O espírito golpista dos ricos contra os pobres

Vladimir Kazanevsky
Vladimir Kazanevsky
Olha o Velhinho

por Luís Fernando Veríssimo

Um fenômeno novo na realidade brasileira é o ódio político, o espírito golpista dos ricos contra os pobres. O pacto nacional popular articulado pelo PT desmoronou no governo Dilma e a burguesia voltou a se unificar. Economistas liberais recomeçaram a pregar abertura comercial absoluta e a dizer que os empresários brasileiros são incompetentes e superprotegidos, quando a verdade é que têm uma desvantagem competitiva enorme. O país precisa de um novo pacto, reunindo empresários, trabalhadores e setores da baixa classe média, contra os rentistas, o setor financeiro e interesses estrangeiros. Surgiu um fenômeno nunca visto antes no Brasil, um ódio coletivo da classe alta, dos ricos, a um partido e a um presidente. Não é preocupação ou medo. É ódio. Decorre do fato de se ter, pela primeira vez, um governo de centro-esquerda que se conservou de esquerda, que fez compromissos, mas não se entregou. Continuou defendendo os pobres contra os ricos. O governo revelou uma preferência forte e clara pelos trabalhadores e pelos pobres. Não deu à classe rica, aos rentistas. Nos dois últimos anos da Dilma, a luta de classes voltou com força. Não por parte dos trabalhadores, mas por parte da burguesia insatisfeita. Dilma chamou o Joaquim Levy por uma questão de sobrevivência. Ela tinha perdido o apoio na sociedade, formada por quem tem o poder. A divisão que ocorreu nos dois últimos anos foi violenta. Quando os liberais e os ricos perderam a eleição não aceitaram isso e, antidemocraticamente, continuaram de armas em punho. E de repente, voltávamos ao udenismo e ao golpismo.

Nada do que está escrito no parágrafo anterior foi dito por um petista renitente ou por um radical de esquerda. São trechos de uma entrevista dada à “Folha de São Paulo” pelo economista Luiz Carlos Bresser Pereira, que, a não ser que tenha levado uma vida secreta todos estes anos, não é exatamente um carbonário. Para quem não se lembra, Bresser Pereira foi ministro do Sarney e do Fernando Henrique. A entrevista à “Folha” foi dada por ocasião do lançamento do seu novo livro “A construção politica do Brasil” e suas opiniões, mesmo partindo de um tucano, não chegam a surpreender: ele foi sempre um desenvolvimentista nacionalista neokeynesiano. Mas confesso que até eu, que, como o Antônio Prata, sou meio intelectual, meio de esquerda, me senti, lendo o que ele disse sobre a luta de classes mal abafada que se trava no Brasil e o ódio ao PT que impele o golpismo, um pouco como se visse meu avô dançando seminu no meio do salão — um misto de choque (“Olha o velhinho!”) e de terna admiração. Às vezes, as melhores definições de onde nós estamos e do que está nos acontecendo vem de onde menos se espera.

Outro trecho da entrevista: “Os brasileiros se revelam incapazes de formular uma visão de desenvolvimento crítica do imperialismo, crítica do processo de entrega de boa parte do nosso excedente a estrangeiros. Tudo vai para o consumo. É o paraíso da não nação.”

o patrocinador água protesto golpe dilma

Syriza nunca ratificará acordo de comércio UE-EUA. “E esse será um presente não apenas para o povo grego, mas para todos os europeus”

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Em declarações ao EurActiv Greece, Katrougkalos destacou a sua preocupação face à criação de um mecanismo de resolução de litígios entre os investidores e o Estado, que torna irrelevantes as leis nacionais, subjugando-as aos interesses dos investidores privados.

A “prática antidemocrática” que prevaleceu desde o início das negociações foi alvo da crítica do vice-ministro da Reforma Administrativa, que garantiu que “um Parlamento no qual o Syriza tem a maioria nunca ratificará” o acordo de comércio UE-EUA.

“E esse será um presente não apenas para o povo grego, mas para todos os europeus”, avançou.

Numa entrevista publicada em dezembro de 2014, o atual ministro das Finanças, Yanis Varoufakis, deixou claro que “o problema com o Acordo de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento (TTIP) é que não se trata de livre comércio mas sim da entrega excessiva de direitos de propriedade sobre normas ambientais e propriedade intelectual às empresas multinacionais”, o mesmo se passando “no que toca à segurança”.

Os Gregos Independentes também já tinham assinalado, num comunicado datado do início de novembro de 2014, a sua oposição ao TTIP, mencionando que, ainda que o acordo visasse alegadamente impulsionar a economia real, na verdade, os seus principais impulsionadores são “banqueiros e lobbies internacionais”.

“Simplificando, o capital especulativo terá ainda mais liberdade para se movimentar […] num único mercado enorme, com oitocentos milhões de pessoas”, adiantou a porta-voz do partido Marina Chrysoveloni.

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Protesto reuniu 40 eurodeputados diante da sala fechada. Foto do GUE:NGL
Protesto reuniu 40 eurodeputados diante da sala fechada. Foto do GUE:NGL

95 empresas financiaram a ditadura

Ronaldo
Ronaldo

 

Em reunião do grupo de trabalho “Ditadura e repressão aos trabalhadores e ao movimento sindical” com pesquisadores sobre o envolvimento do empresariado brasileiro com o regime militar, neste sábado 15, a advogada Rosa Cardoso, membro da CNV, afirmou que o apoio dado por grupos do setor privado ao golpe deve se fazer conhecido.

“Devemos fazer uma responsabilização institucional em relação às empresas que apoiaram a ditadura. Assim, conseguimos mostrar que tratou-se de um golpe civil militar e não apenas militar, uma vez que foi construído por toda uma classe empresarial”, disse Rosa sobre o apoio também de grupos multinacionais que se viam em situação de risco nos governos que antecederam o regime militar, como o de João Goulart.

A advogada de presos políticos na ditadura lembrou que, antes mesmo do golpe contra Jango, foram criados os Ipes (Instituto de Pesquisa e Estudos Sociais) e o Ibad (Instituto Brasileiro de Ação Democrática), que apoiavam partidos e parlamentares de direita com dinheiro do empresariado e da própria CIA (Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos), ajudando a criar todo um aparato para o golpe. “Havia Ipes não apenas nas principais capitais, mas também em lugares mais afastados, como Manaus”, disse. “E não apenas os Ipes, mas também grupos que não tinham paciência para ser tão militante, como o de antigos membros da Revolução Constitucionalista (movimento paulista de 1932 contra Getúlio Vargas) e os banqueiros.” [Recentemente Olavo Setubal, dono do banco Itaú, foi lembrado em um escracho].

Na época, afirmou o pesquisador Jorge José de Melo, o empresariado paulista denominava 40% do PIB brasileiro.
“Colaborar com esse tipo de estrutura do regime era ter acesso livre aos recursos públicos”, explicou o jornalista que analisou a trajetória de Henning Albert Boilesen, presidente da Ultragaz e colaborador do regime, que acabou assassinado por um comando da ALN (Ação Libertadora Nacional) e do MRT (Movimento Revolucionário Tiradentes) em 1971. “Alguns colaboraram ideologicamente, como Boilesen e Gastão Bueno Vidigal, do Banco Mercantil, mas outros colaboravam para ter acesso mais fácil aos recursos.”

Assim, o golpe de 1964 contou com a ajuda da elite burguesa preocupada em proteger o capital. Para executar o programa de propaganda, contou a jornalista Denise Assis, foi montado um esquema de doações, constituído por 125 pessoas físicas e 95 jurídicas – destas, cinco (Listas Telefônicas Brasileiras, Light, Cruzeiro do Sul, Refinaria e Exploração de Petróleo União e Icomi) arcavam com mais de 70% das contribuições. O dinheiro arrecadado seguia, então, para as agências de propaganda como: Promotion S.A, Denisson Propaganda, Gallas Propaganda, Norton Propaganda e Multi Propaganda.

Empreiteiras. Dentre os setores que contribuíram e se beneficiaram do regime militar, um de grande destaque foi o de construção civil. Segundo Pedro Henrique Pedreira Campos, professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) que pesquisou como as empreiteiras apoiaram a ditadura, “empresários que atuam no setor de obras públicas e infraestrutura deram grande salto nessa época”. “Tornaram-se grandes grupos, inclusive com atuação internacional. Em troca, foram altamente favorecidos pelas políticas de Estado implantadas naqueles período. Houve, então, uma concentração no setor na área de construção pesada.”

Muitas vezes, mais do que a colaboração financeira com o regime, as empresas forneciam também apoio logístico à repressão. Além da perseguição a trabalhadores, com as chamadas “listas negras” daqueles que não deveriam ser mais contratados, houve quem cedesse acessórios – como tampões de proteção acústica da General Motors para funcionários do DOI-Codi em São Paulo – ou disponibilizasse instalações para serem transformadas em centros de tortura, como acusam a Petrobras de fazê-lo.

polícia banqueiro poder protesto

 

A LISTA DAS EMPRESAS GOLPISTAS

Mais de 80 empresas estão envolvidas em espionagem e delação de quase 300 funcionários, segundo levantamento feito pela Comissão Nacional da Verdade. O intuito era sufocar qualquer movimento sindicalista que estivesse sendo gestado entre os trabalhadores de grandes montadoras, como Volkswagen, Chrysler, Ford, General Motors, Toyota, Scania, Rolls-Royce, Mercedes Benz, e também de outros setores, como a Brastemp, a estatal Telesp, a Kodak, a Caterpillar, a Johnson & Johnson, a Petrobras, a Embraer e a Monark – todas elas concentradas no ABCD paulista e no Vale do Paraíba.

As empresas justificavam o controle e a colaboração com o regime pela suposta ameaça comunista dos movimentos sindicais. Desde citar os nomes de quem organizasse atos sindicalistas ou vendesse jornais na porta da fábrica, até qualificar algumas mortes como acidentes de trabalho quando de fato não o eram. A polícia, em muitos casos, chegava a receber das companhias milhares de folhas de registros dos empregados que estiveram presentes em greves ou manifestações, com todos os seus dados pessoais, o que poderia levar hoje a processos civis desses funcionários (dos que ainda estão vivos ou de seus familiares) contra as empresas. Não se sabe, porém, se esses dados serviam para evitar futuras contratações por outras empresas ou simplesmente para coleta. Segundo os especialistas, é bastante provável que tenham que ressarcir os afetados, já que não estão amparadas pela lei de Anistia (n.6.683, 1979), que perdoou aqueles que cometeram crimes durante o regime militar no Brasil (1964-1985).

“Os empresários podem ser acusados por crimes de lesa humanidade; 40% dos mortos e desaparecidos durante a ditadura são trabalhadores”, afirma Sebastião Neto, ex-preso político e um dos pesquisadores do grupo de trabalho “Ditadura e repressão aos trabalhadores e ao movimento sindical”, da Comissão Nacional da Verdade. Ainda não se sabe quais deles foram efetivamente detidos por causa da denúncia do empregador. Entre os que chegaram a ser torturados e mortos, também não se sabe ao certo se sofreram tudo isso pela investigação no local de trabalho ou por sua relação com organizações políticas.

O Departamento Estadual de Ordem Política e Social (Dops) em São Paulo tinha uma lista com nome e endereços de centenas de trabalhadores de várias fábricas do ABC (Brastemp, Chrysler, Corona, Equipamentos Villares, Ford, Forjaria São Bernardo, Mercedes-Benz, Rolls-Royce, Scania, Volkswagen, entre outros). Também haveria um informante entre os que discutiam a greve da Scania em São Bernardo, em maio de 1978, tida como marco da retomada do movimento sindical, ainda no final da ditadura.

 Saad Murtadha
Saad Murtadha

A LISTA DA MORTE

Na semana passada, a agência Reuters divulgou informações sobre monitoramento da Volkswagen, durante a ditadura, em relação ao então líder sindical Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente da República, e outros dirigentes. “Talvez a Volks tivesse mais expertise”, comentou Neto, que se preocupou em não enfatizar a ação de uma empresa. “O que nós mostramos é um mecanismo contínuo de repressão, o controle no dia a dia dos trabalhadores”, explica. Segundo ele, havia “naturalidade” na relação entre empresas e polícia política.

Os exemplos são vários. “Em Criciúma, você tem um episódio que o empresário conferia a lista dos presos”, diz Neto, citando ainda o caso de uma mineradora (Morro Velho), em Nova Lima (MG) com um grupo de 51 operários “que ficaram impedidos de viver na cidade” – haveria um acordo para não empregá-los em nenhum lugar. Isso ocorreu ainda em período anterior à ditadura. Ainda em Minas, outro caso de destaque é o chamado “massacre de Ipatinga”, na Usiminas, com 13 mortos reconhecidos.

Depois do golpe de 1964, há a suspeita, no grupo de trabalho, de que as estatais foram uma espécie de “laboratório” da repressão. Apenas na Petrobras foram mais de 500 demissões nos seis meses seguintes à queda de João Goulart.

Rosa Cardoso destaca ainda a importância de se conhecer casos de empresas que cresceram durante a ditadura, citando as construtoras Odebrecht e Camargo Corrêa. “Mas também a Globo, empresa de comunicação. A Varig, por exemplo, que tomou o lugar da Panair, numa falência absolutamente fraudulenta que lhe foi imposta.”

Neto lembra que alguns problemas são atuais. “Hoje, o movimento sindical é muito criminalizado nas greves”, afirma, citando a existência de recursos jurídicos como o interdito proibitório. Ou o que ele chama de “uma espécie de naturalidade de a empresa ligar para a polícia para resolver uma contenda trabalhista“.

 

banqueiros movimento greve manifestante indignados banqueiros

Latuff
Latuff

marina tortura

Candidata do Clube Militar
Candidata do Clube Militar

Merkel: Que las grandes compañías paguen más impuestos en los países donde están radicadas

Ández
Ández

Gran Bretaña, Francia y Alemania pidieron normas más estrictas para evitar que compañías sigan aprovechando las “lagunas” fiscales para evitar pagar impuestos. “No podemos aceptar que un determinado número de empresas puedan ponerse en situaciones en las que escapan de pagar los impuestos de manera que sea legal”, dijo el presidente francés, Francois Hollande. “Hay que coordinar a nivel europeo, armonizar nuestras normas y la elaboración de estrategias para detener esto”.

De esta forma, la Unión Europea aseguró que las grandes compañías paguen más impuestos en los países donde están radicadas, dijo el miércoles la canciller alemana, Angela Merkel. “Trabajaremos para asegurar que las compañías tengan que pagar más donde estén radicadas”, dijo en Bruselas al término de una cumbre de la UE, añadiendo que esto afectaría principalmente a las grandes compañías.

La Comisión Europea negociará con Suiza y Liechtenstein para que Austria y Luxemburgo levanten su veto a la revisión de la directiva sobre fiscalidad de ahorros

Los jefes de Estado y de Gobierno de la Unión Europea concluyeron hoy la cumbre dedicada a la lucha contra la evasión y el fraude fiscal con el compromiso de adoptar antes de que acabe el año la revisión de la directiva sobre fiscalidad del ahorro.

Los líderes han logrado “un consenso para avanzar hacia su adopción (de la citada directiva) antes de final del año, estamos haciendo progresos en este área”, anunció el presidente de la Comisión Europea (CE), José Manuel Durao Barroso, al término de la reunión.

Austria y Luxemburgo se han comprometido así a levantar antes de fines de año el veto que desde 2008 imponían a la revisión de la directiva sobre fiscalidad de ahorros, que plantea un mayor intercambio automático de información entre los Estados miembros. Los dos países quieren asegurarse de que antes se habrán hecho progresos en las negociaciones con países vecinos y no socios de la UE, como Suiza o Liechtenstein, para no quedar en desventaja. Leer más

As dez multinacionais mais perigosas do mundo colonizam o Brasil e uma delas já foi estatal nossa – do povo

Para o Brasil as mais danosas são a Coca- Cola, a Nestlé, pelo avanço em nossas fontes d’água, inclusive aquíferos, e pelo ganho fácil no engarrafamento de água para o consumo nosso de cada dia, a preço de gasolina, e exportação pirata. Se existem royaties de água eles são praticamente invisíveis. A sonegação faz parte do tráfico.

A Monsanto encarece os alimentos, cria latifúndios e a dependência alimentar. A Vale minera a céu aberto. Sua entrega um dos maiores assaltos da história mundial em todos os tempos.

Veja a lista satânica:

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Ya no importa donde vivas, es imposible escapar de la globalización.

La única salida, es informarse para poder elegir con conciencia antes de comprar.

Comenzar a cultivar y a fabricar tus alimentos, reducir el consumo de petroleo y sus derivados, reforestar, comprar lo necesario, escuchar tu voz interior en vez de la voz de la publicidad…son pequeños paso para escapar de grandes monstruos.

Y recordar siempre que el poder de elección esta en uno, no les demos el placer de caer en sus zarpas.

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1. Chevron

Varias de las grandes compañías petroleras estarian en esta lista, pero Chevron merece un lugar especial. Entre 1972 y 1993, Chevron (en ese entonces Texaco) vertió 18 mil millones de galones de agua tóxica en los bosques tropicales del Ecuador sin ningún tipo de reparación, destruyendo los medios de subsistencia de los agricultores locales y enfermando a las poblaciones indígenas. Chevron también ha contaminado en los EE.UU, en 1998, Richmond(California), demandaron a Chevron por vertido ilegal sin pasar por tratamientos de aguas residuales, contaminando los suministros locales de agua, ídem en New Hampshire en 2003.

Chevron fue el responsable de la muerte de varios nigerianos que protestaron en contra de la empresa por su presencia y explotación del delta nigeriano. Chevron pagó a la milicia local,conocida por sus abusos contra los derechos humanos, para aplastar las protestas, e incluso les proporcionó helicópteros y barcos. Los militares abrieron fuego contra los manifestantes, luego quemaron sus aldeas hasta el suelo.

2. De Beers

diamantes

Esta empresa no escatima en gastos, y financia, apoya y crea autenticas guerrillas y dictaduras del terror para poder seguir obteniendo mediante explotación de niños y adultos, la preciada piedra. En Botswana, a DeBeers se le ha culpado por la “limpieza” de la tierra donde se extraen los diamantes, incluyendo el traslado forzoso de los pueblos indígenas que habían vivido allí durante miles de años. El gobierno supuestamente cortó el suministro de agua, los amenazó, los torturó y ahorcó públicamente a los resistentes.

No dejemos de lado su nula responsabilidad ambiental, sus nulos derechos laborales, las vidas humanas, y sus campañas rancias y machistas.

3. Phillip Morris

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Phillip Morris es el mayor fabricante de cigarrillos de Estados Unidos y del mundo.

Se sabe que causan cáncer en los fumadores, así como defectos de nacimiento en los niños por nacer si la madre fuma durante el embarazo. El humo del cigarrillo contiene 43 carcinógenos conocidos y más de 4.000 sustancias químicas, incluyendo monóxido de carbono, formaldehído, cianuro de hidrógeno amoníaco, la nicotina, y el arsénico. La nicotina, la sustancia química principal psicoactivo en el tabaco, ha demostrado ser una adicción psicológica. Fumar aumenta la presión arterial, afecta el sistema nervioso central y constricción de los vasos sanguíneos. Las colillas de cigarrillos son uno de los principales contaminantes que los fumadores arrojan rutinariamente; lento para degradar. Muchos de estos filtros se abren camino en el suelo o en el agua, donde sus productos químicos se comportan como verdaderas sanguijuelas.

El tabaco no sólo contamina la tierra durante sus extensas hectáreas de monocultivo, las cuales son rociadas a diario de agro tóxicos, su producción industrial contamina (se utilizan enormes cantidades de papel, algodón, cartón, metal, combustibles…), su consumo contamina la atmósfera, daña a su comprador y a los que le rodean. Su colilla tarda años en degradarse proporcionándole al suelo y al agua una cantidad enorme de tóxicos.

4. Coca-Cola

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La bebida favorita del mundo o “la leche del capitalismo”, acumula demandas y sanciones en diversos países derivados de graves hechos de contaminación, malas prácticas laborales y uso de aguas no autorizados.

En la fase de producción, la compañía utiliza casi tres litros de agua por cada litro de producto terminado. Las aguas desechadas constituyen contaminantes, que la multinacional deposita en lugares protegidos, como ocurrió en Colombia, situación por la cual, fue multada en Agosto pasado, por la Secretaría Distrital del Ambiente, de la Alcaldía Mayoy de Bogotá, al demostrarse que habáin descargado sus desechos en el humedal de Capellania, en la zona de Fontibón.El hecho es considerado atentatorio contra un área de especial importancia y protección ecológica. El proceso por contaminación del Humedal Capellanía tiene su origen en la caducidad del permiso de vertimientos otorgado a la multinacinal por cinco años y la no autorización de la Secretaría de Ambiente para renovar este permiso. Posteriormente, mediante visitas técnicas fue verificado el estado de la red de alcantarillado de Coca Cola y la realización de descargas industriales, evidentemente no autorizadas.

Una situación muy similar ocurrió en la India en el 2005, donde alrededor de mil manifestantes marcharon para pedir que cerrara la planta cercana a Varanasi, ellos tenían la certeza de que todas las comunidades cercanas a plantas embotelladoras de Coca Cola padecen la falta y contaminación de sus suelos y napas freáticas. Análisis toxicológicos registran la presencia de altos porcentajes de pesticidas prohibidos como el DDT y como “buenos vecinos” distribuyeron sus desechos industriales a los campesinos de Mehdigani con el argumento de que servían para “abono” El resultado es que hoy los suelos son estériles.

Y como si fuera poco, la bebida en cuestión, junto con consumir agua en exceso no aporta ningún elemento nutritivo, al contrario, al contener altas concentraciones de azúcar, es uno de los principales contribuyentes de la obesidad que afecta cada vez en mayor medida a nuestras poblaciones del tercer mundo, generando por otra parte, problemas dentales. Y el efecto de ” quitar la sed”, lo logra mediante el uso de ácido fosfórico.

¿Sabías que …

España es el país europeo que más Coca-Cola consume?
Otros productos suyos son Fanta, Sprite, Aquarius, Nestea, Minute Maid, Tab, Sonfil, Finley, Nordic Mist o Fruitopia (hay 324 distintos)?
Una lata de 33 cl. contiene unos 35 gr. de azúcar?
En 1931 Coca-Cola cambió el traje verde de Papá Noel a rojo para una campaña publicitaria, haciendo juego con su color corporativo?
Otras universidades en Atlanta, Toronto, California, Irlanda o Berlín ya han expulsado a Coca-Cola de sus Campus?
Las botellas de plástico de Coca-Cola en España no son de material reciclado, sino de plástico virgen.
¿Casualidad que el ex-presidente mexicano Fox sea ex-representante de Coca-Cola? ¿y Adolfo Calero, ex-gerente de Coca-Cola, agente de la CIA y cara pública de la contra nicaragüense? ¿y el embajador de EEUU en la India ? ¿y el magnate golpista Cisneros, en Venezuela ? ¿y el ministro Jorge Presno, de Uruguay?
Cuenta con delegaciones en más de 200 países, incluyendo paraísos fiscales como Bahrein o las islas Caimán, para evadir impuestos por sus beneficios…
En el año 2003 obtuvieron unos beneficios de 21.044 millones de dólares (La mitad de los gastos previstos por la ONU para garantizar la educación básica a todos los niños del mundo).
Impulsa potentes grupos de presión: se opuso al tratado de Kyoto a través de sus lobbys US Council for International Business y la Business Round Table, cambió regulaciones en la UE a través del American Chamber of Comerce , fue fundadora del International Life Science Institute, muy influyente en la FAO y la OMS , etc.
Contiene productos transgénicos.
La próxima vez que vayas por una bebida, recuerda la contaminación de los humedales, el uso no autorizado de aguas subterráneas, la violencia, que un litro equivale a tres en realidad… tal vez sea mejor una limonada.

5. Pfizer

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Como si el uso masivo de Pfizer en la experimentación animal no era lo suficientemente desgarrador, Pfizer decidió utilizar a los niños nigerianos como conejillos de indias. En 1996, Pfizer viajó a Kano, Nigeria; a probar un antibiótico experimental en el tercer mundo para combatir enfermedades como el sarampión, el cólera y la meningitis bacteriana. Dieron trovafloxacina a aproximadamente 200 niños. Decenas de ellos murieron en el experimento, mientras que muchos otros desarrollaron deformidades físicas y mentales. Pfizer también puede orgullosamente afirmar que se encuentra entre las diez primeras compañías en los Estados Unidos que provocan la contaminación de la atmósfera.

Y no dejemos de lado los millonarios “incentivos” que le dan a los médicos, y a los gobiernos para que receten sus “medicamentos”.

6. Mc Donalds

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Cada año, miles de niños consumen la comida rápida de una empresa que forma parte activa en la deforestación de selvas, la explotación laboral y la muerte de millones de animales: McDonald’s. Estrategias de mercadotecnia hábilmente diseñadas han expandido la empresa McDonald’s a más de 40 países, donde la empática imagen de Ronald McDonald y su “Cajita feliz”, vende en los niños el gusto por la comida rápida, asociándola con un ideal de alegría. Esta publicidad ha tenido un gran éxito en diferentes partes del mundo, contribuyendo a altas tasas de obesidad infantil. (ver articulo completo)
La alimentación que entrega esta empresa es totalmente carente de nutrientes. Es más, esta comida se conoce mundialmente como ‘comida chatarra’, y no es por nada que recibe este nombre.
Las hamburguesas y “nuggets” que McDonald’s ofrece, provienen de animales que durante toda su vida fueron mantenidos en condiciones artificiales: Privados de aire libre y luz solar, permanecen hacinados al punto de no poder estirar sus miembros o alas (en el caso de los pollos), atiborrados de hormonas para acelerar su crecimiento, y de antibióticos para contrarrestar las múltiples infecciones a que están expuestos, por las condiciones de insalubridad y amontonamiento. Los pollos son engordados al grado en que sus patas no resisten su peso.
Para establecer sus franquicias, McDonald’s adquiere terrenos a bajo precio en lo que antes fueron selvas tropicales deforestadas para la explotación ganadera. Ofrece sueldos mínimos a sus empleados, aprovechándose de las minorías étnicas y contratando menores de edad.

Los productos de McDonald’s, con su alto contenido en grasas, azúcar y sal, estimulan en los niños el desarrollo de sobrepeso, la resistencia a la insulina y su consecuente Diabetes Tipo 2.

Ah, ¿les comenté que fué una de las financiadoras de la campaña de George W Bush ?

7. Nestlé

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Nestlé y su enorme manto de crímenes contra el hombre y la naturaleza, como son la deforestación masiva en Borneo – el hábitat de los orangutanes en peligro crítico – para cultivar aceite de palma, y la compra de la leche de las granjas confiscadas ilegalmente por un déspota en Zimbabwe. Nestlé comenzó a provocar a los ambientalistas por sus ridículas afirmaciones de que el agua embotellada es “ecológica” , desde ahí en adelante se han ido destapando su red siniestra de control y destrucción.

Nestlé realizó esfuerzos mundiales para instar a las madres de países del tercer mundo a utilizar su sustituto de leche para lactantes en lugar de la lactancia materna, sin advertirles de los posibles efectos negativos. Supuestamente, Nestlé contrató a mujeres vestidas de enfermeras para entregar la fórmula infantil gratuita, que se mezclan con frecuencia con agua contaminada, los medios no mencionaron a los niños que murieron de hambre cuando la fórmula se agotó y sus madres no podían pagar más.

8. British Petroleum

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¿Quién puede olvidar la explosión de 2010 de una plataforma petrolera en la costa del Golfo, que dejó 11 muertos y miles de aves, tortugas marinas, delfines y otros animales, destruyendo la pesca y la industria del turismo en la región? Este no fue el primer crimen de BP contra la naturaleza. De hecho, entre enero de 1997 y marzo de 1998, BP fue responsable de una friolera de 104 derrames de petróleo. Trece trabajadores del equipo de perforación murieron en 1965 durante una explosión, 15 en una explosión de 2005. También en 2005, un ferry que transportaba a trabajadores del petróleo de BP se estrelló, matando a 16. En 1991, la EPA cita a BP como la empresa más contaminante en los EE.UU.. En 1999, BP fue acusada de ilegal de tóxicos en Alaska, luego en 2010 por filtrar venenos muy peligrosos en el aire en Texas. En julio de 2006, los agricultores colombianos ganaron un acuerdo con BP después de que se acusó a la compañía de beneficiarse de un régimen de terror llevada a cabo por los paramilitares del gobierno colombiano que protegen el oleoducto Ocensa. Claramente, no hay manera de que BP haga lo correcto.

9.Monsanto

monsanto

Monsanto, creadores y fomentadores de los alimentos genéticamente modificados, hormonas de crecimiento bovino y el envenenamiento por agrotoxicos. La lista de Monsanto incluye la creación de la semilla “exterminadora” , que crea plantas que nunca dan semillas para que los agricultores deban comprar cada año, el lobby para que etiqueten “libres de hormonas” la leche y sustitutos de la leche para lactantes (se encuentra presente si el bovino ha ingerido hormonas de crecimiento, un comprobado agente cancerigeno), así como una amplia gama de violaciones ambientales y de salud humana asociados con el uso de venenos de Monsanto – “. Agente Naranja”, sobre todo. Entre 1965 y 1972, Monsanto viertes ilegalmente miles de toneladas de residuos altamente tóxicos en los vertederos del Reino Unido. Según la Agencia de Medio Ambiente los productos químicos estaban contaminando las aguas subterráneas y el aire 30 años después de que fueran vertidos!!.

Monsanto es célebre por agredir a los propios agricultores que pretende “ayudar”, como cuando demandó a un agricultor y lo encarceló por guardar las semilla de la cosecha de una temporada para plantar en la siguiente.

10. Vale

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La minera Vale, transnacional brasileña presente en 38 países, es la mayor empresa de exploración de minerales diversificados en Latinoamérica y la segunda a nivel mundial.Entre los méritos se destaca la participación de la empresa en el desarrollo de la hidroeléctrica Belo Monte, ubicada en Altamira –Brasil-, dado que el proyecto afecta al río Xingú, principal fuente de vida para la región. Como resultado de la intervención de la empresa, hoy el paisaje amazónico está siendo modificado severamente, como también la vida de miles de pueblos a orillas de uno de los principales ríos de Brasil.

A su vez, en Carajás, en Pará – Brasil-, numerosas familias fueron desalojadas, perdieron sus casas y poseen parientes que murieron como resultado de la construcción de línea férrea construida por la empresa, también denunciada por las pésimas remuneraciones y condiciones de trabajo que sufren sus empleadas.

Los impactos sobre el accionar de la minera no se reducen a las denuncias dentro de Brasil. En la región de Tete, en Mozambique, un pueblo fue desalojado de sus tierras para que la empresa pudiese llevar a cabo su explotación de carbón. A cambio la empresa construyó un re asentamiento en el barrio Cateme, donde las casas y servicios públicos no cumplen las condiciones básicas para el desarrollo de la población.

Existen lamentablemente muchas otras corporaciones que deberían estar presente en esta lista, algunas como Samsung, Tepco, Barklays, Microsoft, Intel, Sony…etc

Como el articulo sería enormemente extenso y triste, me comprometo a entregarles proximamente la lista de las 10 multinacionales más responsables y comprometidas ¿existiran?, ¿será cierto?, pronto lo sabremos.

Fuente: Ecocosas / Pulso Ciudadano

Os que devem morrer

pensão especial aposentadoria indignados

por Mauro Santayana

A ciência prolonga a vida dos homens; a economia liberal recomenda que morram a tempo de salvar os orçamentos. O Ministro das Finanças do Japão, Taso Aro, deu um conselho aos idosos: tratem logo de morrer, a fim de resolver o problema da previdência social.

Este é um dos paradoxos da vida moderna. Estamos vivendo mais, e, é claro, com menos saúde nos anos finais da existência. Mas, nem por isso, temos que ser levados à morte. Para resolver esse e outros desajustes da vida moderna, teríamos que partir para outra forma de sociedade, e substituir a razão do “êxito” e da riqueza pela ética da solidariedade.

Ocorre que nem era necessário que esse senhor Taso Aro – que, em outra ocasião, ofereceu o Japão como território seguro para os judeus ricos do mundo inteiro – expusesse essa apologia da morte. A civilização de nosso tempo, baseada no egoísmo, com a economia servidora dos lucros e dos ricos, e, sobretudo, dos banqueiros, é, em si mesma, suicida.

É claro que, ao convidar os velhos japoneses a que morram, Aro não se refere aos milionários e multimilionários de seu país. Esses dispensam, no dispendioso custeio de sua longevidade, os recursos da Previdência Social e dos serviços oficiais de saúde de seu país. Todos eles têm a sua velhice assegurada pelos infindáveis rendimentos de seu patrimônio.

HOMENS-MÁQUINAS

Os que devem morrer são os outros, os que passaram a vida inteira trabalhando para o enriquecimento das grandes empresas japonesas e multinacionais. Na mentalidade dos poderosos e dos políticos ao seu serviço, os homens não passam de máquinas, que só devem ser mantidos enquanto produzem, de acordo com os manuais de desempenho ótimo. Aso, em outra ocasião, disse que os idosos são senis, e que devem, eles mesmos, de cuidar de sua saúde.

Não podemos, no entanto, ver esse desatino apenas no comportamento do ministro japonês, nem em alguns de seus colegas, que têm espantado o mundo com declarações estapafúrdias. O nível intelectual e ético dos dirigentes do mundo moderno vem decaindo velozmente nas últimas décadas. Não há mistério nisso. Os verdadeiros donos do mundo sabem escolher seus serviçais e coloca-los no comando dos estados nacionais.

São eles, que, mediante o Clube de Bielderbeg e outros centros internacionais desse mesmo poder, decidem como estabelecer suas feitorias em todos os continentes, promovendo a ascensão dos melhores vassalos, aos quais premiam, não só com o governo, mas, também, com as sobras de seu banquete, em que são servidos, além do caviar e do champanhe, o petróleo e os minérios, as concessões ferroviárias e nos modernos e mais rendosos negócios, como os das telecomunicações.

A civilização que conhecemos tem seus dias contados, se não escapar desses cem tiranos que se revezam no domínio do mundo.

velho previdência INSS indignados

O Brasil e a PEC da indústria nacional

Primeiro: Os nomes terminados em Bras devem ser exclusivo das estatais brasileiras. Segundo: Todos os nomes de empresas brasileiras devem ser em português.

Escreve Mauro Santayana

O deputado Assis Melo, do PCdoB do Rio Grande do Sul, conseguiu aprovar, na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, proposta de emenda constitucional que restaura o artigo 170, da Constituição Federal de 1988. É o dispositivo que define o que é empresa brasileira e o que é empresa nacional, distinguindo ambas das empresas estrangeiras e multinacionais.

Nem todos se lembram, hoje, da Comissão de Estudos Constitucionais que, sob a presidência do professor Afonso Arinos, elaborou proposta de anteprojeto da Constituição de 1988. Poucos – e sou um dos privilegiados – têm em seu poder o texto entregue solenemente ao Presidente Sarney, em 1986. Nele se encontram os dispositivos mais importantes que os constituintes acolheriam no documento a que Ulysses Guimarães deu o nome de Constituição Cidadã.

Como membro daquele grupo – e pelo dever de ofício, por ter sido seu secretário executivo – registro que a defesa do interesse nacional prevaleceu, e de longe, nas discussões e na redação final do anteprojeto. E entre os mandamentos que propúnhamos, houve um contra o qual ninguém se opôs, ainda que houvesse entre nós conservadores notórios e empresários associados a empreendedores estrangeiros. Trata-se do artigo 323, de nossa proposta, assim como foi redigido, por Barbosa Lima Sobrinho e aprovado por todos:

“Só se considerará empresa nacional, para todos os fins de direito, aquela cujo controle de capital pertença a brasileiros e que, constituída e com sede no País, nele tenha o centro de suas decisões”. Leia mais 

 

Lenguaje y poder. El agente doble de nuestro descontento

 

Conocerán ustedes la advertencia de Amelia Valcárcel: «No tener poder corrompe también, y a menudo más deprisa». Repliquemos, no obstante, que son dos clases distintas de corrupción. La segunda, la de quien no tiene poder, ha sido descrita así por Adrienne Rich: «La debilidad puede conducir a la lasitud, a la autonegación, a la culpa y la depresión», pero a continuación la poeta estadounidense añade: «también puede generar ansiedad patológica y astucia y un estado permanente de alerta y observación práctica del opresor». La Marquesa lo sabía. La necesidad unívoca de conocer al que nos domina es muy diferente de la conveniencia, biunívoca, de conocer al enemigo. Quien está en el poder a veces la olvida, entonces, ah error, cree que cuando callan «están como ausentes y nos oyen desde lejos y nuestra voz no las toca». Otras veces el poderoso no lo olvida y encarga estudios, si bien no es fácil que el conocimiento mercenario posea la astucia que genera la ansiedad patológica, y que, por ejemplo, a lo largo de la historia de la intimidad se ha traducido en el constante preguntar con aprensión, con rabia: «¿En qué piensas?».

«Este es el lenguaje del opresor / y sin embargo lo necesito para hablarte», ha escrito también Adrienne Rich. Hablan, sí, parece que los callados hablan en el lenguaje del opresor pero no sabemos en qué lenguaje guardan silencio. Y yo, ¿por qué les digo todo esto? ¿Acaso temo la amenaza de los débiles? ¿Acaso soy o creo ser uno de ellos? ¿Cuál es mi posición?

En junio de 1938, Virginia Woolf escribe: «Como mujer, no tengo país; como mujer no quiero país; como mujer mi país es el mundo entero». En 1984, 46 años más tarde, Adrienne Rich ha seguido avanzando por ese camino hasta llegar a estas palabras: «Dejando a un lado las lealtades tribales, y aunque los Estados nacionales sean ahora simplemente pretextos utilizados por los conglomerados multinacionales para servir a sus intereses, necesito entender la manera en que un lugar en el mapa es también un lugar en la historia dentro del cual como mujer, como judía, como lesbiana, como feminista, he sido creada e intento crear». Woolf comienza más cerca de la Ilustración, de la confianza en un lugar común, una razón común si bien admitiendo que esa razón ha estado fracturada, que ha dejado fuera, cuando menos, a media humanidad. Pese a todo Woolf parece creer en la posibilidad de un lenguaje común, en el cual importarían más las palabras dichas que quién las dice. «El principio de la Ilustración», Hegel, «es la soberanía de la razón, la exclusión de toda autoridad» Rich cuestiona que la autoridad sea sólo la visible. Leer más

Transnacionales al banquillo

UN “JUICIO ETICO” A LAS EMPRESAS DEL MODELO EXTRACTIVO Y CONTAMINANTE

Monsanto. Barrick Gold. Repsol. Minera Alumbrera. Ledesma. Alto Paraná. Cargill. Sólo algunas de las grandes empresas que sustentan un modelo de extracción de recursos no renovables, con consecuencias sociales, ambientales y sanitarias. A ellas apunta el “Juicio ético a las transnacionales”, espacio donde un centenar de organizaciones sociales, intelectuales y científicos convergen desde hoy y hasta el domingo en Buenos Aires para demostrar, en base a decenas de testigos y pruebas, que la acción de las compañías “viola derechos humanos”. Leia mais não seja cúmplice.