Paraíso brasileiro do HSBC: Imprensa não revela nomes dos traficantes de moedas

Colunista do Telegraph abandona jornal, denunciando “fraude” na cobertura do caso Swissleaks

 

No Brasil, os colunistas econômicos vão ficar caladinhos. Primeiro que no HSBC está uma parte [mínima] das propinas das privatizações de Fernando Henrique.  E mais os dólares do tráfico de moedas, de diamantes, de ouro, de nióbio e de safadezas outras jamais investigadas.

Mas a censura dos barões da mídia começa nos países que guardam o dinheiro sujo. Que a imprensa separa em duas categorias:

1. Sonegadores da Europa e dos Estados Unidos, que praticaram apenas sonegação, crimes que não sujam as mãos de suor, sangue, lágrimas, esperma e outras secreções, imundícies próprias de corpos mestiços, e classificados pelas cores negra, amarela e parda das espécies nativas da África, América Latina e Ásia.

2. Corrupção do judiciário, do legislativo, do executivo e traficantes de órgãos, de drogas, de armas, de prostitutas, de escravos, como se a podridão apenas existisse no Terceiro Mundo.

Lá na União Européia e nos Estados Unidos da América do Norte tudo tem cor e cheiro, menos o dinheiro.

Peter Oborne, principal comentador político do Telegraph, abandonou o jornal e denunciou que os jornalistas – seus colegas de redação – foram impedidos de investigar o HSBC devido a contratos de publicidade.

No Brasil, não existe cobertura jornalística porque os barões da imprensa estão envolvidos. Revela a revista Veja, sem destaque, os nomes de apenas dois clientes do HSBC: Lilly Safra, matriarca da família dona do banco Safra, e os Steinbruch, que controlam a Companhia Siderúrgica Nacional.

A família Marinho e sonegadores associados escondem os próprios crimes acusando outras pessoas como despiste

Para engambelar, e omitir os próprios crimes é costume do grupo criminoso Globo acusar os outros

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Para desorientar, o monopólio do Grupo Globo – jornais, televisões, rádios e outros meios de comunicação de massa – costuma criar bodes expiatórios, bois de piranhas nos seus balões de ensaio, no seu noticiário marrom de meias-verdades.

Esta uma tática comum dos barões da mídia, que construíram seus impérios na ditadura militar e na banca dos negócios para estender o mandato de quatro para oito anos de Fernando Henrique, que fez um congresso vendido legislar a reeleição presidencial.

Um crime parecido com a criação da Lei Fleury, para proteger a polícia que tortura e mata, hoje representada pela bancada da bala; da Lei da Bengala, para aumentar cinco anos na aposentaria compulsória do golpista Gilmar Mendes.

O Brasil BBB é assim: para o tudo como dantes no quartel de Abrantes há sempre um safado jeitinho de criar uma Lei que proteja as castas, que beneficie as elites, o entreguismo, o colonialismo, o capitalismo predador, os latifúndios da lavoura de exportação, as privatizações da pirataria, os traficantes de moedas.

globo ontem e hoje

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Por que a dívida da Globo não é manchete de jornal?

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O que descobriríamos se os jornalistas brasileiros fossem atrás das denúncias de sonegação que envolvem grandes grupos de comunicação e que não viram notícia no país?

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FHSBC zelotes Globo

Por Bruno Marinoni*

Carta Capital – “Siga o dinheiro”, aconselhava William Mark Felt, o “garganta profunda”, aos jovens jornalistas que, nos anos 70, revelaram todo um esquema de espionagem e corrupção no interior da Casa Branca. O que não descobriríamos então se os jornalistas da mídia brasileira investigassem, por exemplo, a denúncia de que a Globo deve mais de R$ 600 milhões aos cofres públicos porque sonegou o imposto decorrente da compra dos direitos de transmissão da Copa de 2002?

O caso, que já vinha sendo anunciado há algum tempo, ganhou novo capítulo no último dia 17 de julho, quando 29 páginas do processo na Receita Federal contra a Globo foram divulgados em um blog na internet. A emissora teria usado 10 empresas criadas em paraísos fiscais para esconder a fraude. Com o esquema, o sistema Globo teria incorrido em simulação e evasão fiscal. O imposto sobre importâncias enviadas para o exterior para aquisição de direitos de transmissão no caso da empresa beneficiária estar sediada em paraísos fiscais seria de 25%, se fosse pago.

E se os jornalistas da nossa mídia fossem, por outro exemplo, atrás do papel que a Igreja Universal, milionária e com isenção fiscal por se tratar de uma entidade religiosa, cumpre no financiamento da Record? Uma matéria intitulada “Macedo nega uso do dinheiro da igreja na compra de TV”, publicada na Folha de São Paulo, em setembro de 1998 (quando a emissora não era ainda uma competidora de peso), afirmou que investigações da Receita resultaram em uma multa de R$ 265 milhões ao grupo. A maior parte do pagamento, ou R$ 118 milhões, coube à Record; outros R$ 98 milhões, à própria Igreja Universal, e mais R$ 6 milhões, a Edir Macedo. Esses valores se refeririam a autuações e multas por sonegação fiscal e outras irregularidades.

Além disso, a imprensa já veiculou algumas vezes que a Igreja Universal compraria a faixa da madrugada da TV Record, que tem baixíssima audiência, por um preço muito acima do mercado. Todavia, até onde sabemos, nada foi feito para resolver essa questão.

Em 2010, foi a vez de Sílvio Santos, dono do SBT, se envolver em um escândalo de fraude fiscal, uma dívida de R$ 3,8 bilhões. O evento não se relacionava diretamente com os meios de comunicação, e sim com seu banco, o “Panamericano”. O dono da empresa, porém, empenhou todo o seu patrimônio, inclusive seus canais de TV, como garantia de que a dívida seria sanada.

Quando poucos grupos controlam os meios de comunicação, quando há concentração do poder midiático é fácil criar um bloqueio a informações desfavoráveis aos donos da mídia por meio de uma estratégia “positiva”: preenchendo-se a agenda de temas discutidos pela sociedade com uma série de assuntos que não atinjam os interesses daqueles que controlam os canais de comunicação.

Escândalos de corrupção e desvio de dinheiro público são sempre matérias na nossa imprensa, mas qual a seleção de casos que é feita? O que fica de fora? Quem fica de fora dessas páginas? Se há um grande número e diversidade de atores dirigindo os meios de comunicação, maior a possibilidade de nos relacionarmos com canais suficientemente independentes para nos fornecer informações de interesse público. Mas isso é algo em falta no Brasil.

* Bruno Marinoni é repórter do Observatório do Direito à Comunicação, doutor em Sociologia pela UFPE e integrante do Intervozes.

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Via CPMF polícia federal descobriu os grandes sonegadores

CURITIBA
CURITIBA
PORTO ALEGRE
PORTO ALEGRE

Por que os tucanos hoje são contrários a CPMF criada na administração do ex-presidente Fernando Henrique, do PSDB, que governou aliado ao PFL – atual DEM, que na época também era favorável à cobrança?
Comportamento estranho

Em uma audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, em 8 de agosto de 2007, com a participação do advogado-geral da União, José Antônio Toffoli; do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Paulo Brossard, e do representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de São Paulo, Antônio Carlos Rodrigues do Amaral, o deputado Carlito Merss (PT-SC) considerou estranho que parlamentares do PFL e do PSDB queiram acabar com a CPMF. “Foi uma das boas coisas que o governo FHC deixou. A CPMF é um dos impostos mais justos do país, pois é voltado para a saúde pública. Somente os traficantes e os sonegadores de impostos são contrários à manutenção deste imposto”, afirmou.

Safadeza da imprensa

Na época, José Eduardo Cardozo destacou a CPMF como importante mecanismo de fiscalização nas transações bancárias, que tem sido usado no combate à sonegação fiscal. De acordo com o parlamentar, cerca de 99% das investigações da Polícia Federal é resultado do cruzamento das informações da CPMF.

Por que antigos defensores da CPMF, hoje realizam um combate de vida e morte? Os barões da mídia mudaram de lado. Obviamente, os principais inimigos da CPMF são os grandes sonegadores e traficantes de moedas para os paraísos fiscais.

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A bandidagem da sonegação e do tráfico de moedas nunca foi presa. Vive no paraíso

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O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) respondeu à crítica do jornal Folha de S. Paulo, que o acusa de “inflar” a operação Zelotes: “A imprensa brasileira trabalha os casos de corrupção não a partir do ato em si, mas, sim, a partir de quem praticou a corrupção e quem está envolvido nesses escândalos. Só depois desse filtro, dessa censura prévia, e só depois de verificar se não irá atingir interesses dos grupos econômicos influentes, é que a imprensa decide qual o tamanho da cobertura jornalística que dedicará, ou, então, se irá varrer os acontecimentos para debaixo do tapete, sumindo com esses fatos do noticiário. Nesse sentido, e parafraseando o próprio colunista Leonardo Souza, ‘é uma pena que o ímpeto apurativo da imprensa brasileira não se dê pela vontade genuína de ver um Brasil limpo da corrupção'”, afirmou o petista. Leia mais

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Para o jornalista Marcos Simões: “Mídia suja e envolvida na roubalheira dos casos Zelotes e HSBC abafou tudo, mas posa de contra corrupção. Conta outra, canalhas midiáticos. A casa dos ladrões metidos a poderosos vai cair, pilantras”.

Zelotes sonegação HSBC

Luciana filiado globo rs zelotes

Os principais barões da mídia sonegadora e caloteira estão nas famílias Marinho, Frias, Sirotsky e Mesquita. Podres de ricos realizam um jornalismo podre, vendido e de “queima” do Brasil. Todo sonegador rouba os governos municipal, estadual e federal. É traficante de moedas. Bandido todo, e corrupto o corpo e a alma. O sujeito que rouba milhões ou bihões, em impostos, rouba de serviços vitais como Educação e Saúde. Isto é, além de assassino, genocida, rouba o futuro dos jovens. Malditos sejam.

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Papa Francisco: “O dinheiro destrói! É assim ou não?”

O dinheiro é importante para ajudar o próximo

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“A ganância, pensar só no dinheiro destrói as pessoas, destrói as famílias e as relações com os outros”. Foi o que disse o papa Francisco na missa da manhã desta segunda-feira, 21 de outubro, na capela da Casa Santa Marta. Comentando o Evangelho do dia, em que um homem pede a Jesus que ajude a resolver uma questão de herança com o seu irmão, o papa falou sobre a relação de cada pessoa com o dinheiro.

“Isso é um problema de todos os dias. Quantas famílias vemos destruídas pelo problema do dinheiro: irmão contra irmão; pai contra filho… E esta é a primeira consequência desse atitude de desejar dinheiro: destrói! Quando uma pessoa pensa no dinheiro, destrói a si mesma, destrói a família! O dinheiro destrói! É assim ou não? O dinheiro é necessário para levar avante coisas boas, projetos para desenvolver a humanidade, mas quando o coração só pensa nisso, destrói a pessoa”.

Ao recordar a parábola do homem rico, Francisco explicou a advertência de Jesus de que devemos nos manter afastados da ambição. “É isso que faz mal: a ambição na minha relação com o dinheiro. Ter mais, mais e mais… Isso leva à idolatria, destrói a relação com os outros! Não o dinheiro, mas a atitude que se chama ganância. Esta ganância também provoca doença… E no final – isso é o mais importante – a ambição é um instrumento da idolatria, porque vai na direção contrária àquela que Deus traçou para nós. São Paulo nos diz que Jesus Cristo, que era rico, se fez pobre para nos enriquecer. Este é o caminho de Deus: a humildade, o abaixar-se para servir. Ao contrário, a ambição nos leva para a estrada contrária: leva um pobre homem a fazer-se Deus pela vaidade. É a idolatria!”, disse o papa.

¿Qué hay en la caja fuerte de los bancos?

¿Qué hay en la caja fuerte del banco de santander, del bbva, del popular, de las bandas financieras, de los 569 ladrones con cuentas en suiza con dinero negro sacado del estado español (artículo del profesor Vicenc Navarro “La banca, el fraude y el New York Times), qué hay en la caja fuerte de los 1.400 personajes (son el 0,0035% de la población española) que se han apropiado del 80,5% del PIB? ¿qué hay en la caja fuerte de todos ellos? el esqueleto del capitalismo, la estructura del capitalismo. Ese es su cielo. Para nosotros una calavera. En sus periódicos y emisoras no hallarás, no leerás partituras magistrales, solo “un bramido musical, una melopea grave, amenazante y monótona” (V. Blasco Ibañez). Siempre escriben la misma música, lo que lees y escuchas es la banda sonora del capitalismo; te cosen el cerebro y te lo recosen con ese hilo invisible.

¿Qué traje le ponen los banqueros, los defraudadores al esqueleto? el de su moda, cortan la tela a la que sacan más partido. La campaña de guerra del esqueleto capitalista no tiene fin y ahora la recrudecen, la notamos más, aplasta a las clases trabajadoras y sus derechos. ¿Quién no lo siente? ¿quién no lo ve? sólo los necios miran al dedo cuando el dedo señala al banquero, o el necio o el mercenario.

Acuerdo gobierno suizo-gobierno del estado español para que los defraudadores dejen el dinero en suiza sin ser molestador por el gobierno español. A cambio el gobierno suizo le entregará a éste lo que cotizan en Suiza ¿?, el acuerdo puede firmarse a lo largo del mes de noviembre. Puede que a partir de aquí sea entregado al gobierno suizo el trabajador del banco instalado en ese paraíso fiscal y que la policía española detuvo cuando pisó suelo del estado español, por rebelar las cuentas y nombres de los defraudadores españoles, y aun siendo ilegal su detención lo tienen encarcelado en Soto del Real, y allí permanece. Otro dato al respecto nos puede dar más luz sobre la clase dominante española: la ONG “Acces Info Europe” preguntó al gobierno por el cumplimiento del Convenio de la OCDE para la Lucha Contra la Corrupción … y del Convenio de las Naciones Unidas contra la Corrupción”, ante la falta de respuesta administrativa (¿se puede entender como encubrimiento?), la ONG acudió a los tribunales, y el resultado ha sido que el Tribunal Supremo de España ha condenado a “Acces Info Europe” a una multa de 3.000 euros por preguntar. “La justicia es igual para todos”, declaró en la navidad pasada el sucesor de franco.

¿Le interesa saber en qué se gastan el dinero público los capitalistas? Es una mala pregunta, es una pregunta envenenada, tiene multa. ¿Por qué cree usted que escandalizan con el gasto en servicios sociales? es una buena tapadera para ellos. ¿Cuál es el ingreso medio de los 1400 personajes que se han apropiado del 80,5 % del PIB? Las 35 empresas del IBEX, los 35 mayores empresarios del estado español pagan el 1,6% de impuestos. ¿Cuánto paga usted? Y son ellos, los 35 grandes monopolios capitalistas quienes tienen la mitad, el 50%, de la deuda que se declara al estado español. ¡Cuánta impunidad!

¿Qué legitimidad tiene todo esto? ¿Quién se hace cargo de las gentes trabajadoras caídas en desgracia? ¿el gobierno? No. Solo les ayudan, comparten lo que tienen, las gentes con conciencia social.

Entonces, ¿qué clase antisocial domina el estado español?

En “Diario de Urgencia (Resumen Latinoamericano)”viene un artículo sobre Venezuela, es de Alejandro Fierro, y aporta los siguientes datos:

“Venezuela: 5,6 de crecimiento del PIB; descenso del paro a la mitad, del 15% al 7%; erradicación del hambre y el analfabetismo; disminución de la pobreza del 60% al 27%; es el quinto país del mundo en tasa de matriculación universitaria; extensión de la sanidad universal y gratuita”.

Cuando lo leo junto a los datos que salen a la luz sobre el estado español, el contraste hace que sienta una gran opresión en el pecho y en lo más hondo del estómago. ¿Qué clase antisocial nos domina? El capitalismo es su expresión más clara. Recuerdo la primera pregunta, ¿qué hay en la caja fuerte del banco de santander, del bbva, del popular, de las demás bandas financieras, de los 569 ladrones… ? ¿Cree usted que la crisis que sufrimos los trabajadores quiere decir que se les cae su cielo? Objetivamente y subjetivamente, ¿está usted en condiciones de preparar el asalto al cielo?

Un síntoma de la corrupción en Grecia

Não tem outra: todo país em crise foi devastado pela corrupção no executivo, no legislativo e no judiciário. Idem todo país pobre, imensamente rico em minérios, principalmente  nióbio, ouro, petróleo, combustíveis nucleares, florestas, rios e lagos.

A corrupção é a mãe de todos os males. E todo dinheiro da corrupção encontra-se nos cofres dos bancos piratas nos paraísos fiscais – cofres que são verdadeiras bocetas de Pândora.

Este nariz de cera visa homenagear o jornalistas grego Kostas Vaxevanis, que o governo, empresários e banqueiros e demais sonegadores pretendem prender, pela sua coragem, nacionalismo, e verdadeiro jornalismo de denunciar uma lista de traficantes de moedas.

Kostas Vaxevanis, herói nacional, aplaudido pelos gregos
Kostas Vaxevanis, herói nacional, aplaudido pelos gregos

 

¿Un juicio con dimensión política?

Kostas Vaxevanis fue detenido y posteriormente puesto en libertad el 28 de octubre, al día siguiente de que su revista publicase más de 2.000 nombres de personas que habían depositado dinero en el banco HSBC en Suiza. Es lo que se conoce como la “lista Lagarde”, con el nombre de la antigua ministra de Economía francesa, que envió ese documento en un CD a las autoridades griegas en 2010.

El día 29 el redactor jefe de Hot Doc compareció ante el tribunal de Atenas para responder sobre una infracción de la ley por haber publicado datos privados, pero su juicio se retrasó hasta el uno de noviembre. Sus abogados anunciaron que trataran de demostrar el cariz político de este caso. Según el diario Kathimerini, esta demora debería permitir también que ciertas personas que aparecen mencionadas en la lista comparezcan como testigos en la audiencia.

Por qué publiqué la lista Lagarde

“Cuantas más leyes tenga un país, más corrupto es”, solía decir el historiador romano Tácito. Grecia tiene unas cuantas leyes. De hecho, tiene tantas, que la corrupción está garantizada. Un club exclusivo de personas poderosas comete actos ilegales, luego consigue que se aprueben las leyes necesarias para legalizar esas prácticas, con lo que obtiene la amnistía y al final, ningún medio de comunicación revela lo que ha ocurrido en realidad.

Mientras escribo, se está hablando en todo el mundo de las aventuras de una revista independiente en Grecia, Hot Doc, de la que soy editor. La publicación en nuestra revista de una lista de presuntos titulares de cuentas bancarias en Suiza y mi posterior detención, han provocado un gran revuelo. Pero no en los medios de comunicación griegos. Hace unos meses, Reuters y la prensa británica revelaron escándalos en los que estaban implicados bancos griegos. Los medios griegos tampoco escribieron nada al respecto entonces. El espacio que tendría que haberse reservado a los informes sobre estos escándalos lo ocuparon anuncios pagados y patrocinados por esas mismas personas que provocaron que los bancos griegos se hundieran.

El caso “Lagarde” en Grecia es simplemente la expresión extrema de esta situación. En 2010, Lagarde entregó al entonces ministro de Finanzas, Yorgos Papaconstantinou, una lista de griegos titulares de cuentas en bancos extranjeros. Parte de estas cuentas eran de “dinero en negro”, dinero que puede que no se declarara o que tenía que blanquearse. Tras una serie intrincada de sucesos, Papaconstantinou admitió haber perdido los datos originales, pero en cambio pasó una copia a su sucesor Evangelos Venizelos, que al final confesó haberlos tenido en su poder, pero que hasta ahora no los había presentado. Por lo tanto, la lista aún no se ha investigado como es debido.

Chantaje político y financiero

En los dos últimos años, el asunto de nombrar a las personas que supuestamente poseen cuentas bancarias en Suiza ha envenenado la vida política en Grecia y se han producido chantajes en las salas oscuras del poder corrupto. En este contexto, Hot Doc publicó 2.059 nombres de griegos que presuntamente poseen cuentas en bancos suizos, sin especificar la cantidad de sus depósitos ni ningún otro dato personal.

Y entonces, en un acto de extrema hipocresía, los poderes nos recordaron su verdadero carácter. El fiscal de Atenas ordenó mi detención inmediata. Como base de la acusación se mencionó la ley sobre datos personales. Pero en realidad, no se había revelado ningún dato personal, sólo el hecho de que ciertas personas poseían una cuenta en un banco determinado. Ni siquiera sostuvimos que estas personas eran culpables, sino que simplemente pedíamos una investigación.

Las transacciones bancarias se realizan en público, no en secreto. Por lo tanto, la existencia de una cuenta bancaria no es un dato personal. Un dato personal sería la cantidad y el tipo de las transacciones. En Grecia, los bancos envían sobres con sus logotipos, en los que incluyen datos sobre transacciones; es decir, declaran su relación con los clientes. En cambio, la publicación de una simple lista de nombres y la petición de una investigación se definió como publicación de datos personales.

La democracia: una raza nueva y extraña

En la mitología griega antigua, la justicia se representa como una mujer ciega. En la Grecia moderna, simplemente pestañea y asiente. El estudio de la lista Lagarde es muy revelador. Editores, empresarios, armadores y todo el sistema del poder parecen haber transferido dinero al extranjero. Y esta información procede sólo de un banco. Mientras, en Grecia, la gente rebusca comida en los cubos de basura.

No todo el mundo ha provocado la crisis en Grecia. Y no todos están pagando por ella. El club del poder, exclusivo y corrupto, intenta salvarse a sí mismo, fingiendo que se esfuerza por salvar a Grecia. Pero en realidad, intensifican las contradicciones de Grecia, mientras el país se tambalea al borde de un precipicio.

Si en la Biblia, los pecadores “filtran el mosquito y se tragan el camello” [Mateo, 23-24], en Grecia, los poderes pecadores filtran las pensiones y se tragan las listas para, por supuesto, hacerlas desaparecer. Son las listas de sus amigos, sus conocidos, sus favoritos y sus compinches en sus tramas.

En el país que vio nacer a la democracia, como nos gusta recordar, la democracia se ha convertido en una raza nueva y extraña. Los que están en el poder se aseguran de que el derecho al voto se entienda como democracia y al mismo tiempo niegan la democracia al abusar de los derechos que les confieren los votantes. Y la justicia sigue siendo esclava de la política.

1% ricos: a His Brasil

O lançamento da campanha “Quem são os proprietários do Brasil?” vai acontecer neste 25 de outubro, no Circo Voador, Rio de Janeiro.

Nós, a sociedade, não sabemos quem de fato são os proprietários últimos dos maiores conglomerados atuantes no Brasil.

Por serem tão grandes, por empreenderem projetos em territórios cada vez maiores (e ali chegarem a mudar a institucionalidade local), por lidarem, regra geral, com recursos naturais tão vitais para nossa sobrevivência, e por receberem massiva quantidade de dinheiro público – sob as mais variadas formas –, são esses proprietários, e não a maioria dos congressistas, nem juízes, nem ministros, que acabam definindo os rumos do País.

Nas listas de maiores e melhores conglomerados brasileiros, publicados com pompa anualmente pela imprensa de negócios, estão lá, quase sempre, as mesmas corporações: Petrobras, Vale, Gerdau, etc., medidas pelo seu faturamento.

Porém se alterarmos o critério de cálculo e passarmos a considerar as participações acionárias cruzadas, teremos outros resultados. E, provavelmente, descobriremos siglas, e eventualmente, nomes de pessoas físicas desconhecidas da sociedade em geral e, até da vetusta imprensa de negócios.

O Estadão pesquisou a razão dessa estratégia de invisibilidade: “O objetivo mais latente da criação das empresas offshore é buscar um cenário mais positivo em termos de benefícios fiscais relacionados ao Imposto de Renda e à Contribuição Social Sobre o Lucro”, explica o especialista em direito tributário Paulo Sigaud, da Aidar SBZ Advogados.

Essa deve ser mesmo uma das principais razões. Mas, provavelmente, há outras mais importantes.

Esconder a propriedade de uma corporação ora em empresas de capital fechado, ora em companhias abertas, e às vezes em ambas, passando por subsidiárias, controladas, joint ventures, empresas de propósito específico e outros tipos de organização comercial é uma estratégia bem montada para escapar da responsabilidade civil e criminal de seus controladores finais.

Dólares brasileiros no exterior explicam a desigualdade no país

por  Pedro do Coutto

James Henry, economista chefe da Consultoria Internacional McKinsey, divulgou levantamento sobre os depósitos, senão totalmente ilegais, pelo menos irregulares, de empresas brasileiras e de brasileiros no exterior, que atingem nada menos de 520 bilhões de dólares. A reportagem, da Sucursal de Brasília, não assinada pessoalmente, saiu na edição da Folha de São Paulo de segunda-feira 23. Incrível o montante, quase inacreditável o volume de dinheiro.

Calcula a McKinsey que a torrente de recursos corresponda a vinte por cento do Produto Interno Bruto do Brasil previsto para este ano. Talvez não chegue a vinte por cento, mas seguramente oscila em torno de algo fantástico. Podemos, inclusive, para fornecer uma nítida ideia de valor, que 1 trilhão de reais representam quase a metade do orçamento do país em 2-12. Dimensiona melhor a questão.

E vale acentuar que o programa de investimentos do governo federal até o final deste exercício foi projetado na escala de apenas 107 bilhões de reais, incluindo a atuação das empresas estatais. Fora do nosso território existe portanto, em nível financeiro, a metade da lei de meios nacional.
Tais depósitos, é evidente, são fruto de sonegação fiscal e evasão de divisas remetidas por doleiros através do tempo para paraísos fiscais. Impressiona. Porque o Banco Central possui o monopólio do câmbio, me informa o economista Gilberto Paim. Os operadores em moedas estrangeiras têm que se encontrar registradas no BC e por ele habilitados.

A impressão é que existe uma acomodação para supor o mínimo. O sistema bancário possui fortíssima blindagem. Vá alguém deixar de pagar uma dívida. Não tem cabimento que o rigor natural para com os devedores não seja estendido aos aproveitadores de situações. Não há desculpa. O quadro técnico do Banco Central é altamente competente.

Mas esta é outra questão. O mais revoltante é que a exportação ilegal de dinheiro significa o sangramento das contas nacionais, a exploração do trabalho humano, aqui dentro, a manutenção de milhões de pessoas na pobreza. Dinheiro não falta para projetos de desenvolvimento econômico e social. Falta é a sua correta localização. Dentro de nossas fronteiras. A evasão de divisas representa também o financiamento para o surgimento de empregos fora do país. No exterior. E uma coisa é evidente: a maioria das remessas é ilegal. Pois se legal fosse, não haveria motivo para que esse enriquecimento deixasse de ser brasileiro. São remessas de comissões em cima de comissões, de superfaturamentos, de escape da incidência do Imposto de Renda.

Imposto de Renda, eis aí. Todos os anos, o Banco Central publica uma circular no Diário Oficial da União dando prazo para que os brasileiros que possuem contas e bens no exterior forneçam os respectivos saldos e levantamentos. E determina também que, de doze em doze meses, os totais sejam atualizados. Tudo fica no papel. Ninguém dá bola.

Porque se os titulares dos depósitos e bens levassem a sério a determinação, teriam que aparecer os 520 bilhões de dólares a que se referiu a Consultoria McKinsey. James Henry, inclusive, disse ter chegado a essa conta após cruzamento de informações do FMI, do Banco Mundial e de governos de países onde se encontra a fabulosa fortuna, algo das mil noites. Inebria e entontece, como no verso da valsa famosa.

O dramático é que, enquanto 520 bilhões de dólares brasileiros escapam da economia nacional, bilionários cruzam os céus do mundo em aviões particulares. Falta saúde, saneamento básico, educação e segurança. Sobram recursos que voaram (e continuam voando) lá para fora.