O PODER DO COLONIALISMO. Uma Grécia parecida com o Brasil de FHC

Tudo que vem sendo imposto à Grécia, o Brasil já fez desde os tempos do entreguismo, das privatizações, da globalização unilateral, do Proer dos Bancos e dos empregos terceirizados  do governo de Fernando Henrique.

eleconomista. reforma laboral e privatizar

Soros um pirata que não larga o Brasil

George Soros, o maior acionista da Petrobras. Um dos principais beneficiados pela Operação Lava Jato
George Soros, o maior acionista da Petrobras. Um dos principais beneficiados pela Operação Lava Jato

Desde o entreguismo do governo Fernando Henrique, a imprensa vem publicando a saída de George Soros do Brasil. A morte de Fidel Castro e a fuga de Soros são as notícias mais repetidas pela imprensa vendida e safada.

Os jornalões publicaram que George Soros trocou ações da Vale do Rio Doce, estatal doada por FHC, por ações da Petrobras. Uma transação totalmente imaginária. Essa troca impossível significaria que a Petrobras é o maior acionista da Vale.

George Soros teve o prestígio de nomear um empregado presidente do Banco Central. Daí o perigo da autonomia.

Por Paolo Lombardi. Soros possui vários empregados de luxo atuando no Brasil. Tem ex-presidente do Banco Central. Tem ex-candidatos a presidente do Brasil. Tem executivos de várias multinacionais
Por Paolo Lombardi. Soros possui vários empregados de luxo atuando no Brasil. Tem ex-presidente do Banco Central. Tem ex-candidatos a presidente do Brasil. Tem executivos de várias multinacionais

Todas as vezes que alguma trama política está para acontecer, noticiam coisas assim:

“O megainvestidor George Soros resolveu desfazer toda a posição que tinha sobre a Petrobras (PETR3; PETR4) e abandonar investimentos diretos no Brasil, informou sua gestora à SEC (Securities and Exchange Commission) – a agência reguladora do mercado de capitais americano. Conforme destacou a imprensa nacional, a decisão do bilionário foi novamente na direção contrária da de outros importantes players do mercado, que passaram a investir na estatal no começo do ano.

Durante o segundo semestre do ano passado, o investidor aumentou sua aposta sobre os papéis da Petrobras no auge da Operação Lava Jato, quando o mercado castigava as denúncias de corrupção e a apuração das perdas por eles gerados. Do segundo para o terceiro trimestre de 2014, a exposição de Soros à petrolífera dobrou para 5,1 milhões de ações. De lá para cá, o movimento inverteu até ser zerar ao final dos primeiros três meses deste ano.

O bilionário também vendeu a participação que tinha sobre os papéis da Embraer (EMBR3) e TIM Brasil (TIMP3), levando embora todos os recursos antes aplicados por aqui”.

Esta notícia do portal 247 é menirosa. O especulador Soros, pirata internacional, patrocinador de guerras na Europa, no deserto árabe, e do colonialismo na África e nas Américas do Sul, Central e México, jamais largou os ossos de ouro da Petrobras, da Vale do Rio Mais do que Doce. Soros é um assassino, um banqueiro agiota.

Ambicioso, um maldito Midas, não largará facilmente o Brasil. Investiu nas campanhas presidenciais para derrotar Lula e Dilma Rousseff, Soros ganhou muito com as privatizações de Fernando Henrique, mas quer mais. Sempre vai querer mais.

Bom que saísse da Petrobras e de outras grandes empresas brasileiras, que foram privatizadas, e entregues ao capital estrangeiro.  A farsa do leilão da Vale do Rio Mais do que Doce foi o maior roubo da história mundial.

Soros cai fora sim, quando o Brasil reconquistar suas riquezas roubadas. Hora do Brasil nacionalizar a Vale, a Petrobras e outras empresas ex-estatais.

Pela independência do Brasil, Soros fora já! para todo sempre!

Vade retro satana!

Toda ditadura é criminosa. Nunca mais tirania

incitação

 

Exemplos de incitação ao crime:

pedir o retorno da ditadura,
defender uma intervenção militar,
propagar um golpe, que levará o Brasil a uma guerra interna.

A pena de detenção deve ser bem maior. Que uma guerra civil mata milhares de pessoas.

Pedir a intervenção de um exército estrangeiro é crime de traição à Pátria.

O que aconteceu de novo, na política, nestes cem dias de governo de Dilma?

Os tucanos e aliados, derrotados no primeiro e segundo turnos, elegeram Eduardo Cunha presidente da Câmara dos Deputados. E desejam o impeachment de Dilma, por atos e fatos debatidos na campanha eleitoral, e julgados pelo povo nas urnas.

Toda ditadura mata a Liberdade, a Democracia, a Fraternidade.

Por uma justiça social, por uma polícia social, por um governo do povo, pelo povo, para o povo, nunca mais ditadura.

A tortura é um crime hediondo. Tortura nunca mais.
Nunca mais tirania. Nem colonialismo.
Independência ou Morte!

Um novo ‘Dia do Fico’

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A expressão Dia do Fico deve-se a uma frase célebre de dom Pedro, então príncipe-regente do Brasil colônia de Portugal.

Em 9 de janeiro de 1822, D. Pedro I recebeu uma carta da corte de Lisboa, exigindo seu retorno para Portugal.

D. Pedro respondeu negativamente aos chamados de Portugal, e proclamou: “Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto! Digam ao povo que fico”.

D. Pedro ficou, e proclamou a Independência do Brasil no histórico 7 de Setembro, sete meses depois do Dia do Fico.

cartazes passeata dilma

faixa belo horizonte

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cartaz fora gopista

dilma fica 1

Foto Renato Stockler
Foto Renato Stockler
Foto Tiago Belinski
Foto Tiago Belinski

 

Ontem, 13 de Março, os brasileiros decidiram ir às ruas. Para defender a Petrobras. Para o bom combate contra o neocolonialismo.

Para desbaratar a conspiração dos inimigos da democracia. Que tramam um golpe contra Dilma.

Os quinta-colunas pretendem uma dupla regressão. O retorno da ditadura militar. E da privataria do governo Fernando Henrique.

Pela soberania do Brasil, pela Independência ou Morte, Dilma vai ficar até o último dia do ano de 2018 do seu governo.

 

 

No exterior, os brasileiros  também promoveram o Dia do Fico
No exterior, os brasileiros também promoveram o Dia do Fico

 

Manifestação em Lisboa
Manifestação em Lisboa

 

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Amor à pátria

por Dom Canísio Klaus
Bispo de Santa Cruz do Sul (RS)

Com o olhar voltado para as eleições de outubro, comemoramos a Semana da Pátria, que tem seu ponto alto no domingo, dia 7 de setembro. A bandeira do Brasil está tremulando em todos os prédios públicos e o Hino Nacional está sendo cantado nas escolas e praças das cidades. No final de semana, os desfiles cívicos tomarão conta das ruas e avenidas. Tudo isto para reforçar o sentimento de amor à Pátria Brasil.

Sete de Setembro
Sete de Setembro

Amar a Pátria significa nutrir afeto para com o país onde nascemos e vivemos, com o desejo de que tudo de bom possa acontecer com este país. Implica no compromisso de trabalhar e lutar para defender os interesses do povo e o bem estar de todos os cidadãos. Em combater a exploração e zelar para que o governo seja justo e honesto, denunciando o desvio do dinheiro público e aqueles que habitualmente agem contra a lei.

Mais do que denunciar, o amor à Pátria, conforme nota da CNBB, implica em “contribuir na construção de outra prática política, firmada nos valores éticos de promoção e defesa da vida”, com atitudes construtivas.

Uma pessoa sem pátria é uma pessoa sem chão e sem lar. É o que está acontecendo com milhares de pessoas forçadas a abandonarem seus países por causa da violência no Oriente Médio e na Ásia ou pela falta de perspectivas de vida em vários países da África e da América Latina. Estas pessoas ficam ansiosamente esperando que um país as acolha, tornando-se assim filhos adotivos de uma nova Pátria.

Para que nossa Pátria tenha um futuro glorioso, estamos sendo convocados a elegermos os nossos governantes no mês de outubro. Devemos cuidar para não cair nas artimanhas de “lobos revestidos em peles de cordeiro”. Com o propósito de nos ajudar a que isso não aconteça, a CNBB divulgou a nota “Pensando o Brasil: desafios diante das eleições”. Aí se diz que “o eleitor deve conhecer o passado de seu candidato e averiguar se o discurso e a prática por ele apresentados se conformam aos valores da ética e do bem comum”. Também alertam para a necessidade de “manter uma atitude de fiscalização e vigilância”, denunciando os abusos e as irregularidades na medida em que elas se tornarem evidentes. Frente à urgência da Reforma Política, precisamos, em outubro, “eleger pessoas que se disponham a aprovar as grandes reformas necessárias ao Brasil melhor”.

Aproveitemos a Semana da Pátria e o período pré-eleitoral para aprofundar o nosso sentimento patriótico e clarear o nosso compromisso com a Pátria onde nascemos e vivemos. Façamos frente ao senso comum de que “política é coisa suja”, e participemos ativamente das eleições, pois, conforme nos alerta o Papa Francisco, “a política é uma das mais altas formas da caridade, porque busca o bem comum”.

Que Deus, por intermédio da Mãe Aparecida, proteja a nossa Pátria!

Hoje, o Grito dos Excluídos busca liberdade e direitos

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“Ocupar ruas e praças por liberdade e direitos” é o lema da 20ª edição do Grito dos Excluídos, que acontece em todo o Brasil, neste domingo, 7 de setembro, dia em que se celebra a Independência do Brasil. O conjunto de manifestações populares, que há duas décadas trata da temática “Vida em primeiro lugar”, prioriza neste ano a linguagem criativa e simbólica em suas ações, como música, teatro, poesia, redações, exposições e feiras. A Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) participa das mobilizações por meio das Pastorais Sociais, com apoio da Cáritas Brasileira e da Pastoral da Juventude.

A edição de 2014 organiza o máximo de ações na defesa da vida humana, na luta pelo acesso e qualidade dos serviços públicos básicos e na construção de espaços e ações de denúncia de injustiças. Os grupos também marcham contra as privatizações de bens naturais e serviços e denunciam a criminalização dos movimentos e lutas populares.

Vários eixos foram articulados para trabalhar questões como participação popular, comunicação, impactos de megaprojetos e megaeventos, extermínio da juventude negra, meio ambiente e os povos indígenas e tradicionais.

“O grito tem uma função como se fosse um pequeno grande professor que contribui para levar informação e formação ao povo brasileiro, que é daquilo que o povo precisa para se manifestar”, afirma o coordenador nacional do evento, Ari Alberti.

Desde 1995, quando aconteceu a primeira edição do evento, houve grande repercussão internacional e reconhecimento na Assembleia Geral da CNBB, ocasião em que os bispos refletiram sobre o tema e o abordaram no Documento 56, “Projeto Rumo ao Novo Milênio”.

Outro fato é o contraste da manifestação civil com o desfile militar. “A Semana da Pátria deixou de ser uma semana de plateia, que assiste a desfiles, para ser uma semana de mobilização, de atividades, de lutas e de botar nas ruas suas necessidades e seus direitos que não estão sendo respeitados”, aponta Alberti.

Saiba mais sobre a organização e locais onde acontecem as ações do Grito dos Excluídos no site www.gritodosexcluidos.org.

 

 

1997 justiça

Cinco ações para derrubar um governo

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Basta o acompanhamento diário das manchetes dos jornais da elite, nos países democráticos, para se ter uma leitura da propaganda golpista.

Paradoxalmente a mídia é mantida ora pelos governos nacionalistas ora pelos governos estrangeiros colonialistas. É esta imposição, em nome da liberdade de imprensa, que os governos da Argentina, Venezuela, Bolívia e Equador decidiram não aceitar.

Primeiro não se financia o inimigo. Segundo, a liberdade de imprensa não é uma propriedade exclusiva da empresa, do barão da mídia, e sim um direito do trabalhador, do jornalista.

Conheça o mais famoso teórico de golpes neste novo milênio sangrento. No You Tube existem várias conferências e filmes sobre Gene Charp.

 

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¿Cómo se llevan a cabo los golpes de Estado en el siglo XXI? En tiempos en que la guerra ‘cuerpo a cuerpo’ no es eficaz, han surgido nuevos métodos para tomar el poder.

“La naturaleza de la guerra en el siglo XXI ha cambiado.” Así lo manifiesta desde hace tiempo el politólogo Gene Sharp, que recuerda que “nosotros combatimos con armas psicológicas, sociales, económicas y políticas”.

Estas son las armas que en la actualidad se usan para derrocar Gobiernos sin tener que recurrir a las armas convencionales. Sharp es autor de un polémico ensayo titulado ‘De la dictadura a la democracia’, que describe 198 métodos para derrocar Gobiernos mediante lo que se conoce como ‘golpes suaves’.

Esos golpes se llevarían a cabo mediante una serie de medidas que van desde el debilitamiento gubernamental hasta la fractura institucional, como sería el caso de lo que está ocurriendo en Venezuela promovido por la oposición, según algunos expertos.

Derrocamiento de Gobiernos en cinco pasos

Los ‘golpes suaves’ de Estado se desarrollarían en cinco etapas:

Primera etapa: Consistiría en llevar a cabo acciones para generar y promocionar un clima de malestar. Entre dichas acciones destacan la realización de “denuncias de corrupción y la promoción de intrigas”, señalan los expertos.

Segunda etapa: Se procedería a desarrollar intensas campañas en defensa de la libertad de prensa y de los derechos humanos acompañadas de acusaciones de totalitarismo contra el Gobierno en el poder.

Tercera etapa: Esta fase se centraría en la lucha activa por reivindicaciones políticas y sociales y en la promoción de manifestaciones y protestas violentas, amenazando las instituciones.

Cuarta etapa: En este punto se llevarían a cabo operaciones de guerra psicológica y desestabilización del Gobierno, creando un clima de “ingobernabilidad”.

Quinta etapa: La fase final tendría por objeto forzar la renuncia del presidente mediante revueltas callejeras para controlar las instituciones, mientras se mantiene la presión en la calle. Paralelamente se va preparando el terreno para una intervención militar, mientras se desarrolla una guerra civil prolongada y se logra el aislamiento internacional del país.

La “violencia no es tan eficiente”, opina Sharp, dado que el poder no es monolítico y que “en los Gobiernos, si el sujeto no obedece, los líderes no tienen poder”.

sharp violência

Gene já sofreu vários tipos de acusações. De ser agente da CIA e defensor do Black Bloc, que me parece ser a mesma coisa.

Undoubtedly the most successful and best known proponent of nonviolence in the last two decades, Gene Sharp received funding for his doctoral dissertation from the Defense Department’s Advanced Research Projects Agency, and his Albert Einstein Institution received grants from the International Republican Institution and the National Endownment for Democracy (the international agencies of the Republican and Democratic Parties, respectively) in order to translate and distribute some of Mr. Sharp’s writings internationally (this even according to a pro-Sharp article that initially claims his organization has received no government funding). Campaigns for nonviolent movements in other countries in which Sharp played an influential role also received major funding from the IRI and the NED, as well as the Rand Corporation, George Soros, and others.

Soldados desenho o símbolo da paz, por Banksy
Soldados desenho o símbolo da paz, por Bristol Banksy

O Black Bloc é financiado pela CIA?

Os inimigos do povo

 Gianfranco Uber
Gianfranco Uber

 

O Brasil é uma terra de vassalos. Da justiça absolutista. Do stalking policial. Dos prefeitos e governadores que não realizam nada que preste para o povo. Da eterna ditadura real ou disfarçada. Terra em que o enriquecimento ilícito não é crime. E são costumeiros o trabalho escravo, o assédio moral e o assédio judicial.

Amanhã, Sete de Setembro, Dia da Independência, as viúvas da ditadura de 1964 prometem ir para as ruas com máscaras dos Anonymous. Outros disfarces para enganar alguns tolos: levar cartazes contra a corrupção e os políticos.

Todo mundo é contra a corrupção. Tudo que é podre. E nada mais podre que uma ditadura. E nada mais corrupto que um ditador. Até a TV Globo reconhece isso.

Grite nas ruas Independência ou Morte! Ditadura nunca mais!

 

secret

O blogue do DoLaDoDeLá publica: Era uma vez um sujeito que achava que com seu poder e sua fortuna podia intimidar os outros. Reclamava à Justiça direitos absurdos, que não poderia obter. Em seu desatino não compreendia que não era a vítima e sim o algoz. Porém, com a fé cega e uma faca amolada nas mãos, o poder moderador não alcançava seu ideal. E, por causa disso, muitos achavam que o silêncio poderia ser a arma dos fracos. No entanto, a resistência se avolumava, uma força enorme crescia entre aqueles que se sentiam injustiçados e uma onda gigante se formava no horizonte. E ela vinha lenta, caudalosa e arrebatadora. Alguns segredos, quando revelados, deixarão os poderosos de joelhos. É quando vão implorar por perdão e, humilhados, terão nossa misericórdia. Ou não. Não subestime aqueles que escolheu para ser seus inimigos. Eles podem revelar a verdade tão cuidadosamente escondida.

A INTERNACIONALIZAÇÃO DA AMAZÔNIA

General Durval de Andrade Nery

Temos que expulsar todos os piratas
Temos que expulsar todos os piratas

A tese da internacionalização da Amazônia nada tem a ver com as razões ecológicas que agora são levantadas. É uma tese cíclica, que sob pretextos vários (direito exploratório da natureza, necessidade de espaço demográfico, liberdade de navegação nos grandes rios, e, agora, ecologia), após uma fase de esquecimento, volta sob a forma de pressões políticas sobre o governo do Brasil.

A imensidão geográfica da Amazônia não poderia deixar de ser objeto de ambição das nações ricas e poderosas do mundo, instrumentadas com maior capital e tecnologia, cujo sentimento de expansão muitas vezes se esconde sob o véu de missões messiânicas a serviço da humanidade.

Em um rápido retrospecto histórico veremos que a tese da internacionalização da Amazônia foi motivo de pressão sobre os governantes brasileiros em várias ocasiões, desde os primórdios da nossa colonização.

A conquista e a manutenção da integridade territorial da Amazônia brasileira tem sido uma epopéia escrita com sangue, coragem e determinação. E o sangue foi derramado em acirrados combates na selva onde a criatividade e o emprego das técnicas da guerra de guerrilhas sempre estiveram presentes.

No século XVII, lutas violentas foram travadas pelas forças luso-brasileiras para expulsão de ingleses, franceses, holandeses e irlandeses, que em incursões permanentes para exploração e comércio, procuravam também o domínio da terra, com a edificação de fortificações às margens dos rios. E um nome destaca-se dos demais nestas lutas: Pedro Teixeira, O Conquistador da Amazônia.

Em meados do século XIX o governo americano dirigiu movimento a favor da abertura do rio Amazonas à navegação mundial. Em 1902, a Alemanha pressionou para que o Brasil não privasse o mundo das riquezas naturais da Amazônia. Nos anos 30, o Japão pretendia instalar 20 milhões de japoneses na Amazônia.

Em 1948, a Unesco tentou criar o Instituto Internacional da Hiléia Amazônica, uma “autarquia” internacional com jurisdição sobre um território que abrangia quase a metade do Brasil. O Estado Maior das Forças Armadas (Emfa) foi contra e impediu essa ameaça à soberania brasileira.

A tese é sempre a mesma, “internacionalização da Amazônia”, são sempre os mesmos atores, desempenhando o mesmo papel. Só trocam o cenário: ora é patrimônio científico da humanidade; ora a navegação internacional dos grandes rios; ora a necessidade de matérias-primas para o progresso da civilização; ora a conquista da tecnologia; e, por fim, a ecologia.

Não há dúvidas que uma grande ameaça ronda as fronteiras do Brasil. A presença de tropas americanas em bases localizadas ao longo da fronteira amazônica indica a possibilidade de se repetirem, a curto prazo e em maior escala, antigas tentativas das potências imperialistas de nos subjugar. Embora ninguém mais duvide da realidade desse perigo, ainda há quem não pressinta certa iminência.

O presidente americano George Bush, em debate pela TV americana quando ainda estava em campanha, ao referir-se ao Terceiro Mundo e suas dívidas com o FMI, declarou: “Existem países que não têm mais como pagar suas dívidas, por isso podem entregar parte de suas florestas tropicais como pagamento”.

É claro que estava se referindo ao Peru, ao Equador, à Colômbia, à Venezuela, ao Brasil e ao tesouro natural da floresta amazônica, a maior reserva florestal mineral do planeta.

Se atentarmos para as possibilidades energéticas da Amazônia, verificaremos que o uso da biomassa como fonte energética, os rios, a energia das diversas fontes de óleos naturais, o sol equatorial, entre outras fontes de energia, tudo isso eleva a Amazônia a um status energético sem precedentes em todo o mundo. Este potencial, conjugado com a capacidade da Petrobras, seria, com certeza, o maior potentado energético do planeta.

A Amazônia é hoje o maior tesouro da humanidade e, segundo a cobiça internacional, não pode pertencer aos países terceiromundistas. Com o sucateamento e aviltamento das Forças Armadas do Brasil, entendemos que o processo já está armado para encenarem a farsa da Política de Globalização, agora com nova roupagem, a “governança progressista”.

É preciso lembrar que a Amazônia brasileira mede aproximadamente 5 milhões de km2, é região de floresta tropical primária, praticamente virgem, apenas 8% da sua superfície foi exposta à ação antrópica, quer dizer, a vegetação primária foi retirada e substituída por outra natural, esta, por sinal, só avança na razão de 0,2%. Note-se que nos 300 mi km2 alterados pelo homem acham-se incluídos 150 mi km2 de cidades, fazendas, núcleos institucionais etc.

A luta pelo domínio e posse de grandes áreas da região amazônica está mais acesa do que nunca. O problema diz respeito, sim, à segurança nacional.
Ao contrário dos tempos em que o país tomava cuidados especiais com a preservação da Soberania Nacional sobre a Amazônia, nestes últimos anos o governo brasileiro tem aberto a região à cobiça mundial, permitindo o ingresso ali de interesses econômicos espúrios, mas que podem servir de pretexto a uma eventual intervenção naquela região brasileira.

A subdivisão do Brasil já começa a ser defendida em academias americanas, como Harvard. Um de seus intelectuais, Juan Henriquez, defende a tese de desmembramento dos países gigantes e fim da soberania nacional, dizendo que, quanto mais globalizado se tornar o mundo, menos traumático para os nacionalistas será a separação de seus estados. Como a Amazônia brasileira constitui 56,4% do território nacional, ao dividi-la, o Brasil estará totalmente desmembrado.

A presença militar americana em bases situadas em países limítrofes com o Brasil é um fato. No governo Menem, a Argentina ofereceu aos EUA uma área de 10 mil hectares de seu território, próximo à fronteira com o Brasil, com pistas de pouso para aviões e campos de treinamento dentro de uma área de selva.

É oportuno lembrar que, partindo dessa base, é possível atingir, em missão de ataque, os centros do poder brasileiro – São Paulo, Brasília, Belo Horizonte e Rio de Janeiro – como resposta a qualquer tentativa do Brasil de defesa da sua integridade territorial.

O povo brasileiro precisa saber que essa nova forma de ocupação militar, tanto pode ser propícia a uma invasão armada, a qualquer momento, quanto um obstáculo à ação do Brasil em represália ou de defesa da sua soberania.

Para quem julgava paranóia essa história da internacionalização da região, eis mais uma evidência de que estão não apenas de olho na floresta, mas anunciando quando e como tomá-la. A primeira proposta de troca por dívidas deveu-se a Margaret Thatcher, quando era primeira-ministra da Inglaterra, exortando as nações do Terceiro Mundo a vender suas riquezas.

De lá para cá, foi uma sucessão de pirataria explícita, da qual não escaparam François Miterrand, da França, Felipe Gonzales, da Espanha e até Mickail Gorbachev. Com a participação decisiva, também, de Al Gore e até de Bill Clinton, sem esquecer John Major, também da Inglaterra. Quer dizer, a rapinagem supera as ideologias.

O grave no caso do Sr Bush é que não há saída, pois é presidente da maior potência mundial, aquela que defende seus valores e seus interesses através da utilização de mísseis, tanques, frotas e bombardeiros.

Não se trata de imaginar os boinas verdes americanos em Manaus ou os bombardeiros sobre a Amazônia, mas sim a continuação do domínio por outros métodos tão eficazes como o controle da economia dos países pobres, a cooptação de suas elites e a compra de seus governantes.


(Tribuna da Imprensa: O texto é de 2003)