Justiça amiga esconde o camarote de luxo do prefeito do Recife

A ditadura judicial silencia uma jornalista on line. Bom lembrar que o atual governador de Pernambuco e o prefeito do Recife são funcionários marajás do Tribunal de Contas de Pernambuco. Um Tribunal de faz de conta que faz as contas notadamente dos prefeitos.

Pobre Pernambuco.

Reina a escuridão imposta pelos inimigos da claridade, os que vivem do segredo eterno, da brincadeira de esconde-esconde no reino encantado onde uma principesca minoria come e o povo em geral passa fome mais os funcionários aposentados e pensionistas do governo do Estado de Pernambuco e da prefeitura do Recife que não possuem os ricos ordenados dos desembargadores, dos delegados, dos coronéis, dos fiscais, isto é, dos que multam, prendem e condenam os sem teto, os sem terra, os sem nada.

Escreve Noelia Brito hoje: Cumprindo fiemente a ordem judicial que censurou meu Blog e minhas Redes Sociais sob pena de multa diária de DEZ MIL REAIS. A ordem foi da Juíza da 15ª Vara Cível a pedido de interpostas pessoas de Geraldo Júlio

 

 

Secretários e Chefe de Gabinete de Geraldo Júlio são citados em Ação de Improbidade por farra dos Camarotes da Copa

 

 

Em maio, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) noticiou o ajuizamento de duas ações civis públicas por improbidade administrativa contra secretários da mais alta confiança do prefeito do Recife, Geraldo Júlio, quais sejam, os secretários João Guilherme de Godoy Ferraz (chefe do gabinete de Projetos Especiais) e Alexandre Rebelo Távora (secretário de Planejamento e Gestão da Cidade do Recife), bem como contra seu Chefe de Gabinete, Rodrigo Mota de Farias, por terem autorizado a aquisição, com o dinheiro dos contribuintes do Recife, sem licitação, de um camarote na Arena Pernambuco, durante a Copa das Confederações. Contra George Gustavo de Mello Braga (secretário de Esportes e Copa do Mundo) e Danilo Moreira da Silva (secretário executivo da Copa do Mundo) pesa a responsabilidade pela aquisição de mais 459 ingressos para o mesmo evento esportivo. Segundo o MPPE, as aquisições autorizadas pelos principais assessores de Geraldo Júlio, “se distanciam da tutela do interesse público em prol de interesse privado da Federação Internacional de Futebol (Fifa) e configuram desvio de finalidade”.

O MPPE recebeu informações do Grupo de Trabalho Copa do Mundo, do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), acerca de diversas despesas efetuadas por vários entes públicos, dentre estes, a Prefeitura de Cidade do Recife, na aquisição de camarotes e ingressos para a Copa das Confederações 2013, da qual Pernambuco foi uma das sedes. O 27° promotor de Justiça de Defesa da Cidadania da Capital com atuação na Promoção e Defesa do Patrimônio Público, Eduardo Cajueiro, diante das denúncias recebidas, instaurou o inquérito civil n°009/2014 e confirmou a ilicitude dos fatos ali narrados, constatando que a farra com o dinheiro público promovida pela equipe de Geraldo Júlio, durante a Copa das Confederações teria gerado um prejuízo, para o povo do Recife, da ordem de R$201.181,05, devidamente atualizado, com juros e correção monetária, desde a data do efetivo pagamento, vez que lhes cabem responsabilidade pela condução e decisão proferida nos autos do processo de inexigibilidade de licitação n°01/2013, que resultou na aquisição do Programa Oficial de Hospitalidade à empresa Match Hospitality Serviços Ltda., para assistir aos jogos da Copa das Confederações 2013, na Arena Pernambuco, com relação à compra do camarote.

A segunda ação movida contra George Gustavo de Mello Braga (secretário de Esportes e Copa do Mundo) e Danilo Moreira da Silva (secretário executivo da Copa do Mundo) tem o objetivo de fazê-los recolherem solidariamente os recursos públicos gastos na compra dos 459 ingressos para a Copa das Confederações Fifa 2013, no valor de R$53.808,00, também devidamente atualizado, vez que lhes cabe responsabilidade pela condução e decisão proferida nos autos do processo de inexigibilidade n°02/2013, que resultou nessa compra.

O promotor de Justiça Eduardo Cajueiro, durante a condução do inquérito civil, solicitou a relação nominal daqueles a que foram destinados os 459 ingressos, bem como a relação nominal dos convidados para o camarote adquirido pela Prefeitura da Cidade do Recife, além das cópias legíveis dos Processos de Inexigibilidade n°001/2013 e 002/2013.
Em resposta a solicitação do MPPE o Gabinete da Secretaria Executiva da Copa do Mundo e Legado (Secopa) reafirmou que “a aquisição dos aludidos ingressos resultou da política governamental de propiciar a participação dos estudantes da rede municipal de ensino do Município do Recife em evento de porte internacional”. Quanto ao Camarote, a Secopa informou que a contratação decorreu da “singular oportunidade de aproximar e de ser efetivada a prospecção direta pelo prefeito e por seus principais agentes investidos na implantação da atual política, em face de potenciais investidores locais, nacionais e estrangeiros, com interesses no desenvolvimento e fortalecimento do turismo, da cultura e lazer. O objetivo do camarote é ter um espaço dentro do evento para promover relações institucionais com convidados”.

De acordo com o relatório do inquérito civil n°009/2014, ao se fazer a leitura dos convidados do camarote observou-se diversas autoridades locais e até familiares.

De igual maneira, a leitura da lista de distribuição dos ingressos, uma vez que a compra foi justificada com o objetivo da necessidade de participação dos estudantes da rede municipal de ensino no evento, observou-se, além dos servidores de algumas unidades escolares, servidores da secretaria de Esportes e Copa do Mundo, integrantes da Equipe Técnica da Secretaria Municipal de Educação e do Comitê da Copa do Mundo (estes ocupando os mais diversos cargos).

O desvio de finalidade identificado nas aquisições traz como consequência a ilegalidade e nulidade da despesa, que ficou distanciada do interesse público para tutelar interesse exclusivamente privado, sem qualquer benefício ou legado para a população. “A discricionariedade do administrador não pode desbordar os limites impostos pelos princípios constitucionais, dentre outros, a moralidade, economicidade e razoabilidade”, reforçou o promotor de Justiça no relatório do inquérito civil.

No despacho, o Juiz da 4ª Vara da Fazenda Pública, Dr. Djalma Andrelino, manda que o Município do Recife se manifeste se vai aderir à ação, juntando-se ao Ministério Público de Pernambuco no combate a essa farra com o dinheiro público, (trecho suprimido por censura judicial da Juíza da 15ª Vara Cível do Recife na ação nº 0023782-77.2015.8.17.2001) ou se será cúmplice do que já está sendo chamado de “farra dos reis do Camarote do Recife”. Com a palavra, o Prefeito Geraldo Júlio.

*(Post editado em 30/11/2015 por determinação judicial da Juíza da 15ª Vara Cível do Recife na ação nº 0023782-77.2015.8.17.2001)

 

As luzes que apagam [Decoração natalina]

 

por Priscila Krause*

No Império Romano, os mandatários dos tempos entre o antes e o depois de Cristo conquistavam o apoio popular por meio da distribuição de cereais à base de trigo e da frequente realização de eventos com o objetivo de distrair a população. Era o tempo da construção de grandes arenas, promoção de suntuosos espetáculos, da famosa política do panem et circenses (pão e circo). Com os cofres públicos abarrotados e o desejo da conquista fácil e rápida em busca da aprovação aos seus atos, os governos, a qualquer sinal de crise, lançavam mão de artifícios assim. Estava mantida a ordem “e la nave va”…

Corta: Recife, 2013. A Prefeitura, por meio da Fundação de Cultura Cidade do Recife, contrata a decoração natalina da cidade (elementos decorativos e iluminação) pela bagatela de R$ 5,8 milhões, a mais cara da nossa história. No período de um mês, a municipalidade gastará, diariamente, algo em torno de R$ 187 mil para maquiar, à Noel, restritos recantos da capital pernambucana. O valor inclui até uma árvore de vinte metros de altura, às margens do Capibaribe (aquele pobre “Cão sem plumas” do poeta João Cabral) por absurdos R$ 793 mil. O ornamento conta com lâmpadas importadas, gravuras de passarinhos e leques. Muita luz e cor. Mas por que não correr atrás de patrocínios da iniciativa privada, como ocorre no Rio de Janeiro?

Ainda o Recife. Enquanto montava-se a luxuosa árvore e outros apetrechos natalinos cidade afora, votávamos na Câmara do Recife o projeto da Lei Orçamentária Anual 2014. Por decisão do Executivo e nada mais, quaisquer emendas que alterassem os rumos da peça sugerida pelo prefeito cairia fora. Foi assim com sugestão minha que transferia R$ 8 milhões da realização de shows e eventos por parte da Fundação de Cultura para a restauração do Teatro do Parque, joia arquitetônica e cultural da nossa cidade prestes a completar seu centenário, em 2015.

Na peça orçamentária aprovada, dos quase R$ 79 milhões previstos para a Fundação de Cultura no ano que vem, R$ 52 milhões serão gastos com eventos (shows e decorações) para o Carnaval, São João e Natal, enquanto a política em torno da restauração, preservação e aquisição de bens culturais para equipamentos sob a responsabilidade da Fundação (entre elas o Teatro do Parque) ficou com restritos R$ 6 milhões. Numa das justificativas para o veto, chegou-se registrar que os recursos para a restauração do Parque poderiam ser fruto de um convênio federal. Se fosse tão simples e fácil captar de Brasília, o Parque não estaria abandonado desde 2010.

Parque 1

O governo inverte as prioridades. Trata o supérfluo como política de estado e o inverso, o prioritário, como necessidade de terceira ordem. Entre o tempo do “pão e circo” e a atualidade dos panetones, shows e decorações milionárias, há diferenças: redes sociais, participação, democracia, opinião pública vigilante. Ainda assim, no abrir das cortinas de 2014, tudo estará como antes. O Teatro do Parque de portas fechadas e os impostos pagos por cada um de nós mais uma vez rarefeitos no lúdico das luzes do Natal que se foi.

P.S.: Governo acaba de rejeitar emenda de minha autoria que diminui recursos para shows e eventos (e decorações natalinas...) de R$ 52 milhões para R$ 44 mi, em 2014, em prol da restauração do Teatro do Parque. Joia arquitetônica e cultural da cidade teria sua restauração garantida no próximo ano com R$ 8 milhões de recursos municipais. Em 2015, Teatro completa 100 anos. Fica o registro da tentativa
P.S.: Governo acaba de rejeitar emenda de minha autoria que diminui recursos para shows e eventos (e decorações natalinas…) de R$ 52 milhões para R$ 44 mi, em 2014, em prol da restauração do Teatro do Parque. Joia arquitetônica e cultural da cidade teria sua restauração garantida no próximo ano com R$ 8 milhões de recursos municipais. Em 2015, Teatro completa 100 anos. Fica o registro da tentativa

Árvore-de-Natal 1

A árvore de Natal do Cais da Alfândega, montada pela Prefeitura do Recife, custará R$ 793 mil aos cofres públicos, valor 34% superior ao contratado no ano passado. Através de processo licitatório (três empresas participaram do certame), a Fundação de Cultura Cidade do Recife contratou a mesma empresa responsável pela montagem em 2012, a Edson Lira Iluminação Ltda.. Em 2012, o objeto de decoração natalina foi contratado através de dispensa de licitação ao custo de R$ 590 mil. Na oportunidade, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) instaurou auditoria especial para averiguar a regularidade da contratação. Na época, o preço da decoração foi fortemente criticado nas redes sociais.

Mais cara, a árvore deste ano será montada em base metálica com 20 metros de altura – no ano passado, o objetivo alcançou 25 metros. Em 2010, a árvore (montada pelo consórcio Lixiki/Blachere, também contratado sem licitação) foi a mais alta: 36 metros. Posicionado sobre base composta por pallets de madeira, o objeto decorativo deste ano será iluminada por strobos e decorada por dezenas de pássaros e flores nas cores azul, amarelo e vermelho, conforme projeto contratado pela PCR à empresa “Mão Livre”, que por R$ 225 mil elaborou o conceito de decoração e iluminação para o ciclo natalino PCR/2013.

Árvore-de-Natal-PCR-2

*Priscila Krause é jornalista e vereadora do Recife pelo Democratas

AINDA A DECORAÇÃO NATALINA
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 Escreve Edson Lima: Depois do Parque das Esculturas, cuja inspiração fálica culminou até em invasão de redação de jornal por um certo prefeito, Brennand ataca de novo, agora na decoração de Natal do Recife. A cidade está “enfalecida”…
paisagem fálica
PROTESTO EM OLINDA

Decoração natalina com papel higiênico em Olinda

As touradas de Recife

por Roberto Vieira

 

 

campanha-touradas

Eu fui às touradas de Madri, e quase não volto mais aqui…

Eram cinco da tarde em todos os relógios.

Milhares.

Era a Espanha!

Encaixotados em trens.

Gado.

O mais era caos nada mais que caos.

Uruguaio com filho nos braços.

Olé!

O Coliseu no meio do nada.

Sem estacionamento.

Sem estações do metrô.

Empresas de ônibus felizes.

Calor.

Não havia lixeiras.

Não havia Veneza.

Iniesta toca para Xavi.

Gol de Pedro.

Alguns torcedores se levantam e partem no primeiro tempo.

Medo da volta.

Dos vagões.

Noite.

O gado humano caminha para os ônibus.

A polícia diz adeus.

Abandona os postos.

Deixa o público ao Deus dará.

Tumulto.

Guerra na entrada dos ônibus.

Mulheres, crianças e idosos gritando.

As autoridades já estavam em casa.

Sorrindo felizes.

Enquanto milhares de cidadãos eram golpeados na Plaza.

Pamplona.

Cosme e Damião infinitesimais.

Multidão nas escadarias de Odessa.

Uma cidade diante da tragédia de si mesma.

Milhões gastos às cinco da tarde.

Milhões traduzidos em espanto e tourada.

Espetáculo que por muito pouco.

Não se transformou em sangue e areia.

Às cinco da tarde…

Pro Brasil eu vou fugir, isso é conversa mole pra boi dormir…

Brasil. Un monstruo de cien cabezas alimentado por la policía

por  / 

La presidenta de Brasil, Dilma Rousseff, fue recibida con silbidos hasta tres veces por los aficionados presentes en el estadio Mané Garrincha en Brasilia, donde asistió a la apertura de la Copa de las Confederaciones. La reacción de los aficionados fue más bien inesperada, ya que la presidenta goza de una popularidad de un 75%.

La presidenta Dilma Rousseff declara inaugurada la Copa Confederaciones. / EVARISTO SA (AFP)
La presidenta Dilma Rousseff declara inaugurada la Copa Confederaciones. / EVARISTO SA (AFP)

Se disputaba el partido entre Brasil y Japón y la mandataria estaba acompañada por el presidente de la Fifa, Joseph Blatter. El primer abucheo tuvo lugar cuando se anunció su presencia por la megafonía del estadio, antes de la ejecución de los himnos nacionales de Brasil y Japón. Más tarde, cuando Blatter la nombró en su discurso, volvió a oírse la pitada. Finalmente, en el momento en el que ella tomó el micrófono para anunciar la apertura de la Copa, se mezclaron los abucheos y los aplausos. El presidente de la Fifa intervino para recriminar a los aficionados. “¿Dónde está el respeto, donde está el fair play?”, se preguntó molesto al micrófono. El estadio volvió a silbar.

En 2007, en la apertura de los juegos Pan-Americanos de 2007, en Río, el entonces presidente de la República, Lula da Silva, fue fuertemente silbado por los aficionados y no pudo ni pronunciar su discurso. Ahora, no será difícil que los analistas políticos vean una relación entre las manifestaciones callejeras que han surgido en el país y ese desplante a Rousseff. No obstante, existe un adagio que dice que los brasileños son capaces de silbar “hasta a un minuto de silencio”.

Antes de iniciar el partido, la Fuerza de Choque de la policía militar detuvo a 23 de los 600 manifestantes que habían ido a protestar contra los 600 millones de dólares que había costado el estadio. Usaron gases lacrimógenos e hirieron a uno de ellos con balas de goma. El clima era ya tenso al inicio de la inauguración de la Copa. El tres a cero de Brasil devolvió la alegría al estadio.

Vista a la favela

Horas antes, la presidenta, en un discurso duro en la favela de la Rocinha de Río de Janeiro, había criticado lo que llamó “terrorismo informativo” y arremetió contra los que “juegan a cuanto peor, mejor”. Ante los cientos de personas de aquella comunidad pobre que la recibió con ovaciones, dijo con voz firme: “Pueden esperar sentados los que piensan que voy a cortar el gasto social” .

Rousseff habló 48 horas después de las manifestaciones de protesta contra los altos precios de los transportes públicos en Sâo Paulo, Río y Porto Alegre, que silenció por completo. Sus críticas se dirigieron a la oposición que, según ella, intenta torpedear su política económica. Mientras hablaba en la favela, aplaudidísima, el Financial Times publicaba que “la capacidad de Dilma de estimular la economía había llegado a su fin”.

La mandataria, usando palabras duras y mucha ironía, rechazó de plano que Brasil esté pasando por una crisis económica y que la inflación esté fuera de la meta del gobierno. “Nosotros jamás dejaremos que vuelva la inflación. Hoy está bajo control y continuará bajo control”. Y añadió: “Pido que no escuchéis a los que apuestan por lo peor. Críticas, sí, terrorismo, no”.

Recordó la mandataria que frente a la mayor crisis mundial desde 1929, Brasil tiene “el menor índice de desempleo del mundo”. En su discurso criticó abiertamente a la prensa que afirma que Brasil “pasa por un momento de dificultad”, y afirmó: “No es sólo que Brasil no pase por un momento difícil, sino que es un país totalmente sólido. Tenemos una de las menores relaciones entre deuda líquida y el PIB. No gastamos más de lo que tenemos. Somos serios en relación a la política fiscal”.

Criticó a la oposición al afirmar que en este país nadie se había interesado por los pobres hasta el 2003, año en que Lula da Silva llegó al poder. Días atrás, en otro discurso en Curitiba, la mandataria había calificado a los críticos de su política económica como “vendedores de caos”. Y el día enterior, en Brasilia, había comparado a la oposición al Viejo de Restelo, el personaje de Luis Camões en su obra Os Lusíadas, considerado el prototipo del pesimismo.

Levantando aplausos, Rousseff les recordó el viejo dictado de la tarta: “Antes, ellos (la oposición) decían: ‘O se reparte la tarta o se la deja crecer, porque si se distribuye antes de crecer es un desastre. Y nosotros hemos demostrado que eso es mentira, sólo crece la tarta si se reparte”. Según la presidenta ha sido el “pueblo pobre” de Brasil el que la eligió y ese pueblo es hoy, afirmó, “la fuerza del mercado de nuestro país”. (El País, Espanha) Leia mais

 

Realize sua Copa paralela. Qualquer pelada serve de protesto. Que o povo faça o seu jogo sem Fifa, empreiteiras e cartolas

saci

Neste sábado, com o início a Copa das Confederações no Brasil, uma outra copa está acontecendo no Rio de Janeiro, a Copa Popular Contra as Remoções! Um campeonato que quer promover a integração das comunidades ameaçadas por esse projeto de cidade que exclui a população de baixa renda do Rio de Janeiro.

Providência, Santa Marta, Salgueiro, Indiana, Muzema, Vila Autódromo, Vila Recreio II e muitas outras comunidades estarão presentes! Os jogos começaram às 9h. Chega mais! No dia vai ser lançado o saci como Mascote Popular da Copa! O saci é copyleft, vai poder ser vendido nos mercados populares e pelos ambulantes.

Desde às 17h, começou uma festa junina no mesmo local. Quilombo da Gamboa foi o nome escolhido pelos futuros moradores do conjunto que será construído na zona portuária, bem no centro da dita revitalização do Porto Maravilha, em frente à Cidade do Samba. Local conquistado com muita luta e mobilização e que será palco da Copa!

jogo

Coca - Cola

Engenhão. Construir foi rápido, a reforma vai demorar. É uma continuada roubalheira

O Coliseu foi construído de 68 e 79 d.C. (depois de Cristo).
Com capacidade para 50 mil pessoas, e 48 metros de altura, era usado para variados espetáculos.
O Coliseu foi utilizado durante aproximadamente 500 anos, tendo sido o último registro efetuado no século VI da nossa era, bastante depois da queda de Roma em 476, quando deixou de ser usado para entretenimento.
Quando passou a servir (depois de 500 anos, repito), como habitação, oficina, forte, pedreira, sede de ordens religiosas e templo cristão.
O Coliseu ainda está de pé, e continua sendo um símbolo do Império Romano, e de atração turística para Roma.

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Está em ruínas devido a terremotos e pilhagens. Quando os estádios brasileiros não suportam uma ventania. É o caso do Engenhão.

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O jornal O Globo fala de “falha” para esconder a safadeza. A roubalheira. A corrupção que rola no futebol brasileiro. Principalmente o comedouro de grana nos  estádios super, super faturados. A maioria deles gigantescos elefantes brancos. Que jamais ficarão de pé por 500 anos. Jamais. Que, segundo o artigo 618 do Código Civil: “nos contratos de empreitada de edifícios ou outras construções consideráveis, o empreiteiro de materiais e execução responderá, durante o prazo irredutível de cinco anos, pela solidez e segurança do trabalho, assim em razão dos materiais, como do solo”. Garantia de uso de cinco anos. É uma vergonha.

BRA_LRJ engenhão

BRA_LRJ Engenhão copa futebol estádio
A lambança da Delta no Engenhão foi pior do que se imaginava

por Garotinho

Tem gente que não sabe, mas foi a Delta que fez o projeto do Engenhão. No meio da obra caiu fora e um consórcio concluiu a construção, mas a responsabilidade sobre o erro de cálculo na construção dos arcos que encimam o estádio é única e exclusivamente da Delta. E pelo que os especialistas detectaram a lambança foi feia. Serão 18 meses só para a consertar o erro da Delta.

Ainda bem que eu denunciei a bandalheira da Delta com o governo Sérgio Cabral, além de ter estourado o escândalo de Carlinhos Cachoeira e sua sociedade com Fernando Cavendish. Assim a Delta também abandonou a obra do Maracanã.

Aliás, não custa lembrar outra obra mal feita pela Delta. Trata-se do prédio novo do Tribunal de Justiça do Rio que com menos de um ano já apresentava rachaduras.

 

 

De volta ao Brasil Grande?

por Jacques Gruman

Brasil-Ame-o-Deixe-o

Em julho de 2004, visitei Santiago. Fiz questão de conhecer o Palácio de La Moneda, céu e inferno da experiência socialista de Salvador Allende. Fazia um frio polar, desses de congelar pinguim de geladeira. No portão, uma guarda solene recebia os visitantes e fazia uma revista discreta. Afinal de contas, ali era o local de trabalho do presidente da República. Educadamente, o sentinela encapotado falou-me alguma coisa que não entendi. De imediato, e por conta e obra de fantasmas inapagáveis, levantei os braços. Aí aconteceu o inusitado. O soldado disse-me, visivelmente constrangido, que aquilo não era necessário, que a situação lhe trazia “lembranças ruins”. Percebi a mancada a tempo de manifestar-lhe solidariedade. Éramos irmãos atemporais de memórias sofridas.

Quando Allende assumiu a presidência do Chile, em 1970, a barra andava pesada na Ilha do Fundão, onde eu cursava engenharia química. Soldados invadiam a ilha, fazendo arrastões e prendendo a rodo. As engrenagens do terror de Estado surfavam no apoio da classe média, do Milagre Econômico (arquitetado pelo “neoprogressista” Delfim Netto, oráculo sinistro da caserna).

Naquele ano, o Brasil ganhou a Copa do Mundo de futebol com uma seleção brilhante e uma campanha publicitária recheada de clichês patrioteiros. Os 90 milhões em ação do Miguel Gustavo serviram de trilha sonora para a repressão, a censura e a tortura. Presos políticos da época contam que os torturadores interrompiam o suplício para acompanhar as partidas. Patriotadas oficiais escondiam o Brasil real, que sangrava e estava amordaçado.

PRÁ FRENTE, BRASIL

O guarda chileno e suas lembranças tristes surgiram das brumas quando vi a inacreditável campanha que o governo federal acaba de lançar para promover a Copa de 2014 (http://www.brasil.gov.br/noticias/arquivos/2013/05/27/campanha-publicitaria-para-a-copa-2014-traz-brasil-como-a-patria-de-chuteiras). É duro ter aguentado os “ame-o ou deixe-o”, “integrar para não entregar” e “esse é um país que vai p’ra frente”  e vê-los ressuscitados numa retórica ufanista e debiloide. Reafirmando o mito surrado de que somos o país “da alegria”, a propaganda passeia pelo patriotismo tacanho e garante que somos “200 milhões de brasileiros que jogam juntos, acreditam até o último instante e transformam tudo em paixão”. Usaram recursos públicos para produzir este lixo de aroma verde-oliva, que não resiste a três neurônios de análise. Chamem o Zé Trindade !!

Os sábios de Brasília dizem que “o Brasil não vai fazer só uma Copa do Mundo, vai fazer a melhor Copa de todos os tempos”. De onde tiraram isso? O que vimos até agora foi a construção de um colar de elefantes brancos e corrupção a céu aberto. O estádio Mané Garrincha, em Brasília, teve a capacidade aumentada para mais de 70 mil lugares, o equivalente a quase 3% de toda a população brasiliense. As obras do Maracanã, que já havia sido reformado para o Pan de 2007, custaram 50% a mais do que foi orçado no início. Quem vai investigar? Quem se beneficia disso? Après moi, le deluge. A cobertura do estádio da Fonte Nova, em Salvador, não resistiu a uma chuva mais forte.

grand finale da peça publicitária é o retorno à pátria de chuteiras. Criada pelo Nélson Rodrigues em plena ditadura, no estilo reacionário-elegante típico do grande escritor, a expressão serviu para desenhar uma perigosa cartada: a de que é desejável que os brasileiros esqueçam suas diferenças e se unam em torno da seleção nacional. com o radinho de pilha. Nada mais adequado para qualquer governo em ano de eleição. Nada mais estúpido e antiesportivo do que o fanatismo por trás de sagradas chuteiras. Nada mais patético do que as vítimas do arbítrio repetirem mantras dos algozes.

Nada mais conveniente para o general Médici
Nada mais conveniente para o general Médici

UFANISMO

O ufanismo serve a vários senhores. A galvãobuenização do país nutre a apatia, mediocrizando temas e análises. A megalomania fixa no imaginário popular uma falsa ideia de potência e cria alvos fantasiosos (“somos melhores e maiores do que os outros”, que, por consequência, devem se curvar a nós). A lobotomia propagandística esteriliza a capacidade crítica e torna o povo refém de interesses não revelados. Quem tem a ousadia de papaguear que somos “200 milhões de brasileiros que jogam juntos” perdeu o rumo e o prumo. Será que empreiteiros brasileiros jogam no mesmo time dos operários que construíram/reformaram os estádios e jamais poderão frequentá-los (os ingressos terão preços inacessíveis à grande maioria)? Será que os pais e alunos da Escola Municipal Friedenreich, ameaçada de demolição para facilitar o escoamento de torcedores no Maracanã, vestem a mesma camisa dos que querem destruí-la? Será que o Brasil chegou, meio sem querer e assobiando, à sociedade sem classes ?

Ainda sobre a pátria de chuteiras, cabe um derradeiro comentário. O futebol, hoje, não tem nada a ver com aquele que se jogava na época de Nélson Rodrigues. Virou, como registrei na semana passada, um negócio. A seleção rodrigueana tinha cacoete local, todos os jogadores atuavam em times brasileiros. A torcida tinha contato permanente com eles. Assistia aos treinos, via-os aos domingos. O que se vê hoje é uma legião multinacional, reunida circunstancialmente, para a qual a noção de pátria passa batida. Capital não tem fronteira, tem interesses. Longe de ser fenômeno caboclo, virou regra. A bobagem que o governo federal divulga nas televisões ignora essas mudanças e nos faz retroceder a oba-obas de triste memória.

Gostaria que isso não passasse de um pesadelo. Amanhã acordaria e, aliviado, constataria que tudo não passara de imaginação. Bem ao estilo de um maravilhoso samba de breque do imortal Moreira da Silva, Acertei no milhar (http://letras.mus.br/moreira-da-silva/393251/). O malandro sonha que ganhou no jogo do bicho, faz planos delirantes e, no final, descobre que tinha sonhado. Temo, entretanto, que vem por aí uma avalanche eufórico-nacionalista, com uma parceria amigável entre governos e imprensa (para isso a PIG será muito útil aos projetos oficialistas …). Afinal de contas, dona Dilma pagou o mico de balançar a caxirola e não vai perder uma oportunidade dessas. 

(Transcrevi da Tribuna da Imprensa)

Jogo de inauguração: Limparam estádio de Brasília. O da Bahia também tem buraco. Culpa da chuva fora da medida

BRA_JOBR Limparam o estádio

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Arena Fonte Nova é luxo só, rodeado de miséria. Acontece o mesmo com todos os Coliseus construídos nas capitais para receber os jogos das Confederações e da Copa do Mundo.

Sobrou dinheiro para os luxuosos estádios. E o povão que se dane. Nem dinheiro tem para assistir os jogos.

Sem estrutura, Stella Maris receberá seleções do Brasil, Nigéria e Uruguai no mês que vem

Clarissa Pacheco (texto)
Evandro Veiga (fotos)

Em solo baiano, os jogadores das seleções de futebol do Brasil, Uruguai e Nigéria sentirão o gostinho do que é morar em Salvador. Quando por cá pousarem para as partidas que disputarão na primeira fase da Copa das Confederações, em junho, no caminho ao hotel, caberá ao motorista driblar os buracos e desníveis de pista. Em alguns trechos, todavia, será inevitável aos atletas a sensação de tremor e alguns solavancos.

Se dentro das hospedarias em Stella Maris, o que não falta aos atletas é luxo, é só chegar na janela, ou decidir dar uma volta para conhecer a vizinhança, para que vejam o entorno de ruas sem asfaltamento, pontos de ônibus desertos e degradados e matagais ao lado de calçadas — também em má conservação.

“Tem buraqueira e o que mais falta aqui é segurança. Assalto tem quase todo dia, tomara que vejam e reclamem, pra ver se muda algo”, disse Juscelino Ribeiro, 58, funcionário de um posto de gasolina. “Infelizmente, Stella Maris vai receber as seleções, mas vai ser do jeito que está, não vai ter mudança”, disse Rogério Lima, 30, frentista do mesmo posto.

Na rua Praia do Atalaia, moradores improvisaram uma placa para alertar os motoristas para a armadilha
Na rua Praia do Atalaia, moradores improvisaram uma placa para alertar os motoristas para a armadilha
Ainda tinha tampa, mas o buraco da foto acima já existe desde 2011
Ainda tinha tampa, mas o buraco da foto acima já existe desde 2011

As reclamações de Rogério e Juscelino são as mesmas de outros moradores e trabalhadores da região. Lá, com medo da insegurança, a presença de transeuntes não é comum, o que facilita a ação de bandidos. Sobram carros, engarrafamento e condomínios fechados.

Segundo o major André Borges, que comanda a 15ª Companhia da Polícia Militar, as principais ocorrências no bairro são roubos de carros, além de pequenos furtos nas imediações da orla, onde os turistas, vítimas em potencial, costumam circular.

Este ano, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), foram registrados 24 roubos a carro no bairro, além de dois homicídios. Os pequenos furtos não são contabilizados no boletim.

“O bairro é perigoso, as praias são desertas, tem muito assalto”, contou a moradora Jamile Rodrigues, 28.

Ela reclama de situações que causam ainda mais transtornos aos moradores, a falta de opções de transporte. “Às vezes, para chegar ao centro, eu tenho que pegar um ônibus até Itapuã”, disse.

Ponto? Só na placa. Falta abrigo para passageiros e sobra mato; Rua da Passárgada, em Stella, mais parece o caminho de uma roça
Ponto? Só na placa. Falta abrigo para passageiros e sobra mato; Rua da Passárgada, em Stella, mais parece o caminho de uma roça

Segundo Jamile, o bairro, repleto de condomínios de luxo, também sofre com alagamentos. “É engraçado, o bairro foi projetado para não ter bueiros, para a água da chuva desaguar na praia. Mas a água nem chega lá. Qualquer chuva mais forte alaga as ruas estreitas, menores”, contou.

Pela janela
A depender da localização de cada suíte, os jogadores da seleção da Nigéria poderão desfrutar, no Hotel Deville, de uma deslumbrante vista para o mar ou para ruas que mais lembram uma roça, sem asfaltamento, calçadas e com o mato alto pelos cantos.

É assim que está a situação de trechos da rua da Passárgada, onde o hotel está situado. Por meio de assessoria, o hotel assegura não receber queixas de clientes.

Do outro lado do bairro, mais próximo ao centro comercial, o acesso ao Gran Hotel Stella Maris tem verdadeiras crateras. No hotel, se hospedará a delegação da seleção brasileira. A Rua Filipe Tiago Gomes conta com a pavimentação precária, em alguns pontos feita com paralelepípedos, e não asfalto.

O proprietário do hotel, Silvio Pessoa, afirmou que os buracos nas imediações são recentes. “A Fifa já fez três vistorias e não apontou esse problema. Na verdade, há um mês atrás, esses buracos não existiam, apareceram depois da chuva”, afirmou Pessoa.

Na rua do Catussaba Resort, na Alameda Praia de Tramandaí, onde a seleção do Uruguai dormirá, se repetem os buracos, os matos altos e a sensação de abandono.

Simulação
Para evitar que congestionamentos afetem a ida e vinda das seleções para jogos e treinos, a Transalvador fez uma simulação de intervenções no trânsito no dia 14 de maio, com dez viaturas e 25 agentes.

O superintendente da Transalvador, Fabrizzio Muller, disse que o objetivo é “deixar o trânsito livre, atendendo a qualquer incidente de trânsito imediatamente, para que as delegações cheguem aos seus destinos em segurança o mais rapidamente possível”.

Além dos jogadores, os torcedores também terão apoio especial. O embarque em taxis e ônibus será fiscalizado 24 horas. Haverá ainda linhas especiais de ônibus passando por hotéis de Stella Maris até a Praça da Sé; e do Aeroporto à Arena Fonte Nova.

Fifa não faz exigências para o entorno de hotéis
Responsável por coordenar as ações da prefeitura para o mundial de futebol, o Escritório Municipal da Copa do Mundo Fifa Brasil 2014 (Ecopa) informou, através da assessoria de comunicação, que as necessidades de reparos nas vias de acesso a hotéis serão cumpridas pelo município.

No entanto, ainda segundo o Escritório, o relatório exigido pela Fifa sobre a hospedagem das seleções não inclui o estado das vias de acesso aos hotéis, e sim a capacidade das instalações, a proximidade do aeroporto e mobilidade para chegar até o estádio.

Para a Fifa, o que importa na hospedagem é a parte de dentro dos hotéis: é preciso ter as menos 55 quartos e o restaurante deve atender, no mínimo, o mesmo quantitativo de pessoas de uma só vez.

(Transcrevi trechos)

Os estádios para a Copa pagos pelo povo

por Luiz Carlos Amorim

Coliseu

Foi inaugurado, nestes meados de maio de 2013, mais um dos estádios brasileiros, daqueles que estão sendo construídos ou reformados para a Copa do Mundo e, depois, para as Olimpíadas, que também ocorrerá no Brasil.

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Dona Dilma estava lá, inaugurando o estádio de Brasília, dizendo que a entrega da obra, que custou mais de dois bilhões de reais, é uma conquista do povo brasileiro, que juntos conseguimos fazer grandes coisas, “apesar dos pessimistas de plantão”.

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Pois as obras nos vários estádios que serão entregues para a Fifa fazer a próxima Copa do Mundo, arrecadar a renda de tudo e ir-se embora com os bolsos cheios, sem colaborar com um centavo para a preparação do evento, com efeito, estão sendo pagas pelo povo, uma vez que é o dinheiro público que está sendo usado para isso, dinheiro juntado com os altos impostos que pagamos.

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Dinheiro para a saúde, para a educação, para a segurança, que estão abandonados à própria falência, não há, no Brasil, nos últimos tempos mais do que em outros tempos. Mas bilhões e bilhões para pagar estádios e entrega-los à Fifa, para que ela junte todo o dinheiro que a Copa do Mundo vai render e retirar-se do país mais rica, isso há.
E o povo, apesar de pagar as obras, é quem vai pagar os ingressos para formar o bolo que a Fifa tirará do país.

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Enquanto as escolas públicas caem aos pedaços, sem manutenção e sem equipamentos para que os professores mal pagos ministrem as aulas de primeiro e segundo graus para nossos filhos, enquanto os hospitais deixam de atender os cidadãos brasileiros por falta de funcionários, de médicos, de leitos e de equipamentos e eles morrem sem atendimento, sem cirurgias e sem remédios, enquanto a segurança é cada vez mais precária porque faltam policiais para estarem nas ruas, porque não há verba para admitir mais recursos humanos, viaturas, etc., o país renova seus estádios com o dinheiro público que deveria estar sendo direcionado para as tantas obras que precisam ser feitas e ficam sendo adiadas. Isso sem falar em mobilidade, infraestrutura, etc.

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E nossa presidente enche a boca para dizer “somos capazes” de realizar, sim, as obras nos estádios, dentro dos prazos. Isso tem prioridade. E a educação, a saúde, a segurança?

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Quais os estádios mais caros da Copa do Mundo?

Estádio Nacional Mané Garrincha Custou R$ 1,2 bilhão

O Estádio Nacional Mané Garrincha, cuja inauguração foi remarcada para dia 18 próximo, custou a bagatela de R$ 1,2 bilhão.

Informa Fatorama (foto) que é o mais caro de todos os estádios brasileiros preparados para a Copa das Confederações, agora em junho, e para a Copa do Mundo de 2014. “Mas é o mais moderno do mundo, com capacidade para 71.400 pessoas.

Moderno em tecnologia e sustentabilidade com reconhecimento internacional, o Estádio Nacional de Brasília supera todas as exigências da Fifa. É o Gigante do Planalto, novo orgulho da capital brasileira”.

Este palavrão óbvio “sustentabilidade” deve ser uma referência ao fechado Engenhão no Rio de Janeiro. Um estádio, conforme avisou o prefeito Eduardo Paes, que pode ser derrubado por uma ventania.

Um estádio que pode ir abaixo com um sopro do lobo mau, o da história dos três porquinhos.

lobo mau

Eu não sei que porquinho construiu o estádio. Mas este porquinho bem que virou um minhaeiro.

porquinho minhaeiro

Eta País colonizado. Ter de engolir a frase “exigências da Fifa”, uma máfia (vale a redundância) repleta de ladrões, a começar pelos brasileiros: o sogro e o genro, este substituído por um amigo do coronel Brilhante Ustra.

Só na reforma, repito na reforma, o Maracanã já gastou 1,45 bilhão. E a imprensa afirma que é o terceiro em dinheiro jogado no tapete verde.

br_extra. Só em reformas os vivos 1,45 bilhões foram o q correu por fora

Os Neros estão construindo quantos estádios (Coliseus)?
Nenhum governador pode reclamar que falta dinheiro para a educação, a saúde, a construção de casas populares, a oferta de água para o povo, e o necessário para acabar com a miséria das favelas, os flagelos da seca e das enchentes. Tudo isso faz parte das recomendações da ONU para os países do Terceiro Mundo. E dos ensinamentos das igrejas cristãs.