O pior tipo de homem de todos os tempos

O que vale aqui é o macho PMDB como simbologia de um dos piores tipos de homem da existência. O que recebe e não dá quase nada em troca

 

 

por XICO SÁ
El País/ Espanha

Em mais um serviço de utilidade pública deste cronista de costumes que vos bafeja a nuca, alerto, mulheres de todas as cores e credos, para os perigos de um tipinho de homem da pior categoria que circula livremente por aí, epa: o macho PMDB. Alto teor de periculosidade. Supera qualquer homem-bouquet e até o homem de Ossanha, dois dos tipos mais vexaminosos da minha catalogação masculina —vide bula ao final deste texto.

O macho PMDB é o tipo de cafa que repete no amor e na vida o mesmo comportamento dos Cunhas e Renans do Parlamento. Sabe aquele canalha que faz você pensar “pior sem ele”? O tal vive disso. E assim toca o terror ad infinitum. Vive desse medo que alimenta a cada segundo. O medo no Brasil, aliás, meu amigo Mauro Zafalon, é uma das melhores apostas no vaivém das commodities. O medo no Brasil vale muita grana.

O que seria da audiência dos programas policiais sem isso? Amedrontar no Brasil é negócio graúdo, o medo vendido à custa dos velhos preconceitos, haja cacau para as firmas de segurança. Corta pra mim, sujeito probo e moralista, amedrontar é vender uma pá de coisas, bem sabemos. Medo no Brasil é indústria, medobrás etc. Conheço muita gente que vive de susto… Espanto é dinheiro.

O macho PMDB não é homem que é homem, não passa de um aproveitador, não sabe que homem que é homem não sabe, nem sequer procura saber, o que é estria ou celulite

 

O homem PMDB, pois, aquele por quem você faz todo sacrifício e o tal lhe deixa na mão, sempre. Por mais que você se sacrifique, no acerto, ele diz: “Não foi isso que combinamos”. Os fofoqueiros de plantão, em Brasília ou na vizinhança aí em Juazeiro do Norte, sempre dão razão ao homem peemedebista, veja os nossos jornais. Mais uma vitória do macho PMDB, gritam as manchetes, orgulhosas.

Assim no relacionamento amoroso como no Governo. O homem dessa estirpe tem muito crédito, não se sabe como nem o porquê, muito menos o merecimento. Eis um mistério do planeta, como diriam os meus brothers dos Novos Baianos.

Não adianta. No dia-a-dia do lar, pior ainda. Você ali, toda gostosa comendo a sua granola matinal e ele, corvo dos infernos, mirando você de cima a baixo, no puro intuito de rebaixá-la.

Você diz, pela enésima vez: como posso me humilhar diante de um cara desse tipo. E repete o jogo perverso. O peemedebista, digo, o peemedebesta, o peemedebosta, humilha diante de qualquer miragem de estria ou celulite. O macho PMDB não é homem que é homem, não passa de um aproveitador, não sabe que homem que é homem não sabe, nem sequer procura saber, o que é estria ou celulite.

O homem PMDB é pior que a saúva na arte de acabar com o Brasil, como previu Auguste de Saint-Hilaire (1779-1853), grande naturalista francês. O macho peemedebesta está mais para a a adaptação da metáfora formigueira feita pelo escritor Mário de Andrade no livro Macunaíma: “Pouca saúde e muita saúva, os males do Brasil são”.

MacunaEmo

O homem PMDB está mais, justiça seja feita, para um MacunaEmo, mistura da preguiça da lenda Macunaíma com o chororô de um jovem roqueiro Emo. Nessa historinha, ele leva tudo que quer, sempre. Cargos de todos os escalões e todos os “por foras” possíveis.

O homem PMDB, amiga, é como me contava agorinha aqui no Rio a Jô Hallack, grande cronista, é aquele que só te ferra. Mesmo assim você pensa: sem ele eu tô frita. E não está. Ele já lhe trairia de qualquer jeito. Mesmo quando você é Governo, digo, Dilma, e já o contemplou de véspera. O macho peemedebesta é um traidor de nascença, sempre te passará a perna.

Boa, Jô, ele já trairia de qualquer forma. Este tipinho de homem, baby, é aquele que te explora e nada deixa em troca. Nem te defende na hora que precisas. Não te defende nem diante de um trombadinha da avenida Nossa Senhora de Copacabana. É pura chantagem. Serve para quê um homem desses? Nem para te levar, no passeio do amor, do lado de dentro da calçada, como manda a etiqueta amorosa.

Você o valoriza como um lorde, um milorde de Game of Thrones, e o besta, o peemedebista, nem ai para a hora do Brasil. Só pensa em lobby e cargos e mais cargos. Na real, esse cara está noutra.

O macho PMDB é o pior dos moralistas. Cagado e cuspido um Eduardo Cunha. Condena qualquer desvio da tradição, da família e da propriedade, embora viva na putaria de Brasília como qualquer outro. Condena qualquer desvio de conduta, embora, como o presidente da Câmara, viva, desde o PC Farias, como o mais faminto mamífero dos esquemas –cansei de vê-lo mendigando grana de PC em muitas salas de espera do Rio e São Paulo, ele sabe que estou falando daquele flat na Vila Olímpia. Aquele narigão não me engana. PC o achava um mala, me dizia, mas o cara era caixa de bufunfa na Telerj, a companhia telefônica carioca, como desprezá-lo?

Medo no Brasil é indústria, medobrás etc. Conheço muita gente que vive de susto… Espanto é dinheiro

 

Saí do prumo, desculpa. O que vale aqui é o macho PMDB como simbologia de um dos piores tipos de homem da existência. O que recebe e não dá quase nada em troca. O que faz questão de não cumprir os tratos, sempre jogando na confusão que a mídia, cúmplice na narrativa canalha, adora.

O homem PMDB é pior que a saúva ou qualquer praga. Não há cafajeste que se compare. O cafa, mesmo minimamente, cumpre, comparece. O homem PMDB, esquece. Este só cobra caro e nada dá de volta. Quase um assalto. Um assalto sentimental ou político. Que sirva pelo menos para levar quem aceita este jogo para a terapia. Imediatamente. Pense nisso, Denise, a garçonete que me fala de amor no quiosque do posto 5 de Copacabana, pense também, igualmente, respeitável presidenta Dilma.

Agora explicando, como prometi, o homem-bouquet: Aquele macho que entende de vinhos finos, abre a garrafa cheio de dramas e nove-horas, cheira a rolha, balança a taça, sente o amadeirado. Gostar de vinho bom, velho Baco, não é um delito. Pecado mesmo é arrotar esse conhecimento ridículo por horas nas oiças da moça.

Ah, o Homem-Ossanha, só rindo. Trata-se daquele cara que repete o comportamento da música “Canto de Ossanha”, quanta obviedade, samba de Vinícius de Moraes e Baden Powell: “O homem que diz vou/ Não vai!”Aquele que tira a maior onda no mundo virtual e, na hora agá, quase nada. Coitado.

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A TROIKA TEMER, CUNHA E SARNEY NÃO SEGURA O PMDB

Fator Kátia Abreu muda o humor de jornalistas e apresentadores da Globo

Conexão Jornalismo – O tom de euforia com que o jornalismo da Globo conduziu na terça-feira (29) seu noticiário, com a decisão de parte do PMDB de desembarcar do governo, mudou radicalmente nesta quarta-feira (30). Sem a certeza de que o maior partido da base aliada garanta, em bloco, seus mais de 60 votos para aprovar o impeachment de Dilma Rousseff, a expressão facial de repórteres e apresentadores, se não chegava a ser de velório, lembrava a de visitantes na ante sala de uma UTI – pura apreensão.

A razão maior do desânimo é justificável: chegou via Katia Abreu. A ministra da Agricultura foi apanhada por um fotógrafo da Folha de São Paulo quando mandava mensagem via celular. Nela, a amiga pessoal da presidenta Dilma avisava a um interlocutor que ela e outros cinco ministros haviam decidido não deixar o governo. Assim, o grupo isolaria e desmoralizaria Michel Temer.

O flagrante aconteceu em momento contraditoriamente festivo envolvendo Dilma Rousseff: foi durante a cerimônia de lançamento da terceira fase do programa Minha Casa Minha Vida, no Palácio do Planalto.

No texto, Kátia Abreu afirma que a decisão foi tomada “ontem à noite” e cita o local: “casa de Renan”, numa referência à residência oficial do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). E mais: avisa que os ministros iriam se licenciar do PMDB para evitar uma eventual punição da direção partidária.

Fazendo uma conta aproximada, que a Globo também fez, é possível chegar a um número realista. Representante maior da Frente Parlamentar Agropecuária, Kátia tem ascendência sobre aproximadamente cem deputados (entre 85 e 129) e dezoito senadores. Deste universo, cerca 30% seguiriam fielmente sua posição e permaneceriam apoiando o governo – Boa parte dos parlamentares agrupada ao PMDB.

Mas não é apenas a inconfidência de Katia Abreu que alterou o humor na Globo. Seu maior inimigo no Rio, Anthony Garotinho, tem agora a faca e o queijo na mão para exercer sua liderança e tentar reunir o maior número de votos do PR em favor do governo. E motivos não faltam: isolaria os desafetos e inimigos naturais do PMDB: Cunha, Cabral, Paes, Pedro Paulo, Temer, Pezão e outros mais. Além disso, a derrota da Globo na aventura do impeachment daria um cacife maior ao político campista nas futuras eleições.

 

MINISTRO MARCO AURÉLIO: “Esse processo não se enquadra em figurino legal e transparece como golpe”

 

E, para finalizar o dia amargo da Globo, no seu projeto de golpe, Marco Aurélio Mello colocou os pingos nos is no esclarecimento da ação da oposição, mídia e judiciário contra o governo. Leia aqui:

“Acertada a premissa, ela tem toda razão. Se não houver fato jurídico que respalde o processo de impedimento, esse processo não se enquadra em figurino legal e transparece como golpe”, afirmou.

Para ele, afastar Dilma do cargo não vai resolver a crise política e econômica do País; ao “contrário”, haverá possibilidade de conflitos sociais, acrescentou. Para o magistrado, governo e oposição deveriam juntar-se para “combater a crise que afeta o trabalhador, a mesa do trabalhador, que é a crise econômico-financeira”

Marco Aurélio quis saber “por que insistem em inviabilizar a governança pátria. Nós não sabemos”

O RISCO DE GUERRA NO BRASIL

por JOSÉ MANUEL DIOGO/ Jornal de Notícias/ Portugal

Nesta altura, a verdadeira questão não é saber se Dilma vai ou não ser afastada do poder, mas sim se a democracia brasileira consegue sobreviver?

O Brasil não está dividido entre pessoas sérias e corruptas como muitos querem fazer crer. Está dividido sim, entre ricos e pobres, brancos e negros, analfabetos e educados. Num Brasil, à beira da falência social, estão reunidos todos os ingredientes da guerra civil.

Os estados democráticos distinguem-se dos outros pela separação dos poderes. Legislativo, executivo e judicial. Os que fazem as leis são uns, os que as executam outros, os que zelam por que elas sejam cumpridas e bem executadas, outros ainda. Estes últimos, os juízes, vendo que os primeiros poderes estavam fracos, não resistiram a entrar no jogo político e decidiram entrar em cena como protagonistas. Um jogo perigoso que pode resultar no pior dos desastres. Porque sendo os juízes parte da interessada transferem para a rua o primado da lei. O povo deixa de ter em quem confiar. É o Estado de Direito posto em causa.

A rua é o campo das revoluções. Quando é a ordem pública que está em causa tudo pode acontecer. O exército e a polícia ganham a legitimidade que, historicamente, é o berço das ditaduras.

A magra vitória que a “presidenta” teve nas últimas eleições fez com que, neste ciclo político, todas as figuras do Estado a seguir a ela, e que a podem substituir sejam de outro partido: o PMDB. O vice presidente Michel Temer; o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha e o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros são todos do PMDB. O filme é fácil de fazer. Se Dilma cair o Partido dos Trabalhadores sai do poder. É a “normal” luta política.

Por isso os juízes não deviam tomar partido. Nem a favor nem contra, muito menos desmentindo-se uns aos outros, dando a ideia que o Brasil é uma república de bananas.

Ao contrário do que aconteceu em Portugal, onde foi o líder da oposição a formar governo contra o partido que ganhou, no Brasil, a oposição, já no governo, preferiu, ardilosamente, entregar o protagonismo da luta partidária aos juízes. O preço a pagar pode até ser a guerra.

O principal protagonista, Sérgio Moro, declaradamente mais próximo de um dos lados da barricada – foi o ano passado recusado por Dilma para o supremo tribunal quando já tinha sido indicado pela associação dos juízes -tornou-se o verdadeiro líder da oposição.

Quando a justiça entra no jogo do poder, o poder cai na rua. O que acontece agora no Brasil já não é só um problema da democracia, é uma questão de sobrevivência do Estado de Direito.

José Manuel Diogo, ESPECIALISTA EM MEDIA INTELLIGENCE

Dos 594 membros do Congresso, 352 enfrentam acusações criminais

A ordem vem de uma revista do império: “É hora de Dilma sair”.

A revista britânica The Economist argumenta, porém, que não vê motivos para o impeachment e que os processos abertos contra Dilma no Congresso “são baseados em alegações não comprovadas” das chamadas pedaladas fiscais – e de que essa saída pareceria um “pretexto” para remover uma presidente impopular. “Democracias representativas não podem ser governadas por protestos e pesquisas de opinião”, opina a Economist.

Para a revista, “o jeito mais rápido e melhor para Dilma deixar o Planalto seria que ela renunciasse antes que seja forçada a sair”.

“Sua saída ofereceria ao Brasil a chance de um recomeço”, prossegue a reportagem. “Mas a renúncia não resolveria, por si só, os muitos problemas do Brasil. Seu lugar seria inicialmente ocupado pelo vice Michel Temer (…), cujo partido está tão implicado no escândalo da Petrobras quanto o PT.”

“Muitos políticos que participariam de um governo de unidade, inclusive alguns da oposição, são vistos como representantes de uma classe dominante desacreditada. Dos 594 membros do Congresso, 352 enfrentam acusações criminais. Uma nova eleição presidencial daria aos eleitores a oportunidade de confiar as reformas a um novo líder. Mas até isso manteria esse Legislativo apodrecido no poder até 2019.” Transcrevi trechos

Vamos pra rua pelo retorno da ditadura e todo poder ao PMDB

Quem diz “fora Dilma” faz, obviamente, campanha por outro brasileiro na presidência. Quem seria?

Pela Constituição assume o vice-presidente escolhido por Dilma: Michel Temer. Depois de Temer, vem o segundo da linha sucessória: o presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha.

É um golpe que concede todo o poder ao PMDB, partido que tem como presidente de honra José Sarney, e que preside o Senado Federal com Renan Calheiros.

Ir para as ruas pedir o poder para essa gente, ou clamar pelo retorno da ditadura, significa rezar a missa negra das trevas e da escuridão, e reviver os tempos sombrios de Filinto Strubing Müller e Romeu Tuma.

Ó mulheres de Jerusalém! Recordem Olga Benário, que o nazista Filinto Müller entregou à polícia de Hitler, para morrer em um campo de concentração. Filhas de Jerusalém, não choreis por Mim, chorai antes por vós mesmas e pelos vossos filhos; pois virão dias em que se dirá: “Felizes as estéreis, os ventres que não geraram e os peitos que não amamentaram”. Hão-de, então, dizer aos montes: “Caí sobre nós!” E às colinas: “Cobri-nos!” Porque, se tratam assim a madeira verde, o que não acontecerá à seca?.

Ó mulheres do Brasil! Não esqueçam Romeu Tuma, o coveiro dos cemitérios clandestinos, nomeado em 1982, pelo ditador João Figueiredo, superintendente da Polícia Federal.

Todo conspirador de uma ditadura possui sua lista de presos políticos, que serão torturados e assassinados.

Comenta a agência de notícias inglesa BBC: A decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de aceitar o pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff foi interpretada por analistas americanos como “atitude vingativa” e última opção para tentar tirar a atenção das denúncias de corrupção que ameaçam o cargo e o mandato do deputado.

“É quase certo que ele está de saída, então é uma atitude muito vingativa da parte de Cunha. E que irá gerar muita confusão pelos próximos meses no país”, disse à BBC Brasil o cientista político Matthew Taylor, professor da American University, em Washington, e co-editor do livro “Corrupção e Democracia no Brasil”.

Requião diz que elites querem “guerra civil” ao proporem venda do país

por Esmael Moraes

PRÉ-SAL “As elites querem entregar, vender, o que não lhes pertence", denuncia Requião
PRÉ-SAL “As elites querem entregar, vender, o que não lhes pertence”, denuncia Requião

Que o senador Roberto Requião (PMDB-PR) não tem papas na língua todos nós já sabemos, pois ele fala e escreve o que pensa. Não foi diferente sua ira santa em relação à Fundação Ulysses Guimarães (FUG), braço político de seu partido, que apresentou esta semana um plano de governo denominado “Uma ponte para o futuro”. Na verdade, segundo o parlamentar, a legenda peemedebista, com apoio da velha mídia, pretende vender o que não lhe pertence. Ele se refere ao pré-sal brasileiro cujas reservas serão destinadas à educação e à saúde.

“As elites querem entregar, vender, o que não lhes pertence. Querem guerra civil e instaurar o terror”, advertiu Requião. Para ele, a proposta da FUG/PMDB é a mesmo que “derreteu” a imagem e o governo de Fernando Henrique Cardoso, nos anos 90.

“O projeto da FUG/PMDB acena para Washington, rentista, bancos, capital e diz o que faria no poder, mas esquece que o Brasil tem povo”, disparou o senador paranaense.

Segundo Requião, o arrocho proposto pelo governo-Joaquim Levy, pelo PSDB pela FUG/PMDB, levará o Brasil a médio prazo à guerra civil e ao terror. “São irresponsáveis”, acusou.

Na semana passada, Requião e um grupo suprapartidário de senadores se reuniu para debater um projeto nacionalista de governo. Ou seja, discutiu um rumo para o governo da presidenta Dilma Rousseff que vai totalmente contra o que apresentou a FUG/PMDB.

Por fim, o senador Requião propõe uma frente de resistência ao que ele classifica como projeto “antipopular” e “antinacionalista”. O primeiro round dessa guerra de guerrilha ocorrerá no próximo dia 17 de novembro, em Brasília, durante Congresso Nacional do PMDB.

Deputado Sílvio Costa reage à provocação e responde para Eduardo Cunha: “Bandido, criminoso, doente…psicopata”

Sílvio Costa revelou um pouco da personalidade de Eduardo Cunha cria de PC Farias, e acusado como corrupto desde quando sucateou a Telerj

Clayton
Clayton

O deputado federal Sílvio Costa classificou Eduardo Cunha (PMDB-RJ) como “bandido”, “psicopata”, “corrupto” e criminoso. Afirmações do parlamentar aconteceram após Cunha dizer que Sílvio era “uma piada”.

“Eu sou uma piada e ele é um bandido que já está com passagem comprada para Curitiba”, disparou Sílvio Costa. A referência sobre a capital paranaense se deve ao fato de que é em Curitiba onde correm os processos da Operação Lava Jato, que investiga casos de corrupção e desvios na Petrobras. Local conhecido como república do Galeão do Paraná.

O presidente da Câmara é acusado de ter recebido propina de US$ 5 milhões do esquema investigado na estatal, além de manter contas secretas no exterior em seu nome e no de familiares.

“Não tenho conta na Suíça, não sou corrupto”, afirmou Costa. “Não tenho medo de Eduardo Cunha”, disse. “Ele tem que sair. Esta Casa não pode continuar com este criminoso. Ou este cara é doente, ou é psicopata ou está brincando com o País”, ressaltou Sílvio Costa.

Mariano
Mariano

Cunha chamou Sílvio de “piada” por conta da acusação de que conspira, com ministros corruptos do TCU, para derrubar Dilma Rousseff. Veja vídeo:

Lei Manoel Junior que libera o tráfico de moedas não livra Eduardo Cunha da cassação por falta de decoro parlamentar. Ele mentiu quando negou que tinha grana de propina nos paraísos fiscais

Amarildo
Amarildo

O relator Manoel Junior (PMDB-PB), um dos principais aliados do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), reinseriu no projeto de lei 2960 um parágrafo polêmico que exime de punibilidade criminal quem tem conta no exterior não declarada à Justiça brasileira – é o caso de Cunha, dos investigados na Lava Jato e de muitos brasileiros listados no Swissleaks (contas no HSBC na Europa).

Em suma, o parágrafo 5º do PL 2960 livra todos os que têm conta secreta não declarada no exterior de crimes como evasão de divisas e ocultação de bens.  Leia mais 

O jeitinho do deputado Manoel Junior, de proteger os traficantes de dinheiro, sonegadores, doleiros e outros corruptos e corruptores, não salva Cunha, que ele faltou com o decoro parlamentar ao negar que possui, associado com a segunda esposa e a filha do primeiro casamento, contas em banco da Suíça.

Os parceiros de Cunha, bancadas do BBB ( do boi, da bala, da Bíblia ), banda podre do PMDB, PSDB, Solidariedade, Dem e outros partidos da direita e golpistas precisam aprovar a lei da mentira. Isto é, mentir constitui um direito natural e exclusivo de deputados e senadores.

Mariano
Mariano

Mentir tem os seguintes sinônimos: lorotar, patranhar, enganar, iludir, trapacear, simular, fingir, ludibriar, embromar, enrolar, tapear, equivocar, falsear, burlar, driblar, xavecar, aldrabar, engodar, endrominar, engazopar, refalsear, embair, faltar, descumprir, esconder, ocultar, encobrir, omitir, degenerar, adulterar.

Nani
Nani

Que se salve Cunha um pinhão de PC Farias, e que lhe seja dado, com a anulação das eleições de Dilma Rousseff e Michel Temer, pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a presidência do Brasil, ou o impeachment de Dilma, pelo parecer do TCU (Tribunal de Contas da União), que faz Michel Temer presidente, e Cunha vice.

Qualquer dessas duas vias significa todo o poder ao PMDB – a entrega do governo do Brasil, das presidências da Câmara e do Senado a um único partido, que tem José Sarney como presidente de honra.

No caso de Cunha, por uma manobra golpista do Congresso, existe as possibilidades de uma revolta popular, com ou sem Dilma, e de uma intervenção militar.

Será o caos.

Luscar
Luscar

Correio Braziliense esconde os crimes de Cunha e exige dele o impeachment de Dilma

O Correio Brazilense insinua que a demora do golpe para derrubar Dilma Rousseff se deve a relutância de Eduardo Cunha em desferir a tacada final. Que o pmdebista, presidente da Câmara, faz corpo mole.

O Correio Braziiense esquece os crimes de Eduardo Cunha, que não possui autoridade moral sequer para demitir um guarda de quarteirão. Ou o síndico de algum prédio, couto de traficantes de moedas e outros bichos de sete cabeças.

Paixão
Paixão
Samuca
Samuca

Cunha é um segundo Maluf. Se viajar para o exterior vai preso, denunciado que é pela justiça da Suíça, que a do Brasil sempre foi de fritar bolinhos, quando se trata de condenar os bandidos donos do poder e do dinheiro.

Eis a manchete safada do Correio Braziliense hoje:

BRA_CB cunha jogo duplo Outros jornais golpistas, edições de hoje, desmentem o Correio Braziliense de que glope

Os principais jornais golpistas desmentem o Correio Braziliense: de que “Cunha faz jogo duplo sobre o impeachment”.

Também hoje publica o Estadão: “Parecer da Câmara admite processo de impeachment”.

Repete a Folha: “Impeachment recebe aval da área técnica da Câmara”.

Cunha realmente não descansa. Para se salvar da merecida cassação, faz qualquer jogo sujo, apoiado pelos golpistas e parceiros corruptos, crias da ditadura militar, de PC Farias e da privataria tucana.

Cunha tem a ficha suja desde os tempos da Telerj, quando sua atual mulher e sócia de contas nos paraísos fiscais era a doce voz.

BRA_OE golpe

BRA_FDSP golpe

tênis mulher cunha

Escreve Gilmar Crestani:

Protegido pela Rede Globo, onde trabalhava a mulher Cláudia Cruz, o presidente da Câmara virou Meca do MBL, Carlos Sampaio, Aécio Neves e Paulinho da Força Sindical. A Veja, como fizeram com Demóstenes Torres, apostou todas as fichas nele. As Marchas dos Zumbis, puxadas pela mídia golpista, tinham para Eduardo CUnha um lema que não deixa dúvida do nível das manifestações que tentaram destituir Dilma para colocar em seu lugar o Napoleão das Alterosas: “Cunha é corrupto mas está do nosso lado”. Não é só fazer coro ao notório corrupto, mas principalmente indicativo do déficit civilizatório da turma do toxicômano. Se houvesse qualquer compromisso no combate à corrupção o MPF teria processado os portadores de tais faixas por apologia à corrupção?!

Eduado CUnha, em que pese todas as provas já reunidas pela Suíça, continua podendo interferir na ocultação de provas e na continuidade dos crimes. Tentou, inclusive, impedir que a Suíça enviasse ao Brasil o dinheiro e as provas. Não há, até este momento, pedido de prisão seja dele, seja dos demais membros da quadrilha familiar, por obstrução à justiça ou ocultação de provas.

Não há, no caso do CUnha, a mesma virulência aplicada com a CUnhada do Vaccari, o que indica até que ponto nossas instituições agem à reboco de interesses escusos. Embora não esteja no PSDB, para tamanha imunidade, Cunha tem sido muito útil ao PSDB. A parceria que fez com Carlos Sampaio para tentar entronizar o Napoleão das Alterosas tem obnubilado os olhos cegos e estrábicos da justiça.

cunha fortuna

Dois modelos esgotados

povo pobre consumismo rico governo cortes

Editorial Correio da Cidadania

Cortes draconianos em direitos como seguro-desemprego, aposentadoria, saúde, educação; um orçamento comprometido com o pagamento dos juros e amortizações da dívida pública; um governo fragilizado, sem base social após promover grosseiro estelionato eleitoral e entregar a cada dia um anel para o capital financeiro e o PMDB, a fim de afastar as ameaças de um impeachment; um Congresso Nacional cada vez mais distante dos anseios da maioria da população, manipulado por um mestre da pequena e corrupta política, condutor da bancada BBB (Boi, Bala e Bíblia), a dar o tom de um fundamentalismo conservador inédito desde a redemocratização.

Ivan
Ivan

Mas esta crise, que tem nomes como Dilma Rousseff e Eduardo Cunha entre seus protagonistas, não é um episódio conjuntural. Estamos diante de uma crise de natureza estrutural, produto de uma soma ou mesmo convergência de crises.

Em linhas gerais, testemunhamos o esgotamento de dois “modelos”.

O primeiro refere-se ao padrão de “desenvolvimento” do lulismo, isto é, a condução de políticas públicas com moderada intervenção do Estado e valorização do salário mínimo. Ancorado numa conjuntura comercial externa favorável às commodities, esse modelo permitiu aos seguidos governos petistas dinamizar o mercado interno e conter ou retardar por essa via os efeitos mais devastadores da crise econômico-financeira internacional.

O “problema” deste modelo é que ele nunca, em momento algum, rompeu com a dependência e subordinação do orçamento do país ao capital financeiro. Religiosamente, juros foram pagos em nome da impagável “dívida pública”. Sequer a longa era do lulopetismo no poder cogitou realizar uma auditoria da dívida. A data de validade deste modelo um dia chegaria.

Bastaram a desaceleração deste cenário externo antes muito favorável, a débâcle econômico-financeira do sul da Europa, a pressão do capital financeiro e da especulação por juros mais altos e o compromisso com ajustes e cortes sociais e trabalhistas, para fazer ruir o chamado “neodesenvolvimentismo”.

Tal fragilidade carregada pelo modelo fica evidente com o fato de que, quase da noite para o dia, a decantada estabilidade econômica do lulismo deu lugar ao tripé arrocho-inflação-desemprego, que volta a assombrar o cotidiano da classe trabalhadora brasileira.

A segunda das crises é a do modelo institucional de representações políticas. Um esgotamento das instituições da Nova República, feridas pelo modus operandi da corrupção, desde o financiamento das campanhas eleitorais até os grandes negócios na cadeia de relações promíscuas entre grandes conglomerados capitalistas e Estado, governos e partidos dessa ordem.

A superação de tais crises é a superação dos dois “modelos” mencionados, com uma ruptura de paradigmas. O Brasil precisa de outro projeto de país, que parta de bases democráticas e igualitárias, política e socialmente.

Ao contrário da lógica do ajuste neoliberal, à qual o governo Dilma amarra o país como remédio para a crise, precisamos de um modelo de desenvolvimento soberano, que, para começar, estabeleça linhas de ruptura com a dominação do capital financeiro, faça o orçamento estatal girar em torno do social, estabeleça uma reforma tributária progressiva, capaz de taxar a fortuna e o Capital, e amplie a oferta e garantia de direitos ao povo.

Ao contrário da lógica de restrição de direitos democráticos e civis – proposta cinicamente pela direita ‘social’, que vai às ruas pedir o impeachment de Dilma, assim como pelo corrupto presidente da Câmara dos Deputados e suas agressivas bancadas, em relação a mulheres, LGBT, negros –, o Brasil precisa de mais direitos e mais democracia. Porém, uma democracia verdadeira, não manipulada, uma outra institucionalidade, com ampla e plural participação popular e poder decisório sobre os grandes temas do país.

Não será por produto do acaso que se poderá pensar em outro projeto, assentado em tais bases, para começar a caminhada. Trata-se de longo trajeto, que dependerá fundamentalmente da recomposição de um bloco histórico das classes exploradas e oprimidas, de uma pluralidade de atores sociais combativos e progressistas, juntando movimentos sociais independentes (que não sejam atrelados e nem correia de transmissão de governos e Estado), ao lado dos partidos de uma renovada esquerda.

É um desafio de longos anos, que demandará muitas lutas sociais independentes, muito diálogo entre atores do mesmo campo político de oposição à ordem e muita formulação estratégica.

Nesses tempos que se apresentam hostis, dada a ofensiva econômica conservadora contrária aos direitos democráticos, aprofunda-se, de outro lado, uma tremenda crise estrutural. É exatamente nesta crise que poderá reflorescer a esperança e o espaço para a construção de projeto social igualitário.

Genildo Ronchi
Genildo Ronchi