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No passado, era comum e quase unânime a postura desrespeitosa – e até cruel – dos jornais diários de Belo Horizonte em relação à ação de ativistas políticos de esquerda.
Na noite de 30 de dezembro de 1952, intelectuais, empresários e sindicalistas, entre eles Armando Ziller, Luís Bicalho, Sebastião Nery, coronel Olímpio, Aluísio Ordones, reuniram-se num prédio da rua Carijós, em BH, para criar o Movimento Mundial da Paz. A polícia chegou de surpresa e escrachou todo mundo. No dia seguinte, os jornais publicavam manchetes execrando os ativistas:
“Desmantelada pela polícia uma reunião comunista. Efetuadas numerosas prisões e apreendido farto material de propaganda vermelha” (Estado de Minas)
“Comunistas surpreendidos quando tramavam planos de ação” (Diário de Minas)
“Autoridades prendem e autuam 40 elementos da malta comunista em ação” (Diário da Tarde)
“Preso ontem em BH um redator do Diário (católico) entre os subversivos do credo vermelho” (Tribuna de Minas)
O redator do Diário preso era Sebastião Nery, 20 anos, ex-seminarista, implacavelmente perseguido pelo jornal Tribuna de Minas, dirigido pelo empresário misto de jornalista Alexandre Konder, que cultivava atitudes nazi-fascista, e também não dava trégua ao líder católico José Mendonça, redator-chefe do Diário e presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais.
“Confirmam-se as acusações da Tribuna de Minas sobre as ligações do sr. José Mendonça com elementos comunistas. Um dos presos é o jornalista Sebastião Nery, redator do jornal católico, que carregava um cartaz com o retrato de Prestes”, denunciava a TM.
“Konder só deixou de hostilizar jornal católico quando voltou ao Rio de Janeiro para morrer de câncer, internando no Hospital do Exercido,” disse o prof. Mendonça
Na reunião abafada pelos agentes policiais havia pessoas de várias classes, até um militar, Olímpio, coronel reformado do Exercito brasileiro, que havia desaparecido na confusão com a chegada da polícia.
Dias depois, já solto, o jornalista Sebastião Nery encontra-se com o militar em outra reunião:
– O senhor foi lesto, o único que conseguiu fugir.
E o coronel:
– Meu filho, não repita isto. Não fugi. Um oficial do Exército não foge. Bate em retirada.
“A expressão “tempestade perfeita” veio da economia, mas também serve à política. A presidente enfraqueceu seu capital político quando perdeu apoio da sociedade, do Congresso e do próprio PT. Chama atenção a rapidez com que os índices de popularidade despencaram.
Especialistas apontam quatro prognósticos para o País sair da “tempestade perfeita”: uma nova eleição (a partir da cassação dos mandatos da presidente do do vice), o impeachment, a renúncia ou o fim da disputa política. “O cenário mais provável é esse último”, acredita Ricardo Ismael, defendendo que a tempestade não deteriore a economia. É bom lembrar que quanto mais frágil a economia, pior fica a vida das pessoas.
Transcrevi trechos. Leia mais aqui. O JC é parte integrante do Sistema Jornal do Commercio de Comunicação, um conglomerado de veículos de comunicação, de propriedade de João Carlos Paes Mendonça, que conta ainda com a TV Jornal (afiliada do SBT), Rádio Jornal AM 780 e FM 90,3, e o Portal NE10 (todos situados no Recife),além dos veículos localizados no interior do Estado como a TV Jornal Caruaru e a rede Rádio Jornal (presente em Caruaru, Garanhuns, Limoeiro, Pesqueira, Petrolina).
Este meme faz parte da campanha golpista da direita, que pretende derrubar Dilma por ser supostamente comunista. A prova é ser amiga de Vladimir Putin, atual presidente da Rússia.
Tal propaganda enganosa mostra o analfabetismo político dos fanáticos.
Informa Wikipédia:
“Sob a administração de Putin, a economia teve ganhos reais em uma média de 7% ao ano (2000: 10%, 2001: 5.1%, 2002: 4.7%, 2003: 7.3%, 2004: 7.2%, 2005: 6.4%, 2006: 8.2%, 2007: 8.5%)[71] , fazendo da Rússia a 7ª maior economia mundial em poder de compra. O PIB nominal russo aumentou em seis vezes, subindo do 22º ao 10º maior do mundo. Em 2007, o PIB russo ultrapassou o da Rússia Soviética em 1990, provando que a economia foi capaz de superar os efeitos devastadores da recessão dos anos 1990, seguinda da trágica moratória de 1998.
Durante os oito anos de Putin na presidência, a indústria cresceu em 76%, os investimentos aumentaram em 125% e a produção agrícola também aumentou. Lucros reais mais do que dobraram, e o salário mínimo mensal médio aumentou em sete vezes, de $80 (por volta de R$163) para $640 (por volta de R$1300)[73]. De 2000 a 2006, o volume do crédito para consumo aumento em 45 vezes, e o número de cidadãos pertencentes à classe média cresceu de 8 milhões para 55 milhões. O número de pessoas vivendo à baixo da linha da pobreza diminui de 30% em 2000 para 14% em 2008“.
Em 2001, Putin, que patrocinou políticas econômicas liberais, introduziu uma taxa única de imposto sobre a renda de 13%,[75] e a taxa corporativa também foi reduzida de 35% para 24%.[76] Pequenos negócios também receberam um melhor tratamento. O antigo sistema de altas taxas de impostos foi substituído por um novo sistema em que as companhias podem escolher entre uma taxa de 6% na receita bruta ou uma taxa de 15% nos lucros. A carga geral de impostos é menor na Rússia que na maioria dos países europeus, favorecendo com isso o capitalismo”.
Juan, rei da EspanhaElizibateh !!, rainha do Reino Unido, e Governadora Suprema da Igreja da InglaterraObamaAngela Merker, chanceler da AlemanhaPapa Francisco
O que incomoda os imperialistas e colonialistas banqueiros do FMI, é que o Brasil faz parte do BRICS. B de Brasil. R de Rússia. I de Índia. C de China. S de África do Sul.
Não existe golpe sem presos políticos, exilados, tortura e morte
Faz parte de toda conspiração golpista a criação de secretas listas das pessoas que devem ser presas. Qualquer resistência, morte. Inclusive orquestradas campanhas de ódio, de ameaças de chacinas antecedem a intentona. Idem marchas de protesto com cartazes de lesa-majestade que são exibidos com destaque pela imprensa.
Charge publicada nesta terça-feira no jornal O Dia, do Rio de Janeiro, resume o espírito de uma época, em que jornais conservadores formam o pelotão de fuzilamento de um governo legitimamente eleito; desde meados do primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff, publicações conservadoras como Globo, Folha, Estado de S. Paulo e Veja não têm feito outra coisa a não ser tentar desestabilizar a administração federal; o episódio mais recente foi o editorial da Folha de domingo, em que o jornal concedeu à presidente da República sua “última chance”: ou cumpria a agenda draconiana exigida pela família Frias ou seria fuzilada; nesta terça-feira, Dilma disse que fará de tudo “para impedir que processos não democráticos cresçam”; concentração midiática mina a democracia
Aroeira
247 – Deve-se ao músico e cartunista Renato Aroeira a melhor charge da década.
Ela foi publicada nesta terça-feira no jornal O Dia, do Rio de Janeiro, e resume o espírito de uma época, em que jornais conservadores formam o pelotão de fuzilamento de um governo legitimamente eleito.
Desde meados do primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff, publicações conservadoras como Globo, Folha, Estado de S. Paulo e Veja não têm feito outra coisa a não ser tentar desestabilizar a administração federal.
O episódio mais recente foi o editorial da Folha de domingo, em que o jornal concedeu à presidente da República sua “última chance”: ou cumpria a agenda draconiana exigida pela família Frias ou seria fuzilada (leia mais aqui).
Nesta terça-feira, Dilma disse que fará de tudo “para impedir que processos não democráticos cresçam” (confira aqui).
Vários países do mundo adotaram há várias décadas políticas de democratização dos meios de comunicação, porque sabem que a concentração midiática mina a democracia.
Nos Estados Unidos, por exemplo, donos de jornais não podem possuir televisões. Impede-se, assim, a propriedade cruzada.
Na América Latina, e em especial no Brasil, a mídia ainda é o último reduto da aristocracia.
“Ninguém vai resistir três anos e meio com esse índice baixo (7%)”, foi o que disse o vice-presidente da Republica, Michel Temer, sobre os baixos índices de aprovação, falsificados,
adulterados, forjicados pelos conspiradores, do governo da presidente Dilma.
Não acredito nesta pesquisa encomendada e paga por jornal golpista, que fez propaganda da ditadura de 64, e ofereceu transporte para prender estudantes em porões de tortura e morte. Certamente que a Folha de S. Paulo conspira contra Dilma Rousseff, e forja pesquisas como meio de propaganda.
Pesquisas divulgadas pelos jornalões O Estado de S. Paulo, O Globo, Correio Braziliense, O Estado de Minas, Zero Hora
Acontece que Temer nem 7% tem de apoio popular. Foi indicado vice por Dilma, e eleito vice com os votos de Dilma.
Temer é da banda podre do PMDB de José Sarney, presidente de honra; Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados; Renan Calheiros, presidente do Senador Federal.
Quem quiser saber quem pariu os fascistas que jogaram as bombas há dois vídeos bem ilustrativos para fazer o exame do DNA dos pais das crianças: Arnaldo Jabor e Luis Carlos Prates; aquele da Rede Globo; este, da RBS. O ódio foi tudo o que a velha mídia conseguiu. Mas de nada disso adiantou. Está na hora de atacar o banditismo incrustrado nos velhos conglomerados de mídia. É de lá que partem as campanhas de ódio, os golpes de estado e toda sorte assassinatos de reputação.
“O ódio das bombas foi precedido pelo ódio das palavras”
Em artigo, o jornalista Rodrigo Vianna, do blog Escrevinhador, afirma que “o demente que lançou a bomba contra o Instituto Lula foi precedido por colunistas, blogueiros e pelo bando de dementes que tratam os adversários como ‘facção criminosa’”; “O ataque ao Instituto Lula é terrível. Mas deve servir para trazer os tucanos e conservadores mais lúcidos à razão. É preciso frear essa escalada que os serras ajudaram a criar, insuflando blogueiros e jornalistas de longa carreira a disseminar o ódio nas redes sociais”, defende ele:
Na história da humanidade foi sempre assim: o ódio das bombas é precedido pelo ódio das palavras.
O Instituto Lula, em São Paulo, acaba de ser atacado por uma bomba caseira, lançada durante a noite. Percebam a gravidade da situação. Imaginem um Instituto Clinton, ou Instituto Chirac, ou ainda o Instituto FHC atacado de forma violenta. Um escândalo. Um ataque à democracia.
No entanto, é preciso colocar o guizo no gato: a bomba demente foi precedida pelo ódio disseminado há anos e anos por blogueiros, colunistas e revistas que se transformaram em panfletos do ódio e da mentira.
A polícia precisa dizer quem lançou a bomba no prédio, no bairro do Ipiranga. Não sabemos a identidade do criminoso. Mas sabemos bem quem disseminou o ódio que produziu o demente do Ipiranga. São as pessoas sentadas atrás dos teclados, em redações, bem pagas para propagar um clima de confronto e de extermínio de toda uma comunidade política.
Você não precisa gostar do Lula e do PT para entender que algo está errado. Estamos em meio a uma escalada autoritária. Que pode virar, sim, um surto fascista.
O demente que lançou a bomba contra o Instituto Lula foi precedido por colunistas, blogueiros e pelo bando de dementes que – nas redes e nas ruas – espalham o ódio, tratam os adversários como “facção criminosa” e alinham-se com o que o mundo produziu de pior no século 20: o fascismo.
Nas manifestações de março de 2015, alguns jovens kataguris chegaram a pedir abertamente que o PT seja cassado, proscrito, proibido. Claro, a lógica é essa: se do outro lado estamos lidando com “uma quadrilha” (como dizem parlamentares tucanos, como o tresloucado Carlos Sampaio), não é mais preciso disputar politicamente. A lógica é destruir o adversário, apagá-lo, exterminá-lo.
O ataque ao Instituto Lula é terrível. Mas deve servir para trazer os tucanos e conservadores mais lúcidos à razão. É preciso frear essa escalada que os serras ajudaram a criar, insuflando blogueiros e jornalistas de longa carreira a disseminar o ódio nas redes sociais.
Pronto, chegamos até aqui. O ódio deu as caras definitivamente.
É preciso dizer: os democratas, a turma da esquerda, dos sindicatos, universidades e organizações populares não vão assistir a isso impassível. Se insistirem na tática do ódio, vai sobrar pra todo mundo.
É preciso isolar a direita fanática, é preciso trazer os centristas para o combate em defesa da democracia.
Colunistas e blogueiros dementes, ligados à revista da marginal e a organizações de comunicação que floresceram na ditadura, produziram gente suficientemente demente para lançar bombas de madrugada.
Chegamos até aqui. Agora está na hora de traçar uma linha no chão.
Quem está do lado de cá vai se defender. Prioritariamente, com palavras, com argumentos e política. Mas, se preciso, também com atos e capacidade de luta.
A Velha Senhora sempre foi mensageira de notícias ruins. Diz que a crise piorou nos últimos dias. Lá na Europa. Ela se desdobra em ramificações que se cruzam, elevando o grau de tensão nos países satélites.
A Velha Senhora, quando fala do Brasil, acredita que a presidente da República vai se transformando em uma figura simbólica, sem qualquer capacidade de comandar a agenda.
Miriam Leitão, para enganar o povo bobo da Globo, confunde administração pública com registro de compromissos e pauta jornalística. Diz que os poderes se acusam. Isto é, confunde ações isoladas de Eduardo Cunha com votações do Congresso. E inventa brigas: do Supremo Tribunal Federal com a Câmara dos Deputados e Senado Federal, que brigam com a Presidência da República.
Acredita Miriam ser a reencarnação de Cassandra. E faz suas previsões: A economia se afunda em recessão, inflação alta e dívida crescente. Dívida que Miriam jamais pediria que fosse auditada.
Porque suas previsões de destruição são desacreditadas, Cassandra da direita apela para os economistas que aparecem nos programas dos telejornais da Globo. Garante Miriam que eles estão revendo para 2% a 2,5% o encolhimento do PIB de 2015.
Quando a Miriam fala, a gente nota que o silêncio lhe cai bem. Quando nada diz, pode-se ter esperança de que ela esteja entendendo o grau de confusão que cria para agradar os patrões. Ao falar, Miriam confunde confissões extraídas sob tortura na ditadura com delações previstas em lei, feitas por criminosos à Justiça, em pleno Estado de Direito. Nas reuniões de pauta, que faz para as redações do monopólio da família Marinho, Miriam mistura governo com partido.
Miriam acredita em pesquisa de opinião. Nunca perguntou quem paga. Crente, jura que existe uma crise política derivada da perda de apoio popular à presidente. Pela lógica do modelo do presidencialismo de coalizão, a desaprovação dos eleitores acaba desidratando a força política do chefe do executivo. Nos ciclos do modelo brasileiro, o poder atrai, a perda do poder afugenta. E discursa Miriam que Dilma perdeu o apoio dos bolsa-família, do MST, dos sem teto, dos movimentos sociais.
De Miriam a crença de que os políticos da base governista se afastam do chefe do executivo quando ele perde aprovação popular. Momentos assim exigem da Presidência grande habilidade para comandar a agenda política e voltar a ser um polo de atração dos políticos mercenários. Esse atributo parece não ser o forte da atual presidente. Esquece que Dilma conseguiu conquistar a maioria dos eleitores, e derrotar Aécio Neves, candidato dos patrões de Miriam, e de outros barões da mídia.
Há uma crise política (?) por uma situação peculiar do momento, em que os comandantes das duas Casas do Congresso estão sob investigação e sendo citados como beneficiários de propina. A reação deles é acusar o Executivo de estar por trás das ações da Polícia Federal, Ministério Público e Justiça. Por elementar, se pode afastar essa visão persecutória. Se tivesse capacidade de manipular o órgão policial e as instituições do Ministério Público e Justiça, o governo o faria em seu próprio benefício. Não tem conseguido no MP nem na Justiça de primeira instância. Isso prova quanto a polícia, o MP, a Justiça atuam livres. Coisa de um governo democrático.
Sid
A reação do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, é uma tentativa de se desvincular de um escândalo que o pega de frente. Na sua declaração se vê a tentativa inútil de camuflar algo que está visível. “Essa lama, eu não vou aceitar estar junto dela.” Cunha rompeu com o governo, mas não pode se separar da Operação Lava-Jato, a menos que se prove que a acusação feita pelo delator Júlio Camargo, de que deu a ele US$ 5 milhões, não é verdadeira.
Miriam acreditava que Cunha era governista, eleito que foi presidente da Câmara com os votos da extrema-direita (Bolsonaro e bancada da bala e pastores fundamentalistas), da direita, do DEM, do PSDB, do pelego Paulinho da Força, um Central de Trabalhadores que apóia a terceirização.
Cazo
Miriam profetiza o reinado de um primeiro-ministro, um parlamento comandado por um César. Miriam não escuta as vozes dos congressistas que se rebelam contra a ditadura de Cunha. Cega pela ódio não vê que Cunha perde apoio em todos os partidos.
Argumenta Miriam: Esse ambiente indica que o segundo semestre será pior do que o primeiro na política. Cunha tem grande poder sobre a pauta do Congresso, como se viu, e sabe exercê-lo. O governo é inoperante e inábil. Isso faz com que qualquer proposta que vá para o legislativo, mesmo que seja excelente do ponto de vista fiscal, pode se transformar em um projeto bomba. Eles fizeram isso no primeiro semestre, ao pendurar sobre uma MP que reduzia o custo com as viúvas jovens o projeto mais desestabilizador das contas previdenciárias.
Cassandra continua com suas costumeiras lamentações: Na economia, as perspectivas pioraram nos últimos dias. Esta semana, foram vários os especialistas de bancos e de consultorias que revisaram para pior as projeções da recessão. Economistas (eleitores de Dilma ou de Aécio?) como Marcelo Carvalho, do BNP Paribas; Silvia Matos, do Ibre/FGV; ou Luiz Carlos Prado, da UFRJ, não tiveram dúvidas em dizer que houve uma piora no quadro econômico recente. Silvia disse que a Fundação tem colhido uma deterioração cada vez maior nas sondagens de confiança dos setores empresariais e dos consumidores. Marcelo Carvalho disse que o país vai viver a pior recessão em uma geração. A última queda do PIB significativa foi a de 1990, do governo Collor. Para Miriam o PIB bom, e gostoso, o de Fernando Henrique. Não existe outro igual.
Essa mistura é explosiva: uma crise econômica com desemprego, inflação, recessão e piora fiscal; uma crise política que desfaz a coalizão de governo; um processo de investigação criminal que avança sobre algumas das principais lideranças do país. Não pelo que Cunha falou ontem, mas por tudo o que aconteceu este ano, já se pode dizer que o país não está apenas com dificuldades na governabilidade. O país está entrando numa crise institucional. Para acabar com essa guerra, Dilma tem que mandar parar qualquer investigação que envolva o presidente da Camara e do Senado. Imitar FHC que nunca mandou investigar coisa nenhuma. Inclusive deu uma de Mateus, criou o foro especial, a justiça secreta. Leia a versão original deste artigueto pessimista.
Não há outro caminho. A justiça tem que ser feita.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é a instância jurídica máxima da Justiça Eleitoral brasileira.
A existência e regulamentação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) está determinada nos artigos 118 a 121 da Constituição Federal de 1988.
As principais leis que regem o Direito Eleitoral são o Código Eleitoral de 1965, a Lei 9.504, de 1997, a Lei dos Partidos Políticos, de 1995, a Lei 12.034 de 2009 e as periódicas resoluções normativas do TSE, que regulam as eleições com força de lei.
Estas normas, em especial o Código Eleitoral de 1965, concedem poderes ao TSE característicos do Poder Executivo e do Poder Legislativo. Assim, o Tribunal Superior Eleitoral é o único órgão integrante da justiça brasileira que detém funções administrativa e normativa que extrapolam seu âmbito jurisdicional. Por conter a palavra “tribunal” em seu nome, é chamado de “Justiça Eleitoral”, mas exerce e é, de fato, o verdadeiro Administrador Eleitoral, assumindo toda administração executiva, gerencial, operacional e boa parte da normatização do processo eleitoral.
A revista Veja deu início a um golpe eleitoral que visou beneficiar a candidatura de Aécio Neves. E que também interferiu nas eleições dos governadores que disputaram o segundo turno. Trata-se de um crime mais do que eleitoral, porque foi um golpe contra a democracia brasileira.
Os golpistas existem como uma quadrilha de terroristas, de sabotadores, de inimigos da ordem constitucional que, sem ser descobertos e punidos, poderão voltar a atacar, provocando uma guerra civil ou o retrocesso de uma ditadura.
O TSE foi ferido de morte pelos golpistas. Que o TSE se pronuncie.
A Democracia agradece
DILMA, É HORA DE ABRIR UMA INVESTIGAÇÃO CRIMINAL SOBRE OS INDÍCIOS CRIMINAIS DE VEJA
por Paulo Moreira Leite
O golpe eleitoral midiático destinado a interferir na eleição presidencial completa uma semana hoje e cabe perguntar: vai ficar tudo por isso mesmo?
É curioso registrar que estamos diante de um caso que a Polícia Federal e o Ministério Público têm todos os meios de apurar e chegar aos responsáveis sem muita dificuldade, até porque muitos nomes são de conhecimento público. Não é diz-que-diz. Nem simples cortina de fumaça.
Os indícios criminais estão aí, à vista de 140 milhões de eleitores.
Até o momento, temos uma discussão de mercado. Jornalistas debatem o que aconteceu, analistas dão seus palpites, políticos de um lado de outro têm sua opinião. Não basta.
Está na hora daquelas autoridades que falam em nome do Estado brasileiro cumprirem o dever legal de garantir os direitos dos cidadãos de escolher os governantes através de eleições livres e limpas, sem golpes sujos.
O golpe midiático não foi um ato delinquente sem maiores consequências. Trouxe prejuízos inegáveis a candidatura de Dilma Rousseff e poderia, mesmo, ter alterado o resultado da eleição presidencial — a partir de uma denúncia falsa. Mesmo eleita, é inegável que Dilma saiu do pleito com um desfalque de milhões de votos potenciais, subtraídos nas últimas 48 horas. “Se a eleição não fosse no domingo, ela até poderia ter perdido a presidência,” admite um membro do Ministério Público Federal.
Boa parte da investigação já está pronta. Sabemos qual o lance inicial — uma capa da revista VEJA, intitulada “Eles sabiam de tudo”, dizendo que o doleiro Alberto Yousseff dizia que Lula e Dilma estavam a par do esquema de corrupção. Sabemos que, prevendo uma possível ação judicial, a própria revista encarregou-se de esclarecer que não podia provar aquilo que dizia que Yousseff havia dito. O próprio advogado de Yousseff também desmentia o que a revista dizia. Mesmo assim, VEJA foi em frente, espalhando aquilo que confessadamente não poderia sustentar.
Seria divulgado, mais tarde, que a referência a Lula e Dilma, uma suposição (alguma coisa como “é dificil que não soubessem”) sequer fora feita no próprio depoimento a Polícia Federal, mas numa segunda conversa, 48 horas depois.
Se essa hipótese é verdadeira, isto quer dizer que a própria frase da capa, “eles sabiam de tudo”, pode ter sido obtida artificialmente, sem caráter oficial, apenas para que fosse possível produzir uma manchete na véspera da eleição.
Colocada diante de um fato consumado, Dilma foi levada a gravar um pronunciamento para seu programa político. O assunto foi tema no debate da TV Globo, na noite de sexta-feira. Também foi tratado pela Folha de S. Paulo, no dia seguinte, e no Jornal Nacional, menos de doze horas antes da abertura das urnas e dos primeiros votos.
Se antecipou a impressão e distribuição da revista em 24 horas, num esforço para garantir de qualquer maneira que a acusação que não podia ser provada contra Dilma e Lula tivesse impacto sobre os eleitores, a revista também fez um esforço especial de divulgação. No sábado, espalhou out-doors pelo país e foi acusada de não acatar decisão judicial para que fossem retirados — pois o próprio texto do anúncio servia como propaganda negativa contra Dilma. Obrigada a publicar um direito de resposta em seu site, a revista respondeu ao direito de resposta, o que é um desrespeito com a vítima.
No domingo, quando o doleiro Alberto Yousseff foi internado por uma queda de pressão, a pagina falsa de um site de notícias de grande audiência circulou pela internet, dizendo que ele fora assassinato num hospital de Curitiba. No mesmo instante, surgiram cidadãos que gritavam em pontos de circulação que Yousseff fora assassinado numa queima de arquivo, numa campanha de mentira que ajudou a elevar a tensão entre militantes, ativistas e cabos eleitorais de PT e PSDB.
O ministro José Eduardo Cardozo teve de intervir pessoalmente para desmentir a mentira.
Talvez não seja tudo. Olhados em retrospecto, os números risíveis de determinados institutos de opinião, que apontavam para uma vantagem imensa e ridícula de Aécio Neves sobre Dilma, poderiam servir para dar sustentação a trama.
Caso o golpe midiático viesse a ser bem sucedido, produzindo uma incompreensível virada de última hora, estes números de fantasia poderiam ser usados como argumento para se dizer que a candidata do PT já estava em queda e que sua derrota fora antecipada em algumas pesquisas. Verdade? Mentira? Cabe investigar.
Há uma boa notícia neste campo.
No final da tarde de ontem, era possível captar sinais de que uma investigação oficial sobre o golpe midiático pode estar a caminho. Cabe torcer para que isso aconteça e que ela seja feita com toda seriedade que o caso merece.
JULIAN ASSANGE ANALIZA EL CONFLICTO CON LOS FONDOS BUITRE EN EL MARCO DE LAS POLITICAS DE “EXTRATERRITORIALIDAD” DESARROLLADAS POR EE.UU. EN LOS ULTIMOS DIEZ AÑOS
“Lo que pasa con Argentina me tocó vivirlo en carne propia”
Recluido en la Embajada de Ecuador en Londres por la presión judicial a la que lo someten Estados Unidos y Suecia, el fundador de WikiLeaks recibió a Página/12 para hablar de su situación, las perspectivas que abren las nuevas tecnologías y las implicancias del conflicto entre la Argentina y los fondos buitre.
Por Santiago O’Donnell
Desde Londres
Tranquilo, sonriente, rozagante, barba y pelo largo onda Beatles en la época de Let It Be, así luce por estos días Julian Assange. Tras dos años de encierro en el pequeño departamento del barrio Knightsbridge que alberga a la Embajada de Ecuador en Londres, donde se encuentra asilado, el director del sitio de publicaciones filtradas WikiLeaks, salvo por cierta somnolencia en la mirada, apenas da muestras del desgaste sufrido. Atrás quedó el yuppie juvenil, nervioso y desconfiado, de las primeras semanas en la embajada. Ahora se mueve más despacio y habla más despacio y con voz más grave, casi gutural, que alza apenas lo suficiente como para ser escuchado desde muy cerca. Ahora sorprende cada tanto con una risa franca que antes no se le oía, salida del fondo de una pancita incipiente que antes no existía.
Feliz de haber jugado un rol clave para preservar la libertad del famosamente arrepentido ex espía Edward Snowden, optimista con respecto al fin de su enfrentamiento con Washington en un futuro cercano y orgulloso de que su organización lo haya sobrevivido, se lo ve incluso con mejor semblante que dos años atrás, como si el encierro recién empezara. Mientras la Justicia sueca sigue demandando su extradición para interrogarlo por presuntos delitos sexuales y Estados Unidos lo busca para juzgarlo por terrorismo mediático, Assange se mantuvo activo en su estrecho confinamiento, comandando una lista de nuevas filtraciones (la última, sobre una ley secreta de Australia, hace apenas veinte días), coordinando el rescate de Snowden en Hong Kong, coescribiendo dos libros, fundando un partido político en su Australia natal y compitiendo en las elecciones de ese país, apoyando campañas en favor de activistas por los derechos humanos en Africa y de ciberactivistas en Europa y Oceanía, y participando en un video con el grupo musical boricua Calle 13, entre otras apariciones públicas vía Skype con figuras conocidas, según él, para romper el intento de Estados Unidos de pintarlo como un paria.
Todos estos menesteres le dejan poco tiempo para la amplia requisitoria periodística que su figura atrae, y que quedó demostrada quince días atrás cuando un chisme infundado en un tabloide británico sensacionalista sobre su inminente partida de la embajada dio la vuelta al mundo y llenó de periodistas y cámaras la vereda de la sede diplomática. El propio Assange y el canciller ecuatoriano Ricardo Patiño desmintieron el rumor con una conferencia de prensa conjunta.
Sin embargo, tras rechazar o ignorar cerca de 500 pedidos de reportaje en el último año, según la cuenta de uno de sus colaboradores más cercanos, el domingo pasado aceptó un soborno de queso francés y chocolate belga para sentarse a una entrevista de algo más de dos horas con Página/12, en la que habló de lo que pasó en el mundo de espionaje, en América latina, en WikiLeaks y en su vida personal durante estos largos 24 meses a la sombra. En este texto se refiere a la pelea entre el gobierno argentino y los fondos buitre, a la tensión entre los oligopolios mediáticos y la libertad de expresión en Ecuador, al avance de los sistemas de vigilancia masiva en las redes sociales, a los efectos de la revolución tecnológica en la geopolítica mundial. También cuenta por qué tiene ganas de vivir en América latina y su secreto para combatir la depresión.
–Deme su opinión sobre la pelea argentina con los fondos buitre. Sé que habló del tema con funcionarios argentinos que visitaron esta embajada.
–Es un caso complejo y hay que entender qué hay detrás. Me parece interesante preguntarnos por qué el gobierno estadounidense apoya estas acciones, cuando al comienzo del juicio parecía que el Departamento de Estado quería relaciones tranquilas con la Argentina y no apoyaba a los fondos buitre, y ahora sí los apoya aunque claramente está causando tensiones con la Argentina. Parece responder al deseo de Estados Unidos de sentar un precedente para que empresas estadounidenses puedan embargar activos de gobiernos extranjeros, lo cual genera un incentivo genuino en favor de las empresas estadounidenses a la hora negociar con gobiernos extranjeros. Esto en general. En el caso argentino en particular, parece que además la están penalizando por una decisión geopolítica que no le gustó.
–¿Quiere decir la negociación con Irán?
–Sí.
–El gobierno estadounidense dice que su sistema judicial es independiente y que no tiene nada que ver con la decisión, pero usted dice que el Departamento de Estado apoya los fallos.
–Las acciones adoptadas para hacer cumplir el fallo valen más que las declaraciones diplomáticas. A nivel social, los jueces son personas y las personas tienen amigos. Se mueven en circuitos sociales y profesionales; si esos circuitos estan en contra de una determinada decisión, el juez que tomó esa decisión debe pagar un costo, mientras que si la decisión recibe apoyo en esos circuitos, el juez obtiene un beneficio. No conozco a este juez (Thomas Griesa)…
–No es sólo un juez, el fallo fue confirmado en la cámara y la Corte Suprema lo ratificó al negarse a escuchar la apelación de la Argentina.
–Por eso, es más que un juez en particular. Si lo miras desde una perspectiva más amplia, en los últimos diez años Estados Unidos se ha embarcado en un programa de extraterritorialidad. En vez de invadir países a la fuerza, ha ido introduciendo la capacidad de cumplir funciones típicamente de Estado en otros territorios, combatiendo la inmunidad soberana, forzando tratados de policía corporativa, estableciendo que los otros países se vean obligados a extraditar ciudadanos a Estados Unidos cuando Estados Unidos quiera, y obliga a esos países a desplegar a sus policías para confiscar pruebas o clausurar servicios de Internet a pedido de Estados Unidos. La mitad de esas medidas se refieren a leyes criminales y la otra mitad a reclamos comerciales.
–Así que esta decisión en favor de los fondos buitre encaja perfectamente en la estrategia.
–Sí. Me tocó vivirlo en carne propia. Mi fiscal, el fiscal federal que lleva la causa contra WikiLeaks, está basado en Alexandria, Virginia, que es una extensión del centro de poder que es Washington DC. Se trata del mismo fiscal que lleva la causa contra el neozelandés de Kim Dotcom y que imputó a personas de 69 países. O sea, su fiscalía es un centro de extraterritorialidad. Nadie me acusa de haber hecho algo dentro de Estados Unidos. La única acusación es que publicamos documentos estadounidenses. A Kim Dotcom tampoco lo acusan de hacer algo en Estados Unidos, sino que los productos de Fox y EMI y de otros gigantes de marcas registradas estadounidenses terminaron en el sistema de compartir archivos MegaUpload (que maneja Kim Dotcom) y por eso tratan de extraditarlo desde Nueva Zelanda a Estados Unidos. No lo acusan de tener una empresa en Estados Unidos o de que haya violado alguna ley estadounidense directamente, sino indirectamente. Esto significa que una empresa estadounidense o sus accionistas pueden llegar a Nueva Zelanda desde el otro extremo del mundo y ejercer un poder coercitivo para llevar a alguien a ser juzgado en Estados Unidos. Si alguien controla las leyes y a la policía de un determinado país, entonces controla a ese país. Por la manera en que los datos fluyen a través de Internet, todos estamos conectados jurisdiccionalmente a Estados Unidos porque usamos Google, que es una empresa estadounidense. Y en América latina más, ya que el 98 por ciento de las telecomunicaciones de la región pasan por Estados Unidos. Acá en Gran Bretaña han extraditado a varias personas. A Baba Ahmed lo extraditaron por escribir artículos sobre el yihadismo. Hablando de libertad de expresión, escribes un artículo sobre los jihadistas y te extraditan y te procesan por terrorismo.
–En nuestra última entrevista, hace más de un año y medio, usted dijo que Facebook era abominable y que WikiLeaks suele difundir su información a través de Twitter. ¿Es porque Twitter es menos vulnerable al espionaje y la vigilancia masiva que Facebook?
–También tenemos una página de Facebook y ponemos nafta Shell en nuestros autos. Algunas de estas cosas están tan masificadas que no podemos ignorarlas completamente. Es cierto que históricamente Twitter ha defendido a sus usuarios con fuerza. Pero desafortunadamente Twitter se ha convertido en tal preocupación, que la tremenda presión que ejerce el gobierno estadounidense está empezando a surtir efecto. Nadie operando a nuestro nivel debería confiar en Twitter. Twitter borró la cuenta de Anonymous en Suecia, con 21 mil seguidores eliminados de un plumazo. También cerró varias cuentas de las firmas de relaciones públicas que representan al Estado Islámico. Tiene un robot que vigila si estás compartiendo archivos con derecho de autor y cierra tu cuenta si compartes videos del Estado Islámico. Esto no quiere decir que yo apoye al Estado Islámico pero apoyo que todo el mundo sepa lo que el Estado Islámico está haciendo. Si el Estado Islámico quiere confesar ciertas cosas entonces la gente necesita saber eso. Así que las mismas restricciones políticas y legales que padecen otros sitios de Internet están llegando a Twitter y lo están convirtiendo en un instrumento de control social de sus usuarios. Y Face- book es mucho peor, mucho peor en cuanto a la censura automática a gran escala que somete a sus usuarios.
–En un ecosistema tan contaminado, Twitter no podría ser muy distinto a los demás.
–Sí, son susceptibles a las presiones políticas de Estados Unidos y durante mucho tiempo lograron resistir, pero paso a paso han ido cediendo territorio a esas fuerzas.
“O mais claro sinal de que vivemos uma mutação histórica é esta Copa do Medo. Há o suspense de saber se haverá um vexame internacional que já nos ameaça. Será péssimo para tudo, para economia, transações políticas, se ficar visível com clareza sinistra nossa incompetência endêmica, secular. Nunca pensei em ver isso. O amor pelo futebol parecia-me indestrutível”
“A Copa vai revelar ao mundo nossa incompetência”
Esses pensamentos de Arnaldo Jabor, produzidos no início desse mês, refletem a expectativa de grande parte da imprensa brasileira com relação a Copa do Mundo.
Desde que o Brasil foi anunciado como sede, muitas certezas foram construídas. O “caos aéreo”, por exemplo, tinha a sua convocação garantida para o grande evento. Durante anos, jornalistas e políticos oposicionistas cravavam suas