Papa Francisco: Ao serviço dos novos escravos

Mensagem à ordem da Santissíma Trindade

 

O convite a «nunca deixar de imitar Cristo» no serviço aos pobres e aos escravos do nosso tempo foi dirigido pelo Papa aos membros da ordem da Santíssima Trindade numa carta ao ministro-geral, Irmão José Narlaly, por ocasião do oitavo centenário da morte do fundador, João da Matha e dos quatrocentos anos da morte de são João Baptista da Conceição, reformador da Ordem. «Ao unir-me ao vosso cântico de louvor à Santíssima Trindade por estes grandes santos – escreveu o Papa – desejo pedir-vos, seguindo o seu exemplo, que nunca deixeis de imitar Cristo e, com a força do Espírito Santo, de vos dedicardes com humildade ao serviço do pobre e do escravo. Hoje há muitos. Vemo-los todos os dias e não podemos ir além, contentando-nos com uma boa palavra».

 

Os que devem morrer

pensão especial aposentadoria indignados

por Mauro Santayana

A ciência prolonga a vida dos homens; a economia liberal recomenda que morram a tempo de salvar os orçamentos. O Ministro das Finanças do Japão, Taso Aro, deu um conselho aos idosos: tratem logo de morrer, a fim de resolver o problema da previdência social.

Este é um dos paradoxos da vida moderna. Estamos vivendo mais, e, é claro, com menos saúde nos anos finais da existência. Mas, nem por isso, temos que ser levados à morte. Para resolver esse e outros desajustes da vida moderna, teríamos que partir para outra forma de sociedade, e substituir a razão do “êxito” e da riqueza pela ética da solidariedade.

Ocorre que nem era necessário que esse senhor Taso Aro – que, em outra ocasião, ofereceu o Japão como território seguro para os judeus ricos do mundo inteiro – expusesse essa apologia da morte. A civilização de nosso tempo, baseada no egoísmo, com a economia servidora dos lucros e dos ricos, e, sobretudo, dos banqueiros, é, em si mesma, suicida.

É claro que, ao convidar os velhos japoneses a que morram, Aro não se refere aos milionários e multimilionários de seu país. Esses dispensam, no dispendioso custeio de sua longevidade, os recursos da Previdência Social e dos serviços oficiais de saúde de seu país. Todos eles têm a sua velhice assegurada pelos infindáveis rendimentos de seu patrimônio.

HOMENS-MÁQUINAS

Os que devem morrer são os outros, os que passaram a vida inteira trabalhando para o enriquecimento das grandes empresas japonesas e multinacionais. Na mentalidade dos poderosos e dos políticos ao seu serviço, os homens não passam de máquinas, que só devem ser mantidos enquanto produzem, de acordo com os manuais de desempenho ótimo. Aso, em outra ocasião, disse que os idosos são senis, e que devem, eles mesmos, de cuidar de sua saúde.

Não podemos, no entanto, ver esse desatino apenas no comportamento do ministro japonês, nem em alguns de seus colegas, que têm espantado o mundo com declarações estapafúrdias. O nível intelectual e ético dos dirigentes do mundo moderno vem decaindo velozmente nas últimas décadas. Não há mistério nisso. Os verdadeiros donos do mundo sabem escolher seus serviçais e coloca-los no comando dos estados nacionais.

São eles, que, mediante o Clube de Bielderbeg e outros centros internacionais desse mesmo poder, decidem como estabelecer suas feitorias em todos os continentes, promovendo a ascensão dos melhores vassalos, aos quais premiam, não só com o governo, mas, também, com as sobras de seu banquete, em que são servidos, além do caviar e do champanhe, o petróleo e os minérios, as concessões ferroviárias e nos modernos e mais rendosos negócios, como os das telecomunicações.

A civilização que conhecemos tem seus dias contados, se não escapar desses cem tiranos que se revezam no domínio do mundo.

velho previdência INSS indignados

Escravidão da Zara, Marisa, Pernambucanas, Collins…

Coleção especial Keith Haring da Zara
Coleção especial Keith Haring da Zara

Temos escravidão nos latifúndios da lavoura de exportação. Começou no ano de 1536. Com a primeira plantação de cana de açúcar. E continua nos campos de soja, para alimentar o gado do primeiro mundo; de milho, para fabricar álcool para os Estados Unidos misturar com a gasolina; e de cana, para adoçar a boca de quem come três refeições por dia na “Oropa, França e Bahia”.

Temos escravidão nas terras a perder de vista, onde o estrangeiro cria o gado solto, para que a carne fique mais saborosa e macia nos restaurantes e hotéis de luxo e nos palácios dos países com armas de destruição em massa e G-20.

Exportamos alimentos, e o brasileiro pena no trabalho escravo; e mais da metade dos brasileiros jamais comeu três refeições/ dia.

As empresas estatais foram privatizadas por Fernando Henrique ( 70 por cento), Lula da Silva (o que restou), e os novos proprietários, estrangeiros, passaram a pagar salários indignos.

Assim acontece em todas empresas e indústrias desnacionalizadas:

* trabalho escravo
* salário mínimo
* salário piso

Os salários dignos ficam para o primeiro escalão, para os executivos (a maioria dos países da matrix), serviços de espionagem e segurança, capatazes, lobistas & outros serviços sujos de trinta moedas.

Idem em todas as filiais no Brasil: bancos, seguradoras, montadoras, oficinas, etc (ainda existem grandes empresas e indústrias brasileiras?)

 

Oficina e moradia de um escravo da Zara
Oficina e moradia de um escravo da Zara

La transnacional española se niega a ajustarse a las leyes de Brasil
ZARA no reconoce su infamia

por Juan Luis Berterretche

En agosto pasado cuatro grandes redes minoristas de ropa fueron descubiertas utilizando talleres de confección con trabajo esclavo: Marisa, Pernambucanas, Collins y se completa el grupo con la transnacional española Zara.
Con una facturación mundial de 12.500 millones de euros anuales, el gigante de la moda española Inditex (Arteixo, La Coruña) propietario de la cadena de tiendas Zara, tiene 30 locales en Brasil y emplea en ellos, 7.000 personas. Todos los locales limpios, bien diseñados, impecables, seductores.

Como contracara de esa imagen impoluta existen esos tugurios infames donde se producen las prendas de Zara. Talleres en los que se explota a inmigrantes indocumentadas bolivianas o peruanas. Mujeres con niños pequeños cosen durante 16 horas inclinadas sobre sus máquinas. Sobreviven encerradas en cuchitriles pestilentes y con capataces que no las autorizan a salir a la calle. Las inspecciones encontraron fuertes indicios de tráfico de personas e incluso comprobaron explotación infantil.

El lucro de Zara proviene en gran parte de la miseria del costo en la confección de sus prendas. En dichos talleres la remuneración no pasa de R$ 2 (poco más de 1 dólar) por pieza producida. Después de los tramposos descuentos las trabajadoras no llegaban a recibir ni siquiera al salario mínimo (R$ 545) y menos aún el mínimo de los convenios de las empresas con los sindicatos del sector (R$ 676).

Según Zara en Brasil tienen 46 abastecedores directos y 313 talleres subcontratados. Lo que totaliza más de 11.000 empleados en esa cadena de explotación esclavista.

El miércoles 30 de noviembre Zara tenía una reunión con el Ministerio Público del Trabajo para definir los términos de un ajuste de conducta que impidiera que la empresa continuse subcontratando y “tercerizando” sus confecciones de la forma delictiva que acostumbra.

Zara se niega a ajustarse a las leyes de Brasil

Para sorpresa de los delegados del Ministerio Público del Trabajo (MPT), la transnacional española se negó a firmar el texto que la obligaba al compromiso de una gestión de acuerdo con las leyes del país. Leia mais 

Trabalho escravo na Zara, Ecko, Gregory, Billabong, Brooksfield, Cobra d’Água e Tyrol
Trabalho escravo na Zara, Ecko, Gregory, Billabong, Brooksfield, Cobra d’Água e Tyrol

Não seja cúmplice

Boicote estas empresas que empregam escravos. Não faça parte deste crime hediondo. De almas sebosas imperialistas, monarquistas, franquistas, nazistas, satânicas. Não seja um deles. São criminosos, bandidos, terroristas, vampiros que sugam o suor, o sangue e as lágrimas dos escravos.