Para jornal O Globo, Cunha merece ser consolado

Toda campanha de ódio deve ser banida. E de vingança. Que prevaleça sempre a Justiça. Mas o texto abaixo do Globo, que compartilho, e peço a leitura, vende um Cunha diferente. Um simples e piedoso cristão preocupado com a família. Quando sempre foi visto, por muitos aliados e adversários, como um psicopata. Um insensível que usou a presidência da Câmara como se fosse um primeiro-ministro, e o parlamentarismo o regime de governo do Brasil. Humilhou, ofendeu, e tudo fez para desestabilizar a presidenta Dilma, na conspiração de um golpe, pelo terceiro turno de Aécio Neves, pela traição de Michel Temer que já atua politicamente como presidente. Quem ousou tanto, tenha a coragem de enfrentar as consequências dos seus atos e fatos. Ninguém pode ficar impune, e acima da Constituição. Quem elegeu o presidente Eduardo Cunha e o vice Waldir Maranhão da câmara baixa do Congresso Nacional não foi o povo, e sim a maioria dos deputados federais que cassaram Dilma Rousseff. Um voto de quem sabia que, segundo o artigo 80 da Constituição brasileira, o presidente da Câmara dos Deputados é o segundo na linha de sucessão do presidente da República, logo após o vice-presidente, sendo chamado em caso de impedimento ou vacância de ambos os cargos. Isso ocorre para dar a maior legitimidade possível a decisão, pois os deputados são considerados representantes do povo e os senadores representantes dos estados. Após esse assumem o presidente do Senado Federal e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). Quiçá fique assim explicado o comportamento tardio do STF ao afastar Cunha. Se Cunha era competente e justo e honesto para presidir a Casa do Povo e o Brasil, se faz campanha contra Waldir Maranhão. Por quê? O falso puritanismo republicano advém do voto do Waldir contra o impeachment.

O jornal O Globo, da família Marinho, roga o consolo dos deputados e senadores, e todo o carinho do povo para o transtornado e coitadidinho do Cunha. Leia aqui

 

 

 

 

Correio Braziliense esconde os crimes de Cunha e exige dele o impeachment de Dilma

O Correio Brazilense insinua que a demora do golpe para derrubar Dilma Rousseff se deve a relutância de Eduardo Cunha em desferir a tacada final. Que o pmdebista, presidente da Câmara, faz corpo mole.

O Correio Braziiense esquece os crimes de Eduardo Cunha, que não possui autoridade moral sequer para demitir um guarda de quarteirão. Ou o síndico de algum prédio, couto de traficantes de moedas e outros bichos de sete cabeças.

Paixão
Paixão
Samuca
Samuca

Cunha é um segundo Maluf. Se viajar para o exterior vai preso, denunciado que é pela justiça da Suíça, que a do Brasil sempre foi de fritar bolinhos, quando se trata de condenar os bandidos donos do poder e do dinheiro.

Eis a manchete safada do Correio Braziliense hoje:

BRA_CB cunha jogo duplo Outros jornais golpistas, edições de hoje, desmentem o Correio Braziliense de que glope

Os principais jornais golpistas desmentem o Correio Braziliense: de que “Cunha faz jogo duplo sobre o impeachment”.

Também hoje publica o Estadão: “Parecer da Câmara admite processo de impeachment”.

Repete a Folha: “Impeachment recebe aval da área técnica da Câmara”.

Cunha realmente não descansa. Para se salvar da merecida cassação, faz qualquer jogo sujo, apoiado pelos golpistas e parceiros corruptos, crias da ditadura militar, de PC Farias e da privataria tucana.

Cunha tem a ficha suja desde os tempos da Telerj, quando sua atual mulher e sócia de contas nos paraísos fiscais era a doce voz.

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Escreve Gilmar Crestani:

Protegido pela Rede Globo, onde trabalhava a mulher Cláudia Cruz, o presidente da Câmara virou Meca do MBL, Carlos Sampaio, Aécio Neves e Paulinho da Força Sindical. A Veja, como fizeram com Demóstenes Torres, apostou todas as fichas nele. As Marchas dos Zumbis, puxadas pela mídia golpista, tinham para Eduardo CUnha um lema que não deixa dúvida do nível das manifestações que tentaram destituir Dilma para colocar em seu lugar o Napoleão das Alterosas: “Cunha é corrupto mas está do nosso lado”. Não é só fazer coro ao notório corrupto, mas principalmente indicativo do déficit civilizatório da turma do toxicômano. Se houvesse qualquer compromisso no combate à corrupção o MPF teria processado os portadores de tais faixas por apologia à corrupção?!

Eduado CUnha, em que pese todas as provas já reunidas pela Suíça, continua podendo interferir na ocultação de provas e na continuidade dos crimes. Tentou, inclusive, impedir que a Suíça enviasse ao Brasil o dinheiro e as provas. Não há, até este momento, pedido de prisão seja dele, seja dos demais membros da quadrilha familiar, por obstrução à justiça ou ocultação de provas.

Não há, no caso do CUnha, a mesma virulência aplicada com a CUnhada do Vaccari, o que indica até que ponto nossas instituições agem à reboco de interesses escusos. Embora não esteja no PSDB, para tamanha imunidade, Cunha tem sido muito útil ao PSDB. A parceria que fez com Carlos Sampaio para tentar entronizar o Napoleão das Alterosas tem obnubilado os olhos cegos e estrábicos da justiça.

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A família Marinho e sonegadores associados escondem os próprios crimes acusando outras pessoas como despiste

Para engambelar, e omitir os próprios crimes é costume do grupo criminoso Globo acusar os outros

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Para desorientar, o monopólio do Grupo Globo – jornais, televisões, rádios e outros meios de comunicação de massa – costuma criar bodes expiatórios, bois de piranhas nos seus balões de ensaio, no seu noticiário marrom de meias-verdades.

Esta uma tática comum dos barões da mídia, que construíram seus impérios na ditadura militar e na banca dos negócios para estender o mandato de quatro para oito anos de Fernando Henrique, que fez um congresso vendido legislar a reeleição presidencial.

Um crime parecido com a criação da Lei Fleury, para proteger a polícia que tortura e mata, hoje representada pela bancada da bala; da Lei da Bengala, para aumentar cinco anos na aposentaria compulsória do golpista Gilmar Mendes.

O Brasil BBB é assim: para o tudo como dantes no quartel de Abrantes há sempre um safado jeitinho de criar uma Lei que proteja as castas, que beneficie as elites, o entreguismo, o colonialismo, o capitalismo predador, os latifúndios da lavoura de exportação, as privatizações da pirataria, os traficantes de moedas.

globo ontem e hoje

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Por que a dívida da Globo não é manchete de jornal?

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O que descobriríamos se os jornalistas brasileiros fossem atrás das denúncias de sonegação que envolvem grandes grupos de comunicação e que não viram notícia no país?

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Por Bruno Marinoni*

Carta Capital – “Siga o dinheiro”, aconselhava William Mark Felt, o “garganta profunda”, aos jovens jornalistas que, nos anos 70, revelaram todo um esquema de espionagem e corrupção no interior da Casa Branca. O que não descobriríamos então se os jornalistas da mídia brasileira investigassem, por exemplo, a denúncia de que a Globo deve mais de R$ 600 milhões aos cofres públicos porque sonegou o imposto decorrente da compra dos direitos de transmissão da Copa de 2002?

O caso, que já vinha sendo anunciado há algum tempo, ganhou novo capítulo no último dia 17 de julho, quando 29 páginas do processo na Receita Federal contra a Globo foram divulgados em um blog na internet. A emissora teria usado 10 empresas criadas em paraísos fiscais para esconder a fraude. Com o esquema, o sistema Globo teria incorrido em simulação e evasão fiscal. O imposto sobre importâncias enviadas para o exterior para aquisição de direitos de transmissão no caso da empresa beneficiária estar sediada em paraísos fiscais seria de 25%, se fosse pago.

E se os jornalistas da nossa mídia fossem, por outro exemplo, atrás do papel que a Igreja Universal, milionária e com isenção fiscal por se tratar de uma entidade religiosa, cumpre no financiamento da Record? Uma matéria intitulada “Macedo nega uso do dinheiro da igreja na compra de TV”, publicada na Folha de São Paulo, em setembro de 1998 (quando a emissora não era ainda uma competidora de peso), afirmou que investigações da Receita resultaram em uma multa de R$ 265 milhões ao grupo. A maior parte do pagamento, ou R$ 118 milhões, coube à Record; outros R$ 98 milhões, à própria Igreja Universal, e mais R$ 6 milhões, a Edir Macedo. Esses valores se refeririam a autuações e multas por sonegação fiscal e outras irregularidades.

Além disso, a imprensa já veiculou algumas vezes que a Igreja Universal compraria a faixa da madrugada da TV Record, que tem baixíssima audiência, por um preço muito acima do mercado. Todavia, até onde sabemos, nada foi feito para resolver essa questão.

Em 2010, foi a vez de Sílvio Santos, dono do SBT, se envolver em um escândalo de fraude fiscal, uma dívida de R$ 3,8 bilhões. O evento não se relacionava diretamente com os meios de comunicação, e sim com seu banco, o “Panamericano”. O dono da empresa, porém, empenhou todo o seu patrimônio, inclusive seus canais de TV, como garantia de que a dívida seria sanada.

Quando poucos grupos controlam os meios de comunicação, quando há concentração do poder midiático é fácil criar um bloqueio a informações desfavoráveis aos donos da mídia por meio de uma estratégia “positiva”: preenchendo-se a agenda de temas discutidos pela sociedade com uma série de assuntos que não atinjam os interesses daqueles que controlam os canais de comunicação.

Escândalos de corrupção e desvio de dinheiro público são sempre matérias na nossa imprensa, mas qual a seleção de casos que é feita? O que fica de fora? Quem fica de fora dessas páginas? Se há um grande número e diversidade de atores dirigindo os meios de comunicação, maior a possibilidade de nos relacionarmos com canais suficientemente independentes para nos fornecer informações de interesse público. Mas isso é algo em falta no Brasil.

* Bruno Marinoni é repórter do Observatório do Direito à Comunicação, doutor em Sociologia pela UFPE e integrante do Intervozes.

reede globo golspita

Nada contra o filho de Lula. Conheça os verdadeiros corruptos e corruptores da Operação Zelotes que roubou 19 bilhões

Como despiste e para esconder os sonegadores e forjar um escândalo político a imprensa partidária publica, mas esconde a máfia dos fiscais:

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BOMBA! Os documentos secretos da Operação Zelotes


por Miguel do Rosário

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Mais um furo histórico do Cafezinho!

Fontes do Cafezinho que detêm informações e documentos sigilosos sobre a Operação Zelotes estão chocadas com a armação midiático-policial montada para cima do filho de Lula.

A Zelotes envolve dezenas de empresas e figurões. É a nata do sistema bancário e midiático nacional. Largar esse osso para perseguir o filho de Lula é o cúmulo do mau caratismo!

Jamais a imprensa procurou obter, junto aos órgãos competentes, informações sobre esses suspeitos.

Milhares de repórteres, e nada!

Tão diferente da Lava Jato, onde as informações, também sigilosas, são vazadas praticamente online para a imprensa!

No Senado, foi montada uma CPI, sob presidência do PSDB, e nenhuma informação jamais vazou, apesar da importância capital dessa operação, que poderia se tornar o símbolo do combate à principal corrupção no país: a corrupção fiscal, que desvia mais de R$ 600 bilhões por ano dos cofres públicos!

Uma dessas fontes, revoltada com a pistolagem de setores da mídia e do Ministério Público, que parecem ter se tornado agentes políticos anti-PT ao invés de autênticos representantes do povo na luta contra a corrupção no país, passou-me um conjunto de documentos sigilosos da Polícia Federal, contendo os pedidos de prisão, de busca e apreensão, de bloqueio de contas.

Com esses documentos, a mídia não poderá mais seguir o seu jogo sujo de desviar o foco para o “filho de Lula”, que não tem nada a ver com a história.

São 494 páginas! A imprensa, se estiver mesmo interessada, se quiser ao menos fingir que é imprensa, poderá se fartar!

Os leitores do Cafezinho – que são repórteres bem mais honestos e livres do que a nossa imprensa comercial – também podem ajudar, recortando partes específicas e trazendo para a área de comentários.

São bilhões de reais desviados, que envolvem sobretudo bancos e empresas de mídia, como a RBS, afiliada da Globo.

Usem a ferramenta de buscar e confiram: os documentos estão cheios de referências à RBS, ao banco Safra, ao Santander, ao Bradesco, à Gerdau.

Nada sobre o filho de Lula!

Enfiar o filho de Lula ou sua empresa nesse lamaçal é a mais sombria desonestidade jornalística.

Esta nova fase Operação Zelotes, me contam essas fontes, foi aberta como forma de tentar tirar do foco a incapacidade da PF e do MPF de prender os responsáveis pelos desvios no CARF, estimados pela PF em quase R$ 20 bilhões.

Segundo minhas fontes, e os documentos estão aí, as investigações da Zelotes levantaram os seguintes nomes, como suspeitos pelos desvios no CARF: Leonardo Siade Manzan, Maurício Taveira e Silva, Antônio Lisboa Cardoso, Mauro Marcondes Machado, Edison Pereira Rodrigues (ex-presidente do CARF nomeado por FHC), Meigan Sack Rodrigues (filha do Edison), Jorge Victor Rodrigues (caso Santander e Safra), Lutero Fernandes do Nascimento, Eduardo Cerqueira Leite (caso Bradesco), Jeferson Ribeiro Salazar (caso Santander), José Teriju Tamazato (caso Santander e Bradesco), Mário Pagnozzi Junior, João Inácio Puga (ex-diretor banco Safra), Wagner Pires de Oliveira (caso JS SAFRA), Jorge Celso Freire da Silva (caso Santander), José Ricardo da Silva (centro das investigações), João Batista Gruginski (caso Gerdau), Adriana Oliveira e Ribeiro (caso Gerdau), Silvio Guatura Romão, Ezequiel Antonio Cavallari, Alexandre Paes dos Santos (lobista).

Destes 21, só foi pedida a prisão de Alexandre Paes dos Santos, José Ricardo, Eduardo Valadão, Mauro Marcondes e Cristina Marcondes. Há um foragido.

Por que os envolvidos com o sistema bancário não foram alvo de prisão temporária?

Por que a busca e apreensão na empresa do filho do Lula senão houve busca e apreensão nas empresas que, segundo a PF, fraudaram o CARF?

Não há exatamente nada contra o filho de Lula nas investigações da Zelotes. Houve até uma CPI, presidida pelo PSDB, e o nome do filho de Lula jamais foi sequer citado.

Com a palavra, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que deveria ser responsável por não deixar a Polícia Federal se transformar numa polícia política de terceira categoria.

Deveria, no mínimo, promover um debate, dar entrevistas, fazer a batalha da comunicação.

Cardozo prefere dar entrevistas à TV Veja…

Acho oportuno acrescentar uma observação.

A Polícia Federal não fez nada para investigar a sonegação da Rede Globo, apesar das provas contundentes, dos documentos contendo as assinaturas dos irmãos Marinho, e do histórico de problemas fiscais da emissora.

Vide documentos aqui

E quem vai para as manchetes é o filho de Lula?

sonegadores zelotes

FHC e os misteriosos pedidos de Michel Temer, Sarney, Jader Barbalho, Moreira Franco

Isso explica a caça ao Lula

ladrão corrupto impunidade justiça

por Gilmar Crestani


Isso diz tudo sobre a perseguição constante ao Lula. FHC foi protegido internamente, principalmente pela Rede Globo que o havia capturado via Miriam Dutra, mas também externamente, pela entrega do nosso patrimônio aos EUA. A Petrobrás era o próximo alvo, e havia começado com a mudança de nome para Petrobrax.

Durante os dois governos de FHC não havia necessidade de espionagem dos EUA por aqui. Tudo era entregue de bandeja. O William Waack sabe muito bem disso. Os vazamentos dos Wikileaks mostraram. Foi com Lula e Dilma que a NSA, conforme denunciou Edward Snowden, se viu obrigada a espionar o Governo Federal e também a Petrobrás. As informações fornecidas à Lava Jato tem dedo do FBI, CIA e NSA. Os objetivos de criminalizar Lula e proteger FHC também se conjugam com os interesses dos EUA. Nem mesmo FHC admitindo que nomeou ladrões o MPF e PF se dignam a ir atrás. Aliás, há um extensa bibliografia narrando com fartura de documentos a dilapidação do patrimônio nacional destes que agora estão buscando derrubar Dilma e caçar Lula.

Quando a agência Reuters entrevista FHC, os assuntos que podem comprometê-lo ela se dispõe a tirar da entrevista. Quando alguém do PSDB é mencionado nas delações da Lava Jato, “não vem ao caso”. E nem mesmo com a confissão de FHC há indignação. Aliás, tudo como acontece em relação ao Eduardo CUnha.

Todos sabemos que a corrupção no governo FHC é responsável por pelo menos uma morte: Paulo Francis! Por que FHC cruzou os braços?

Ou o Brasil varre os golpistas, ou golpe paraguaio ainda vai nos jogar no lixo da história.

FHC confessa ter nomeado ‘ladrões’

indignados ladrão de galinha

247 – No livro “Diários da Presidência”, sobre seus primeiros anos no poder, o tucano Fernando Henrique Cardoso diz que foi pressionado por parlamentares para nomear “ladrões” em troca de apoio em votações no Congresso.

Em 31 de maio de 1995, ele relata uma das reuniões com ministros para discutir as nomeações: “No fim da tarde estive (…) naquelas infindáveis discussões sobre nomeações, alguns são ladrões e nós temos algumas provas. (…) É vergonhoso, mas é assim”. Entre os políticos que pediram cargos, ele cita José Sarney, Valdemar Costa Neto, Jader Barbalho, Wellington Moreira Franco e Michel Temer.

O episódio sobre o atual vice-presidente é revelado em gravação de 3 de outubro de 1995. Temer teria pedido a indicação de um protegido seu para o fundo de pensão dos portuários. “É para ser mais solidário com o governo, ele quer também alguma achega pessoal nessa questão de nomeações. É sempre assim. Temer é dos mais discretos, mas eles não escapam. Todos têm, naturalmente, os seus interesses.”

Leia aqui na reportagem de Renato Onofre sobre o assunto.

corrupto ladrão roubar

O segredo da impunidade de um corrupto como Eduardo Cunha

por Paulo Nogueira

Retrato do artista quando jovem: na presidência da Telerj
Retrato do artista quando jovem: na presidência da Telerj

Os mais puros, diante dos fatos acachapantes das últimas semanas, se perguntam: como alguém como Eduardo Cunha pode fazer uma carreira com tamanhas delinquências ao longo de tantos anos?

A resposta é um retrato do Brasil.

Os americanos, na Guerra Fria, se referiam a ditadores que os apoiavam de uma maneira abjetamente pragmática.

São os nossos ditadores.

Eles matavam, perseguiam, torturavam – e eram mantidos no poder pelos líderes do “Mundo Livre” porque eram seus ditadores.

E então.

Na visão da plutocracia, Eduardo Cunha é um dos nossos corruptos.

Exatamente como Ricardo Teixeira, para ficar num caso. Teixeira cansou de roubar na CBF. Mas era amigo da Globo, e portanto da plutocracia, e então teve vida fácil no Brasil.

Ninguém o aborrecia com coisas como honestidade.

Eduardo Cunha se iniciou com PC Farias, o tesoureiro de Collor. Com ele aprenderia a arte de arrecadar – vital depois para patrocinar campanhas de políticos menos talentosos naquilo.

Depois, por indicação de PC Farias antes do fim da era Collor, foi ser presidente da Telerj.

Naquele posto a parceria com os plutocratas ganharia músculos.

Cunha facilitou a vida da NEC, uma empresa de telefonia controlada pela Globo.

Pronto. Deu o passo essencial para se tornar um intocável.

Ajudando a Globo: assim se tornou intocável até chegarem os suíços
Ajudando a Globo: assim se tornou intocável até chegarem os suíços

A Globo é uma espécie de mantenedora dos nossos corruptos. Se, como Ricardo Teixeira e Eduardo Cunha, você está protegido por ela, tem licença para fazer muita coisa.

Você não vai aparecer no noticiário. E protegidos da Globo costumam ser também protegidos da Justiça.

Conte quantos amigos da Globo foram apanhados na Lava Jato. Aécio é um típico amigo da Globo: veja quantas vezes ele foi cobrado pelas suas conhecidas estripulias.

É um golpe perfeito.

Ou quase.

O problema é quando entram em cena coisas fora do controle da plutocracia brasileira, e portanto da Globo.

A polícia suíça, por exemplo.

Não fossem os suíços, correríamos o risco de ter Eduardo Cunha na presidência.

A plutocracia adoraria.

Desapareceria da mídia o noticiário obsessivo sobre corrupção, para começo de conversa, como ocorreu nos anos de ditadura militar.

E Eduardo Cunha comandaria uma agenda completamente a favor dos plutocratas.

Financiamento de campanha, que é a forma consagrada pela qual a plutocracia toma de assalto a democracia? Sim, sim, sim.

Regulação da mídia, que é como a sociedade se protege de abusos das grandes corporações jornalísticas? Não, não, não.

E assim seguiria o Brasil, o paraíso das iniquidades.

Mas apareceram os suíços, e a festa, para Eduardo Cunha, terminou em tragédia.

Não, no entanto, para os plutocratas que sempre dispensaram proteção.

Há muitos outros Eduardo Cunhas na política brasileira.

Aécio é um deles.

A plutocracia sabe que pode contar com Aécio.

Tem seus defeitos. Gosta muito da vida noturna, e é amigo de pessoas em cujo helicóptero pode aparecer meia tonelada de pasta de cocaína.

Mas tudo bem.

Na ótica dos donos do Brasil, é um dos nossos.

Como Eduardo Cunha.

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Nossa elite midiática tem autoridade moral de dirigente da Volks

por Gilmar Crestani

folha-ditadura

Só não sei se as peruas que a Folha emprestava para levar os corpos dilacerados para o Cemitério de Perus também eram da Volks. A prova de que a ditadura fez muito sucesso por aqui se mede pelo empenho da nossa imprensa em revelar porque todo preso da ditadura era estuprado. O estupro está para a ditadura como a fidelidade de Miriam Dutra está para FHC.

Se nossa imprensa participou ativamente para derrubar Jango, da mesma forma que atua agora para derrubar Dilma, também é verdade que atuou para legitimar a ditadura, com a qual se locupletou. As cinco irmãs (Folha, Estadão, Globo, Veja e RBS) se consolidaram com a ditadura. Por que iriam querer revelar os crimes dos seus parceiros? Nem seria justo esperar que o fizessem. Esperava-se, sim, que os que não se beneficiaram com a ditadura não fossem coniventes. Neste quesito o STF pisou no Boimate. Comprou tomate por bife…

Da mesma forma que o STF aceitou a lei com a qual os ditadores se auto anistiaram, também protegeram os crimes praticados posteriormente à referida lei, como o caso da bomba no Riocentro. No popular, não deu em nada. A Folha chegou ao cúmulo da desfaçatez ao dizer que não tivemos uma ditadura, mas uma ditabranda. Tem a mesma lógica do livro do Ali Kamel, “Não somos racistas”… Da mesma forma e pelas mesmas razões com que se livraram os criminosos da ditadura, também se livraram da justiça os criminosos da privataria tucana. Se quisermos entender melhor o que isso significa, basta que olhemos para nosso lado. Carlos Menem e Alberto Fujimori, parceiros de todas as horas do rei da privataria, foram presos, mas por aqui o responsável foi levado por Roberto Marinho e José Sarney para a Academia Brasileira de Letras. Na Argentina, Chile e Peru, os ditadores sofreram as consequências da lei. Muito diferente do que houve por aqui. Não culpo torturadores, porque tinham prazer com os estupros que praticavam, mas qual será o prazer dos assoCIAdos do Instituto Millenium em tergiversar sobre o assunto?!

Le Monde lembra aliança da VW com os militares

E ajuda a desmoralizar a Comissão da 1/2 Verdade

fusca volks VW

por Paulo Henrique Amorim

Essa foi a ilustração que o Monde deu à reportagem sobre a tortura a Bellantani.

O respeitado jornal francês Le Monde publicou reportagem sobre a ligação sinistra da Volkswagen brasileira com o regime militar.

O artigo sai no contexto da crise que envolve a Volkswagen americana, que fraudou os testes de poluição em carros movidos a diesel e vai ter pagar multas bilionárias, depois de envenenar milhares de pessoas, mundo afora!

O Monde lembra aqui a experiência do operário metalúrgico Lucio Antonio Bellantani, que, aos 28 anos, o serviço de segurança da própria Volkswagen entregou à polícia por discutir política e defender a democracia.

Bellantani foi torturado para denunciar outros colegas “agitadores”.

A certa altura das greves do Lula no ABC, diz o Monde, os militares receberam uma lista de 463 grevistas, entre eles, os da Volkswagen.

O depoimento de Bellantani foi recolhido pela Comissão da /1/2 Verdade brasileira.

O que o Monde não diz é que o Brasil se tornou o único pais latino-americano, vítima de um regime militar, que conseguiu desmoralizar uma Comissão de Verdade!

E quando foi se aprofundar nas relações das empresas – e bancos – com o regime militar, adotou a filosofia “sergio morinha”: “não vem ao caso”!
Vive le Brésil!

Ao Monde:

Mardi 22 septembre, divers syndicats ainsi que le Forum des travailleurs pour la vérité, la justice et la réparation ont réclamé l’ouverture d’une procédure d’enquête contre le groupe, accusé d’avoir collaboré aux persécutions et aux tortures lors de la dictature militaire (1964-1985).

Le Forum est une émanation d’un groupe de travail issu de la Commission nationale de la vérité (CNV), chargée depuis 2012 d’enquêter sur les violations des droits de l’homme pendant les années noires du pays.

Selon les documents collectés par le Forum, le groupe allemand, présent au Brésil depuis plus de soixante ans, aurait collaboré avec la police militaire, donnant sans gêne les noms de salariés potentiellement perturbateurs au service d’ordre de l’Etat. Charge ensuite aux policiers de les arrêter et de les torturer.

Lucio Antonio Bellantani, 71 ans, fut l’une des victimes de ce « nettoyage ». Son témoignage, rapporté par le site du magazine CartaCapital, est sans équivoque. En 1972, alors âgé de 28 ans, il fut livré aux policiers militaires par le propre service de sécurité de « Volks ».

Son crime? « Discuter politique avec d’autres collègues afin de les syndiquer et de lutter avec eux contre la dictature et pour la démocratie », raconte-t-il.

Cette audace lui a valu plus d’un mois de détention ponctué de séances de torture, l’obligeant à donner les noms de personnes liées au Parti communiste. Aujourd’hui, Lucio Antonio se bat pour que le pays accomplisse son devoir de mémoire, que l’on enseigne aux enfants cette période sombre du Brésil, afin que « jamais plus » l’histoire ne se répète, dit-il. Et de rêver à la construction d’un « mémorial », par le groupe.

Véritable institution au Brésil, Volkswagen, fabricant de la voiture populaire Fusca, nom local de la Coccinelle, est la première entreprise mise en cause. Elle ne sera sans doute pas la seule. « Nous avons collecté beaucoup d’éléments sur cette société, mais nous avons aussi des documents à même de prouver l’implication d’autres entreprises », indique Carolina Freitas, membre du Forum.

En 1980, lors de la grande grève de quarante et un jours – orchestrée par celui qui n’était encore qu’un syndicaliste chahuteur, Luiz Inacio Lula da Silva (président brésilien de 2003 à 2010) –, la police militaire aurait reçu les noms de 436 grévistes, de Volkswagen, mais aussi d’autres entreprises alentour paralysées par l’arrêt de travail. Contacté, le groupe allemand n’a pas donné suite à nos sollicitations.

Globo: “Em lua de mel com papa, Cuba vê renascimento de fés afro-cubanas”

Sacerdotisa da santeria
Sacerdotisa da santeria

As rádios, televisões, revistas e jornais do grupo Globo, da família Marinho, além de classificar o Papa Francisco de comunista, insinua que ele impulsiona o renascimento dos cultos africanos em Cuba.

Com tal afirmativa, nega o que tanto propagou: que os cubanos são ateus.

Ontem o Papa rezou missa para 500 mil cubanos, na Praça da Revolução, em Havana.

Narra João Fellet: “Turbante à cabeça e vestida de branco, Rosaida Tavio apresenta o salão nos arredores de Havana onde cultua Xangô, seu orixá protetor.

No canto, uma estátua da divindade repousa sobre um recipiente de madeira, ladeado por cabaças. No alto, Jesus Cristo e seus apóstolos se sentam à mesa da Santa Ceia.

Tavio é sacerdotisa da santeria, principal religião afro-cubana, mas isso não a impede de também se definir como “100% católica”.

“Somos mais seguidores de Cristo que qualquer outro grupo”, ela diz à BBC Brasil enquanto abana um leque azul.
Tavio e vários de seus filhos espirituais assistiram no domingo à missa em Havana do papa Francisco, louvado por muitos cubanos por seu papel na reconciliação entre Cuba e os Estados Unidos.

Alguns dos pontos brancos na multidão que encheu a Praça da Revolução sinalizavam santeiros recém-iniciados. Pela tradição, quem “faz o santo” (consagração a um orixá) deve se vestir todo de branco por um ano. Outros usavam colares e pulseiras de contas com as cores de seu “orixá de cabeça”, guia espiritual de um santeiro”.

É isso aí. Parace Salvador, Bahia, ou outra cidade brasileira.

Alina Garcia
Alina Garcia

A mídia da Globo tem o mesmo linguajar preconceituoso, fanático e racista dos pastores Silas Malafaia, Marco Feliciano.

Existe mais liberdade religiosa em Cuba do que no Brasil:

Menina iniciada no candomblé é apedrejada na cabeça por evangélicos

Intolerância religiosa: Menina de apenas 11 anos é apedrejada na cabeça por evangélicos e diz que está com medo de morrer: ‘Continuo na religião, nunca vou deixá-la. É a minha fé. Mas não saio mais de branco’. A garota e os parentes também foram xingados: ‘Sai Satanás, queima! Vocês vão para o inferno’

Menina já pedia paz em imagem publicada antes de ser agredida. Hoje, ela afirma que não vestirá mais branco porque tem ‘medo de morrer’ (Reprodução/Facebook)
Menina já pedia paz em imagem publicada antes de ser agredida. Hoje, ela afirma que não vestirá mais branco porque tem ‘medo de morrer’ (Reprodução/Facebook)

Com apenas 11 anos de idade, K. conheceu a intolerância religiosa na noite de domingo de forma dolorosa. A menina, iniciada no Candomblé há quatro meses, seguia com parentes e irmãos de santo para um centro espiritualista na Vila da Penha, quando foi atingida na cabeça por uma pedra, atirada, segundo testemunhas, por um grupo de evangélicos. Ainda segundo os relatos, momentos antes, eles xingaram os adeptos da religião de matriz africana.
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“Eles gritaram: ‘Sai Satanás, queima! Vocês vão para o inferno’. Mas nós não demos importância. Logo depois, o pedregulho atingiu minha neta e, enquanto fomos socorrê-la, eles fugiram em um ônibus”, contou a avó da menina, Kathia Coelho Maria Eduardo, de 53 anos, conhecida na religião como Vó Kathi.
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O caso foi registrado ontem na 38ª DP (Brás de Pina) como lesão corporal e no artigo 20 da lei 7.716 (praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de religião). A polícia tenta identificar os agressores através de câmeras dos ônibus da região.
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K. chegou a desmaiar e, segundo seus parentes, teve dificuldade para lembrar de fatos recentes. “Ela está bem, pois foi socorrida para o hospital e até foi à escola, pois é muito estudiosa. Mas na hora chegou a perder a memória. Que mundo é esse que estamos vivendo? Não se respeita nem criança?”, questionou, ainda indignada, Yara Jambeiro, 49, também integrante do Barracão Inzo Ria Lembáum e uma das responsáveis pela educação religiosa de K.
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O caso ganhou repercussão na Comissão de Combate à Intolerância Religiosa do Rio de Janeiro. Ivanir dos Santos, que preside a comissão, defende a importância da punição aos responsáveis.
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“Não se trata de um fato isolado. É assustador uma pedrada em uma criança. Vivemos um momento delicado na questão da intolerância. As investigações precisam chegar aos agressores para que o exemplo não seja de impunidade e que a liberdade religiosa seja reafirmada como está na lei”, avaliou.
Responsável por uma rede social com 50 mil adeptos e que defende a cultura afro-brasileira, Marcelo Dias, o Yangoo, divulgou o caso: “É assombroso”, criticou.
Medo de morrer
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Em entrevista ao jornal carioca Extra, a menina disse que a partir de agora quer esconder de todos a fé que abraçou por medo de sofrer novas represálias.
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“Continuo na religião, nunca vou deixá-la. É a minha fé. Mas não saio de mais de branco. Nem no portão eu vou. Estou muito, muito assustada. Tenho medo de morrer. Muito, muito medo”, afirmou.
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A garota recorda com indignação do momento em que foi agredida. “Só me recordo de ter colocado a mão na cabeça, sentir o sangue e logo depois vê-lo pingando no chão. Foi uma coisa do nada. Nem vi direito de onde veio. Mas eu poderia ter sofrido algo grave. Atingiu minha cabeça. Mas e se fosse meu olho?”, questionou.
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Ialorixá de 90 anos enfartou com ofensas

A denúncia de que uma pedra feriu a menina K., de 11 anos, na noite de domingo, chegou à Comissão de Combate à Intolerância do Rio em meio a reunião na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) em protesto pela morte, no dia 1º , de uma uma ialorixá, de 90 anos de idade, em Camaçari, na Bahia.
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Segundo seus parentes e filhos de santo, a religiosa enfartou depois da instalação de um igreja evangélica em frente ao seu terreiro.
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Conhecida como Mãe Dede de Iansã, Mildreles Dias Ferreira teria morrido após seguidores da igreja, terem passado uma madrugada inteira em vigília proferindo ofensas em direção à casa de santo.
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“A polícia recebeu queixas contra as manifestações em frente ao terreiro antes da morte dela. Fizeram cerimônias em frente à casa de forma acintosa e, em outros casos, há quem macule terreiros, além de outras práticas sistemáticas”, enumerou Ivanir dos Santos, presidente da comissão. Pragmatismo Político. Informações de O Dia e Extra/ Flávio Araújo

Terrorismo da imprensa e o fuzilamento de Dilma

Não existe golpe sem presos políticos, exilados, tortura e morte

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campanha do ódio

Faz parte de toda conspiração golpista a criação de secretas listas das pessoas que devem ser presas. Qualquer resistência, morte. Inclusive orquestradas campanhas de ódio, de ameaças de chacinas antecedem a intentona. Idem marchas de protesto com cartazes de lesa-majestade que são exibidos com destaque pela imprensa.

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Charge publicada nesta terça-feira no jornal O Dia, do Rio de Janeiro, resume o espírito de uma época, em que jornais conservadores formam o pelotão de fuzilamento de um governo legitimamente eleito; desde meados do primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff, publicações conservadoras como Globo, Folha, Estado de S. Paulo e Veja não têm feito outra coisa a não ser tentar desestabilizar a administração federal; o episódio mais recente foi o editorial da Folha de domingo, em que o jornal concedeu à presidente da República sua “última chance”: ou cumpria a agenda draconiana exigida pela família Frias ou seria fuzilada; nesta terça-feira, Dilma disse que fará de tudo “para impedir que processos não democráticos cresçam”; concentração midiática mina a democracia

Aroeira
Aroeira

247 – Deve-se ao músico e cartunista Renato Aroeira a melhor charge da década.

Ela foi publicada nesta terça-feira no jornal O Dia, do Rio de Janeiro, e resume o espírito de uma época, em que jornais conservadores formam o pelotão de fuzilamento de um governo legitimamente eleito.

Desde meados do primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff, publicações conservadoras como Globo, Folha, Estado de S. Paulo e Veja não têm feito outra coisa a não ser tentar desestabilizar a administração federal.

O episódio mais recente foi o editorial da Folha de domingo, em que o jornal concedeu à presidente da República sua “última chance”: ou cumpria a agenda draconiana exigida pela família Frias ou seria fuzilada (leia mais aqui).

Nesta terça-feira, Dilma disse que fará de tudo “para impedir que processos não democráticos cresçam” (confira aqui).

Vários países do mundo adotaram há várias décadas políticas de democratização dos meios de comunicação, porque sabem que a concentração midiática mina a democracia.

Nos Estados Unidos, por exemplo, donos de jornais não podem possuir televisões. Impede-se, assim, a propriedade cruzada.

Na América Latina, e em especial no Brasil, a mídia ainda é o último reduto da aristocracia.

Dilma https://www.youtube.com/watch?v=E9mNsZV39vQ https://www.youtube.com/watch?v=4kdetDg4BTM https://www.youtube.com/watch?v=CrycFy4KdEs Patrícia Poeta dedo em riste

‘Direita dá ultimato e deixa a Dilma uma única opção’

Professor e analista político Igor Fuser diz que Dilma está no limite para buscar uma reaproximação com sua base de apoio popular e alerta para tentativa de imposição de ajustes pelo poder econômico

direita

Escreve Igor Fuser/ Rede Brasil Atual

Tenho defendido o governo até agora, mas parece que finalmente chegamos ao momento decisivo em que se esgotou a margem para qualquer tipo de manobra tática.

Leiam o editorial da Folha de S. Paulo de hoje, domingo 13 de setembro. Leiam a nota conjunta da Fiesp e da Firjan, ou as declarações do presidente da Confederação Nacional da Indústria.

A burguesia está dando um ultimato à Dilma. Ou ela se rende completamente, assumindo o programa de arrocho mais brutal de nossa história, ou a ofensiva política para a sua derrubada terá início imediato.

O pacote que estão querendo impor é muito pior do que a Agenda Brasil apresentada há poucas semanas pelo Renan Calheiros. Inclui o congelamento do salário de todo o funcionalismo público federal (com uma perda inflacionária brutal), cortes radicais na saúde, educação e projetos sociais, na Previdência, mudança nas regras do salário mínimo e muito mais.

Inevitavelmente, os passos seguintes serão o fim do Mercosul e a entrega do pré-sal às empresas transnacionais, além da terceirização irrestrita.

A Dilma não pode fazer um governo que será o oposto de tudo o que a esquerda sempre defendeu. É preferível cair com dignidade, se não for possível resistir ao tsunami golpista da direita, e segurar o rojão que vem depois. Essa é a nossa triste realidade.

Ou será que ainda existe espaço para alguma solução intermediária, capaz de preservar o essencial do projeto social-desenvolvimentista ao preço de fazer concessões importantes aos neoliberais? Ganhar tempo até que a economia mostre sinais de recuperação? Essa opção se mostra a cada dia menos viável. A receita da “austeridade” só está aprofundando recessão. E o que a direita está dizendo, nestes últimos dias, é que não está disposta a aceitar um acordo que não tenha como alicerce a capitulação.

Nesse contexto só há uma coisa a fazer. A Dilma tem que repudiar a opção neoliberal implementada pelo Levy e conclamar o povo brasileiro a apoiar um programa de ajuste diferente do atual, baixando os juros e jogando o peso da dívida nas costas dos mais ricos, mesmo que esse projeto seja rejeitado pelo Congresso e massacrado pela mídia.

Mesmo que isso signifique novo “rebaixamento” da nota do Brasil junto aos mercados financeiros e uma arremetida momentânea da inflação (limitada pela própria redução do poder aquisitivo geral). Mesmo que isso provoque um rompimento total com o PMDB e outros falsos aliados.

É agora ou nunca. Se não der uma guinada à esquerda agora, em busca de uma reaproximação com sua base de apoio popular, a nossa presidenta se arrastará pelos três anos restantes de mandato como um fantoche da direita, um zumbi político nas mãos do PMDB, da Rede Globo e dos banqueiros – e sob risco permanente de, ainda assim, ser “jogada no lixo” a qualquer momento antes de 2018, sem que ninguém, absolutamente ninguém, diga uma única palavra em sua defesa.

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