo azul dos ares, dos mares, dos rios, dos lagos. Vote contra os terrenos baldios da especulação imobiliária, contra os despejos, os deslocamentos involuntários dos pobres, o imposto de marinha, os altos preços dos serviços essenciais e dos aluguéis de moradia dos sem teto da classe média.

Um prefeito governa o espaço urbano. E a rua é uma extensão de sua casa. E todos têm direito a uma moradia, para uma vida sadia, feliz e digna.

Para o prefeito que pretende a reeleição, o voto é um julgamento. Veja se ele fez alguma coisa que preste para o povo. Escolas primárias e postos de saúde com padrões de qualidade. Transporte público não é trem de carga.

Não vote em elefante branco, em obras inacabadas ou superfaturadas. Não vote em serviços fantasmas.

Ruas sujas, alagadas, lixo nas ruas, ruas terraplenadas, sem luz, sem saneamento e sem água indicam a presença de um prefeito ladrão. Idem a peste, a fome, os deslizamentos dos morros, os lixões. Os municípios mais pobres recebem verbas dos governos estadual e federal.

Não vote em prefeito que mudou de residência durante o cargo, e cujo endereço você desconhece.

Procure conhecer o passado do seu candidato e o presente. Vote no futuro da sua cidade, pelo seu bem e a felicidade de todos os munícipes.

Não venda seu voto, não venda sua alma ao diabo.

Chegou a hora de enquadrar as pesquisas eleitorais

Polibio Braga

Nos últimos dias de campanha eleitoral no Rio Grande do Sul, ocorreu uma enxurrada de pesquisas eleitorais. Em muitas cidades do interior, resultados opostos de enorme significado causaram perplexidade e indignação, já que passaram o cheiro de maracutaia. Mesmo em cidades como Porto Alegre ou São Paulo, pesquisas de intenções de votos são frequentemente contestadas.

Existem casos graves de distorções no interior e nas capitais.  O editor já manifestou aqui neste espaço a convicção de que chegou a hora de legislar sobre os serviços dos institutos de pesquisa ou exigir deles seu próprio código de autorregulamentação.

Acima de tudo, a população, os clientes e as autoridades precisam trabalhar com resultados que obedeçam padrões uniformes de aferição. As duas distorções mais graves que qualquer pessoa pode perceber e que podem alterar completamente os resultados: 1) As margens de erro, que depende da vontade de cada pesquisa, podendo ir de 2 a 5 pontos. 2) O universo pesquisado, porque alguns institutos trabalham somente nos locais de residência dos entrevistados,  outros apanham os entrevistados em movimento e tá também pesquisas por só telefone.

Do jeito que está é que não pode ficar.

(Transcrito da Tribuna da Imprensa)

As pesquisas compradas são usadas como propaganda enganosa que visa o povo como rebanho. Como acontece com a publicidade comercial: todo mundo usa a marca tal, fique com o serviço da preferência nacional. O voto obrigatório é ruim por isso: o eleitor despolitizado não quer perder o voto, isto é, vota no candidato que as pesquisas indicam como vitorioso (T.A.)

“O remédio que cura completamente não é rentável e, portanto, não é pesquisado”

Entrevista com Dr. Richard J. Roberts, Prémio Nobel da Medicina 1993

– Eu escuto.
A pesquisa sobre a saúde humana não pode depender apenas de sua rentabilidade. O que é bom para os dividendos das empresas, nem sempre é bom para as pessoas.

– O senhor poderia explicar?
A indústria farmacêutica quer servir o mercado de capitais …

– Como qualquer outra indústria…
Não é apenas qualquer outra indústria, nós estamos a falar sobre a nossa saúde e as nossas vidas, os nossos filhos e milhões de seres humanos.

– Mas se são rentáveis, eles vão pesquisar melhor.
Se você só pensar em benefícios, você vai parar de se preocupar em servir as pessoas.

– Por exemplo?
Eu vi que em alguns casos, os cientistas que dependem de fundos privados descobriram um medicamento muito eficaz, que teria eliminado completamente uma doença …

– E porque pararam de investigar?
Porque as empresas farmacêuticas muitas vezes não estão tão interessadas na cura mas na obtenção de dinheiro, assim a investigação, de repente, foi desviada para a descoberta de medicamentos que não curam completamente, tornam isso sim, a doença crónica. Medicamentos que fazem sentir uma melhoria, mas que desaparece quando o doente para de tomar a droga.

– É uma acusação grave.
É comum que as empresas farmacêuticas estejam interessadas em pesquisas que não curam, mas que apenas tornam as doenças crônicas, com drogas mais rentáveis, do que medicamentos que curam completamente uma vez e para sempre. Você só precisa seguir a análise financeira da indústria farmacêutica e verificar o que eu digo.

– Está falando sobre o Terceiro Mundo?
Esse é outro capítulo triste: doenças do Terceiro Mundo. Dificilmente se fazem investigações, porque as drogas que iriam combater essas doenças são inúteis. Mas eu estou a falar sobre o nosso Mundo, o Ocidental : o remédio que cura completamente não é rentável e, portanto, não é pesquisado.

– Há políticos envolvidos?
Não fique muito animado: no nosso sistema, os políticos são meros empregados das grandes empresas, que investem o que é necessário para que os “seus filhos” se possam eleger, e se eles não são eleitos, compram aqueles que foram eleitos. O dinheiro e as grandes empresas só estão interessados em multiplicar. Quase todos os políticos – e eu sei o que quero dizer – dependem descaradamente destas multinacionais farmacêuticas, que financiam as suas campanhas. O resto são palavras …

(Trancrevi trechos)

A farsa das estatísticas otimistas não alimenta o povo e nem oferece moradia

Que oferece o Brasil para a metade da população que tem um rendimento mensal abaixo dos 375 reais?

Os riscos globais não atingem os brasileiros. Aliás o capital estrangeiro, especulativo, não corre nenhum perigo no Brasil, terra das facilidades para os piratas, bancos, latifúndios, empresas e indústrias estrangeiras.

Sofrem os brasileiros sem teto, os moradores de rua, os que residem em áreas de risco, os sem terra, os sem nada, os bolsa-familia, os salários mínimo e piso.

Veja, pela primeira vez, um jornal do Chile reconhecer que os movimentos sociais constituem um sinal de “descontentamento do cidadão”. Quem diz é o próprio governo direitista.

O mesmo jornal no editorial de hoje:

Quizás parezca un tremendo contraste, pero es simplemente así. Por una parte el Gobierno orgulloso de sus logros económicos, especialmente el 19,4% de crecimiento durante el 2011, una cesantía inferior al 4,5% a nivel regional y una inversión pública que es la más significativa per cápita a nivel país, según las propias autoridades.

Y parecía que esto bastaba para generar una reacción ciudadana empática con estos logros, pero el movimiento social que hoy se expresa en el territorio demuestra que la ciudadanía no quiere frías cifras o técnicos informes estadísticos. La gente quiere cosas concretas y que hoy están puestas en un petitorio de once puntos. Combustible más barato, subsidio a la leña, más especialistas en salud y otras medidas más bien domésticas como un reconocimiento gubernamental al mayor costo de la vida en Aysén, con la creación de un salario mínimo distinto al oficial, lógica que también debiera aplicarse a las pensiones.

Hay otras demandas más amplias y sectoriales que están en ese documento, pero en definitiva la ciudadanía ha asumido que este movimiento social es una oportunidad para poner en la discusión y debate públicos, reivindicaciones que efectivamente son históricas y que a este Gobierno le corresponde atender.

Essa de governo rico, e o povo na miséria. De Brasil sexta potência mundial, e metade da população vivendo no terceiro mundo. De raspar todas as verbas da Educação, da Saúde, da Previdência Social, da construção de casas populares, da reforma agrária, do salário cidadania, do salário desemprego, para fazer déficit primário, isto é, economizar, economizar, para juntar dinheiro para pagar as dívidas externa e interna, e os supersalários além do teto constitucional, isso expõe o Brasil em transe, colônia internacional.

Nossa crise é endêmica. Crise moral. Crise econômica. Real e verdadeiramente, não há nenhum risco para o investidor internacional. No país das privatizações, das desnacionalizações de todas suas riquezas, o risco é exclusivo do povo. Do pobre povo pobre do Brasil.