O primeiro-ministro Alexis Tsipras, num discurso proferido esta tarde no Parlamento, lançou um desafio aos credores, dizendo que a Europa deve considerar o futuro da Zona Euro se insistir na imposição de condições que são “asfixiantes” para o seu país.
“Apresentámos um plano abrangente que poderia ser viável, mas os credores não conseguiram comprometer-se também. Em vez disso, insistiram em medidas inaceitáveis, tais como cortes de salários e aumento de impostos“, sublinhou o chefe do Governo.
Ainda assim, garantiu, o Executivo de Atenas não desistiu de alcançar um acordo com as instituições internacionais. “O mandato que temos do povo grego é acabar com a política de austeridade”, referiu. “Para conseguirmos isso, temos de procurar um acordo que distribua o esforço uniformemente e que não penalize os trabalhadores e pensionistas”
Matteo Bertelli
“El FMI tiene una responsabilidad criminal” sobre la crisis, dijo Tsipras ante su grupo parlamentario, dos días después del fracaso de las negociaciones entre Atenas y sus acreedores. Pero las críticas se dirigieron también hacia la UE y Banco Central Europeo: “La insistencia de las instituciones en proseguir un programa que ha fracasado (…) forma parte de una motivación política para humillar a un pueblo entero que ha sufrido en los últimos cinco años”, aseguró.
Los acreedores “parecen querer enviar un mensaje a Grecia y a los pueblos europeos de que un mandato popular no puede cambiar las cosas”, añadió aludiendo a la victoria electoral de Syriza en enero pasado.
El primer ministro griego también los acusó de “querer sin duda hacer una demostración de fuerza destinada a acabar con cualquier intento de poner fin a la austeridad”. ” Ha llegado el momento de que las propuestas del FMI sean juzgadas no solamente por nosotros sino por Europa (…), que debe debatir no solamente de Grecia sino del futuro de la zona euro”, enfatizó.
Un acuerdo es indispensable para que Grecia -casi sin liquidez- pueda recibir de sus acreedores el último tramo de 7.200 millones de euros correspondientes al plan de rescate internacional de 2012. Según un especialista interrogado por la AFP, Atenas no tiene liquidez para pagar este mes, al mismo tiempo, salarios y pensiones y los 1.500 millones de euros debidos al FMI que llegan a vencimiento el 30 de junio.
Medida aprovada pela instituição dirigida por Mário Draghi significa o começo da asfixia da economia grega e um golpe de Estado financeiro. Documento do governo alemão exige a capitulação de Atenas e a reversão de todas as medidas já tomadas pelo governo Tsipras. Este afirma que “é óbvio que estas sugestões não serão aceites”.
Draghi mostrou as garras do BCE. Foto de European Parliament
Num momento em que decorrem as negociações entre o novo governo grego e a União Europeia, o Banco Central Europeu, dirigido pelo italiano Mário Draghi, tomou na noite desta quarta-feira uma decisão que significa um primeiro passo para a asfixia da economia grega.
Sem qualquer aviso, o conselho de governo do BCE decidiu deixar de aceitar como garantia os títulos da dívida grega nas suas operações de liquidez, argumentando que não é possível assumir que o plano de resgate da Grécia vá terminar com êxito. Isso significa que os bancos gregos passam a não poder usar os títulos como garantia nos seus empréstimos do dia-a-dia.
A decisão deixa apenas um fio de ligação entre o sistema financeiro grego e o europeu: o ELA, o sistema de ajuda de emergência do BCE, que é mais oneroso e que tem um prazo para terminar se não houver acordo: 28 de fevereiro.
Golpe de Estado financeiro
A medida significa uma pressão brutal sobre a Grécia justamente no dia em que o ministro das Finanças grego se encontra como o homólogo alemão, e já está a ser considerada como um golpe de Estado financeiro, desferido por uma instituição não-eleita contra um governo acabado de ser eleito pelo seu povo.
O Ministério das Finanças grego recordou, porém, que o sistema bancário grego “está adequadamente capitalizado e protegido através do acesso à Assistência de Emergência de Liquidez” (o ELA) e que “o BCE está a pôr pressão sobre o Eurogrupo para que se realize um acordo rápido entre a Grécia e seus parceiros”, seguindo a linha de declarações otimistas dadas durante o périplo de Yanis Varoufakis por diversos países europeus.
Mas a medida parece ter sido tomada em sincronia com as pressões que a Alemanha quer pôr sobre a Grécia, no dia em que Varoufakis se reúne com Schauble, o ministro das Finanças germânico.
Um documento a que a Reuters teve acesso mostra que as exigências germânicas à Grécia são nada menos que a capitulação do seu novo governo.
Alemanha quer forçar a capitulação de Tsipras
.
O documento exige a manutenção da troika no país (Varoufakis anunciou que não negociaria com ela); o cumprimento de todos os pagamentos ao BCE e ao FMI; a manutenção dos superavits primários de 3% do PIB em 2015 e 4,5% em 2016 (Varoufakis tinha proposto 1%); o despedimento de 150 mil funcionários públicos (o novo governo recontratou aqueles postos em mobilidade); a manutenção do salário mínimo (o governo grego aumentou-o); a continuação das privatizações (Atenas suspendeu-as).
Uma fonte oficial grega ouvida pela Reuters disse que “é óbvio que estas sugestões não serão aceitas pelo governo grego. Eles estão a atacar o recente mandato dado pelo povo grego e isto não vai ajudar à perspetiva de crescimento da Europa”. Esquerda Net
Em declarações ao EurActiv Greece, Katrougkalos destacou a sua preocupação face à criação de um mecanismo de resolução de litígios entre os investidores e o Estado, que torna irrelevantes as leis nacionais, subjugando-as aos interesses dos investidores privados.
A “prática antidemocrática” que prevaleceu desde o início das negociações foi alvo da crítica do vice-ministro da Reforma Administrativa, que garantiu que “um Parlamento no qual o Syriza tem a maioria nunca ratificará” o acordo de comércio UE-EUA.
“E esse será um presente não apenas para o povo grego, mas para todos os europeus”, avançou.
Numa entrevista publicada em dezembro de 2014, o atual ministro das Finanças, Yanis Varoufakis, deixou claro que “o problema com o Acordo de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento (TTIP) é que não se trata de livre comércio mas sim da entrega excessiva de direitos de propriedade sobre normas ambientais e propriedade intelectual às empresas multinacionais”, o mesmo se passando “no que toca à segurança”.
Os Gregos Independentes também já tinham assinalado, num comunicado datado do início de novembro de 2014, a sua oposição ao TTIP, mencionando que, ainda que o acordo visasse alegadamente impulsionar a economia real, na verdade, os seus principais impulsionadores são “banqueiros e lobbies internacionais”.
“Simplificando, o capital especulativo terá ainda mais liberdade para se movimentar […] num único mercado enorme, com oitocentos milhões de pessoas”, adiantou a porta-voz do partido Marina Chrysoveloni.
La Marea Ciudadana, en la que confluyen un gran número de movimiento y organizaciones opuestas a los recortes, explica el porqué de esta nueva manifestación contra la Troika
Varios colectivos de los que conforman la Marea Ciudadana se han dado cita este miércoles frente a la Sede de la Unión Europea de Madrid, de donde arrancará la manifestación del próximo sábado, para explicar cuáles son los motivos por los que vuelen a salir a la calle contra las medidas de austeridad dictadas desde Bruselas y aplicadas en España por el Partido Popular. Y ya son unas 90 las ciudades europeas donde se han convocado movilizaciones. Entre los países que se han sumado a esta iniciativa, que surge del colectivo portugués Que se lixe la Troika , se encuentran, Italia, Grecia, Chipre y Reino Unido o Francia, además de Portugal y en unas 40 ciudades españolas .
Delante de la Sede la UE un grupo de activistas se ha colocado con un pancarta en la que se leía el lema de la manifestación, “Pueblos unidos contra la Troika” , sujetada por un grupo de activistas con una soga al cuello y la cara tapada con bolsas con la bandera europea. Allí, representantes de distintos colectivos han explicado cuáles son los motivos para salir a la calle el 1 de junio. Marea Verde – Fernando Rodríguez“Convocamos por todos los recortes en la Educación pública. Dicen que es por la crisis, pero al mismo tiempo que se recortan 80 millones de euros en profesorado se están dando 6.000 millones a los bancos a fondo perdido. Están utilizando esta crisis como escusa para privatizar la Educación pública. De esta forma, sólo aquéllas personas con recursos económicos podrán acceder a una educación de calidad y el resto tendrán una educación asistencial que les prepare como mano de obra barata. Por todo eso, pido a todos los ciudadanos de este país que acudan a la manifestación del 1 de junio.”
Marea Blanca – María Nieves Lozano“Nos oponemos al plan de privatización, mal llamado Plan de Sostenibilidad, que está acabando con la Sanidad pública. Queremos que retiren los reales decretos que atentan contra la sanidad y la dejan en manos de la empresa privada. No estamos dispuestos a permitirlo y vamos a seguir luchando.”
La cultura – Iñaki Guevera“La cultura, que en este país generaba un 4% del PIB y contaba con 600.000 puestos de trabajo, ha bajado un punto y la pérdida de empleos es continua. Han recortado todos los presupuestos y la última puñalada ha sido el IVA cultural, del 21%, que no existe en ningún país europeo, es una gran amenaza para nosotros.”
Bomberos Quemados – Pedro Campos“Vamos a participar en esta manifestación porque nuestra posición es la de estar al lado del pueblo. Y defendemos en defensa de los servicios públicos de calidad, porque sólo con ellos podemos servir a los ciudadanos. Que estén dando dinero a los bancos y que nos lo nieguen a los ciudadanos lo que hace es que retrocedamos más de 30 años en derechos. Estamos contra la troika y queremos una democracia más participativa que nos permita recuperar todos los derechos.”
ATTAC – Mariano Aragonés“La deriva de financiarización del capitalismo fue denunciada por primera vez por ATTAC. Todo lo que está pasando en educación, sanidad, dependencia y en todo lo que se privatiza está en el Tratado de Maastricht. Se dan los servicios públicos esenciales a los amigos de los gobernantes para que hagan negocio. Todos los que se están quedando con la gestión de los hospitales en Madrid tienen una relación directa con el poder.”
Equo – Ramón Linaza“La democracia en Europa ha sido secuestrada por la Troika, formada por organismos que nadie ha elegido democráticamente y que están imponiendo políticas neoliberales que nos condenan a millones de personas en todo el continente al paro, la precariedad, la probreza y la desesperación. Por eso, los verdes de toda Europa apoyamos esta manifestación en defensa de nuestros derechos.”
Izquierda Anticapitalista – Pepe Mejía“Queremos denunciar el papel de la Troika, que en complicidad con los gobiernos europeos, en muchos casos corruptos como el nuestro, están en realidad ahondando y profundizando en la crisis y la miseria. Esto lleva a la desafección de las políticas neoliberales y a la desesperanza que sufren miles de ciudadanos. Para nosotros la manifestación es un punto de inflexión y al ser a nivel europeo tiene una importancia capital. Pero es sólo el primer paso, aún quedan por venir retos mayores.”
O metro que serve o coração das instituições europeias parece o de Londres na Segunda Guerra Mundial. Nem as comunicações funcionam
“Enganámo-nos, pronto.” A frase é de uma fonte oficial de Bruxelas ligada à célebre madrugada de sábado de 16 de Março, em que foi decidido o resgate à banca cipriota e a taxação de todos os depósitos bancários. Este “enganámo–nos” diz especificamente respeito à taxa prevista para os aforradores com poupanças inferiores a 100 mil euros, que acabou por ter um impacto muito pior que o esperado nos mercados financeiros e levou o Eurogrupo a recuar na decisão, 24 horas depois de esta ter sido anunciada, mantendo a protecção às poupanças abaixo dos 100 mil euros.
Mas o cenário que está em cima da mesa para os países com bancos em perigo de falência não é mais tranquilizador. Os primeiros penalizados serão os accionistas, mas não se descarta a hipótese de que os maiores depositantes venham a ser também afectados, abrindo caminho a um êxodo em massa das maiores contas bancárias da zona euro para países terceiros onde não estejam sujeitas à imprevisibilidade das políticas europeias.
Esquizofrenia
Entrar hoje na Comissão Europeia ou no Conselho, órgão que reúne os chefes de Estado dos 27 estados-membros que compõem a União Europeia, é como entrar na cabeça de um esquizofrénico: a primeira e mais imediata ideia com que se fica é que existe um total desfasamento dos eurocratas da realidade, com todos a defenderem a mesma posição oficial, independentemente das convicções pessoais e do impacto que estas estão a ter no dia–a-dia de milhões de cidadãos europeus. Mais. A menor ou maior adesão ao discurso oficial – a necessidade de os 17 países da zona euro porem em ordem as suas contas públicas (3% de défice e 60% de dívida pública no PIB) – só é perceptível pela ligeira diferença de timbre na voz dos porta-vozes dos diversos comissários europeus.
À volta da mesa discutem-se actualmente temas como a futura união bancária, com um sistema único de supervisão europeu, que na melhor das hipóteses é para avançar no Verão de 2014, só nos pontos em que não é preciso alterar os tratados. Ou seja, e numa comparação mais compreensível para o comum dos mortais, está-se a discutir por onde passarão as futuras condutas de água para apagar um incêndio que ameaça no dia de hoje dizimar milhões de quilómetros quadrados de floresta. E qualquer que seja a questão, os finalmente são sempre iguais. Não há forma de adequar as respostas da pesada máquina europeia à premência dos problemas nem da crise.
Comunicação precisa-se
Inovador é o facto de a Comissão Europeia estar finalmente a dar prioridade à necessidade de explicar as suas políticas aos milhões de europeus que nunca acreditaram que se poderia passar fome num modelo que lhes foi apresentado como o ideal máximo da democracia, da protecção social e do bem-estar.
Mas é verdade. Isto apesar de os três edifícios que acolhem os funcionários europeus (dois da comissão e um do conselho) levarem dez a zero de qualquer um em Portugal no que respeita às comunicações. Na sala onde Durão Barroso dá as conferências de imprensa não há acesso a internet móvel a partir do momento em que o presidente da Comissão começa a falar. Mesmo os telemóveis ensurdecem devido à falta de sinal.
Em pleno século xxi, o Conselho e a Comissão também têm sistemas informáticos totalmente díspares, sem qualquer interactividade. Mais. Os níveis de segurança também são totalmente diferentes. Quem trabalha na Comissão consegue aceder ao email oficial a partir de casa; os colaboradores do Conselho nem isso. Esta realidade acompanha o diálogo de Barroso com os chefes de Estado da UE. Exemplo recente foi a importância dada por Bruxelas ao facto de a média do défice na zona euro ser agora de 3% do PIB enquanto Berlim se juntava aos críticos das medidas de austeridade, depois de conhecidos os dados mais recentes sobre a recessão na Europa.
No meio de tudo isto, a capital do “império” está submersa em obras infindáveis. A própria estação de metro de Schumann, que serve todos estes edifícios oficiais, assemelha-se a Londres durante os bombardeamentos da Segunda Guerra Mundial. Um dia, dizem-nos, será uma das maiores plataformas de ligação entre transportes públicos da Europa. Isto se até lá a União conseguir sobreviver à crise do euro.
A quem interessa uma guerra que vai matar 7o% da humanidade? Você está entre os sobreviventes?
O progresso do mundo hodierno dependeu de inventos militares, posteriormente adaptados para fins pacíficos.
Em uma entrevista ao Le Monde, em 1981, declarou o filósofo Michel Serres: “Hoje o político tem em mãos a violência absoluta, isto é, a bomba atômica. Nós não podemos fazer mais nada neste caso. A filosofia e o Estado estão separados. Pelas primeira vez desde Platão! Fazemos portanto o nosso retiro dizendo aos políticos: são vocês agora que têm nas mãos este futuro previsto de violência universal. De nossa parte, ficamos bobamente – e somos responsáveis por isso – com a esperança da humanidade. Eles ficaram com a destruição e nós ficamos com o resto”.
E acrescentou Serres: “O conhecimento estava de tal forma misturado ao poder e à violência, que o fim deste história foi Hiroshima. E ainda é Hiroshima. Ora, se há desafios na cultura, na filosofia, é de descobrir as condições de algo que vá além dessa data de vencimento, sempre adiada mais alguns milímetros. Nossa história é esse prazo de Hiroshima. Que é que fazem os políticos atualmente? Afastam esse prazo por um fim de semana, ou por mais uma semana, como as crianças que empurram com o pé sua madeira quando jogam amarelinha.Hiroshima está atrás de nós e à nossa frente. Isso não constitui um futuro. Mas se há uma esperança histórica, está além dessa data de vencimento, e é essa passagem que os filósofos devem negociar.
(…) Agora que o filósofo não está mais enredado no poder e na violência, agora que ele fica de fora, transformou-se no olho implacável que fita o príncipe e revela o seu engano. Não é mais parte atuante. Eu posso dizer ao príncipe: você tem a bomba atômica nas mãos, não tem nenhuma necessidade de mim. Mas, enquanto filósofo, eu sou aquele que mostra, que revela que você tem isso nas mãos e que de agora em diante só fará repetir-se indefinidamente. Não lhe restou mais do que isto: a destruição universal. Somos nós, de agora em diante, que mostraremos a nudez de todos os reis. O real fugiu deles, e vem em nossa direção”.
Ramses Morales Izquierdo
La multipolaridad se profundiza en América del Sur
A principio de mes ocurrió un acontecimiento de una enorme trascendenciaGeopolítica, del cual los grandes medios de comunicación masivos han ninguneado y ocultado. Y es la declaración que formulara la “coalición gubernamental del Brasil” en un comunicado dirigido al embajador de Corea del Norte en Brasil – donde se califica a Estados Unidos, Occidente y Corea del sur como “provocadores de una guerra nuclear“. Esta información publicada en la web de Defensa.com, sitio destinado a tratar temas militares, de defensa, geopolíticos y de la industria afín, agrega: Es la primera vez que organizaciones gubernamentales llegan tan lejos en sus apreciaciones, máxime las hasta ahora excelentes relaciones de Seúl con Brasilia, que, sin embargo, no vio con buenos ojos la – hasta ahora ventajosa – aproximación de Corea del Sur con Perú y Colombia, amén de proponer un TLC a Uruguay. Además, aviones y barcos surcoreanos están ingresando a las dotaciones de las Fuerzas Armadas andinas en forma bastante exitosa últimamente. Hasta aquí parte del articulo del sitio web mencionado, que se sorprende porque el gobierno de Dilma Rousseff, no había moderado el comunicado sino que además con su silencio indirectamente avala el mismo.Este nuevo posicionamiento de Brasil en un mundo en conflicto y trasformación es la consecuencia lógica de su cambio de estatus, ya que supero su escalón de país en desarrollo al de Potencia Emergente, e integra el Grupo BRICS que ha pasado de ser un proyecto intangible a conformar una importante plataforma geopolítica singular en el nuevo mundo multipolar que se avecina, constituyendo un rival geoestratégico del viejo orden internacional implantado por Occidente. Y como bien lo grafica nuestro colega el Dr. Miguel A. Barrios este es: “Giro historico-estrategico del Brasil, pensado y analizado desde Itamaraty. Brasil es una cancillería que cambia presidentes. Solo Brasil, lo puede hacer y lo hizo. Helio Jaguaribe, Moniz Bandeira y Pinheiro Guimarães, son algunos de los maestros que colaboraron y colaboran para crear la base de un pensamiento brasilero estratégico”.
Este giro histórico estratégico es consecuencia, no solo por su nuevo estatus de Potencia emergente, sino que es el resultado de un profundo análisis de la realidad mundial y los nuevos desafíos que se les impone a los países que intentan salir del rol que le determina el “destino manifiesto norteamericano” y que en los últimos días el Secretario de Estado norteamericano Kerry volvió a hacer referencia, diciendo que USA debía volver sus pasos sobre “su Patio Trasero” para asegurar el mismo a sus intereses geoestratégicos y geoeconómicos, y seguramente Itamaraty incluye en su análisis, el plan “Eje Asiático” creado por el Pentágono, que significa el inicio de la política de contención militar contra China y el traslado de las prioridades geoestratégicas occidentales del Medio Oriente al Pacífico asiático. Sin olvidar que desde el fin de la Guerra Fría las Resoluciones del Consejo de Seguridad de la ONU pasaron de 600 en casi 40 años a 1300 en 23 años de post Guerra Fría. Lo que nos lleva a comprender la importancia de esta nueva posición de Brasil, que debe ser analiza profundamente por las cancillerías regionales y Gobiernos, porque es un cambio de gran importancia en el camino hacia el nuevo Orden Mundial y que profundiza el modelo multipolar en nuestra región.
Entrevista a Ólafur Ragnar Grímsson, presidente de Islandia
por Pascal Riché
«Quiero decir a mis amigos europeos que los mercados financieros no son lo más importante». Traducido del francés para Rebelión por Caty R.
Björk no es la única estrella islandesa de gira por Francia esta semana. El presidente del país Ólauf Ragnar Grímsson, de 69 años, está en visita oficial, aureolado por el éxito islandés contra la crisis y por el papel que ha desempeñado en esa espectacular recuperación al decidir, en dos ocasiones, consultar al pueblo por medio de referéndum.
El martes se entrevistó con Françoise Hollande durante 35 minutos. Ambos mandatarios, nos dice el presidente de Islandia, hablaron de tres asuntos:
«La recuperación económica de Islandia y sus enseñanzas, la cooperación económica en el Ártico y la experiencia islandesa en materia de geotermia –que garantiza el 90% de la calefacción a los habitantes- y cómo se podría desarrollar en Francia».
El presidente islandés, en su quinto mandato, está el séptimo cielo. Cuatro años después del estallido de los bancos islandeses, su país se recupera con más fuerza que la mayoría de los demás países europeos y acaba de ganar una batalla ante la justicia europea. A finales de enero, el Tribunal de la Asociación Europea de Libre Comercio (AELE) dictaminó que el Estado islandés estaba en su derecho cuando se negó a pagar a los acreedores extranjeros que habían colocado su dinero en los bancos privados de Islandia.
Usted ha evocado con François Hollande las enseñanzas de la recuperación islandesa. ¿Cuáles son?
Si la compara con lo que está ocurriendo en otros países de Europa, la experiencia exitosa de Islandia es claramente distinta en dos aspectos fundamentales:
El primero es que nosotros no hemos seguido las políticas ortodoxas que se han impuesto desde hace 30 años en Europa y en el mundo occidental. Hemos dejado que los bancos quiebren, no los hemos rescatado, los tratamos como a las demás empresas. Hemos instaurado controles sobre los cambios. Hemos intentado proteger el Estado del bienestar rechazando aplicar la austeridad de forma brutal.
La segunda gran diferencia es que enseguida tomamos conciencia de que esta crisis no solo es económica y financiera. También es una profunda crisis política, democrática e incluso jurídica. Por lo tanto emprendimos reformas políticas, reformas democráticas e incluso reformas jurídicas (un fiscal especial, dotado de un equipo, se ha encargado de investigar las responsabilidades de la crisis). Lo que ha permitido a la nación afrontar el reto de una forma amplia, más global que la simple ejecución de políticas financieras o presupuestarias.
Islandia tiene 320.000 habitantes. ¿Esas políticas son exportables a países más grandes, como Francia?
En primer lugar siempre dudo de hacer recomendaciones concretas a otros países, ya que ¡A mí me han dado muchas malas recomendaciones!
Lo que puedo hacer es simplemente describir lo que ha hecho Islandia y que cada uno saque sus propias enseñanzas. Pero está claro que muchas de las elecciones que hemos hecho nosotros también se pueden hacer en otros países. Por ejemplo evitar una austeridad muy estricta.
Sin embargo usted también ha seguido una política de austeridad bastante dura…
Por supuesto. Pero uno de los ejes de las políticas ortodoxas es el recorte agresivo de los gastos sociales. Nosotros no lo hemos hecho. Hemos protegido los hogares más modestos.
El enfoque general de la crisis –política y jurídica- también se puede seguir en los demás países como en Islandia. La medida que no se puede aplicar en Francia y en otros países de la Eurozona es, obviamente, la devaluación de la moneda.
¿El hecho de no rescatar a los bancos fue realmente una elección? ¿Es posible dejar que se hundan los grandes bancos europeos?
Nuestros bancos eran importantes. Suponían diez veces el tamaño de nuestra economía. No digo que el tamaño no importe. Pero si quiere hablar en términos de tamaño plantéese lo siguiente, ¿Portugal es un país grande o pequeño? ¿Grecia es un país grande o pequeño?
¿Podíamos hacer otra cosa que dejar que se hundieran nuestros bancos? Es un debate abierto. Pero en cualquier caso fue una elección. Eran bancos privados, ¿por qué las empresas del sector bancario deberían tener un tratamiento diferente que las empresas privadas de otros sectores como la tecnología, internet o las compañías aéreas? Éstas también son imprescindibles en nuestras sociedades, pero dejamos que se hundan. Incluso las compañías aéreas. ¿Por qué hay que tratar a los bancos como si fueran sagrados?
La respuesta habitual es que la quiebra bancaria conllevaría otras quiebras y hundiría el sistema financiero, existe un «riesgo sistémico»
Ese es el argumento de entrada. Pero mire lo que pasó en Islandia con el asunto «Icesave». El gobierno británico y el gobierno holandés, apoyados por la Unión Europea, querían que el contribuyente islandés reembolsara las deudas de ese banco privado en vez de dejar la responsabilidad al síndico liquidador.
Entonces me encontré frente a una elección, ¿había que someter la cuestión a referéndum? Un ejército de expertos y autoridades financieras me dijeron: si deja que la gente se exprese aislará financieramente a Islandia durante decenios. El escenario catastrófico no acabará nunca… Me hallaba en medio de una elección fundamental entre los intereses financieros por un lado y la voluntad democrática del pueblo por otro. Y me dije: la parte más importante de nuestras sociedades –y se lo digo a mis amigos europeos- no son los mercados financieros. Es la democracia, los derechos humanos y el Estado de derecho.
Cuando nos encontramos frente a una cris profunda, sea la crisis islandesa o la crisis europea, ¿por qué no dejamos que el elemento más importante de nuestras sociedades marque el camino a seguir? Es lo que hice. Hemos organizado dos referéndums. Desde el primer trimestre después del referéndum la economía se reinició. Y desde entonces sigue la recuperación. Ahora tenemos un 3% de crecimiento, uno de los más altos de Europa, y un 5% de desempleo, una de las tasas más bajas. Todas las predicciones de entonces de una quiebra del sistema han resultado falsas.
El epílogo tuvo lugar el mes pasado: el tribunal del AELE nos dio la razón. No solamente nuestra decisión fue justa y democrática sino que además tenía fundamento jurídico. Mis amigos europeos deberían reflexionar sobre todo esto con la mente abierta: ¿Por qué se equivocaron, tanto desde el punto de vista político como desde el económico y el jurídico? El interés de este cuestionamiento es más importante para ellos que para nosotros, ya que ellos continúan luchando contra la crisis y además se aplican a sí mismos algunos de los principios y argumentos que utilizaron contra nosotros.
Por lo tanto el servicio que puede brindar Islandia es el de una especie de laboratorio que ayude a los demás países a revisar las políticas ortodoxas que están siguiendo. Yo no voy a decir a Francia, Grecia, España, Portugal o Italia lo que tienen que hacer. Pero la enseñanza de los últimos cuatro años en Islandia es que las predicciones apocalípticas, asestadas como certezas absolutas, estaban totalmente equivocadas.
Islandia se ha convertido en un modelo, una fuente de esperanza para todo un sector de la opinión, especialmente en la izquierda anticapitalista, ¿le agrada?
Es un error mirar nuestra experiencia desde ese viejo punto de vista de lectura política. En Islandia los partidos de derecha y los de izquierda fueron unánimes sobre la necesidad de proteger el sistema social. Nadie, ni en la derecha ni en el centro, defendió lo que podríamos denominar «políticas de derechas».
Es la vía nórdica…
Sí, es la vía nórdica. Y si miramos lo que ha ocurrido en los países nórdicos en los últimos 25 años, todos han sufrido crisis bancarias: Noruega, Finlandia, Suecia, Dinamarca y finalmente Islandia, donde siempre vamos con un tiempo de retraso. Lo interesante es que todos nuestros países se recuperan con relativa rapidez.
¿Se arrepiente de haber alentado el desarrollo bancario en los años 2000? Entonces comparó Islandia con una nueva Venecia o una nueva Florencia.
Durante la última década del siglo XX y los primeros años del XXI se desarrollaron empresas farmacéuticas, de ingeniería, tecnológicas y bancarias y por primera vez en la historia dieron a los jóvenes islandeses preparados la posibilidad de trabajar a escala global, sin tener que abandonar el país.
Los bancos formaron parte de esa evolución. Lo hicieron bien. En 2006 y 2007 empezaron las críticas. Entonces me pregunté, ¿qué dicen las agencias de calificación? Dichas agencias concedían a los bancos islandeses un certificado de muy buena salud. Los bancos europeos y americanos hacían negocios con nuestros bancos ¡Y todos querían hacer más!
Las agencias de calificación, los grandes bancos, todo el mundo se equivocó. Yo también. Fue una experiencia costosa que nuestro país ha pagado cara, hemos vivido una crisis profunda, disturbios… La recordaremos durante mucho tiempo.
En la actualidad la gente sigue escuchando a las agencias de calificación. Habría que demandarlas, si estaban tan equivocadas con respecto a los bancos islandeses, ¿por qué van a acertar con los demás?
¿Lo que usted denomina «disturbios» no forma parte del necesario «enfoque político» de la crisis que ha descrito hace un momento?
Yo no lo diría así. Islandia es una de las democracias más estables y seguras del mundo, con una cohesión social sólida. Y sin embargo tras la bancarrota financiera la policía tuvo que defender el Parlamento día y noche, el Banco Central, las oficinas del primer ministro…
Si una crisis financiera, en un lapso de tiempo muy corto, puede sumir a un país semejante en una profunda crisis política, social y democrática, ¿cuáles pueden ser las consecuencias si la crisis surge en países con una experiencia más corta de estabilidad democrática? Puedo decirle que durante las primeras semanas de 2009, cuando me despertaba, no me daba miedo el hecho de no recuperar el camino del crecimiento, sino que estuviéramos viviendo el hundimiento de nuestra comunidad política estable, sólida y democrática.
Pero hemos tenido la suerte de poder responder a todas las exigencias de los manifestantes: el gobierno cayó, se organizaron elecciones, despedimos a los directivos del Banco Central y a la autoridad de la supervisión bancaria, pusimos en marcha una comisión especial para investigar las responsabilidades, etc.
La idea ampliamente extendida en las sociedades occidentales de que los mercados financieros deben representar la parte soberana de nuestra economía y debemos autorizarlos a engordar sin control y a actuar como quieran, con la única responsabilidad de conseguir beneficios y desarrollarse…, es una visión muy peligrosa. Lo que ha demostrado Islandia es que cuando ese sistema sufre un percance origina consecuencias políticas y democráticas trágicas.
En este enfoque político, una asamblea de ciudadanos elegidos ha elaborado un proyecto de nueva constitución (1). Parece que el Parlamento no tiene prisa para votarlo antes de las elecciones del 17 de abril, ¿cree que no verá la luz?
La constitución actual ha desempeñado su papel en la crisis: el de celebrar elecciones, organizar los referéndums… Eso no quiere decir que sea perfecta, se puede mejorar.
Con la crisis se expresó la necesidad de renovar nuestro sistema político. Por lo tanto pusimos en marcha un proceso de reforma constitucional muy innovador: se ha elegido una asamblea de ciudadanos, se ha consultado a los ciudadanos por internet… Pero creo que no tienen tiempo suficiente, únicamente cuatro meses. Una persona normal no puede elaborar un texto perfecto en solo cuatro meses.
En los últimos seis mese ha habido en el Parlamente un debate, propuestas… El Parlamento quizá podrá adoptar ciertas medidas, quizá llegar a un acuerdo sobre la forma de continuar el proceso o adoptar una reforma más completa. Nadie lo sabe.
La devaluación ha ayudado a la reiniciación de Islandia. ¿La idea de unirse algún día al euro se ha descartado para siempre?
La corona fue una parte del problema que condujo a la crisis financiera, pero también una parte de la solución. La devaluación ha vuelto los sectores exportadores (pesca, energía, tecnología) más competitivos, así como el turismo, por supuesto.
Los países de la Eurozona
Hay una cosa de la que todavía no han tomado plena conciencia los países de la Europa continental. Los países del norte de Europa -Groenlandia, Islandia, Gran Bretaña, Noruega, Dinamarca, Suecia…- no adoptaron el euro, a excepción de Finlandia. Ninguno de esos países se unió al euro.
Y comparativamente esos países han ido mejor económicamente durante los años posteriores a la crisis de 2008 que los países de la Eurozona, excepto Alemania.
Por lo tanto en la actualidad es difícil sostener que la adhesión al euro es una condición imprescindible del éxito económico. Por mi parte no veo ningún argumento nuevo que justifique la adhesión de Islandia al euro.
Eliminada la banca, ¿dónde encontrarán empleo los jóvenes islandeses con estudios superiores?
Los bancos, tanto en Islandia como en otros lugares, se convirtieron en empresas muy tecnológicas que empleaban a muchos ingenieros, informáticos, matemáticos. Desviaron los talentos de los sectores innovadores como las altas tecnologías o las tecnologías de la información.
Después de la caída de los bancos, esos talentos volvieron al mercado laboral. En seis meses todos encontraron trabajo…, las empresas tecnológicas o de diseño se han desarrollado muy rápidamente desde hace tres años. Se han creado cientos de empresas. Me siento satisfecho al comprobar que las jóvenes generaciones han respondido a la crisis de forma muy creativa.
La moraleja de esta historia es que si quieres que tu economía sea competitiva en el sector de las tecnologías innovadoras, el hecho de tener un gran sector bancario es una mala noticia, incluso aunque sea competente.
Notas:
(1) La austeridad «justa». El gobierno procedió a recortes presupuestarios preservando la sanidad, la educación y la asistencia social. El país asumió un impuesto progresivo sobre la renta –antes solo había una tasa- y un impuesto sobre el patrimonio. Se duplicó el impuesto sobre la plusvalía. Entre 2007 y 2011 los impuestos pagados por el 10% más rico pasaron del 17% al 31% de sus ingresos.
(2) La Constitución 2.0. Una asamblea de 25 ciudadanos ha redactado un texto apoyándose en las sugerencias de los internautas. Su trabajo se ha aprobado en referéndum. Pero para que se pueda adoptar una revisión constitucional ésta debe votarse antes y después de una elección legislativa.
Riche Pascal, periodista francés, es cofundador y editor de Rue89 y autor del libro Commet l’Islande a vaincu la crise, en el que narra una aventura política-económica poco ortodoxa, rica en enseñanzas para las demás naciones de Europa. Se puede adquirir en: iTunes , Kindle , Kobo .
“Algumas vezes me pregunto se despois destes dias escuros na Grécia, o dano maior se encontrará na economia ou na democracia”.
Entrevista de Leonidas Vatikiotis, economista e jornalista grego:
Creo que no solamente en Grecia, sino en todos los países de la periferia de la eurozona (hablo de Irlanda, España, Portugal, Italia y Grecia), el euro fue nefasto para los pueblos. Tenemos una explosión del desempleo, tenemos programas de austeridad terribles, tenemos la demolición del Estado del Bienestar que nuestros países tenían desde el período de la postguerra mundial. Creo que estos lugares deben salir de la zona euro de la Unión Europea por el bien de sus pueblos.
El mes pasado, hablo de las conclusiones de la cumbre europea de marzo a julio, vimos el memorándum más agresivo sobre Grecia para que adopte la política económica de la Unión Europea. La cumbre de la Unión Europea fue un copia y pega del primer memorándum sobre Grecia, que fue firmado en mayo de 2010. Creo que en los próximos meses, no ya en los próximos años, vamos a asistir al aumento de las edades de jubilación, veremos el desmantelamiento masivo del sector público, veremos la demolición de los acuerdos colectivos entre los sindicatos y la patronal. Todo esto lleva la firma de la Unión Europea, se ha decidido en la Unión Europea.
Por eso creo que los pueblos de estos países -no las clases dominantes- deben imponer la salida de la Unión Europea; deben imponer una política monetaria independiente que favorezca la creación de nuevos puestos de trabajo, que sea favorable a los pueblos y no a los intereses de los exportadores alemanes y de los banqueros alemanes, como es el caso actualmente.
En Grecia llamamos al primer ministro Papandreu, “Tsolákoglu”, que fue el primer ministro designado por la ocupación nazi desde 1941 hasta 1942. Creo que no es una peculiaridad de Grecia. En España ocurre también algo similar. Por ejemplo, la prohibición del déficit público que se decidió en España es una violación de la voluntad del pueblo español.
Nadie fuera de Grecia ha entendido que en el último año y medio hemos vivido un golpe de Estado. La brutalidad policial solamente se puede comparar con el periodo de la dictadura de Georgios Papadopoulos, el dictador al frente de la Junta de Generales entre 1967 y 1974. Cuando tres o cuatro personas se congregan en las plazas de Atenas, la policía los golpea con enorme violencia. Hemos visto en las primeras páginas de los periódicos fotografías de la policía golpeando a estudiantes de 6, 10, 12 años. Subrayo este aspecto porque si no lo conoces no puedes entender lo que ha sucedido en Grecia.
Toda esta tradición de la izquierda y del movimiento ahora no es capaz de sobreponerse a esta política de la represión. En mayo de 2010 tuvimos un incendio en una sucursal bancaria en el que murieron 3 personas. Todos nosotros creemos que quienes incendiaron el lugar no eran manifestantes, porque todos nosotros al día siguiente tuvimos que responder por qué habíamos quemado a tres trabajadores el día de la huelga general.
En Grecia tenemos un Estado profundamente corrupto y no hay Estado de Derecho. Hay violaciones de la ley todos los días, y la policía no rinde cuentas.
En Pakistán se dice que mientras en los demás países el Estado tiene un Ejército, en Pakistán el Ejército tiene un país. En Grecia, nosotros decimos que la policía tiene un país.
El documental “Debtocracy” muestra lo que está ocurriendo en Grecia y la brutalidad policial. Por ejemplo, ha habido casos de periodistas gravemente heridos. Al principio, cuando la policía comenzó a golpear a los periodistas, y especialmente a los reporteros gráficos pidieron que la policía les entregara chalecos con la palabra “PRENSA” escrita para que los agentes no les pegaran. Nosotros les advertimos: no os los pongáis, porque os pegarán a vosotros antes que a nadie. Y así ocurrió. Las personas que llevaban el distintivo de “PRENSA” fueron los primeros objetivos de los policías, que los golpeaban antes que a los manifestantes.
Ficou a União Européia pendurada no pincel, sem escada, depois que a presidente Dilma Rousseff, esta semana, em Bruxelas, declarou estar o Brasil pronto a colaborar com a entidade na tentativa de superação da crise econômica. E por razão muito simples: Dilma acentuou que o combate à crise não é incompatível com o crescimento das nações que sofrem com ela, muito menos com a criação de novos empregos.
Foi uma contestação – para ninguém botar defeito – à receita do FMI e da própria União Européia, de as crises econômicas exigem aumento de impostos, redução de salários, demissões em massa e cortes em investimentos sociais. Tudo isso resume-se à recessão, encomendada para levar as nações em dificuldades a endividarem-se cada vez mais junto ao sistema financeiro internacional, visando saldar suas dividas e pagando juros estratosféricos.
No Brasil, de Roberto Campos a Fernando Henrique, por diversas vezes adotamos essa fórmula, sem esquecer o próprio Delfim Neto nos idos de 1983, quando exaltava o crescimento mas assinava com o FMI cartas de intenção comprometendo-se a penalizar os salários e a interromper obras públicas.
Não foi por conta dos compromissos com a cúpula financeira internacional que vencemos a inflação de 200% ao ano. José Sarney chegou a decretar a moratória da dívida externa e a pressão das forças populares fez o resto. Se é verdade que o Lula manteve a política econômica do sociologo, também é certo que o figurino tornou-se pequeno para o modelo de crescimento.
Retomar a estratégia um dia aplicada por Juscelino Kubtschek torna-se necessidade absoluta, caso a crise atravesse o Atlantico e venha a bater em nossa porta. Mas já estão avisados, lá fora, da rejeição do modelo que assola a Grécia, Portugal, Irlanda, Espanha e até a França. Não vem que não tem.