ler publicação do blog Contexto Livre (clique aqui), verificamos que o blog do Nassif (clique aqui) também tinha divulgado a mesma relação de cerca de 50 brasileiros com contas secretas no HSBC.
Pesquisamos na internet e fizemos uma descoberta bem interessante que passamos a apresentar com seus respectivos links p/ consulta e conferência.
A mulher do banqueiro Saul Sabba já trabalhou, dentre outras empresas, no Banco Cidade, cujo dono é Edmundo Safdié, e este banco é onde estava a conta “Marilia” – que abastecia o propinoduto da Siemens, no cartel dos trens de São Paulo – é a mesma pessoa que vendeu o apartamento adquirido pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, logo que deixou a presidência (clique aqui).
Superfaturar uma obra ou serviço não tem essa moleza de crime de colarinho branco, que suaviza o pala√rão roubo. Porque tudo que se paga acima do preço de mercado é dividido entre bandidos.
Quando a quadrilha se associa a empresas estrangeiras, os ladrões são traidores da Pátria.
Posso chamar cada quadrilheiro de mau-caráter, contraventor, vilão, bandoleiro, malfeitor, trapaceiro, vicioso, criminoso, salafrário, alma sebosa, aleivoso, desleal, falso, fraudulento, proditório, traiçoeiro, atraiçoador, inconfidente, bifronte, fementido, infiel, repassado, tredo, dissimulado, enganador, fingido e hipócrita.
TRENSALÃO TUCANO: PF INDICIA 33 POR CARTEL DE TRENS PAULISTA
Plantão Brasil – A Polícia Federal concluiu o inquérito sobre o cartel de trens e metrô que ocorreu entre 1998 e 2008, durante governos do PSDB em São Paulo. Foram indiciados 33 investigados e R$ 60 milhões dos alvos estão bloqueados, segundo reportagem do jornalista Fausto Macedo.
Entre os indiciados há servidores públicos, doleiros, empresários e executivos de multinacionais, acusados de terem cometido os crimes de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, formação de cartel e crime licitatório.
O grupo teria participado de um esquema de cartel para obter contratos com o Metrô e a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) sem licitação, e pagamento de propina a diretores das empresas estatais.
O relatório da PF coloca que as empresas do Estado “foram usadas, foram vítimas” do ajuste das empresas e que ex-dirigentes como João Roberto Zaniboni, foram enquadrados. O ex-governador José Serra, que foi intimado a depor, não foi indiciado.
* Gostaram: Cerra não foi indiciado.
Fraudes bilionárias em contratos com o Metrô e CPTM de São Paulo
por Fausto Macedo
A Polícia Federal concluiu o inquérito sobre o cartel metroferroviário que operou em São Paulo entre 1998 e 2008. Foram indiciados 33 investigados por corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, formação de cartel e crime licitatório. Cerca de R$ 60 milhões dos alvos estão bloqueados. O inquérito chegou à Justiça Federal na segunda-feira.
Entre os indiciados estão servidores públicos, doleiros, empresários e executivos de multinacionais do setor que teriam participado do conluio para obter contratos com o Metrô de São Paulo e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). “A vítima é a sociedade”, avalia a Polícia Federal.
As duas estatais “foram usadas, foram vítimas” do ajuste das empresas. O relatório final mostra que ex-dirigentes foram enquadrados, como João Roberto Zaniboni, que integrou os quadros da CPTM entre 1999 e 2003. Também foi indiciado o consultor Arthur Teixeira, apontado como lobista e pagador de propinas.
O ex-governador e senador eleito José Serra (PSDB), intimado para depor como “investigado”, não foi indiciado. A PF não identificou ligação do tucano com o cartel, nem com crimes transnacionais (lavagem de dinheiro e evasão).
Serra foi citado por um ex-executivo da Siemens, Nelson Marchetti, segundo o qual o então governador paulista, em 2008, o teria advertido para que a multinacional alemã não entrasse com ação na Justiça contestando a contratação da espanhola CAF na licitação para compra de 384 carros da CPTM. Serra desmentiu o executivo.
Em acordo de leniência firmado em 2013 com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a Siemens revelou que o cartel agiu durante pelo menos uma década – governos Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin, todos do PSDB.
Delator. Em outubro de 2013, a PF tomou depoimentos de dois ex-diretores da Siemens, em delação premiada. Everton Rheinheimer, um dos delatores, citou deputados como supostos beneficiários de propinas do cartel.
Os autos foram remetidos ao Supremo Tribunal Federal, que detém competência para processar parlamentares. Em fevereiro de 2014, o STF devolveu à PF em São Paulo a parte da investigação que não atinge autoridades com foro privilegiado. A PF deu início a uma longa bateria de depoimentos e laudos financeiros que confirmam o fluxo de recursos ilícitos em contas dos suspeitos.
Alguns investigados já haviam sido indiciados antes da remessa do inquérito ao STF. A outra parte foi enquadrada após o retorno dos autos.
Os alvos foram indiciados a partir de envolvimento com ilícitos de competência federal – os crimes transnacionais, evasão e lavagem, e os crimes conexos, cartel e violação ao artigo 92 da Lei de Licitações por mudanças de contratos.
A delação de Rheinheimer foi ratificada pelas provas reunidas no inquérito. A PF empenhou-se em cumprir sua missão para não deixar sem resposta a sociedade sobre o cartel.
Os quase R$ 60 milhões dos investigados já tinham sido embargados pela Justiça em outubro de 2013, a pedido da PF. Os ativos continuam bloqueados.
O advogado Eduardo Carnelós, que defende Arthur Teixeira, rechaça a suspeita. “O sr. Arthur nunca foi lobista.”
Zaniboni mantinha conta secreta na Suíça com saldo de US$ 826 mil. O dinheiro, segundo seu advogado, Luiz Fernando Pacheco, já foi repatriado pelo próprio Zaniboni, com recolhimento de impostos.
PS do Viomundo: Notem que a grande preocupação do Estadão neste caso é exonerar José Serra, logo no quarto parágrafo. Quando o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, exonerou Dilma e Lula, saiu na Folha no penúltimo parágrafo!
A cada dia que passa uma nova revelação, uma pior que a outra, a respeito da vida pregressa do candidato da direita hidrófoba. Não bastasse a promiscuidade entre privada e público, agora também a comprovação de que seu principal agente econômico é um cidadão norte-americano.
Se já não era de estranhar o alinhamento automático de FHC com os EUA, a ponto de seus diplomatas aceitarem de cabeça baixar terem de tirar os sapatos para entrarem nos EUA, agora a revelação de Armínio Fraga, que já foi cogitado para ocupar cargo no Banco Central dos EUA, seja o homem bomba de Aécio Neves.
O alinhamento automático, desde a ditadura até o último dia de FHC, não trouxe ao Brasil melhorias ao povo. Quem se beneficiava era aqueles que, por indicação do pai, do avô, do tio, tinham empregos, os melhores, garantidos, e sem precisar trabalhar. O verdadeiro aparelhamento do Estado era a ocupação de postos pelo DNA. A Lei anti-nepotismo é recente. No Judiciário havia a linhagem do “gen jurídico”. Bastava um tubarão no topo da pirâmide para que cabeças de bagres e piranhas infestassem os cargos públicos. Como fez agora o Ministro Fux em relação às filhas (copie e cole no google “Fux Filhas” para ver onde vais parar…). É a tal de meritocracia do Aécio que, no popular, se chama pistolão… Este é o verdadeiro patrimonialismo, o aparelhamento do Estado. Em Minas tratou o Estado foi tratado por Aécio como se fosse sua privada, espalhando familiares por todos os órgãos. Não existe prova maior do que a construção, com dinheiro público, do aeroporto na fazenda do Tio Quedo, deixando as chaves do aeroporto aos cuidados do tio.
Não é inacreditável que em São Paulo, onde as manifestações foram as mais violentas e onde a polícia baixou o cassetete sem dó nem piedade, tenha sido reeleito no primeiro turno exatamente quem desceu o porrete de forma mais violenta. O mesmo Estado que hoje é principal fornecedor de votos a Aécio, e onde Tiririca, Silas Malafaia e Marco Feliciano sejam os campões de votos? Ou seria porque é em São Paulo que fica a sede do Instituto Millenium, aquele puteiro que coordena as ações dos grupos mafiomidiáticos de que são exemplo a sra. Judith Brito e ANJ? Não é mera coincidência que as sedes dos principais “partidos opositores” aos movimentos sociais, às esquerdas em geral e ao governo federal em particular tenham sede em São Paulo: Grupo Abril que edita a Veja; o Grupo Folha, o Estadão, a Multilaser, o Banco Itaú…
Não é mera coincidência que os mesmos atores do golpe de 1964 (CIA e Rede Globo) estejam novamente ao lado de Aécio Neves
Não é inacreditável que no Estado onde o PSDB é forte, o Ministério Público arquiva toda e qualquer investigação que envolva políticos do PSDB? Mesmo tendo sido condenados na Suíça e na Alemanha, pela corrupção instalada respectivamente pela Alstom e Siemens, Robson Marinho continue presidindo o Tribunal de Contas daquele Estado?
Não é inacreditável que todos os processos para investigar os desvios cometidos pelos políticos paulistas, na maioria tucanos, tenha sido arquivado pelo Ministério Público. Será que o PSDB contratou o advogado do Fluminense, a Justiça paulista é igual ao STJD?
Se tudo isso, que é muito, não é tudo. Há algo que reputo ainda pior.
Há uma coincidência muito grande em manifestações que explodiram em vários países do mundo, mas só naqueles cuja principal riqueza é o petróleo. Aconteceu na Líbia, no Egito, na Turquia, na Ucrânia, na Venezuela e… no Brasil.
Todas manifestações espontâneas, mas todas atentando contra os interesses nacionais. Todas, também coincidentemente, com finanCIAmento de ongs norte-americanas.
Desde os vazamentos do WikiLeaks do Julian Assange se sabe da parceria de políticos tucanos, alguns jornalistas e um outro tanto de empresários que trabalham alinhados com o serviço de inteligência dos EUA, também conhecida como CIA.
A mesma que deu suporte e logística ao golpe de 1964 e que, pelas revelações, busca insuflar conflitos religiosos no Brasil (por aí mora a explicação dos 14% de crescimento da bancada evangélica…)
Mais recentemente, os papéis filtradas por Edward Snowden mostraram a infiltração de agentes na CIA que grampearam até a Presidência da República. Embora que os EUA grampearem é regra e não exceção, também foi revelado que o alvo principal sempre foi a Petrobrás.
Coincidentemente, a Petrobrás também é o alvo principal de investigações mal explicadas, com vazamentos seletivos e condenações a priori pelos envolvidos com a candidatura do melhor amigo dos EUA neste momento no Brasil. É através de Aécio Neves, e seu cogitado homem forte da economia, Armínio Fraga, que fecha os pontos do desenho que mostra a figura do Tio Sam nestas eleições.
A proximidade com os EUA só é bom para cidadãos norte-americanos. México que o diga, aliás, como já dizia Porfirio Díaz: “Pobre México. Tão longe de Deus e tão perto dos Estados Unidos.”
Alckmin continua blindado apesar de todas as denúncias que pesam contra ele.
Esquerdistas de carteirinha votam em Alckmin, candidato dos banqueiros, dos empresários, das multinacionais, de Fernando Henrique e da extrema-direita.
Os indignados que foram para as ruas, nos protestos de junho de 2013, apesar de reprimidos pela violenta polícia de Alckmin, votam em Alckmin.
Os eleitores de Dilma, Marina e Aécio (traído e cristianizado pelo PSDB) votam em Alckmin.
Oa evangélicos fundamentalistas votam no Alckmin fundamentalista católico.
O povo sem água está com a maior sede de votar em Alckmin.
A bancada da bala, as milícias e o PCC votam em Alckmin.
Todas as vítimas do governo de Alckmin votam em Alkmin pela quarta vez.
.
.
.
Qual é a misteriosa alquimia de Alckmin?
Os problemas que São Paulo enfrenta de nada abalam a força política do candidato à reeleição
Aroeira
por Juan Arias
Há quem se pergunte qual é a alquimia usada pelo candidato a governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), para que nada nem ninguém seja capaz de evitar que seja eleito até mesmo no primeiro turno, com 51% dos votos. Seria seu quarto mandato como governador.
E não é que não tenha concorrentes de peso, como Paulo Skaf (PMDB), que aparece com somente 22% das intenções de voto, presidente licenciado da poderosa Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e que figura entre os 60 empresários mais importantes do Brasil; ou como Alexandre Padilha, ex-ministro da Saúde que foi escolhido como candidato do partido do Governo, (PT) pelo ex-presidente Lula.
Três vezes governador do Estado que ostenta 30% do PIB do Brasil, com uma população de mais de 40 milhões, Alckmin parece ter um mistério relacionado com a antiga alquimia da qual, ao que parece, vem seu nome de família.
Em eleições duras e complexas como as que vive o Brasil, o tranquilo governador de São Paulo, circundado de problemas por todos os lados, alguns de grande peso como o caótico e desumano trânsito urbano e uma violência que impede a população de sair tranquila à rua por medo de ser assaltada e sequestrada, o candidato a governador parece caminhar sobre as águas de um lago sem que nada nem ninguém o faça cair nas pesquisas.
A grave situação do Estado de São Paulo faria pensar em uma reeleição, senão impossível, pelo menos difícil para aquele que por três vezes já foi governador.
Foi neste Estado que, no ano passado, estouraram os protestos de rua. E foram nesses protestos que a truculência da Polícia Militar com os manifestantes fez com que eles se estendessem por todo o país.
Soldado de Alckmin ataca um cinegrafista
É em São Paulo que a situação das prisões de segurança máxima é tão grave que o PCC (Primeiro Comando da Capital) colocou a cidade de joelhos várias vezes, com suas ordens vindas da cadeia. E é esse o Estado que vive uma trágica possibilidade de ficar sem água pelo nível baixíssimo de suas reservas, ao que parece por graves falhas de planejamento e gestão.
Nem sequer sua suposta filiação ou simpatia pela Opus Dei, uma das instituições religiosas católicas mais conservadores, nem as supostas acusações de estar envolvido no último escândalo de corrupção do Caso Alstom, na construção do metrô, conseguiram diminuir a força eleitoral de Alckmin.
Em minha passagem por São Paulo, perguntei várias vezes para pessoas de diferentes extratos sociais qual é o segredo do inquebrável governador, a quem nada parece ser capaz de balançar. E as respostas não foram claras. Alguns dizem que ainda não apareceu nada melhor; que é uma pessoa séria, que realizou coisas concretas no Estado, que não perde a calma; que é um bom trabalhador. Nada muito além disso.
Nada, entretanto, que faça pensar em uma grande personalidade, como foi Lula, que fazia com que fosse seguido quase magneticamente. Alckmin foi comparado até mesmo com um dos vegetais mais insossos do Brasil, o chuchu, que para ter algum gosto precisa ser temperado com especiarias.
Nem sequer suas origens e formação explicariam esse “carisma sem carisma” do governador: nasceu em uma cidade sem brilho do Estado de São Paulo, que eu mesmo não consigo pronunciar sem gaguejar: Pindamonhangaba.
É médico anestesista, mas desde os 20 anos se dedica à política. Foi fundador, junto a personagens de grande importância como o sociólogo e ex-presidente do Brasil Fernando Henrique Cardoso e o economista José Serra, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).
Quem se atreveu um dia a se aprofundar no misterioso caráter do personagem Alckmin, blindado de todas as adversidades e todos os embates, foi o ex-ministro do PT e atual governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro. Genro apelidou Alckmin, uma vez, de “manso amestrado para ser agressivo”; uma espécie de cachorro pit-bull, que ao mesmo tempo parece “frio e de cera” e que pertence a uma certa “aristocracia paulistana indiferente ao Brasil”.
O certo, entretanto, é que no Estado de São Paulo, essa aristocracia, se existe de verdade, é minoria. Também convivem nele imensas massas de simples trabalhadores originários de cerca de cem nacionalidades diferentes, muitas vezes amontoadas em favelas que controlam milhões de votos e uma classe média difícil de lidar e enganar.
Ao lembrar que a origem do nome de família de Alckmin é desconhecida, que poderia vir do aramaico, onde significa o “químico”, se diz que seu nome significa “alquimia”, que poderia vir da palavra árabe ‘alkimya’.
E a alquimia, desde a antiguidade, é identificada não somente com o sonho de transformar os metais em ouro, mas também com a busca da pedra filosofal e de um certo misticismo capaz de transformar a ignorância em sabedoria.
O mistério da incrível sobrevivência política de Alckmin estaria relacionado com a magia da alquimia?
Na busca dessa espécie de milagre eleitoral de Alckmin, contra quem nem a força de Lula adiantou, que se esforçou para destronar o candidato do PSDB para colocar à frente do Estado mais numeroso, mais rico e influente do Brasil, seu favorito, Padilha, outro médico, como governador, existe até quem chegou a usar o humor: como Alckmin é anestesista de profissão, talvez tenha sido capaz, dizem, de anestesiar os 51% da população que podem mantê-lo outros quatro anos no poder.
Alckmin terá conseguido, na verdade, descobrir a verdadeira pedra filosofal política sem que os outros candidatos tenham percebido?
O que os sérios e trabalhadores cidadãos de São Paulo, um macro-cosmo altamente plural, veem no personagem Alckmin para que, aparentemente sem grande brilho, acabe convencendo se nem sequer esforçar-se muito?
Dizem que Alckmin é religioso. O que ele não deixará de ser é objeto da “santa inveja” por parte de candidatos com muito mais personalidade que ele, que sofrem e lutam hoje para conseguir subir alguns décimos no termômetro de seus apoios eleitorais enquanto o paulistano está quebrando sem grandes esforços esse termômetro do sucesso com seus 51 graus de febre eleitoral.
Atualmente, em efetivo, a Polícia Militar de São Paulo é a maior polícia do Brasil, e a terceira maior instituição militar da América Latina, contando com cem mil soldados estaduais.
A Polícia Civil do Estado de São Paulo dispõe de 40 mil e 663 integrantes.
Além de ter os serviços de diferentes empresas privadas de segurança, contratadas a peso de ouro, o governador Geraldo Alckmin comanda mais de 140 mil soldados e policiais, e a criminalidade só faz crescer, crescer.
Zop
São tropas treinadas para reprimir o povo, e que possuem as mais modernas armas. O povo, nas passeata e greves, conhece o poder de fogo da polícia de Alckmin.
Tem bombas de gás lacrimogêneo, de efeito moral, balas de borrachas, balas de chumbo, canhões d’água, choque elétrico, cacetadas, mordidas de cachorro e patadas de cavalo.
Para pegar ladrão, falta gente e jeito, apesar de ser uma das mais violentas polícias que se conhece.
Marina prometeu governar com o banco de reservas do PT e do PSDB. A maioria deles pernas de pau e mãos leves ou traidores que tiveram as ambições frustradas. Um deles, Walter Feldman acusado de receber propina da Siemens.
Em 25 de novembro último, o Estadão publicou: Marina Silva se solidarizou com o deputado Walter Feldman (PSB-SP), citado em relatório do ex-diretor da Siemens Everton Rheinheimer por “ligação muito próxima” com Arthur Teixeira, apontado pelo Ministério Público como responsável por pagamento de propinas a agentes públicos. Feldman diz não conhecer Teixeira.
Defendeu Marina: “Walter ofereceu a quebra de sigilo fiscal, bancário, telefônico, em demonstração de que ele não tem temor das investigações. Não quero fazer julgamento nenhum. Quero que a gente tenha justiça. Eleição não é o momento de tentar ganhar voto e simpatia em cima da honra de quem quer que seja. Jamais direi qualquer palavra contra Dilma (Rousseff, candidata à reeleição), contra Aécio (Neves, pré-candidato do PSDB a presidente) simplesmente para ter dividendo eleitoral. Minha expectativa é que possam agir assim em relação a nós”, afirmou.
Marina lembrou que, em 2011, pediu para ser investigada pelo Ministério Público quando surgiram denúncias contra seu marido, Fábio Lima, por supostas irregularidades cometidas quando era ministra do Meio Ambiente. “Quando foram feitas acusações levianas contra mim, fui com meu marido ao Ministério Público pedir que fôssemos investigados. Foi o que Walter Feldman fez também”, lembrou. “No meu caso, graças a Deus nada ficou provado”.
O braço direito de Marina é símbolo do que há de mais velho na política
Marina Silva e WalterFeldman
por Kiko Nogueira
Se com Eduardo Campos a “nova política” de Marina Silva já era pouco sustentável, em sua carreira solo fica cada vez mais evidente que isso é uma miragem, especialmente com toda as velhas raposas que a cercam e que nos últimos dias se transformaram em seu núcleo duro.
Um dos pivôs — provavelmente o mais importante — do rompimento com o secretário geral do PSB, Carlos Siqueira, é Walter Feldman.
Siqueira e Marina bateram boca na quarta-feira, quando sua candidatura foi oficializada. Marina quis fazer mudanças na campanha e “trazer o Walter” para a coordenação.
Walter acabou com o cargo de coordenador adjunto (Erundina ficou com a posição) mas é conselheiro, braço direito, porta voz, amigo, articulador financeiro.
Pode ser tudo, absolutamente tudo, menos novidade, menos revitalização ou algo que o valha. Ao contrário, é um político tradicional, com 30 anos de carreira sem brilho. Essa experiência, segundo um pessedebista histórico, lhe permitiu crescer dentro de uma estrutura amadora como a da Rede.
Formado em medicina, Feldman foi do PC do B e passou pelo PMDB antes de fundar o PSDB. Foi deputado estadual em 1998 e, entre os anos de 2000 e 2002, presidente da Assembleia Legislativa.
Em 2002, elegeu-se deputado federal e em 2005 assumiu uma secretaria de Coordenação das Subprefeituras. Entre 2007 e 2012, foi secretário de Esportes, Lazer e Recreação do município de São Paulo. Chegava a aparecer de boné e skate.
Tem uma pendenga antiga com o governador Geraldo Alckmin. Ligado a Serra, liderou em 2008 uma ala tucana que apoiou a reeleição de Gilberto Kassab (que estava no DEM) para a prefeitura, preterindo Alckmin. Kassab, eu disse.
Em 2009, isolado, anunciou que ia sair do PSDB. Acabou enviado a Londres como titular de uma secretária inventada para ele, a de Grandes Eventos. Passou seis meses lá, segundo ele mesmo para estudar a Olimpíada e ver que lições poderiam ser úteis a São Paulo. Lembrando que os Jogos serão no Rio.
Kassab tentou mantê-lo na Inglaterra, sem sucesso. Feldman voltou no ano seguinte feliz com Geraldo e com seu partido, que estava “oxigenado”. Em 2011 estava fora.
Em três décadas de vida pública, é difícil citar algo com sua assinatura, na cidade ou no estado. No plano das ideias, o panorama fica mais turvo.
Mas seu nome esteve envolvido no escândalo de formação dos carteis para a compra de trens. Foi citado num relatório do ex-diretor da Siemens Everton Rheinheimer.
Antes disso, foi mencionado na Operação Castelo de Areia, uma investigação da Polícia Federal sobre evasão de divisas, lavagem de dinheiro e caixa 2. Documentos listavam doações da construtora Camargo Corrêa a vários políticos. Feldman aparecia com 120 mil dólares recebidos entre 13 de janeiro e 14 de abril de 98. Ele se indignou com a menção.
Marina mesma o defendeu no caso do chamado trensalão. Em 2013, declarou que Feldman não tem medo das acusações. “Ele próprio quer ser investigado”, afirmou.
A jogada ousada de Walter Feldman, de se arriscar aos 60 anos na Rede, acabou tendo uma mãozinha do destino — se você quiser chamar assim — quando o avião caiu em Santos.
Agora, merece um pirulito de açaí quem acredita que Walter Feldman se aproxima remotamente de algo parecido com a renovação que Marina Silva apregoa ininterruptamente. Sua presença é, na verdade, um choque de realidade e um exemplo carcomido de sobrevivência política.
E olha que neste caso pode-se dispensar aquela teoria importada da Alemanha chamada domínio do fato. Há réus confessos, com julgamentos transitados em julgado na Suíça e na Alemanha. Os corruptores (Siemens e Alstom) admitem, mas os corrompidos estão sob o manto de proteção dos aliados mafiomidiáticos.
Promotor vê indícios de ação de Serra no cartel
Em documento encaminhado ao procurador-geral de Justiça, promotor pede “uma investigação mais aprofundada da participação do então governador”
por Fausto Macedo
O promotor de Justiça Marcelo Milani afirmou nesta quarta-feira, 26, haver indícios da participação do ex-governador José Serra (PSDB) no cartel do setor metroferroviário em São Paulo. Milani remeteu ao procurador-geral de Justiça, Márcio Elias Rosa, chefe do Ministério Público Estadual, inquérito que apura irregularidades em contrato de reforma de dois trens da CPTM, de 2008, para “uma investigação mais aprofundada da participação do então governador”.
A Lei Orgânica do MP paulista prevê que cabe exclusivamente ao procurador-geral investigar um ex-governador.
Milani cita depoimento do ex-diretor da Siemens Nelson Branco Marchetti, em novembro, à Polícia Federal. O executivo diz que se reuniu com Serra em 2008 em uma feira na Holanda. Segundo ele, o ex-governador lhe disse que, caso a Siemens conseguisse na Justiça desclassificar a empresa espanhola CAF em uma licitação de compra de trens da CPTM, o governo iria cancelar a concorrência porque o preço da multinacional alemã era 15% maior.
Para promotor de Justiça, há indícios da atuação de Serra no cartel.
“No edital havia a exigência de um capital social integralizado que a CAF não possuía. Mesmo assim, o então governador (José Serra) e seus secretários fizeram de tudo para defender a CAF”, afirmou o executivo.
“Eu já firmei opinião no sentido de que há indícios da participação do ex-governador”, disse Milani. O procurador-geral pediu à Promotoria do Patrimônio Público todos os inquéritos nos quais Serra é citado.
Defesa. O ex-governador José Serra (PSDB) não se manifestou sobre as declarações do promotor de Justiça Marcelo Milani. Sua assessoria destacou que ele não iria comentar o envio dos autos do inquérito sobre reforma de trens da CPTM à Procuradoria-Geral de Justiça.
Quando o depoimento do executivo Nélson Branco Marchetti à Polícia Federal foi revelado, em outubro, Serra assinalou que o resultado da licitação, vencida pela espanhola CAF, atendeu o interesse público. O ex-governador afirmou, na ocasião, que a escolha obedeceu ao critério do menor preço.
A Siemens também não se manifestou sobre a medida tomada pelo promotor Milani.
O caso da Siemens comprova quanto continua fácil traficar dinheiro do Brasil para o exterior. O dinheiro de obras e serviços super, super faturados. Tem mais: com as privatizações e desnacionalizações, o lucro das empresas e indústrias também é remetido para o exterior, por vias legais e ilegais. E depois, e depois, como nada é brasileiro, quanto o Brasil paga de royalties? De juros da dívida externa? Some as botijas de ouro e prata das propinas. Além do tráfico de moedas, a pirataria ganha com o tráfico de minérios, de água, de pessoas, de drogas, de órgãos etc. O Brasil é um país roubado.
Terra informa: O gerente-geral da área de projetos corporativos da Siemens, Sergio de Bona, declarou em depoimento à Polícia Federal que foi instruído a destruir “todo e qualquer documento” relativo à conta bancária secreta que ex-diretores da empresa mantinham em Luxemburgo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
A conta foi descoberta pela matriz da empresa na Alemanha durante auditoria interna, após o escândalo de corrupção mundial na empresa, o que resultou na demissão do então presidente da empresa no Brasil, Adilson Primo, em outubro de 2011.
Primo era um dos proprietários da conta bancária, que recebeu cerca de US$ 7 milhões de dinheiro da Siemens na Alemanha e nos Estados Unidos.
Em depoimento à PF, o vice-chefe do setor de compliance da Siemens na Alemanha, Mark Gough, disse que há suspeitas de que a conta era utilizada para pagar propina a agentes públicos no Brasil.
De acordo com De Bona, executivos da Siemens o pressionaram a aceitar a incumbência de encerrar a conta no exterior. O gerente afirmou também à PF que, em 2004, quando o quadro de sócios da empresa que era dona da conta foi alterado e Adilson Primo foi incluído entre eles, o ex-presidente da Siemens lhe entregou, em sua própria sala, cópia de seu passaporte e assinou documentos relativos à conta.
O executivo contou ainda que Romero lhe disse que a conta existia para despesas do plano de pensão para funcionários alemães que trabalhavam no Brasil.
A Siemens negou conhecer a existência da conta e disse que colabora com as autoridades na apuração do caso.
O Brasil virou um país sem atrações turísticas. Cidades consideradas patrimônio da humanidade estão abandonadas pelos prefeitos e governadores. Reclama o deputado federal José Chaves de Pernambuco: A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) já concedeu o título de patrimônio mundial (cultural ou natural) para 17 localidades no Brasil. José Chaves afirma, no entanto, que esses locais não recebem tratamento diferenciado do governo federal. “O Poder Executivo insiste em tratá-los como qualquer outro município brasileiro”, critica. “Não foi para isso que a Unesco conferiu a essas cidades tão importante título.” Conheça o projeto
As entradas das cidades brasileiras são terrivelmente iguais e feias. Favelas e mais favelas, postos de gasolina, porteira de pedágio, posto fiscal, monstruosos edifícios de shopping, hipermercado, fábricas e oficinas estrangeiras.
O turismo azul acinzentou. Desapareceram os mapas dos rios, com suas ilhas e cachoeiras; idem de suas ilhas marítimas e oceânicas. Belezas encantadas pelas outorgas. E nenhuma praia classificada entre as mais belas do mundo.
O Brasil era conhecido como terra do samba e do futebol. Os nossos melhores jogadores continuam vendidos, na lavagem de dinheiro dos cartolas, para os clubes europeus; e o Rio de Janeiro pretende o título de capital do rock, com a degeneração da MPB.
Triste realidade de um pais atualmente famoso pelo turismo sexual e pela corrupção, inclusive como atração para investidores estrangeiros, e negócios bilionários como comprovam as atuais investigações, da justiça internacional, das propinas da Siemens e da Alstom.
Não é de estranhar que seja proposto um antigo roteiro turístico – que pode ser realizado em qualquer outra capital:
Numa mesma caminhada, podemos ver vários prédios públicos onde negociatas foram feitas – e os privados que delas se beneficiaram
por Milton Jung/ Revista Época
Prisão domiciliar do juiz Lalau
Político na cadeia não é privilégio de Brasília. Não adianta a Capital Federal ficar se vangloriando com a hospedagem oferecida aos condenados do Mensalão, porque São Paulo saiu na frente. Nem vou levar em consideração o fato de que parte dos que lá estão deveria estar aqui. Só foram para a Papuda devido ao presidente do STF, Joaquim Barbosa, que nos roubou alguns deles. Antes desses aí, porém, nossa cidade já havia colocado atrás das grades ao menos um político. Foi no fim dos anos 1990, quando funcionários da prefeitura foram acusados de cobrar propina para fazer vistas grossas a irregularidades no comércio e em construções, na gestão Celso Pitta (1997-2001). Era tanta falcatrua que a Câmara Municipal instalou a CPI da Máfia dos Fiscais e pela primeira vez na história da cidade um vereador foi condenado à prisão. Vicente Viscome, denunciado em 1999, foi para a cadeia por ser um dos chefes da quadrilha. Um marco na luta contra a corrupção, definiu o promotor Roberto Porto, do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) que, hoje, ocupa a Secretaria Municipal de Segurança Urbana na administração Fernando Haddad.
Encarcerar político era tão raro que o então Ministro do Turismo, Rafael Greca, me surpreendeu durante entrevista, na época, com uma ideia mirabolante. Sugeriu que se criasse um roteiro turístico da corrupção, em São Paulo, que se iniciaria na sede do Ministério Público Estadual, na rua Riachuelo, onde foi entregue a acusação que deu origem à investigação, feita pela empresária Soraia da Silva que não suportou o assédio dos fiscais que insistiam em receber dinheiro em troca da licença para a abertura de uma academia de ginástica, em 1998. Com mais dez minutos de caminhada, os turistas chegariam à Câmara Municipal, no Viaduto Jacareí, onde Viscome prestou serviços. O ápice seria a visita à cadeia do 77º Distrito Policial, em Santa Cecília, na qual o vereador permaneceu durante alguns dias antes de seguir para a penitenciária de Tremembé, no Vale do Paraíba. A proposta, como era de se imaginar, não prosperou e, um ano depois, Greca deixou o Ministério suspeito de envolvimento com donos de casas de bingo e máquinas caça-níquel. Foi inocentado, mas por pouco não virou ponto turístico em outra freguesia.
Pelas denúncias atuais, percebe-se que o “tour da corrupção” seria um negócio de alto potencial, inclusive com o patrocínio do Metrô e da CPTM que ofereceriam bilhetes mais baratos para os turistas se deslocarem pela cidade em trens e linhas superfaturados. Túneis, avenidas e viadutos fariam parte da visita. Prédios públicos onde as negociatas foram feitas e privados, que se beneficiaram delas, também. Obras inacabadas, menos atrativas, estariam no roteiro por seu valor simbólico. Todos seriam convidados à sede do Tribunal Regional do Trabalho, na Barra Funda, e recebidos, para um café, pelo ex-juiz Nicolau dos Santos Neto, o Lalau, que abriria sua mansão, onde cumpre prisão domiciliar. Os turistas fariam compras com desconto nos shoppings que pagaram propina para construir acima do permitido e, como diversão, teriam de descobrir onde estão as vagas de estacionamento exigidas por lei. Para conversar com as celebridades da corrupção recomendaria-se deixar uma “caixinha” (dois).
Enquanto ninguém se atreve a investir nesse negócio, o que vemos por aqui é a preocupação da elite política com as condições impostas aos presos. A persistirem os sintomas, sugiro que nossos políticos em vez de cadeia, sejam condenados a frenquentar escolas e hospitais públicos.
Após três anos do “arquivamento em pasta errada”, pelo procurador De Grandis, requisições da promotoria da Suíça voltam a tramitar no Brasil
Informa Novo Jornal: Reportagem publicada pela revista “IstoÉ” mostra que o procurador do Ministério Público Federal (MPF), Rodrigo De Grandis, deixou de responder oito ofícios do MP suíço, e não somente um, como vem sendo divulgado. Os pedidos de cooperação sobre o caso do propinoduto tucano estão sendo solicitados desde 2010.
A respeito da falta de cooperação do MPF brasileiro, De Grandis, que era o responsável pelas investigações sobre os negócios da Alstom no Brasil, justificou que teria deixado de responder somente a um pedido, feito em 2011, pois estava arquivado em uma “pasta errada”.
Os casos Alstom e Simens são investigados também na França e nos Estados Unidos, além da Suiça, e envolve propinas para os governos tucanos, via empresas de energia e metrô de São Paulo.
E aparece Tuma Filho, com um livro, para garantir que tudo não passa de um dossiê elaborado pelo PT. Veja o abafa:
Transcrito da revista Veja
Ainda o Novo Jornal de Minas Gerais: De acordo com a mesma reportagem, Rodrigo De Grandis recebeu o primeiro documento relativo à investigação suíça em abril de 2010, o ofício 3365, encaminhado pelo Ministério da Justiça. De lá para cá, houve outros sete ofícios, todos não respondidos pelo procurador, que teria sido contatado também por e-mail, além de conversas telefônicas sobre o caso com autoridades em Brasília.
Em função da falta de cooperação do MPF, chegou a ser anunciado que os promotores suíços haviam decidido arquivar a investigação contra acusados de participarem do esquema de distribuição de propinas a políticos e funcionários públicos.
O ofício mencionado pelo procurador pedia, entre outras diligências, que interrogassem quatro suspeitos do caso, analisassem sua movimentação financeira no País e fizessem buscas na casa de João Roberto Zaniboni, diretor da estatal CPTM entre 1999 e 2003. Nos governos dos tucanos Mário Covas e Geraldo Alckmin, Zaniboni é acusado de ter recebido US$ 836 mil em função desse esquema.
A procuradoria suíça também solicitou que fossem interrogados os consultores Arthur Teixeira, Sérgio Teixeira e José Amaro Pinto Ramos, suspeitos de atuarem como intermediários do pagamento de propina pela Alstom. Os procuradores da Suíça apontam que Arthur Teixeira e Sérgio Teixeira foram os responsáveis pelos repasses.
A respeito da falta de cooperação do MPF brasileiro, De Grandis, que era o responsável pelas investigações sobre os negócios da Alstom no Brasil, justificou que teria deixado de responder somente a um pedido, feito em 2011, pois estava arquivado em uma “pasta errada”.
Contudo, a Procuradoria-Geral da República (PGR) informou que o acordo de cooperação com o MP suíço para investigar o caso, foi renovado e que os pedidos de investigação feitos pelo órgão já estão sendo atendidos.
O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) deu início a um procedimento preliminar, visando investigar a conduta de Rodrigo de Grandis. O caso não será conduzido pelo procurador, que ficará licenciado do cargo de novembro até dezembro para concluir seu mestrado.
Após perceber a falha administrativa, a Procuradoria no Brasil disse que já avisou o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI) sobre o problema, e que as autoridades suíças serão indagadas se ainda querem adotar medidas quanto aos suspeitos.
Deve chegar ao Brasil, ainda esta semana, uma cópia do processo da Cegelec – empresa comprada pela Alstom – onde consta um comunicado datado de outubro de 1997, relatando que “Neves”, recebera 8,5% da propina distribuída.