O pequeno mundo de Maluf e Cunha

Medo ou proibidos de viajar

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deusa justiça

A situação de Eduardo Cunha vai ficando parecida com a de Paulo Maluf, que se viajar para o exterior será imediatamente preso, pelo que os brasileiros qualificam de maneira leviana, protecionista e amenizadora de crime de colarinho branco – a arte de roubar dinheiro público ou receber propina, e jeitinho de pagar super super faturas de obras inacabadas e ser√iços fantasmas.

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In Wikipédia: “A carreira de Maluf é marcada por seguidas acusações por corrupção, entretanto contra ele não figura nenhuma condenação por prática de crimes na modalidade dolosa – onde há intenção de praticar delito – ou enriquecimento ilícito, o que o permite continuar disputando eleições, na visão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e do Tribunal Superior Eleitoral. No ano de 2005 foi preso preventivamente, acusado de lavagem de dinheiro e evasão de divisas, sendo posteriormente inocentado pelo Supremo Tribunal Federal por não haver base legal ou jurídica no processo.Em 2010, foi inserido na lista de procurados pela Interpol em razão de mandado expedido pela promotoria de Nova Iorque, que o acusa de movimentar ilicitamente milhões de dólares no sistema financeiro internacional sem justificativa fundamentada”.

Em 2005, o doleiro paranaense Alberto Youssef, que tem o maior bocão do mundo do crime, afirmou à sub-relatoria de movimentações financeiras da CPI dos Correios, que fez uma operação no exterior em favor de Paulo Maluf.

Youssef, contudo, não soube precisar o valor e a data em que a operação foi feita. Disse recordar apenas que teria envolvido entre US$ 1 milhão e US$ 2 milhões, e seria datada de 1996 ou 1997.

Com medo de ser preso, Cunha cancela viagem à Itália
Mario
Mario

por Luiz Müller


Cunha já foi citado por 5 delatores premiados da Lava Jato. E a justiça brasileira não faz nada. A mesma justiça, que por muito menos, ou até sem provas, manda prender petistas, se faz de cega, surda e muda quando se trata de adversários do PT e do Povo, como é o caso de Cunha.

Janot, Procurador Geral da República, já pediu a condenação dele a 184 anos de prisão por suas falcatruas. E a Justiça…nada.

Agora é a justiça da Suíça que encaminhou ao Brasil um inquérito que identifica milhões de dólares não declarados nas contas dele e de sua família. Não declarou aqui e não declarou lá. É óbvio que é dinheiro de maracutaia.

A mídia brasileira já vinha mostrando a dias, que Cunha ia viajar a Itália, como se não houvessem denúncias graves contra ele. A tranquilidade era total. Total, por que a vergonhosa justiça brasileira parece cega do olho direito.

Mas agora fica mais que evidente que o cara é mais sujo que pau de galinheiro. Tem medo de ir a Europa e ser preso por lá. Aí resolveu ficar por aqui, gozando da cara do povo brasileiro e justiça manca do Brasil.

Investigado pelo Ministério Público suíço, o presidente da Câmara dos Deputados cancelou viagem à Europa que faria nesta quinta-feira (1). Ele é acusado de ter recebido dinheiro ilegal de um lobista preso na Operação Lava Jato e, na Suíça, está sendo investigado por corrupção e lavagem de dinheiro

Paixão
Paixão

Do Portal Fórum – O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), estava com as malas prontas para viajar para a Itália na manhã desta quinta-feira (1) mas, de última hora, na noite desta quarta-feira (30), teve que cancelar o passeio. De acordo com o parlamentar, que comunicou a desistência da viagem após a última sessão no plenário da Câmara, a decisão se deu por conta do casamento do senador Romero Jucá (PMDB-RR), que acontece no sábado (3).

Tanto a viagem quanto o casamento, no entanto, já estavam marcados e Cunha sabia dos conflitos na agenda. A decisão de última hora de não viajar mais à Europa ocorreu no mesmo dia em que a Suíça enviou ao Brasil dados de contas secretas nas quais ele teria recebido dinheiro de forma ilegal. No país europeu, o deputado é investigado desde abril por corrupção e lavagem de dinheiro. No Brasil, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, informou que dará sequência às investigações suíças.

Entre parlamentares próximos a Cunha, estima-se que ele tenha desistido da viagem para não ganhar status de “foragido” e enfrentar a situação.

Autoridades brasileiras e suíças chegaram às supostas contas ilegais de Cunha no país europeu a partir do rastreamento bancário do lobista João Augusto Henriques, executivo ligado ao PMDB e preso no mês passado pela Operação Lava Jato.

Henriques chegou a afirmar, em delação premiada, que depositou dinheiro em uma conta do presidente da Câmara.

“O sujeito fica rico, bilionário, com fazenda, indústria, patrimônio e não acontece nada. E o coitado do honesto é execrado. É desolador.” Falta Justiça no Brasil

por Paulo Gama
e Daniel Roncaglia

pobre rico colono colonizado

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), fez ontem um discurso em tom de desabafo em que criticou a impunidade no Brasil e afirmou que o “povo não sabe de um décimo do que se passa contra ele” próprio.

“Se não, ia faltar guilhotina para a Bastilha, para cortar a cabeça de tanta gente que explora esse sofrido povo brasileiro”, afirmou.

O tucano fez o discurso no lançamento de um programa estadual que auxilia prefeituras a disponibilizar portais de acesso a informações públicas. Começou dizendo que grandes casos de corrupção foram descobertos por acidente. “O controle é zero.”

“O sujeito fica rico, bilionário, com fazenda, indústria, patrimônio e não acontece nada. E o coitado do honesto é execrado. É desolador.”

As críticas de Alckmin foram feitas em frente ao chefe do Ministério Público de São Paulo, Márcio Elias Rosa, e do corregedor-geral da Administração do Estado, Gustavo Ungaro, representantes dos dois principais órgãos paulistas de combate à corrupção.

A situação causou constrangimento entre aliados, já que o tucano não dirigiu suas críticas a uma esfera específica de Poder nem isentou o próprio governo dos ataques.

O governador não poupou sequer o programa que estava sendo anunciado. Criticou as fundações do governo que receberam para desenvolver o sistema. “Não deviam cobrar nada, isso é obrigação.”

Alckmin acusou também a existência de uma “grande combinação” que impede que dados sejam disponibilizados. “Salários, ninguém põe na internet, porque o sindicato pediu liminar. ‘Olha eu gostaria de pôr, mas a Justiça proibiu'”, ironizou.

O Legislativo de São Paulo, de maioria alckmista, se enquadra no ataque –não divulga salários por decisão judicial obtida por servidores.

Alckmin criticou ainda a morosidade do Judiciário. “A corrupção, o paraíso é o Judiciário. Todo mundo diz: ‘Na hora que for para Justiça vai resolver’. Vai levar 20 anos.”

Robert Garcia
Robert Garcia

[Nota do redator do blogue: Concordo. Compete ao Judiciário acabar com a corrupção. Só a Justiça pode condenar um ladrão de gravata bilionário, um ladrão de colarinho (de) branco milionário.

A Justiça no Brasil apenas encarcera os pobres.

Um décimo que o povo sabe justifica os protestos que começaram em algumas capitais. Protestos que não devem ser reprimidos com balas de borracha e gás lacrimogêneo.

O direito de expressar do povo indignado dever ser respeitado.

Prender manifestantes é terrorismo estatal.

É proibir a liberdade de expressão.]

 

rico pobre pobreza

Botaram nome difícil em ladrão das burras do Estado

dinheiro desvio governo indignados

Pobre é ladrão, rico é barão. Sempre foi assim para quem rouba o dinheiro público. O costumaz desvio. Peculato nome que lembra pecado, peculiaridade.

A imprensa não engana mais com a rotulação de crime de colarinho (de) branco. Partiu para outro jeitoso jeitinho maneiroso

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Brasil. Tráfico de animais rende três vezes mais que o de drogas

O MAIS RENDOSO NEGÓCIO DO CRIME ORGANIZADO DE COLARINHO BRANCO
O MAIS RENDOSO NEGÓCIO DO CRIME ORGANIZADO DE COLARINHO BRANCO

Um relatório divulgado pela organização internacional WWF conclui que o comércio ilegal de animais selvagens representa cerca de US$ 19 bilhões anuais (cerca de R$ 39 bilhões), fortalece as redes criminosas, compromete a segurança nacional e tem riscos para a saúde. Para a ONU é muito mais: Está avaliado entre US$ 25 bilhões a US$ 30 bilhões ao ano.

O  estudo da WYF realça que este comércio ilegal leva “muitas espécies já ameaçadas à extinção”.

De acordo com o relatório “Luta contra o tráfico ilícito da vida selvagem: uma consulta com os governos”, apresentado esta semana num encontro de embaixadores das Nações Unidas, em Nova Iorque, e hoje divulgado pela WWF, o comércio ilegal de animais selvagens ocupa o quarto lugar nas transações ilegais, depois da contrafação, da falsificação e do tráfico de seres humano.

Os lucros obtidos com o tráfico dos animais selvagens, no Brasil, desaparecem no ar. E são superiores ao de drogas, que rendem  R$ 1,4 bilhão por ano. Os de animais silvestres chegam a, aproximadamente, US$ 2 bilhões (R$ 4 bilhões). Esta é uma estimativa da Renctas (Rede Nacional de Combate ao Tráficos de Animais Silvestres). Considero pouco.

O Brasil, maior país da América Latina, com uma área de 8,5 milhões de km², é considerado a maior biodiversidade do planeta.

Possui 530 espécies de mamíferos, 1800 espécies de aves, 680 de répteis, 800 de anfíbios e 3000 espécies de peixes.

Segundo a ministra do Meio Ambiente, 627 espécies estão sob risco de extinção, o triplo de 15 anos atrás.

Escrevem Wagner de Cerqueira e Francisco Graduado:

Ameaças a André Caramante: Diretor do Estadão conta que Folha tem motivos para ficar em silêncio. O caso Ricardo Antunes

Como acontece nos tempos da ditadura militar: André Camarante, exilado para não morrer
Como acontecia nos tempos da ditadura militar: André Camarante, exilado para não morrer

Por que a imprensa apenas noticiou o press release da prisão do jornalista Ricardo Antunes, nos dias 5 e 6 de outubro último?

André Caramante está exilado. O silêncio da imprensa motivou a morte de vários jornalistas durante a ditadura militar.

Escreve Nathália Carvalho

O caso do repórter da Folha de S. Paulo, André Caramante, e a questão da segurança dos jornalistas no Brasil foi tema de discussão durante o seminário de comemoração dos 10 anos da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). Presente na ocasião, o diretor do Grupo Estado no Rio de Janeiro, Marcelo Beraba, disse que a Folha provavelmente tem motivos para não tornar ainda mais público o caso.Caramante virou assunto no final do evento quando Sérgio Gomes, diretor da Oboré, questionou os profissionais sobre a situação do jornalista que está fora do país por sofrer ameaças após fazer uma reportagem sobre o recém eleito vereador da capital paulista, Coronel Telhada (PSDB). Em resposta, Beraba, que já foi ombudsman da Folha, explicou que o veículo não deixaria de noticiar um fato como este se não houvesse motivo.”Entre todos os jornais, a Folha é a que mais tem postura de tornar público assuntos como este porque ela entende que essa é a melhor forma de agir. Mas, neste caso específico, eles têm tido atitude de se reservar e não é sem motivo”, argumentou o executivo do Grupo Estado.Da Universidade do Texas, Rosental Calmon Alves, que veio especialmente para o evento, compartilhou da mesma opinião e explicou que cada caso é um caso. “Às vezes vemos a situação de fora e achamos que não está sendo feito nada. Mas é muito importante ter cuidado ao criticar, porque às vezes faz parte da peculiaridade do caso”, disse. Ele explica que tornar público nem sempre é o melhor a se fazer. É exatamente assim que Fernando Rodrigues, jornalista da Folha de S. Paulo, pensa. “O ganho em ficar chamando a atenção para este episódio pode ser menos positivo para a segurança específica do profissional”, disse.

O evento, que foi realizado na manhã desta segunda-feira, 10, na Escola de Comunicação e Arte  da Universidade de São Paulo (ECA-USP), reuniu diversos estudantes e profissionais. Entre eles, o professor da USP Claudio Tognolli, Angelina Nunes (O Globo), Marcelo Moreira (TV Globo), e José Roberto Toledo (vice-presidente da Abraji).

Caso André Caramante

A história de André Camarante, que desenrola desde julho, ficou conhecida quando diversas pessoas começaram a ameaçar o jornalista pela publicação da matéria “Ex-chefe da Rota vira político e prega a violência no Facebook”, que denunciava Telhada. Depois disso, todos os textos assinados por Caramante passaram a ser bombardeados por comentários ameaçadores.

Com 34 anos, sendo 13 dedicados à cobertura de pautas nas áreas de segurança pública, Caramante conversou com a jornalista da revista Época, Eliane Brum, e deu detalhes sobre a situação. ” [Estou escondido] desde o início de setembro. Os advogados do jornal encaminharam às autoridades uma solicitação de investigação sobre as ameaças. Alterei completamente minha rotina e minha localização”, explicou.

Embora não esteja na redação, Caramante segue com o trabalho normalmente. “Não estar fisicamente na redação me causa impedimentos que são irrisórios frente à necessidade atual de garantia da integridade, minha e da minha família”, disse ele à Época.

 

Coronel Telhada, depois de estimular que seus seguidores ameaçassem André Caramante, o militar foi eleito em São Paulo
Coronel Telhada, depois de estimular que seus seguidores ameaçassem André Caramante, o militar foi eleito vereador em São Paulo. Conheça a bancada da bala 

Rio e São Paulo, cidades minadas. Quem explode mais?

Seis homens acusados de participar em explosões de pelo menos sete caixas eletrônicos no interior de São Paulo foram presos pela Polícia Civil na manhã desta terça-feira (11). Entre os detidos estão dois guardas municipais e um servidor público estadual, que trabalham em Holambra (133 km da capital).As investigações revelaram a participação de agentes públicos de segurança nos ataques.

No Rio de Janeiro, uma moto ficou completamente destruída após ser atingida pela explosão de um bueiro na tarde de hoje em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro. Ninguém ficou ferido. O motociclista estava parado em cima da tampa do bueiro aguardando o semáforo quando ocorreu a explosão.

Em Salvador, a polícia atira no povo para matar. Eta país desgovernado, desembestado.

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Crime. Quem combate lambaris não pega tubarão

Por que o crime está vencendo a polícia

por Luiz Flávio Gomes

 

O governo do Estado de São Paulo fez uma aposta: enfrentar o crime organizado por meio do combate violento conduzido pela Rota. O tiro saiu pela culatra, visto que 63% dos paulistanos reprova a política de segurança adotada (Datafolha). E o governador perdeu 11 pontos em sua avaliação ótimo/bom, na passagem de setembro para outubro deste ano (de 40% caiu para 29%).

São Paulo não está sabendo distinguir o crime organizado das organizações criminosas ostensivas, que atuam em nome do primeiro (a distinção é bem feita por Ricardo Balestreri). O crime organizado – diz o autor citado – não se confunde com as organizações criminosas ostensivas que atuam nas ruas, nas estradas e nas favelas, por meio de milhares de “soldados”.

O crime organizado é camuflado, clandestino, pouco ou nada visível; as organizações criminosas são ostensivas, servis, fragmentos operativos dos interesses daquele. As organizações criminosas são poderosas e normalmente violentas, ou seja, precisam ser combatidas (não há dúvida sobre isso), mas é necessário ter consciência que esse combate está sendo feito ao varejo, não ao atacado (não à inteligência do grupo). Enquanto se ataca somente o grupo ostensivo, o crime organizado nunca termina. Atacar os criminosos do Paraisópolis (SP) não significa atingir o crime organizado, que não reside aí.

Combater a filial não significa atacar a matriz. Guerrear com os lambaris não significa que serão alcançados os tubarões. As organizações criminosas são as longa manus dos verdadeiros crimes organizados, cujos integrantes raramente aparecem. Claro que devem ser investigadas e punidas, mas nunca se pode perder de vista que elas são apenas a linha de frente. Que o escritório (e a cabeça) de tudo está por trás. O colarinho branco não frequenta as favelas.

Aliás, o crime organizado não habita as favelas, não transporta drogas, não vai para dentro dos presídios (normalmente). Do crime organizado faz parte a elite, que quase nunca aparece. É ela que lava o dinheiro sujo, que faz negócios com os bancos “lavadores” (HSBC e Bank of America, recentemente flagrados), que abre contas internacionais, que gerencia os narcodólares, que se relaciona com os paraísos fiscais. É ela que abre também negócios lícitos, fazendo a mesclagem (lavagem) dos dinheiros (limpo e sujo), por meio do processo chamado mimetização.

O crime organizado é transversal, não paralelo, ou seja, ele atravessa os poderes constituídos, por meio da corrupção, tendo poder econômico para comprar políticos, policiais, juízes, fiscais, ministros etc. As organizações criminosas, distintamente, são prioritariamente paralelas, porque se colocam à margem do poder central (do comando). São mais operacionais que dominiais, ou seja, não possuem o domínio do fato, apenas operam, dentro dos territórios e da área delimitados.

Sua transversalidade é pequena, geralmente com policiais (que passam a fazer parte da organização ou dos benefícios dela). O crime organizado é difícil de ser combatido porque ele frequenta a cozinha do governante, o gabinete dos parlamentares, as salas dos ministérios, as representações da presidência da república etc.

As organizações criminosas ficam sempre encarregadas do “serviço” sujo, sanguinário, arrecadatório (arriscado). Por trás de tudo está o crime organizado. Que age em função do lucro, logo, normalmente com astúcia. Mas que conta, ademais, com enorme poder de fogo (e de ameaça), suficiente para intimidar quem apareça em sua frente.

O crime organizado tem alto poder de infiltração nas mais elevadas instituições públicas e privadas. Seu escopo é o lucro. Não existe crime organizado para fins benemerentes. Rapinar o dinheiro alheio, sobretudo o dinheiro público, é o esporte predileto do crime organizado, que é o que mais financia as campanhas dos políticos. Normalmente não aparece, tendo gente que executa para ele as atividades arriscadas e ostensivas. O crime organizado é o agente de trás.

Quando a polícia invade as favelas, promovendo espetáculos hollywoodianos, operações de “saturação” etc., está atrás das organizações criminosas, não do crime organizado. Muitos policiais acham que estão buscando o crime organizado (nessas operações). Nada mais equivocado. O criminoso organizado não está nas favelas.

Se compararmos as operações inteligentes da polícia federal com as operações pedestres das polícias estaduais (normalmente militares) vemos nitidamente a diferença. A polícia federal vai sempre atrás do crime organizado, que frequenta ministérios, parlamentos, gabinetes da presidência, palácios, grandes construtoras etc. A polícia estadual só consegue atacar, no máximo, as organizações criminosas filiais (os lambaris). Que não são desprezíveis (se sabe).

A polícia federal não fica “pedalando” portas em favelas, tiroteando. Não se trata de uma polícia sanguinária, nisso se distinguindo com clareza das demais polícias. Nas favelas e ruas das cidades não está o crime organizado, sim, as organizações criminosas. O crime organizado está oculto: sua forma de investigação e combate, portanto, é bem diferenciada.

Precisamos de muitas polícias federais para debelar o crime organizado. Enquanto isso não acontece, a população e a mídia vão se divertindo (ou se intimidando) com as operações de guerra pedestres contra as organizações criminosas ostensivas. O crime organizado está agradecido, enquanto não é devidamente investigado (com inteligência, neurônios e muita tecnologia de ponta).

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