As reivindicações sociais não têm sido ouvidas ou acatadas. “Temos uma série de liminares que foram apreciadas diretamente pela presidência do Tribunal de Justiça, que derrubou todas as que tiveram parecer favorável dos juízes de primeira instância”

Flávia Villela (Agência Brasil)

O Comitê Popular da Copa e das Olimpiadas do Rio de Janeiro está organizando uma manifestação para domingo, no entorno do Maracanã, estádio que as seleções do Brasil e da Espanha disputam, a final da Copa das Confederações. As entidades que compõem o comitê vão protestar, sobretudo, contra o processo de urbanização do Rio de Janeiro para os dois megaeventos, que, segundo elas, envolveu remoções forçadas e violação de direitos humanos, e contra a privatização do Maracanã.

Hoje, em entrevista coletiva, os coordenadores do ato informaram que a concentração será na Praça Saens Peña, a cerca de 1 quilômetro  do Maracanã, de onde os manifestantes se dirigirão ao estádio. Depois de anunciarem suas reivindicações, eles vão se dispersar na Praça Afonso Pena, no mesmo bairro.

O movimento reivindica, sobretudo, a interrupção do que chamaram de elitização e privatização do Maracanã, fim do processo de demolição do Parque Aquático Julio De Lamare e do Estádio de Atletismo Célio de Barros, que fazem parte do complexo desportivo do Maracanã, e da Escola Municipal Friedenreich, no entorno da arena.

“O Maracanã agora só tem 75 mil lugares, as áreas VIPs [áreas exclusivas] se multiplicaram, e o preço das entradas subiu muito. Além disso, estão retirando pessoas pobres das áreas centrais e nobres para lugares mais distantes, e tudo isso com recursos públicos para os jogos”, lamentou Cosentino. “Estão transformando o Maracanã em um shopping. O Julio De Lamare e o Célio de Barros eram aproveitados diariamente por cerca de 10 mil pessoas que ali se exercitavam, usando-os como equipamentos de saúde. Tirar esses espaços para transformá-los em estacionamento, que é a proposta do projeto de privatização, é um absurdo”, completou.

Gustavo Mehl, também integrante do Comitê Popular da Copa no Rio, lembrou que protestos paralelos ocorrerão durante todo o domingo em outras áreas da cidade. Ele espera que as manifestações pressionem as autoridades para que ajam de forma mais transparente e democrática, já que, pelas vias legais, as reivindicações sociais não têm sido ouvidas ou acatadas. “Temos uma série de liminares que foram apreciadas diretamente pela presidência do Tribunal de Justiça, que derrubou todas as que tiveram parecer favorável dos juízes de primeira instância.”

(Transcrito da Tribuna da Imprensa)

A corrupção é mãe de todos os crimes hediondos

corrupção indignados

 

Dilma propôs uma nova legislação que considere a corrupção como crime hediondo. Isso depende de um plebiscito. Que o povo diga sim.

SIM. A corrupção pariu as quatro bestas do Apocalipse: a fome, a morte, a peste, a guerra. Só um corrupto, obviamente, defende a impunidade, uma justiça que não prende bandido de colarinho (de) branco: os empresários de obras super, super faturadas, ou inacabadas, e os negociadores de serviços fantasmas.

O Brasil precisa acabar com as chacinas dos fins de semana. A morte dos jovens pobres, dos negros pobres, dos moradores de rua (Belo Horizonte, em dois anos, trucidou cem filhos da rua).

policia terrorista 2

Quem rouba as verbas do SUS mata os doentes nas filas e dentro dos hospitais. Rouba as verbas para erradicar as doenças terceiro-mundistas como a dengue.  Quem rouba a merenda escolar mata os pobres estudantes pobres das escolas públicas.

Os principais vândalos desviaram o dinheiro da construção de mais escolas, mais hospitais, mais moradias populares, para edificar, a toque de caixa, estádios luxuosos, elefantes brancos e palácios com rachaduras como aconteceu com a sede do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, com o estádio Engenhão, que pode ser derrubado com uma ventania.

Estes ladrões, sim, são os vândalos invisíveis, que destroçam os prédios públicos. O prefeito e o governador do Rio de Janeiro vão demolir um parque aquático, um estádio, um museu, uma escola, a décima melhor do Brasil, para doar os terrenos a um grupo de empresários liderados por Eike Batista.

A corrupção só acaba se for considerada um crime hediondo.

 

corrupção

¡Brasil, despierta, un profesor vale más que Neymar!

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Algunos aficionados a las puertas del templo futbolístico de Brasil, han subrayado que Maracaná es la estampa perfecta de lo que condena el pueblo. “El coste de la renovación se disparó respecto al presupuesto inicial y al final ha supuesto más de 300 millones de euros”.

“No estamos contra el fútbol, sino contra la corrupción”, se leía el pasado miércoles, 19 de junio, en varias pancartas desplegadas en el estadio de Fortaleza, en el encuentro entre Brasil y México. Unas 15.000 personas habían intentado bloquear los accesos.

Los futbolistas, esta vez sí, han sentido la necesidad de intervenir. La inmensa mayoría se ha posicionado a favor de los manifestantes.

Horas antes del partido Brasil-México, corrió por la rede la idea de que los aficionados brasileños dieran la espalda al himno al inicio de los protocolos del encuentro.

Juninho Pernambucano, ex internacional con la Canarinha, apoyó la idea desde Estados Unidos.

Alves, el defensa del Barça, se solidarizó por Instagram. “Por un Brasil sin violencia, mejor, en paz, educado, con salud, honesto y feliz”.

Hulk, interior derecha titular, escribió en la red: “La gente de Brasil necesita mejoras”.

El defensa David Luiz también dijo la suya: “Me parece bien que la gente proteste por sus derechos”.

Neymar, el nuevo jugador del Barça, el icono actual del fútbol brasileño, reconoció estar “triste” por lo que sucede estos días en su país. “Siempre tuve fe en que no sería necesario que llegáramos al punto de tirarnos a la calle para exigir mejores condiciones de transporte, sanidad, educación y seguridad, sobre todo porque es una obligación del Gobierno. Mis padres trabajaron mucho para poder ofrecerme a mí y a mi hermano un mínimo de calidad de vida… Hoy, gracias al éxito que ustedes [aficionados] me proporcionan, podría parecer demagógico por mi parte .pero no lo es- levantar la bandera de las manifestaciones que recorren todo Brasil; pero soy brasileño y amo a mí país (…) Quiero un Brasil más justo, más seguro, más saludable y más honesto. En el partido contra México entro en el campo inspirado por esas movilizaciones, estamos juntos”. Durante el choque con México, Neymar gesticuló una y otra vez hacia la grada.

Uno de los gritos en los aledaños del partido fue: “Brasil, despierta, un profesor vale más que Neymar”.

No faltaron varios ex jugadores. Al frente, no podía faltar Pelé.

Pero el gran Pelé metió la pata (siempre ha estado más o menos cercano al poder). Colgó un vídeo en la Red: “Pido a los brasileños que no confundan las cosas. Estamos preparando la Copa del Mundo, vamos a apoyar a la selección, vamos a olvidar la confusión que reina y vamos a olvidar las protestas”.

Romario, el inolvidable Romario, el actual diputado federal por Río, le pidió callar –“Pelé en silencio es un poeta”- y criticó con dureza la “escandalosa” inversión estatal para el Mundial (sin contar la que tendrá que abordar Brasil para Río 2016).

En las redes las cargas contra Pelé acumularon detractores. El embajador del Mundial 2014 intentó rectificar: “Siempre he luchado contra la corrupción, tras mi gol mil hablé sobre la importancia de la educación, no me entiendan mal, solo pido no descargar nuestras frustraciones en la selección”.

Para Rivaldo, uno de los grandes jugadores de todos los tiempos, “es una vergüenza que el Mundial se vaya a celebrar en Brasil con las desigualdades existentes, con gente pasando hambre”. Y añadió: “Yo fui pobre y sentí el no tener un buen servicio sanitario. Mi padre fue atropellado y murió por no haber sido atendido en un hospital público de Recife.” Leer más 

 escola dem

Tostão: A emoção da torcida, em Fortaleza, ao cantar o hino nacional, incorporada pelos jogadores, foi fundamental nos primeiros 20 minutos alucinantes e de bom futebol da seleção brasileira.

Havia, antes da partida, um grande temor de que as bem-vindas manifestações, fora do estádio e em todo o país, passassem para as arquibancadas, por meio de hostilidade ao time brasileiro. Não foi o que ocorreu. Pelo contrário. Os torcedores separaram a seleção do contexto. Mais que isso, sentiram-se orgulhosos de torcer para o Brasil.

Há também uma contradição em tudo isso, de ter protesto, fora, e festa, dentro do estádio. Uma das reivindicações das manifestações são os absurdos gastos com os novos estádios, frequentados por torcedores que dizem apoiar os protestos. Não há mais lugar também para as Fan Fests, nas principais praças das cidades, organizadas pela Fifa e por parceiros.

Por ser contra os gastos excessivos e não prioritários do governo e ter total independência em minhas opiniões, recusei o prêmio de R$ 100 mil aos campeões das Copas de 1958, 1962 e 1970.

De volta ao Brasil Grande?

por Jacques Gruman

Brasil-Ame-o-Deixe-o

Em julho de 2004, visitei Santiago. Fiz questão de conhecer o Palácio de La Moneda, céu e inferno da experiência socialista de Salvador Allende. Fazia um frio polar, desses de congelar pinguim de geladeira. No portão, uma guarda solene recebia os visitantes e fazia uma revista discreta. Afinal de contas, ali era o local de trabalho do presidente da República. Educadamente, o sentinela encapotado falou-me alguma coisa que não entendi. De imediato, e por conta e obra de fantasmas inapagáveis, levantei os braços. Aí aconteceu o inusitado. O soldado disse-me, visivelmente constrangido, que aquilo não era necessário, que a situação lhe trazia “lembranças ruins”. Percebi a mancada a tempo de manifestar-lhe solidariedade. Éramos irmãos atemporais de memórias sofridas.

Quando Allende assumiu a presidência do Chile, em 1970, a barra andava pesada na Ilha do Fundão, onde eu cursava engenharia química. Soldados invadiam a ilha, fazendo arrastões e prendendo a rodo. As engrenagens do terror de Estado surfavam no apoio da classe média, do Milagre Econômico (arquitetado pelo “neoprogressista” Delfim Netto, oráculo sinistro da caserna).

Naquele ano, o Brasil ganhou a Copa do Mundo de futebol com uma seleção brilhante e uma campanha publicitária recheada de clichês patrioteiros. Os 90 milhões em ação do Miguel Gustavo serviram de trilha sonora para a repressão, a censura e a tortura. Presos políticos da época contam que os torturadores interrompiam o suplício para acompanhar as partidas. Patriotadas oficiais escondiam o Brasil real, que sangrava e estava amordaçado.

PRÁ FRENTE, BRASIL

O guarda chileno e suas lembranças tristes surgiram das brumas quando vi a inacreditável campanha que o governo federal acaba de lançar para promover a Copa de 2014 (http://www.brasil.gov.br/noticias/arquivos/2013/05/27/campanha-publicitaria-para-a-copa-2014-traz-brasil-como-a-patria-de-chuteiras). É duro ter aguentado os “ame-o ou deixe-o”, “integrar para não entregar” e “esse é um país que vai p’ra frente”  e vê-los ressuscitados numa retórica ufanista e debiloide. Reafirmando o mito surrado de que somos o país “da alegria”, a propaganda passeia pelo patriotismo tacanho e garante que somos “200 milhões de brasileiros que jogam juntos, acreditam até o último instante e transformam tudo em paixão”. Usaram recursos públicos para produzir este lixo de aroma verde-oliva, que não resiste a três neurônios de análise. Chamem o Zé Trindade !!

Os sábios de Brasília dizem que “o Brasil não vai fazer só uma Copa do Mundo, vai fazer a melhor Copa de todos os tempos”. De onde tiraram isso? O que vimos até agora foi a construção de um colar de elefantes brancos e corrupção a céu aberto. O estádio Mané Garrincha, em Brasília, teve a capacidade aumentada para mais de 70 mil lugares, o equivalente a quase 3% de toda a população brasiliense. As obras do Maracanã, que já havia sido reformado para o Pan de 2007, custaram 50% a mais do que foi orçado no início. Quem vai investigar? Quem se beneficia disso? Après moi, le deluge. A cobertura do estádio da Fonte Nova, em Salvador, não resistiu a uma chuva mais forte.

grand finale da peça publicitária é o retorno à pátria de chuteiras. Criada pelo Nélson Rodrigues em plena ditadura, no estilo reacionário-elegante típico do grande escritor, a expressão serviu para desenhar uma perigosa cartada: a de que é desejável que os brasileiros esqueçam suas diferenças e se unam em torno da seleção nacional. com o radinho de pilha. Nada mais adequado para qualquer governo em ano de eleição. Nada mais estúpido e antiesportivo do que o fanatismo por trás de sagradas chuteiras. Nada mais patético do que as vítimas do arbítrio repetirem mantras dos algozes.

Nada mais conveniente para o general Médici
Nada mais conveniente para o general Médici

UFANISMO

O ufanismo serve a vários senhores. A galvãobuenização do país nutre a apatia, mediocrizando temas e análises. A megalomania fixa no imaginário popular uma falsa ideia de potência e cria alvos fantasiosos (“somos melhores e maiores do que os outros”, que, por consequência, devem se curvar a nós). A lobotomia propagandística esteriliza a capacidade crítica e torna o povo refém de interesses não revelados. Quem tem a ousadia de papaguear que somos “200 milhões de brasileiros que jogam juntos” perdeu o rumo e o prumo. Será que empreiteiros brasileiros jogam no mesmo time dos operários que construíram/reformaram os estádios e jamais poderão frequentá-los (os ingressos terão preços inacessíveis à grande maioria)? Será que os pais e alunos da Escola Municipal Friedenreich, ameaçada de demolição para facilitar o escoamento de torcedores no Maracanã, vestem a mesma camisa dos que querem destruí-la? Será que o Brasil chegou, meio sem querer e assobiando, à sociedade sem classes ?

Ainda sobre a pátria de chuteiras, cabe um derradeiro comentário. O futebol, hoje, não tem nada a ver com aquele que se jogava na época de Nélson Rodrigues. Virou, como registrei na semana passada, um negócio. A seleção rodrigueana tinha cacoete local, todos os jogadores atuavam em times brasileiros. A torcida tinha contato permanente com eles. Assistia aos treinos, via-os aos domingos. O que se vê hoje é uma legião multinacional, reunida circunstancialmente, para a qual a noção de pátria passa batida. Capital não tem fronteira, tem interesses. Longe de ser fenômeno caboclo, virou regra. A bobagem que o governo federal divulga nas televisões ignora essas mudanças e nos faz retroceder a oba-obas de triste memória.

Gostaria que isso não passasse de um pesadelo. Amanhã acordaria e, aliviado, constataria que tudo não passara de imaginação. Bem ao estilo de um maravilhoso samba de breque do imortal Moreira da Silva, Acertei no milhar (http://letras.mus.br/moreira-da-silva/393251/). O malandro sonha que ganhou no jogo do bicho, faz planos delirantes e, no final, descobre que tinha sonhado. Temo, entretanto, que vem por aí uma avalanche eufórico-nacionalista, com uma parceria amigável entre governos e imprensa (para isso a PIG será muito útil aos projetos oficialistas …). Afinal de contas, dona Dilma pagou o mico de balançar a caxirola e não vai perder uma oportunidade dessas. 

(Transcrevi da Tribuna da Imprensa)

Contra derrubada da Escola Municipal Friedenreich, no Maracanã, por Eduardo Paes (PMDB). Vai doar o terreno para Eike Batista

NÃO SE DESTRÓI A DÉCIMA MELHOR ESCOLA DO BRASIL E A TERCEIRA DO RIO DE JANEIRO. ISSO É CRIME. É FALTA DE JUSTIÇA. 

escola de Eike Batista

TÔ, THOR, APENAS DERRUBANDO UMA ESCOLA

Acorda Brasil! Quanto o Ministério da Educação liberou em grana para a Escola Municipal Friedenreich?

A demolição do instituto de ensino faz parte das obras para a Copa do Mundo de 2014 na área do Maracanã. A reforma também prevê as derrubadas do parque aquático Júlio Delamare e do estádio de atletismo Célio de Barros. Outro imóvel que, a princípio, viria ao chão seria o antigo Museu do Índio. No entanto, depois de disputas judiciais e protestos, o prédio será preservado e transformado em um Museu Olímpico. [Esperamos que o Museu não seja transformado em mais um terreno para ser doado a Eike Batista].

A Friedenreich ficou entre as dez melhores escolas públicas do Estado do 1° ao 5° ano de ensino, segundo as notas do Ideb (Instituto de Desevolvimento da Educação Básica) de 2011. Para a mãe de um dos alunos, Thaisa Rothier, não é necessária a demolição.

— Não tem motivo para derrubar a escola, ela passou por reformas recentes e está em perfeitas condições. Não faz sentido gastar mais dinheiro para construir outra escola.

Pelo projeto, a instituição deixaria de existir nas férias para dar espaço a um estacionamento e duas quadras, mas os pais e professores se juntaram e conseguiram na Justiça que ela só fosse demolida assim que a substituta estivesse construída. Segundo a Secretaria Municipal de Educação, os alunos não serão prejudicados durante este ano letivo e somente serão transferidos no fim dele, quando outra unidade estiver pronta em um terreno na rua São Francisco Xavier, no mesmo bairro.

A privatização da área do Maracanã, assim como a demolição de construções, vem sofrendo críticas e gerando uma série de protestos. De acordo com o promotor de Justiça Titular da 8ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa da Cidadania, Eduardo Santos de Carvalho, a licitação é questionável em vários aspectos. Pois além da necessidade de demolição das construções do entorno, como a Escola Municipal Friedenreich, ela não se encaixa as normas da praça para as Olimpíadas de 2016.

Fonte: Texto de Larissa Kurka, para o R7

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EIKE PLANEJA E GANHA LICITAÇÃO DO MARACANÃ

por Helio Fernandes

copa estádio Maracanã

Tudo dentro da mais completa normalidade, em se tratando de Eike Batista e do governo Cabral. Quem disse “como o Maracanã devia ser dirigido” ganhou a licitação. Tudo sóbrio e legítimo, Cabral e Eike jogam no mesmo time. Mas não é só isso.

No dia em que Cabral anunciou a “vitoria” de Eike, fez também esta comunicação entre aspas: “As obras custarão mais 200 milhões”. Alguma suspeita? De jeito algum, pura coincidência. As obras previstas para custarem 700 milhões, ultrapassaram a casa dos 900 milhões.

Agora, esses 200 milhões, que o lúcido e lisérgico Cabral chama de “imprevistos”. Se eram “imprevistos”, como Cabral e Eike poderiam prever?

PS – E o Engenhão do ex-prefeito Cesar Maia e agora do ínclito Eduardo Paes? Tudo tem a cara do “Palácio das Artes”. Calculado inicialmente em 80 milhões, custou mais de 700 milhões.

PS2 – E Eduardo Paes, que interditou o estádio por não resistir a ventos de 55 quilômetros por hora?

PS3 – Isso depois de 5 anos, para livrar a empreiteira-construtora de arcar com as despesas da reparação.

Ps4 – Agora Paes vem a público e garante: “O Engenhão está todo errado, mas a construtora pagara as despesas”.

PS5 – Pagará? Quando as coisas forem esclarecidas (?), Paes estará longe. E Cesar Maia, que não pagou pelo Palácio das Artes, cobrirá o prejuízo do Engenhão? Maia, Paes e os responsáveis por tudo, estarão de divertindo na Disney. Poderão até convidar Cabral e Eike.

PS6 – Provocada pelo Ministério Público, uma juíza do Rio anulou a licitação. Utilizou os mesmos argumentos que este repórter vem utilizando há tempos: “A empresa de Eike Batista que fez o estudo de viabilidade não poderia participar da licitação”.

copa estádio despejo indignados maracanã

Nota do redator do Blogue: Atualizando os gastos. Apenas na reforma, até o presente, torraram R$ 1,45 bilhão. Falta contabilizar os edifícios que rodeiam o estádio: Museu do Índio, Escola Municipal Friedenreich, Parque Aquático Júlio Delmare, Marcanãzinho, Estádio Célio de Barros e outros, inclusive trechos de ruas e praças. (T.A.)

Prédios nas alturas esconderão o Maracanã & maracangalhas

Excelente furo do jornal O Dia:

Recém-reformado, o Maracanã será parcialmente encoberto por dois edifícios-garagem que ocuparão os lugares do Estádio Célio de Barros e do Parque Aquático Julio Delamare. A perspectiva consta de vídeo feito pela IMX, empresa de Eike Batista autora do projeto de privatização da administração do complexo.

Os estádios de atletismo e de natação têm altura máxima de 15 metros, os novos prédios poderão chegar a 22 metros, cerca de sete andares: um deles será mais alto, pois terá um heliponto no teto. No vídeo, os edifícios são mostrados com apenas quatro andares. O Maracanã tem 32 metros de altura.

Maracanã ficará encoberto por edifícios de 22 andares. Escondido mesmo é o jetinho de Eike ser dono do antigo
Maracanã ficará encoberto por arranha-céus. Escondido mesmo é o jetinho de Eike Batista ser dono do antigo Museu do Índio, da Escola Municipal Friedenreich – a terceira melhor do Rio de Janeiro -, do Estádio Célio de Barros, do Parque Aquático Julio Delamare e outros prédios que rodeiam o estádio construído para a Copa do Mundo de 1950, que já passou por várias reformas, consumindo milhões e, agora, bilhões, do sofrido povo brasileiro

Concessionária fará projetos

O edital de privatização prevê ainda a construção do de um Museu do Futebol no terreno do estádio. Pela proposta, haverá também centro comercial no térreo dos edifícios-garagem.

Os projetos das edificações serão elaborados pela concessionária que vencer a licitação do Maracanã. Mas a altura máxima e as áreas dos dois edifícios-garagem — que terão, pelo menos, duas mil vagas — estão definidas no edital.

Segundo uma Nota de Esclarecimentos do governo estadual, os prédios não poderão ocupar espaço superior ao estabelecido. Ilustração do documento mostra que as construções terão comprimento superior ao das arquibancadas do Célio de Barros e Julio Delamare.

Análise do Iphan

Os projetos dos edifícios-garagem e do Museu do Futebol terão que ser aprovados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), pois estão no entorno delimitado do Maracanã, um bem tombado. O Célio de Barros e o Julio Delamare já existiam em 2000, quando houve o tombamento.

[Maracangalhas

Os prédios – que custaram uma fortuna aos governos da União, do Estado e do Município do Rio de Janeiro – quanto valem?

Quanto custam os terrenos dos prédios públicos e das moradias, incluindo demolições e despejos, que rodeavam o Maracanã?

Quantas praças e avenidas e ruas e árvores vão ser engolidas pelo mega projeto?

Maracanãzinho já era
MARACANÃZINHO JÁ ERA

Museu do Índio já era 1

MUSEU DO ÍNDIO JÁ ERA
MUSEU DO ÍNDIO JÁ ERA

escola já era

escola já era 22

ESCOLA MUNICIPAL JÁ ERA
ESCOLA MUNICIPAL FRIEDENREICH JÁ ERA

dudu paes cabral contra escola

Estádio Célio de Barros já era 1

estádio 1

estádio celio 3

estádio já era

ESTÁDIO CÉLIO DE BARROS JÁ ERA
ESTÁDIO CÉLIO DE BARROS JÁ ERA

Parque Aquatico já era ll

Parque Aquático Júlio Delamare já era 1

PARQUE AQUÁTICO JÚLIO DELAMARE JÁ ERA
PARQUE AQUÁTICO JÚLIO DELAMARE JÁ ERA

Você acha que Eike Batista está nesta Maracanã cangalha sozinho?
Sérgio Cabral quando brigava pelos royalties do petróleo ameaçava: “Sem royalties não tem Copa”. Aí está uma partizinha do dinheiro.
Dinheiro de Eike só se for emprestado pelo BNDES.

Eu vou prá Maracangalha
Eu vou!
Eu vou de liforme branco
Eu vou!
Eu vou de chapeu de palha
Eu vou!
Eu vou convidar Anália
Eu vou!
Se Anália não quiser ir
Eu vou só!
Eu vou só!
Eu vou só!
Se Anália não quiser ir
Eu vou só!
Eu vou só!
Eu vou só sem Anália
Mas eu vou!…

Eu vou só!…

Você acha que Eike está nessa sozinho?

já era não as privatizações e demolições

Cante Marangalha de Dorival Caymmi

POR QUE ENTREGAR O MARACANÃ A EIKE BATISTA?

por Hélio Fernandes

Museu do Índio
Museu do Índio
Escola Municipal Friedenreich, o terceiro melhor educandário do Rio de Janeiro
Escola Municipal Friedenreich, o terceiro melhor educandário do Rio de Janeiro

estadio célio de barros

Estádio Célio de Barros e o Maracanã
Estádio Célio de Barros e o Maracanã

parque aquático

Parque Aquático Júlio Delamare e o Maracanã
Parque Aquático Júlio Delamare e o Maracanã

Depois de duas reformas quase seguidas, de 400 milhões cada uma, o estádio símbolo do Rio está terminando, cada vez mais lentamente. E isso ao custo de quase 1 bilhão de reais. E já preparam, às escondidas, a entrega imediata de tudo ao bilionário aventureiro.

Fluminense e Flamengo já fizeram acordo para administrar, em conjunto, aquele que já foi o maior estádio do mundo. Encontram dificuldades, a proteção a Eike é total.

Deveríamos seguir a fórmula de Milão. Há mais de 50 anos a Prefeitura construiu o estádio, entregou aos dois grandes clubes da cidade, Inter e Milan. A prefeitura fiscaliza de longe, nunca houve problema.

[Nunca se viu nada igual. Vão demolir um Museu, uma Escola, um Estádio, um Parque Aquático para Eike Batista construir um shopping e um estacionamento. Esqueça os prédios, cujo valor histórico não tem preço. Quanto vale todos os terrenos dos prédios citados, doados por Sérgio Cabral? Quanto os diferentes governos, desde o presidente Dutra, já investiram no Maracanã?]

Estádio Engenhão, um negoção da corrupção, interditado por problemas estruturais

TUDO AZUL NA COR DO PFL DE CESAR MAIA

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Seis anos após sua conclusão, o estádio Olímpico João Havelange vai ser fechado por problemas estruturais, informou a prefeitura do Rio de Janeiro.

Relatórios das construtoras que fazem a manutenção da arena apontaram abalo na cobertura do estádio.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), disse que foi procurado no fim da semana passada pelo consórcio responsável pela construção do estádio, que vem monitorando a situação da cobertura.

“Hoje me informaram que a cobertura tinha problemas estruturais de projeto. Perguntei se esses problemas representavam risco para os torcedores. E a resposta foi sim, dependendo de determinadas circunstâncias como velocidade do vento e temperatura“, disse Paes em entrevista coletiva.

“Não sei dizer a proporção. Diante desse fato, tomei a decisão de interditar o estádio imediatamente até que tivéssemos maiores detalhes para a solução que pode ser dada”, completou ele, informando que comunicou o Botafogo e a Federação de Futebol do Estado.

Segundo Paes, a interdição é por tempo indeterminado.

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Após o Pan de 2007, o Botafogo arrendou o estádio por 20 anos em licitação aberta pela prefeitura do Rio de Janeiro.

“Vamos ter o time da prefeitura empenhada em encontrar a solução o mais rapidamente possível. Até agora não me foi apresentada nenhuma. É inadmissível que um estádio inaugurado há tão pouco tempo já tenha de enfrentar essa situação. Os responsáveis vão ser procurados para responder pelos seus atos”, declarou o prefeito. (Reuters).

“Os responsáveis vão ser procurados para responder pelos seus atos”. Duvido. Os responsáveis são:

Construído no governo Cesar Maia e de propriedade municipal, mas arrendado pelo Botafogo F.R. no ano de sua inauguração até 2027, com possibilidade de renovação de maneira unilateral por mais 20 anos, portanto até 2047, o local foi levantado para sediar as competições de atletismo e futebol dos Jogos Pan-americanos de 2007. Atualmente, tem capacidade total para mais de 46 mil pessoas sentadas, porém, sofrerá ampliação para 60 mil espectadores visando a realização da Olimpíada de 2016.

Considerado o estádio mais moderno e o mais bonito da América Latina à época de sua construção, seu gramado tem dimensões de 105 x 68m.

Inicialmente orçado em R$ 60 milhões, o Estádio Olímpico João Havelange teve um custo final mais de seis vezes do esperado, R$ 380 milhões.

O projeto do estádio foi elaborado pelos arquitetos Carlos Porto, Gilson Santos, Geraldo Lopes e José Raymundo Ferreira Gomes que, desde 1995, vinham estudando projetos de estádios no mundo todo, para fazer um estádio moderno para o Pan 2007. A pedra fundamental foi lançada em 16 de dezembro de 2003, sendo a primeira construção iniciada para os Jogos Pan-americanos de 2007, e a obra finalizada a pouco menos de um mês para o início do evento. A data de conclusão da obra foi adiada cerca de quatro vezes, estava prevista para ser concluída em meados de 2006, passou para o final do mesmo ano, posteriormente para a metade do primeiro semestre de 2007, até a semana de inauguração.

As obras foram administradas pelo Consórcio Odebrecht e OAS, sob fiscalização da Riourbe, da Secretaria de Obras do Município do Rio de Janeiro.

Mais informações sobre este elefante branco, projetado para sediar os jogos da Copa do Mundo, mas decidiram investir num novo Maracanã, que vai consumir uma enchente de dinheiro, para ser privatizado a preço de banana, incluindo os prédios que rodeiam o estádio que vão ser demolidos: Museu do Índio, Parque Aquático Júlio Delamare, Escola Municipal Friedenreich (a terceira melhor escola da Prefeitura do Rio, e Eduardo Paes nem aí), Estádio Célio de Barros, Aldeia Maracanã e casarios. Campo anexo para aquecimento

Campo anexo para aquecimento

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Um tempo para reflexão: Por que a polícia gosta de bater no povo?

BRA^PA_DDP policiais presos

A polícia bate nos grevistas. Nos movimentos dos sem terra e dos sem teto. Nas passeatas estudantis. Nos protestos sociais.

É o famoso “prende e arrebenta” que ora acontece no Rio de Janeiro.

A tentativa do povo, para impedir a implosão (presente de Sérgio Cabral para Eike Batista) do Museu do Índio, da Escola Municipal Friedenreich, do Estádio Célio de Barros, do Parque Aquático Júlio Delamare e das casas residenciais que rodeiam o Maracanã, vem sendo rechaçada, na porrada, pelo polícia do governador.

Tudo vai ser demolido para Eike Batista construir um shopping e um estacionamento. Também com carta marcada, Eike vai ganhar o Maracanã.

Essa safadeza o governo chama de concorrência pública. De público, neste presentão, existem uma escola, a terceira melhor da rede municipal; um estádio e um parque aquático, que foram palcos de inúmeros eventos internacionais; e o Museu do Índio, mais uma aldeia. É isso aí: a coisa pública se torna particular. E financiada com dinheiro público.

Para defender os interesse de Eike, o povo paga o terrorismo policial de Sérgio Cabral e da guarda municipal do prefeito Eduardo Paes.

Ash Ashaninka, orando para o Grande Espírito, pedindo paz na Aldeia Maracanã. O fogo é o elemento de conexão com os espíritos. Terminou  preso
Ash Ashaninka, orando para o Grande Espírito, pedindo paz na Aldeia Maracanã. O fogo é o elemento de conexão com os espíritos. Terminou preso
Polícia joga spray de pimenta em fotógrafos, jornalistas e ativistas dos movimentos sociais que protestam contra o conchavo Eike-Sérgio Cabral.  Para dispersar os manifestantes, vale tudo: chute, pontapé, tiros de bala de borracha e spray de pimenta
Polícia joga spray de pimenta em fotógrafos, jornalistas e ativistas dos movimentos sociais que protestam contra o conchavo Eike-Sérgio Cabral. Para dispersar os manifestantes, vale tudo: chute, pontapé, tiros de bala de borracha e spray de pimenta
É muito triste ver o povo indígena ser retirado a força de dentro de suas ''casas'' pelo batalhão de choque de Sérgio Cabral
É muito triste ver o povo indígena ser retirado a força de dentro de suas ”casas” pelo batalhão de choque de Sérgio Cabral

polícia povo repressão escravos

polícia despejo favela indignados

polícia salário greve repressão indignados programa policial