
A última edição da revista The Economist traz uma reportagem preconceituosa, xenófoba e escravocrata sobre o mercado de trabalho no Brasil e em especial à produtividade dos trabalhadores. Com o título “Soneca de 50 anos”, a reportagem diz que os brasileiros “são gloriosamente improdutivos” e que “eles devem sair de seu estado de estupor” para ajudar a acelerar a economia.
O único estupor do trabalhador brasileiro é não reclamar dos salários indignos, do banco de horas extras, dos assédio moral e sexual existentes nas empresas multinacionais.
A reportagem diz que após um breve período de aumento da produtividade vista entre 1960 e 1970, no tempo da ditadura militar, a produção por trabalhador estacionou ou até mesmo caiu ao longo dos últimos 50 anos. A paralisia da produtividade brasileira no período acontece em contraste com o cenário internacional, onde outros emergentes como Coréia do Sul, Chile e China apresentam firme tendência de melhora do indicador.
“A produtividade do trabalho foi responsável por 40% do crescimento do PIB do Brasil entre 1990 e 2012 em comparação com 91% na China e 67% na Índia, de acordo com pesquisa da consultoria McKinsey. O restante veio da expansão da força de trabalho, como resultado da demografia favorável, formalização e baixo desemprego”, diz a revista.
A reportagem adianta que uma série de fatores explicam a fraca produtividade brasileira. O baixo investimento em infraestrutura é uma das primeiras razões citadas por economistas. Além disso, apesar do aumento do gasto público com educação, os indicadores de qualidade dos alunos brasileiros não melhoraram. Esquece a revista: Principalmente depois da expansão do ensino privatizado.
Acrescenta The Economist: Um terceiro fator menos óbvio é a má gestão de parte das empresas brasileiras. Acontece que foi a propaganda dessa “má gestão” que fez Fernando Henrique convencer os trabalhadores da necessidade de privatizar as estatais.
Há ainda a legislação trabalhista. A revista diz que muitas empresas preferem contratar amigos ou familiares menos qualificados para determinadas vagas para limitar o risco de roubos na empresa ou de serem processados na Justiça trabalhista. A revista também cita que a proteção do governo aos setores pouco produtivos ajuda na sobrevivência das empresas pouco eficientes.
A intenção da revista é defender privilégios colonialistas. Que as grandes e médias empresas são estrangeiras. O Brasil se tornou o país das montadoras e oficinas. Da exportação de matérias primas. E da lavoura de exportação. Quando milhões de brasileiros passam fome, e são dependentes da esmola do bolsa família.
As empresas da pirataria internacional, da globalização unilateral, recebem empréstimos dos bancos oficiais, terrenos e prédios e isenções fiscais para se instalarem no Brasil, vide o exemplo recente da Fiat em Pernambuco. E, ainda, como lucro: uma mão de obra barata e serviçal, liderada pelos sindicatos corruptos.
As internacionais prestadoras de serviços – eletricidade, internet, telefonia, planos de saúde, bancos, água, mercado de alimentos, ensino universitário, transportes etc – são fiscalizadas por prostitutas respeitosas. As agências reguladoras foram criadas para a farsa de fiscalizar a prestação de serviços públicos praticados pela iniciativa privada, e controlar a qualidade na prestação do serviço, estabelecer regras para o setor, inclusive preços sempre aumentados.
A reportagem ouviu um empresário norte-americano que é dono do restaurante BOS BBQ no Itaim Bibi, em São Paulo. Blake Watkins diz que um trabalhador brasileiro de 18 anos tem habilidades de um norte-americano de 14 anos. “No momento em que você aterrissa no Brasil você começa a perder tempo”, disse o dono do restaurante BOS BBQ, que se mudou há três anos para o País.
Que faz este colono aqui, perdendo tempo, o tempo que é ouro para ele? Pelo racismo da declaração este malandro da KKK deveria ser preso ou expulso.
Blake Watkins é o colono símbolo de um sistema escravocrata. Um trabalhador do restaurante BOS BBQ no Itaim Bibi recebe que salário mínimo do mínimo? Trabalha quantas horas por dia? Recebe horas extras?
A duração decente do trabalho precisa atender a cinco critérios, conforme recomendação da Organização Internacional do Trabalho:
• preservar saúde e segurança;
• ser favoráveis à família;
• promover a igualdade entre os sexos;
• aumentar a produtividade; e
• facilitar a escolha e a influência do trabalhador quanto à jornada de trabalho.
Nada disso acontece nas empresas internacionais que colonizam o Brasil.
