Eduardo Cunha ameaça Temer: “Eu posso ser o início do fim de um governo que nem começou”

Pelo desabafo de Eduardo Cunha, parte dos ministros do STF conspira o golpe, como moleques de Michel Temer, testemunha de defesa do torturador e assassino coronel Brilhante Ustra, e três vezes secretário de Segurança de São Paulo, inclusive para acoitar os mandantes do Massacre do Carandiru.

Anthony Garotinho, em seu Blog: Ontem conversei por telefone com um deputado federal do PR amigo íntimo de Eduardo Cunha. Ele tinha estado com Cunha minutos antes em sua residência oficial. Fez algumas afirmações que são de arrepiar os cabelos. Talvez não seja próprio revelar todas, mas uma, com certeza, já deve ter chegado a Michel Temer. Eduardo Cunha disse em alto e bom som a seguinte frase: “Se eu for abandonado não vou sozinho para o sacrifício. É bom que alguém diga a Michel (Temer) e a (Romero) Jucá que eu posso ser o início do fim de um governo que nem começou”. O amigo de Cunha me revelou que nunca tinha visto Eduardo no estado que o encontrou nessa visita. Cunha estava abatido, ansioso e com espírito de vingança.

Em um certo momento da conversa ele deixou transparecer que, na sua opinião, o Supremo não tomaria a decisão que tomou sem uma sondagem prévia ao presidente do Senado, Renan Calheiros e ao próprio Michel Temer. Cunha desconfia de traição embora Temer tenha sido um dos primeiros a ligar para ele assim que o ministro Teori Zavascki concedeu a liminar para suspender o mandato e afastá-lo da presidência da Câmara. Uma das afirmações que chamou a atenção do deputado do PR amigo de Eduardo Cunha foi a seguinte: “Não sou bobo. Tem gente que manda matar e depois vai chorar no velório ao lado da viúva. Se estão pensando que vou aceitar solidariedade sem uma solução concreta estão enganados”. Disse também que sabia que uma parte da assessoria próxima de Michel, referindo-se a Moreira Franco, estava dando graças a Deus pela sua situação. Demonstrou ainda grande irritação com Leonardo Picciani, que resistiu, segundo informações que chegaram a ele, a assinar uma nota de solidariedade pelo momento que estava vivendo. Eduardo também reafirmava que não renunciaria chegando a dizer que seu substituto, o deputado Waldir Maranhão (PP-MA) é uma espécie de Severino Cavacanti (ex-presidente da Câmara) melhorado e que não duraria nem 15 dias no cargo.

Foram feitas outras afirmações que prefiro não revelar porque, afinal de contas, são quase que uma chantagem a ministros do STF a quem Eduardo Cunha afirma categoricamente que lhe devem muitos favores.

Como a fonte é altamente confiável é bom Michel Temer se preparar para dias nervosos, afinal Eduardo Cunha como amigo é um perigo, e como inimigo é mais perigoso ainda. Imaginem na situação de ex-amigo. Eu não sei porque sou casado com Rosinha há 34 anos e nunca tive outra esposa. Mas dizem que os piores estragos que podem ser feitos na vida de um homem são por ex-mulheres e ex-amigos.

 

 

Porque Eduardo Cunha corre para votar o impeachment

por Anthony Garotinho

 

Apareceu mais uma prova contra Eduardo Cunha, confirmando que ele dono de uma offshore no Panamá que recebeu propinas do Petrolão. Mas muita gente acha que Eduardo Cunha corre com o impeachment por desejo de vingança contra o governo. É isso, mas tem muito mais. Se o impeachment acontecer, Cunha passa a ser o segundo na linha sucessória, e já tem uma estratégia para alegar no STF que passa a ter prerrogativas de vice-presidente. Com isso pretende atrasar seus processos no STF e na Câmara. Pode não levar, mas vai ganhar mais tempo. Se o STF não decidir pelo seu afastamento da presidência da Câmara, Cunha na Câmara vai conseguir arrastar seu processo até o final do ano (em janeiro tem recesso e em fevereiro há a nova eleição do presidente da Câmara).

O escandaloso programa habitacional de Eduardo Cunha no Rio. Terminou faturando um palacete na Gávea

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DOSSIÊ EDUARDO CUNHA
Há 15 anos, O Globo denunciava pagamento de propina a Eduardo Cunha na Cehab

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por Cíntia Alves

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Jornal GGN – Há exatos 15 anos, Eduardo Cunha, hoje deputado federal pelo PMDB e presidente da Câmara Federal, protagonizava mais um escândalo envolvendo fraudes em licitações e pagamento de propinas, agora na condução de outro órgão público no Rio de Janeiro, a Cehab, Companhia Estadual de Habitação.

Em 6 de abril de 2000, o jornal O Globo repercutia o vazamento de um dossiê anônimo que apresentava detalhes de um esquema de propina que enchia o bolso de 8 pessoas, incluindo Eduardo Cunha e seu amigo Francisco Silva (PPB), então deputado estadual com influência entre evangélicos.

O esquema de pagamento de propina que virou alvo do Ministério Público era da ordem de R$ 1 milhão por mês. Tratava-se de favorecimento a empresas de construção e informática. “Haveria até uma tabela de repasse de tarifas dos serviços dos cartórios, que seriam beneficiados no registro de escrituras das casas”, escreveu o jornal.

Cunha negou tudo. Disse ao O Globo que as denúncias eram fruto de qualquer imaginação fértil e nada mais.

O hoje peemedebista assumiu a presidência da Cehab por indicação de Francisco Silva. Antes disso, foi recusado pelo governo FHC no comando da Telerj. Cunha já tinha deixado rastros escandalosos na tele fluminense, e teve seu pedido de recondução pisoteado por um nome do PSDB.

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Leia mais: Escândalo na Telerj de Eduardo Cunha estampa páginas da Folha dos anos 90

Casa na Gávea

Outra informação que constava no dossiê contra Cunha era a propriedade de uma casa na Gávea, que chamava atenção por dois motivos: primeiro porque o valor de mercado era de R$ 1,2 milhão, mas a casa foi arrematada em um leilão por R$ 250 mil. O segundo motivo é que quem fez o negócio foi o amigo de Cunha, o deputado evangélico Francisco Silva. O fato foi entendido, posteriormente, como um caso de possível ocultação de patrimônio.

Silva admitiu o feito e demonstrou satisfação em “ajudar um amigo” comprando o lote por um preço “tão baratinho”. Já Cunha negou o valor inicial do imóvel. “Não vale um milhão, é na boca da Rocinha”, rebateu.

Àquela época, Francisco Silva também empregava Eduardo Cunha em sua rádio, a Melodia FM. Quando Cunha saiu da Cehab, passou a dedicar-se por um tempo, exclusivamente, ao programa que a emissora promovia com Anthony Garotinho. Transcrevi trechos

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A República monarquista dos fichas sujas

Com a candidatura cassada pelo Tribunal Superior Eleitoral com base na Lei da Ficha Limpa, o ex-governador José Roberto Arruda decidiu , neste sábado 13, de azar para os brasilienses, lançar a mulher Flávia Peres, como candidata a vice-governador, numa chama encabeçada por Jofran Frejat. Todos os três são do Partido da República, PR.

Ficha suja é o neologismo para corrupto. No TRE, ficha suja corresponde à ficha corrida para ladrão na polícia, que incrimina os pobres.

Trocar Arruda pela mulher e um amigo do peito, subordinado e sócio, não muda nada.

O PR é um partido criado recentemente, mas sua história é do arco da velha. Veja in Wikipédia: Fundado em 24 de outubro de 2006, homologado no Tribunal Superior Eleitoral no dia 21 de dezembro de 2006. Seu presidente nacional é Alfredo Nascimento.

 História do Partido da República (PR)

Proclamação da Nova República
Proclamação da Nova República

A nova sigla uniu dois partidos: o Partido Liberal (PL) e o Partido da Reedificação da Ordem Nacional (PRONA), que se fundiriam para atingirem a cláusula de barreira (derrubada pelo Supremo Tribunal Federal, no final de 2006) e poderem gozar de todos os direitos que estariam reservados aos partidos que atingirem porcentagem de votos superior a 5% dos votos, até então exigida.

O partido tem forte formação político-ideológica do extinto Partido Liberal adotando assim o liberalismo social como base programática e situando-se na centro-direita do espectro político brasileiro.

O PL tinha como marca registrada o famoso Coro dos Escravos Hebreus da ópera Nabucco de Giuseppe Verdi, o Va Pensiero. Álvaro Valle, deputado fluminense que fundou o partido, era fã de óperas. O PL tinha como principal bandeira o Imposto Único. O número a ser adotado pelo Partido da República é o mesmo que era utilizado pelo PL: 22, sendo desativado o número 56 utilizado pelo Prona.

Principais nomes

Seus principais nomes são o ex-deputado José Marcos de Lima (atual secretário-geral do PR em Pernambuco e Secretário de Saneamento da Prefeitura da cidade do Recife), Inocêncio de Oliveira, o ex-ministro dos Transportes Alfredo Nascimento, o ex-governador do estado do Mato Grosso Blairo Maggi, o senador pelo Espírito Santo Magno Malta, o ex-prefeito da mais populosa cidade do Espírito Santo, Vila Velha, Neucimar Fraga, o ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho e sua esposa a ex-governadora do Rio de Janeiro e atual prefeita de Campos dos Goytacazes, Rosinha Garotinho, o ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda e o atual Ministro dos Transportes, César Borges.

O PR tem também como filiado o deputado federal de maior votação nas eleições de 2010, o humorista Tiririca (PR-SP).

Ranking da corrupção

Com base em dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral, o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral divulgou um balanço, em 4 de outubro de 2007, com os partidos com maior número de parlamentares cassados por corrupção desde o ano 2000.

O PR ocupa a sétima posição no ranking, com 17 cassações, atrás do DEM, PMDB,  PSDB, PP, PTB e PDT.

Arruda condenado

José Roberto Arruda foi condenado pelo Tribunal de Justiça do DF por improbidade administrativa no dia 9 de julho, em segunda instância, pelo envolvimento no esquema de corrupção conhecido por mensalão do DEM.

O ex-candidato liderava a pesquisa pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta-feira (10). Ele tinha 37% das intenções de voto, seguido pelo atual governador, Agnelo Queiroz (PT), com 19%, e pelo senador Rodrigo Rollemberg (PSB), com 18%.

Na sexta, a Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE) enviou ao TSE pedido para que fossem suspensos todos os atos de campanha de Arruda. Na quinta, o TSE rejeitou recursos protocolados pela defesa de Arruda e manteve a decisão de considerar o político do PR inelegível.

No requerimento protocolado no tribunal, a procuradoria argumenta que a realização de campanha só é permitida a quem possui registro de candidatura. “A nova legislação nada mais fez do que reforçar a necessidade de se evitarem os graves efeitos de uma prática cada vez mais comum: candidatos sabidamente inelegíveis insistem em candidatar-se e, apesar de sucessivas decisões judiciais que reiteram a impossibilidade de suas candidaturas, insistem em continuar em campanha, arrastando debates judiciais infrutíferos até as vésperas do pleito e, muitas vezes, até após as eleições”, diz o documento.

Através da mulher e do amigo, Arruda não só insiste em ser candidato. Ele pode ser, indiretamente, eleito.  

 

Sorria você pode ser filmado pelos EUA

O deputado Anthony Garotinho comenta:

Reprodução da Folha de S.Paulo online
Reprodução da Folha de S.Paulo online

O que impedirá os centros de vigilância montados pelos EUA, com toda a tecnologia que dispõe de espionar brasileiros ou até mesmo o governo? Os satélites da NSA não vão estar apontados para o Brasil? Acho que o Ministério da Defesa precisa esclarecer melhor o que será permitido e se a nossa Inteligência terá acesso ao que os centros de vigilância norte-americanos estarão monitorando.

Prefeito e ex-prefeita de S. João da Barra denunciados por formação de quadrilha. Justiça pode decretar prisão de Neco e Carla Machado

Carla Machado e Neco pegos pela Operação Machadada, da Polícia Federal, agora foram denunciados pela Procuradoria Geral Eleitoral
Carla Machado e Neco pegos pela Operação Machadada, da Polícia Federal, agora foram denunciados pela Procuradoria Geral Eleitoral

Não me surpreende esta notícia da denúncia da Procuradoria Geral Eleitoral por formação de quadrilha e corrupção eleitoral (compra de votos), que está reproduzida abaixo. Aqui no blog mostrei os absurdos e crimes eleitorais praticado pela ex-prefeita Carla Machado (PMDB) e seu sucessor, Neco.

Aliás, Carla Machado foi presa pela Polícia Federal durante a Operação Machadada, na eleição. No momento está solta porque pagou fiança de R$ 50 mil, mas em breve tem tudo para voltar para trás das grades junto com seu sucessor. É mais um prefeito do PMDB que vai terminar cassado. Vejam vocês que da última eleição, tomaram posse em janeiro deste ano, quatro prefeitos do PMDB já foram cassados pela Justiça Eleitoral. Neco deve ser o próximo, mas tem outros na lista.

A eleição foi tão roubada em S. João da Barra, que pasmem, o município tem hoje mais eleitores que moradores. Isso porque muita gente levou dinheiro para transferir o título eleitoral para lá. E a compra de votos foi escancarada.

O povo de S. João da Barra já está preparado porque em breve Carla Machado, Neco e companhia devem mudar de endereço e passar uma temporada atrás das grades.

(Transcrito do blog de Garotinho)

Engenhão. Construir foi rápido, a reforma vai demorar. É uma continuada roubalheira

O Coliseu foi construído de 68 e 79 d.C. (depois de Cristo).
Com capacidade para 50 mil pessoas, e 48 metros de altura, era usado para variados espetáculos.
O Coliseu foi utilizado durante aproximadamente 500 anos, tendo sido o último registro efetuado no século VI da nossa era, bastante depois da queda de Roma em 476, quando deixou de ser usado para entretenimento.
Quando passou a servir (depois de 500 anos, repito), como habitação, oficina, forte, pedreira, sede de ordens religiosas e templo cristão.
O Coliseu ainda está de pé, e continua sendo um símbolo do Império Romano, e de atração turística para Roma.

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Está em ruínas devido a terremotos e pilhagens. Quando os estádios brasileiros não suportam uma ventania. É o caso do Engenhão.

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O jornal O Globo fala de “falha” para esconder a safadeza. A roubalheira. A corrupção que rola no futebol brasileiro. Principalmente o comedouro de grana nos  estádios super, super faturados. A maioria deles gigantescos elefantes brancos. Que jamais ficarão de pé por 500 anos. Jamais. Que, segundo o artigo 618 do Código Civil: “nos contratos de empreitada de edifícios ou outras construções consideráveis, o empreiteiro de materiais e execução responderá, durante o prazo irredutível de cinco anos, pela solidez e segurança do trabalho, assim em razão dos materiais, como do solo”. Garantia de uso de cinco anos. É uma vergonha.

BRA_LRJ engenhão

BRA_LRJ Engenhão copa futebol estádio
A lambança da Delta no Engenhão foi pior do que se imaginava

por Garotinho

Tem gente que não sabe, mas foi a Delta que fez o projeto do Engenhão. No meio da obra caiu fora e um consórcio concluiu a construção, mas a responsabilidade sobre o erro de cálculo na construção dos arcos que encimam o estádio é única e exclusivamente da Delta. E pelo que os especialistas detectaram a lambança foi feia. Serão 18 meses só para a consertar o erro da Delta.

Ainda bem que eu denunciei a bandalheira da Delta com o governo Sérgio Cabral, além de ter estourado o escândalo de Carlinhos Cachoeira e sua sociedade com Fernando Cavendish. Assim a Delta também abandonou a obra do Maracanã.

Aliás, não custa lembrar outra obra mal feita pela Delta. Trata-se do prédio novo do Tribunal de Justiça do Rio que com menos de um ano já apresentava rachaduras.

 

 

Quanto vão gastar com segurança na Copa do Mundo? Na Jornada Mundial da Juventude: 58 milhões no Rio. Que a polícia não serve pra nada

CABRAL E PAES VÃO USAR VISITA DO PAPA PARA NEGOCIATAS

Polícia treinada para matar favelados (T.A.)
Polícia treinada para matar favelados (T.A.)

por Anthony Garotinho

A organização e segurança para a visita do Papa Francisco em julho são incumbência do governo federal. Mas é claro que o governo do Estado e a prefeitura do Rio também terão papel importante principalmente na questão do transporte. Agora o que chama a atenção, até do Globo, é que Cabral vai gastar R$ 28 milhões, sem licitação, é claro, e Paes outros R$ 28 milhões, igualmente sem licitação. Dá R$ 56 milhões. Até o Papa vai ser usado para mais uma farra com o dinheiro público.

O BANQUEIRO,  O JORNALISTA, O DEPUTADO E OS R$ 50 MILHÕES POR BAIXO DOS PANOS  

Reprodução do twitter de Jorge Bastos Moreno
Reprodução do twitter de Jorge Bastos Moreno

O jornalista Jorge Bastos Moreno, do Globo, no lugar de escrever bobagens cheias de ódio a meu respeito (para agradar os Irmãos Marinho) nesse caso aí de cima, deveria era ter dado o nome aos bois. Deveria dizer “o banqueiro A” deu R$ 50 milhões para o “deputado B”. Senão a “bomba” jornalística vira bombinha de São João. Mas não é difícil adivinhar a quem ele se refere.

“Sérgio Cabral é o governo do Eike Batista, que manda no Marcanã. É um governo daqueles que têm dinheiro”

CANDIDATO A GOVERNADOR, GAROTINHO CONCEDE ENTREVISTA AO JORNAL DO BRASIL

"A próxima eleição será de mudança"
“A próxima eleição será de mudança”

 

 

JB – Qual seria sua bandeira de campanha? O que o senhor acha que precisa mudar no Rio em prol da população?

Garotinho – O Rio de Janeiro precisa de um governo para todo mundo. Não podemos ter um governo exclusivamente para a Zona Sul. Precisamos de um governo que olhe pela Zona Sul, mas que olhe também para Zona Oeste, pela Baixada, pela Região Serrana, um governo que olhe para todo o Estado e de um governo para todos. Não podemos também ter um governo só para empresários. Esse Governo é o Governo da Fetranspor, que manda nos ônibus, é o governo do Eike Batista, que manda no Marcanã. É um governo daqueles que têm dinheiro e um governo, na verdade, tem que ser para todos. Não queremos desprezar os empresários, mas o bom governo é aquele que governa para todos.

JB – E como senhor avalia as atuais políticas voltadas para a população carioca, como educação, saúde, transportes, etc?

Garotinho – A população sabe que a saúde está um desastre. As pessoas morrem nos hospitais de uma forma dramática. Na educação, a posição do Rio de Janeiro é vergonhosa no ranking nacional e no saneamento o avanço foi mínimo.

JB – Mas o que seria o carro chefe da sua campanha?

Garotinho – Eu diria o seguinte: Por que o Rio de Janeiro hoje tem Olimpíada? Por que tem Copa do Mundo? Por que vai receber a Jornada Mundial da Juventude? Por que o Rio está tendo todos esses eventos? Porque alguém tirou o Rio de Janeiro da falência. Quando eu assumi o Governo do Estado, o Rio era o único Estado do país que não tinha sua dívida renegociada com a União. Eu renegociei, paguei em royalties do petróleo e saneei as finanças públicas do Estado. Então, a minha principal bandeira é: “Aquele que salvou o Rio da falência, agora vai fazer muito mais”.

JB – O senhor acha que essa arrumação financeira foi mantida, evoluiu, qual avaliação que o senhor faz?

Garotinho – As coisas mudam muito de um tempo para outro. A política de arrecadação do Estado hoje é perversa. Por exemplo, existe uma coisa chamada Simples Nacional que enquadra as empresas dentro de um regime tributário específico. O Rio de Janeiro é um dos poucos estados do país que baixou um decreto do governador obrigando as empresas que são optantes do Simples Nacional a recolher imposto pelo sistema de substituição tributária. Com isso elas são tributadas duas vezes e estão incluídas nessa diretriz as pequenas empresas. Isso representa muito pouco para os cofres do Estado, mas representa muito e pesa bastante para milhares de empresas, micro e médias empresas. Isso precisa mudar. Por exemplo, a política de incentivos fiscais tem que ser criteriosa. Demos incentivos fiscais e somos favoráveis a isso. Em meu governo dei incentivo fiscal para a Peugeot – Citroen, para a Companhia Siderúrgica do Atlântico, para o Pólo Gás-químico de Duque de Caxias. O Sérgio Cabral deu incentivo fiscal para Termas do Aeroporto, para Werner Coiffeur, que é o cabeleireiro da esposa dele. Isso não é política de incentivos fiscais. Isso é uma falta de respeito com o dinheiro público.

JB – Aproveitando o momento, a população do Rio tem ficado chocada com a quantidade e a perversidade dos estupros ocorridos ultimamente. Como o senhor vê essa questão? O senhor acha que a violência de alguma forma está voltando?

Garotinho – Não é que a violência esteja voltando. A violência nunca acabou. O que houve foi uma política de UPPs que resolve apenas um tipo de problema, mas não resolve o principal. Como se explica que há sete anos não é construído nenhum presídio e nenhuma casa de custódia no Estado se as prisões de bandidos estão ocorrendo? Para onde eles estão indo? Na verdade não há prisão de bandidos. Há mudança geográfica de bandido. O Governo, por exemplo, ocupa uma comunidade na Tijuca e o bandido sai dali e vai para a Zona Oeste. Há um deslocamento da mancha criminal. Ocupa o Dono Marta e o cara sai dali e vai para o Complexo da Maré. Na verdade não há uma política de combate à violência, mas uma política de marketing, de UPP, de retomada de território. Não há uma política de segurança pública e, inclusive, falta transparência. Quando o Instituto de Segurança Pública (Insp) foi criado por mim, nós fizemos questão que fosse dirigido por pessoas da sociedade, da Academia. Sua última presidente foi a Socióloga Ana Paula Miranda. Eles tiraram os dados do Insp e colocaram nas mãos de policiais e hoje esses dados são divulgados pela própria Polícia. Ora, a Polícia não vai divulgar dados contra ela. (Transcrevi trechos)

 

Garotinho pergunta para Beltrame, secretário de Segurança do Rio: -Quem paga o aluguel do apartamento em que o senhor mora?

Cabisbaixo, Beltrame amarelou e não respondeu as perguntas de Garotinho
Cabisbaixo, Beltrame amarelou e não respondeu as perguntas de Garotinho

 

Transcrevo do Blog de Garotinho: Foi um armado um grande palco para a cúpula da segurança pública do Rio de Janeiro responder a perguntas encomendadas e todas elogiosas ao secretário Beltrame e sua equipe. Parece para algumas pessoas que o crime no Rio de Janeiro acabou. Já esqueceram da juíza assassinada por policiais em Niterói; da turista estuprada dentro de uma van há poucos dias; do pastor morto por uma bala perdida na Avenida Brasil; e de tantos outros crimes.

Fiz questão de dizer que não sou contra as UPPs nem poderia ser, afinal o GEPAE (Grupamento de Policiamento de Áreas Especiais) foi iniciado por mim no Morro do Cavalão, em Niterói, e no Morro dos Prazeres, ao lado da sede do BOPE construída por mim. Infelizmente a manipulação das Organizações Globo faz crer que o Rio de Janeiro virou um paraíso, mas essa não é a realidade.

Após reconhecer a importância de continuar com as UPPs e melhorá-las fiz algumas perguntas que considero fundamentais ao secretário Beltrame e ao comandante da PM, coronel Erir Ribeiro. As repostas foram vergonhosas, para dizer o mínimo, mas tire você mesmo sua conclusão.

Perguntas para José Mariano Beltrame

1) O senhor reside atualmente na Rua Redentor, 230, apartamento 502, em Ipanema, uma dos metros quadrados mais caros do Rio. Um apartamento daquele tamanho na área nobre do Rio pelo levantamento que fiz não sai por menos de R$ 15 mil; o IPTU levantado junto à prefeitura é de R$ 6 mil por ano; e o condomínio em torno de R$ 5 mil. Seu salário de secretário não cobre essas despesas. Quem paga o aluguel do apartamento em que o senhor mora?

Nas suas despedidas, em menos de 10 segundos, Beltrame disse apenas: “Pago com meu salário”. Além de secretário é mágico!

2) A secretaria de Segurança através da Polícia Militar assinou um contrato em 2010 com a empresa CS Brasil para aquisição (aluguel) e manutenção de viaturas da corporação no valor de R$ 214 milhões. Por esse contrato um veículo GOL custa para a PM do Rio R$ 145 mil. Por que o senhor autorizou essa contratação mesmo sabendo que o dono da empresa CS Brasil, o senhor Júlio Simões, havia sido denunciado por fraude em contrato idêntico juntamente com o comandante-geral da PM baiana poucos meses antes?

Em menos de 5 segundos, também na sua despedida, Beltrame disse laconicamente: “O Departamento Jurídico aprovou”.

3) Onde estão sendo colocados os presos que todos os dias a polícia tira das ruas já que nos último sete anos (gestão de Sérgio Cabral) nenhum presídio ou casa de custódia foram construídos no Rio?

A resposta de Beltrame chega a ser hilária: “Muitos estão deixando o crime e mudando de “profissão” e outros estão mudando de estado”.

4) O senhor teve conhecimento do relatório feito pela delegada Valéria Aragão, da Delegacia Fazendária, denunciando o vazamento de uma investigação sobre a Refinaria de Manguinhos envolvendo um deputado federal (Eduardo Cunha) e o ex-Procurador Geral de Justiça (Cláudio Lopes). Que providências o senhor tomou.

Beltrame não respondeu.

5) O senhor fez concurso para delegado da Polícia Federal em 1993. Só havia 200 vagas, e o senhor foi classificado em 896º lugar. Como o senhor conseguiu virar delegado da PF sem ter passado no concurso?

Beltrame também não respondeu.

6) Se as UPPs são de fato um projeto de Estado por que a maioria das sede funcionam de forma precária em contêineres de lata?

Beltrame mais uma vez não respondeu.

7) O senhor recebia ilegalmente o vencimento de delegado federal mais o salário de secretário de Estado. A soma dessa remuneração ultrapassa em muito o salário dos ministros do STF. A Justiça mandou cortar seu salário. O senhor não considera que agiu de forma imoral?

Beltrame fugiu da resposta outra vez.

8) O senhor era chefe da Missão Suporte em 2006. O jornal O Dia noticiou que a Missão Suporte não interveio para evitar a morte de pessoas inocentes, apesar de saber com antecedência pelos grampos telefônicos que seriam assassinadas. Por que o senhor não impediu a morte dessas pessoas já que era o chefe da Missão Suporte?

Beltrame também não respondeu.

Como não pude fazer todas as perguntas pessoalmente já que o deputado Otávio Leite (PSDB – RJ) mais parecia assessor de imprensa de Beltrame do que deputado federal fiz a maioria e encaminhei as demais para a mesa. O silêncio de Beltrame denuncia sua culpa.

Quanto ao coronel Erir Ribeiro fiz apenas uma pergunta para mostrar o quanto ele usou a mídia para se promover e acusar sem provas.

Pergunta de Garotinho: Quando eu era secretário e o senhor comandava o 4º batalhão responsável pela Mangueira, o senhor afirmou a mim que o secretário de Esportes, Chiquinho da Mangueira era envolvido com o tráfico de drogas da região. Então pedi ao setor de Inteligência que fizesse um levantamento da situação, e a resposta foi que ele nasceu ali, que conhecia todas as pessoas, mas que não tinha envolvimento direto com o tráfico. O senhor insistiu que ele era traficante. O tempo passou e Chiquinho virou secretário de Esportes de Sérgio Cabral, e depois de Eduardo Paes na prefeitura do Rio. O senhor informou aos dois que estavam nomeando um “traficante” como secretário? Ou o senhor mudou a sua opinião sobre Chiquinho da Mangueira?

Atônito ele tentou me acuar dizendo que eu tentei comprar o seu silêncio lhe dando uma promoção. Ora é uma incoerência do coronel Erir. Ele diz na matéria e no vídeo que vocês poderão assistir que nunca afirmou que Chiquinho era traficante, e que apenas o hoje deputado lhe pediu que diminuísse operações no morro porque estaria recebendo ameaças dos traficantes. Erir afirmou a Chiquinho: “Eu quero que você se dane”. Bem se ele não disse nada por que eu teria tentado comprar seu silêncio como ele afirmou? A verdade é que o coronel Erir perdeu o controle diante da minha pergunta, ficou visivelmente nervoso, desequilibrado, e acreditem chegou a dizer que eu tremi diante dele dentro do gabinete da Secretaria de Segurança. Surtou!

A audiência que na verdade era uma festa entre amigos acabou recebendo um convidado incômodo que perguntou aquilo que todo mundo gostaria de perguntar, mas que a imprensa domesticada pelo governador Sérgio Cabral não tem coragem de fazer.

Ainda assim dei uma nova chance de defesa ao secretário Beltrame, subi na tribuna da Câmara e fiz um discurso repetindo as perguntas, e convocando algum deputado do Rio de Janeiro para defendê-lo. Mais uma vez ninguém apareceu. Veja vídeo