Papa: a Igreja é de Cristo, nenhum Herodes apagará sua luz

São Pedro, estátua Vaticano

São Pedro, estátua Vaticano
São Pedro, estátua Vaticano

Cidade do Vaticano (RV) – “Ensinar a oração, orando; anunciar a fé, acreditando; testemunhar, vivendo!” Foi o que pediu Francisco aos Arcebispos Metropolitanos que na Solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo receberam o pálio das mãos do Papa. A missa foi celebrada na manhã desta segunda-feira (29/06), na Basílica Vaticana.

Estátua de Sao Paulo no Vaticano

Estátua de São Paulo, Vaticano
São Paulo, estátua Vaticano

Homilia

Em sua homilia, comentando as leituras do dia, o Papa destacou a coragem dos Apóstolos e da primeira comunidade cristã de levar avante a obra de evangelização, sem medo da morte nem do martírio. Esta coragem, frisou Francisco, é um forte apelo à oração, à fé e ao testemunho.

Apelo à oração

“A comunidade de Pedro e Paulo ensina-nos que uma Igreja em oração é uma Igreja de pé, sólida, em caminho!”, disse. Na verdade, um cristão que reza é um cristão protegido, mas sobretudo não está sozinho. “Nenhuma comunidade cristã pode prosseguir sem o apoio da oração perseverante! A oração é o encontro com Deus, que jamais desilude.”

A primeira leitura fala do aparecimento de um anjo que inunda a masmorra de Pedro de luz. “Quantos anjos coloca Ele no nosso caminho, mas nós, dominados pelo medo ou a incredulidade ou então pela euforia, deixamo-los fora da porta”, acrescentou o Papa.

Apelo à fé

o Pontífice prosseguiu dizendo que Deus não tira os seus filhos do mundo ou do mal, mas dá-lhes a força para vencê-los. E falou das forças que tentaram – e ainda tentam – aniquilar a Igreja com inúmeras tempestades e os nossos muitos pecados. Não obstante, a Igreja permanece viva e fecunda. “Inexplicavelmente, permanece firme.”

Tudo passa, só Deus resta. “Na verdade, passaram reinos, povos, culturas, nações, ideologias, mas a Igreja, fundada sobre Cristo, permanece fiel ao depósito da fé, porque a Igreja não é dos Papas, dos Bispos, dos padres e nem mesmo dos fiéis; é só e unicamente de Cristo.”

Apelo ao testemunho

Por fim, o Papa faz um apelo ao testemunho, a exemplo de Pedro e Paulo.

“Uma Igreja ou um cristão sem testemunho é estéril; um morto que pensa estar vivo; uma árvore ressequida que não dá fruto; um poço seco que não dá água! A Igreja venceu o mal, através do testemunho corajoso, concreto e humilde dos seus filhos.”

Apelo aos Arcebispos

“Amados Arcebispos que hoje recebestes o pálio! Este é o sinal que representa a ovelha que o pastor carrega aos seus ombros como Cristo, Bom Pastor”, disse o Papa, sublinhando o que a Igreja quer deles:

“A Igreja quer-vos homens de oração, mestres de oração”: que ensinam ao povo que a libertação de todas as prisões é apenas obra de Deus e fruto da oração; que Deus, no momento oportuno, envia o seu anjo para nos salvar das muitas escravidões e das inúmeras cadeias mundanas. “E sede vós também, para os mais necessitados, anjos e mensageiros da caridade!”

“A Igreja quer-vos homens de fé, mestres de fé: que ensinem os fiéis a não terem medo de tantos Herodes que afligem com perseguições, com cruzes de todo o gênero. Nenhum Herodes é capaz de apagar a luz da esperança daquele que crê em Cristo!”

“A Igreja quer-vos homens de testemunho: Não há testemunho sem uma vida coerente! Hoje sente-se necessidade não tanto de mestres, mas de testemunhas corajosas, que não se envergonham do Nome de Cristo e da sua Cruz perante as potências deste mundo.”

O motivo é muito simples, disse Francisco: “O testemunho mais eficaz e mais autêntico é aquele que não contradiz, com o comportamento e a vida, aquilo que se prega com a palavra. Ensinar a oração, orando; anunciar a fé, acreditando; testemunhar, vivendo!”

O mundo em guerra exterminou este ano 230 milhões de crianças. Quem reza por elas? Quais são os países assassinos? Que país invasor ou ditadura mata mais? O Brasil ameaçado

O homem é o lobo do homem. É o único animal que mata outro da mesma espécie. As chacinas de Herodes

 

Pavel Constantin
Pavel Constantin

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (na sigla em inglês, UNICEF) disse ontem (8) que, este ano, mais de 15 milhões de crianças foram impactadas por conflitos violentos em muitos países, como República Centro-Africana, Iraque, Sudão do Sul, Palestina, Síria e Ucrânia, e que cerca de 230 milhões de crianças moram nos países e regiões influenciadas pelo conflito armado.

O diretor executivo do Fundo, Anthony Lake, apontou que, este ano, muitas crianças se tornaram órfãs e foram sequestradas, abusadas e estupradas, e que as crises de longo prazo ocorridas na Síria, Iraque, Líbia, Ruanda, Mali, Senegal, Burundi, Libéria, Congo,  Somália, Afeganistão, Ucrânia, Palestina e Paquistão trazem influências negativas à vida e ao futuro deles.

 

 

Crianças abandonadas e sem escola

 

Além disso, a fome e as doenças endêmicas do Terceiro Mundo provocaram orfandade de milhares de crianças, e que, também, por volta de cinco milhões e crianças desistiram da educação.

Segundo Lake, as organizações humanitárias estão cooperando entre si para prestar ajuda a essas crianças, em educação, vacinação e atividades para órfãos. Lake apelou a todos os países que melhorem a vida dessas crianças em 2015.

Giacomo Cardelli
Giacomo Cardelli

 

Ameaça de um golpe do judiciário no Brasil

 

Tem gente cruel que pede uma intervenção militar de país estrangeiro no Brasil. Que pode provocar uma guerra civil, o separatismo que tirou a Iugoslávia do mapa da Europa. E mesmo que não aja resistência do povo desarmado, toda ditadura significa morte e corrupção.

Enrico Bertuccioli
Enrico Bertuccioli

 

Brasil Haiti soldado guerra indignados

A matança do rei Herodes em Gaza

Ofensiva israelense em Gaza deixa 408 crianças mortas, diz Unicef

 

Kike
Kike

Os bombardeios do Exército de Israel em Gaza deixaram 408 crianças mortas e 2.500 feridas, segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), que calcula em 370 mil o número de menores que necessitam urgentemente de ajuda psicológica.

“O número de crianças assassinadas durante a operação militar superou o de crianças mortas durante a operação Chumbo Fundido”, a última ofensiva israelense em Gaza, entre 2008 e 2009, na qual 350 menores morreram, afirmou Pernille Ironside, chefe do Unicef em Gaza.

“A ofensiva teve um impacto catastrófico e trágico nas crianças. Se levarmos em conta o que esses números representam para a população de Gaza, é como se tivessem morrido 200 mil crianças nos Estados Unidos”.

Ironside ressaltou que não há eletricidade e que os sistemas de água potável e saneamento não funcionam, por isso o perigo de doenças transmissíveis e de diarreia — que pode ser fatal em menores de cinco anos — é iminente.

“É preciso se levar em conta o tamanho da faixa de Gaza, são 45 km de comprimento por entre 6 km e 14 km de largura. Não há uma só família que não tenha sido diretamente afetada por alguma perda”, disse.

“A destruição é total. Usaram armamentos horríveis que provocam terríveis amputações. E isso se passou na frente dos olhos das crianças, que viram morrer seus amigos e seus pais”, afirmou a funcionária.

Por isso o Unicef calcula que 370 mil crianças necessitarão ajuda psicológica para superar o trauma.

“Levemos em conta que uma criança que tem sete anos já passou por três ofensivas, a de 2008-2009, a de 2012 e a de agora. Imaginem o impacto que isso pode ter tanto nas crianças menores como nas quais já entendem o que isso significa”, afirmou.

Os bombardeios israelenses afetaram 142 escolas em Gaza, incluídas 89 da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA), enumerou Ironside, que lembrou os ataques diretos a três escolas da ONU usadas para dar refúgio a palestinos fugindo dos combates.

Para Ironside, o futuro das crianças em Gaza é “desalentador”.

 

lemonde. Gaza

Dans Gaza dévastée, le cessez-le-feu se poursuit

Pas de sirène d’alerte côté israélien, pas non plus de fracas de bombardement ou de tir d’artillerie côté palestinien. Trente jours tout juste après le lancement de l’opération « Bordure protectrice » par l’armée israélienne, le cessez-le-feu entre Israël et le Hamas, commencé mardi pour trois jours, se poursuivait mercredi 6 août.
A la faveur de cette accalmie, les secours ont pu accéder à des zones bloquées par les combats, où ils commençaient à découvrir de nouveaux corps, alourdissant un bilan humain déjà exorbitant. Selon le ministère de la santé palestinien, cette guerre a fait au moins 1 875 morts, dont 430 enfants et adolescents et 243 femmes.

ENTRE 4 ET 6 MILLIARDS DE DOLLARS DE DÉGÂTS

En voiture ou sur des charrettes tirées par des ânes, des milliers de Palestiniens qui avaient fui la menace des bombardements ont regagné leur domicile, et constaté les ravages infligés par l’armée israélienne. La guerre a causé entre 4 et 6 milliards de dollars de dégâts directs, mais l’addition pourrait être bien plus salée, selon le vice-ministre de l’économie palestinien.

Lire aussi notre reportage : Désastre humanitaire dans les ruines de Gaza

 

Brandan Reynolds
Brandan Reynolds

Assassinar centenas de crianças não é censurável, dizer seus nomes sim

A Autoridade de Radiodifusão de Israel (Israeli Broadcasting Authoruty – IBA) proibiu a emissão de um anúncio radiofônico, promovido por uma organização de direitos humanos, no qual eram recitados os nomes de algumas das dezenas de crianças que morreram em Gaza, desde que se iniciou o ataque israelense há 17 dias.

O recurso apresentado por B’Tselem contra a decisão foi rejeitado na quarta-feira. A organização humanitária tem a intenção de apresentar, no domingo, um pedido para a Corte Suprema de Israel, para conseguir que a proibição seja revogada.

A IBA declarou que o conteúdo do anúncio é “politicamente contravertido”. O anúncio diz respeito às crianças mortas em Gaza e nele se leem, em voz alta, os nomes de algumas vítimas.

Em um comunicado, o grupo de direitos humanos manifestou: “Até o momento, mais de 600 pessoas morreram nos bombardeios de Gaza, mais de 150 delas crianças, mas à margem de uma breve referência ao número de vítimas mortais, os meios de comunicação israelenses não informam sobre eles”. Pela manhã da quinta-feira, o número de mortos em Gaza havia ultrapassado os 700. [Na data de 29 de julho já estava em 1.050 pessoas].

B’Tselem prossegue: “A IBA alega que dizer os nomes das crianças é politicamente controvertido. No entanto, negar-se a fazê-lo constitui, em si mesmo, uma declaração de grande alcance: diz que o alto preço que os civis de Gaza estão pagando, muitos deles crianças, tem que ser censurado”.

As agências humanitárias anunciaram, na última quarta-feira, que durante os dois dias anteriores os israelenses haviam matado, em Gaza, a média de uma criança por hora e que mais de 70.000 crianças foram obrigadas a fugir de seus lares. Também houve um aumento no número de nascimentos prematuros.

“O aterrador número de crianças de Gaza assassinadas, feridas ou removidas exige uma inequívoca resposta internacional para colocar fim ao banho de sangue”, disse a organização ‘Save the Children’. “Famílias inteiras estão sendo exterminadas em questão de segundos, em razão dos lares se tornarem objetivos militares”.

O doutor Yousif al Swaiti, diretor do Hospital Al-Awda, declarou: “Vimos muitos nascimentos prematuros provocados pelo medo e transtornos psicológicos, causados pela ofensiva militar. O número de nascimentos prematuros por dia foi duplicado em relação a média diária que era registrada antes da ofensiva”.

 

Bélgica
Bélgica
Austrália
Austrália
França
França
Brasil
Brasil

Fonte: Instituto Humanitas Unisinos

A VIA SACRA DO MENOR MARCELO

OS QUE LAVARAM AS MÃOS, OS QUE RECEBERAM 30 MOEDAS, OS QUE O FLAGELARAM E EM SEGUIDA O EXECUTARAM. UMA ANALOGIA COM A VIA SACRA DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO

 

Não foi o Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini. Cartazete de campanha na internet
Não foi o Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini. Cartazete de campanha na internet

por George Sanguinetti

 

Nesta Semana Santa, onde todos recordamos o sofrimento do nosso Salvador, a Via Sacra até a décima quarta estação, não posso também deixar de estabelecer uma analogia do sofrimento de um menor, executado com os pais e familiares, trazendo as marcas no corpo, não só do tiro que o matou, mas de violências que se traduziram por “lesões de defesa”.

Analisando as diligências, a condução do inquérito policial, lembra uma das encenações da Paixão de Cristo, que são mostradas em diversas cidades do Brasil, sendo até atração turística, pelo bom desempenho dos atores e do conjunto.

Consigo identificar por semelhança Pôncio Pilatos, Judas, os soldados de Herodes que na época O flagelaram e crucificaram.

Jesus Cristo, o Filho de Deus para nos salvar; e Marcelinho por ser parte da família, objeto de vingança, que também deveria ser executado e que receberia a culpa da chacina.

Os algozes tiraram sua vida e macularam sua memória.

Exposto como alienado, serial killer, um vingador errante como Don Quixote, segundo um dos “doutores da lei”.

Sua via sacra, conduzida pela mídia, insuflada por informações equívocas (não foi assim no solta Barrabás) tem sido diária, semanal, mensal; dura até hoje.

Como Cristão, nesta época de sentimento e reflexão, ao rezar, fitando o Crucificado, pela salvação do homem, não posso deixar de lembrar o calvário da Família Pesseghini, trucidada com tamanha brutalidade e do menor Marcelo, executado também e com a memória maculada para proteger “soldados de Herodes”.

Rezo ao Senhor meu DEUS, comungo do sofrimento do Filho, para salvação do homem, nesta Semana Santa, mas oro também, clamo por justiça que virá de Deus e se manifestará nos homens, comprovando a inocência do menor Marcelo.

“Depois de O terem escarnecido, tiraram-lhe a clâmide, vestiram-lhe as Suas roupas e levaram para ser crucificado.” Mateus 27:31

Papa Francisco convidou a pensar nos “exilados escondidos” no seio das famílias, e deu como exemplo os anciãos

 

São José do Egito
São José do Egito

A Sagrada Família de Nazaré.

Família – porque Deus quis nascer numa família com mãe e pai, como aliás mostram os presépios – disse o Papa Francisco – frisando que o Evangelho deste domingo é centrado sobre a fuga da Sagrada Família de Belém para o Egito devido às ameaças de Herodes.

José, Maria e Jesus experimentam portanto as condições dramáticas dos refugiados, marcadas por medo, incerteza, dificuldades – prosseguiu o Papa – recordando que, infelizmente, também nos nossos dias, milhões de famílias vivem esta triste realidade. Quase todos os dias os meios de comunicação falam de pessoas obrigadas a fugir devido à fome, guerras e outros perigos graves, indo à procura de segurança e de uma vida digna para si e para os próprios familiares…

Mesmo quando esses refugiados e emigrantes encontram trabalho, nem sempre isto é acompanhado dum verdadeiro acolhimento, respeito, apreço dos valores de que são portadores – frisou o Papa, convidando a pensar no drama dos migrantes e refugiados que são vítimas de recusa e exploração.

Mas o Papa convidou também a pensar naqueles que definiu de “exilados escondidos” no seio das famílias, e deu como exemplo os anciãos, por vezes tratados como uma presença incômoda, e recordou mais uma vez que a forma como se tratam os anciãos e as crianças é espelho do estado da família…

E com veemência Francisco voltou a repetir que numa família onde os membros se recordam sempre de pedir licença, dizer obrigado e pedir desculpas, nessa família reina a alegria e a paz…
O Papa Francisco continuou a sua reflexão, fazendo notar que Jesus quis pertencer a uma família humana que passou por várias dificuldades, isto para mostrar que Deus está lá onde a pessoa humana enfrenta perigos, lá onde o homem sofre, onde tem de fugir, onde experimenta a recusa e o abandono; mas está também lá onde a pessoa humana sonha, espera regressar à Pátria em liberdade, projecta e opta pela vida, pela própria dignidade e pela dos seus familiares.

O Papa referiu-se ainda à simplicidade de vida da Família de Nazaré, exemplo para as famílias de hoje, ajudando-as a se tornar comunidades de amor e de reconciliação, em que se experimenta a ternura, a ajuda e o perdão recíprocos. Mas convidou-as também a tomar consciência da importância que têm na Igreja e na sociedade, especialmente no anuncio do Evangelho que da família passa aos diversos âmbitos da vida quotidiana…

Depois da oração mariana do Angelus, o Papa recordou que o próximo Sínodo dos Bispos enfrentará o tema da família e, neste dia da Festa da Sagrada Família confiou à Família de Nazaré os trabalhos do Sínodo, dirigindo a Ela, juntamente como os fiéis, uma oração a favor de todas as famílias do mundo…

ORAÇÃO À SAGRADA FAMÍLIA
Jesus, Maria e José,
em Vós, contemplamoso esplendor do verdadeiro amor,
a Vós, com confiança, nos dirigimos.
Sagrada Família de Nazaré,tornai também as nossas famílias
lugares de comunhão e cenáculos de oração,escolas autênticas do Evangelho
e pequenas Igrejas domésticas.
Sagrada Família de Nazaré,que nunca mais se faça, nas famílias, experiência
de violência, egoísmo e divisão:quem ficou ferido ou escandalizado
depressa conheça consolação e cura.
Sagrada Família de Nazaré,que o próximo Sínodo dos Bispos
possa despertar, em todos, a consciência do carácter sagrado e inviolável da família,
a sua beleza no projecto de Deus.
Jesus, Maria e José,escutai, atendei a nossa súplica.

Em Pernambuco, existe uma cidade, que rememora o exílio da Sagrada Família de Nazaré: São José do Egito.

Igreja

Papa Francisco foi a Lampedusa, porto de abrigo de milhares de emigrantes, “chorar os mortos que ninguém chora”

A gust of wind lifts up Pope Francis' mantle as he stands onboard a boat at Lampedusa Island

Francisco fez uma peregrinação a Lampedusa, Itália, para combater a “globalização da indiferença”. Esse encontro do Papa com os emigrados foi censurado pela grande imprensa brasileira. Principalmente os jornais golpistas que são contra o povo nas ruas, e qualquer plebiscito ou referendo. Uma imprensa elitista que, inclusive, vem inventando que o Papa teme os atuais protestos brasileiros.

Quem chorou hoje no mundo?

“Senti que devia vir hoje aqui para rezar e manifestar a minha proximidade”
É o hábito do sofrimento do outro que alimenta a globalização da indiferença e adensa o número de “responsáveis sem nome nem rosto”. Foi duríssima a condenação do Papa Francisco, ao falar de Lampedusa, no extremo sul da Europa; mas ele dirigia-se ao mundo, chamando-o às suas responsabilidades diante do drama de quantos são obrigados a fugir da própria terra em busca de paz e dignidade. O Papa explicou que a primeira viagem do seu pontificado é precisamente para eles, para estas vítimas de uma violência inaudita.

Quando, há algumas semanas, recebeu a notícia de mais uma tragédia do mar, recordou: “senti que devia vir aqui hoje para rezar, para realizar um gesto de proximidade, mas também para despertar as nossas consciências a fim de que o que aconteceu não se repita”. E invocou o Senhor, pedindo “perdão pela indiferença em relação a tantos irmãos e irmãs; por quantos adormeceram, fechando-se no próprio bem-estar que leva à anestesia do coração, e por aqueles que, com as suas decisões a nível mundial, criaram situações que levam a estes dramas”.

Escreve o jornal Público de Portugal:

O Papa Francisco escolheu Lampedusa para a primeira viagem apostólica do seu pontificado e a primeira de sempre de um Papa à ilha italiana do Mediterrâneo, ponto de passagem para milhares de imigrantes que tentam chegar à Europa.

O Sumo Pontífice quis manter a sobriedade dos actos para “chorar os mortos” dos naufrágios de embarcações que transportam imigrantes do Médio Oriente e Norte de África – os mortos que ninguém chora, disse. E para tal, fez-se acompanhar apenas dos seus secretários particulares, dos seus guarda-costas e do porta-voz do Vaticano Federico Lombardi, nota a AFP, e sem responsáveis políticos num barco que percorreu parte da costa até à Porta da Europa, monumento erguido em memória de todas as vítimas de naufrágios.

O Papa lançou ao mar uma coroa de crisântemos (brancos e amarelos, cores do Vaticano) antes de se recolher em silêncio. Depois, saudou a multidão que o esperava no cais enquanto os navios ao largo da ilha faziam ressoar as suas sirenes em sinal de luto pelos mortos, descreve a AFP.

Lampedusa flores

O barco que usou é o mesmo que, desde 2005, socorreu 30 mil pessoas apanhadas em naufrágios na travessia do Mediterrâneo. Também para celebrar uma missa, usou um barco que em tempos naufragou, como altar. “Os mortos no mar são como um espinho no coração”, disse frente a habitantes da ilha e imigrantes.

O Papa Francisco quis, com esta visita, sensibilizar a ilha de 6000 habitantes e o país para a necessidade de acolher essas pessoas e garantir os seus direitos. “Tende a coragem de acolher aqueles que procuram uma vida melhor”, pediu, ao mesmo tempo que elogiou Lampedusa como “exemplo para todo o mundo” precisamente por ter “a coragem de acolher” essas pessoas.

Apelou a um despertar das consciências para contrariar a “indiferença” relativamente aos imigrantes. “Perdemos o sentido da responsabilidade fraterna e esquecemo-nos de como chorar os mortos no mar”, lamentou. “Ninguém chora estes mortos”, criticando “os traficantes” que “exploram a pobreza dos outros.”

“Oremos pelos que hoje não estão aqui”, disse o Papa a um pequeno grupo de imigrantes acabados de chegar, no domingo, a este primeiro porto seguro para milhares de pessoas que tentam chegar à Europa. “Fugimos dos nossos países por motivos políticos e económicos. Pedimos a ajuda de Deus depois dos nossos longos sofrimentos”, acrescentou.

A escolha de Lampedusa para a primeira deslocação fora de Roma é altamente simbólica para um Papa que colocou os pobres e os excluídos no centro do seu pontificado e lançou um apelo à Igreja para que regresse à sua missão de os servir, nota a Reuters, acrescentando que esta viagem coincide com o início do Verão quando se intensificam as travessias. “O resto da Itália e a Europa têm de ajudar-nos”, disse à AFP a presidente da câmara de Lampedusa, Giusi Nicolini.

A ilha italiana do Mediterrâneo, entre a Sicília e a costa da Tunísia e da Líbia, é uma das principais portas de entrada para a União Europeia, juntamente com a fronteira entre a Grécia e Turquia. Desde Janeiro, 4000 imigrantes chegaram já à ilha – esse número é três vezes maior do que os do ano passado, segundo a AFP. 2011, com as Primaveras Árabes, foi particularmente movimentado. Nesse ano, cerca de 50 mil imigrantes e refugiados desembarcaram em Lampedusa, metade dos quais vindos da Líbia e da Tunísia, cuja costa fica a pouco mais de 100 quilómetros da ilha.

Muitos atravessam em condições precárias e perigosas. De acordo com números das Nações Unidas, referidos pela Reuters,  desde o início do ano, 40 terão morrido na travessia entre a Tunísia e a Itália, um número menor que em 2012 quando houve registo de quase 500 mortos ou desaparecidos.

 Transcrevo do L’Osservatore Romano:

Uma viagem que interroga as consciências

Desde o anúncio de surpresa o significado da viagem do Papa Francisco a Lampedusa foi fortíssimo: não são palavras vazias as que o bispo de Roma vindo “quase do fim do mundo” vai repetindo desde o momento da eleição em conclave. A primeira viagem do pontificado, tão breve quanto significativa, quis de facto alcançar – daquele centro que deve ser exemplar ao presidir “na caridade a todas as Igrejas”, como recordou apresentando-se ao mundo – uma das periferias, geográficas e existenciais, do nosso tempo.

Um itinerário simples no seu desenrolamento, que surgiu de mais uma notícia perturbadora da morte de imigrantes no mar – que permaneceu “como um espinho no coração” do Papa Francisco – e realizada para rezar, fazer um gesto concreto e visível de proximidade e despertar “as nossas consciências”, mas também para agradecer. Na celebração penitencial diante do mundo e da solidariedade com os mais pobres, acrescentaram-se várias vezes expressões não protocolares e espontâneas de gratidão por quem há anos sabe acolhê-los e abraçá-los, oferecendo deste modo silencioso e gratuito “um exemplo de solidariedade” autêntica.

Desta porta da Europa, continente demasiadas vezes perdido no seu bem-estar, o bispo de Roma dirigiu ao mundo uma reflexão exigente sobre a desorientação contemporânea, marcada pelas perguntas de Deus que abrem as Escrituras hebraicas e cristãs: “Adão, onde estás?” e “Caim, onde está o teu irmão?”. Perguntas bíblicas que vão à raiz do humano e que o Papa Francisco repetiu diante de muitos imigrados muçulmanos, aos quais tinha acabado de desejar que o iminente jejum do Ramadão dê frutos espirituais, com uma oferta de amizade que evidentemente supere os confins da pequena ilha mediterrânea.

Sempre as mesmas perguntas, hoje dirigidas a um homem que vive na desorientação, frisou o Pontífice: “Muitos de nós, incluo-me também a mim, estamos desorientados, já não prestamos atenção ao mundo no qual vivemos, não nos ocupamos, não preservamos o que Deus criou para todos e nem sequer somos capazes de nos preservarmos uns aos outros”. A ponto que milhares de pessoas decidem abandonar as suas terras e caem desta forma nas mãos dos traficantes, “daqueles que se aproveitam da pobreza dos outros, estas pessoas para as quais a pobreza dos outros é uma fonte de lucro”, denunciou o bispo de Roma recordando as palavras de Deus a Caim: “Onde está o sangue do teu irmão que clama da terra até mim?”.

Ninguém se sente responsável porque – disse o Papa Francisco – “perdemos o sentido da responsabilidade fraterna”. Aliás, a cultura do bem-estar “faz-nos viver em bolhas de sabão, que são bonitas, mas nada mais”: em síntese, trata-se de uma ilusão que no mundo globalizado de hoje levou a uma “globalização da indiferença” privando-nos até da capacidade de chorar diante dos mortos. Repete-se assim a cena evangélica do homem ferido, abandonado à beira da estrada e do qual só um samaritano se ocupa. Como acontece na “pequena realidade” de Lampedusa, onde tantos encarnam a misericórdia daquele Deus que se fez menino obrigado a fugir da perseguição de Herodes.

Vídeo

Infanticidas e escravocratas contra Bolsa Família

O boato do fim do Bolsa Família nasceu de um balão de ensaio da Folha de São Paulo, que reverberou na classe média escravocrata e ameaçou as empregadas domésticas. Ouvi de uma dondoca: – “Essa gente pobre, sustentada pelo governo, não quer mais trabalhar”.

Esquecem os católicos o sermão do Papa Francisco: – “Salário indigno é escravidão”.

Que reclamem as madames: elas ajudaram a espalhar o boato infanticida.

br_atarde. bolsa família mortalidade infantil

E para Áecio o aviso: os conselhos da Folha de São Paulo derrotam qualquer candidato.

O povo não lê a Folha, cujas opiniões e notícias são espalhadas por proprietários de rádio e outros meios de comunicação do PIG.

Escreve Paulo Henrique Amorim: “O editorial da Folha – que só este ansioso blogueiro leu – critica severamente o Aécio Neves, porque deu ‘sinais de hesitação’: já que se recusou a atacar com ‘denúncia ácida’ o assistencialismo do Bolsa Família”.

E acrescenta: “O boato sobre a extinção do Bolsa Família atingiu 12 estados. Milhares de brasileiros (os mais pobres) correram às agências da Caixa com medo de não receberem o benefício.

Dizem que o boato começou na internet. Pode ser. Mas duvide-o-dó que tenha sido espalhado por ela. Aí tem rádios populares, com toda certeza, pois o povão do Bolsa Família só tem computadores, carros e aviões na mensagem distorcida da mídia corporativa.

Esse atrevimento de bolar e botar em execução um plano com esse alcance só acontece porque temos três ministérios fracos, acocorados – o da Justiça, o da Comunicação e a Secretaria de Comunicação, que enche de verba o inimigo que lhe ataca. Três bananas.

A presidenta Dilma que não se engane: esse boato plantado, e que atingiu seu objetivo de provocar pânico, é apenas balão de ensaio do que vem por aí.

Caso ela continue apoiando esses ministérios inoperantes, pode ter a desagradável surpresa de ver adiante um boato como o de que todos devem correr aos bancos porque eles vão quebrar, ou, ainda (vamos ver se assim ela se move), o de sua renúncia, um golpe etc., trazendo caos ao país, sem que nada disso tenha sido detectado pelas agências de inteligência (nas mãos do bananão da Justiça), com apoio das concessionárias de rádio, TV e teles ( nas mãos do bananão da Comunicação) e com as fartas verbas publicitárias do governo (nas mãos da bananona da Secom).

Presidenta, Lula quando chegou à presidência já havia concorrido três vezes. Além disso, percorreu o país com a Caravana da Cidadania, nasceu pobre no interior do nordeste, e virou um grande líder metalúrgico.  Sua imagem é conhecida, admirada e está na imaginação e no coração de todos. Lula fala diretamente com o povo. Você, presidenta, ainda não. Grande parte do seu prestígio ainda vem dele, por isso a mídia não se cansa de querer dissociá-los.

Portanto, cuidado. João Goulart, com uma proximidade do movimento sindical imensamente maior que a sua, foi defenestrado com um aviso falso de que havia fugido do país, divulgado pelas rádios e espalhado pelos jornais. O Congresso fez o resto, enquanto os tanques tomavam as ruas.

O boato do fim do Bolsa Família abriu a jaula. Ou a presidenta prende as feras ou pode vir a ser devorada por elas”.

Para Luiz Carlos Azenha: O “resumo do filme: hoje o Bolsa Família tem um benefício médio de R$ 237 por mês, o que dá R$ 2.844,00 por ano. Por outro lado, desde 2000, por cálculos oficiais, a família Marinho recebeu um Bolsa Família anual de R$ 488 milhões e 824 mil reais em recursos públicos federais, só através da TV. Chique, né?”
bf

O “jornalista inimigo”, o “juiz amigo” e o poder que salva de uma merendeira

opinião o outro o inimigo indignados jornalista

[Os jornalistas que se cuidem: a justiça criou a figura do “jornalista inimigo”. Ontem, o Pagina 2 da Argentina denuncia a presença do “juiz amigo” dos empresários.

A excelente jornalista Cristina Moreno de Castro, em reportagem para o G1, escreveu:]

Um juiz da comarca de Unaí, no Noroeste de Minas Gerais, pediu a prisão em flagrante de um frei carmelita de Belo Horizonte e de representantes do Google no Brasil por não terem retirado da internet um vídeo em que há acusações de que o feijão produzido na cidade contém agrotóxicos.

O vídeo foi publicado no site “Youtube” em janeiro deste ano pelo frei Gilvander Luís Moreira, que é padre da Ordem dos Carmelitas, assessor da Comissão Pastoral da Terra, membro do Conselho Estadual de Direitos Humanos e militante da causa.

A gravação, feita com o celular do frei, mostra uma funcionária de uma escola municipal de Arinos, cidade vizinha de Unaí, dizendo que o feijão da marca Unaí está comprometido por agrotóxicos.

“Quando as serventes estavam cozinhando, veio uma catinga muito forte. Quando a gente foi olhar, era o cheiro do veneno, tivemos que jogar mais de 30 kg fora porque não tinha condições de ser consumido. Até mesmo na casa da gente quando a gente vai cozinhar, o cheiro está forte do veneno. Tem que deixar de molho um dia antes pra conseguir comer”, disse a mulher, identificada apenas como Edivânia.

A Torrefação e Moagem Unaí, dona da marca do feijão citado no vídeo, entrou na Justiça por difamação, contra o frei e o Google, pedindo a retirada do vídeo.

O juiz Raphael Moreira decidiu, em liminar, aceitar o pedido, dizendo que “o direito de liberdade de imprensa não pode ser exercido ilimitadamente”. Na decisão, o juiz também proibiu que o frei Gilvander colocasse o vídeo em qualquer outro site.

Houve uma audiência de conciliação, na qual o Google defendeu a permanência do vídeo, dizendo que não havia nada de ilícito nele. O juiz rejeitou o pedido de reconsideração feito pelo Google, dizendo que “não se pode veicular tão grave afirmação sem o mínimo embasamento técnico, apenas com base nas convicções pessoais de um consumidor”. E, em decisão de setembro, determinou que a empresa retirasse o vídeo do ar em até 24 horas, sob pena de pagar multa diária no valor de R$ 5 mil, “em razão da elevada capacidade financeira do Google Brasil”.

O vídeo não foi retirado e, por isso, o juiz determinou mais uma vez que ele saísse do ar em até cinco dias, sob pena de prisão em flagrante dos representantes legais do Google no Brasil e também do frei Gilvander.

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Competências

O advogado do frei, Élcio Pacheco, diz que, além de entrar com o habeas corpus, vai entrar com procedimento administrativo contra o juiz junto ao Conselho Nacional de Justiça e à Corregedoria do Tribunal de Justiça de Minas. Segundo ele, o juiz, que é da área cível, não pode decretar prisão de ninguém. “Apenas juiz criminal pode decretar prisão em flagrante, pela lei. O habeas corpus argumentou sobre a imoralidade e ilegalidade dessa ordem do juiz, que não tem competência para tal.”

O G1 conversou com o juiz Raphael Moreira, que disse que estava sem acesso ao processo, retirado para consulta, e não poderia comentar detalhes da decisão. Mas, segundo ele, “qualquer juiz, de qualquer esfera, pode determinar que a polícia faça uma prisão em flagrante. O réu não fica detido, assina um termo em que se compromete a comparecer em juízo  e o delegado o libera na hora.”

[Assim começa a danação da via crúcis do jornalista inimigo.

Para beneficiar uma empresa, a justiça desconsidera o testemunho de uma merendeira de uma escola. Devia abrir um processo contra a empresa que mata, e contra a autoridade que comprou o alimento tóxico para centenas de escolas de Minas Gerais e, possivelmente, outros Estados deste Brasil corrupto e herodiano. A vida de milhares de crianças não vale nada, o importante é o lucro de uma empresa assassina e gananciosa.

brasileiro come veneno

Justiça desconsidera o Senado

Noutra reportagem, Cristina Moreno de Castro narra:]

Segundo o frei, o número de pessoas com câncer na região aumentou muito nos últimos anos. “É difícil encontrar uma família que não tenha algum parente que está com câncer ou morreu da doença. Eles vão de ônibus para Ribeirão Preto fazer tratamentos e agora, numa cidade com 80 mil habitantes, vão criar um Hospital de Câncer. Onde já se viu isso? É muito grave e estamos preocupados.”

O que o levou a relacionar a incidência de câncer ao uso de agrotóxicos foi um estudo realizado pela Subcomissão Especial Sobre Uso de Agrotóxicos e Suas Consequências à Saúde, criada pela Comissão de Seguridade Social e Família, da Câmara dos Deputados, em 2011.

Ao final dos trabalhos, com vistorias in loco, a comissão, composta de seis deputados federais e seis suplentes, escreveu um relatório que concluiu: “A incidência de câncer em regiões produtoras de Minas Gerais, que usam intensamente agrotóxicos em patamares bem acima das médias nacional e mundial, sugere uma relação estreita entre essa moléstia e a presença de agrotóxico. Neste estado, na cidade de Unaí, esta sendo construído um Hospital de Câncer, em virtude da grande ocorrência desta doença na região. Segundo os dados apresentados na Ausculta Pública que realizamos nesse município, já estão ocorrendo cerca de 1.260 casos/ano/100.000 pessoas. A media mundial não ultrapassa 400 casos/ano/100.000 pessoas.”

O relatório recomendou à Secretaria Geral da Presidência da República e ao Ministério da Casa Civil “que a União promova um estudo específico, por intermédio principalmente dos órgãos do Ministério da Saúde, sobre o uso dos agrotóxicos e suas consequências à saúde da população, principalmente na região de Unaí/MG, devido a constatação de um alto índice de casos de câncer nesta região e ser uma região onde ocorre também um intenso consumo de agrotóxicos”.

Também resultou em um projeto de lei, de autoria do deputado mineiro Padre João (PT), que quer criar um monitoramento permanente sobre as condições dos agrotóxicos do país. O projeto foi apresentado em plenária em agosto e continua em tramitação.

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[Harmonia dos poderes, uma imoralidade

Não existe harmonia dos poderes. Montesquieu no livro “O Espírito das Leis”, escrito em 1748, jamais falou esse besterol. Nem John Locke.

Montesquieu dividiu os poderes separando-os em executivo, judiciário e legislativo.
As Constituições brasileiras acolheram a tese montesquiana. A Constituição cidadã de 1988 deu um jeitinho brasileiro, em seu artigo 2º, dispôs que os poderes são independentes e harmônicos entre si, tornando tal disposição cláusula pétrea (artigo 60, parágrafo 4º, III).

Harmonia lembra conchavo, cambalacho, troca-troca, que muitas vezes pode ser sanguíneo no nepotismo cruzado. Nada mais imoral. Todo poder tem que ser independente. Baseia-se  no principio da separação.

A Argentina vive hoje, o que a imprensa oposicionista explora, tempos de “desarmonia”.

Señala Alejandro Slokar, integrante de la Cámara Nacional de Casación Penal, el segundo tribunal de mayor relevancia del país, después de la Corte Suprema:

Hay que reaccionar frente a toda expresión de poder, porque sin ley y sin Justicia como su garante sólo queda el sojuzgamiento de los débiles por los más poderosos. Desde siempre y en todo lugar una de las aspiraciones más profundas de las mayorías sociales es la realización de una Justicia “justa”.

A justiça constitui um poder verdadeiro quando escuta uma merendeira].

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O Natal de Herodes matou o Menino Jesus

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O Papai Noel, que festejamos, foi criado para um anúncio da Coca-Cola, em 1860, pelo cartunista Thomas Nast, que desenhou um velhinho gordo, barbudo, sorridente, vestido de vermelho. Não dava para mostrar o Menino Jesus tomando Coca-Cola.

 

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Thomas Nast

 

A tradicional imagem do Natal brasileiro, como ainda acontece em vários países cristãos, é o presépio. “Grupo de barro ou pasta representando a cena de adoração ao Menino Jesus na manjedoura de Belém. São José, Nossa Senhora, os pastores, animais, cercam Jesus Cristo. Depois de 6 de janeiro, aparecem os três Reis Magos, séquitos, camelos, outros bichos. Os presépios eram armados em dezembro, fiéis ao habito português (Câmara Cascudo)”.

Capa de jornal Venezuelano

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