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Merkel, a madrasta da troika. Brasil, a mãe da BMW e outras empresas alemãs
Propaganda enganosa. E mania de ser colônia alemã
NO BRASIL EXISTEM MONTADORAS E OFICINAS ESTRANGEIRAS. NÃO TEMOS NENUM CARRO NACIONAL. NENHUNZINHO. COISA DE PAÍS DOMINADO
Brasil das montadoras e oficinas
Manchete que denuncia a dependência de um país
Um país independente investe. Veja os sinônimos de dependência: agência, escritório, filial, obediência, submissão, subordinação, sucursal, sujeição.
O Brasil virou um país de montadoras e oficinas estrangeiras. Repleto de agências, filiais, sucursais e escritórios de piratas e corsários de várias bandeiras.
FHC patrocinou a venda de mais de 70 por cento de nossas empresas estatais e incentivou a desnacionalização de empresas e indústrias.
Muitas dessas empresas estão em crise. Uma crise que na matriz vem sendo discutida, e que motiva protestos, greves. Que, aqui, na filial é escondida.
Mas a pobreza na matriz em Espanha, em Portugal, na Itália, nunca será igual à pobreza do Brasil, do Paraguai e outros países das Américas do Sul, Central e África.
Corsários e piratas que pagam humilhantes salários ao trabalhador brasileiro.
Quando os industriais choram dinheiro do governo
Toda vez que a imprensa conservadora fala de queda na produção, não tem outra: os industriais estão querendo bilhões e mais bilhões de ajuda do governo.
O Brasil não tem indústrias. Virou um pais de montadoras e oficinas. Os jornalões e revistas de papel cuchê estão solicitando dinheiro para industriais estrangeiros. Acontece o mesmo com os banqueiros.
Estão em crise na matriz, e pretendem ser salvos pelas filiais espalhadas pelo Brasil colônia internacional.
A imprensa condena as greves por salários dignos. Salários que estão congelados.
Os salários pagos no Brasil, pelas empresas estrangeiras, são humilhantes. O salário mínimo, hoje, não passa dos 310 dólares. Para a maioria dos trabalhadores.
Os aposentados e pensionistas também ganham apenas 310 dólares por mês: 620 reais.
Quanto mais baixo o salário pago, maior o lucro da empresa.
Quem tem nível universitário ganha o salário piso. Outra porcaria. Um salário de chefia, para exercer um cargo da máxima confiança, equivale um salário mínimo da Espanha, da Itália, de Portugal, países em crise, e com todas suas grandes empresas e indústrias faturando mais no Brasil do que em toda Europa. E o Brasil diz que é a sexta ou quinta potência mundial.
A imprensa é contra o pagamento do salário desemprego. É contra o bolsa-família, uma esmola máxima de 110 dólares para uma família. É muita maldade. Quando metade da população – mais de cem milhões de brasileiros – tem um rendimento mensal de zero a 130 dólares.
Quem ganha o salário mínimo não come três refeições/dia, e mora em algum casebre numa favela. Um pobre brasileiro não pode ser comparado a um português pobre, a um espanhol pobre. O Brasil é um país de miseráveis. Miserabilidade de país africano em guerra civil e explorado pelo colono branco ocidental e cristão.
Compare os salários mínimos. Clique aqui
O governo promete que vai melhorar a vida do brasileiro. Depois da Copa do Mundo, no ano de 2015, se não existir mais crise na Europa, e com ordem e progresso, eis o salário mínimo de 99% dos brasileiros: 803 reais e 93 centavos. Não passa dos 400 dólares.
Chantagem das montadoras e oficinas estrangeiras
O Brasil não tem indústria automobilística. Existem, sim, montadoras e oficinas estrangeiras.
Atualmente estão presentes no país as seguintes multinacionais: Chevrolet, Citroen (veículos de passeio no Rio de Janeiro e utilitários em parceria com a Fiat/Iveco em Sete Lagoas-MG), Fiat (veículos de passeio e utilitários em parceria com a Citroen, Peugeot e Iveco em Sete Lagoas-MG), Ford (veículos de passeio e caminhões), Hyundai (produção sob licença pelo grupo CAOA), Honda, Iveco, Mahindra (produção sob licença pelo grupo Bramont), Mercedes Benz (caminhões), Mitsubishi (produção sob licença pela empresa MMC), Nissan, Peugeot (veículos de passeio no Rio de Janeiro e utilitários em parceria com a Fiat/Iveco em Sete Lagoas-MG), Renault, Toyota, Volkswagen, Volvo (caminhões).
Na crise mundial de 2008, essas empresas receberam generosas a-judas de Lula. Receberam grana do BNDES, dinheiro do FAT – Fundo de Amparo ao Trabalhador, que apenas beneficia os empresários, inclusive bancos.
Para facilitar a venda de veículos, o Brasil – que já teve, no Império de Dom Pedro II, a quarta frota mundial de navios – reduziu a pedaços nossa indústria naval.
Aconteceu o mesmo com nossa rede ferroviária. Coisa de Fernando Henrique. Depois das privatizações, cada ferrovia liga uma mineradora a um porto.
O sistema rodoviário constitui o principal meio de transportes. E de integração nacional. Com uma rede de 1.355.000 quilômetros de estradas por onde passam 56% de todas as cargas movimentadas no país.
O transporte de cargas para diferentes partes, notadamente na imensa região amazônica, se faz de uma maneira perdulária: via aviões. Isso encarece os preços e isola centenas de cidades.
A manchete safada do Estado de S. Paulo (“Estoque dispara e produtoras param”) esconde um pedido de mais ajuda. De mais grana para os corsários e piratas.
Eta Brasil dependente e sob ameaças.
Empregado no Brasil faz protesto de apoio ao patrão: 90 mil hoje em São Paulo
Pelego na rua para defender o trabalhador é coisa difícil de se ver.
E principalmente para fazer greve.
Mas marchar com os patrões isso acontece.
Patrões e empregados juntos considero suruba. Boa coisa não é.
Segundo o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, a expectativa é que os sindicalistas cheguem à região do Ibirapuera em 2,5 mil ônibus – alguns deles estavam estacionados nesta manhã na Avenida República do Líbano. Paulinho afirmou que o ato reúne empresários e sindicalistas de vários setores produtivos, e que o plano de incentivos à indústria anunciado nesta terça pela presidente Dilma Rousseff “foi feito nas coxas” e “não ataca o cerne do problema”.
“O projeto de ontem são medidas pontuais e importantes. O governo desonerou 11 [setores produtivos], mas a indústria nacional é composta por 127 setores. O plano não ataca o cerne do problema. O coração do problema é juros e câmbio. O Brasil precisa baixar juros e equilibrar o câmbio. Foi um plano meio feito nas coxas, feito na madrugada”, disse Paulinho.
É isso aí: além das benessses já concedidas, exigem mais dinheiro do governo.
– É um protesto para aumentar o salário mínimo?
– Não!
– Para aumentar o salário piso?
– Não!
– Que diabo de protesto é este?
– É um Grito de Alerta em Defesa da Produção Nacional e do Emprego.
– A estabilidade no emprego?
– Não!
– Que produção nacional, se as grandes empresas brasileiras foram desnacionalizadas e as estatais privatizadas?
– (Um diretor de uma montadora estrangeira entrou na conversa) O Brasil tem várias BR
– BR hoje é nome de estrada federal, com porteiras de pedágio para enriquecer algum empresário.
De acordo com o presidente da Força Sindical, 2.500 ônibus foram contratados para transportar trabalhadores de toda região metropolitana. Sua expectativa é de que o ato reúna 80 mil pessoas.
“Esta manifestação é para assustar a presidente Dilma Rousseff, que na minha opinião está sendo enganada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, e pelo ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel”, afirmou Paulinho. “O governo tem de agir rápido porque vários setores, como o de autopeças, já estão quebrando.”
Quem pagou esses 2.500 ônibus?
Paulinho não fala de dinheiro para o bolsa-família, no trabalho escravo, nos salários de fome pagos pelas montadoras e oficinas estrangeiras, na auditoria da dívida, no lucro dos bancos, das companhias de telefone, de fornecimento de energia, na importação de gasolina, no Brasil transformado em exportador de materia-prima, nos cortes de verbas da Saúde, da Educação, da Previdência dos Pobres, no rendimento mensal dos brasileiros, nem nas botijas das centrais dos trabalhadores (dinheiro jamais fiscalizado).
Tem que diga o protesto juntou 10 mil, 20 mil, 90 mil. As empresas não cortaram o ponto dos funcionários. Foi um liberou geral pela liberação de verbas e mais verbas do FAT, via BNDES.
Eta farra boa. Dinheiro para o trabalhador, nécas. Pro patrão, quanto mais, melhor.
Montadoras enviam ao exterior US$ 5,58 bi faturados no Brasil em 2011
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Festival de ilusões
por Carlos Chagas
Nem só de turismo, ou de sua tragédia, vive a capital federal. Ontem, no Senado, pela falta de quorum, poucos ouviram o senador Roberto Requião denunciar que por conta do modelo econômico neoliberal, o país perdeu a capacidade de investir. Apesar da ilusão de que vivemos um momento feliz na economia, o risco é de logo cairmos no precipício.
Os bancos lucraram 160 bilhões. O governo dedica 200 bilhões para pagar juros. O resultado é que essas quantias, somadas, superam a renda obtida pelo total de nossas exportações, mesmo com o preço favorável do minério de ferro, do petróleo, da soja e de outros produtos. O Banco Central tornou-se responsável por essa distorção, dependente que é dos interesses do sistema financeiro. Se de um lado as políticas sociais estimulam o consumo, de outro ficamos reféns dos importadores de nossos produtos primários, que logo poderão reduzir seus preços. Tudo porque falta ao Brasil uma política industrial.
Requião elogiou o aumento do imposto de importação de automóveis estrangeiros, mas criticou o que chamou de lucro fantástico das montadoras sediadas em nosso território, a maior parte remetida para fora, sem limitações. O pré-sal ainda não existe e breve ficaremos pendurados no pincel, sem escada. Para ele, confunde-se a rama com a floresta.
A saída, para o senador pelo Paraná, reside na imediata queda dos juros, razão da farra dos bancos. Não dá para continuar remunerando assim o sistema financeiro, ficando o país sem recursos para investimentos concretos.