Suíça abre investigação contra operadores do PMDB no esquema na Petrobras

Pelicano
Pelicano

A Suíça abriu investigações contra os operadores do PMDB no esquema de corrupção na Petrobras. À reportagem, o Ministério Público da Suíça confirmou que o lobista Fernando Falcão Soares, o Fernando Baiano, e João Augusto Henriques são alvo de “processos criminais” liderados pelo procurador-geral da Suíça, Michael Lauber.

Fernando Baiano foi preso em novembro de 2014 na Operação Juízo Final. Ele foi condenado a 16 anos e um mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. Na contratação de dois navios-sonda da Petrobras, em 2006 e 2007, Baiano e o então diretor de Internacional Nestor Cerveró teriam cobrado “comissão” de US$ 40 milhões — pelo menos US$ 5 milhões teriam sido entregues, segundo o Ministério Público, ao presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Em depoimento, Fernando Baiano confirmou as declarações do empresário Julio Camargo, de que o presidente da Câmara teria se beneficiado de um suborno de US$ 5 milhões.

Mário
Mário

O processo na Suíça também foi aberto contra João Augusto Henriques, apontado como outro operador de propina do PMDB no esquema e preso na 19ª fase da Lava Jato. Henriques revelou como eram as indicações políticas na Diretoria Internacional, cota do partido segundo as investigações da força-tarefa.

O Ministério Público da Suíça anunciou na semana passa que abriu investigações contra o ex-gerente da área Internacional da Petrobras Eduardo Musa, novo delator da Operação Lava Jato e que também citou o presidente da Câmara. Seus ativos já foram bloqueados e procuradores tentam traçar o destino e a origem do dinheiro que alimentou suas contas. Outros envolvidos também passaram a ser investigados, mas seus nomes têm sido mantidos em sigilo.

No Brasil, Musa fechou um acordo de delação premiada e indicou que chegou a ter US$ 2,5 milhões no banco Cramer. Ele admitiu ainda ter usado o Credit Suisse e o Julios Baer. Musa relatou ter ouvido que “quem dava a palavra final” em relação às indicações para a Diretoria Internacional da Petrobras era Eduardo Cunha. Segundo o delator, foi o próprio João Augusto Henriques, apontado como lobista do PMDB, que lhe revelou como eram as indicações políticas na área.

No total, a Suíça anunciou a existência de US$ 400 milhões (hoje, em torno de R$ 1,6 bilhão) bloqueados nas contas do país, entre eles o valor de Musa. Andre Marty, porta-voz do Ministério Público suíço, indicou que a investigação “foi aberta e que seus ativos foram congelados”.

A meta da investigação, agora, é saber quem recebeu e quem pagou as propinas às contas de Musa, além dos motivos pelos quais elas eram alimentadas. Uma das suspeitas é de que exista uma relação entre ele e a Odebrecht. Musa afirmou ao Ministério Público Federal que “por volta de 2008/2009″ conheceu o Bernardo Freiburghaus, apontado como operador de propinas da empreiteira Odebrecht no exterior. Ele disse que “acredita ter sido apresentado a Bernardo por Rogério Araújo, da Odebrecht”. Fontes: Estadão/ R7 Brasil

Sponholz
Sponholz

A pá de cal na carreira política de Aécio

por Luis Nassif

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[ESPOSA, FILHA, IRMÃO E MÃE DE AÉCIO NEVES ABRIRAM “OFFSHORE” EM LIECHENSTEIN. TUDO INDICA QUE A JUSTIÇA DIRÁ QUE AÉCIO “NÃO SABIA”, “NÃO ERA O TITULAR” E NÃO QUEIRA SABER A ORIGEM DO DINHEIRO]

A carreira política de Aécio Neves – ou ao menos suas pretensões de voltar a se candidatar à presidência da República – terminará nos próximos dias.

Sua declaração recente, apresentando o governador de São Paulo Geraldo Alckmin como o próximo candidato do PSDB, foi mais que um gesto de elegância: respondeu a uma avaliação realista do que o espera pela frente.

Não se sabe bem o que virá da Lava Jato.

Autoridade com acesso integral ao inquérito informa o seguinte:

Não há como conter vazamentos, que partem dos advogados, delegados e procuradores e do próprio juiz, que está dando publicidade a todos os depoimentos. Especificamente no caso da capa da Veja, o vazamento foi do advogado do doleiro Alberto Yousseff.

Até agora, os vazamentos foram seletivos, aliás “completamente seletivos”, diz ele. Quando o inquérito total vier à tona, haverá “bombas de hidrogênio”, supõe que envolvendo próceres da oposição. Não avançou sobre quem estaria envolvido, portanto não se sabe se a bomba atingirá Aécio ou não.

Mesmo que não atinja, o fantasma que persegue Aécio atende pelo nome de “ação penal 209.51.01.813801-0”.

Em 8 de fevereiro de 2007 foi deflagrada a Operação Norbert, visando apurar denúncias de lavagem de dinheiro na praça do Rio de Janeiro. Conduzida por três jovens brilhantes procuradores – Marcelo Miller, Fabio Magrinelli e José Schetino – foi realizada uma operação de busca e apreensão nos escritórios de um casal de doleiros do Rio de Janeiro.

No meio da operação, os procuradores se depararam com duas bombas.

A primeira, envolvia o corregedor do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Carpena do Amorim.

Carpena foi peça central no assassinato de reputação da juíza Márcia Cunha, trabalhando em parceria com a Folha de S. Paulo no período em que o jornal se aliou a Daniel Dantas. Coube a Carpena endossar um dossiê falso preparado por um lobista ligado a Dantas, penalizando uma juíza séria.

Ao puxar o fio da meada de uma holding, os procuradores toparam com Carpena. O caso foi desmembrado do inquérito dos doleiros, tocado pelo Ministério Público Federal do Rio de Janeiro e resultou na condenação do ex-juiz a três anos e meio de prisão.

O segundo fio foi puxado quando os procuradores encontraram na mesa dos doleiros uma procuração em alemão aguardando a assinatura de Inês Maria, uma das sócias da holding Fundação Bogart & Taylor – que abriu uma offshore no Ducado de Lichtenstein.

Os procuradores avançaram as investigações e constataram que a holding estava em nome de parentes de Aécio Neves: a mãe Inês Maria, a irmã Andréa, a esposa e a filha.

Como o caso envolvia um senador da República, os três procuradores desmembraram do inquérito principal e encaminharam o caso ao então Procurador Geral da República Roberto Gurgel. Foi no mesmo período em que Gurgel engavetou uma representação contra o então senador Demóstenes Torres.

O caso parou na gaveta de Gurgel.

No próximo mês deverá ser apreciado pelo atual PGR Rodrigo Janot. Há uma tendência para que seja arquivado. Alega-se que Aécio não seria titular da conta – que está em nome de familiares – mas apenas beneficiário. Certamente não se levantará a versão jabuticaba da “teoria do domínio do fato”, desenvolvida pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Arquivado ou não, certamente será a pá de cal nas pretensões políticas de Aécio.

Imagem do google simbolizando cena típica do então PGR Roberto Gurgel
Imagem do google simbolizando cena típica do então PGR Roberto Gurgel
O casamento da mãe de Aécio

Comentário de Clever Mendes de Oliveira

Luis Nassif,

O problema desta história de dinheiro no estrangeiro da família de Aécio Neves é porque quem a propaga desconhece a particularidade do casamento de Inês Maria, a mãe de Aécio Neves, com o banqueiro Gilberto Faria, filho do fundador do Banco da Lavoura, Clemente Faria.

O Banco da Lavoura foi o maior banco do país no final da década de 40 e do Banco da Lavoura surgiram dois bancos, o Banco Real com Aloysio Faria e que depois foi incorporado pelo ABN AAMRO que depois foi vendido para o Santander e o Banco Bandeirantes com Gilberto Faria. Gilberto Faria era pai de Clemente Faria Neto que faleceu em 12/07/2012 em um acidente aéreo e era grande empresário dividindo com o irmão Gilberto Faria Júnior a direção de um grupo empresarial que reunia cerca de 20 empresas entre elas a Minasmáquinas, revendedora de caminhões, máquinas pesadas e automóveis de luxo da marca Mercedes-Benz, e das rádios Alvorada, em Belo Horizonte, Sulamérica Paradiso, do Rio, e Jovem Pan, de Santos. Além disso, Clemente Faria Neto antes do segundo casamento dele fora casado com Ângela Gutierrez. Não é de se estranhar que o grande empresariado brasileiro se encaminhou para apoiar Aécio Neves. E é interessante ver que esses empresários todos investem em meios de comunicação. O pai de Clemente Faria Neto, Gilberto Faria, padastro de Aécio Neves era dono (ou detinha parte) da Transamérica.

Enfim, os milionários não são muito de abrir mão do dinheiro de seus antepassados, mas os quase trinta anos de casamento da mãe de Aécio Neves com o banqueiro Gilberto Faria e que perdurou até a morte do banqueiro em 01/10/2008 formaram vínculo forte para permitir essas contas ainda mais em um paraíso fiscal como é o do Ducado de Linchestein.

O problema de Aécio Neves será permanecer durante quatro anos apresentando atestado de bom comportamento. E não basta isso para o sucesso dele. É preciso que o PT fracasse no segundo governo da presidenta Dilma Rousseff [Transcrevi trechos. T.A.]

BH, 02/01/2015

aécio corrupção mídia

O pequeno mundo de Maluf e Cunha

Medo ou proibidos de viajar

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deusa justiça

A situação de Eduardo Cunha vai ficando parecida com a de Paulo Maluf, que se viajar para o exterior será imediatamente preso, pelo que os brasileiros qualificam de maneira leviana, protecionista e amenizadora de crime de colarinho branco – a arte de roubar dinheiro público ou receber propina, e jeitinho de pagar super super faturas de obras inacabadas e ser√iços fantasmas.

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In Wikipédia: “A carreira de Maluf é marcada por seguidas acusações por corrupção, entretanto contra ele não figura nenhuma condenação por prática de crimes na modalidade dolosa – onde há intenção de praticar delito – ou enriquecimento ilícito, o que o permite continuar disputando eleições, na visão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e do Tribunal Superior Eleitoral. No ano de 2005 foi preso preventivamente, acusado de lavagem de dinheiro e evasão de divisas, sendo posteriormente inocentado pelo Supremo Tribunal Federal por não haver base legal ou jurídica no processo.Em 2010, foi inserido na lista de procurados pela Interpol em razão de mandado expedido pela promotoria de Nova Iorque, que o acusa de movimentar ilicitamente milhões de dólares no sistema financeiro internacional sem justificativa fundamentada”.

Em 2005, o doleiro paranaense Alberto Youssef, que tem o maior bocão do mundo do crime, afirmou à sub-relatoria de movimentações financeiras da CPI dos Correios, que fez uma operação no exterior em favor de Paulo Maluf.

Youssef, contudo, não soube precisar o valor e a data em que a operação foi feita. Disse recordar apenas que teria envolvido entre US$ 1 milhão e US$ 2 milhões, e seria datada de 1996 ou 1997.

Com medo de ser preso, Cunha cancela viagem à Itália
Mario
Mario

por Luiz Müller


Cunha já foi citado por 5 delatores premiados da Lava Jato. E a justiça brasileira não faz nada. A mesma justiça, que por muito menos, ou até sem provas, manda prender petistas, se faz de cega, surda e muda quando se trata de adversários do PT e do Povo, como é o caso de Cunha.

Janot, Procurador Geral da República, já pediu a condenação dele a 184 anos de prisão por suas falcatruas. E a Justiça…nada.

Agora é a justiça da Suíça que encaminhou ao Brasil um inquérito que identifica milhões de dólares não declarados nas contas dele e de sua família. Não declarou aqui e não declarou lá. É óbvio que é dinheiro de maracutaia.

A mídia brasileira já vinha mostrando a dias, que Cunha ia viajar a Itália, como se não houvessem denúncias graves contra ele. A tranquilidade era total. Total, por que a vergonhosa justiça brasileira parece cega do olho direito.

Mas agora fica mais que evidente que o cara é mais sujo que pau de galinheiro. Tem medo de ir a Europa e ser preso por lá. Aí resolveu ficar por aqui, gozando da cara do povo brasileiro e justiça manca do Brasil.

Investigado pelo Ministério Público suíço, o presidente da Câmara dos Deputados cancelou viagem à Europa que faria nesta quinta-feira (1). Ele é acusado de ter recebido dinheiro ilegal de um lobista preso na Operação Lava Jato e, na Suíça, está sendo investigado por corrupção e lavagem de dinheiro

Paixão
Paixão

Do Portal Fórum – O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), estava com as malas prontas para viajar para a Itália na manhã desta quinta-feira (1) mas, de última hora, na noite desta quarta-feira (30), teve que cancelar o passeio. De acordo com o parlamentar, que comunicou a desistência da viagem após a última sessão no plenário da Câmara, a decisão se deu por conta do casamento do senador Romero Jucá (PMDB-RR), que acontece no sábado (3).

Tanto a viagem quanto o casamento, no entanto, já estavam marcados e Cunha sabia dos conflitos na agenda. A decisão de última hora de não viajar mais à Europa ocorreu no mesmo dia em que a Suíça enviou ao Brasil dados de contas secretas nas quais ele teria recebido dinheiro de forma ilegal. No país europeu, o deputado é investigado desde abril por corrupção e lavagem de dinheiro. No Brasil, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, informou que dará sequência às investigações suíças.

Entre parlamentares próximos a Cunha, estima-se que ele tenha desistido da viagem para não ganhar status de “foragido” e enfrentar a situação.

Autoridades brasileiras e suíças chegaram às supostas contas ilegais de Cunha no país europeu a partir do rastreamento bancário do lobista João Augusto Henriques, executivo ligado ao PMDB e preso no mês passado pela Operação Lava Jato.

Henriques chegou a afirmar, em delação premiada, que depositou dinheiro em uma conta do presidente da Câmara.

O Globo disse que Veja disse que Youssef disse que Pansera era pau mandado. O protegido doleiro nunca citou o nome do deputado. E a esposa foi presa com 200 mil euros na calcinha

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Do ministério de notáveis de Dilma Rousseff constará Celso Pansera, na pasta de Ciência e Tecnologia. Celso Pansera é o “pau mandado” que intimidou a família de Alberto Youssef, segundo o próprio doleiro, a mando de Eduardo Cunha.

As outras credenciais de Celso Pansera para a Ciência e Tecnologia são igualmente altíssimas: ele é dono de um restaurante “self-service”, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

O nome do restaurante é Barganha. In O Antagonista

PANSERA DEIXOU PSB DE MARINA SILVA PARA VOTAR EM DILMA

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Carreira presidencial, Reginaldo Moreira
Carreira presidencial, Reginaldo Moreira

Nascido em São Valentim (RS), Pansera é um dos seis filhos de agricultores. Aos 26 anos, mudou-se para o Rio. Foi filiado ao PT, que deixou em 1992 para aderir ao grupo que fundou o PSTU. Pansera é dono de um restaurante em Caxias, o Barganha. “Achei o nome no dicionário. É um self-service.” Também dá aulas voluntárias de Português para carentes.

Quando o PSTU ganhou a direção do Sindicato dos Bancários em Caxias, do qual foi assessor, passou a militar na Baixada. Em 1998, trabalhou para a reeleição do então deputado federal do PSB Alexandre Cardoso, hoje prefeito da cidade. “Essa proximidade era incômoda. Isso abriu um fosso do ponto de vista ideológico e programático que acabou com a saída dele do PSTU”, disse Cyro Garcia, presidente do PSTU-RJ.

Cardoso e Pansera deixaram o PSB quando Eduardo Campos lançou-se candidato a presidente, e Pansera aderiu ao PMDB, que tem como seus partidários Cunha, Michel Temer e Renan Calheiros.

VEJA QUE A VEJA MENTIU MAIS UMA VEZ

veja doleiro

O deputado Celso Pansera (PMDB-RJ) afirmou ao G1 que não faz “sentido” dizer que é “pau mandado” do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na CPI da Petrobras.

Em depoimento à Justiça Federal do Paraná, o doleiro Alberto Youssef afirmou que está sendo alvo de intimidação por um deputado federal que integra a comissão de inquérito.

Youssef não identificou o parlamentar, mas disse que é um “pau mandado” do presidente da Câmara. O doleiro contou ao juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância, que o deputado tem feito intimidações as suas filhas e a sua ex-mulher.

Depois do depoimento, o site da revista Veja noticiou que Youssef se referia ao deputado Pansera.

A Veja é costumeira na rendosa mitomania, síndrome de Wallace, compulsão em mentir, em criar pseudologia fantástica como propaganda política. Não é um mentir patológico, que é um transtorno psicológico, mas por negociar notícias, transformando a imprensa em um balcão de negócios.

Na sexta (17), Pansera divulgou nota para dizer que, em nenhum momento, fez uso de sua condição de integrante da CPI da Petrobras para ameaçar ou pressionar familiares do doleiro Alberto Youssef.

Celso Pansera protocolou duas vezes na CPI requerimentos pedindo a quebra do sigilo bancário da ex-mulher e de duas filhas de Youssef. Para os advogados do doleiro, as solicitações foram uma forma de intimidá-lo.

“Isso não tem nenhum sentido. Eu faço [os requerimentos para a família do Youssef] porque a minha consciência fala para eu fazer. Ele [o doleiro] já fez delação perante a Justiça antes. É uma pessoa em que não se pode confiar”, disse Pansera ao G1

Alberto Youssef é um blindado intocável. Teve ou tem pra lá de cem empresas, e nenhuma delas foi investigada. Que é dono de empresas que funcionavam e desapareceram no ar, outras que estão em plena atividada, além das empresas fantasmas e de fachada. Para completar casou com uma conhecida doleira de traficantes de drogas.

Nasceu em Londrina em 6 de outubro de 1967. Faltam quatro dias para ele dar uma baita festa de aniversário.

Youssef ficou conhecido com o caso do Baneestado, quando teve sua primeira delação premiada concedida pelo juiz Moro, seu velho conhecido.

Mas as atividades criminosas de Youssef começaram como contrabandista.

In Wikipédia: “O nome Youssef sugere que sua família tenha vindo do Oriente Médio. Pois o seu nome é comum a judeus, curdos, coptas e árabes.

Quando pequeno, Youssef vendia salgados nas ruas de Londrina. Quando ainda adolescente, virou sacoleiro, trazendo mercadorias do Paraguai para revender no Brasil, sendo detido cinco vezes com muamba. Foi acusado de comprar em Ciudad del Este produtos encomendados e enviava-os pelos correios aos clientes. Na década de 90 Youssef teve ainda uma casa de câmbio na rua Pará, em Londrina”.

Note bem: apesar de detido cinco vezes pela polícia, abre uma casa de câmbio, dando início sua lucrativa e proveitosa profissão de doleiro.

OUTRAS PASSAGENS PELA POLÍCIA E PELA JUSTIÇA
Paixão
Paixão

In Wikipédia: Em 2002 veio à tona o caso do Banestado, onde o banco foi privatizado, sendo comprado pelo Itaú. O Banestado serviu para enviar irregularmente para o exterior US$ 30 bilhões. Era Youssef que administrava as contas CC5 (de não residentes) que eram utilizadas para essas remessas. Youssef foi condenado e admitiu ter movimentado US$ 5 milhões ilegalmente. Ainda em 2002, Youssef foi flagrado acompanhando um pagamento total de R$ 39,6 milhões da Companhia Paranaense de Energia (Copel) numa agência do Banco do Brasil em Curitiba. Segundo o Ministério Público (MP) do estado do Paraná e da Procuradoria Geral do Estado, os recursos se referiam à compra de créditos de ICMS de uma empresa falida, a Óleos e Vegetais Paraná S/A (Olvepar). A transação teve autorização de Ingo Henrique Hubert, então secretário da Fazenda. Youssef e outros envolvidos foram denunciados pelo MP por formação de quadrilha.

JAMAIS TEVE OS SIGILOS QUEBRADOS

gato sete vidas

Protegido da justiça, da polícia, da mídia, como recompensa pelos serviços prestados, Youssef continua intocável como uma virgem. Ele protege a esposa doleira e vários doleiros associados.

Quem vai quebrar o sigilo bancario? Quem vai quebrar o sigilo fiscal? Quem ousa saber das contas de Youssef abertas no exterior?

lava jato doleiro petrobras

— O Banestado foi a catapulta para Youssef se firmar como o maior doleiro do país. Ele saiu praticamente quebrado e se recuperou rapidamente. Hoje, todos os doleiros giram ao redor dele — afirma o então promotor Luiz Fernando Delazari, um dos primeiros a denunciá-lo, 10 anos atrás.

ZH – As acusações contra Youssef se avolumam. Encabeçou uma lista de réus da Operação Lava-Jato. Entre outros crimes, é acusado de cometer 3.649 vezes o de evasão de divisas. Entre 2011 e 2013, remeteu para o Exterior cerca de US$ 450 milhões. O dinheiro, de acordo com as investigações, saia do país para pagamentos de importações fictícias de empresas operadas por laranjas.

Segundo a PF, o dinheiro movimentado pelo doleiro circula no submundo do crime, envolve tráfico internacional de drogas e até contrabando de diamantes de uma reserva indígena em Mato Grosso.

Entre seus comparsas estão Maria de Fátima Stocker — braço financeiro de uma organização que fornecia cocaína para a máfia italiana, desmontada pela PF em março, e Nelma Kodama, que aparece em grampos como “Cameron Díaz”, presa com US$ 200 mil na calcinha, quando embarcava para Milão.

QUE NEGOÇÃO PEGA COM 200 MIL EUROS PAGA 15 MIL REAIS DE FIANÇA

Justiça fixa fiança de R$ 15 mil para doleira presa com 200 mil euros na calcinha.
Nelma Kodama, alvo da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, foi denunciada por tentativa de evasão de divisas.

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por Fausto Macedo


A Justiça Federal em São Paulo fixou fiança de R$ 15 mil para a doleira Nelma Mitsue Penasso Kodama, presa em flagrante no aeroporto internacional de São Paulo, em Guarulhos, quando embarcava para Milão, na Itália, com 200 mil euros escondidos dentro da calcinha.

Se Nelma depositar os R$ 15 mil ela ficará livre do flagrante e terá sua prisão revogada neste caso em que foi denunciada pela Procuradoria da República por tentativa de evasão de divisas. Mas ela responderá ao processo criminal na Justiça e os 200 mil euros continuam confiscados judicialmente.

A AMANTE DO DOLEIRO VIRA CAPA DA PLAYBOY

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Logo após ser preso em março de 2014, pela Operação Lava Jato, o doleiro Alberto Youssef pegou o telefone e mandou uma mensagem. Do outro lado da linha, quem recebeu o comunicado da prisão foi Taiana de Sousa Camargo, de 30 anos.

De salto alto e coberta por notas de dólares, a ex-amante do doleiro estampa a capa da revista Playboy de janeiro posando em quartos de hotel e jatinhos particulares. À publicação, ela contou que foi “a primeira pessoa para quem ele mandou uma mensagem quando foi preso”.

“Ele nunca mais me ligou depois daquela mensagem. Acho que ele primeiro pensou em se preservar. Fiquei magoada”, disse Taiana.

O romance começou em 2009 após Taiana se mudar para São Paulo, para trabalhar com vendas. Ela conta que foi apresentada a Youssef por uma amiga em comum e que o contato entre os dois se tornou frequente até se transformar em um tórrido caso de amor.

De acordo com a Polícia Federal, que quebrou o sigilo telefônico do doleiro, entre 2010 e 2013 eles se falaram ao telefone por 10.222 vezes. Ela conta que, durante o relacionamento, tomou conhecimento sobre casos de corrupção envolvendo o doleiro. In Contexto Livre

charge-calcinha 200 mil euros

“La libertad de prensa y la verdad en Grecia están siendo procesadas”

O Brasil tem sua lista de traficantes de moedas. Basta pesquisar no noticiário das operações da Polícia Federal. Operações que terminam em pizza. Tanto que o STF acaba de inocentar um marqueteiro político que recebeu dinheiro do PT, no exterior, por serviços prestados no Brasil: a campanha de Lula a presidente.

O jornalista que denunciar os milionários sonegadores do Brasil também será preso. Diferente de Kostas Vaxevanis jamais seria consagrado um herói nacional. Seria, sim, considerado um renegado pela grande imprensa. O precedente da prisão de Ricardo Antunes é bem exemplar. Não importa se chantageou. As denúncias que fez precisam ser investigadas já!  Tem Ricardo Antunes uma notícia de um milhão de dólares.

El periodista Kostas Vaxevanis a su llegada a la Fisalía de Atenas. Reuters. A prisão de Ricardo Antunes foi secreta
El periodista Kostas Vaxevanis a su llegada a la Fisalía de Atenas. Reuters. A prisão de Ricardo Antunes foi secreta

Kostas Vaxevanis, el periodista que publicó este sábado en la revista Hot Doc la lista con los datos de 2.059 ciudadanos griegos que tienen presuntamente cuentas bancarias en Suiza, dondre habrían estado evadiendo impuestos, declaró esta mañana ante la Fiscalía de Atenas, que pretende imputarle un delito de violación de la privacidad.

A su salida del Tribunal, Vaxevanis, que para muchos griegos se ha convertido en una especie de héroe nacional, dijo que “sólo cumplía con mi trabajo en el nombre del interés general. Periodismo es revelar la verdad cuando el resto del mundo está intentando ocultarla“. Vaxenavis, que es redactor jefe de Hot Doc, fue detenido el domingo y la pena que podría esperarle ronda los dos años de prisión.

La lista publicada por la revista es la conocida como ‘lista Lagarde’, una base de datos que en 2010, la entonces ministra francesa de Finanzas, Christine Lagarde, entregó a las autoridades griegas para perseguir a las personas con capitales evadidos en Suiza. Los nombres formaban parte de las listas que entregó a las autoridades de Francia el exinformático del HSBC en Ginebra, Hervé Falciani, hoy detenido en España y pendiente de su extradición. Leia mais 

Dólares brasileiros no exterior explicam a desigualdade no país

por  Pedro do Coutto

James Henry, economista chefe da Consultoria Internacional McKinsey, divulgou levantamento sobre os depósitos, senão totalmente ilegais, pelo menos irregulares, de empresas brasileiras e de brasileiros no exterior, que atingem nada menos de 520 bilhões de dólares. A reportagem, da Sucursal de Brasília, não assinada pessoalmente, saiu na edição da Folha de São Paulo de segunda-feira 23. Incrível o montante, quase inacreditável o volume de dinheiro.

Calcula a McKinsey que a torrente de recursos corresponda a vinte por cento do Produto Interno Bruto do Brasil previsto para este ano. Talvez não chegue a vinte por cento, mas seguramente oscila em torno de algo fantástico. Podemos, inclusive, para fornecer uma nítida ideia de valor, que 1 trilhão de reais representam quase a metade do orçamento do país em 2-12. Dimensiona melhor a questão.

E vale acentuar que o programa de investimentos do governo federal até o final deste exercício foi projetado na escala de apenas 107 bilhões de reais, incluindo a atuação das empresas estatais. Fora do nosso território existe portanto, em nível financeiro, a metade da lei de meios nacional.
Tais depósitos, é evidente, são fruto de sonegação fiscal e evasão de divisas remetidas por doleiros através do tempo para paraísos fiscais. Impressiona. Porque o Banco Central possui o monopólio do câmbio, me informa o economista Gilberto Paim. Os operadores em moedas estrangeiras têm que se encontrar registradas no BC e por ele habilitados.

A impressão é que existe uma acomodação para supor o mínimo. O sistema bancário possui fortíssima blindagem. Vá alguém deixar de pagar uma dívida. Não tem cabimento que o rigor natural para com os devedores não seja estendido aos aproveitadores de situações. Não há desculpa. O quadro técnico do Banco Central é altamente competente.

Mas esta é outra questão. O mais revoltante é que a exportação ilegal de dinheiro significa o sangramento das contas nacionais, a exploração do trabalho humano, aqui dentro, a manutenção de milhões de pessoas na pobreza. Dinheiro não falta para projetos de desenvolvimento econômico e social. Falta é a sua correta localização. Dentro de nossas fronteiras. A evasão de divisas representa também o financiamento para o surgimento de empregos fora do país. No exterior. E uma coisa é evidente: a maioria das remessas é ilegal. Pois se legal fosse, não haveria motivo para que esse enriquecimento deixasse de ser brasileiro. São remessas de comissões em cima de comissões, de superfaturamentos, de escape da incidência do Imposto de Renda.

Imposto de Renda, eis aí. Todos os anos, o Banco Central publica uma circular no Diário Oficial da União dando prazo para que os brasileiros que possuem contas e bens no exterior forneçam os respectivos saldos e levantamentos. E determina também que, de doze em doze meses, os totais sejam atualizados. Tudo fica no papel. Ninguém dá bola.

Porque se os titulares dos depósitos e bens levassem a sério a determinação, teriam que aparecer os 520 bilhões de dólares a que se referiu a Consultoria McKinsey. James Henry, inclusive, disse ter chegado a essa conta após cruzamento de informações do FMI, do Banco Mundial e de governos de países onde se encontra a fabulosa fortuna, algo das mil noites. Inebria e entontece, como no verso da valsa famosa.

O dramático é que, enquanto 520 bilhões de dólares brasileiros escapam da economia nacional, bilionários cruzam os céus do mundo em aviões particulares. Falta saúde, saneamento básico, educação e segurança. Sobram recursos que voaram (e continuam voando) lá para fora.

Brasil, paraíso dos traficantes de moedas. O roubado berço esplêndido

Brasil tem a quarta maior fortuna do mundo em paraísos fiscais
Detalhes

Os super-ricos brasileiros detêm o equivalente a um terço do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas produzidas do País em um ano, em contas em paraísos fiscais espalhados pelo mundo, livres de tributação. Trata-se da quarta maior quantia do planeta depositada nesta modalidade de conta bancária. O País só perde da China, Rússia e Coreia do Sul.

A informação foi revelada ontem em um estudo inédito, que chegou a valores depositados nas chamadas contas offshore sobre as quais as autoridades tributárias dos países não têm como cobrar impostos. O levantamento mostra que os super-ricos brasileiros somaram até 2010 cerca de US$ 520 bilhões (ou mais de R$ 1 trilhão) em paraísos fiscais espalhados pelo mundo.

 

“As elites fazem muito barulho sobre os impostos cobrados delas, mas não gostam de pagar impostos”, observa Christensen. “No caso do Brasil, quando vejo os ricos brasileiros reclamando de impostos, só posso crer que estejam blefando. Porque eles remetem dinheiro para paraísos fiscais há muito tempo”, acrescenta. Leia mais