“República do Paraná”. Todo separatista é um traidor, e deve ser preso por pregar uma guerra civil

Celso Deucher, führer do movimento O Sul é o Meu País, numa maquinação realizada em Passo Fundo
Celso Deucher, führer do bródio O Sul é o Meu País, numa maquinação realizada em Passo Fundo

 

É o caso do bunda mole Celso Deucher, escritor medíocre que lidera um movimento de extrema direita, nazista, racista, tucano, que inclusive apela para uma intervenção militar estrangeira, pretendendo separar do Brasil os Estados do Paraná, Santa Catarina e o Rio Grande do Sul.

Esse seboso tropel de traidores da Pátria, ora conhecido como “República do Paraná”, está realizando campanha para derrubar Dilma Rousseff da presidência, repetindo o discurso de Aécio Neves e caterva.

Com “vergonha moral” do Brasil, o apátrida Celso Deucher, presidente do hatajo O Sul é Meu País, pede “desculpas” por ser brasileiro: “cara, eu não sou daquele país lá da bunda grande, da mulata puta, essa imagem que o Brasil faz questão de passar”. 

“A gente vê o governo abrindo mais vagas no Bolsa Família, mas não vê postos de trabalho”, reclama Deucher. “Nós queremos nos livrar, porque esse Estado, Brasília, não nos representa. Ele não diz nada para nós, o que ele diz é só coisa ruim”, conclui. A rejeição a Brasília é o mote dos panfletos que os traidores imprimem e distribuem.

"Para tirar Brasília do nosso bolso"- críticas à política nacional são recorrentes no discurso da mamparra
“Para tirar Brasília do nosso bolso”- críticas à política nacional são recorrentes no discurso da mamparra

Escreve Fernanda Canofre: Os separatistas também se creem injustiçados na representação parlamentar. Deucher reconhece que algumas das “oligarquias que tomaram conta do Estado nacional” são do Sul. Ainda assim, acredita que o cálculo do quociente eleitoral – que divide o número de eleitores pelo número de cadeiras disponíveis – faz com que o Sul nunca seja ouvido. “Como eu preciso de 17 catarinenses para valer um voto de um cara, sei lá, do Acre? De onde que saiu essa conta tão louca que um tem que ter poder econômico e outro tem que ter poder político? Num tempo em que o voto universal é um voto, como que isso continua acontecendo no Brasil, né? Essa questão aí, ela é seríssima. Por quê? Porque ela tira o valor como cidadãos que nós temos, como brasileiros. Tira a nossa força de lutar por aquilo que nós queremos”, frisa.

Na conferência, as “oportunidades” de expansão do movimento e formas de se espalhar a ideia são discutidas durante uma Oficina de Planejamento Estratégico. Um dos participantes sugere que o movimento utilize a mesma estrutura do marketing multinível – o polêmico esquema de pirâmide – esclarecendo que aqui não entraria dinheiro. Ele explica que uma pessoa seria responsável por integrar outras três à organização; essas três, outras três; e assim por diante. Outro integrante reconheceu na ideia uma estratégia também utilizada por igrejas evangélicas para arrebanhar mais fiéis: “Ah, sim, na igreja chamamos isso de igreja em células. Pode funcionar!”, exclama.

O livro é a mistura do Mein Kampf de Hitler com histórias dos movimentos libertários do Sul. Uma salada para fanatizar a elite branca que não se sente brasileira
O livro é a mistura do Mein Kampf de Hitler com histórias dos movimentos libertários do Sul. Uma salada para fanatizar a elite branca que não se sente brasileira

Mas a polêmica maior é o ter ou não ter participação ativa na política brasileira. Um dos participantes, Hermes Aloisio, vice-presidente do movimento em Passo Fundo, foi também candidato a vice-governador do Rio Grande do Sul pelo PRTB, o partido de Levy Fidelix. No programa de governo de sua coligação, o plebiscito pela “autodeterminação política e econômica” é uma promessa. Deucher tenta se afastar disso. Fala que alguns políticos já demonstraram interesse em apoiá-los: “Só que nós não queremos esses apoios, entendes? Porque os caras são sujos, pô”.

Na mesma época em que os catarinenses tentavam reunir os três estados sulistas em torno da causa com a fundação de O Sul é Meu País, em Porto Alegre, a República Federativa dos Pampas virava notícia nacional. Em 1993, Irton Marx, presidente da organização que defendia um território independente só para os gaúchos, protagonizou uma reportagem no Jornal Nacional da Rede Globo defendendo um país que falasse alemão. Acabou sendo acusado de nazista e processado pelo Estado. Uma imagem que, mesmo com a absolvição de Marx, ainda assombra os separatistas de hoje.

“O cara (Marx) criou um país inteiro. Ele sentou numa mesa e – com o perdão da palavra – se masturbou com a ideia e botou tudo ali. (…) Ele era radical, personalista, era ele que era o gostosão do negócio. Era ele que ditava as ordens, e isso começou a desagradar todo mundo”, critica Deucher. Depois da secessão sulista, o movimento representado por ele decidiu se legalizar, registrando inclusive um CNPJ, se formalizando como pessoa jurídica.

O presidente alega que, na década de 1990, o grupo foi espionado pelo governo. Pessoas que se apresentavam como interessados na causa participavam das reuniões, gravavam conversas e, um tempo depois, aparecia um processo contra os separatistas. Outras vezes, recém-chegados pediam a palavra e revelavam um discurso fascista. Deucher conta que isso ainda se repete vez ou outra. Há oito meses, um militar da reserva gravou um dos encontros e registrou representação contra ele no Ministério Público com base na Lei de Segurança Nacional.

Ainda que Deucher critique o personalismo de Irton Marx, é difícil separar sua figura de O Sul é Meu País. Ele mesmo admite ser procurado para palestras dentro dos movimentos de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Amapá como referência do assunto.

Para Celso Deucher, o separatismo é pessoal. Vem daí sua terceira razão para a criação de um novo país: “É tu te sentir parte de um país. Nós não nos sentimos brasileiros. Não sei o porquê. Não sei o que é que houve. Cara, como é que tu vai me obrigar a me sentir brasileiro? Entendeste? Não tem outra nacionalidade que eu me sinta mais. Eu não me sinto alemão, não me sinto italiano, não me sinto nada: eu me sinto sulista”, revela. Assim como a maioria dos separatistas reunidos na conferência, além da geografia e mesmo a neve que, para eles, “respeita os limites geográficos” e não cai em São Paulo, o que os afasta da ideia do Brasil como nação é que o país passou a representar vergonha moral.

Os nazistas, como faziam os integralistas de Plínio Salgado, usam frases indígenas como slogam. Fotografias de Fernanda Canofre / Vice Brasil
Os bichos da República do Paraná, como faziam os integralistas de Plínio Salgado, para enganar os tolos, usam frases indígenas como slogans. Fotografias de Fernanda Canofre / Vice Brasil

– Esse sentimento interno, essa coisa dentro de mim, dentro de milhões de outras pessoas, de não se sentirem brasileiros, de terem vergonha de serem brasileiros, de quando perguntada ‘De que país tu é?’, ‘Cara…meu, eu sou do Brasil, bicho. Desculpa’. Entendeste? Tu implorar desculpas pras pessoas por ser do Brasil. Cara, eu não sou daquele país lá da bunda grande, da mulata puta, do não sei o quê – eu não sou. Peraí, cara. Não é isso. Sabe, essa imagem que o Brasil faz questão de passar. Sabe, do tráfico humano, do tráfico sexual. Sabe, esse país erótico em que as menininhas com doze anos colocam os peitinhos para fora e chamam os gringos pra virem comer elas (sic). Esse país não é o meu, cara – destaca.

“Mas tu não achas que exploração sexual acontece no Sul também?”, perguntei. – Acontece, acontece muito, justamente por quê? Porque nós temos lá inclusive uma sulista, uma Xuxa da vida, que erotizou a mulheradinha desde pequenininha. Qual é o negócio? Mostra a bundinha, filha. Mostra os peitinhos, filha. Diz que tu é gostosa, filha. Tu me entendeu? Quem é que fez isso, onde é que tá a mística desse troço aí? TV e outros meios de comunicação que sempre trabalharam isso como produto nacional. Nós somos um povo querido, alegre, e nossas mulheres são as mais gostosas. Não é isso? É isso que nós vendemos lá fora”. Leia mais

 

 

O debate que a imprensa gosta: os candidatos apresentam propostas e a manchete fica para a corrupção na Petrobras

Fica esquecida a escandalosa e antinacionalista presidência do genro de Fernando Henrique na Petrobras. Um ladrão esquecido, podre de rico, e solto, e solto, que nem o sogro, o sogro, corrupto todo. 

E o debate corre assim: Dilma: -Fiz isso. Aécio: -Vou fazer mais.

Dilma apresenta obras de pedra e cimento e aço. Aécio promete castelos no ar.

Dos 1001 casos de corrupção da Petrobras, a imprensa fala apenas de um, o povo recorda apenas um
Dos 1001 casos de corrupção da Petrobras, a imprensa fala apenas de um, o povo recorda apenas um
Caso da Petrobras vem sendo destaque das manchetes diárias de todos os jornais, desde que começou o segundo turno. O caso é que todo sabe qual caso. É um caso único que a justiça vaza, e a imprensa destaca
Caso da Petrobras vem sendo destaque das manchetes diárias de todos os jornais, desde que começou o segundo turno. O caso é que todo sabe qual caso. É um caso único que a justiça vaza, e a imprensa destaca
Falar na Petrobras selecionando apenas um caso é um capcioso, avassalador e destrutivo ataque pessoal escolhendo uma vítima inocente
Falar na Petrobras selecionando apenas um caso é um capcioso, avassalador e destrutivo ATAQUE PESSOAL escolhendo uma vítima inocente
É um jornal safado, mas não esconde o nome de quem desonestamente ataca. Constatar não é assumir uma culpa. Aécio também reconhece que houve corrupção na Petrobras. Mas distingue apenas um caso, um único caso
É um jornal safado, mas não esconde o nome de quem desonestamente ataca. Constatar não é assumir uma culpa. Aécio também reconhece que houve corrupção na Petrobras. Mas distingue apenas um caso, um único caso

A mídia entreguista e a justiça eleitoral conseguiram impor o provinciananismo e a municipalização dos debates da campanha presidencial.

Dilma fala de creches, dever de prefeito.
Aécio de polícia, coisa de governador.

Um candidato a presidente discute patriotismo, nacionalismo, civismo, brasilidade.

O papel do Brasil como nação, como país independente (potência mundial versus complexo de vira-lata, quintal).

O bem-estar social e a felicidade do povo em geral.

 

 

 

 

Os selvagens brasileiros e a Copa

Causa espanto no mundo inteiro os mandamentos da Fifa para a Copa. Ou melhor: o que é pecado nos países civilizados, no Brasil é costumeiro.  A atitude senhorial e colonizadora da Fifa vem sendo criticada pela imprensa internacional, mas os jornais brasileiros, passiva e covardemente, nada reclamam. Estão acostumados a dizer amém para os cartolas ingleses, desde que o futebol começou a ser divulgado no Brasil.

Na América do Sul, quem defende os brasileiros, sãos os hermanos argentinos.

CONTROVÉRSIA
Os polêmicos conselhos da FIFA para os que viajam para a Copa

 

Alex Falco Chang
Alex Falco Chang

 

por Eleonora Gosman/ Clarín/ Argentina

“Abstinência sexual” e “fidelidade” são duas recomendações da Fifa para esta Copa 2014 no Brasil. O reboliço que a publicação causou obrigou a Fifa a retirar essa edição da revista eletrônica.

O conselho é parte de uma cartilha que começou a circular em fevereiro nas doze cidades sede do mega evento futebolístico. O objetivo seria evitar que tanto os locais quanto os visitantes estrangeiros contraiam AIDS durante os 30 dias da competição.
Mas a Federação Internacional de Futebol não se limitou ao sexo, publicou sua própria tabela de 10 “mandamentos” para os 600.000 torcedores e turistas que virão do exterior. Com o título de “Brasil para os principiantes”, recomenda-se às mulheres que não façam topless nas praias, já que podem terminar na prisão. E também que os pedestres tenham cuidado ao atravessar as ruas, inclusive se atravessarem pelas linhas brancas, pois no Brasil não há cultura britânica.
O artigo em questão, publicado no Weekly Fifa, com o suposto objetivo de assessorar os europeus que desembarcarão no Brasil, é uma notável coleção de clichês, que pretende descrever o comportamento médio em um país onde há tantas culturas como estados (27 no total). O reboliço que a publicação causou obrigou a Fifa a retirar essa edição da revista eletrônica.

As advertências têm um tom jocoso, mas terminam por soar como um resumo discriminatório dos costumes que os europeus atribuem aos “sudacas”. Para começar, a foto que ilustra essa lista é a habitual: duas lindas garotas com uma poderosa anatomia em exibição. A poucos metros, um grupo de rapazes joga uma pelada.
O manual da Fifa continua com as seguintes observações: se você for a um restaurante para comer churrasco evite ingerir alimentos até 12 horas antes e quando já estiver sentado mastigue lentamente porque a boa carne “só é servida no fim”.
No mesmo estilo irônico, afirma que no Brasil existe pouco respeito pelo espaço mínimo que cada pessoa requer. E diz isso nestes termos: “Brasileiras e brasileiros não estão familiarizados com o costume europeu de manter a distância um do outro como uma norma de cortesia”. Dá muitos exemplos do significado do “beijo”, que não deve causar confusão: “É uma forma de comunicação não verbal que não implica compromissos”.
Afirma que “nas ruas, os pedestres são ignorados, e mesmo quando se atravessa pelas linhas brancas nenhum motorista vai parar voluntariamente”. De acordo com o decálogo, “o espanhol não serve. Os visitantes que tentarem se comunicar em espanhol terão a sensação de estar falando com as paredes”.

Por último lança uma forte advertência: “As imagens de mulheres com pouca roupa, típicas do carnaval, são enganosas e diferem consideravelmente da realidade”. Portanto não pense em “tomar sol na praia em topless”. Está absolutamente proibido e quem o fizer terminará na cadeia. Leia mais 

O povo precisa cantar nas ruas “Você abusou, tirou partido de mim, abusou…”

Estádio novo não é alegria do povo. Os camarotes de luxo são dos ricos

Uma música brasileira se tornou hino do Partido Socialista de vários países da Europa. Música de oposição.

O compositor francês Michel Fogain pegou a composição de Antônio Carlos e Jocafi e registrou no nome dele.

Que faz o governo com o amor do povo? Todo candidato disputa eleições, prometendo um governo nacionalista. Realiza discursos apaixonados e apaixonantes de brasilidade, de civismo. De amor. E nada se faz que preste para o povo.

Que faz a justiça com o amor do povo? Uma política de desamor. Para se falar com a deusa da justiça é preciso um advogado como intermediário. A justiça tarda, e falha. Hoje o povo apenas acredita na Justiça Divina.

Que faz o legislativo com o amor do povo? As leis são para beneficiar as elites, e facilitar a corrupção. Nunca se consulta o povo, via referendo, via plebiscito.

Os três poderes, os empresários e empreiteiros e latifundiários temem ouvir a voz do povo.

Com plebiscito vc não precisa de um milhão de assinaturas. Basta o votinho de cada um, pingado nas urnas, para virar lei, e não projeto de lei. É isso que dá medo, um medo danado, um medo medonho, um medo de arrepiar a careca dos corruptos e a perereca das madames das colunas sociais.

reeferendo

Você abusou, tirou partido de mim, abusou
Você abusou
Tirou partido de mim, abusou
Tirou partido de mim, abusou
Tirou partido de mim, abusou

Mas não faz mal, é tão normal ter desamor
É tão cafona, sofredor
Que eu já nem sei se é meninice ou cafonice o meu amor

Se o quadradismo dos meus versos
Vai de encontro aos intelectos que não usam o coração como expressão

Você abusou, tirou partido de mim, abusou
Você abusou
Tirou partido de mim, abusou
Tirou partido de mim, abusou
Tirou partido de mim, abusou
Que me perdoem se eu insisto neste tema
Mas não sei fazer poema ou canção
Que fale de outra coisa que não seja o amor

ESCUTE A VERSÃO FRANCESA

MORENA TERRA (No versejar de Caldas Barbosa)

por Talis Andrade

Raddärany Natasha des

A descendência negra

a descendência indígena

não há como esconder

dos capitães-do-mato

.

Não há como esconder a cor

do sexo e das rosáceas dos seios

.

Oi linda mestiça

para embranquecer

existirá sempre uma palavra

que lava mais branco

.

Somos crias do amor

o amor gostoso e verdadeiro

preguiçosa doçura

de diferentes etnias

uma deliciosa mistura

o amor puro

brasileiro

Ilustração: do álbum
de Raddãrany Natasha

Discurso de lançamento de FHC/Aécio foi um discurso sem Povo, sem Emprego, sem Inclusão

por Paulo Henrique Amorim

Navalha

Movido pelo espirito generoso do “só tô querendo ajudar”, o Conversa Afiada recomenda que Fernando Henrique e Aécio iniciem a campanha em Angra dos Reis, num estaleiro qualquer, para explicar por que a Petrobrax comprava navios que davam emprego a metalúrgicos de Cingapura.

Depois – “só tô querendo ajudar” -, os dois, o candidato e o candidato adjunto devem pegar o mesmo helicóptero do Ronaldo Cezar Coelho e pousar no alto do Morro do Alemão.

Para explicar por que o Fernando Henrique ia vender a Caixa Econômica ao Lehmann Brothers.

E o Lehmann Bros é que ia financiar o teleférico, as UPPs, e o conjunto do “Minha Casa Minha Vida”.

Como diz o ansioso blogueiro, o Padim Pade Cerra só está esperando o Aécio derreter.

FHC vai para o palanque com o Aécio ?

Ôba !

 

Não deixe de ler “atualizado, Lulilma 10 vs 0 FHC”.

 

 

 

 

 

Portugal unido contra privatizações dos serviços e empresas públicas

diario_noticias.

Em Lisboa os manifestantes encheram a praça do Municipio e aprovaram uma resolução contra o agravamento da austeridade, o aumento do desemprego, as privatizações dos serviços e empresas públicos.
No documento ficou definido um conjunto de ações de luta setoriais que se irão concretizar em fevereiro e março, nomeadamente na educação, na hotelaria, no setor empresarial do Estado, nos transportes e na função pública.

O secretário-geral da CGTP, que encerrou o protesto na capital com uma intervenção politico-sindical, exigiu o corte imediato da despesa “inutil e parasitária”, acusou o Governo de estar a afundar o país e pediu ao primeiro-ministro para que faça um favor ao país e se vá embora.

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, compareceu na parte final do desfile para se solidarizar com os manifestantes e considerou que o protesto da CGTP foi “uma boa demonstração” para a ‘troika’, que está prestes a chegar de novo a Portugal, de que “os trabalhadores e o povo português não estão dispostos a aceitar esta política de caminho para o desastre”.

A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) Catarina Martins, que esteve no inicio do protesto, também considerou “muito importante esta jornada de luta para dizer que este Governo não dá resposta, para lutar pela dignidade no trabalho e dizer que todos os que estão sem emprego têm que ter subsídio, que não podemos abandonar um milhão de pessoas à sua sorte”.

No Porto manifestaram-se várias dezenas de milhar de pessoas “contra a exploração e o empobrecimento”, numa manifestação que os organizadores consideraram como “uma das maiores dos últimos anos na cidade”.
O coordenador do Bloco de Esquerda (BE) João Semedo esteve com os manifestantes do Porto e considerou que “o Governo já esticou a corda toda, inclusive a sua própria, e vai cair”.

A demissão do Governo foi pedida em práticamente todas as manifestações e concentrações que ocorreram em 24 cidades do continente e ilhas no âmbito da jornada nacional de luta promovida pela CGTP “Contra a Exploração e o Empobrecimento”.

Cerca de duas centenas de pessoas pediram a demissão do Governo em Vila Real de Santo António, numa das três manifestações convocadas pela União de Sindicatos do Algarve (USAL) no distrito de Faro.

O secretário-geral da FENPROF, Mário Nogueira, defendeu em Coimbra que “as pessoas saíram à rua” para “ajudarem a fazer cair o Governo”.
Cerca de 300 pessoas manifestaram-se no Funchal contra o Governo e as suas politicas de austeridade.

Nos Açores pouco mais de 150 pessoas participaram nas manifestações de Ponta Delgada e de Angra do Heroísmo gritando palavras de ordem contra o Governo e a troika e a pedir a demissão do executivo de Passos Coelho. (Diário de Notícias)

VÁRIAS GERAÇÕES NA RUA POR UMA POLÍTICA DIFERENTE

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Otília, Maria e Paulo. Três gerações de portugueses que hoje saíram à rua para participar na manifestação da CGTP em Lisboa e mostrar que “o povo continua unido e quer uma política diferente”.
Otília tem 72 anos e veio com o marido. Contou que sempre trabalhou, “desde os 9 anos”, na esperança de ter uma vida melhor e conseguir sustentar as duas filhas.

Hoje, veio à manifestação porque o país está “uma vergonha”.

“É uma revolta muito grande porque sempre trabalhei para ter uma vida melhor, mas hoje ainda sou eu que tenho de ajudar as minhas filhas”, disse.

Já Maria, 53 anos, está desempregada há dois anos e trouxe um cartaz onde denuncia o corte de 6 % no seu subsídio de desemprego. Para ela, participar à manifestação “é uma obrigação”.

“O país está um caos e eu estou muito descontente”, disse à agência Lusa.

Pelo caminho, entre o Príncipe Real e a Praça do Município, Paulo Antunes, 28 anos contou que é cada vez mais difícil ser trabalhador estudante em Portugal, com as propinas cada vez mais altas e os apoios sociais cada vez mais baixos.

“Os impostos são brutais e quem ganha é o grande capital”, criticou.

Ao longo do desfile, os manifestantes intercalaram palavras de ordem, como “O custo de vida aumenta e o povo não aguenta”, com a simbólica canção de José Afonso “Grândola Vila Morena”.

De acordo com os organizadores do protesto, quando a cabeça da manifestação percorria a rua do Alecrim, o fim do desfile estava ainda no Príncipe Real.

No âmbito da jornada de luta da CGTP “Contra a Exploração e a Pobreza” estão a decorrer manifestações e concentrações em 24 cidades portuguesas. (SOL)

“Sin jóvenes rebeldes no hay cambios ni revoluciones”

“El pasado es referencia, no prisión, por eso los recambios generacionales que suceden cada cierto tiempo, son nueva vida y sin ellos no habría continuidad en las resistencias y en las luchas. Si nos dejamos atrapar por el pasado, la creatividad y la vida deja de tener sentido, pues repetir lo ya conocido es muerte”, sostuvo el periodista uruguayo Raúl Zibechi durante la charla “La emergencia juvenil en América”.

“Ser joven y no ser revolucionario es una contradicción hasta biológica”, recordó frente a un aula repleta Adazahira Chávez, de Desinformémonos,tras la presentación de un video con imágenes de las coberturas a movimientos estudiantiles que durante el último año ha realizado el equipo de la revista electrónica.

Fabio Alkim, de Brasil, advirtió sobre la importancia de no idealizar el crecimiento económico de su país, pues esta idea se basa en “datos que esconden muchas desigualdades internas”, que incluyen la modernización, privatización y mercantilización de las universidades federales y sus diversas áreas, por ejemplo, el financiamiento de las investigaciones en manos privada. Y entonces, se pregunta Alkim, “¿quién va a financiar las investigaciones que buscan generar un conocimiento crítico para la sociedad?”

Durante su participación, Brisa Araujo, de la Universidad de Sao Paulo, habló sobre la huelga estudiantil del primer semestre del 2012, que duró 113 días y en la cual participaron 95 por ciento de universidades federales y bachilleratos. Esta huelga, dijo, ha sido “la más larga de la historia estudiantil brasileña”.

Araujo dijo que el gobierno busca defenderse, recalcando el hecho de que se crearon 14 universidades federales, “pero ¿qué universidades? Se abrieron campus nuevos, con estructuras precarias, sin bibliotecas, sin comedores universitarios, con contrataciones precarias de profesores, bajo el modelo sustituto, sin ninguna clase de garantía, sin planes de carrera y con una inminente sobrepoblación, pues en el Plan de Restructuración y Expansión, se advierte que serán duplicadas las vacantes en las universidades”.

As maiores mentiras nacionais

por  Carlos Chagas

Nunca é demais repetir as lições que nos impressionam. Vão outra vez as considerações feitas pelo ex-ministro do Superior Tribunal Militar, Flávio Flores da Cunha Bierrenback, que utilizou suas horas de ócio jurídico para desenvolver uma prática que, salvo engano, anda cada vez mais rara na capital federal: pensar. Como simples cidadão, meditar sobre os rumos do país neste início de Século XXI.

Ex-deputado pelo velho MDB de São Paulo, ele foi flagrado um dia desses elaborando a lista das maiores mentiras que circulam como verdades absolutas em todo o território nacional. Não foi possível conhecer todas, primeiro pela cautela de Bierremback em tornar públicos pensamento íntimos. Depois, porque não terá completado a relação, preferindo analisar mais a fundo alguns aspectos da arte de enganar a sociedade, praticada pelas elites.

A primeira mentira é chocante. Sustenta que “a Previdência Social está falida”. Não é verdade, rabisca o ministro em seus alfarrábios. Os recursos da Previdência Social, se não fossem historicamente desviados para outras atividades, dariam para atender com folga e até com reajustes anuais maiores os pensionistas e aposentados. Basta atentar para o que anunciaram, quando ministros, Waldir Pires, no governo Sarney, e Antônio Brito, no governo Itamar Franco. Nada mudou, apesar de que quando assumiu, Fernando Henrique Cardoso dedicou-se a espalhar a falência imediata, certamente vítima da febre privatizante, que jamais deixou de cobiçar a Previdência Social pública.

Outra mentira imposta ao Brasil como verdade, conforme Bierremback, é de que “estamos inseridos no mundo globalizado”. Para começar, globalizado o planeta não está, mas apenas sua parte abastada. O fosso entre ricos e pobres aumenta a cada dia, bastando lançar os olhos sobre a África, boa parte da Ásia e a América Latina. O número de miseráveis se multiplica, sendo que os valores da civilização e da cultura são cada vez mais negados à maioria. Poder falar em telefone celular constitui um avanço, mas se é para receber eletronicamente informações de que não há vagas, qual a vantagem?

Como consequência, outra mentira olímpica surge quando se diz “que o neoliberalismo é irreversível”. Pode ser para as elites, sempre ocupando maiores espaços no universo das relações individuais, às custas da continuada supressão de direitos sociais e trabalhistas. Se neoliberalismo significa o direito de exploração do semelhante, será uma verdade, mas imaginar que a Humanidade possa seguir indefinidamente nessa linha é bobagem. Na primeira curva do caminho acontecerá a surpresa.

Na mesma sequência, outra mentira: “o socialismo morreu”. Absolutamente. Poderá ter saído pelo ralo o socialismo ditatorial, por décadas liderado pela ex-União Soviética, mas o socialismo real, aquele que busca dar aos cidadãos condições de vida digna, a cada um segundo sua necessidade, tanto quanto segundo a sua capacidade. O que não pode persistir, e contra isso o socialismo se insurge, é a concentração sempre maior de riqueza nas mãos de uns poucos. Não pode dar certo.

Nova mentira: “o Estado tem que ser mínimo, deve afastar-se das relações sociais e econômicas”. Para quê? Para servir às elites? Especialmente em países como o Brasil, o poder público precisa prevalecer sobre os interesses individuais e de grupos. Existe para atender às necessidades da população que o constitui, através da via democrática. Deve contrariar privilégios e estancar benesses para os mais favorecidos, atendendo as massas.

No que deu para perceber, até aqui, ainda incompleta, a lista de Flávio Flores da Cunha Bierremback será longa, mas valeu alinhar algumas mentiras que nos atingem. Não faltará uma que, felizmente, dissolveu-se através de um plebiscito nacional, tempos atrás: “de que a proibição da venda, comercialização e posse de armas faria a criminalidade decair”.

Ora, se ao cidadão comum fosse negado o direito de se defender, na cidade e no campo, estaria a sociedade brasileira ainda mais à mercê da bandidagem. Seria a felicidade do ladrão, sabendo que não há armas na casa que vai assaltar.

Vamos aguardar outra oportunidade para completar a relação do ex-ministro, contribuindo para a exposição do elenco das maiores mentiras que nos assolam.

 (Transcrito da Tribuna da Imprensa)