O atraso de março de 64 com a TFP e o CCC nas ruas

por Edu Montesanti

Envolvendo classes alta e média do Brasil, cidadãos saem às ruas repentinamente, sem nenhum tipo de liderança, e deixam as ruas por algum tempo da mesma maneira, de repente. Essas massas são conclamadas, via de regra, pela mídia conservadora e até pela própria classe política mais reacionária (ambas, paradoxalmente, sofrem de bem conhecido horror a protestos públicos, por questões óbvias).

Exatamente assim, ocorreu às vésperas do fatídico 31 de março de 1964. Quem não se recorda ou desconhece a pauta canalha da mídia naquela época, e da tão reacionária quanto totalmente despolitizada Marcha da Família com Deus, pela Liberdade?

Até o início das manifestações em junho de 2013, os índices de aprovação da presidente Dilma eram altos, acima dos 57%, repentinamente, passaram a cair vertiginosamente sem nada que motivasse de modo ao menos razoável tal queda. Mas junto dos protestos crescentes, enchiam as manchetes de jornais bombardeios contra o governo federal, recheados de verborragia e “previsões” de crise, política e econômica. Rebaixada à casa dos 30%, a aprovação ao governo Dilma seria o mais baixo desde Fernando Collor de Melo, ás vésperas de sua cassação em 2002.

Em agosto de 2013, a Câmara dos Deputados simplesmente conclamou a sociedade às ruas, sugerindo como suposto foco “eles [os políticos] não me representam”. Outra grande curiosidade é que os meios de comunicação, um dos grandes promotores da atual onda de protestos, não raras vezes apresenta informações distorcidas do que ocorre nas ruas, cujas principais reivindicações, e aí vem outra curiosidade, jamais contrariam os interesses do regime norte-americano e dos sionistas, donos da mídia predominante internacional e dos grandes bancos (tais como defesa da Petrobras, da soberania contra a espionagem massiva pela comunidade de Inteligência dos Estados Unidos, por reforma política, regulação midiática, diminuição dos exorbitantes lucros bancários, reforma agrária, julgamento dos ex-ditadores militares e de políticos ligados a eles, etc).

Quanto à espionagem, vale recordar que o Brasil tem estado (por mera coincidência?) entre os países mais espionados em todo o mundo, desde a presidente da República até os mais comuns civis. Em determinados anos, segundo documentos revelados por Edward Snowden, o Brasil foi exatamente o mais vigiado do mundo. Para tanto, os meios eletrônicos funcionam, por mais fictício que possa parecer, como principal ferramente à CIA.

Até os mais desinformados e de mentalidade pautada pela grande mídia têm consciência hoje de que o Fez-Se Buque foi criado pela CIA, e que o sionista Mark Zückerberg é “laranja” da agência secreta norte-americana. Pois não é que o próprio Zückerberg, que não possui nenhum vínculo com o Brasil, apareceu repentinamente como um dos grandes incentivadores dos protestos maciços em 2013? Veja imagem dele abaixo com cartaz que diz, convocando a sociedade brasileira para sair às ruas: “Não é só pelos 20 centavos [do aumento da passagem de ônibus que se protesta]. Muda, Brasil!”. Por coincidência ou não, foi ali mesmo no Fez-Se Buque que as agitações começaram no Brasil, e seguem até hoje. Assim como na “Primavera Árabe”+

Nessa rede social, comprovadamente projetada e financiada pela CIA, logo que se iniciaram as maciças manifestações no final do segundo semestre de 2013, passou-se a surgirem milhares falsos perfis que recebiam dezenas de milhares de curtições, fazendo-os se proliferar e se tornar mais e mais populares, empurrando massas às ruas.

Sobre isso, observou o jornalista russo Nil Nikandrov em julho de 2013, no artigo Quem Agita o Brasil, e Por Quê”, no sítio norte-americano Strategic Culture Foundation (http://www.strategic-culture.org/news/2013/07/01/who-is-shaking-up-brazil-and-why.html):

“São bem conhecidos os laços que unem o início da carreira empresarial de Zuckerberg e a CIA. Os contatos foram muitos e sabe-se que a CIA financiou o início de seu negócio. Zuckerberg tem também contatos estreitos com a Agência de Segurança Nacional dos EUA [orig. U.S. National Security Agency (NSA)], os quais não são segredo para ninguém. Difícil acreditar que Zuckerberg tenha-se envolvido por iniciativa sua nos protestos no Brasil (e ainda mais difícil, que tenha passado, repentinamente, a preocupar-se com o preço dos transportes públicos por lá).”

Em julho de 2013, a própria rede de Tv venezuelana Telesur debatia em seu programa Mesa Redonda Internacional, a possibilidade e influência externa nos protestos que há um mês tiveram início. Em algumas entrevistas de brasileiros manifestantes à Telesur, muitos se atrapalhavam ao responder por que estavam nas ruas. Depois de muito pensar e olhar perdido, respondeu de maneira vaga: “Contra a corrupção”. Outra, “contra tudo o que está aí”.
Este vídeo abaixo, da Telesur, mostra fuzileiro naval à paisana infiltrado entre manifestantes, destruindo nada menos que o Palácio do Itamaraty a fim de gerar reação policial contra manifestantes, e o caos conhecido como Estratégia de Tensão:

Tal prática, em nada isolada nos dias que sacodem o Brasil, tem sido sintomática no sentido de apontar influência externa nestas manifestações massivas do país. No vídeo abaixo produzido pelo jornal carioca A Nova Democracia, policiais com armas nas mãos apontam e intimam manifestantes; comandante da PM disse ser a favor do uso de armas de fogo para controlar os atos na cidade do Rio de Janeiro, em protesto contra o governador Sérgio Cabral por má administração e pelo hábito de sobrevoar a sociedade a bordo de helicópteros e jatos particulares.

Outro ponto sintomático nesta atual festa da democracia nas ruas tupiniquins, é que o clamor dos principais organizadores têm sido retorno à ditadura militar de péssima memória. Proíbe-se, inconstitucionalmente, uso de camisetas vermelhas e de bandeiras de partidos políticos.

Antes de mais nada (e nada disso se discute no país por falta de conhecimento tanto quanto de “interesse”, que se guarde essa palavra), a Constituição garante liberdade de ir e vir acompanhada da liberdade de expressão sem que o cidadão seja incomodado por isso. Nas manifestações de 2013, bandeiras de partidos foram queimadas por todo o país, e muitos portadores desses materiais acabaram agredidos verbal e fisicamente

Quanto à reação em cima de partidos políticos, outro aspecto negativo e que remonta ao golpe militar de 1964, do qual nenhuma lição foi tirada mais de 50 anos depois, vale ressaltar a anulação de partidos políticos, base da democracia e de debates públicos, é matéria-prima de regimes ditatoriais e totalitários. As manifestações poderiam ser apartidárias (talvez nestas circunstâncias hoje, já seja essencial a participação dos partidos para afirmar o Estado democrático), mas jamais anti-partidárias.

Não que os partidos brasileiros tenham desempenhado importante papel na “democracia” nacional, nem que sejam peça vital nas manifestações de rua hoje e nem sequer em uma ideal democracia em si, a participativa do povo, pelo povo, para o povo, muito pelo contrário: são sectários, politiqueiros, dominadores e corruptos em sua imensa maioria sendo, exatamente por isso tudo, muito mais obstáculo à ativa participação da sociedade na vida política do país que impulsores. Eis aí o sistema político brasileiro para falar por nós que necessita de reforma e de mais democracia, não de outro golpe contra ela.

O Ato Institucional 2, Artigo 18 de 27 de outubro de 1965 da ditadura militar (1964-1985), dizia: “A Revolução [ditadura militar] é um movimento que veio da inspiração do povo brasileiro para atender suas aspirações mais legítimas: erradicar uma situação e um governo que afundava o País na corrupção e na subversão […]”. Assim, foram extintos os partidos enquanto os militares apelavam para o discursos ufanisticamente patrióticos, “Brasil, ame-o ou deixe-o”, Prá frente, Brasil!” etc, eliminando desta maneira a crítica e qualquer oposição (a “tática do nacionalismo” é tão antiga quanto a formação dos Estados, cujos exemplos mais recentes são o nazi-fascismo e Bush para eliminar todo e qualquer questionamento sobre as implicações do 11 de Setembro, e da subsequente “Guerra ao Terror”, acusando os questionadores de apátridas, exatamente como se dava na época da Guerra Fria para colocar em descrédito quem contestava o sistema).

A atual agressividade anti-partidária, em si mesma um ato político, pode nada mais ser que um meio disfarçado para que partidários ultraconservadores se apresentem e, como vem acontecendo, ganhem o controle da situação (exatamente o que ocorreu no golpe militar de 1964).

Outro fator profundamente sintomático é que meio a toda essa indignação seletiva contra a corrupção, quando se trata da oposição de direita trata-se como caso individual, porém quando se trara de políticos à esquerda do espectro político, o problema é considerado como sistêmico-partidário.

Pois os sintomas não param por aí tal fato nos remete ao fato que o espectro da direita está o PSDB, citado em cabos secretos liberados por WikiLeaks garantindo favorecimento aos interesses norte-americanos em relação à Petrobras no caso de vitória em eleições presidenciais (petróleo que é exatamente motivo de obsessão por parte do regime de Washington, e das artificiais “Primaveras” nos países mencionados mais acima).

Outra evidência – que não para por aqui, a lista é extensa – de que são artificiais estas ondas de protestos, é que a elitizada sociedade brasileira (em todos os segmentos) é tão reacionária e mal-informada (portanto, incapaz de mobilizações espontâneas e politizadas de tal magnitude) que não consegue enxergar cada um desses evidentes fatos, ou nenhum deles. Mas como disse Florestan Fernandes, “A elite brasileira sempre foi antissocial, antinacional e anti-de­mocrática”.

“Povo que esquece seu passado, está condenado a vivê-lo novamente” (Nicolás Avellaneda, jurista argentino, 1837 – 1885). O mais grave é que no Brasil nem sequer se sabe, na maior parte dos casos, do passado nacional. Falar hoje, em meio a esse suposto senso de cidadania e patriotiotismo, nas implicações do golpe de 1964 é assunto de ignorância generalizada, bem como mal se sabe hoje quem foi João Goulart, presidente em momento dos mais importantes da história do Brasil não apenas por ter sido inconstitucionalmente derrubado pela ditadura militar, mas pelas políticas sociais que iniciaria, e pela defesa da soberania nacional que contrariava os interesses de Washington.

Quanto ao PT, deveria ter se lembrado de que educação rende votos, sim, e muitos – a governos transparentes: quando vierem as tempestades, apoiar-se-ão na educação e na politização social para se sustentar. Azar dos deslumbres do poder: aí estão as massas de manobra, vítimas dos interesses da mídia grande que são os mesmos das classes dominantes e dos políticos mais conservadores, carentes de educação e de politização. Leia mais

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Edu Montesanti é professor de idiomas, autor de Mentiras e Crimes da “Guerra ao Terror” (Ed. Scortecci, 2012), escreve para o Diário Liberdade (Galiza), para Truth Out (Estados Unidos), foi tradutor do sítio na Internet da ativista afegã pelos direitos humanos, Malalaï Joya, da ONG argentina Abuelas de Plaza de Mayo, e ex-colunista semanal do sítio na Internet do programa Observatório da Imprensa (TV Brasil). É editor do blog http://www.edumontesanti.skyrock.com

Nota do redator deste blogue:

TFP – Tradição, Família e Propriedade, que era da direita católica, retorna como propriedade de pastores deputados como Malafaia

CCC – Comando de Caça aos Comunistas, hoje comandado na Câmara dos Deputados por Bolsonaro, continua com suas listas de presos políticos, que em 64, com a ditadura militar, significavam tortura e morte

 

 

Por que Moro chamou FBI para atuar na Lava Jato

Por sua ligações nada patrióticas no Harvard Law School em 1998, quando participou de programas de estudos promovidos pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos.

No Law School são recrutados os agentes e espiões do FBI e CIA. Veja aqui 

Com que autoridade, um juiz pode convocar um agência estrangeira para espionar autoridades, empresas e políticos brasileiros? Não importa se agência pertence ao governo dos Estados Unidos, Israel, China, Rússia etc. Considero um ato de traição.

Um admirador de Moro, Claudio Dantas Sequeira (claudiodantas@istoe.com.br), escreve: Cursou o Program of Instruction for Lawyers na prestigiada Harvard Law School e participou de programas de estudos sobre lavagem de dinheiro no International Visitors Program, promovido pelo Departamento de Estado americano”.

 

Fernando Henrique, corrupto, golpista e quinta-coluna

Já escrevi aqui que Fernando Henrique Cardoso (PSDB), recrutado pela CIA, foi golpista em 1964, e continua o mesmo entegrista das privatizações, que marcaram os seus oito anos de governo corrupto que doou as estatais brasileiras como a Vale, a Petrobras, e fez cinco leilões do Pré-Sal.

 

Disse o tucano à BBC Brasil: ” Existe uma lógica em fazer o pedido de impeachment. (…) É um instrumento constitucional, e não há o que se discutir sobre isso. O impeachment não deve ser nunca um objeto de desejo. Mas é um instrumento constitucional, é algo que acontece”.

FHC falou com a imprensa em Lisboa (proprietário de um apartamento em Paris, passa mais tempo na Europa que no Brasil): “Impeachment é sempre um processo delicado, é preciso analisar se há fundamentos para ele, mas os advogados que o pediram são competentes. Depois, há a questão política, se a maioria estará disposta a votar a favor e, votando a favor, se há ou não razão para o impeachment”, concluiu.

Um dos autores principal do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff acolhido nesta quarta-feira, 2, pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o jurista direitista Miguel Reale Junior, ex-ministro da Justiça no governo Fernando Henrique, avaliou que o peemedebista “escreveu certo por linhas tortas”.

“Não foi coincidência que Cunha tenha decidido acolher o impeachment no momento em que deputados do PT decidiram votar favoravelmente à sua cassação no Conselho de Ética. Foi uma chantagem explícita, mas Cunha escreveu certo por linhas tortas”, afirmou o jurista.

A cassação de Dilma nasceu de vícios capitais. Um ato de vingança de Eduardo Cunha e de Paulinho da Força que respondem a processos por corrupção, de inveja de Aécio Neves que perdeu as eleições nas urnas democráticas das diretas já, da vaidade de FHC (que dos oito anos dos seus dois governos, passou um ano e um mês viajando mundo a fora) de não ostentar e merecer o prestígio internacional do ex-presidente Lula da Silva.

51 filmes que você precisa recomendar. É hora de erradicar o analfabetismo político no Brasil

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Defendamos a Venezuela. Brasil en peligro

Osvaldo Gutierrez Gomez
Osvaldo Gutierrez Gomez

 

 

por Guillermo Almeyra

Estados Unidos, cínicamente, prepara una enésima aventura político-militar, en este caso contra Venezuela. Es ridículo que ésta (o cualquier otro país latinoamericano) pueda constituir una “amenaza” a la seguridad de la primera potencia mundial y justifique una emergencia nacional.

La supuesta fundamentación de esta medida – existencia de presos políticos, restricciones a la libertad de prensa, corrupción de funcionarios – es igualmente aberrante, además de prepotente y violadora de las leyes de gentes y de los principios de las Naciones Unidas. La corrupción, que es amplia y existe pero no es diferente de la existente en los países súbditos de Estados Unidos, como México, es una plaga que los venezolanos mismos pueden y deben resolver.

En cuanto a los supuestos presos políticos están encarcelados por golpistas o terroristas o por actos delincuenciales probados y la oposición antichavista controla la mayoría de los diarios y emisoras existentes en el país y difunde las mentiras que quiere. Obama recuerda la fábula de La Fontaine sobre el lobo y el cordero en laque el lobo, que bebía aguas arriba del cordero, queriendo comérselo, lo acusó de enturbiarle el agua y, ante los argumentos lógicos de su víctima, respondió “si no eras tú, fue tu abuelo!”y se abalanzó sobre él.

La amenaza a Venezuela forma parte de la misma ofensiva que afecta al gobierno brasileño de Dilma Rousseff y al de Cristina Fernández, en Argentina.

Venezuela, Brasil y Argentina son el pilar del Mercosur y de la UNASUR y de una política diferenciada de la del Departamento de Estado. Estados Unidos necesita “limpiar y poner orden” en su patio trasero (es decir, derribar los gobiernos que no sean, como el de México, agentes serviles aunque tengan políticas capitalistas muy moderadas) para encarar con las espaldas libres la preparación del enfrentamiento bélico contra Rusia y China.

La recuperación de la economía estadounidense es débil, frágil, y está amenazada por el aumento de la crisis racial y social; Europa sufre ahora los efectos del aumento del dólar (que sólo a más largo plazo favorecerá las exportaciones alemanas, inglesas y francesas pero aumentará la crisis social en los países meridionales). El retorno a Estados Unidos de las divisas antes dedicadas a la especulación con el petróleo o las materias, arroja gasolina sobre el fuego en los países que exportan dichos productos (monarquías árabes, BRICS, países “emergentes”). Eso mientras Washington fue derrotado en Irak, no consigue nada en Siria, Libia y Afganistán y en Ukrania y pierde poco a poco su hegemonía (que aún conserva, sobre todo en el plano militar). Aunque el capitalismo no está amenazado por una revolución socialista en ninguna parte del mundo, sí lo está en cambio por los movimientos nacionales en defensa de la soberanía nacional, cubiertos o no por velos raciales o religiosos) a los que califica de terroristas (cuando el terrorista es quien invade, bombardea, amenaza, sabotea y mata masivamente desde hace décadas). Sobre todo, teme los efectos que una catástrofe mundial mayor (bélica o ecológica) provocada por el lucro de los monopolios a costa de todos y todo podría tener sobre la decisión y la visión política de las grandes masas.

Ese es el sentido de la amenaza contra Venezuela: preparar un posible bloqueo naval, o bombardeos, o una invasión de mercenarios desde Colombia si una rápida contraofensiva diplomática de los países de la región y un apoyo a Caracas desde Rusia o Beijing no le dificulta la tarea.

Maduro no es Chávez, que tenía mayor sensibilidad y apertura a los trabajadores. Es torpe, pretende luchar contra la derecha extrema con el aparato y las instituciones, no enfrenta a la burocracia y ve a obreros y campesinos como simple infantería, que para él pesa mucho menos que los mandos militares, educados en un pensamiento verticalista y conservador Aparte de sus delirios con los pajaritos, llevado por la verborragia no sabe medir las consecuencias de sus palabras y regala así pretextos y armas a los enemigos del proceso venezolano. Su cesarismo, al mismo tiempo, le aleja amigos en una izquierda que no sabe distinguir entre un proceso social de cambio, confuso e inédito, y su dirección transitoria y es chavista acrítica o antichavista ciega ante el el hecho de que el imperialismo ataca a Venezuela por temor al contagio a otros países sudamericanos de las experiencias de autoorganización popular venezolanas y no por las torpezas de Maduro. Casi la mitad de los electores venezolanos no son chavistas, y en ese sector sólo un grupo es proimperialista y fascista. Cuando Maduro acusa a toda la oposición de terrorismo y de servir a Estados Unidos, la une, cuando lo elemental es separar entre los simplemente atrasados o conservadores y los explotadores y agentes de la CIA.

Pero los pueblos no se deben dejar engañar. Los enemigos de Washington no son los gobiernos “progresistas” (Maduro, Fernández, Rousseff) sino los sectores populares que éstos a la vez controlan, contienen, subordinan y utilizan como apoyo. La acción desestabilizadora de esos gobiernos busca hacer retroceder aún más a los trabajadores y sus conquistas para tener las manos libres para aumentar la explotación y las ganancias.

La amenaza no va contra Maduro sino contra el nivel de conciencia y de organización logrado desde hace años en algunos países a los que se quiere imponer una situación y un gobierno del tipo mexicano.

Es una amenaza contra todos y además forma parte de un plan salvaje que desemboca en una terrible guerra para la cual desde hace rato se prepara Estados Unidos.

Debemos oponer un fuerte frente a los intentos destructivos de Estados Unidos. Los que, como el gobierno uruguayo y su vicepresidente Raúl Sendic, creen que sacarán provecho de su vergonzoso papel de lamebotas, deben ser repudiados porque ayudan a los modernos esclavizadores.

BanEstado. Pelos aviões Franco CC-5 foram desviados para o exterior cerca de 250 bilhões de dólares

A imprensa ensina
como engavetar uma CPI

 

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Faltam três dias para a divulgação da CPI do Banestado. E tá todo mundo calado. Decidiram que o maior roubo da história universal (dos bancos) não é notícia.

Essa zoeira sobre a acusação feita pelo presidente Lula que houve corrupção no BNDES durante as privatizações no governo FHC parece despiste, MALANdrice, tiro com bala de festim.

O Estadão foi logo avisando: “FHC emitirá nota para se defender das acusações de Lula“.

Vai ser o maior bate-boca. As notas estão sobrando.

O atual presidente da Fosfertil, Francisco Gros, declarou: “O BNDES é uma instituição com mais de 50 anos de existência e, ao longo dessa história, nunca tive notícias de corrupção, nem quando fui presidente, nem como diretor e nem como cliente do banco”.
Não sabia que Gros era cliente do BNDES.

O PSDB, inclusive, quer processar o presidente por “crime de responsabilidade”.
E José Dirceu, chefe da Casa Civil, rezinga: O PSDB “tem de ver se há a base legal para tal pedido, e se o feitiço não vai virar contra o feiticeiro”.

Acho que tudo não passa de GROSseira, que logo passa, e dura no máximo uns três dias, prazo para José Mentor apresentar o relatório da CPI do Banestado que, conforme o esperado, apontará o ex-presidente do Banco Central Gustavo Franco como um dos principais responsáveis pela evasão de bilhões e bilhões de dólares.

Mentor está convencido que o ex-presidente do BC, além de ter tomado a decisão de permitir que cinco bancos pudessem operar as contas CC 5 em Foz do Iguaçu, não fiscalizou as operações feitas pelo antigo Banco do Estado do Paraná (BanEstado), o privatizado Banco do Estado de Minas Gerais, o Banco Araucária, o Itaú e o Banco do Brasil.

Pelos aviões Franco CC-5 foram desviados para o exterior cerca de 250 bilhões de dólares.

A CPI do Banestado foi aberta a mando da Cia, preocupada com a saída de tantos aviões para o exterior. Foz, conforme denúncia da revista Veja, possuía na época “campos de treinamento de terroristas”, e teve o privilégio da “visita de Bin Laden”.

A imprensa não toca mais no assunto. Engavetou a CPI, em nome do sigilo bancário.

 

Publiquei no Aqui e Agora em 25.02.2005

 

Que mais sujo, mais imundo, mais corrupto, mais podre, mais putrefato, mais sórdido: a origem ou o destino de 250 (duzentos e cinquenta  bilhões de dólares) roubados do pobre povo pobre brasileiro?

E tais ladrões, impunes e blindados, consideram o salário mínimo do mínimo muito alto.

 

 

 

 

Deu no New York Times: EUA continuam com terrorismo de Estado. O entreguismo tucano do Pré-sal e da Petrobras

Espionagem no Brasil

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por Gilmar Crestani

 

A dúvida que me assalta neste momento é porque os EUA não precisavam espionar FHC… Bobagem, FHC não fazia nada sem autorização dos EUA. Tanto foi assim que a reeleição foi comprada mas a viabilidade eleitoral se deu graças ao Bill Clinton. Foi ele que ajudou a segurar a reeleição, via FMI, mas depois resolveu espinafrar FHC e o Brasil em público. O notório, e porque não pitoresco, episódio de nossos diplomatas tirando os sapatos para entrarem nos EUA é apenas mais uma imagem da subserviência de FHC.

O convescote de FHC com representantes da Chevron, em Foz do Iguaçu, prometendo entregar a Petrobrás caso Serra fosse eleito, foi de um empreguismo sem precedentes. Os cables vazados pelo Wikileaks também mostram os dedos de José Serra tentando inviabilizar a Petrobrás e entregar, como mostrou a Folha de São Paulo, o pré-sal a Chevron.

Na época dos vazamentos, até William Waack da Rede Globo foi pego. Portanto, a espionagem no Brasil, com tantos capachos tentando entregar o Brasil, é coisa de Peter Sellers…

 

New York Times diz que EUA ainda espionam Dilma

 

espionagem dilma

247 – Reportagem publicada pelo jornal “New York Times” nesta terça-feira (3) diz que a presidente Dilma Rousseff “aparentemente” continua sendo espionada pela NSA (Agência de Segurança dos EUA). O jornal norte-americano registra que dezenas de líderes mundiais sob monitoramento da NSA foram excluídos do programa de espionagem depois que a prática veio a público, em 2013. A ordem, no entanto, não abrangeu todos os presidentes espionados. “Aparentemente programas no México e no Brasil continuaram”, escreveu o jornal.

O grampo da NSA sobre Dilma Rousseff veio à tona em 1º de setembro de 2013. A presidente brasileira reagiu energicamente e, duas semanas depois, cancelou uma visita oficial a Washington agendada para 23 de outubro de 2013. Dilma também condenou a prática em discurso na Assembleia Geral da ONU, em 24 setembro de 2014.

O Itamaraty enviou uma mensagem ao blog do jornalista Fernando Rodrigues, que publicou a notícia, comentando a informação do jornal norte-americano. “O Brasil lamenta e repudia todos os episódios de espionagem não-autorizada de autoridades estrangeiras por órgãos de inteligência. O Brasil tem procurado atuar, no sistema multilateral, no sentido de estimular o respeito à privacidade nos meios digitais. Nesse sentido, apoiamos e sediamos a Reunião Multissetorial Global sobre o Futuro da Governança da Internet – a NETmundial – em São Paulo, em abril deste ano. Também foram aprovadas resoluções, copatrocinadas pelo Brasil, na Assembleia-Geral da ONU, demonstrando o reconhecimento da importância do tema pela comunidade internacional”.

Fernando Henrique sempre foi golpista

FHC

 

No momento que a Grécia respira liberdade, depois de uma eleição democrática domingo passado, e da Espanha ter realizado ontem, em Madri, uma marcha para mudar o governo nas urnas, Fernando Henrique prega o golpe à Honduras, pelo retorno de um regime militar. Ou de um civil títere dos militares da direita fascista.

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Muitos dizem que FHC está gagá. Acredito que não. Ele sempre foi golpista.

Informa 247: “Ex-presidente Fernando Henrique Cardoso retoma, de forma sutil, sua pregação anti-Dilma; segundo ele, o sistema político brasileiro apodreceu e a punição relativa ao escândalo da Petrobras deve chegar aos ‘mais altos hierarcas’ da república; ‘No passado, seriam golpes militares. Não é o caso, não é desejável nem se veem sinais’, diz ele; ‘Resta, portanto, a Justiça [de Gilmar Mendes?]. Que ela leve adiante a purga; que não se ponham obstáculos insuperáveis ao juiz, aos procuradores, delegados ou à mídia. Que tenham a ousadia de chegar até aos mais altos hierarcas’ [Daniel Dantas que promoveu os leilões da telefonia?]; depois de José Serra afirmar que Dilma não completará seu mandato e Aécio Neves dizer que a Petrobras foi ‘destruída’, tucanos retomam a ofensiva [golpista]”

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O sistema brasileiro apodreceu quando Fernando Henrique comprou o Congresso para duplicar seu governo de quatro para oito anos.

FHC realizou o governo mais corrupto da História do Brasil. Nomeou o genro para destruir a Petrobras, que foi fatiada, e fez cinco leilões fajutos dos nosso campos de gás e petróleo.

Comenta Maria Luiza Quaresma Tonelli: “Se Lula não tivesse vencido a primeira eleição e se estivéssemos sendo governados pelos tucanos o Brasil hoje seria uma Grécia. Falido. Agora vem esse lacaio dos EUA pregar, de forma subliminar, um golpe judicial.

Que Zeus nos proteja e não permita que Eduardo Cunha seja eleito presidente da Câmara dos Deputados”.

FHC sempre foi golpista. Desde abril de 1964. Está na lista dos que receberam dinheiro da CIA. É o Carlos Saúl Menem do Brasil. Safado todo. Acontece que Nenem está preso.

FHC permanece solto, porque no último mês do oitavo ano terminal do seu governo, sancionou uma lei de anistia para os seus crimes, o foro especial, a justiça secreta.

FHC, tendo José Serra como ministro do Planejamento, arquitetou e entregou as riquezas do Brasil, a água, o nióbio, o ouro, o petróleo, e 76 por cento das estatais, incluindo portos, aeroportos, ferrovias, telefonia, energia, centros espaciais, rodovias para pedágio, transformou o Brasil em uma Grécia, em uma Espanha, em um Portugal, e sonha que o Brasil vire uma republiqueta de banana como é a golpeada Honduras, o golpeado Paraguai.

Serra foi entreguista e corrupto como ministro do Planejamento e da Saúde, e como governador de São Paulo das propinas do metrô & outras & outras. Sua história de exilado é muito parecida com a de Fernando Henrique. Tanto que saiu do Chile para a Itália, sua outra pátria, no governo de Pinochet. E da Itália para os Estados Unidos onde gozou um privilegiado “exílio”.

Que se pode dizer de Aécio, que foi funcionário da ditadura, e transformou todo um Estado em um feudo familiar, que tomou posse das riquezas  das Minas Gerais?

A resposta veio dos mineiros que elegeram um petista governador.

 

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O escritor e poeta Fernando Monteiro define bem FHC: “Um super-safado macunaíma (sem graça) travestido de ‘scholar’ de boca mole

 

 

Terrorismo policial se baseia na declaração de uma guerra interna

Com a desculpa de combate ao terrorismo, o mundo ocidental e cristão, cada vez mais realiza crimes que, na guerra fria, pós Segunda Grande Guerra Mundial, culpava como propaganda os governos comunistas da União Soviética,  China e Cuba, apontados exemplos de regimes perversos e inimigos da Liberdade, da Fraternidade e da Democracia.

É o que acontece hoje nos Estados Unidos:  A polícia classifica você. Diz quem você é. Não importa que a alegação seja falsa.

Todo inquérito com juízo de valor é imoral, sinaliza a existência do terrorismo da polícia.

Todo braço armado do poder, que separa os maus cidadãos dos bons, considerando a existência de uma guerra interna, comprova que o país vive em um sistema político de exceção. E poderes como o legislativo e o judiciário passam a ser enfeites, adornos de uma democracia que não existe.

Toda ditadura luta contra inimigos visíveis e invisíveis. Quando tudo constitui uma armação, mortífero embate contra inimigos fictícios.

O imaginário supera o real na criação do medo, na caça às bruxas, no prende e arrebenta.

No Brasil, as polícias militares, comandadas pelos governadores, realizam julgamentos sumários nos guetos das favelas, engavetam inquéritos, e criam novelescos processos que a justiça legaliza.

Temos a aberração da justiça com o poder de polícia, e a polícia com o poder de justiça.

As polícias e as justiças estaduais são poderes localizados na República Federativa do Brasil. Poderes advindos da ditadura militar de 64. Poderes que, nos Estados Unidos são nacionais e internacionais, sendo mais conhecidos os exercidos em nome das siglas FBI e CIA.

 

Journalist Barrett Brown sentenced to 63 months in federal prison, must pay $890K in restitution

The intelligence and security journalist has already served more than two years in prison for charges related to his proximity to sources within the hacktivist entity known as Anonymous.

by Xeni Jardin

 

jornalista

A court in Dallas has sentenced Barrett Brown to 63 months in federal prison, minus 28 months already served. For count one in the case, he receives 48 months. For count 2, he receives 12 months. And for count 3, he receives 3 months. He is also ordered to pay $890,000 in restitution.

The government’s charges against the intelligence and security reporter stemmed from his relationship with sources close to the hacker group Anonymous, and the fact that Brown published a link to publicly-available copies of leaked Stratfor documents.

Brown read a statement to the court during the sentencing hearing, and you can read that statement in entirety here.

“Journalists are especially vulnerable right now, Your Honor, and they become more so when the FBI feels comfortable making false claims about them,” Brown wrote:

Deny being a spokesperson for Anonymous hundreds of times, and you’re still a spokesperson for Anonymous. Deny being a journalist once or twice, and you’re not a journalist. What conclusion can one draw from this sort of reasoning other than that you are whatever the FBI finds it convenient for you to be at any given moment. This is not the “rule of law”, Your Honor, it is the “rule of law enforcement”, and it is very dangerous.

From our earlier coverage:

Brown originally faced more than a century in prison on a swathe of charges relating hacks targeting corporations. He admitted lesser crimes to reduce his possible sentence to 8½ years.

Published in Vanity Fair, The Guardian and elsewhere, Brown is often described as an “unofficial spokesperson” for the Anonymous collective, which he denies. He founded Project PM, a website intended to collate publicly-leaked information for use by journalists and activists.

Among the secrets exposed were collaborative efforts between the government and private contractors to monitor social networks, and to develop online surveillance systems.

Brown, 33, was arrested in 2012 after his and his mothers’ homes were raided and he used “threatening” language toward FBI officers in a response posted to YouTube. He was subsequently accused of working with the hackers whose efforts yielded a huge tranche of embarrassing and revealing information concerning misbehavior and sleaze at U.S. government contractors.

Among the charges was the claim that merely linking to the leaked information was illegal—an alleged crime for which prosecutors sought decades in prison and which roused the interest of press freedom groups.

He ultimately signed a plea deal on three lesser charges: transmitting a threat, trying to hide a laptop computer during a raid, and to being “accessory after the fact in the unauthorized access to a protected computer.” He spent a year awaiting trial in federal prison, and was subject to a 6-month gag order prohibiting him from discussing his case with the media.

Tweets from observers, activists, and journalists present at today’ sentencing hearing in the Dallas courtroom follow.

 

 

 

Brasil y EEUU. Que los torturadores respondan por sus crímenes

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SOAWatch
Los Informes, recientemente divulgados, del senado de EEUU, sobre la aplicación de la tortura por la CIA, y el Informe de la Comisión Nacional de la Verdad (CNV) de Brasil han hecho resurgir el tema del uso de la tortura y del entrenamiento de los agentes de seguridad ante la opinión pública.

SOA Watch, el Observatorio por el Cierre de la Escuela de las Américas, ha sostenido reiteradamente que el uso de la tortura en EEUU, como en América Latina, no es una noticia nueva, ni ha comenzado apenas el 11 de septiembre del 2001.

El hecho de no haber llamado a rendir cuentas a la Escuela de las Américas, en 1996, cuando se supo públicamente que hacía uso de manuales de tortura y que por esta razón se estaban cometiendo atrocidades en América Latina ha contribuido a que la CIA perpetrara las torturas que acaban de salir a la luz pública en el informe del Comité de Inteligencia del Senado relativo a la CIA y la práctica de la tortura.

El informe de la CNV documenta que EEUU enseñó técnicas de torturas a sus agentes

El lanzamiento del informe de la Comisión Nacional de la Verdad de Brasil, emitido públicamente este 10 de diciembre de 2014, ha levantado renovados bríos de que haya justicia por los casos de derechos humanos sucedidos en este país entre numerosos brasileños.

Documentos no revelados hasta ahora, relativos a la dictadura que sufrió Brasil, por 21 años, arrojan a la luz pública casos sobre torturas y otras violaciones a los derechos humanos puestas en práctica durante la los años 1964 y 1985.

La Presidenta Dilma Rousseff, ella misma fue torturada y encarcelada 3 años durante la dictadura, afirmó que Brasil merece la verdad.

El informe no entra en detalles sobre los nombres de los violadores de derechos humanos pero sí describe las raíces de dichas violaciones: “La colaboración de los Estados Unidos fue intensa en la formación y especialización de los agentes”, señala el documento.

El segundo volumen del informe explora datos específicos sobre la participación de EEUU en las tácticas de tortura cometidas en Brasil, incluyendo nombres de egresados de la Escuela de la América (SOA).

Entre los egresados de SOA figuran Lúcio Valle Barroso y Abílio Correa de Souza, secuestradores, torturadores y asesinos de Stuart Edgard Ángel Jones, quien fuera objeto de uno de los crímenes más atroces de aquel entonces.

Barroso, conocido como el “Dr. Celso”, estudió inteligencia militar en la Escuela de las Américas y Souza, conocido como el “Dr. Pascoal”, estudió Inteligencia de combate y contrainteligencia.

Los egresados de SOA formaban parte de las agencias brasileras vinculadas a la tortura, el Departamento de operación e información DOI, el Centro de operaciones y defensa interna CODI, así como el Centro de Información para la Seguridad Aeronáutica, CISA.

Jones (1945-1971), hijo de madre brasilera y padre estadounidense, y miembro del grupo de izquierda MR-8, fue atado a un automóvil y llevado a las instalaciones de la CISA en Río de Janeiro.

Según el testimonio de Alex Polari, amigo que presenció la tortura de Jones desde la ventana de su celda, le obligaron a agarrar el tubo de escape del vehículo inhalando sus emisiones tóxicas.

Esta y otras brutales tácticas de tortura contenidas en el informe de Brasil están ligadas directamente a las torturas publicadas en el informe de la CIA.

El informe del Comité de inteligencia del Senado describe otros métodos de tortura que fueron transmitidos a los oficiales militares brasileños.

La Escuela de las Américas transmitía sus enseñanzas con el mensaje de que preservar la vida de los detenidos carecía de interés durante las operaciones; ni la policía ni los oficiales del ejército necesitaban justificar sus acciones para nada, cuando sus contrapartes integraban la oposición al régimen imperante.

El informe del Comité de inteligencia del Senado sobre las torturas de la CIA entrega datos sobre los numerosos manuales puestos en práctica durante el transcurso de diversas operaciones de contrainsurgencia, como el “Manual KUBARK” de interrogación de contrainteligencia elaborado por la CIA en 1963 y que fue usado para enseñar formas de privar a las víctimas de estímulos sensoriales y lograr que sufrieran alucinaciones y colaboraran.

La CIA ofreció este tipo de “manuales de tortura”, con técnicas de interrogación, a siete países latinoamericanos en los años ochenta. Brasil fue uno de ellos.

Un hallazgo bastante notorio ha sido el involucramiento de USAID (Agencia de EEUU para el Desarrollo Internacional) con la militarización policiaca en Brasil, incluso antes del golpe militar acaecido en 1964.

El entrenamiento impartido por el policía del FBI Dan Mitriori a la policía de Brasil en 1960, fue llevado a cabo bajo la supervisión de la agencia USAID.

Mitriori creía que la tortura era una modalidad de la ciencia y solía utilizar a “los sin techo” para que la policía de Belo Horizonte y Río de Janeiro practicara las técnicas de tortura más brutales, aprovechando las “partes vulnerables del cuerpo humano”.

La tortura se utilizaba para recolectar información, disuadir e intimidar, así como para diseminar el terror entre los grupos de la oposición.

Más adelante, después del golpe y establecido el régimen militar, el sistema de represión fue perfeccionado e institucionalizado.

Este no sólo se afianzó durante la dictadura, sino que continúa prevaleciendo entre la policía militar del Brasil con sus incontables casos de brutalidad y represión hasta el día de hoy.

El papel de la Escuela de las Américas (cuyo nombre fue cambiado al de Instituto del Hemisferio Occidental para la Cooperación en Seguridad en 2001) y de la militarización estadounidense en América Latina ha sido siempre proteger el estatus quo de las élites usando violencia y represión militar.

* Este artículo fue traducido del inglés al español por Anabel Torres. Ha sido editado por Pablo Ruiz.

 

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Documentos Adjuntos:

– Parte II, Las estructuras del Estado y las graves violaciones de los derechos humanos de la Comisión Nacional de la Verdad de Brasil (en portugués). El Informe completo lo puede ver en: http://www.cnv.gov.br

– Recomendamos leer: “Un comercio execrable: el comercio de la tortura” de Amnistía Internacional, Capitulo 5. Especialistas en tortura página 49 y La Escuela de las Américas página 51.