Espontâneo? Golpismo tem chamada na TV, trio elétrico, adesivo e faixa

Edição do dia 15. Manchete de capa convida os leitores para a passeata
Edição do dia 15. Manchete de capa convida os leitores para a passeata

Neste domingo (15) foram realizados em diversos estados atos em defesa do golpe motivados principalmente pelo inconformismo com o resultado das urnas e pelo ódio de classe. Desde as primeiras horas da manhã, as emissoras de TV interrompiam a programação para dizer que o “tempo estava firme” e que o “clima era de paz”, pois muitas famílias estavam “vindo” e o policiamento era grande.

Edição do dia 15. Propaganda marrom: o convite e a justificativa para o mineiro protestar
Edição do dia 15. Propaganda marrom: o convite e a justificativa para o mineiro protestar

Por Dayane Santos

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“Todos de verde e amarelo protestando contra a corrupção”, dizia o repórter. “Estamos aqui sem partido”, dizia um manifestante.
O domingo foi uma amostra concentrada do que aconteceu durante toda a semana em que a grande mídia foi protagonista das convocações, mas diziam durante todo o tempo que o protesto foi convocado pelas redes sociais e que a movimentação era voluntária.

O que eles classificavam como ação “espontânea” contou com trio elétrico, faixas, bandeiras, adesivos e balões personalizados. Quem bancou?

 

 

O Trio elérico comandou ato em São Paulo
O Trio elérico comandou ato em São Paulo

Em matéria publicada no Vermelho apontamos que um dos grupos responsáveis pelo ato, o Vem pra rua, tem o patrocínio do Jorge Paulo Lemann, dono da Ambev. Isso porque descobriu-se que o domínio vemprarua.com.br, que convoca as manifestações e que originou a página no Facebook com posts patrocinados, está registrado em nome da Fundação Estudar, do empresário. Além disso, o ato “apartidário” contou com o apoio oficial dos partidos de oposição, que já vinham atuando em protestos desde a derrota nas urnas em outubro.
Quem assistia a TV no domingo parecia ver um grande ato cívico com milhares vestindo camisa verde e amarela. Mas bastava a câmera se aproximar para ver cartazes e faixas do tipo: “Intervenção militar já!”, “Fora STF!” ou “Fora PT!”.

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Garantia da tropa de choque

AR 2
A manipulação chegou ao ponto do chefe da tropa de choque, em São Paulo, dar entrevista para dizer que o “protesto era pacífico”. Os comentaristas diziam: “Eles protestam contra a presidente Dilma e a corrupção da Operação Lava Jato”, numa clara tentativa de associar a presidenta às investigações, apesar dela não estar na lista dos investigados pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

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Apesar de não existir nada que possa imputar um pedido de impeachment, admitido inclusive pelos partidos de oposição que convocaram os protestos, a manifestação de domingo defendia o golpismo.

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Desde 26 de outubro de 2014, quando o Brasil elegeu Dilma Rousseff presidenta, com mais de 51,64% dos votos contra 48,36% de Aécio Neves (PSDB), a oposição tenta deslegitimar o pleito e o mandato da presidenta, mostrando seu inconformismo com o resultado das urnas.

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Primeiro, tentaram por meio das redes sociais, disseminar a falsa ideia de fraude eleitoral por meio das urnas eletrônicas. Com base nessa manobra e sem apresentar um fato concreto, o PSDB entrou com pedido de recontagem de votos no Tribunal Superior Eleitoral. Depois, entrou com ação pedindo a cassação do mandato de Dilma por abuso do poder econômico. Todas as ações foram rejeitadas.

 

Discurso tucano

corrupção direita
Enquanto isso, a imprensa vinha martelando há meses com seus vazamentos seletivos que só imputavam suspeitas contra o PT, que foi utilizada pela oposição. Se agarravam nisso para tentar emplacar um impeachment contra a presidenta. Fernando Henrique Cardoso, José Serra e outros tucanos saíram em defesa dessa tese.
Esse discurso caiu por terra com a divulgação da lista com os políticos investigados pela Lava Jato, no dia 6 de março. Na lista estavam o PP (maioria dos parlamentares), PMDB, PTB, o PT e, vejam só, o PSDB, representado por um afilhado político de Aécio e seu sucessor no governo de Minas Gerais, o senador Antonio Anastasia.

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Com o discurso anticorrupção contra o PT e a presidenta Dilma esvaziado, a oposição saiu em desespero amplificando o discurso do ódio para inflar os protestos. Na semana passada, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) disse que queria ver Dilma “sangrar”.

Forca para Dilma
Forca para Dilma

Querem ver a presidente se curvar

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Após os protestos, a imprensa foi cobrar um posicionamento do governo da presidenta Dilma. Em coletiva de imprensa os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça) e Miguel Rosseto (Secretaria-Geral da Presidência da República), destacaram que a política dos que convocaram os atos era a do “quanto pior melhor”. Como não ouviram o que queriam, os comentaristas disseram que o governo “não mudou o seu discurso” e que Dilma não deu importância às manifestações.
Quando a presidenta Dilma assumiu o seu segundo mandato reafirmou seu compromisso com o diálogo. Mas a oposição não quer diálogo, quer ver a presidenta sangrar. E a grande mídia quer que Dilma se dobre diante do golpismo.
Na realidade o que a oposição e a mídia golpista querem é criminalizar os partidos de esquerda, principal instrumento da classe trabalhadora que ao longo dos últimos 12 anos promoveram mudanças significativas na história do Brasil. E o que vimos neste domingo foi uma classe indo para as ruas sob o falso pretexto de combater a corrupção. Então na havia trabalhadores no protesto? Sim. Mas os que impulsionaram esses protestos não tem nenhum compromisso com esse trabalhador e pregam o golpismo. Trata-se, portanto, da luta de classes que deve ser travada nas ruas, nos locais de trabalho, nas casas, com o povo trabalhador. Do Portal Vermelho

 

 

FACÇÃO CRIMINOSA. SUMIU PROCESSO CONTRA GRUPO DE AÉCIO COM PROVAS DE CORRUPÇÃO, ASSASSINATO E SUBORNO

por Marco Aurélio Carone/ Novo Jornal

 

Aécio e Anastasia. Os processos contra eles desapareceram
Aécio e Anastasia. Os processos contra eles desapareceram

Só mesmo por meio da interferência de organismos internacionais a moralidade e a legalidade poderão ser restauradas em Minas Gerais. A princípio imaginava-se que uma intervenção federal seria suficiente para pôr fim as constantes quebras das garantias civis e do Estado Democrático de Direito, porém sabe-se agora que a organização criminosa que opera em Minas Gerais tem apoio e até mesmo participação de integrantes da máquina pública federal.

Hoje sem medo de cometer injustiça, pode-se afirmar que os diversos poderes do Estado de Minas Gerais encontram-se reféns de um grupo criminoso que ameaça, intimida, frauda, sequestra e mata sob a proteção das instituições do governo do Estado. A Polícia, o Ministério Público e a Justiça que deveriam combater a organização criminosa estão imobilizadas devido o comprometimento de seus dirigentes.

Não se pode isentar de culpa nem mesmo o governador, Antônio Anastasia, uma vez que é de seu total conhecimento o que vem ocorrendo no Estado. É bem verdade que Anastasia herdou de Aécio o esquema criminoso já montado, entretanto a permanência do mesmo assim como de seus integrantes junto à máquina pública estatal indiscutivelmente depende de sua cumplicidade.

Como já narrado em outras reportagens, Minas Gerais se transformou em um Estado perigoso de se viver, e principalmente para constituir família e criar filhos, em função da inversão de valores após a eleição de Aécio Neves em 2002. Diante de seus vícios e hábitos, sua ida para o Poder representou a captura das instituições do governo por seus companheiros de vício e práticas.

Literalmente, a droga, a corrupção e a pederastia, (não confundir com homossexualismo, opção sexual) passou a ser quesito primordial para escolha de seus assessores e auxiliares. Evidente que a imprensa pouco falou a este respeito devido à censura imposta, contudo os que não eram adeptos do vício e das práticas de Aécio foram afastados do círculo do Poder.

Até mesmo no interior do Estado, tal fato ocorreu através da eleição de prefeitos e vereadores adeptos do que se convencionou chamar de “modelo Aécio”.

Por justiça, é necessário destacar que a grande maioria dos integrantes do TJMG e do MPMG vem lutando contra este estado de desmanche institucional, porém, desembargadores, juízes, promotores e procuradores são impotentes diante do comprometimento de seus dirigentes com o “modelo Aécio”.

Durante seis anos tramitou no TJMG o processo nº 0024.06.001.850-4 oriundo do inquérito nº 1027539, colhendo provas e depoimentos de integrantes e vítimas do esquema criminoso montado no Poder Judiciário, no Ministério Público e na Polícia Civil do Estado de Minas Gerais, até que o mesmo foi noticiado por Novojornal.

A partir deste momento o processo passou a tirar o sono de Aécio Neves, pois as investigações fatalmente chegariam a ele devido seu envolvimento em fatos apurados e citados nas investigações e da comprovada participação de seus principais assessores e amigos no esquema criminoso.

Além de Aécio, grandes empresários, advogados e alguns integrantes dos Poderes, Executivo, Legislativo, Judiciário do Ministério Público e da Polícia Civil de Minas Gerais também passaram a temer o processo.

Após a instauração do inquérito nº 3530 no STF em Brasília devido ao atentado contra Nilton Monteiro atribuído a Césio Soares Andrade, Eduardo Azeredo e Walfrido dos Mares Guia o processo anteriormente citado passou a ser cobrado insistentemente pela Polícia Federal, pelo STF e CNJ e ninguém o encontrava.

Segundo seus colegas, incansável foi à busca pelo advogado Dino Miraglia, nas diversas varas por onde passou o processo para encontrá-lo e comprovar serem verdadeiros os documentos e fatos narrados por Milton Monteiro, que embora não condenado, se encontra preso por prazo “indeterminado” sob a acusação de falsificação de documentos. Diante da insistência do Dr. Dino o TJMG foi obrigado a certificar que o processo havia desaparecido.

Consta da representação do Dr. Dino ao CNJ que o delegado Nabak vem avocando todas as investigações que tenham relação com o grupo criminoso a exemplo dos inquéritos que estavam sob sua presidência quando de sua transferência do DEOESP e de ser o responsável pelo desaparecimento do processo.

A atuação do delegado é igualmente investigada em vários procedimentos instaurados pelo Ministério Público Mineiro e através da Ação Penal do processo nº 0024.13.003.776-6 por ter ameaçado de morte o advogado de Monteiro, Dr. Dino Miraglia.

Enquanto isto, Nilton Monteiro permanece como preso político do PSDB mineiro, tendo em vista ter entregado a “Lista de Furnas”, a “Lista do Mourão”, AP 2280 ao STF e por ser a principal testemunha de acusação no processo do Mensalão tucano. Segundo versão corrente no meio jurídico, dificilmente o mesmo sairá vivo da prisão, principalmente, após o atentado conforme apurado no inquérito 3530 do STF.

Novojornal teve acesso à representação do Advogado Dino Miraglia e de Milton Monteiro ao Conselho Nacional de Justiça – CNJ, acompanhada das principais peças constantes do processo desaparecido. Tais peças são disponibilizadas com exclusividade para nossos leitores. Trata-se de documentos que chocam qualquer cidadão comum, pois mostram as vísceras do Poder construído por Aécio Neves e seu grupo.

Importante: Todos os documentos apresentados nesta reportagem estão autenticados e a disposição do TJMG com o advogado Dr. Dino Miraglia, caso o Tribunal queira restaurar o processo desaparecido.

 

Transcrito do GGN e diferentes blogues 

AÇÃO BILIONÁRIA ENVOLVE AÉCIO E ANASTASIA NA EXPLORAÇÃO DE NIÓBIO EM ARAXÁ

Nióbio entregue. 28 bilhões de dólares perdidos

 

Niobio

 

Poços 10 – O Nióbio, riqueza que poderia significar a redenção da economia mineira e nacional, foi entregue, através de operação bilionária e ilegal, a empresa estatal japonesa, Japan Oil, Gas and Metals National Corporation, em parceria com um fundo de investimento coreano que representa os interesses da China. Este é o final de um ruidoso conflito instalado no centro do Poder de Minas Gerais que vem sendo, nos últimos dois anos, de maneira omissa e silenciosa, testemunhado pelo governador Antônio Anastásia.

AÉCIO E A CODEMIG
Desde 2002 o então governador e atual senador Aécio Neves entregou a condução das principais decisões e atividades econômicas do Estado de Minas a Oswaldo Borges da Costa, que assumiu a função estratégica de presidente da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (CODEMIG). Criou um governo paralelo, onde as principais decisões sobre obras e investimentos das estatais CEMIG, COPASA, DER/MG, DEOP e das autarquias de MG ficaram a cargo de “Oswaldinho”.

PALÁCIO DA LIBERDADE E OS MILIONÁRIOS
Para sede da CODEMIG, caminharam nos últimos 10 anos investidores internacionais que tinham interesse no Estado. O Palácio da Liberdade transformou-se apenas em cartão postal e símbolo de marketing publicitário de milionárias campanhas veiculadas na mídia. Por trás deste cenário artificial operou um esquema de corrupção, que contou com a cumplicidade até mesmo da Procuradoria Geral de Justiça, que impedia a atuação do Ministério Público Estadual.

DISPUTA ENTRE FAMÍLIA NEVES FORTUNA DUVIDOSA
Foi necessária esta longa introdução, uma vez que à imprensa mineira jamais foi permitido tocar neste assunto para que se entenda o que agora, uma década depois, está ocorrendo.
Após a morte do banqueiro Gilberto Faria, casado em segunda núpcias com Inês Maria, mãe de Aécio, iniciou uma disputa entre a família Faria e a mãe de Aécio, sob a divisão do patrimônio deixado. Oswaldo Borges da Costa, casado com uma das herdeiras de Gilberto Faria, passou a comandar inclusive judicialmente esta disputa.
Diante deste quadro beligerante, as relações entre Aécio Neves e Oswaldo Borges da Costa acabaram, o que seria natural, pois Aécio fatalmente ficaria solidário com sua mãe. Mais entre Aécio Neves e Oswaldo Borges da Costa é público que existia muito mais, desta forma deu-se início a divisão do que avaliam ser uma fortuna incalculável.

ORIGEM DA FORTUNA…
No meio desta divisão estaria “a renda” conseguida e a conseguir através da diferença entre a venda subfaturada e o valor real no exterior do Nióbio. Peça chave neste esquema, a CBMM pertencente ao Grupo Moreira Salles, que sem qualquer licitação ou custo renovou o contrato de arrendamento para exploração da mina de Nióbio de Araxá pertencente ao Governo de Minas Gerais por mais 30 anos.

INVESTIDORES NÃO IDENTIFICÁVEIS?
Meses depois venderia parte de seu capital a um fundo Coreano, que representa investidores, não identificáveis.
Para se ter idéia do que significou, em matéria de ganho, a renovação para Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), que tem com atividade exclusiva a exploração da mina de Nióbio de Araxá – sem a mina cessa sua atividade – depois da renovação a empresa vendeu 15% de suas ações por R$ 2 bilhões, ou seja, levando em conta apenas o valor de suas ações a empresa valeria hoje R$ 28 bilhões, R$ 4 bilhões a menos que o Estado de Minas Gerais arrecada através de todos os impostos e taxas em um ano. Mas esta operação já havia causado desconfiança principalmente nas forças nacionalistas que acompanhavam de perto a movimentação.

Acrescentando: “Circula por aí versão segundo a qual só as jazidas de nióbio dos “Seis Lagos” valem em torno de 1 trilhão de dólares. Necessário esclarecer que por sua localização e facilidade de exploração a jazida de Araxá vale muito mais que a “Seis Lagos”.

CADE – MINISTÉRIO DA JUSTIÇA OMISSO, FAVORECE AS CLASSES INTERNACIONAIS
Evidente que o Ministério Público mineiro já está investigando esta renovação do arrendamento celebrado pela CODEMIG, porém, ela nada significa perto do crime praticado contra a soberania nacional que foi a venda de parte das ações da CBMM, dando poder de veto a uma empresa estatal japonesa. Foi uma operação cheia de irregularidades com a questionável participação de órgãos que deveriam fiscalizar este tipo de operação como o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), subordinado ao Ministério da Justiça.
A operação foi aprovada em prazo recorde e com base em um parecer de folha única, que desrespeitou toda legislação existente no País. A menor das irregularidades cometidas foi conceder “Confidencialidade” aos termos da operação aprovada. Foi desrespeitada a determinação legal para que não ocorra a cassação da autorização da sociedade estrangeira funcionar no País; esta deverá tornar público todos os seus dados econômicos, societários e administrativos, inclusive de suas sucursais (art. 1.140, CC).

SOCIEDADES ESTRANGEIRAS FUNCIONANDO NO TERRITÓRIO BRASILEIRO CONTRÁRIAS A ORDEM PÚBLICA DO BRASIL
E mais, conforme constante do artigo 1.134 do Código Civil, se faz necessária para que a sociedade estrangeira possa funcionar no território brasileiro prévio exame da legitimidade de sua constituição no exterior e a verificação de que suas atividades não sejam contrárias a ordem pública no Brasil.
O Poder Executivo poderá, ou não, conceder a autorização para uma sociedade estrangeira funcionar no Brasil, estabelecendo condições que considerar convenientes à defesa dos interesses nacionais (art. 1.135, CC). Segundo a assessoria de imprensa do CADE, na tramitação da analise foi-se observado o regimento, evidente que um regimento não pode se sobrepor a lei.

PORQUE O CADE NÃO ANALISOU Á CRITÉRIO?
Nada disto foi observado e agora, a exemplo da briga instaurada entre as famílias Faria e Neves, o divorcio entre Aécio Neves e Oswaldo Borges da Costa fatalmente se transformará num dos maiores escândalos da historia recente do País e poderá levar Minas Gerais a perder a propriedade sobre a jazida de Nióbio.
Principalmente as Forças Armadas veem promovendo gestões para federalizar, a exemplo da Petrobras, a exploração de Nióbio. [O nióbio é um minério estratégico. Principalmente para a fabricação de armas cibernéticas, nucleares e conquista espacial]

RELATÓRIOS COMPROVAM ESQUEMA CRIMINOSO DE SUBFATURAMENTO DO NIÓBIO
Relatórios confidenciais da Abim e da área de inteligência do Exército demonstram como operou o esquema criminoso de subfaturamento montado pela CODEMIG/ CBMM, através da Cia de Pirocloro de Araxá. A assessoria de imprensa da CBMM, da CODEMIG e do senador Aécio Neves foram procuradas e não quiseram comentar o assunto.
O assunto “Nióbio” é amplo, não tendo como esgotá-lo em apenas uma matéria, desta forma Novojornal publicará uma série de reportagens ouvindo as diversas áreas envolvidas no tema.
Nota da Redação (atualizado às 15:26 de 21/12/2012)
O valor da venda de 15% da CBMM, ao contrário dos R$ 2 bilhões de reais, constante na matéria, foi de US$ 2 bilhões de dólares. Desta forma, 100% das ações da CBMM equivalem a US$ 28 bilhões de dólares, levando em conta que a arrecadação total anual do Estado de Minas Gerais é de R$ 32 bilhões de reais, o valor das ações da CBMM representa quase o dobro do arrecadado.
(US$ 28 bilhões de dólares x R$ 2 reais = R$ 56 bilhões de reais).

A Serra do Gandarela e o malfeito de Dilma

por José de Souza Castro

 

gandarela42

Faltando 52 dias para encerrar meu contrato com o jornal “Hoje em Dia”, para redigir seus editoriais, publiquei ali, no dia 27 de abril deste ano, um texto intitulado “Pensando grande em Rio Acima”. Elogiava o prefeito Antônio César Pires de Miranda Junior, do PR, pelo tombamento municipal do Conjunto Histórico, Arquitetônico, Natural, Arqueológico e Paisagístico do Gandarela. Escrevi:

“O tombamento de 11.269 hectares da Serra do Gandarela localizados em Rio Acima relembra a luta entre Davi e Golias. A medida assinada pelo novo Davi ameaça um projeto de R$ 4 bilhões, valor trombeteado pelo gigante da mineração que, de fato, cobiça o tesouro de uma serra situada no centro do Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais, a aproximadamente 50 quilômetros da capital.”

E prossegui:

“O minério é o alvo, mas a serra tem outros tesouros. Ela abriga a segunda maior reserva de Mata Atlântica de Minas e meia centena de grutas e cavernas, ricas em fauna e flora. Mas sua principal riqueza é a água. Para protegê-la, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade tenta criar o Parque Nacional da Serra do Gandarela. O tombamento se apresenta como estímulo ao projeto do ICMBio e jamais ao da Vale.

Os defensores do parque têm dificuldade para traduzir em dinheiro um valor intangível, como é a paisagem natural e o bem-estar de milhões de pessoas e a vida de animais que não se acham à venda no mercado.

E quanto valerá a água do Gandarela ameaçada pela mineração? Provavelmente, ela vale bem mais que os R$ 4 bilhões que a Vale ameaça não investir, se prevalecer esse projeto do parque.

O certo é que água doce será cada vez mais valiosa e sua falta no Gandarela afetará moradores de Belo Horizonte e cidades próximas. Em Rio Acima, a água já é um problema, pois a única estação de tratamento foi construída em 1979 e a rede existente não chega a todas as residências.”

Eu sabia dos riscos, pois já então o jornal pendia abertamente para apoiar a candidatura Aécio Neves à Presidência da República. Apesar disso, o editorial foi escrito e publicado. Mesmo que o projeto de R$ 4 bilhões da Vale tenha sido lançado em 2009, com apoio do então governador Aécio Neves (PSDB). Um apoio que não faltou por parte de seu sucessor Antônio Anastasia, também tucano, e do atual governador, Carlos Alberto Pinto Coelho, do PP.

O que eu não esperava é que, em plena campanha eleitoral, Dilma Rousseff, do PT, assinasse finalmente o decreto que, no dia 13 de outubro, criou o Parque Nacional do Gandarela, cedendo aos interesses da Vale. Aécio Neves, se presidente, não teria feito melhor.

A reação ao decreto demorou. Só no dia 10 de novembro, o Movimento Águas do Gandarela editou um informativo dando as verdadeiras dimensões do desastre ambiental que vem pela frente. O jornalista e blogueiro Carlos Cândido, do Jornalaico, republicou-o no mesmo dia, com uma pequena introdução:

“Dilma cria parque, mas deixa de fora dele o mais importante e autoriza a mineração que vai destruí-lo. ‘O desenvolvimento’ é prioridade, para o PT, como para o PSDB. Desenvolvimento é o outro nome do capital, cujos interesses prevalecem, sempre. A mineração e as divisas que proporciona são mais importantes do que o ambiente, as espécies animais, a vegetação, as nascentes, a água. A consequência é a seca, que está aí nos castigando.”

Acho que Carlos Cândido foi o primeiro petista declarado com quem trabalhei. Eu chefiava a redação da sucursal do “Jornal do Brasil” em Minas. Ele era recém-formado e iniciou ali sua carreira. Para mim, portanto, essa avaliação dele é de certo modo surpreendente. Não deve ter sido fácil, para ele, fazer esse tipo de comparação, depois de 12 anos do PT no governo.

A decepção parece clara, também, para o Movimento Águas do Gandarela. Tem tom de protesto o seu informativo:

“O Parque Nacional da Serra do Gandarela, pedido pela sociedade e em estudos pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) desde 2009, foi criado pela Presidência da República, com área de 31 mil hectares, conforme publicação no Diário Oficial da União (DOU) de 14 de outubro de 2014.

Deveria ser motivo para grande comemoração mas, infelizmente, não temos muito a festejar já que os limites da nova Unidade de Conservação federal, tão sonhada e batalhada por muitos, foram profundamente alterados.

Não respeitaram todo o processo de criação, as consultas públicas realizadas em 2012 pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), os objetivos de conservação e as demandas de comunidades locais. Esperamos que o governo federal reverta este fato!

Convocamos a todos a multiplicar estas informações para garantir a criação do Parque Nacional da Serra do Gandarela e da Reserva de Desenvolvimento Sustentável com os limites adequados.”

Recomendo a leitura na íntegra. Vale prestar atenção aos mapas e às demais ilustrações do informativo do Movimento Águas do Gandarela, com as respectivas legendas, que mostram bem a dimensão do problema.

Para mim, não está claro, ainda, é se, afinal, terá algum efeito o tombamento municipal feito pelo prefeito de Rio Acima, para proteger parte da serra localizada em seu território. Espero que ele também não tenha sido tratorado pelo decreto de Dilma.

 

 

Cláudio, o escravo, e o pouso de misteriosas naves

Os moradores da pequena cidade falam de aviões e helicópteros que pousam em Cláudio, Minas Gerais, mas não existe nenhum registro oficial sobre o uso do aeroporto. Para as autoridades pra lá de competentes da Aeronáutica, da Anac, nenhuma nave decolou ou pousou no aeroporto construído pelo governo Aécio Neves.

A gastança do dinheiro público começou no governo de Tancredo Neves, que gastou duas vezes mais para construir um campo de pouso, que a Aécio, o neto herdeiro transformou em aeroporto.

TRABALHO ESCRAVO EM CLÁUDIO

Cola

por Robson Leite

Aécio Neves tem que se explicar sobre denúncia de trabalho escravo!

O candidato à Presidência pelo PSDB já encontrou sérias dificuldades em justificar o motivo de ter gasto R$14 milhões dos cofres públicos em um aeroporto em uma fazenda que pertencera ao seu tio-avô, no município de Cláudio (MG), e cuja chave de acesso era controlada, exclusivamente, pela sua própria família.

Se, por um lado, é grave a confusão entre patrimônio público e privado; por outro, é gravíssima a denúncia de que o MP e a PF encontram 80 trabalhadores escravos em uma destilaria dos mesmos donos do aeroporto.

O trabalho escravo é inadmissível! Não é tolerável a superexploração de trabalhadores por empresários gananciosos e desumanos. Pior pensar que tal barbárie possa estar relacionada, direta ou indiretamente, a um candidato à Presidência do Brasil!

AS PISTAS DO TRÁFICO DE DROGAS

Gente fina é outra coisa

por Joaquim de Carvalho

Você conhece a história. Em novembro de 2013, 445 quilos de pasta base de cocaína foram apreendidos numa fazenda de Afonso Cláudio, no Espírito Santo.

A droga fora transportada num helicóptero da família Perrella, de Minas Gerais. Em menos dois meses, Zezé e Gustavo Perrella — pai e filho amigos e aliados de Aécio Neves — foram isentados de responsabilidade sobre o crime, segundo um delegado da Polícia Federal bastante apressado. Em seis, todas as pessoas autuadas em flagrante foram inocentadas.

O DCM contou as imbricações do escândalo em uma série de reportagens que batizamos de “O Helicóptero de 50 milhões de reais”. As matérias foram financiadas por nossos leitores num esquema de crowdfinding com a plataforma Catarse.

O experiente jornalista Joaquim de Carvalho realizou um trabalho notável. Conversou com juízes, advogados, promotores, políticos etc. Revelou que, na rota do chamado Helicoca (o apelido carinhoso que o processo ganhou na Justiça), houve uma parada num hotel fazendo em Jarinu, interior de São Paulo. Parte da carga pesada teria ficado ali. A polícia não deu prosseguimento à investigação.

Entrevistou o piloto da aeronave, Alexandre José de Oliveira Júnior, que trocou mensagens de celular, no dia da ocorrência, com Gustavo Perrella. Num encontro tenso, Alexandre contou que fora contratado para trazer “eletrônicos e medicamentos veterinários do Paraguai”. Para ele, “era contrabando de mercadorias, não tráfico de drogas”.

Em Minas, JC visitou a fazenda dos Perrellas. Antecipamos, com exclusividade, que o Ministério Público do Estado denunciou o deputado federal Gustavo Perrella por uso indevido de verbas da Assembleia Legislativa.

Lançamos agora o nosso documentário sobre o Helicoca. A direção é de Alice Riff, de “Dr. Melgaço”, o primeiro projeto de crowdfunding do DCM.

O vídeo levanta várias questões sobre a impunidade, sobre a guerra às drogas, sobre as relações promíscuas entre poder, justiça e polícia no país. Um capítulo pode ter chegado ao fim, mas o caso está longe de ser encerrado. Nosso compromisso continua sendo, como sempre, manter você a par de tudo.

 

 

 

 

O tráfico e o roubo do nióbio. AÇÃO BILIONÁRIA ENVOLVE AÉCIO E ANASTASIA

Juan Hervas
Juan Hervas

O niónio é mais caro que o ouro. O Brasil possui mais de 90 por cento das jazidas. Os possíveis seis por cento restantes são de qualidade inferior, mas promovem o desenvolvimento social de países como o Canadá.

Minas Gerais, o estado mais rico em nióbio, não consegue nenhuma explicação para Araxá ser um município miserável e destroçado. Cito Araxá porque sedia as maiores mineradoras do mundo.

Tenho mostrado o roubo e a pirataria do nióbio, que a grande imprensa esconde. Veja links.

Leia esta reportagem de Sérgio Rocha, que você vai entender que o PSDB é um partido de ladrões

AÇÃO BILIONÁRIA ENVOLVE AÉCIO E ANASTASIA NA EXPLORAÇÃO DE NIÓBIO EM ARAXÁ

Os sócios Aécio e Anastasia
Os sócios Aécio e Anastasia

NIÓBIO ENTREGUE

O Nióbio, riqueza que poderia significar a redenção da economia mineira e nacional, foi entregue, através de operação bilionária e ilegal, a empresa estatal japonesa, Japan Oil, Gas and Metals National Corporation, em parceria com um fundo de investimento coreano que representa os interesses da China. Este é o final de um ruidoso conflito instalado no centro do Poder de Minas Gerais que vem sendo, nos últimos dois anos, de maneira omissa e silenciosa, testemunhado pelo governador Antônio Anastásia.

AÉCIO E A CODEMIG

Desde 2002 o então governador e atual senador Aécio Neves entregou a condução das principais decisões e atividades econômicas do Estado de Minas a Oswaldo Borges da Costa, que assumiu a função estratégica de presidente da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (CODEMIG). Criou um governo paralelo, onde as principais decisões sobre obras e investimentos das estatais CEMIG, COPASA, DER/MG, DEOP e das autarquias de MG ficaram a cargo de “Oswaldinho”.

PALÁCIO DA LIBERDADE E OS MILIONÁRIOS

Para sede da CODEMIG, caminharam nos últimos 10 anos investidores internacionais que tinham interesse no Estado. O Palácio da Liberdade transformou-se apenas em cartão postal e símbolo de marketing publicitário de milionárias campanhas veiculadas na mídia. Por trás deste cenário artificial operou um esquema de corrupção, que contou com a cumplicidade até mesmo da Procuradoria Geral de Justiça, que impedia a atuação do Ministério Público Estadual.

DISPUTA ENTRE FAMÍLIA NEVES FORTUNA DUVIDOSA

Foi necessária esta longa introdução, uma vez que à imprensa mineira jamais foi permitido tocar neste assunto para que se entenda o que agora, uma década depois, está ocorrendo.
Após a morte do banqueiro Gilberto Faria, casado em segunda núpcias com Inês Maria, mãe de Aécio, iniciou uma disputa entre a família Faria e a mãe de Aécio, sob a divisão do patrimônio deixado. Oswaldo Borges da Costa, casado com uma das herdeiras de Gilberto Faria, passou a comandar inclusive judicialmente esta disputa.
Diante deste quadro beligerante, as relações entre Aécio Neves e Oswaldo Borges da Costa acabaram, o que seria natural, pois Aécio fatalmente ficaria solidário com sua mãe. Mais entre Aécio Neves e Oswaldo Borges da Costa é público que existia muito mais, desta forma deu-se início a divisão do que avaliam ser uma fortuna incalculável.

ORIGEM DA FORTUNA…

No meio desta divisão estaria “a renda” conseguida e a conseguir através da diferença entre a venda subfaturada e o valor real no exterior do Nióbio. Peça chave neste esquema, a CBMM pertencente ao Grupo Moreira Salles, que sem qualquer licitação ou custo renovou o contrato de arrendamento para exploração da mina de Nióbio de Araxá pertencente ao Governo de Minas Gerais por mais 30 anos.

INVESTIDORES NÃO IDENTIFICÁVEIS?

Meses depois venderia parte de seu capital a um fundo Coreano, que representa investidores, não identificáveis.
Para se ter idéia do que significou, em matéria de ganho, a renovação para Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), que tem com atividade exclusiva a exploração da mina de Nióbio de Araxá – sem a mina cessa sua atividade – depois da renovação a empresa vendeu 15% de suas ações por R$ 2 bilhões, ou seja, levando em conta apenas o valor de suas ações a empresa valeria hoje R$ 28 bilhões, R$ 4 bilhões a menos que o Estado de Minas Gerais arrecada através de todos os impostos e taxas em um ano. Mas esta operação já havia causado desconfiança principalmente nas forças nacionalistas que acompanhavam de perto a movimentação.

CBMM, GRUPO MOREIRA SALES, MOLYCORP, ROCKFELLER

nióbio 1

A CBMM tem o capital dividido entre o “Grupo Moreira Sales” e a “Molybdenium Corporation – Molycorp”, subsidiária da “Union Oil”, por seu turno, empresa do grupo “Occidental Petroleum – Oxxi”, muito embora seja fácil deduzir a prevalência do grupo alienígena, pelo histórico do banqueiro Walther Moreira Sales, tradicional “homem de palha” de capitalistas estrangeiros, inclusive de Nelson Aldridge Rockefeller, que tanto se intrometeu na política do Brasil”, afirmou à reportagem do Novojornal o Contra-Almirante Reformado Roberto Gama e Silva.

Acrescentando: “Circula por aí versão segundo a qual só as jazidas de nióbio dos “Seis Lagos” valem em torno de 1 trilhão de dólares. Necessário esclarecer que por sua localização e facilidade de exploração a jazida de Araxá vale muito mais que a “Seis Lagos”.

nióbio 2

CADE – MINISTÉRIO DA JUSTIÇA OMISSO, FAVORECE AS CLASSES INTERNACIONAIS

Evidente que o Ministério Público mineiro já está investigando esta renovação do arrendamento celebrado pela CODEMIG, porém, ela nada significa perto do crime praticado contra a soberania nacional que foi a venda de parte das ações da CBMM, dando poder de veto a uma empresa estatal japonesa. Foi uma operação cheia de irregularidades com a questionável participação de órgãos que deveriam fiscalizar este tipo de operação como o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), subordinado ao Ministério da Justiça.
A operação foi aprovada em prazo recorde e com base em um parecer de folha única, que desrespeitou toda legislação existente no País. A menor das irregularidades cometidas foi conceder “Confidencialidade” aos termos da operação aprovada. Foi desrespeitada a determinação legal para que não ocorra a cassação da autorização da sociedade estrangeira funcionar no País; esta deverá tornar público todos os seus dados econômicos, societários e administrativos, inclusive de suas sucursais (art. 1.140, CC).

RELATÓRIOS COMPROVAM ESQUEMA CRIMINOSO DE SUBFATURAMENTO DO NIÓBIO

Relatórios confidenciais da Abim e da área de inteligência do Exército demonstram como operou o esquema criminoso de subfaturamento montado pela CODEMIG/ CBMM, através da Cia de Pirocloro de Araxá. A assessoria de imprensa da CBMM, da CODEMIG e do senador Aécio Neves foram procuradas e não quiseram comentar o assunto.
O assunto “Nióbio” é amplo, não tendo como esgotá-lo em apenas uma matéria, desta formaNovojornal publicará uma série de reportagens ouvindo as diversas áreas envolvidas no tema.
Nota da Redação (atualizado às 15:26 de 21/12/2012)
O valor da venda de 15% da CBMM, ao contrário dos R$ 2 bilhões de reais, constante na matéria, foi de US$ 2 bilhões de dólares. Desta forma, 100% das ações da CBMM equivalem a US$ 28 bilhões de dólares, levando em conta que a arrecadação total anual do Estado de Minas Gerais é de R$ 32 bilhões de reais, o valor das ações da CBMM representa quase o dobro do arrecadado.
(US$ 28 bilhões de dólares x R$ 2 reais = R$ 56 bilhões de reais). Transcrevi trechos. Leia a parte referente a corrompida CADE

O pibinho de Aécio

retrospectiva 2013 _ choque de gestao e retrocessos de Minas  _ Minas Sem Censura

   O Estado de Minas Gerais está quebrado! A saúde, a educação e a segurança sucateadas; professores desvalorizados e desmotivados estão proibidos até de se alimentarem na escola; policiais sem infraestrutura mínima para o trabalho; municípios sem apoio do estado para a manutenção de serviços básicos. A avalanche de verbas publicitárias cala a imprensa mineira, mas a  população, que não vive nas propagandas do governo, sente na pele os resultados desse descaso.
    O que fazer para manter a farsa do choque de gestão e evitar um curto-circuito na campanha presidencial de Aécio Neves? Com uma dívida que beira os R$ 100 bilhões, estão esgotadas todas as possibilidades de novos financiamentos. Restou ao governo assaltar a poupança dos servidores do estado. E no ´´vale tudo´´ para extinguir o Fundo de Previdência dos servidores (Funpemg) e transferir seus recursos – R$ 3,2 bilhões – para outros fins, não salvaram nem os mandamentos éticos, morais e constitucionais.
   Relembre o pibinho de Aécio e outras mazelas do governo de Minas no Minas Sem Censura

O guardião da ética na privada do PSDB

trem pagador

 

 

por Gilmar Crestani

E este cara, pelos modus operandi, mereceu assumir o Conselho Superior do Movimento Brasil Competitivo… A competição que a SIEMENS, ALSTOM & PSDB impuseram bem que merecem um movimento em direção à cadeia. Uma delação premiada permetiria descobrirmos os métodos empresariais que adubam páginas laudatórias nos grupos mafiomidiáticos.

Localizamos um personagem chave no escândalo do metrô

por Joaquim Carvalho

Adilson Primo presidiu a Siemens do Brasil e foi demitido sob suspeita de pegar dinheiro para ele mesmo.

Adilson sela acordo com o tucano Anastasia

Adilson (à esquerda) sela acordo com o governador tucano Anastasia

Em 2009, o então presidente da Siemens, Adílson Antônio Primo, assumiu o Conselho Superior do Movimento Brasil Competitivo e, na condição de um dos maiores líderes empresariais do Brasil, disse em uma entrevista que as práticas de gestão de sua empresa eram “benchmarking”, isto é, deveriam ser copiadas por concorrentes para atingir melhores resultados. Era o auge de uma carreira de 35 anos na Siemens. Numa entrevista para um programa de TV no auditório do Ibmec em São Paulo, ele foi apresentado como o CEO que não fez MBA e que nunca foi demitido. Por quê? “Eu acho que a trajetória profissional acaba definindo os rumos que você toma dentro da empresa. Até agora, parece que não foi o rumo errado”, respondeu ele.

Dois anos depois, Primo foi demitido porque, segundo comunicado divulgado pela matriz na Alemanha, “foi descoberta uma grave contravenção das diretivas da Siemens na sede nacional, ocorrida antes de 2007.” A empresa nunca explicou o que quis dizer com “grave contravenção”, mas deixou vazar a informação de que Primo teve seu nome envolvido em um suposto desvio de dinheiro, ocorrido entre 2005 e 2006, que lhe teria rendido 6,5 milhões de euros. É uma história sem comprovação e foi recebida com ceticismo por experientes agentes do mercado. Especula-se que Primo tinha, entre salários e bônus, um rendimento legal superior a 1 milhão de euros por ano. Por que se envolveria num desvio proporcionalmente pequeno?

Fato é que, em 2008, três anos antes da demissão de Primo, a Siemens rebebeu um dossiê com documentos que supostamente comprovariam o pagamento de propina de sua filial no Brasil a autoridades do governo do Estado de São Paulo para o fornecimento de equipamentos e serviços em diferentes áreas, principalmente o Metrô e a CPTM. O dossiê cita também o pagamento de propina ao governo do Distrito Federal, na época comandado por José Roberto Arruda, do DEM. Além da alemã Siemens, os documentos mencionam a francesa Alstom. Por que a Siemens demorou tanto a agir?

Talvez seja em razão do fato de que se pode acusar Adílson Antônio Primo de qualquer coisa, menos o de não trabalhar com empenho. Sob sua gestão, a Siemens cresceu no Brasil mais do que em qualquer outro país e, em 2010, seu faturamento local foi três vezes maior que a taxa de elevação do PIB brasileiro. O jeito de Primo tocar o negócio chamava a atenção. Em 2007, já no governo de José Serra, ele participava pessoalmente das reuniões para definir as empresas que forneceriam equipamentos e serviços para o Estado, conforme atas publicadas no Diário Oficial do Estado. Normalmente, as empresas enviam procuradores, não seu presidente.

Como CEO da Siemens, Adílson Primo também frequentava os eventos políticos e sociais. Não faltava aos encontros com autoridades, como ocorreu em julho de 2011, quando ele e governador tucano Antonio Anastasia, de Minas Gerais, selaram com as mãos colocadas umas sobre as outras, como fazem os jogadores de futebol antes de entrar em campo, o acordo para a construção de uma fábrica da Siemens em Itajubá, no sul do estado.

Há cinco meses, já sem a presença de Primo no comando da Siemens, a empresa anunciou a desistência do projeto. O motivo seria a crise europeia. Mas Adílson Primo foi para lá. Depois de dizer que estudava abrir uma consultoria ou tocar um negócio próprio – talvez a ABR Participações S.A., que ele criou com sede em Barueri quando ainda era presidente da Siemens –, Primo assumiu a Secretaria de Coordenação Geral e Gestão da cidade, que tem um orçamento vinte vezes menor que o faturamento anual da Siemens.

Localizar Primo no seu novo endereço não foi difícil. Em 2008, ele foi processado pela professora do Instituto de Física da USP Luisa Maria Scolfaro Leite por causa da negociação de uma casa. A advogada dele no processo é Marcela Souza Vitti, que trabalha no departamento jurídico da Siemens, com telefone no cadastro da OAB. Ao localizá-la, perguntei sobre o processo, mas ela não sabia detalhes. Disse que tinha prestado um favor a Adílson Primo, na época presidente da empresa. Questionada sobre como eu poderia encontrar seu cliente, afirmou: “Não tenho a menor ideia”. Mas insisti, e ela respondeu: “Acho que em Itajubá”.

Na cidade, que tem menos de 100 mil habitantes, só há o registro de um Adílson Antônio Primo, e ele é famoso no município por ocupar uma nova secretaria, encarregada entre outras atividades de conduzir a elaboração do novo Plano Diretor. Sua secretária, que se apresentou como Gisela, disse por telefone que Primo estava em viagem fora do município, não quis passar o celular e anotou um recado. Até às 23 horas de sexta-feira, dia 9 de agosto de 2013, quando concluo esta reportagem, ele não retornou.

No YouTube, há um vídeo de uma entrevista de 24 minutos que Primo concedeu há seis meses a um programa da Panorama FM, a principal emissora local. O radialista Octávio Scofano quis saber o que faz a Secretaria de Coordenação Geral e Gestão. Primo informou que o objetivo da pasta é aplicar em Itajubá um choque de gestão, nos moldes do que fez o tucano Aécio Neves no governo do Estado.

Com a camisa com dois botões abertos, bem diferente do terno e gravata que usava no tempo da Siemens, e com o cabelo pintado, o ex-CEO tentou fazer um discurso técnico, mas a entrevista terminou com os ouvintes fazendo perguntas sobre ruas de terra e outros temas do cotidiano de uma cidade que não é grande. Nélson, do bairro Santo Antônio, perguntou sobre um dos maiores problemas de Itajubá, que é o excesso de animais que fazem suas necessidades na calçada e na rua, sem que ninguém se responsabilize pela limpeza. O secretário de Coordenação Geral e Gestão de Itajubá lamentou que isso ocorra e falou da possibilidade de uso de fraldões pelos cavalos, que “fazem muita sujeira na rua, temos que caminhar olhando para o chão”.

Como se nota pela entrevista, Primo anda de cabeça erguida por Itajubá, sem que ninguém o questione sobre o que pode ser um dos maiores escândalos de corrupção do Brasil. A estimativa é que, com o superfaturamento nos equipamentos vendidos e os serviços prestados ao governo desde 1995, a partir da gestão de Mário Covas, o Estado de São Paulo teve um prejuízo superior a 500 milhões de reais. Só em propina, teriam sido pagos mais de 100 milhões de reais. A alemã Siemens, a francesa Alstom e a espanhola CAF são gigantes no ramo em que operam, mas formam um grupo pequeno. Como timoneiro de um desses titãs, Adílson Primo não é, com certeza, o que se pode chamar de a bolota do cavalo do bandido. No mínimo, é o cavalo. Mas ele, e talvez só ele, tem motivos para dizer quem o montou e depois o deixou na rua, abandonado como os animais de Itajubá.

Minas Gerais. De um povo heróico o brado retumbante

jornal_estado_minas. barulho

O jornalão mineiro sempre reclama das manifestações populares. Costuma dizer que o povo nas ruas atrapalha o atrapalhado trânsito, que vira uma bagunça, o caos.

Advoga que as ruas são dos carros, inclusive as estreitas calçadas com suas rampas de garagens.

O importante, apesar de não ter feito a cobertura, que informa “os manifestantes tomaram as ruas em 15 cidades mineiras. Foram inúmeras manifestações nos últimos dois meses”.

Foi bonito de ver o povo reivindicando seus direitos nas cidades de prefeitos ladrões.

Para o “Estado de Minas “, os protestos “pouco adiantaram. A exceção é o aumento das passagens de ônibus. Diante da pressão popular, as prefeituras recuaram e cancelaram ou baixaram ainda mais o preço”.

Os prefeitos costumam levar vantagem em tudo, mas esta eles perderam. Perderam feio. Também perderam os vereadores que aprovaram o que eles chamam de atualização, de reajuste. Jamais usam o palavrão aumento de preços…

Na primeira página imaculada, diz o jornal: “As manifestações pouco adiantaram. A maioria das reivindicações sobre falta de infraestrutura, precárias condições de transporte, saúde e educação ainda não foi atendida”.

O povo tem que fazer mais zoada, sim. Cobrar do governador e dos prefeitos. As escolas estaduais e municipais estão sucatadas. Roubam até a merenda escolar. Que as prefeituras cuidem dos postos de saúde. Que o governo do estado modernize e construa hospitais para o povo.

O povo deve fazer zoadeira sim, para acordar a Justiça. Só a justiça prende por mais de trinta dias o que jornal mineiro chama de “gestores”.  O País da Geral tem que botar na cadeia os corruptos ladrões do dinheiro público.

Barulho faz o terror: os tiros de borracha, os estouros das bombas de gás lacrimogêneo e de efeito (assédio) moral, os latidos dos cães da polícia, os relinchos das bestas do Apocalipse, as batidas das patas da cavalaria no asfalto.

Que Antonio Anastasia segure a polícia para o povo passar em paz.

7 set

Os governadores católicos vão mandar a polícia bater nos jovens que o Papa aconselhou ir para as ruas?

BRA^SP_OV papa luta jovens

Que vai acontecer depois que Francisco voltar para o Vaticano? O Papa animou os jovens ir para as ruas. Mas os primeiros que vão bater nos manifestantes serão os governadores católicos.

Quando Geraldo Alckmin (PSDB), em São Paulo, recomeçará o prende e arrebenta. Ele comanda, com Sérgio Cabral (PMDB), do Rio de Janeiros, as duas polícias estaduais mais violentas, repletas de assassinos. Ninguém sabe onde terminam as polícias e começam as milícias. Sempre falo da dualidade claridade/ escuridão: de dia, polícia; de noite, milícia.

Que fenômeno este: quanto mais os oposicionistas – os tucanos Teotônio Vilela (Alagoas), Marconi Perillo (Goiás), Antônio Anastasia (Minas Gerais), Simão Jateme (Pará), Beto Richa (Paraná), José de Anchieta (Roraima), Siqueira Campos (Tocantis), e a demista Rosalba Ciarlini (Rio Grande do Norte) – batem no povo, mais Dilma perde popularidade, conforme as pesquisas de opinião pública?

A versão que prevalece é a da imprensa considerada golpista, que usa e abusa das palavras-chave caos, baderna, vandalismo.

“En un mismo país, hay un Brasil Menor contra un Brasil Mayor”
 Una de las personas que observan con más atención lo que acontece en Brasil es Giuseppe Cocco, profesor de Teoría Política en la Universidad Federal de Río y miembro de la Red Universidad Nómada. Además es autor, entre otros libros, de ‘MundoBraz: el devenir mundo de Brasil y el devenir Brasil del Mundo’, editado por Traficantes de Sueños-Mapas.
Giuseppe Cocco / IZAIAS BUSON
Giuseppe Cocco / IZAIAS BUSON

La subida de los 20 centavos en el transporte público ha colmado la paciencia de la sociedad brasileña y se ha traducido a un polvorín de manifestaciones por todo el país. La presencia de millones de personas en las calles brasileñas ha causado estupefacción en el Gobierno de Dilma Rousseff, en diferentes medios de comunicación de todo el mundo de multitud de lugares del planeta.

¿Cómo considera que se han ido desarrollando las movilizaciones?

En primer lugar, las manifestaciones comenzaron inicialmente en Porto Alegre a finales de abril, pero se esparcieron por todo el país el pasado mes de junio cuando se celebraron en Sao Paulo. En todas ellas, los objetivos e interlocutores eran ayuntamientos (prefeturas) o gobiernos de cada Estado, no englobaban al Gobierno Federal. A partir del lunes 17 de junio, y sobre todo del día 20, las manifestaciones alcanzaron un nivel de “masificación” que se desbordó, pero sin que eso fuese un ataque directo a Dilma Rousseff y al Gobierno federal. Por otro lado, el Partido de los Trabajadores (PT) y el Gobierno federal (de Dilma) no vieron llegar el “tsunami”: sintieron la tierra temblar y esperaron a que pasara, que no se les cayese la casa encima. Así, el PT no dijo nada, los ministros no dijeron nada ( y si algo dijeron fue muy malo). En cambio Dilma si que habló, pero fue el 21 de junio: muy tarde y de una manera muy tímida.

Usted ha comentado que la revuelta brasileña bebe de las revueltas árabes, del 15M o de las manifestaciones en Turquía. Pero hay una diferencia, la presidenta Roussef ya ha lanzado una serie de propuestas.

Las propuestas de Dilma son insuficientes y las materializaciones de estas –influidas por Lula– son hechas de manera equivocada. El PT y Lula no tienen con quién conversar y creen que hablar con las “organizacioncitas” de jóvenes patrocinados por el Gobierno resuelve algo, cuando el movimiento, por un lado, se caracteriza por ser irrepresentable y por otro, por una demanda de giro a la izquierda que necesita mucha más determinación. No es con retórica o con el fomento de ONG y otros aparatitos como se va a poder resolver lo que está ocurriendo.

¿Considera insuficiente la propuesta del Gobierno brasileño para comenzar un proceso constituyente?

La propuesta de de reforma política que Dilma está haciendo ya era discutida hace tiempo. Inicialmente, ella habló de una constituyente restringida y sometida a un plebiscito. Lo que pienso es que se trata de una manera de ofrecer algo a las calles pero de una manera leve.

Se ha señalado que la subida del precio del billete, fue el detonante de las manifestaciones, pero para despejar dudas de uno de los porqués en este momento ¿ qué papel ha jugado la derecha brasileña en estas movilizaciones?

La derecha no desempeña ningún papel en estas movilizaciones aunque hay que resaltar que ella fue la que dio la orden de cargar contra los manifestantes en el Estado de Sao Paulo, que es donde gobiernan. Ese supuesto papel de la derecha en el movimiento es fruto de rumores absurdos difundidos en la primera fase del movimiento por sectores del Gobierno que, paralizados ante los acontecimientos, intentaban hacer cundir el miedo al fascismo y pedir “unidad”. Solamente después de que el lunes 17 de junio, millones de personas bajaron a la calle, la derecha aprovechó su monopolio de los medios de comunicación y pasó a intentar influenciar en el movimiento en las grandes manifestaciones del 20 de junio, con millones de personas en las calles, pero fue muy limitado. Río de Janeiro albergó la manifestación más grande (entre dos y tres millones de personas) que terminó con una batalla campal que se extendió a todos los barrios del centro de la ciudad y de ahí al Palacio del Gobierno.Fue en ese momento, el día 21 de junio, cuando el Gobierno y el PT reaccionaron con la única declaración de Dilma.

¿Cuál es el papel de la población afrodescendiente en estas movilizaciones?

Otra tontería del Gobierno y de la izquierda del Gobierno es haber dicho que hay pocos pobres y pocos negros. En Río de Janeiro, en cuatro días, se manifestaron alrededor de dos o tres millones de personas, o sea, una parte importante de la ciudad. El lunes 24 de junio, hubo manifestaciones en las dos grandes favelas de esta ciudad. La primera, en la favela Maré, fue reprimida con sangre: diez muertos por la Tropa de Élite de la Policía Militar, usaron como pretexto el conflicto con el narcotráfico. Pero los habitantes de la favela Rocinha salieron a la calle a pesar de la represión acontecida en la anterior. Es la primera vez que miles de favelados toman el derecho de descender del “morro” (exactamente del de Rocinha) y van hasta la casa del gobernador, situada en el barrio rico de Leblon, en donde después hubo una acampada y otras manifestaciones, con enfrentamientos con la policía.

Desde su punto de vista ¿por qué los partidos de izquierda, y en este caso el brasileño, no comprenden o no aceptan lo que usted llama “Revolución 2.0”?

Los partidos de izquierda no entienden absolutamente nada, y el PT el que menos. Lo grave es que el PT no lo entienda, porque esto tiene consecuencias para el gobierno de Brasil. Quien está intentando articular una respuesta es Lula, pero es muy insuficiente porque se limita –como he comentado anteriormente– a promover como representantes del movimiento algunas pequeñas organizaciones de jóvenes patrocinadas por el mismo. En este momento, el movimiento está pasando de las grandes movilizaciones (recordemos el pasado lunes 1 de julio en la final de la Copa Confederaciones) a iniciativas descentralizadas: asambleas de barrio, ocupación de Consejos Municipales como ocurrió hace casi una semana en Belo Horizonte (capital del Estado de Minas Gerais) o de Parlamentos de los Estados federados (como ocurrió con la ocupación de la Asamblea Legislativa de Espirito Santo, en Vitoria. El gobierno y el PT no entienden que la revuelta también es contra todos las formas representacíon (ONG, y el resto de movimientos controlados por los aparatos).

En anteriores declaraciones, usted vislumbra un escenario un tanto complicado en este “devenir” Brasil ¿por qué?

Si continuamos así, todo va a depender del movimiento. Si se debilita, y ante la postura conservadora de la izquierda, están corriendo un fuerte riesgo que pueda ser capitalizado por la derecha electoralmente hablando. Además, según los últimos sondeos de opinión, Dilma Roussef ha perdido el 30% de la intención de voto. Lo que es palpable es que #BRevolution está totalmente dentro del ciclo de luchas que conocemos en Tahrir, en la Puerta del Sol, en la Plaza Taksim y nadie sabe cómo será el desenlace de este movimiento increíble. Sin embargo, puede afirmarse que en un mismo país hay un Brasil Menor –de la gente pobre, estudiantes, favelados, indígenas, las mujeres– contra el proyecto del Brasil Mayor: el de las grandes industrias automovilísticas, de las del agro-negocio, contra los representantes políticos. El devenir Brasil del mundo (como devenir-mundo de Brasil) confirma la necesidad de crear nuevos valores y no dejarse homologar dentro de aquellos valores extenuados del capitalismo global.