Deu no Jornal da ImprenÇA do romancista Moacir Japiassu

 

O considerado Talis Andrade, jornalista de escol e um dos mais inspirados poetas do Brasil, envia um, como direi, desabafo de seu refúgio no Recife:

 medo morte jornalista legenda

(…) fui anticandidato a presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Pernambuco, e tive quatro votos dos cinco mil filiados.

Topei a parada para ter motivação para meter o pau nos pelegos. Foi uma eleição comandada pela Central Única dos Trabalhadores – CUT, única no mentiroso nome, que existem mais outras cinco ou seis centrais para comer o imposto sindical, que arrecada, na marra, mais de 2 bilhões de reais, e ninguém presta contas dessa dinheirama. Eta Brasil corrupto.

Na antevéspera do pleito a “democracia radical” de ser impedido de entrar no Jornal do Comércio, onde comecei como foca e terminei diretor responsável e redator chefe. Terminei entrando, por força da lei, para descobrir o lugar que aterrissou uma das urnas volantes.

Mudados tempos: as redações eram abertas, e os jornalistas viviam nas ruas. Sem medo e sem nojo do povo.

As redações viraram gaiolas de ouro para uma meninada que recebe o salário da fome e do medo. Na atual cultura de rejeição dos idosos, como condenou o Papa Francisco, a Chapa Você Sabe Porquê, que encabecei, terminou sendo chamada dos “Velhinhos”. A danação desta contrapropaganda escancara uma cruel realidade. Mas tudo tem seu lado bom. Fez recordar minha vaidade de garoto de trabalhar ao lado de decanos. De Câmara Cascudo, Mauro Mota, Costa Porto, Eugenio Coimbra Jr., Veríssimo de Melo.

Os jornalistas de  40, 50 anos, viviam o batente como se tivessem a mesma idade dos noviços. Ninguém teria a petulância de chamar Newton Navarro, Carlos Pena Filho, Audálio Alves, Abdias Moura, Ladjane Bandeira de encalhe, de imprestáveis. Qual o futuro de uma profissão de beletristas que, aos 30/35 anos, entra na ancianidade?

Armação da polícia de Sérgio Cabral para justificar o holocausto dos Amarildos

Informa R7 Notícias: A mulher do pedreiro Amarildo, Elizabete Gomes da Silva, disse que todas as acusações de envolvimento dela e do marido com o tráfico de drogas são mentirosas e têm o objetivo de desviar o foco de atenção das investigações sobre o paradeiro do pedreiro, desaparecido há cerca de um mês, após ser abordado por policiais da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da Rocinha.

— Isso é tudo mentira. Para eles falarem isso, têm que ter prova.

Na semana passada, o delegado Ruchester Marreiros, que participou da primeira fase de investigações sobre o sumiço de Amarildo na Delegacia da Gávea (15ª DP), apresentou relatório no qual cita o pedreiro e Elizabete como colaboradores do tráfico da comunidade.

Irritada, a mulher de Amarildo declarou que, sem imagens, fica fácil falar qualquer coisa.

— Estão querendo sair do foco e querendo me envolver. Minha casa nunca foi alvo de nada.

Anderson Dias Gomes, de 21 anos, filho de Amarildo e Elizabete, declarou estar angustiado com as insinuações feitas contra a mãe e o pai.

— Nós já estamos sofrendo bastante para eles inventarem uma calúnia dessa sem provas.

Uma mãe de família, por ter sido esposa do falecido Amarildo, a polícia transforma em traficante e torturadora
Uma favelada mãe de família, por ter sido esposa do falecido Amarildo, a polícia transforma em traficante e torturadora. Foto Alessandro Costa
Veja que infâmia: Escutas telefônicas feitas com autorização da polícia captaram uma conversa na qual um traficante conhecido como Catatau fala com um policial infiltrado no tráfico sobre o desaparecimento de Amarildo Dias. Segundo o criminoso, Boi, como seria chamado o pedreiro, foi morto para jogar a população contra o comandante da UPP da Rocinha. A conversa teria ocorrido quatro dias após o sumiço de Amarildo.

Uma das testemunhas que gravaram depoimento aparece com as duas mãos enfaixadas e diz ter sido torturada na casa onde Amarildo vivia com a família.

— Eles me botaram sentado na escada da porta da Bete. Ela é conhecida minha. Aí ela comentou: “você vai tomar um coro, né?”. Eu falei: “pô, acho que vou”. Então você vai ser o nono [disse ela]. Quebraram minhas duas mãos e me queimaram todo, no peito, na barriga, tudo.

[Jogar a população contra o comandante da UPP. Amarildo, para a polícia,  era um estrategista político, e excelente marqueteiro. Ou melhor dito, mais um marqueteiro bandido, traficante de moedas para os paraísos fiscais].

HOLOCAUSTO: SOLUÇÃO FINAL
DE UMA POLÍCIA NAZISTA
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O Papa Francisco, na visita que fez a uma favela carioca, denunciou o terrorismo policial.
Uma polícia que vem ameaçando de morte o cartunista Latuff. Uma polícia que mata.
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Escreve Edu H. Silva: O projeto da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) foi inaugurado em 2008, na Comunidade Santa Marta, zona sul do Rio de Janeiro, e depois se expandiu para outras comunidades.
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De lá para cá, aproximadamente cinco mil pessoas foram mortas pela ação truculenta da polícia. Este é o número de habitantes em várias pequenas cidades país afora. E, certamente, isto corresponde apenas aos dados registrados. Há um ainda mais e mais assustador que sequer se conhece. O fato é que o que tem marcado os quase cinco anos de UPP nas favelas são chacinas, desaparecimentos e intimidação aos moradores.
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A presença das UPP’s nas comunidades cariocas faz parte de uma política do governo estadual – sob aval e o incentivo do governo federal (PT) – de criminalizar a pobreza e não, de forma alguma, para garantir proteção e segurança da comunidade. Isto tudo cercado de muita publicidade e propaganda enganosa.
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Como prova disso, basta lembrarmos de uma ação escandalosa, em novembro de 2011, chamada “Operação Choque de Paz”, na favela do Vidigal, onde além de toda a violência durante a invasão, foi montada (como a imprensa revelou recentemente) uma farsa hollywoodiana, com direito a figurantes e sangues de ficção.
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A realidade, contudo, não tem nada de “filme de ficção”. Nos morros tomados pela UPP, a taxa de desaparecidos aumenta vertiginosamente. E os desaparecidos em sua maioria são jovens negros, que, segundo dados do governo, têm 139% mais chances de serem mortos dos que os brancos.
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Dentre os desaparecidos, a maioria (59%) é do sexo masculino, sendo que 27,4% são estudantes. Os desaparecimentos, em sua maioria, atingem a população com faixa etária superior a 18 anos. Muitos deles trabalhavam em empregos precarizados, sem direitos trabalhistas, garantias de estabilidade e baixos salários. Amarildo, como muitos outros trabalhadores, se encaixa nesses dados.
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Diferente do que defende a grande imprensa, as UPPs estão longe de ser órgãos pacificadores para o combate ao tráfico nas comunidades. Pelo contrário. Não são poucos os exemplos da existência de acordos entre o crime organizado e amplos setores da polícia, inclusive em seu alto escalão.
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O uso cada vez mais freqüente de meios de comunicação “alternativos” (como os vídeos postados nas redes sociais) só tem servido para confirmar algo que os moradores das comunidades negras e pobres do Rio já conhecem há tempos: s UPPs se tornam verdadeiras máquinas de execução em massa, com seus fuzis voltados particularmente para a população negra.
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Uma simples busca na internet apresenta resultados que, literalmente, embrulham o estômago. São cenas de policiais agredindo mulheres, como o caso de um oficial da UPP espancando uma mulher negra sentada em um banco
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ou de um vídeo feito em 2010, no morro do Cantagalo, que mostra um policial agredindo um jovem e ameaçando os moradores que estavam em volta da ação
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Exemplos (dentre centenas de outros que poderíamos citar) de que UPP e violência policial são sinônimos. Assim como polícia e racismo.
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(Transcrevi trechos)
mijo menino favela polícia invasão

Jornalista diz que a Igreja jamais quis receber o Papa em Guaratiba, mas a Prefeitura insistiu…

por Mário Assis

 

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Circula na internet, com grande aceitação e causando revolta nos cidadãos, a seguinte nota sobre a visita do Papa Francisco ao Brasil:

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O repórter Gerson Camarotti, da GloboNews – que acompanhou as negociações da igreja católica para definir um local para a Jornada Mundial da Juventude e foi o único jornalista a entrevistar o Papa – declarou que desde o início, a Arquediocese rejeitava Guaratiba. Preferia fazer as grandes concentrações em outro local, entre eles, a praia de Copacabana, onde acabou acontecendo.

Estava “na cara” que Guaratiba, com piso no barro, aterrada recentemente, sem infra-estrutura de tudo, principalmente de transportes, não oferecia condições, mesmo que não chovesse, para o evento que já previa 3 milhões de fiéis. Mas o interesse da Prefeitura e do Estado foi mais forte e a área em Guaratiba acabou sendo beneficiada pelas obras realizadas, sem qualquer ônus para o empresário ligado à cúpula do Rio, o misterioso Jacob Barata, que domina os transportes coletivos no Rio de Janeiro.

 (Transcrito da Tribuna da Imprensa)
 
 
 

Papa Francisco escanteou jornalistas argentinos

O jornalista Gilvrando Filho mostrou a importância da “bela entrevista do repórter Gerson Camarotti com o Papa. Indiscutível o seu valor jornalístico, um furo internacional (foi a primeira entrevista individual desde que Francisco foi eleito Papa)”.

Por que um jornalista brasileiro? Talvez a resposta esteja nesta notícia do Comunique-se:

Quem foi cobrir o evento do Papa na Catedral do Rio de Janeiro, que aconteceu na manhã de quinta-feira, 25, não foi bem recebido por alguns jornalistas argentinos. Embora não houvesse restrição de nacionalidade e nem mesmo credenciamento, profissionais brasileiros foram barrados. A ordem era que as informações fossem exclusivas do país vizinho. Quem conta a história é a repórter do jornal O Dia, Cristina Nascimento, que foi, inclusive, agredida. “Recebi beliscões nas pernas e socos nas costas. Foi uma das situações mais humilhantes e constrangedoras”.

papafrancisco2607Papa na Catedral do Rio de Janeiro (Imagem: Tomaz Silva/ABr)

Como a redação de O Dia fica perto do local, Cristina chegou para acompanhar o evento às 9h40. Antes de sair da redação, a profissional ligou para a organização e perguntou se havia necessidade de credenciamento ou algum tipo de pulseira para identificar a imprensa, e foi informada de que não era necessário. “Cheguei lá tinha um grupo de argentinos e profissionais brasileiros, como da TV Canção Nova. Quando foi por volta de 10h40 veio uma informação: Prioridade para jornalistas brasileiros e argentinos. Quando eles falaram isso, os argentinos começaram a falar: ‘Não brasileiros. Isto é uma cobertura exclusiva dos argentinos'”, explica.

Chamada Inês, uma mulher se identificou como sendo do evento e deu ordem à PM para que só argentinos entrassem. “Começaram a passar os argentinos, eu estava na frente e fiquei retrucando, falando que era absurdo. Por volta de 12h10 o PM me deixou entrar – entrei chorando, porque eu estava no meu limite”. Mesmo com a autorização para acompanhar a cerimônia com o Papa Francisco, Cristina disse que brasileiros tiveram que se sentar no chão, enquanto os profissionais argentinos tinham lugar garantido no banco. “Fiquei muito surpresa, porque somos jornalistas, independentemente da nacionalidade. Fiquei assustada com a reação da mídia argentina”.

Em contato com o diretor da comunicação Jornada Mundial da Juventude, Benjamin Paes, Cristina perguntou qual foi o critério de escolha. O profissional, segundo ela, não soube responder e disse que retornaria mais tarde. Até o momento, nenhum posicionamento foi passado à repórter. O Comunique-se tentou falar com o diretor. Ele solicitou que o caso fosse encaminhado por e-mail.

Pelo Facebook, o jornal O Dia falou sobre o caso. “E tem aquilo que pouca gente fica sabendo. A imprensa argentina agrediu veementemente os colegas brasileiros, hoje de manhã. Eles queriam exclusividade no evento do Papa na Catedral, quando Francisco conversaria com seus conterrâneos. Os jornalistas argentinos agrediram e tentaram impedir a entrada. Uma repórter foi jogada no chão. Baixaria argentina. Como, aliás, de costume”.

“O tempo todo ele perguntava: ‘Está satisfeito com a respostas?’. E eram respostas absolutamente completas, densas, demoradas, explicadas e com parênteses. E o tempo todo ele dizia: ‘Posso falar só mais um pouquinho?’”, conta Camarotti.

Para conseguir a entrevista, Gerson Camarotti tentou primeiro um pedido oficial ao Vaticano, que foi negado. “Eu já tinha pedido ao Vaticano essa entrevista, inclusive a fontes próximas da Igreja, e aí foi vetado. E fui pelo outro caminho, furei o bloqueio com ajuda de fontes, não foi via Vaticano. Soube que o Papa Francisco consultou alguns integrantes da Igreja no Brasil. O Vaticano não queria essa entrevista, ele seguiu o instinto dele”.

 

E por falar em Joaquim Barbosa, como valorizar a Política e combater a corrupção? O Itamarati e o Papa no Brasil

Ccaucharg

 

Desde os tempos do Barão do Rio Branco, que cultuava a travestilidade, o Itamarati sempre preferiu homens brancos, altos e bonitos.

Sou pela tradição de escolher nomes notáveis. Das letras e das artes, para os cargos de adidos culturais. E de nomear políticos honrados como embaixadores.

Chegou a hora do Brasil dignificar a Política.

Considero o vídeo acima o mais importante contato do Papa. Por ser um encontro com crianças. Francisco mostra a importância dos políticos. Que, no Brasil, são responsabilizados por tudo que acontece de ruim.

A corrupção, mãe de todos os crimes, persiste como um câncer na base dos sindicatos, associações de bairro, ONGs, fundações, sociedades beneficentes, clubes esportivos, quando ervas daninhas, regadas com dinheiro público.

A corrupção se espalha, empurrada pela impunidade que tudo facilita.

Importante sempre lembrar que só a justiça prende por mais de trinta dias. Só a justiça condena. E a justiça, no Brasil, tarda e falha. Ninguém vai preso.

Joaquim Barbosa continua festejado por condenar o Mensalão. Acontece que ninguém foi preso. Ninguém. Nem quem praticou o Mensalão petista. Nem quem fez o Mensalinho no terreiro dos tucanos.

Considero o ministro Joaquim Barbosa despreparado para o cargo de Presidente do Brasil. A última dele, quando apresentado pela presidente do Brasil ao Chefe do Estado da Cidade do Vaticano bem comprova.

 

JOAQUIM BARBOSA AFIRMA QUE NÃO TEM INTERESSE DE DISPUTAR A PRESIDÊNCIA

por Filipe Barros

Desde a condenação de 25 dos 38 réus do mensalão, o nome do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, vem sendo lembrado em pesquisas de intenção de voto para as eleições de 2014. Mas ele afirma que não disputará a Presidência da República no ano que vem. Segundo o ministro, o Brasil ainda não está preparado para ser governado por um negro. As declarações foram dadas ao jornal O Globo neste fim de semana.

O presidente do STF não foi filiado a partidos políticos no passado e, reservadamente, mantém críticas a legendas que considera de direita, como o DEM, que contestou a política de cotas raciais. “Não tenho laços com qualquer partido político”, disse Barbosa na entrevista. Ele se  declarou “social-democrata à europeia”. “Sou muito realista. Nunca pensei em me envolver em política”, declarou o ministro.

Como ministro do Supremo, ele teria de deixar o tribunal no ano que vem caso decidisse concorrer às eleições e renunciar à presidência da Corte quase sete meses antes de terminar seu mandato. Barbosa acredita que o Brasil não está pronto para ter um presidente negro. “Acho que ainda há bolsões de intolerância muito fortes e não declarados no Brasil”, disse.

Joquim Barbosa também fez críticas à imprensa, disparou contra o Palácio do Itamaraty, dizendo que é “uma das instituições mais discriminatórias do Brasil”. O Ministério das Relações Exteriores disse que não comentaria as declarações. Em nota, o órgão classificou as acusações de discriminação “a título pessoal”.

Em relação a imprensa, sobre o episódio em que Barbosa sugere a um jornalista de O Estado de S.Paulo que chafurdasse no lixo, o jornal, em nota, informou que “a manifestação atual do presidente do STF parece mostrar que seu pedido de desculpas, à época do episódio, foi no mínimo insincero.” Barbosa também acusou o jornal Folha de S.Paulo de violar sua privacidade e sugeriu motivação racial. O jornal respondeu que o ministro ainda não está acostumado à exposição que o atual cargo de presidente do STF lhe confere. Internamente, as declarações do ministro foram vistas como uma estratégia de comunicação. Assessores defendiam a versão de que matérias críticas a ele eram publicadas depois que pesquisas de opinião eram divulgadas com o nome de Barbosa.

Itamaraty

Barbosa afirmou ter sido vítima de preconceito ao ser reprovado no concurso para diplomata. Foi eliminado na fase de entrevistas. “O Itamaraty é uma das instituições mais discriminatórias do Brasil”, disse. E afirmou que “todos os diplomatas” do País queriam estar hoje na sua posição, na presidência da mais alta corte brasileira. O Itamaraty não comentou as declarações, mas disse que a instituição mantém um programa de ação afirmativa.

[Que faz Barbosa para combater o “racismo” no Itamarati?

Um presidente do STJ e do Conselho Nacional de Justiça possui poderes absolutistas. Inclusive de realizar julgamentos secretos, o do Foro Especial. Idem de gozar imunidade eterna. Privilégio que Joaquim Barbosa não condena. Que pode acontecer com um togado, chamado por Eliana Calmon, bandido?

E por falar em Eliana, por que ela foi esquecida pela imprensa? Notadamente a PIG, que trama uma sucessão presidencial à banho turco]

 

Francisco: “Não existe comunicação pela metade. É tudo ou nada. Ou se fala tudo ou não se fala nada”

por Gilvandro Filho

papamontagem

Bela entrevista do repórter Gerson Camarotti com o Papa. Indiscutível o seu valor jornalístico, um furo internacional (foi a primeira entrevista individual desde que Francisco foi eleito Papa).

O Papa é, realmente, uma figura histórica muito diferenciada e que merece todo respeito e toda a admiração. E toda a atenção. A sua pontuação sobre a idolatria pelo dinheiro e o descarte de velhos e idosos pelo capitalismo foi perfeita. Que mundo é este que nega oportunidade aos jovens (e criança) e aos idosos por não serem “produtivos”? “Os jovens são o futuro do mundo e os velhos estão aí para passar sua experiência e sabedoria”.

Sobre a idolatria ao dinheiro e a sua manipulação pela imprensa, ele foi na mosca!!!! “Milhares de crianças morrem de fome e isso não é notícia. Se a bolsa cair 2 ou 3 pontos, tratam como uma catástrofe mundial”.

Também gostei da imagem que ele criou: sem jovem e sem idosos o mundo cai. Que os jovem precisam ser escutados e que os idosos precisam passar a sabedoria deles. E sobre os protestos dos jovens, no Brasil: “Não tenho conhecimento dos motivos pelos quais protestam os jovens daqui. mas, jovem que não protesta não me agrada”.

Outra boa foi a questão de a Igreja Católica estar perdendo fiéis. “Uma mãe tem que cuidar, alimentar e amar os seus filhos. A Igreja precisa ser mãe. E falar diretamente com os seus filhos. Ela não pode se descuidar do filho e falar com ele por documentos. Seria como uma mãe falar com seu filho apenas por carta”. Bingo!

Outra ótima: “Não tenho medo. A hora que tiver que me acontecer alguma acontecerá. Como eu vinha ver um povo que amo e andar com vidros levantados? Não existe comunicação pela metade. É tudo ou nada. Ou se fala tudo ou não se fala nada”.

Outra: independentemente de igreja ou de religião, todos os lideres religiosos devem lutar contra a fome e o analfabetismo das crianças. Nesse ponto, um diferencial do Papa, que é o respeito pela outras religiões. Que sirva de lição a alguns dos nossos pastores e a certos manifestantes que misturam protesto com insanidade mental.

E, para não dizer que gostei de tudo, senti falta de uma pergunta sobre direitos humanos e sobre a ditadura argentina. Poxa, estava ali, a bola batendo e pedindo pra ser chutada. Não era para o repórter ter perdido esta oportunidade. Eu tenho impressão de que ele falaria na boa.

Mas, claro, foi um feito histórico e jornalístico. Veja a entrevista

 

O Brasil vale uma missa

ARGENTINA
ARGENTINA

Durante a Jornada Mundial da Juventude, milhões de peregrinos do Brasil e do mundo invadiram o Rio de Janeiro e as ruas de Copacabana. O comércio do bairro, acostumado ao grande fluxo de turistas, comemorou o lucro alcançado nos dias de evento.

Para o gerente de uma loja localizada na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, uma das principais do bairro, as vendas no período de Jornada Mundial da Juventude extrapolaram todas as expectativas. “Em termos de faturamento, a JMJ foi equivalente a quatro réveillons”, afirmou. (G1)

La municipalidad de Río de Janeiro calculó la asistencia a la misa de ayer en 3.200.000 personas.

El Papa cerró con una multitudinaria misa su gira por Brasil, destinada a revitalizar a la Iglesia en el continente. Saludó a Dilma Rousseff, a Cristina Kirchner y a Evo Morales, presentes en el evento, y convocó a obispos y fieles, sobre todo jóvenes, a multiplicar la influencia del catolicismo. (Página 12, Argentina)

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El papa Francisco, por su condición de latinoamericano, argentino, sabe comprender la religiosidad de los brasileños, que son muy afectivos, les gusta abrazar para comunicar su fe, ser tocados y tocar. El carisma del papa Francisco recuerda al de Juan Pablo II, que nosotros recibimos cuatro veces en Brasil y fue tan querido por nuestro pueblo”, explicó Leonardo Ulrich Steiner, secretario general de la Conferencia Nacional de Obispos de Brasil. El arzobispo de Río de Janeiro, João Orani Tempesta, dijo durante el oficio religioso celebrado ayer junto al mar que “vamos a sentir saudades (añoranzas)” con la partida del pontífice. Los brasileños van a extrañar a un Papa “que se aproximó tanto (a ellos)” y a partir de ahora seguirán su enseñanza y “partirán como apóstoles hacia las periferias, hacia los excluidos… hacia donde nos envía el Santo Padre”, prosiguió el prelado Tempesta.

Las palabras del arzobispo carioca parecieron evocar al poeta Vinicius de Moraes, que escribió que la “tristeza no tiene fin (nao tem fim, en portugués), la felicidad sí”, estribillo del popular tema “Felicidad”, en el que se cuenta el pesar de un carioca el Miércoles de Cenizas con el fin del Carnaval.

Ante la alta y súbita aprobación de Bergoglio, la TV Globo, principal cadena del país, tomó una decisión que conoce pocos antecedentes: resolvió suspender la emisión de su telenovela de las 21 –que es el programa de mayor rating de la emisora– para transmitir los recorridos nocturnos del papamóvil por la Avenida Atlántica, junto a la playa de Copacabana.

Menos mediática fue su intervención ante los obispos latinoamericanos, a quienes recomendó ser menos “principescos” y más dispuestos a enterrar los pies en el barro de una realidad marcada por la pobreza del subcontinente, que representa la principal reserva demográfica de una religión cercada por el avance de las iglesias neopentecostales.  (Darío Pignotti)

Una noche única en Copacabana

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Los peregrinos coparon la avenida Atlántica y hasta la playa durante la noche del sábado para esperar la ceremonia de ayer. Los indignados y el falso Jesús. Los jóvenes que no buscan novia. Bailes y guitarreadas.

Deben tener historias que contar las veredas con dibujo de mar de la avenida Atlántica de Copacabana, pero la de este sábado a la noche es nueva. Porque esos cientos de miles –¿millones?– de personas acostadas en bolsas de dormir, frazadas, cartones, nailons o directamente en el piso formaban una postal nunca vista y, habría que pensar, irrepetible. Jóvenes llegados de todo el mundo cumplieron con la premisa de realizar la vigilia previa a la misa de ayer y ocuparon toda la rambla del balneario carioca hasta el borde mismo del mar: o campamento mais grande do mundo.

Se quedaron allí luego de que finalizara la ceremonia del papa Francisco de la noche anterior. Hay que decir que, por una vez en la semana, el tiempo acompañó. No había viento y con algún abrigo, no era una mala noche para estar a la intemperie. Entonces algunos sacaron la vianda que llevaron preparada y quienes no fueron tan previsores colmaron los restaurantes y bares de la zona, que vendieron todo lo que tenían. Ante las críticas por los gastos que había demandado la organización de la Jornada Mundial de la Juventud, ayer un estudio realizado por la Universidad Federal Fluminense informó que el evento había inyectado 1800 millones de reales en la economía de Río, 17 veces más que la reciente Copa de Confederaciones. El sábado vendieron cuanto quisieron los solicitados locales del merchandising oficial de las jornadas papales y unos cuantos vendedores ambulantes de lo no tan oficial. (Fernando Cibeira)

El Papa se fue, ¿y ahora qué?

ARGENTINA
ARGENTINA

Hubo, en estos días, lo que los brasileños llaman “un baño de multitud”. La visita del Papa reunió en Río a alrededor de 3 millones de personas solamente ayer. Otro tanto se había reunido el sábado. Francisco ya es un Papa Pop.

Los violentos choques entre manifestantes y policía pudieron ser mantenidos lejos de Su Santidad. Y el desfile de mujeres semidesnudas y parejas del mismo sexo besándose desaforadamente, defendiendo el matrimonio igualitario, el derecho al aborto y el uso de métodos anticonceptivos que vayan más allá de la castidad impuesta por el Vaticano como único permitido, no hizo más que asombrar a los peregrinos: el Papa ni se enteró.

El Papa llegó a Brasil en un momento delicado, con el país sacudido por una insólita secuencia de multitudinarias marchas de protesta, la economía titubeante y la presidente Dilma Rousseff enfrentando presiones de todos los lados y defecciones entre sus aliados. Una palabra de Su Santidad proferida fuera de tono podría servir de munición para la oposición y muy especialmente para los grandes medios de comunicación, que hostigan un día sí y el otro también al gobierno.

Bueno, el Papa incitó a los jóvenes a seguir protestando y creyendo en la posibilidad de cambiar la realidad. Dilma había reiterado que las protestas son legítimas, y aseguró que sabría oír la voz de las calles. El Papa exigió de los políticos que trabajen por los verdaderos intereses del pueblo, especialmente de los más necesitados. Dilma pelea con uñas y dientes para lograr una reforma política que el Congreso resiste en admitir. El Papa denunció la corrupción y demandó que sea combatida de manera cabal. Dilma advierte que seguirá atenta a cualquier desvío de conducta en su gobierno.

Es lícito suponer que el discurso del gobierno dirá que el Papa reconoce sus esfuerzos y que están juntos en su lucha, y es igualmente lícito suponer que la oposición dirá todo lo contrario. O sea, que el Papa puso en relieve los errores y las fallas del gobierno.

La verdad es que, por ahora, nada de eso tendrá mayor importancia. La cuestión será el año que viene, en la campaña electoral. Seguramente no sólo católicos sino, también, las sectas evangélicas que se reproducen a cada semana se lanzarán con ganas contra el aborto, el matrimonio homosexual o la adopción de niños por parejas del mismo sexo.

Entonces, católicos y pastores electrónicos se darán las manos, y el blanco preferencial serán los candidatos progresistas. (Eric Nepomuceno)

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Papa convida jovens a “mudar o mundo” e ir para a rua

 

ESPANHA
ESPANHA

“O vosso jovem coração quer construir um mundo melhor. Sigo as notícias do mundo e vejo tantos jovens que saem à rua para exprimir o seu desejo de uma civilização mais justa e fraterna”, testemunhou Francisco, acrescentando que os jovens devem combater a “apatia e oferecer uma resposta cristã às inquietudes sociais e políticas que surgem nas diferentes partes do mundo”. “Peço-vos que sejam os construtores do futuro.” Clique aqui para ver foto panorâmica de três milhões de jovens em Copacabana .

O papa Francisco celebrou hoje a missa de encerramento das Jornadas Mundiais da Juventude perante uma enorme multidão na praia de Copacabana, sublinhando que “o Evangelho é por todos e para todos”.

O papa apelou aos jovens católicos que revelem “sem medo” a sua fé além-fronteiras e assegurou que o “Evangelho é para todos” e não unicamente para os crentes.

Falando diante de uma multidão de três milhões de pessoas reunidas na mítica praia de Copacabana, o papa Francisco insistiu: “Não há fronteiras, nem limites. Jesus abraça-nos a todos, não somente aos que são mais próximos, receptivos e crentes”.

Durante a missa, os peregrinos desfraldaram uma enorme bandeira com a imagem do papa Francisco, que, apesar dos seus 76 anos, se tem mostrado bastante enérgico e caloroso com os fiéis nesta digressão por terras brasileiras.

Entre as pessoas que assistiram à missa em Copacabana estavam os presidentes do Brasil, Dilma Rousseff, Argentina, Cristina Kirchner, e da Bolívia, Evo Morales.

“O Evangelho é por todos e para todos. Há que levar Cristo a todo o lado, mesmo a quem esteja mais distante e indiferente. O Senhor está à procura de todos, Ele quer que todos sintam o calor da sua misericórdia”, afirmou o papa Francisco, que tem feito da misericórdia a palavra mote do seu pontificado.

TRÊS MILHÕES DE JOVENS. Dilma em Copacabana, acompanhada pelos presidentes da Argentina, Cristina Krischner, e da Bolívia, Evo Morales
TRÊS MILHÕES DE JOVENS. Dilma em Copacabana, acompanhada pelos presidentes da Argentina, Cristina Krischner, e da Bolívia, Evo Morales
Fiéis nas areias de Copacabana
Fiéis nas areias de Copacabana

Homilia de Francisco:
Venerados e amados Irmãos no episcopado e no sacerdócio,
Queridos jovens!
«Ide e fazei discípulos entre todas as nações». Com estas palavras, Jesus se dirige a cada um de vocês, dizendo: «Foi bom participar nesta Jornada Mundial da Juventude, vivenciar a fé junto com jovens vindos dos quatro cantos da terra, mas agora você deve ir e transmitir esta experiência aos demais». Jesus lhe chama a ser um discípulo em missão! Hoje, à luz da Palavra de Deus que acabamos de ouvir, o que nos diz o Senhor? Três palavras: Ide, sem medo, para servir.
1. Ide. Durante estes dias, aqui no Rio, vocês puderam fazer a bela experiência de encontrar Jesus e de encontrá-lo juntos, sentindo a alegria da fé. Mas a experiência deste encontro não pode ficar trancafiada na vida de vocês ou no pequeno grupo da paróquia, do movimento, da comunidade de vocês. Seria como cortar o oxigênio a uma chama que arde. A fé é uma chama que se faz tanto mais viva quanto mais é partilhada, transmitida, para que todos possam conhecer, amar e professar que Jesus Cristo é o Senhor da vida e da história (cf. Rm 10,9).
Mas, atenção! Jesus não disse: se vocês quiserem, se tiverem tempo, mas: «Ide e fazei discípulos entre todas as nações». Partilhar a experiência da fé, testemunhar a fé, anunciar o Evangelho é o mandato que o Senhor confia a toda a Igreja, também a você. É uma ordem sim; mas não nasce da vontade de domínio ou de poder, nasce da força do amor, do fato que Jesus foi quem veio primeiro para junto de nós e nos deu não somente um pouco de Si, mas se deu por inteiro, deu a sua vida para nos salvar e mostrar o amor e a misericórdia de Deus. Jesus não nos trata como escravos, mas como homens livres, amigos, como irmãos; e não somente nos envia, mas nos acompanha, está sempre junto de nós nesta missão de amor.
Para onde Jesus nos manda? Não há fronteiras, não há limites: envia-nos para todas as pessoas. O Evangelho é para todos, e não apenas para alguns. Não é apenas para aqueles que parecem a nós mais próximos, mais abertos, mais acolhedores. É para todas as pessoas. Não tenham medo de ir e levar Cristo para todos os ambientes, até as periferias existenciais, incluindo quem parece mais distante, mais indiferente. O Senhor procura a todos, quer que todos sintam o calor da sua misericórdia e do seu amor.
De forma especial, queria que este mandato de Cristo -“Ide” – ressoasse em vocês, jovens da Igreja na América Latina, comprometidos com a Missão Continental promovida pelos Bispos. O Brasil, a América Latina, o mundo precisa de Cristo! Paulo exclama: «Ai de mim se eu não pregar o evangelho!» (1Co 9,16). Este Continente recebeu o anúncio do Evangelho, que marcou o seu caminho e produziu muito fruto. Agora este anúncio é confiado também a vocês, para que ressoe com uma força renovada. A Igreja precisa de vocês, do entusiasmo, da criatividade e da alegria que lhes caracterizam! Um grande apóstolo do Brasil, o Bem-aventurado José de Anchieta, partiu em missão quando tinha apenas dezenove anos! Sabem qual é o melhor instrumento para evangelizar os jovens? Outro jovem! Este é o caminho a ser percorrido!
2. Sem medo. Alguém poderia pensar: «Eu não tenho nenhuma preparação especial, como é que posso ir e anunciar o Evangelho»? Querido amigo, esse seu temor não é muito diferente do sentimento que teve Jeremias, um jovem como vocês, quando foi chamado por Deus para ser profeta. Acabamos de escutar as suas palavras: «Ah! Senhor Deus, eu não sei falar, sou muito novo». Deus responde a vocês com as mesmas palavras dirigidas a Jeremias: «Não tenhas medo… pois estou contigo para defender-te» (Jr 1,8). Deus está conosco!
«Não tenham medo!» Quando vamos anunciar Cristo, Ele mesmo vai à nossa frente e nos guia. Ao enviar os seus discípulos em missão, Jesus prometeu: «Eu estou com vocês todos os dias» (Mt 28,20). E isto é verdade também para nós!
Jesus não nos deixa sozinhos, nunca lhes deixa sozinhos! Sempre acompanha a vocês!
Além disso, Jesus não disse: «Vai», mas «Ide»: somos enviados em grupo. Queridos jovens, sintam a companhia de toda a Igreja e também a comunhão dos Santos nesta missão.
Quando enfrentamos juntos os desafios, então somos fortes, descobrimos recursos que não sabíamos que tínhamos. Jesus não chamou os Apóstolos para viver isolados, chamou-lhes para que formassem um grupo, uma comunidade. Queria dar uma palavra também a vocês, queridos sacerdotes, que concelebram comigo esta Eucaristia: vocês vieram acompanhando os seus jovens, e é uma coisa bela partilhar esta experiência de fé! Mas esta é uma etapa do caminho. Continuem acompanhando os jovens com generosidade e alegria, ajudem-lhes a se comprometer ativamente na Igreja; que eles nunca se sintam sozinhos!
3. A última palavra: para servir. No início do salmo proclamado, escutamos estas palavras: «Cantai ao Senhor Deus um canto novo» (Sl 95, 1). Qual é este canto novo? Não são palavras, nem uma melodia, mas é o canto da nossa vida, é deixar que a nossa vida se identifique com a vida de Jesus, é ter os seus sentimentos, os seus pensamentos, as suas ações. E a vida de Jesus é uma vida para os demais. É uma vida de serviço. São Paulo, na leitura que ouvimos há pouco, dizia: «Eu me tornei escravo de todos, a fim de ganhar o maior número possível» (1 Cor 9, 19). Para anunciar Jesus, Paulo fez-se «escravo de todos». Evangelizar significa testemunhar pessoalmente o amor de Deus, significa superar os nossos egoísmos, significa servir, inclinando-nos para lavar os pés dos nossos irmãos, tal como fez Jesus.
Ide, sem medo, para servir. Seguindo estas três palavras, vocês experimentarão que quem evangeliza é evangelizado, quem transmite a alegria da fé, recebe alegria. Queridos jovens, regressando às suas casas, não tenham medo de ser generosos com Cristo, de testemunhar o seu Evangelho. Na primeira leitura, quando Deus envia o profeta Jeremias, lhe dá o poder de «extirpar e destruir, devastar e derrubar, construir e plantar» (Jr 1,10). E assim é também para vocês. Levar o Evangelho é levar a força de Deus, para extirpar e destruir o mal e a violência; para devastar e derrubar as barreiras do egoísmo, da intolerância e do ódio; para construir um mundo novo. Jesus Cristo conta com vocês! A Igreja conta com vocês!
O Papa conta com vocês! Que Maria, Mãe de Jesus e nossa Mãe, lhes acompanhe sempre com a sua ternura: «Ide e fazei discípulos entre todas as nações». Amém.

El Papa apoyó a la juventud que se manifiesta por cambios

ARGENTINA
ARGENTINA

Más de 2 millones de personas iniciaron anoche en Copacabana la vigilia de la JMJ. Francisco les pidió ser “atletas de Cristo” y “expresar el deseo de una civilización más justa”.

El Papa llamó anoche a los jóvenes del mundo a ser “atletas de Cristo” y los alentó a dar en “forma pacífica y responsable” una respuesta cristiana a las inquietudes sociales y políticas de sus países, en el marco de la multitudinaria vigilia de la Jornada Mundial de la Juventud (JMJ).

“Ustedes son los atletas de Cristo. Ustedes son los constructores de una Iglesia más bella y de un mundo mejor”, exclamó al dirigirse en portugués a más de 2.000.000 de personas que según los organizadores se congregaron en la playa de Copacabana.

El Papa dijo que siguió con atención las protestas aquí y en el mundo de jóvenes que salen a las calles, para “expresar el deseo de una civilización más justa y fraterna” y destacó que son “jóvenes que quieren ser protagonistas del cambio, pero no dejen que otros lo hagan por ustedes”.

“Los aliento a que, de forma ordenada, pacífica y responsable, motivados por el Evangelio, sigan superando la apatía y ofreciendo una respuesta cristiana a las inquietudes sociales y políticas presentes en sus países”, subrayó al seguir su mensaje en castellano.

Francisco también apeló a referencias futboleras para animar a los jóvenes a “jugar en equipo”, en un país donde el fútbol es “pasión nacional”, y afirmó que Jesús ofrece “algo más grande que la Copa del Mundo” en la ciudad que organizará el año próximo esa competencia.

“Suda la camiseta tratando de vivir como cristianos, experimentando algo grande”, arengó desde el escenario, desde donde también les pidió “no ser cristianos a medio tiempo o almidonados”. También les ofreció un programa para ser buenos cristianos: “Oración, sacramentos y a ayudar a los demás”.

En el mismo sentido “futbolero”, El Pontífice exhortó a los jóvenes a que “no se metan en la cola de la historia, sean protagonistas, pateen para adelante, construyan un mundo mejor, juéguenla adelante siempre'”.

Con sombrero mexicano

En el trayecto en el papamóvil a través de la avenida Atlántica hacia el escenario principal, el Papa se salió varias veces del protocolo, al bajarse del vehículo para bendecir a un joven en silla de ruedas, colocarse un sombrero mexicano, besar a varios niños y atajar objetos que le arrojaban los jóvenes a su paso.

Con una sonrisa recibió flores, camisetas y banderas que los fieles le pasaron a través de los escoltas, entre ellos un sombrero de mariachi, que por un momento se lo colocó en la cabeza para luego entregarlo a unos de sus asistentes. En el auto abierto le acompañan su secretario personal Alfred Xuereb y el obispo de Río de Janeiro, Orani Tempesta.

Al llegar al escenario, Francisco fue recibido con una ovación y con el latiguillo de la jornada: “Esta es la juventud del Papa. Esta es la juventud del Papa”. Por primera vez desde que está aquí, se lo vio cansado.

Vigilia en bikini

Los jóvenes esperaron al Papa desde temprano y muchos peregrinaron a la mañana más de 9 kilómetros para llegar a Copacabana, donde se iba armando la vigilia, la primera en la playa en la historia de la JMJ.

En la previa, los jóvenes, algunas luciendo bikini en la primera jornada de calor en la ciudad, ensayaron el flashmob, una coreografía masiva con la que hoy recibirán al Papa en la misa de cierre, guiados por coreógrafos locales desde el escenario.

Los obispos y cardenales también se sumaron al ensayo desde sus lugares, pero la nota la dio un prelado que se acercó y bailó moviendo las manos entre los coreógrafos, ante el delirio de la multitud reunida en la playa.

También actuaron artistas brasileños y el cantautor católico argentino Daniel Poli, pero quien emocionó al auditorio fue Tony Meléndez, un nicaragüense sin brazos que toca la guitarra con los pies, el mismo que en 1987 cantó ante Juan Pablo II en Los Ángeles, Estados Unidos.

El espectáculo, conducido por el actor local Tony Ramos, continuó con una representación de la vida de San Francisco y el testimonio de conversión de un joven tras vender drogas y obligar a su novia a practicarse un aborto.

representación de la vida de San Francisco
Representación de la vida de San Francisco
FRANÇA
FRANÇA

COM A PALAVRA A FEDERAÇÃO NACIONAL DE JORNALISTAS DOMINADA POR PELEGOS

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(Transcrito do Blog do deputado Garotinho)

Chiba

O japonês Chiba, 42 anos, recebeu um golpe de cassetete quando fotografava o confronto entre policiais de choque e manifestantes diante do Palácio Guanabara, onde o Papa Francisco foi recebido pelos presidentes Dilma Rousseff, da Câmara dos Deputados, do Senador e do Superior Tribunal de Justiça.   Chiba foi levado a uma clínica e recebeu três pontos na cabeça, além de realizar exames.

“Vi um manifestante cair no chão. Os policiais o agarraram e o levaram. Fotografava a cena quando fui bruscamente empurrado por outros policiais. Então levantei os braços com minha câmera para mostrar que era fotógrafo e que tinha intenções pacíficas, mas um policial de uniforme e escudo me acertou a cabeça com o cassetete”.

A pelegada da Fenaj ainda não soltou nenhuma notinha tipo: solicitamos das autoridades competentes as devidas providências.

UMA NOITE DE JUDAS. Queima de boneco de Sérgio Cabral
UMA NOITE DE JUDAS. Queima de boneco de Sérgio Cabral

Galeria de fotos

Vídeo

Destaque-se que os gastos com a visita do Papa foram com segurança. Os tiros de balas de borracha, de bombas de gás lacrimogêneo, e deslocamentos de tropas (combustível, alimentação, horas extras etc) custam uma grana braba