O jornal francês Le Monde divulgou um perfil do juiz paranaense Sérgio Moro, que ganhou notoriedade internacional com o julgamento dos réus da operação Lava Jato. Moro é comparado pela correspondente Claire Gatinois com o controverso personagem Eliot Ness, da série americana “Os Intocáveis”.
Com sua equipe de agentes federais e milicianos, Ness desmascarou a máfia que contrabandeava bebibas durante a Lei Seca americana e impunha o terror na década de 30, em Chicago. “Esse juiz do interior do Paraná, com cara de policial de filmes B, provoca calafrios nos caciques políticos em Brasília e empresários de São Paulo”, diz o texto.
Moro age como qualquer miliciano, ora fora, ora dentro da lei. Criou uma fábrica de delações premiadas. Quem delata sai solto, e perdoado. Quem não quer contar estórias do agrado de Moro vai preso. O blogue O Antogon!sta denunciou:
“Delator diz que mentiu porque foi ameaçado
O JN mostrou agora vídeo de novo depoimento de Fernando Moura em que ele alega que mentiu para Sérgio Moro porque se sentiu ameaçado por um homem que encontrou na rua.
O homem, um desconhecido, esbarrou nele e perguntou como estavam seus netos no sul do País.
The Sunday Times, em artigo assinado pelo editor-executivo Ian Dey sobre o trabalho do Juiz Moro, compara o magistrado brasileiro ao agente do Tesouro dos EUA, Elliot Ness, que levou Al Capone à Justiça e cuja história deu origem ao filme “Os Intocáveis”.
Segundo o texto, na própria Inglaterra há críticas à postura de “intocável” do juiz Sérgio Moro, que vem sendo acusado por entidades internacionais de “desrespeitar a Constituição Federal brasileira e também tratados de defesa dos direitos humanos em seus mandados de prisão”.
Em alguns casos, acrescenta Dey, há dúvidas se o princípio da inocência está sendo respeitado.
Para o Times, a atitude de Moro levanta suspeitas de que ele estaria se preparando para uma candidatura à Presidência da República nas próximas eleições, “especialmente em um momento de forte pressão pela saída de Dilma Rousseff”.
Menciona, ainda, que o CEO do Grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht, está preso desde junho sem julgamento porque não assinou acordo de delação premiada.
Esses acordos, inclusive, também são alvo de questionamento por especialistas, conclui o texto.
O baixo clero dos pastores eletrônicos ofereceu o atestado de honestidade para Eduardo Cunha presidir a Câmara dos Deputados, e o gostinho amargo dos derrotados nas eleições presidenciais: Aécio Neves, Aloysio Nunes, Marina Silva, mais a banda podre do PMDB que sempre foi governista, desde os tempos da ditadura, como partido consentido dos ditadores.
O Favela 247 procurou o ex-pastor André Constantine, 38, hoje presidente da associação de moradores da Babilônia, a comentar as acusações de que o presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) teria utilizado a Assembleia de Deus para lavar dinheiro de propina: “O que eu vou falar todo mundo sabe: nenhum templo religioso contribui com imposto no Brasil, e este é o ponto de partida para toda a picaretagem. Viabiliza que ali se lave dinheiro do narcotráfico, de bicheiro, de político e das milícias”, afirma Constantine
Por Artur Voltolini, para o Favela 247
Segundo ex-pastor, isenção de impostos estimula a lavagem de dinheiro nos templos religiosos
.
Entre as diversas acusações que pairam sobre Eduardo Cunha (PMDB-RJ), uma é a que ele tenha utilizado a igreja Assembléia de Deus, da qual é membro, para receber pagamentos e fazer lavagem de dinheiro de propina, segundos investigações da operação Lava Jato.
Para comentar as suspeitas, o Favela 247 procurou o ex-pastor da Igreja Universal do Reino de Deus André Constantine, 38, presidente da associação de moradores do morro da Babilônia e criador do movimento Favela Não Se Cala.
Constantine não demonstrou surpresa com as acusações de lavagem de dinheiro dentro de uma igreja: “O que eu vou falar todo mundo sabe, qualquer pessoa que frequente esses templos ou tem algum cargo, tem a ciência de que esses templos são isentos de impostos. Nenhum templo religioso contribui com imposto pro Estado brasileiro”, afirma.
“E este é o ponto de partida para toda a picaretagem: como eles são isentos de impostos, viabiliza que ali se lave dinheiro do narcotráfico, de bicheiro, de político e de milícias. Esses templos religiosos são o melhor lugar para se lavar dinheiro no Brasil”, diz Constantine, que afirma existir muita gente honesta, tanto que frequenta como que tenha cargos eclesiásticos nas igrejas, mas, segundo ele: “A alta cúpula sabe até os ossos, estão enterrados até o pescoço nisso”.
Além da corrupção e da lavagem de dinheiro, outra característica dessas igrejas e de seus líderes que incomoda Constantine são as aspirações políticas: “O que mais me preocupa, principalmente no segmento religioso protestante, é a intenção que existe nele de obter poder de Estado. Eles elegeram diversos vereadores, deputados estaduais e federais. O Marcelo Crivella (PRB) quase virou governador do Rio. A bancada evangélica é a mais conservadora, vê as alianças que eles fazem: ruralistas, bancada da bala… Na Marcha para Jesus estava o Bolsonaro. Aquilo ali virou carnaval e palanque político. Cada eleição que passa essa bancada cresce mais. Eles alavancam o fascismo e o conservadorismo através do discurso da ‘família brasileira’, mas por trás dele há um discurso machista, homofóbico e racista”, acredita André.
Questionado sobre se essas denúncias contra Eduardo Cunha ou outras lideranças religiosas evangélicas suspeitas de corrupção abalam a fé dos fiéis, Contantine responde: “Isso não diz nada ao ouvido dos fieis. A mente da maioria deles está tão cauterizada que, infelizmente, não conseguem enxergar as coisas de forma mais abrangente. Eles fazem um trabalho muito forte de condicionamento mental nessas igrejas”, defende.
Mariano
“Na favela, hoje, quando o morador vivencia um problema existencial, financeiro ou de saúde, existem duas portas sempre abertas para o acolher: a da droga e do crime, e a de um igreja”, afirma o ex-pastor, antes de iniciar uma crítica à interpretação das escrituras nas igrejas neopentecostais: “Eles se utilizam de artifícios bíblicos. Para eles a Bíblia é a inerrante palavra de Deus. O Malafaia que usa muito isso. Eles confiam cegamente nesse livro, e é um livro muito fácil para você criar diversas interpretações. Eles sempre pegam alguma coisa fora do contexto para fazer a base ideologia deles verdadeira”.
Constantine afirma que foi a leitura da Bíblia que o fez escolher a apostasia, aos 23 anos: “Eu percebi que estava tudo errado lendo a própria Bíblia, principalmente na questão do dízimo. Na Bíblia ele era recolhido em forma de alimento, e apenas poderia ser recolhido pela tribo de Levi, e só poderia ser destinado às viúvas, aos órfãos e aos estrangeiros. O dízimo era uma parte da colheita separada pra fazer essa distribuição. Aí que eu comecei a contestar. Hoje eles alegam que precisam pegar um dinheiro para a manutenção da obra de Deus. E isso é uma grande deturpação da obra de Deus. Não tem nada de espiritual nisso. Há também as questões naturais, como quando eles falam que pagar dízimo vai repreender o gafanhoto. Eles demonizaram os gafanhotos. Dizem que se você não entregar o dízimo na Igreja, os gafanhotos mexem nas suas finanças. Eles espiritualizam coisas que são do campo natural. Qualquer pessoas racional que leia aquele texto verá o que estou falando. Tudo isso está no Malaquias 3:10, o livro mais utilizado por esse cães gulosos, por esses vagabundos, pata justificar a cobrança de dízimo. Cães gulosos é como o próprio profeta chama os falsos pastores, veja em Isaías”, sugere.
Questionado sobre se pastores e políticos evangélicos metidos em corrupção têm fé, Constantine é taxativo: “Pra mim esses caras são os verdadeiros ateus. É tudo empresa cara, a estrutura toda funciona como empresa. E na lógica do capital a empresa foca o lucro, assim como essas instituições religiosas. A nossa sorte é que eles ainda são muito fracionados, há interesses pessoais muito grandes envolvidos. Se não estivessem tão fracionados a possibilidade de eleger um presidente evangélico seria muito maior. Olhe o Malafaia: ladrão pilantra e safado. Apoiou o Cunha, e agora sai por aí dizendo que não tem, nem nunca teve, nada com o Cunha. Esse Malafaia é um dos maiores safados e pilantras do Brasil”, acusa o ex-pastor.
O governo de São Paulo, para justificar a incompetência de sua política de segurança pública, criou um governo paralelo que não existe, que seria dos presos presos – o PCC. Assim o Brasil tornou-se alvo de um noticiário nefasto.
Publica Clarín, um jornal da Argentina mui parecido ideologicamente com O Globo, o Correio Braziliense, a Folha de S. Paulo e o Estado de S. Paulo:
As orientações incluem alertas peculiares, como quanto a explosões em bueiros do Rio de Janeiro, cuidado com a presença de macacos e morcegos e até quanto ao grande poder de facções criminosas em São Paulo.
por Vinicius Konchinski, do Uol
O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, já afirmou que o “Brasil não é como a Alemanha” quando o assunto é organização e segurança para visitantes. E as embaixadas de países que enviarão turistas para cá durante a Copa do Mundo de 2014 sabem disso muito bem. Tanto é assim que elaboraram cartilhas para que seus cidadãos mantenham-se seguros e saudáveis em sua passagem pelo país.
Essas cartilhas contêm orientações para toda a estada dos turistas em território brasileiro. Incluem até alertas peculiares, como quanto a explosões em bueiros do Rio de Janeiro, cuidado com a presença de macacos e morcegos e até quanto ao grande poder de facções criminosas em São Paulo.
As embaixadas também recomendam que turistas não reajam a tentativas de roubo. A representação da Alemanha, aliás, sugere até que seus cidadãos reservem certa quantia extra de dinheiro para que seja entregue a ladrões em caso de abordagem. “É aconselhável sempre levar uma quantia de dinheiro para a rendição voluntária”, explica o órgão.
A Embaixada dos Estados Unidos descreve em sua página de dicas para viajantes ataques como os promovidos pelo PCC (Primeiro Comando da Capital) em 2006. Segundo a representação diplomática norte-americana, turistas que pretendem visitar a capital paulista devem estar cientes do poder traficantes, mesmo presos.
“Os esforços de traficantes presos para exercer seu poder fora de suas celas resultaram em interrupções esporádicas na cidade, violência dirigida contra as autoridades, os incêndios de ônibus, e vandalismo em caixas eletrônicos, incluindo o uso de explosivos”, informa o trecho do guia para norte-americanos que pretendem viajar para o Brasil.
Embaixadas do Reino Unido, França, Espanha e Austrália também pedem atenção redobrada de turistas com a segurança no Brasil. Os órgãos alertam que os índices de criminalidades são altos por aqui e informam que turistas estrangeiros estão entre os principais alvos de assaltos em grandes cidades brasileiras.
A capa de hoje do Notícia Agora apresenta as bundas de tanajura, e prepara os leitores para o Carnaval e para o BBBrazil. A Play Boy faz até concurso
As clínicas faturam com implantes.
O brasileiro só pensa nisso. Dizem que andar para trás faz bem. Escreve Carolina Cagno, na revista Boa Forma:”Caminhar de costas é tendência no mundo fitness, mas será que vale a pena? ‘Como o movimento não é natural, o corpo precisa se esforçar para se adaptar, o que aumenta a queima calórica’, fala o personal trainer Márcio Atalla, do Rio de Janeiro. Em um estudo da Universidade de Nevada, nos Estados Unidos, atletas que andaram de costas na esteira três vezes por semana por 15 minutos notaram menos dor na lombar. ‘A técnica ajuda mesmo, porque oferece menos impacto’, explica Atalla. Mas a novidade pede cuidados: comece devagar, alternando com a caminhada normal, e aumente o tempo e a velocidade à medida que ganhar confiança – a mesma regra vale para o exercício no transport, que também permite o movimento para trás. Na rua, escolha um lugar calmo para evitar trombadas. Na esteira, concentre-se para não perder o equilíbrio”.
Eike Batista revelou que possui uma “bundinha de ouro”. Que lhe fez bilionário. Menos de um por cento dos brasileiros tem a sorte do dono da Eikelândia e rei do Rio. Está comprando tudo. Até o Maracanã.
O Brasil anda para trás.
Fernando Henrique privatizou mais de 70 por cento das estatais (fatiou e mudou o nome da Petrobras). A crise continuou com Lula, que também desestatizou. Se Dilma bater o martelo nas privatizações anunciadas, sinal de que o país continua com o pibinho baixo.
Significa que o povo também anda para trás. É o Brasil da peste (dengue, malária, tuberculose, mal de chagas, febre amarela), da fome, da guerra interna das milícias (paramilitares). De um povo que precisa deixar de ser bunda-mole e bunda-suja.
Apatia nossa virou uma arte de levar um pé na bunda dos governos que nunca fizeram nada que preste para o povo.
O martírio da juíza Patrícia Acioli comprova que a onda de violência no Rio de Janeiro e outras capitais vem sendo realizada pela própria polícia bandida e assassina. Que realiza o tráfico de armas, de drogas, de órgãos, de moedas, e comanda o contrabando, o mercado negro, a prostituição. São vários bandos pagos e armados com o dinheiro dos cofres públicos.
Começou hoje, no 3º Tribunal do Júri do Fórum de Niterói, na Região Metropolitana do Rio, o primeiro julgamento do caso da morte da juíza Patrícia Acioli. O acusado a sentar no banco dos réus é o cabo da Polícia Militar, Sérgio Costa Junior, que confessou o crime. A magistrada foi assassinada com 21 tiros em agosto de 2011, quando chegava em casa, em Piratininga, Niterói.
21 tiros. Imagens de como ficou o carro
O juiz do 1º Tribunal do Júri da Capital, Fábio Uchôa, que trabalhou com a juíza Patrícia Acioli em 1987 e 1988 – na época, ambos eram defensores públicos na Baixada Fluminense -, disse que a insatisfação de maus policiais militares de São Gonçalo com a atuação da magistrada era pública e generalizada.
O juiz contou que Patrícia Acioli – enquanto esteve à frente da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, cargo que ocupou até sua morte, nesta quinta-feira – era a juíza que mais fazia julgamentos em todo o Estado e sempre demonstrou “uma mão de ferro”:
– Ela não tolerava arbitrariedades fosse da milícia, fosse da polícia, fosse de grupo de extermínio.
Para Uchôa, o assassinato da juíza reflete a vulnerabilidade da população em geral. O magistrado destacou que o princípio da inocência presumida tem que ser revisto.
– Vivemos um momento de avanço da criminalidade. O réu mata uma pessoa, é filmado, todo mundo vê, ele chega e confessa e no dia seguinte você o coloca em liberdade porque presume que ele é inocente – disse.
Informa o G1:
Outros acusados
Os réus Junior Cezar de Medeiros, Jefferson de Araújo Miranda e Jovanis Falcão Junior serão julgados no dia 29 de janeiro de 2013, também às 8h.
O juiz Peterson Barroso Simão também decidiu desmembrar o processo em relação aos outros sete acusados, incluindo o tenente-coronel Claudio Luiz de Oliveira, então comandante do 7º BPM (São Gonçalo), acusado pelo Ministério Público de ser o mandante do crime.
Ele e o tenente Daniel Benitez estão no presídio federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Os demais estão presos na cadeia pública Pedrolino Werling de Oliveira, conhecida como Bangu 8, no Complexo Penitenciário de Bangu, na Zona Oeste do Rio.
Cláudio Luiz de Oliveira, tenente-coronel da Polícia do Rio de Janeiro, durante uma operação de “pacificação” no conjunto de favelas de Manguinhos (Pablo Jacob /Agência O Globo)
De acordo com o Tribunal de Justiça do Rio, os sete acusados aguardam o julgamento de recursos contra a sentença de pronúncia. Os recursos serão julgados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e Supremo Tribunal Federal (STF).
Juíza condenou PMs
Na época do crime, Patrícia Lourival Acioli, de 47 anos, era titular da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio. A magistrada atuou em diversos processos em que os réus eram policiais militares envolvidos em supostos autos de resistência.
Poco antes de ser sustituido en el cargo de jefe de la Policía Civil paulista, Marcos Carneiro de Lima reveló que varias de las personas que murieron en las últimas noches en San Pablo (y fueron muchas) podrían haber sido víctimas de policías que las buscaron adrede para ejecutarlas: los antecedentes judiciales de esas personas habían sido consultados en las computadoras de la Secretaría de Seguridad del estado. No hay manera de saber quién hizo la consulta, pero que existió, existió, y muy poco antes de que las muertes se produjeran. La Secretaría de Seguridad Pública de San Pablo, cuya cúpula acaba de ser removida, sostiene que se trata de meras coincidencias, pero las sospechas se han ido acumulando. Para Amnistía Internacional no hay duda alguna: los escuadrones de la muerte han regresado a la escena brasileña.
Lo cierto es que sobre todo en San Pablo, la mayor megaurbe de América del Sur y una de las mayores del mundo, hay instalado un cuadro a la mexicana, de violencia criminal y contraviolencia estatal, homicidios múltiples y cada vez más macabros.
Que se pretende com a orquestração da violência no Brasil?
Demonstrar que o crime, comandado por um imaginário PCC nacional, está fora de controle. Que existe um governo paralelo. E para combater esse poder dos presidiários nasceram os projetos de “pacificação” das favelas com os muros dos guetos, da segregação racial.
A orquestração justifica as chacinas policiais. Uma política de mais cadeias e menos escolas, que o ensino público está sucateado e comandado pela corrupção. Pesquisas fajutas de opinião pública indicam que o povo pede a volta da ditadura militar.
Tanto en los Estados Unidos como en Canadá ha habido esfuerzos sostenidos de grupos de base para destacar las injustas encarcelaciones en masa y la criminalización de la gente pobre, sobretodo la gente pobre de color, en cuanto a detenciones relacionadas con drogas. Pero se ha encontrado muy poco análisis sobre las razones detrás de los mecanismos de esta guerra y el impacto económico que tiene sobre México y más allá.
Incluso antes de que la retirada de Irak o Afganistán se hubiera alcanzado, los Estados Unidos ya estaban involucrados en una serie de conflictos desde la frontera norte de México hasta Perú. Tanto los gobiernos como los medios de comunicación la han catalogada como la “Guerra contra las drogas.” Es importante examinar como la creciente “Guerra contra las drogas” se conecta con la expansión de empresas transnacionales que toman control de mercados, obreros y recursos naturales.
En Honduras cuatro indígenas fueron asesinados a balazos en mayo, cuando la policía hondureña abrió fuego desde un helicóptero del Departamento de Estado estadounidense, todo bajo la supervisión de agentes uniformados de Estados Unidos. En México con la orientación de Estados Unidos, Canadá, Israel y Colombia, la policía y el ejército han sido transformados.
En Colombia la guerra ha durado ya cuatro décadas y se han gastado billones de dólares estadounidenses, pero ahora se está calificando como lucha contra el crimen. Durante la década de los 1980s el Estado colombiano se convirtió en un estado paramilitarizado, en un proceso que según el historiador German Alfonso Palacio Castañeda”se manifiesta con amenazas, atentados y asesinatos selectivos y masacres colectivas de funcionarios gubernamentales (principalmente pero no exclusivamente de la izquierda), y de líderes políticos populares, obreros, campesinos, profesores, activistas de derechos humanos y miembros de organizaciones no gubernamentales.”
En la forma de financiación para programas antinarcóticos, la asistencia de EE.UU. en Colombia resultó en el fortalecimiento de grupos paramilitares y de policías no oficiales, los cuales según informes patrullaban junto al ejército de Colombia y se vieron involucrados en la gran mayoría de masacres y desplazamientos forzados en el país.
“Decir que la guerra contra las drogas ha fracasado es no entender algo,” comentó Noam Chomsky, en un discurso en el mes de mayo. “Uno tiene que preguntarse qué está en la mente de los planeadores ante tanta evidencia de que no funciona lo que dicen que están intentando lograr. ¿Cuáles son las intenciones probables?”
Los comentarios de Chomsky apuntan hacia un área urgente de investigación para los y las activistas y periodistas que desean entender las guerras actuales contra las drogas. Cada vez es más claro que hay mucho trabajo por hacer para reconstruir juntos los motivos de la militarización liderada por Estados Unidos en las Américas.
A guerra interna – que envolve as policias estaduais, as milícias (forças paramilitares formadas por policiais bandidos, policiais renegados, alcaguetes, justiceiros, cabos eleitorais, políticos, diferentes legiões de almas sebosas ) e as máfias faveladas e paraguaias – tem destaque na imprensa hoje:
O que fazer para acabar com a guerra? Eis uma acertada resposta:
Todos os legionários são pagos. De onde vem o dinheiro, ou melhor, em que caverna de Ali Babá permanece guardado o encantado tesouro que paga o soldo?
A capital mundial da política proibicionista, Washington, decidiu, por votação de seus eleitores, acabar com a balela da guerra às drogas, descriminalizando o uso recreativo da cannabis. O mesmo ocorrendo no Colorado.
Enquanto isso, em terras tupiniquins, os traficantes ditam as regras e impõem aos cidadãos o recolhimento compulsório em suas residências. Por enquanto, só em SP. Quantas mortes ainda serão necessárias para que se perceba a inutilidade de todas as medidas adotadas até hoje?
Medidas que só fizeram aumentar o poder dos marginais, a corrupção nos meios policial e jurídico, o encarceramento de jovens inocentes, a morte de civis e militares e o estúpido gasto de recursos financeiros e humanos. Recentemente nos surpreendemos com a notícia de que a Corregedoria da Pm-SP suspeita que policiais entregaram a criminosos uma listagem com nomes completos, endereços residenciais e telefones de quase cem PMs da Grande SP.
Parece-nos que o exemplo deixado por Al Capone não serviu para nada. Alás, costuma-se falar apenas do Capone, mas é preciso não esquecer Joseph Kennedy. Não só pela fortuna amealhada com a venda ilegal de bebidas como o vôo extraordinário que o fez embaixador estadunidense em Londres. Sem contar, o fato de ter emplacado a presidência com o filho John.
Essa ingrata tarefa de enxugar gelo jamais se esgotará enquanto houver pessoas que se beneficiem diretamente desse sistema fracassado. No Rio, descobriu-se que milhões de reais eram destinados a ex-major da PM, com mais de 40 mortes em 3 anos (“todas em legítima defesa” (sic)), dono de “abrigos de recuperação”. Recebia recursos públicos da ordem de R$ 28 mil por viciado em crack.
O prefeito Paes, percebendo o excelente negócio, apressou-se em lançar o balão de ensaio da internação compulsória, muito embora especialistas tenham se posicionado contrariamente. Ele adora um miliciano.
Esse é apenas um pequeno exemplo e não se pode confundir cannabis e crack. Existem experiências, no Brasil e em Portugal, do uso da cannabis na recuperação dos viciados em crack com percentual considerável de sucesso na remissão total dos pacientes. No Brasil, esse trabalho foi levado a efeito pelo psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira.
O Brasil não deve enveredar-se por caminhos sem retorno. Essa armadilha só faz consumir recursos de fundamental importância em outras áreas, fazendo com que a nação fique a patinar tornando-se presa fácil do capital internacional. Alguém já disse “Países não têm amigos, têm interesses”. Um novo México, com o potencial econômico do Brasil, podem apostar, é o sonho de consumo de muitos países.
Rezemos para que São Paulo recupere a paz e não se torne joguete nas mãos de políticos incompetentes e distantes da realidade do cidadão comum.
Polícias na favela de Paraisópolis durante uma operação na terça-feira Nacho Doce:Reuters
pessoas estão com medo de morrer”
Segundo a agência Reuters, a escalada da violência entre polícias e um grupo de crime organizado paulista que dá pelo nome de Primeiro Comando da Capital (PCC) começou há meses com uma apreensão de droga. Só na semana passada, São Paulo assistiu a perseguições a alta velocidade e a tiroteios mortais na Marginal Pinheiros (a principal auto–estrada do distrito financeiro brasileiro), a autocarros incendiados e à morte de mais de 50 civis, incluindo um homem de 63 anos que foi atropelado por um motorista em fuga para não ser atacado.
Até à data, os confrontos têm–se concentrado nas zonas mais pobres da metrópole, sem causar grandes perturbações nas áreas empresariais. “É um pouco complicado. São Paulo é uma cidade muito dividida, não é como o Rio”, explicou ao i Raphael Tognini, de 27 anos. “Os bairros mais pobres estão de um lado, os bairros ricos e a região central de outro. Eu moro no centro da cidade, aqui está tranquilo em relação a essa onda toda.”
Produtor de vídeo e fotógrafo, contou-nos que esteve há dias na periferia “e lá sim, as pessoas estão com medo de morrer”. Para ele, existem vários tipos de violência na cidade: “Existe essa que está nos jornais agora, desses tais confrontos e matanças de policiais, essa é a que está na moda agora; existe a violência dos assaltos; a violência de você ter medo de sair de casa com algo de valor; e existe a violência de alguém mais pobre que mora na favela e tem medo de sair de casa e de ser morto por ser confundido com algum bandido ou apenas para servir de exemplo.”