O atraso de março de 64 com a TFP e o CCC nas ruas

por Edu Montesanti

Envolvendo classes alta e média do Brasil, cidadãos saem às ruas repentinamente, sem nenhum tipo de liderança, e deixam as ruas por algum tempo da mesma maneira, de repente. Essas massas são conclamadas, via de regra, pela mídia conservadora e até pela própria classe política mais reacionária (ambas, paradoxalmente, sofrem de bem conhecido horror a protestos públicos, por questões óbvias).

Exatamente assim, ocorreu às vésperas do fatídico 31 de março de 1964. Quem não se recorda ou desconhece a pauta canalha da mídia naquela época, e da tão reacionária quanto totalmente despolitizada Marcha da Família com Deus, pela Liberdade?

Até o início das manifestações em junho de 2013, os índices de aprovação da presidente Dilma eram altos, acima dos 57%, repentinamente, passaram a cair vertiginosamente sem nada que motivasse de modo ao menos razoável tal queda. Mas junto dos protestos crescentes, enchiam as manchetes de jornais bombardeios contra o governo federal, recheados de verborragia e “previsões” de crise, política e econômica. Rebaixada à casa dos 30%, a aprovação ao governo Dilma seria o mais baixo desde Fernando Collor de Melo, ás vésperas de sua cassação em 2002.

Em agosto de 2013, a Câmara dos Deputados simplesmente conclamou a sociedade às ruas, sugerindo como suposto foco “eles [os políticos] não me representam”. Outra grande curiosidade é que os meios de comunicação, um dos grandes promotores da atual onda de protestos, não raras vezes apresenta informações distorcidas do que ocorre nas ruas, cujas principais reivindicações, e aí vem outra curiosidade, jamais contrariam os interesses do regime norte-americano e dos sionistas, donos da mídia predominante internacional e dos grandes bancos (tais como defesa da Petrobras, da soberania contra a espionagem massiva pela comunidade de Inteligência dos Estados Unidos, por reforma política, regulação midiática, diminuição dos exorbitantes lucros bancários, reforma agrária, julgamento dos ex-ditadores militares e de políticos ligados a eles, etc).

Quanto à espionagem, vale recordar que o Brasil tem estado (por mera coincidência?) entre os países mais espionados em todo o mundo, desde a presidente da República até os mais comuns civis. Em determinados anos, segundo documentos revelados por Edward Snowden, o Brasil foi exatamente o mais vigiado do mundo. Para tanto, os meios eletrônicos funcionam, por mais fictício que possa parecer, como principal ferramente à CIA.

Até os mais desinformados e de mentalidade pautada pela grande mídia têm consciência hoje de que o Fez-Se Buque foi criado pela CIA, e que o sionista Mark Zückerberg é “laranja” da agência secreta norte-americana. Pois não é que o próprio Zückerberg, que não possui nenhum vínculo com o Brasil, apareceu repentinamente como um dos grandes incentivadores dos protestos maciços em 2013? Veja imagem dele abaixo com cartaz que diz, convocando a sociedade brasileira para sair às ruas: “Não é só pelos 20 centavos [do aumento da passagem de ônibus que se protesta]. Muda, Brasil!”. Por coincidência ou não, foi ali mesmo no Fez-Se Buque que as agitações começaram no Brasil, e seguem até hoje. Assim como na “Primavera Árabe”+

Nessa rede social, comprovadamente projetada e financiada pela CIA, logo que se iniciaram as maciças manifestações no final do segundo semestre de 2013, passou-se a surgirem milhares falsos perfis que recebiam dezenas de milhares de curtições, fazendo-os se proliferar e se tornar mais e mais populares, empurrando massas às ruas.

Sobre isso, observou o jornalista russo Nil Nikandrov em julho de 2013, no artigo Quem Agita o Brasil, e Por Quê”, no sítio norte-americano Strategic Culture Foundation (http://www.strategic-culture.org/news/2013/07/01/who-is-shaking-up-brazil-and-why.html):

“São bem conhecidos os laços que unem o início da carreira empresarial de Zuckerberg e a CIA. Os contatos foram muitos e sabe-se que a CIA financiou o início de seu negócio. Zuckerberg tem também contatos estreitos com a Agência de Segurança Nacional dos EUA [orig. U.S. National Security Agency (NSA)], os quais não são segredo para ninguém. Difícil acreditar que Zuckerberg tenha-se envolvido por iniciativa sua nos protestos no Brasil (e ainda mais difícil, que tenha passado, repentinamente, a preocupar-se com o preço dos transportes públicos por lá).”

Em julho de 2013, a própria rede de Tv venezuelana Telesur debatia em seu programa Mesa Redonda Internacional, a possibilidade e influência externa nos protestos que há um mês tiveram início. Em algumas entrevistas de brasileiros manifestantes à Telesur, muitos se atrapalhavam ao responder por que estavam nas ruas. Depois de muito pensar e olhar perdido, respondeu de maneira vaga: “Contra a corrupção”. Outra, “contra tudo o que está aí”.
Este vídeo abaixo, da Telesur, mostra fuzileiro naval à paisana infiltrado entre manifestantes, destruindo nada menos que o Palácio do Itamaraty a fim de gerar reação policial contra manifestantes, e o caos conhecido como Estratégia de Tensão:

Tal prática, em nada isolada nos dias que sacodem o Brasil, tem sido sintomática no sentido de apontar influência externa nestas manifestações massivas do país. No vídeo abaixo produzido pelo jornal carioca A Nova Democracia, policiais com armas nas mãos apontam e intimam manifestantes; comandante da PM disse ser a favor do uso de armas de fogo para controlar os atos na cidade do Rio de Janeiro, em protesto contra o governador Sérgio Cabral por má administração e pelo hábito de sobrevoar a sociedade a bordo de helicópteros e jatos particulares.

Outro ponto sintomático nesta atual festa da democracia nas ruas tupiniquins, é que o clamor dos principais organizadores têm sido retorno à ditadura militar de péssima memória. Proíbe-se, inconstitucionalmente, uso de camisetas vermelhas e de bandeiras de partidos políticos.

Antes de mais nada (e nada disso se discute no país por falta de conhecimento tanto quanto de “interesse”, que se guarde essa palavra), a Constituição garante liberdade de ir e vir acompanhada da liberdade de expressão sem que o cidadão seja incomodado por isso. Nas manifestações de 2013, bandeiras de partidos foram queimadas por todo o país, e muitos portadores desses materiais acabaram agredidos verbal e fisicamente

Quanto à reação em cima de partidos políticos, outro aspecto negativo e que remonta ao golpe militar de 1964, do qual nenhuma lição foi tirada mais de 50 anos depois, vale ressaltar a anulação de partidos políticos, base da democracia e de debates públicos, é matéria-prima de regimes ditatoriais e totalitários. As manifestações poderiam ser apartidárias (talvez nestas circunstâncias hoje, já seja essencial a participação dos partidos para afirmar o Estado democrático), mas jamais anti-partidárias.

Não que os partidos brasileiros tenham desempenhado importante papel na “democracia” nacional, nem que sejam peça vital nas manifestações de rua hoje e nem sequer em uma ideal democracia em si, a participativa do povo, pelo povo, para o povo, muito pelo contrário: são sectários, politiqueiros, dominadores e corruptos em sua imensa maioria sendo, exatamente por isso tudo, muito mais obstáculo à ativa participação da sociedade na vida política do país que impulsores. Eis aí o sistema político brasileiro para falar por nós que necessita de reforma e de mais democracia, não de outro golpe contra ela.

O Ato Institucional 2, Artigo 18 de 27 de outubro de 1965 da ditadura militar (1964-1985), dizia: “A Revolução [ditadura militar] é um movimento que veio da inspiração do povo brasileiro para atender suas aspirações mais legítimas: erradicar uma situação e um governo que afundava o País na corrupção e na subversão […]”. Assim, foram extintos os partidos enquanto os militares apelavam para o discursos ufanisticamente patrióticos, “Brasil, ame-o ou deixe-o”, Prá frente, Brasil!” etc, eliminando desta maneira a crítica e qualquer oposição (a “tática do nacionalismo” é tão antiga quanto a formação dos Estados, cujos exemplos mais recentes são o nazi-fascismo e Bush para eliminar todo e qualquer questionamento sobre as implicações do 11 de Setembro, e da subsequente “Guerra ao Terror”, acusando os questionadores de apátridas, exatamente como se dava na época da Guerra Fria para colocar em descrédito quem contestava o sistema).

A atual agressividade anti-partidária, em si mesma um ato político, pode nada mais ser que um meio disfarçado para que partidários ultraconservadores se apresentem e, como vem acontecendo, ganhem o controle da situação (exatamente o que ocorreu no golpe militar de 1964).

Outro fator profundamente sintomático é que meio a toda essa indignação seletiva contra a corrupção, quando se trata da oposição de direita trata-se como caso individual, porém quando se trara de políticos à esquerda do espectro político, o problema é considerado como sistêmico-partidário.

Pois os sintomas não param por aí tal fato nos remete ao fato que o espectro da direita está o PSDB, citado em cabos secretos liberados por WikiLeaks garantindo favorecimento aos interesses norte-americanos em relação à Petrobras no caso de vitória em eleições presidenciais (petróleo que é exatamente motivo de obsessão por parte do regime de Washington, e das artificiais “Primaveras” nos países mencionados mais acima).

Outra evidência – que não para por aqui, a lista é extensa – de que são artificiais estas ondas de protestos, é que a elitizada sociedade brasileira (em todos os segmentos) é tão reacionária e mal-informada (portanto, incapaz de mobilizações espontâneas e politizadas de tal magnitude) que não consegue enxergar cada um desses evidentes fatos, ou nenhum deles. Mas como disse Florestan Fernandes, “A elite brasileira sempre foi antissocial, antinacional e anti-de­mocrática”.

“Povo que esquece seu passado, está condenado a vivê-lo novamente” (Nicolás Avellaneda, jurista argentino, 1837 – 1885). O mais grave é que no Brasil nem sequer se sabe, na maior parte dos casos, do passado nacional. Falar hoje, em meio a esse suposto senso de cidadania e patriotiotismo, nas implicações do golpe de 1964 é assunto de ignorância generalizada, bem como mal se sabe hoje quem foi João Goulart, presidente em momento dos mais importantes da história do Brasil não apenas por ter sido inconstitucionalmente derrubado pela ditadura militar, mas pelas políticas sociais que iniciaria, e pela defesa da soberania nacional que contrariava os interesses de Washington.

Quanto ao PT, deveria ter se lembrado de que educação rende votos, sim, e muitos – a governos transparentes: quando vierem as tempestades, apoiar-se-ão na educação e na politização social para se sustentar. Azar dos deslumbres do poder: aí estão as massas de manobra, vítimas dos interesses da mídia grande que são os mesmos das classes dominantes e dos políticos mais conservadores, carentes de educação e de politização. Leia mais

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Edu Montesanti é professor de idiomas, autor de Mentiras e Crimes da “Guerra ao Terror” (Ed. Scortecci, 2012), escreve para o Diário Liberdade (Galiza), para Truth Out (Estados Unidos), foi tradutor do sítio na Internet da ativista afegã pelos direitos humanos, Malalaï Joya, da ONG argentina Abuelas de Plaza de Mayo, e ex-colunista semanal do sítio na Internet do programa Observatório da Imprensa (TV Brasil). É editor do blog http://www.edumontesanti.skyrock.com

Nota do redator deste blogue:

TFP – Tradição, Família e Propriedade, que era da direita católica, retorna como propriedade de pastores deputados como Malafaia

CCC – Comando de Caça aos Comunistas, hoje comandado na Câmara dos Deputados por Bolsonaro, continua com suas listas de presos políticos, que em 64, com a ditadura militar, significavam tortura e morte

 

 

Lula está limpo. Passou até no exame de bafometro. O perigo dos bandidos invadirem sua casa em nome da Polícia Federal

Repórteres da Folha relatam ter chegado ao apartamento de Lula às 5h15 da manhã da prisão, quase meia hora antes da chegada dos primeiros carros de polícia, sexta-feira última.

Eles só não revelam quem os avisou da operação. Confira abaixo um trecho:

“Às 5h15, quando a Folha chegou ao endereço em que Lula mora, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, a rua estava tranquila. No começo de manhã ainda fazia frio, e a reportagem esperava por sinais de alguma movimentação estranha dentro de um carro estacionado do outro lado da rua.

Por 25 minutos, não houve sinais de que algo iria acontecer: nada de carros de polícia, sirenes ou agentes. As operações da Polícia Federal costumam ser executadas muito cedo.

Então, às 5h40, chegou o primeiro carro da Polícia Federal.

Então, às 5h40, um utilitário preto sem marcas distintivas estacionou em frente ao prédio e permaneceu de portas fechadas. Após alguns minutos, três homens à paisana saíram do veículo, olharam para os lados e sacaram do bolso o que se assemelhavam a distintivos, pregados no peito”.

A Folha, como sempre, mentiu. Três gatos pingados não teriam coragem de ir prender lula na madrugada, pelo medo, inclusive, de ser confundidos com bandidos.  Mesmo que os distintivos fossem verdadeiros, no caso, pareciam criminosos em tudo. Jeito, vestimenta e horário de agir.

Carros e mais carros fecharam a rua que Lula reside e foram convocados policias civis e militares do governo Alckmin.

 

A Polícia Federal não tem hora para invadir a casa de qualquer cidadão que vive pacificamente. Isso é um abuso

Está disposto no art. 5, XI, da Constituição da República.
“a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial”.

Portanto a inviolabilidade do domicílio é direito previsto no ordenamento constitucional. ” Protege-se a esfera íntima individual e familiar; torna-se indevassável o lar. Evidente que se a polícia está no encalço de criminoso que se encontra em flagrante delito “a definição de flagrante delito é aquela prevista no Código de Processo Penal, conf, arts. 301 a 310”, o fato de adentrar este em residência não impedirá a ação policial. Igualmente um incendio (desabamento, uma catástrofe,outra) autorizam o ingresso em residência, mesmo sem a permissão do morador. Quanto a “prestação de socorro “, é necessário que haja, efetivamente, uma necessidade de tal espécie e que a pessoa a ser socorrida esteja impossibilitada, por si, de reclamar a citada ajuda. Os demais casos que permitem a violação do domicílio somente são verificáveis à vista de ordem judicial, efetivando-se aquela durante o dia”.

Que hora começa o dia?

Vai acontecer de bandidos saquearem prédios nobres em nome da PF de Moro, usando distintivos falsos. É só esperar.

 

 

PARA DECEPÇÃO DE MORO, LULA NÃO ESTAVA BEBUM

 

Primeira decepção: Os coercitivos esperavam encontrar Lula dormindo, bêbado ou de ressaca. Mas Lula já tinha tomado banho, aparado a barba, tomado café e seus medicamentos contínuos.

Os meganhas telefonaram para o pequeno ditador: – “Doutor, o preso está gozando perfeita saúde”.

Assim caiu o boato de que Lula é cachaceiro.

CHACINA Polícia de Alckmin mata

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As execuções ocorreram num período de três horas, entre 20h30 e 23h30, em nove locais. Uma das linhas de apuração aponta para crimes de vingança que teriam sido cometidos por policiais militares. Os ataques seriam uma retaliação ao assassinato de um policial militar, na semana passada em Osasco.

Os assassinatos seguiram um padrão: homens encapuzados em carros e em motos desciam dos veículos perto de bares, perguntavam para as pessoas quem já havia tido ficha criminal e atiravam nelas.

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Tayná, 7 anos, assassinada por bala perdida em Pernambuco. Tiago, 10 anos, executado pela polícia do Rio de Janeiro. Dois tiros certeiros na cabeça. Dá pra desconfiar. Não existe transplante de cérebro

Existe o comércio de órgãos, sim. Como atuam os traficantes no Brasil?

 

BRA^PE_JDC Bala Perdida

BRA_ZH Morte do menino Eduardo, 10 anos

Menina brincava no meio da rua quando levou um tiro

Uma criança de 7 anos morreu após ser atingida por uma bala perdida no início da noite desta sexta-feira (3), em Maranguape II, Paulista, Região Metropolitana do Recife.

Tayná Vitória Silva Santos brincava na rua com o irmão, uma tia e um primo, quando um tiroteio começou. A menina levou um tiro na cabeça.

“Tudo aconteceu muito rápido. Não foi sequer possível identificar quantas pessoas estavam envolvidas no tiroteio. Só percebemos alguns homens que passaram atirando em cima de motos em alta velocidade. Quando percebemos Tayná já estava toda ensanguentada”, disse Petrúcia Nilza dos Santos, avó da menina, que ainda não sabia que a neta havia morrido quando conversou com a reportagem do JC.

A menina chegou a ser socorrida e encaminhada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Jardim Paulista, de onde foi transferida para o Hospital da Restauração (HR), na área central do Recife, mas não resistiu à gravidade do ferimento e faleceu por volta das 19h30, pouco depois de dar entrada na unidade de saúde.

Por conta do feriado, no momento em que o tiroteio ocorreu, afirmaram testemunhas, a rua estava bastante movimentada, repleta de crianças. Os moradores dizem ainda que, no passado, a localidade costumava ser bastante violenta, mas que ultimamente estava bem tranquila, com casos raros de roubos e assassinatos.

“Antigamente em quase todos os finais de semana alguém era morto por aqui, só que nos últimos tempos isso não acontecia mais. Estamos muito surpresos com essa violência”, comentou Lourival Antunes, avô de Tainá. O caso foi registrado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que ficará responsável pelas investigações. Jornal do Commércio

Mãe de menino de 10 anos morto no Alemão diz que vai deixar o Rio

‘Eu vou sair daqui’, afirma mãe, que pretende enterrar o filho no Piauí.
Pai diz que ato foi ‘covardia’ e que PMs atiraram a distância de 10 metros.

 

“Eu quero tirar o meu filho daqui, quero enterrar no Piauí. Vou levar o corpo do meu filho para o Piauí. Vou voltar [ao Rio] porque eu quero justiça e depois eu vou embora para lá. Não quero ficar nesse lugar maldito, eu vou sair daqui”, afirmou a doméstica Terezinha Maria de Jesus, de 40 anos.

O garoto foi baleado na porta de casa e morreu na hora no fim da tarde desta quinta-feira (2), no Conjunto de Favelas do Alemão, na Zona Norte do Rio. Terezinha diz que um policial fez o disparo. A Divisão de Homicídios da Polícia Civil investiga o caso.

De acordo com ela, voltar para casa é muito difícil porque tudo faz lembrar o menino Eduardo. “Eu passei a madrugada na casa da minha vizinha. Só passei em casa para pegar o documento dele para ir no IML. Eu não quero mais voltar pra aquela casa, tudo me lembra ele. É muito difícil”, disse Terezinha, muito emocionada.
Pai diz que ato foi ‘covardia’
O pai do menino afirmou, na manhã desta sexta, em entrevista à GloboNews, que os policiais atiraram a uma distância de cerca de 10 metros do menino.

“Meu filho não merecia ser morto da maneira que ele morreu. Um inocente que tinha 10 anos de idade, era estudioso, todo dia estava no colégio dele e tinha muitos sonhos. Era uma criança muito bacana, para mim era tudo na minha vida. A polícia entra sem saber trabalhar. Como ele falou que era filho de bandido, atirou no meu filho na maior covardia. Atirou na cara do meu filho a uma distância de 10 metros, no máximo, por trás das costas do meu filho ainda”, afirmou o pai.

Eduardo de Jesus Ferreira iria começar um curso na Tijuca, Zona Norte do Rio, segundo informações da mãe da criança. “Ele estudava o dia inteiro, ele ia fazer um curso do Sebrae na Tijuca. Eu matriculei e ele ia começar na quarta-feira (8), e eles tiraram o sonho do meu filho”, afirmou.

Na quinta, Terezinha, que tem outros quatro filhos, repetia que Eduardo queria ser bombeiro. “Tiraram o sonho do meu filho. Tiraram todas as chances dele. Eu fazia de tudo para ele ter um futuro bom. Aí vem a polícia e acaba com tudo”, lamentou. “Ele sempre falava que queria ser bombeiro. Ele estudava o dia inteiro, participava de projeto na escola, só tirava notas boas. Por que fizeram isso com meu filho?”, questionava sem parar.

 

Tráfico de órgãos, morte encomendada e bala perdida

‪A Polícia Militar tem mania de matar menor sadio. Dá pra desconfiar. Será encomenda dos traficantes de órgãos? Ou um sádico prazer?

COMPLEXO DO ALEMÃO: MORADORES ACUSAM A POLÍCIA PELO ASSASSINATO DO MENINO EDUARDO

menor

 

O menino Eduardo Jesus Ferreira, de 10 anos, foi baleado e morto com um tiro de fuzil na porta de casa, na favela da Grota, Complexo do Alemão.

Estudante do CIEP, Franscisco Mignone estava sentado na escada que dá acesso à sua casa, quando foi atingido por um tiro de fuzil no rosto.

 

 

 

Fontes de AND que têm acesso a policiais da UPP do Complexo do Alemão confirmaram que o autor do disparo foi um policial militar. Além de todos os PMs da Unidades terem ciência da informação, a família de Eduardo também acusa a polícia. Um vídeo divulgado pela página “Alemão Morro” mostra os minutos após a morte do menino.

Os policiais aparecem nas imagens desnorteados, sem reação, fugindo dos berros de desespero e repúdio da população.

Segundo informações do Coletivo Papo Reto, depois que foi feita a perícia no local do crime pela polícia civil, o corpo de Eduardo foi levado do Complexo em um carro da polícia com bombeiros debruçados sobre ele, ao invés de ser transportado em uma ambulância, com um mínimo de dignidade e como manda a lei. Mas o que é a lei, senão um pedaço de papel elaborado pelas classes dominantes para incriminar e matar os pobres?

Os costumeiros assassinatos de crianças por policiais ou balas perdidas não têm muita explicação.

As execuções de jovens podem ser mortes encomendadas pelos traficantes de órgãos, neste Brasil que rico não entra em fila de transplantes.

O V Simpósio Internacional para o Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, marcado para os dias 16 e 17 de abril, em Fortaleza/CE, vai discutir o combate a quadrilhas que exploram 2,4 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo dados do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC). No Brasil, a atuação desses grupos criminosos levou a Polícia Federal a abrir, de janeiro de 2010 a março deste ano, 374 inquéritos para investigar o tráfico doméstico e internacional de pessoas para fins de exploração sexual, sendo que 35 deles foram instaurados neste ano.

tráfico congresso

Doze assassinatos covardes. A polícia lava as mãos de sangue

 

 

 

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Mortes de doze rapazes ocorreram há quase dois meses, após operação policial na comunidade da capital baiana

 

 

Os laudos cadavéricos produzidos pelo Departamento de Polícia Técnica da Bahia apontam que as doze vítimas da operação policial, que ficou conhecida como Chacina do Cabula, em Salvador (BA),  foram executadas. As informações são do jornal baiano Correio.

De acordo com os relatórios, parte dos disparos foi realizada de cima para baixo. Além disso, alguns dos rapazes baleados apresentam perfurações na palma da mão, braços e antebraços. As análises indicam ainda que a maioria possuía pelo menos cinco marcas de tiros — alguns deles disparados a curtas distâncias, de menos de 1,5 metro.

Em um dos casos, as perfurações em um dos suspeitos dá a entender que o projétil entrou pela base da cabeça e saiu pelo queixo. Consultada pelo Correio, uma fonte ligada à investigação declarou que disparos desse tipo ocorrem normalmente quando as vítimas foram mortas em posição de defesa, e afirmou que há “sinais evidentes de execução”.

Também procurado pela reportagem, um perito baiano que preferiu permanecer anônimo disse que os diparos de cima para baixo indicam “que a pessoa morta está numa região mais baixa do que quem atirou”. “Isso subentende que a pessoa baleada estava deitada, agachada ou ajoelhada”, adiciona. Quanto aos corpos com marcas de perfurações no antebraço e braço, a situação sugere que a pessoa deve ter sido “pega de surpresa e que por isso elevou o braço”.

Relembre o caso

Chacina da polícia petista
Chacina do Cabula 

As doze mortes ocorreram há quase dois meses, na madrugada do dia 6 de fevereiro, durante ação levada a cabo por policias militares das Rondas Especiais (Rondesp). A versão da PM é a de que o grupo – suspeito de planejar um assalto a uma agência bancária –, ao perceber a chegada das viaturas, disparou em direção a elas. Em resposta, os agentes teriam iniciado o tiroteio. Os homens fugiram e adentraram um matagal, onde se encontravam outros integrantes da quadrilha, em um total de trinta pessoas. A ocorrência deixou, ao todo, 16 baleados.

No entanto, os moradores da comunidade de Vila Moisés, onde tudo aconteceu, contam outra história. Testemunhas afirmam que os “suspeitos” foram executados. “De repente, ouvi rajadas. Me abaixei. Quando ouvi que não tinha mais nada, todos os rapazes estavam no chão”, contou um dos moradores da região.

 

Toda ditadura é criminosa. Nunca mais tirania

incitação

 

Exemplos de incitação ao crime:

pedir o retorno da ditadura,
defender uma intervenção militar,
propagar um golpe, que levará o Brasil a uma guerra interna.

A pena de detenção deve ser bem maior. Que uma guerra civil mata milhares de pessoas.

Pedir a intervenção de um exército estrangeiro é crime de traição à Pátria.

O que aconteceu de novo, na política, nestes cem dias de governo de Dilma?

Os tucanos e aliados, derrotados no primeiro e segundo turnos, elegeram Eduardo Cunha presidente da Câmara dos Deputados. E desejam o impeachment de Dilma, por atos e fatos debatidos na campanha eleitoral, e julgados pelo povo nas urnas.

Toda ditadura mata a Liberdade, a Democracia, a Fraternidade.

Por uma justiça social, por uma polícia social, por um governo do povo, pelo povo, para o povo, nunca mais ditadura.

A tortura é um crime hediondo. Tortura nunca mais.
Nunca mais tirania. Nem colonialismo.
Independência ou Morte!

51 filmes que você precisa recomendar. É hora de erradicar o analfabetismo político no Brasil

Repressão, censura, porões.
Resistência, greves, guerrilhas, movimentos culturais.
A ascensão e declínio do regime, em obras importantes do cinema brasileiro.
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51 filmes para conhecer a fundo a ditadura.
O terror de 21 anos de escuridão.
Eis alguns cartazes

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perdao mister fiel

O dia que durou 21 anos

memórias de chumbo

jango_10

em-teu-nome-cartaz

batismo de sangue

Dengue é peste escondida em São Paulo

Sempre fez parte da campanha de combate a dengue não guardar água em balde.

Com a seca na Região Metropolitana de São Paulo, a recomendação passou a não existir.

A verdade verdadeira é que o governador de São Paulo até hoje nega o racionamento no serviço de abastecimento de água.

 Ali Divandari
Ali Divandari

E quando é verão, e quando falta água, a dengue se transforma em uma epidemia. E mortal epidemia.

De repente a imprensa parou de informar sobre a dengue em São Paulo.

Mas Carlos Tramontina furou a censura. O apresentador do telejornal SPTV – 2ª edição, da TV Globo, informou através de sua página no Facebook que está com dengue e, portanto, ficará longe do trabalho por uma semana.

“Meus amigos, o mosquito me pegou. Estou em casa, muito bem, me recuperando da dengue. Repito, estou bem. Na semana que vem eu volto. A gente se encontra. Abraços.”, escreveu em post na rede social.

Tramontina está devendo uma reportagem sobre a dengue em São Paulo.

Em Recife, para outro exemplo, são inimagináveis as seguintes cenas de combate ao mosquito noutras cidades brasileiras:

combate-dengue

combate-a-dengue

1 COMBATE A DENGUE

A briga entre golpistas e democratas

Nos três principais jornais do País, Globo, Folha e Estado de S. Paulo, a imagem de destaque é a briga entre militantes do PT e um simpatizante do impeachment; tumulto ocorreu no Rio de Janeiro, antes do ato em defesa da Petrobras e do modelo de partilha no pré-sal; no mesmo dia, foi divulgado o vídeo dos insultos ao ex-ministro Guido Mantega, que foi expulso do hospital Albert Einstein; clima de radicalização política, com a criminalização do PT estimulada por meios de comunicação, intoxica o ambiente e cria condições para novas agressões; dia 15 de março, data em que estão agendados protestos pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, promete mais violência

sem paz

Léo Bueno: Qual é a diferença entre isso e as brigas de torcidas organizadas? É a hipocrisia. A grande imprensa critica as absurdinhas torcidas, porque elas são, oh, tão más, ao passo que fomenta essa intolerância dizendo “a culpa não é minha”.

Fábio José de Mello: É, Léo Bueno, nós estamos no trecho há alguns anos. Não sei quanto ao amigo, mas não me lembro de um momento político tão violento.

Léo Bueno: Não, também não lembro. Meus pais viveram um momento ainda pior, mas eu ainda não tinha nascido. O que me apavora é não sentir que as pessoas que têm o papel de zelar pelo estado de direito estejam apegadas a ele.

Fábio José de Mello: Sim, tudo muito tímido. Mas tem também uma maioria silenciosa que está só de olho no movimento. Quero só ver a hora em que o ovo da serpente eclodir. E ele vai eclodir.

Léo Bueno: Mas é uma luta contra gente de muito, muito dinheiro.

Fábio José de Mello: E contra interesses transnacionais… Lembrando: no blood for oil!

Isaías Gomes de Lima: COISA FEIA! O PIOR É QUE AS PESSOAS VÃO SE ACOSTUMANDO A VER COMO ALGO NATURAL!!! JÁ VI ESSE FILME… HÁ MAIS DE 30 ANOS VI COISAS ASSIM…

INTOLERÂNCIA POLÍTICA PODE ATIRAR O BRASIL NO ABISMO

247 – Nos três principais jornais do País, Folha de S. Paulo, Globo e Estado de S. Paulo, a cena de destaque é a mesma: o confronto, ocorrido na tarde de ontem, entre militantes do PT e simpatizantes do impeachment da presidente Dilma Rousseff.

O episódio ocorreu no Rio de Janeiro, pouco antes do ato em defesa da Petrobras e do modelo de partilha do pré-sal, em que o ex-presidente Lula afirmou: “Eu quero paz e democracia, mas se eles querem guerra, eu sei lutar também” (saiba mais aqui).

As imagens estampadas nos três jornais prometem acirrar ainda mais os ânimos.

Eis a legenda da Folha: BRUTALIDADE – Em ato da CUT e do PT em defesa da Petrobras perto da Associação Brasileira de Imprensa, no Rio, petista agride homem que pedia o impeachment de Dilma.

Legenda do Estado: Pancadaria no Rio – Em ato de petroleiros no Rio, que teve agressões entre manifestantes, o ex-presidente Lula disse que Dilma Rousseff ‘não pode ficar dando trela’ sobre as investigações na Petrobras e ‘tem de levantar a cabeça’.

Legenda do Globo: Intolerância – Homens com camisa do PT partem para a briga com manifestantes que pedem a saída de Dilma em frente à ABI, no Rio, onde aliados do governo fizeram ato.

A intolerância denunciada pelo Globo tem sido estimulada pela política de criminalização do PT, estimulada pelos meios de comunicação – em especial pelos veículos da família Marinho.

Resultado disso foi a agressão sofrida pelo ministro Guido Mantega, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, de onde foi expulso aos gritos de ‘vai pra Cuba’ e ‘filho da puta’ (leia mais aqui).

Aonde isso vai parar, ninguém sabe. Mas as imagens de ontem, estampadas nos jornais de hoje, certamente elevarão a temperatura do dia 15 de março, dia em que estão previstos protestos pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff.

“É como se vivêssemos numa sociedade completamente polarizada, na Espanha da Guerra Civil”, avalia Milton Lahuerta, professor da Unesp, em declaração ao jornal Estado de S. Paulo. “Estamos vivendo um momento de acirramento do debate político, decorrente de um processo eleitoral que terminou mas parece continuar”, afirmou Marco Antonio Teixeira, professor da FGV.