República do Paraná. Jornalistas ameaçados de morte

chacina jornalista

Paraná tinha que ser a terra de jornalistas ameaçados de morte. De jornalistas exilados.

Não se faz uma república do Galeão sem terrorismo judicial e policial.

A corrupção no Paraná vem desde o BanEstado, um banco que Fernando Henrique vendeu para o Itaú, por uma mixaria. A transa ção do BanEstado lembra a estória do corno que vendeu o sofá da sala que a mulher fornicava.

Até o presente, da Operação Lava Jato, não vazou nada do tráfico de drogas, do tráfico de diamantes, nem os nomes dos doleiros envolvidos. Paraná tem mais doleiro do que dono de banca de jogo de bicho.

Os ladrões do BanEstado continuam roubando, roubando, roubando noutros negócios inventados. Toda uma gente blindada do partido de Beto Richa & aliados.

Eta PT frouxo. Precisa divulgar os casos dos jornalistas ameaçados por delegados da polícia corrupta do governador. Apresentar os nomes dos doleiros que o juiz Moro esconde, os nomes dos delegados que Richa protege. Moro u?

Ameaçado de morte e tem que deixar o Paraná

James Alberti
James Alberti

por Roger Pereira

Um jornalista que trabalhava na apuração de denúncias de corrupção e pedofilia cometidas por agentes públicos estaduais no município de Londrina (norte do Paraná) foi perseguido e ameaçado de morte na última semana, tendo que ser retirado do estado por questões de segurança. O caso, que ocorreu no último dia 9, foi tornado público nesta sexta-feira pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná, após certificação de que o profissional estava em segurança.

James Alberti estava em Londrina para aprofundar a investigação sobre rede de corrupção e pedofilia na Receita Estadual do Paraná, que já levou à prisão cerca de 20 pessoas, entre eles, um primo do governador Beto Richa, Luiz Abi Antoun e um assessor do governo do Estado, Marcelo Caramori. Segundo o sindicato dos jornalistas, Alberti foi perseguido e teve sua vida ameaçada por um telefonema “em que se revelava um esquema para matá-lo por meio de um suposto assalto a uma churrascaria que ele costumava jantar durante sua estadia na cidade”. Ao receber a denúncia a RPC teria providenciado a remoção do jornalista da cidade e o enviado para fora do estado, a um destino sigiloso.

É a segunda vez neste mês que jornalistas paranaenses são ameaçados. Na última semana, o sindicato denunciou que repórteres do jornal Gazeta do Povo estavam sendo coagidos pelas polícias civil e militar do estado a quebrar o sigilo de fonte e revelar como obtiveram informações para uma série de reportagens que denunciou desvios de conduta de policiais, na premiada série de reportagens “Polícia Fora da Lei”.

Segundo relato dos jornalistas, eles estavam constantemente sendo convocados a prestar depoimentos, sendo insistentemente inquiridos para revelar as fontes da reportagem. Em 2012, também por denunciar irregularidades cometidas por policiais, o jornalista Mauri Konig, também da Gazeta do Povo, foi obrigado a deixar o país por conta de ameaças.

“É inaceitável, para uma sociedade que busca fortalecer sua democracia, que jornalistas sejam sujeitados a este tipo de situação. Primeiramente, jornalistas são coagidos por autoridades públicas para revelar suas fontes. Agora, um profissional tem sua vida ameaçada pelo simples fato de estar exercendo seu ofício. Quando um jornalista tem este direito ameaçado, todos os outros jornalistas também terão. É um precedente que se abre e que coloca em risco a democracia”, disse o presidente do sindicato, Guilherme Carvalho. In Portal Terra

DEPOIMENTOS NO FACE
Everson Bressan‎: Fica firme ai amigo, já fizeram ameaças contra mim também, eu já te falei, mas no seu caso eles estão indo nas ultimas consequências, são bandidos mesmo!Ainda bem que você tem suporte, no meu caso tive de baixar a bola. MANDA VER AI AMIGO NÃO BAIXE A BOLA!

Aurélio Munhoz: Salve, grande James Alberti. O que dizer, cara, diante de mais esta barbaridade contra você – e por, extensão, contra nós, jornalistas? Força, apenas. Você é maior que isso tudo!

Diários Secretos entre as reportagens mais impactantes do mundo

Luxuosa Assembléia Legislativa do Paraná
Luxuosa Assembléia Legislativa do Paraná

James Alberti é um dos autores da série Diário Secretos, selecionada pela Rede Mundial de Jornalismo Investigativo como uma das dez mais impactantes do planeta.

As reportagens foram divulgadas pela Gazeta do Povo e pela RPC TV em 2010, revelando um esquema milionário de desvio de recursos e contratação de funcionários fantasmas na Assembleia Legislativa do Paraná.

O jornalismo investigativo foi realizado, além de James Alberti, pelos jornalistas Katia Brembatti, Gabriel Tabatcheik e Karlos Kohlbach, com apoio de uma equipe de mais de 40 profissionais dos dois veículos de comunicação. A série recebeu importantes prêmios, como o Grande Prêmio Esso e o Tim Lopes de Jornalismo Investigativo, ambos no Brasil, além de ser agraciada como o título de melhor reportagem investigativa da América Latina e com Global Shining Light Award, prêmio concedido ao mais importante trabalho realizado em país em desenvolvimento.

Em declaração, o presidente da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), José Roberto de Toledo, destacou os motivos que fazem da série paranaense um trabalho de excelência. “Há reportagens notáveis por seu trabalho meticuloso de investigação independente; há investigações notáveis por usarem com propriedade técnicas de jornalismo de precisão para entrevistar os dados e extrair deles conteúdo jornalístico relevante e de interesse público; há reportagens investigativas que provocam impacto na sociedade e mudam a vida das pessoas. Nenhuma delas é comum, mas são muito raras as que conseguem reunir essas três características de uma vez só. É o que faz da série Diários Secretos, da Gazeta do Povo, um caso exemplar de jornalismo investigativo relevante, impactante e preciso. Nada mais justo que tenha sido escolhida para ilustrar as consequências positivas do jornalismo investigativo no Brasil, em seu projeto em parceria com o Google”, disse.

A Rede Mundial de Jornalismo Investigativo (GIJN, na sigla em inglês) elaborou um site em que reúne as reportagens, além de entrevistas e dados que comprovam o quanto os trabalhos jornalísticos bem feitos contribuem para o desenvolvimento social e o combate à corrupção (veja ao lado). A seleção reúne reportagens de dez países, incluindo também Inglaterra, Costa Rica, África do Sul, Gana, Ucrânia, Filipinas e Paquistão. Encabeçando a lista dos trabalhos jornalísticos mais impactantes está o caso Watergate, publicado pelo jornal Washington Post, e que culminou com a renúncia do presidente norte-americano Richard Nixon, em 1974.

Abib Miguel, que era diretor-geral da Assembleia à época da série, deixou o cargo e chegou a ser preso. As investigações que o Ministério Público abriu a partir da série já comprovaram mais de R$ 250 milhões em desvios, mas os promotores estimam que o valor usado irregularmente pode chegar a R$ 1 bilhão. A série consumiu dois anos de trabalho e resultou em um banco de dados com as informações sobre as contratações de funcionários pela Assembleia. Até o trabalho ser realizado, os diários oficiais da Assembleia não estavam disponíveis para consulta e depois passaram a ser publicados na internet.

A série provocou indignação pública, levando milhares de pessoas às ruas em protestos em 13 cidades do Paraná. O Ministério Público criou uma força-tarefa de 20 pessoas para investigar os casos, rendendo processos criminais e cíveis. As investigações continuam e mais processos devem ser ajuizados. Contudo, até agora, 15 pessoas já foram condenadas. Ex-funcionários e deputados estão com os bens bloqueados e o número de servidores diminuiu, gerando R$ 4,5 milhões de economia por mês.

Ameaçado de morte pela polícia do governador Rui Costa, jornalista busca exílio

 

Enderson Araújo entrevista Lula
Enderson Araújo entrevista Lula

 

Das polícias estaduais violentas, as ameaças de morte para jornalistas. Confira links.

O Brasil viveu 21 anos de ditadura militar. E as polícias estaduais continuam torturando e matando, porque comandadas por governadores tiranos ou frouxos.

O chato que, no noticiário internacional, a presidente Dilma é quem aparece como culpada que, certos governadores de m. não são citados pelos correspondentes estrangeiros. São nomes inexpressivos, provincianos, chinfrins.

É o caso do governador da Bahia

Chacina do Cabula: blogueiro é ameaçado

….

por Wellton Máximo/ Agência Brasil

O editor-chefe do blog Mídia Periférica, Enderson Araújo, denunciou abusos de policiais militares na Bahia, sofreu ameaças e deixou Salvador, alegando temer pela própria vida. Ele está em local desconhecido. A Superintendência de Direitos Humanos da Bahia e a Secretaria Nacional de Juventude acompanham o caso.

Araújo diz ter sido abordado por um policial militar ao sair de uma padaria no último dia 9. “Ele disse que era melhor eu segurar o dedo e parar de escrever porque ficaria sem segurança”, recorda. Para o ativista em direitos humanos, a ameaça foi motivada por uma matéria dele publicada na revista Carta Capital sobre recentes ações da Polícia Militar (PM) em Salvador, que deixaram 15 jovens negros mortos em três dias.

Na madrugada do último dia 6, a PM matou 12 jovens no bairro do Cabula, em Salvador, após uma troca de tiros. A polícia matou dois jovens no bairro de Cosme de Farias no dia seguinte (7) e mais um jovem no bairro Sussuarana, onde Araújo vive, no dia 8. O blogueiro também publicou um vídeo em que policiais ordenavam a dois jovens que tirassem a roupa para facilitar a revista durante a operação em Sussuarana. “O vídeo e a matéria [publicados] em um veículo de circulação nacional, questionando os métodos da PM, irritaram alguns policiais.”

“Vai ficar famoso, ladrão, morrendo no vídeo”

por María Martín/ El País/ España

bandido vai fica famoso

Um vídeo que mostra a agonia de três supostos criminosos em uma calçada após serem baleados supostamente pela Polícia Militar de São Paulo começou a circular pelas redes sociais com assustadora normalidade. No começo da gravação é possível ver a calça cinza e o coturno preto do autor do vídeo. A vestimenta é praticamente idêntica aos uniformes usados pelos policiais militares de São Paulo.

As imagens, postadas no Facebook e depois tiradas do ar por um perfil falso da Polícia do Estado de São Paulo, são fortes e percorrem durante 48 segundos os corpos dos suspeitos jogados no chão, agonizando no seu próprio sangue. A partir do segundo 12 é possível ouvir os gemidos de um deles.

No segundo 26 é possível ouvir uma pessoa dizendo: “Vai ficar famoso, ladrão, morrendo no vídeo”. Um dos baleados, no segundo 33, sussurra: “Meus filhos, meus filhos…”. Outra das frases audíveis vem de fora da cena: “Vai demorar aí, caralho, pra morrer?”.

Os responsáveis pela publicação do vídeo afirmam que a cena aconteceu no dia 8, na Vila Curuçá, na zona leste de São Paulo. Dos três baleados, Renato Santos, de 25 anos, e Marcos Aurélio Alves, de 37, sobreviveram e estão internados, segundo fontes policiais. O terceiro, ainda não identificado, morreu.

A Polícia Militar afirmou em um comunicado que o perfil “Polícia do Estado de São Paulo” não pertence à instituição e que apresenta uma série de conteúdos impróprios. “Já está em curso uma investigação sobre o perfil, seu conteúdo e administradores”, disse a nota. A Corregedoria da PM está investigando se houve participação de policiais militares na captação e divulgação das imagens, fato que poderá resultar em uma punição.

A nota ressalta: “todo policial militar, assim como qualquer cidadão, pode postar aquilo que bem entender nas redes sociais, podendo, contudo, ser responsabilizado no campo civil, criminal e administrativo em caso de postagens que ofendam pessoas, instituições, que sejam contrárias à lei ou atentatórias à dignidade humana”. O secretário da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, determinou que a Polícia Militar apure as circunstâncias da ocorrência e a responsabilidade pela postagem do vídeo.

O caso relatado tem semelhança com um episódio divulgado em 2011 pelo jornalista André Caramante na Folha de S. Paulo. Um vídeo gravado em 2008 mostrava dois suspeitos baleados no chão enquanto um agente gritava: “Estrebucha! Filho da puta”, “filho da puta, você não morreu ainda? Olha pra cá! Maldito. Não morreu ainda?”. Um dos suspeitos, que na época tinha 16 anos, sobreviveu, e afirmou ao jornal que a humilhação dos agentes durou cerca de 40 minutos. “Tomara que morra a caminho [do hospital]”, lhe disseram.

Segundo o jornal, dois policiais, responsáveis pelo vídeo, foram identificados, mas não presos.

Vendedores de fantasias e mentiras com o dinheiro do povo

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A Folha de S. Paulo escreve editorial para denunciar que o governador Eduardo Campos aumentou as despesas com publicidade do seu governo em 42,9 por cento este ano.  Quantos bilhões ele gastou apenas em 2013? Dinheiro torrado em sua campanha antecipada para presidente da República.

Diz o jornal paulista: “Não é exclusividade sua o pretexto da ‘utilidade pública’ ou da necessidade de ‘prestar contas’ para veicular autoelogios”.

Geraldo Alckmin também duplicou os gastos mensais em publicidade, para promover sua reeleicão, e perpetuar os governos tucanos em São Paulo. Dinheiro acrescido com as propinas recebidas desde os tempos de Covas e José Serra.

Esqueceu a Folha o governo de Minas, também dos tucanos, que pretende eleger Aécio Neves presidente.

Em Pernambuco, quem critica Eduardo Campos termina na cadeia. O jornalista Ricardo Antunes ficou preso mais de seis meses. Em Minas, por mostrar o verdadeiro Aécio, o jornalista Marco Aurélio Carone continua preso.

Ricardo e Marco Aurélio foram classificados pela justiça capacho como “jornalistas inimigos” e indivíduos “perigosos para a ordem pública”.

A procuradora Noélia Brito disse tudo: “Aqui em Pernambuco, se você posta no seu blog os processos que certas ‘otoridades’ respondem na Justiça aparecem uns juízes e uns desembargadores estranhos pra lhe censurar…Muito estranho isso, vocês não acham não? Censurar informação que você tirou do diário oficial ou do site da própria justiça? Sei não, sei não…”

E acrescentou: “Hi, rapaz! Não há quem aguente mais as falácias do Menudo-Rei…”

Para a Folha de S. Paulo: “Pior ainda: o dinheiro do contribuinte não serve só para custear a promoção eleitoral sorrateira, mas também para beneficiar agências publicitárias que depois também farão o marketing dos candidatos.
É o caso da Link Bagg, encarregada da propaganda do governo pernambucano, que tem a sua frente o publicitário de Eduardo Campos, também coordenador da campanha eleitoral do prefeito do Recife, Geraldo Júlio, do mesmo PSB”.

Link Bagg vai realizar um campanha podre, podre de rica. Propagar os nomes dos proprietários pode dar cadeia. Idem a gastança do dinheiro.

Dinheiro nosso, contribuinte; dinheiro do povo, que paga impostos indiretos; dinheiro que enche o rabo da Link Bagg e outros amigos do Menudo-Rei.

Esquecem Midas e mídias que propaganda cara não elege ninguém.

persuasão polícia mente indignados

Brasil registra maior número de jornalistas mortos nas Américas em 2013

expresão jornalista liberdade

O Brasil é o país que mais registrou mortes de jornalistas no exercício da profissão durante o ano de 2013 em todo o hemisfério ocidental, apontou um relatório da organização Repórteres Sem Fronteiras.

De acordo com a Folha de S.Paulo, ao todo, foram cinco vítimas, mesma quantia registrada em 2012. A entidade relacionou as mortes aos “altos índices de violência” do país e aos riscos envolvidos em coberturas jornalisticas sobre o crime organizado e suas atuações com o tráfico de drogas, com a corrupção e a venda ilegal de matérias-primas.

A RSF cita a pressão sofrida por jornalistas durante os protestos de junho do ano passado, que começaram em São Paulo e se alastraram pelo país. A organização alerta que houve “grande repressão policial” sobre os profissionais de mídia.

Segundo o relatório, ocorreram pelo menos cem atos violentos contra os profissionais de imprensa, durante o que classificou como “primavera brasileira”. Além de apontar as mortes, a entidade abordou os riscos sofridos por jornalistas investigativos, intimidados por “coronéis” da polícia. O texto menciona o caso do jornalista Lúcio Flávio Pinto, do Pará, que denunciou o tráfico de madeira no Norte e acumulou 33 processos.

A organização fala também sobre países da América Latina, como a Bolívia, o Paraguai e a Argentina, indicados como locais com problemas para a liberdade de imprensa. Em 2012, o México ocupava a primeira posição como o país mais perigoso para os profissionais.(Transcrevi do Portal Imprensa. Veja links.

Nada a festejar: Dia Nacional do Jornalista

A mídia esqueceu. Ninguém lembrou:

Dia do Jornalista

Na verdade o certo seria dizer:

– Pêsames

Clique nos links. Você saberá porquê.

 

 

Justiça acusa: Carone é mais do que bilionário, mas precisa de patrocinador para o Novo Jornal de Minas Gerais.

carone

Publica 247: Foi preso o jornalista Marco Aurélio Carone ( na foto, de camisa cinza), editor do Novo Jornal de Minas Gerais.

“Carone é acusado de integrar uma quadrilha especializada na falsificação de notas promissórias e contratos de cessão de créditos e direitos que somam mais de R$ 1,3 bilhão.

(…)

De acordo com o Ministério Público, será apurada a fonte de recursos responsável por financiar o site, uma vez que ele não conta com anunciantes. De acordo com o MP, o Novo Jornal sobrevive com recursos de origem clandestina”.

Em sendo verdadeira a acusação, quem tem R$ 1,3 bilhão não precisa de anunciante.

Só uma perguntinha: Onde permanece guardada esta danação de dinheiro?

Carone está preso e o Novo Jornal censurado.

 Ainda 247: “Ao verificar o site do ‘novojornal’ [em caixa baixa, quando todo nome próprio deve ser escrito em caixa alta, o que denuncia clara intenção de diminuir a importância do portal jornalístico] fica patente que o mesmo é utilizado para aliançar ofensas à honra de autoridades públicas, achincalhando e ofendendo a todos que se posicionam contra os interesses do grupo, imputando inverdades àqueles que cumprem seus deveres funcionais’, disse a juiza Maria Isabel Fleck (leia aqui a decisão).
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Segundo a denúncia do Ministério Público Estadual, o Novo Jornal finge-se de noticioso, mas, na verdade, funciona como um instrumento de diversos crimes. A juíza Maria Isabel Fleck afirmou, ainda, que ‘analisando detidamente os autos, fica evidenciado que o réu Marco Aurélio Flores Carone utiliza o seu jornal virtual ‘novojornal’ [sic] para ameaçar qualquer cidadão que esteja cumprindo os seus deveres, tais como, desembargadores, Juízes de Direito, membros do Ministério Público, Delegados de Polícia, etc”.
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A classificação de um jornalista como “réu”, no exercício da profissão, considero uma honraria.
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Quando o jornalista Ricardo Antunes foi preso, acusado de vender uma notícia pelo inacreditável e absurdo preço de um milhão de dólares, declarei que a justiça estadual de Pernambuco estava abrindo um grave precedente. Não esquecer que o Brasil continua campeão em censura judicial.
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Ricardo Antunes foi encarcerado na antevéspera das eleições municipais de 2012, pela polícia do governador Eduardo Campos, candidato a presidente da República pelo PSB.
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Informa o 247: “Carone já foi condenado em processos criminais movidos pelo atual prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, do PSB, e também tem utilizado o Novo Jornal como veículo de combate ao senador Aécio Neves (PSDB-MG), presidenciável tucano”.
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Este ano de 2014 promete mortes, prisões, passaralhos e censura de jornalistas.
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 Também foi preso Nilton Monteiro (na foto de camisa vermelha), que denunciou a famosa Lista de Furnas.

Jornalista Chiqui Ávalos estaria exilado no Brasil, para se livrar das máfias de contrabando e tráfico de Cartes

La cara de HC

Transcreverei trechos de entrevista de Chiqui Ávalos a Lucas Rohãn, quando anunciou seu exílio no Brasil, depois da eleição de Horacio Cartes presidente de Paraguai.

Chiqui escreveu o livro La otra cara de HC (Horacio Cartes), uma biografia não autorizada, que revela a vida do presidente e os nomes dos seus parceiros de crimes, notadamente, evasão de divisas e tráfico.

Talvez Chiqui esteja noutro país. Que o Brasil passou a ser local de risco. Que começou este ano com dois jornalistas exilados. Um ainda está no exterior, Mauri König, ameaçado por uma máfia de delegados do Paraná, que tem ligação com o Paraguai.

No mais, Horacio Cartes possui fortes ligações com o crime organizado no Brasil e nos meios políticos da direita.

Eis o texto de Lucas Rohãn: Poucas semanas antes das eleições presidenciais no Paraguai, o jornalista Chiqui Ávalos lançou um livro polêmico. La outra cara de HC fala sobre o passado obscuro de (…) Horacio Cartes. Empresário do ramo de cigarros e dirigente esportivo, ele já foi condenado por evasão de divisas e convive com a eterna suspeita de envolvimento com o contrabando de cigarros para o Brasil. Além disso, no livro, Ávalos apresenta documentos e depoimentos que comprovariam a ligação de Cartes não só com o contrabando, mas também com o tráfico de drogas.

Em entrevista exclusiva ao Terra, o escritor confirma que “fontes diplomáticas” brasileiras ajudaram na construção do livro. Ele também conta que se refugiará na casa de amigos no Brasil (…) porque teme por sua segurança. Após o lançamento da obra, Ávalos recebeu ameaças anônimas e convive com o que chama de “histórias folclóricas que circulam na fronteira sobre vinganças contra alguns adversários”. Confira a entrevista na íntegra:

Terra – Por que o senhor resolveu lançar o livro, perto das eleições?
Chiqui Ávalos – É uma tendência mundial, assim como acontece nos Estados Unidos, no Brasil ou na Argentina, que a oportunidade para conhecer os candidatos faz com que a indústria editorial insista nessas datas como as mais importantes nas edições. Seis meses atrás ou seis meses depois, teria menos valor para que o leitor faça suas avaliações.

Terra – Quanto tempo o senhor trabalhou para juntar todo o material? Como foi essa pesquisa?
Chiqui Ávalos – A primeira investigação que fiz foi para um jornal (Hoy) em 1985 sobre a evasão de divisas do Banco Central, nas quais para dinamizar a produção agrícola foi habilitada uma cotização especial para quem importava insumos por um valor abaixo do dólar nas ruas. Inventaram operações, houve cumplicidades dos controles, das empresas e do próprio banco, além das financeiras que compravam os dólares a 240 guaranis (câmbio da época) oficialmente e se beneficiavam com a diferença de câmbio ao vender a 400. O que em 35 milhões de dólares representou o início de muitas fortunas. Horacio Cartes trabalhava na Cambios Humaitá nessa época, empresa dos filhos do chefe de polícia do Stroessner (Alfredo Stroessner, general que governou o Paraguai de 1954 a 1989), e depositavam os fundos em uma conta especial em Nova York.

Terra – O senhor tem medo das reações que essas denúncias podem causar? Teme por sua segurança?
Chiqui Ávalos – Dizer que não tenho medo seria uma irresponsabilidade. De fato, por histórias que circulam e o relacionam com a máfia, com narcotraficantes conhecidos do Brasil (Fahd Yamil, que está na lista da DEA [agência norte-americana que combate o tráfico de drogas], doleiros como Dario Messer) o fazem temível, além das histórias folclóricas que circulam na fronteira sobre vinganças contra alguns adversários. Tenho o apoio e a ajuda não só em alguns documentos, mas também na discreta proteção de algumas embaixadas (…). Mas tudo “off the record” para não comprometer ninguém diplomaticamente.

Terra – Qual o motivo de sua viagem ao Brasil?
Chiqui Ávalos – Vou visitar alguns amigos, jornalistas e diplomatas que me recomendaram não ficar no Paraguai. [Que] eu correria perigo, tanto se ganham os colorados, quanto se perdem, poderiam procurar um bode expiatório e não quero ser o pato do casamento.

Terra – O seu livro contou com a ajuda de fontes diplomáticas e de meios de comunicação do Brasil. O que o senhor conseguiu com esses contatos? Essas “fontes diplomáticas” demonstram preocupação pelo futuro do Paraguai?
Chiqui Ávalos – Sim. Apesar de não poder revelar as fontes, tive acesso a alguns documentos graças a “mãos amigas”. Pessoalmente acredito que depois de ter falado com referências importantes, não é do agrado do governo brasileiro ter Cartes como presidente do Paraguai, com todas as acusações de lavagem de dinheiro, narcotráfico, contrabando de cigarros e etc. Inclusive, já fiz contatos com editoras brasileiras para lançar o livro [ no BRasil] com o título O perigo mora ao lado.

Terra – O senhor já teve alguma conversa com Cartes sobre essas acusações?
Chiqui Ávalos – Não, nenhuma. O comuniquei que estava escrevendo o livro, seus amigos e seus companheiros políticos de rua sabiam que eu estava fazendo, mas jamais falamos sobre o assunto.

Terra – Se tudo é verdade, por que Cartes não está preso?
Chiqui Ávalos – Ele já esteve na prisão por evasão de divisas em 1985. Foi condenado em três oportunidades e finalmente, em uma das mais estranhas decisões da Corte Suprema, foi absolvido em… 2008! Vinte anos depois.

Terra – Desde o dia do lançamento do livro até agora, como o senhor avalia a repercussão em seu país?
Chiqui Ávalos – Um amigo me disse que vender a quantidade de livros como La otra cara de HC no Paraguai, um país que não lê, é como vender picolés aos pinguins. Tive dificuldades? Claro. Três editoras rechaçaram o material, outras duas não se animaram a publicar e tive que arcar com todos os custos. Os dois maiores jornais “independentes” do país não quiseram publicar um anúncio pago adiantado e vários hotéis negaram abrigar a apresentação do livro, além do silêncio de outros meios aliados ou temerosos a Cartes.

Houve ameaças, pressões nos meus colaboradores, mas, sobretudo, há um ambiente rarefeito de […] que, infelizmente, nos faz voltar no tempo em que vivíamos no “stronismo” (período no qual o Paraguai foi governado pelo general Stroessner), do qual Cartes é admirador, quando o medo era o pão nosso de cada dia, aniquilando a liberdade de várias gerações. Esse é o pior dano.

 

Pelegos sindicais boicotam passeata dos jornalistas vítimas do terrorismo policial em São Paulo

Os jornalistas livres realizam nesta segunda-feira um ATO PELO FIM DA VIOLÊNCIA EM SÃO PAULO. 

Giuliana Vallone
Giuliana Vallone

CONVOCAÇÃO

“Segunda feira, dia 28 de outubro, realizaremos um ato/intervenção contra as agressões da Polícia Militar aos jornalistas. A concentração do protesto será na Praça Rossevelt, centro de São Paulo, e partiremos para o prédio da Secretaria de Segurança Pública, localizado na Rua Líbero Badaró, 39.

Um Estado que ordena, permite ou é omisso às violências contra profissionais de imprensa é claro em suas intenções com as demais pessoas da sociedade: mais violência, censura, arbitrariedades. Desinformação.
A violência contra um jornalista é uma violência contra todos, aos que estão protestando e aos que assistem.
Apesar dos casos recentes de agressões descabidas da Polícia Militar a jornalistas, não é de hoje que sofremos com tal hábito. Sim, é recorrente. Claro que em um contexto, como o atual, onde protestos tornam-se mais frequentes e, consequentemente, ganham mais cobertura, esses casos são evidenciados.
Lamentamos viver e trabalhar em um país, e um Estado, onde o exercício da profissão seja tão perigoso, e que esse perigo seja oferecido, em grande parte, pelos governos. O Brasil é um país considerado democrático, embora em diversos momentos se pareça com um estado de exceção, trazendo às nossas mentes a lembrança de um passado bruto, obscuro e ainda tão recente em nossa história.
Basta! Basta de violência! Liberdade de imprensa e liberdade de protesto, por um Estado de Direito, pela DEMOCRACIA”.

Pedro Vedova
Pedro Vedova

BOICOTE

Para o mesmo dia e hora, em local diferente, pelegos sindicais pretendem DAR uma coletiva para a Imprensa.

“As direções do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP), Associação dos Repórteres Fotográficos de São Paulo (Arfoc/SP), Associação dos Jornalistas Veteranos no Estado de São Paulo (Ajaesp), Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e Central Única dos Trabalhadores de São Paulo (CUT/SP) realizam na próxima segunda-feira (dia 28), a partir das 15h30, coletiva à imprensa a se realizar no auditório Vladimir Herzog do SJSP (Rua Rego Freitas, 530 – sobreloja – F: 3217-6299)”.

policia bala perdida indignados

O VERDADEIRO PROTESTO

O ato, idealizado pelo jornalista Mario Palhares, tem o apoio dos mais consagrados jornalistas de São Paulo. Principalmente dos que foram presos, levaram cacetadas, e serviram de alvo para as balas de borracha da polícia de Alckmin, que faz pontaria nos olhos de fotógrafos e cinegrafistas.

Diz Palhares:  “Deixando claro, não sou dono de nada, criei o evento após consenso dos colegas em discussão no grupo de fotojornalistas. Infelizmente, as entidades de classe que deviam ter feito isso, não fizeram. Nada aqui é meu, é tudo nosso”.

É hora de união. De marchar juntos estudantes e professores de Comunicação, jornalistas on line, blogueiros, chargistas, todos os que trabalham nos meios de comunicação de massa. É uma marcha libertária e de confraternização com leitores da grande imprensa e jornais alternativos, telespectadores e radiouvintes.

É uma festa dos amantes da Liberdade. Dos escritores e poetas. Dos que defendem a livre expressão, inclusive nos meios artísticos.

Que o povo participe.

O verdadeiro jornalismo se faz na rua.

É uma idéia que deve ser levada a outros Estados, notadamente o Rio de Janeiro, contra a polícia de Sérgio Cabral, que tem lei ditatorial, exclusiva para prender manifestantes, como acontecia na ditadura militar.

Bala de borracha

SINDICALISMO DE PORTEIRA FECHADA

A coletiva dos sindicalistas pode ser na rua. É mais vibrante, mais autêntico, mais verdadeiro.

Quem apanha na rua, fale na rua.

Jornalista tem que gostar do cheiro da rua, do cheiro do povo. O verdadeiro jornalismo não se faz com ar condicionado.

Não sei o valor de uma TARDIA coletiva, que devia ter sido realizada em junho, no começo da explosão da fúria dos atiradores da polícia.

Por que uma reunião de porta fechada?

Divulgar o ‘furo’ da coletiva onde? Jornalista entrevistando jornalista, que chique! Que moleza! Que exibicionismo! Basta de demagogia!

Jornalismo se faz com coragem. E sonho.

Federalização já de crimes contra jornalistas

Ilustração Mohamed Sabra
Ilustração Mohamed Sabra

Todo assassinato de jornalista, no exercício da profissão, tem sempre um policial ou ex-policial envolvido. Sem falar do stalking policial e ameaças de morte. E legenda de medo e terrorismo dos casos dos dois jornalistas que viveram o começo deste ano de 2013 no exílio. Um ameaçado pelos delegados de polícia do Paraná, e o outro, pela bancada da bala de São Paulo.

Informa o Portal da Imprensa: Na última segunda-feira, o Conselho de Comunicação Social do Congresso aprovou o texto final da moção pedindo rapidez e ampliação do projeto de lei que federaliza crimes contra jornalistas.

O órgão consultivo do Senado solicitou ainda que fossem incluídas no projeto outras categorias, como radialistas e blogueiros. O grupo irá pedir rapidez na tramitação do projeto (PL 1.078/2011), de autoria do deputado Delegado Protógenes Queiróz.

“Com essa ampliação, procuramos contemplar outros grupos que atuam na área jornalística. Pedimos para abrir para outras categorias e recomendamos a federalização para que haja melhor apuração dos crimes cometidos contra comunicadores. Isso ajudará a garantir a liberdade de expressão”, afirmou o presidente do conselho, Dom Orani Tempesta.

 
O representante dos trabalhadores no conselho, Nascimento Silva, é fundamental a entrada da Polícia Federal nas investigações.
 
“Se depender da polícia local, as dificuldades serão grandes, porque em alguns casos há conluios com o poder público que está sendo denunciado pelo jornalista ou radialista, e outros problemas, como a falta de efetivo. Todos que exercem o trabalho de informar têm de ser incluídos nessa lei. Não caberia deixar de fora os radialistas e blogueiros, por exemplo”, disse.
 
Ilustração Ramses Morales Izquierdo
Ilustração Ramses Morales Izquierdo
 
 [Falta de efetivo é conversa mole. Polícia nunca faltou.  Colocar os assassinos na cadeia, sim, e que os crimes denunciados pelos jornalistas trucidados sejam investigados, para que o martírio não seja em vão, que os mandantes, na maioria dos casos, são ladrões do dinheiro público, com envolvimento na prática de outros crimes: lavagem de dinheiro, agiotagem, sonegação, abuso de autoridade, tráfico, inclusive outros assassinatos. T.A.]