Operação Lava Jato vazou informações para a imprensa golpista e para os executivos de empreiteiras que pagavam toco. Estão mais lisos que qualquer salário mínimo. Não sobrou nenhum tostão para ressarcir o dinheiro superfaturado da Petrobras

justiça taxas

Um cara para lá de milionário, sem nenhum tostão em um banco, de duas uma: ou sacou o dinheiro na véspera da prisão e/ou mandou para uma conta em algum paraíso fiscal.

Isso é fácil de saber: basta pedir o extrato (conta bancária) deste mês.

A mesma fonte que passou as informações para revista Veja, na antevéspera das eleições do segundo turno, fez esse favorzinho para os milionários executivos das empreiteiras. Ninguém faz graça de graça. Quem informou recebeu sua parte. Ficou com quantos por cento dos 20 milhões que seriam bloqueados de cada preso? São 16 sortudos.

 

MUITAS DAS CONTAS BANCÁRIAS DOS EMPREITEIROS ENVOLVIDOS NO ESQUEMA DE LAVAGEM DE DINHEIRO DA PETROBRAS FORAM ENCONTRADAS VAZIAS. UMA DELAS TINHA APENAS R$ 4,60

 

 Osvaldo Gutierrez Gomes
Osvaldo Gutierrez Gomes

 

O Brasil é o país da piada pronta. Todo mundo tira o sarro da justiça

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(Terra) Nesta semana, a Justiça Federal determinou o bloqueio das contas bancárias dos empresários investigados na Operação Lava Jato. Ao cumprir a determinação, no entanto, teve uma surpresa: elas já haviam sido esvaziadas. As informações são do jornal O Globo.

De acordo com a publicação, o Banco Itaú informou em ofício que não havia valores a serem bloqueados nas contas de Walmir Pinheiro Santana (UTC Participações S.A.), de Valdir Lima Carreiro (presidente da Iesa Óleo e Gás) e do lobista Fernando Soares. Na conta de Ildefonso Colares Filho, que deixou a presidência da Queiroz Galvão em abril passado, foram bloqueados R$ 4,60.

Ainda segundo O Globo, os valores encontrados nas contas do mesmo banco de outros executivos também não foram altos. Foram bloqueados R$ 4 mil de Erton Medeiros Fonseca (sócio da Galvão Engenharia), R$ 6 mil de Agenor Franklin Magalhães Medeiros (diretor da área Internacional da Construtora OAS) e R$ 33 mil de Sergio Cunha Mendes (vice-presidente da Mendes Junior).

Apenas as contas de Gerson de Mello Almada, um dos sócios da Engevix, tinham valores superiores a R$ 1 milhão.

O informe do Banco Caixa Geral do Brasil foi semelhante. De acordo com o jornal, as contas de Dalton dos Santos Avancini, presidente da Camargo Corrêa, e de João Ricardo Auler, presidente do conselho de administração da empresa, também foram encontradas vazias.

As duas instituições foram as primeiras a atender à determinação da Justiça Federal, que determinou o bloqueio de R$ 20 milhões por pessoa. No total, 16 pessoas foram alvo de pedido de bloqueio de valores.

Empreiteiros. A sétima lista de corruptores

dinheiro cabeça corrupção

 

 

 

Para a justiça e a polícia dos governos estaduais (capitanias/ províncias) e governo do Brasil (vice-rei/ imperador/ ditador/ presidente) eram os santos do povo, os libertários, os heréticos (hoje temos o ateu comunista/bolivariano), o escravo negro fugitivo, o índio (o genocídio de várias nações indígenas) os inimigos da ordem, do progresso, de Deus, da tradição, da família e propriedade.

A história da conquista portuguesa começou com os índios amarrados nas bocas de canhões. Para assassinos e ladrões pobres, para o santo Antonio Conselheiro, para os heróis Zambi, Pedro Poti,  Tiradentes, Frei Caneca e outros libertários, a prisão, a tortura, a forca, o fuzilamento, a cabeça degolada, o esquartejamento.

O mito do brasileiro cordial sempre valeu para uma minoria: os cortesãos, os nobres, os bandeirantes, os mineradores, os enriquecidos comerciantes e fazendeiros. Silvério dos Reis foi um dos primeiros a receber delação premiada. Era um sonegador.

O Brasil nunca foi de prender as grandes fortunas. Temos cinco séculos de justiça PPV.

Com Dilma Rousseff na presidência (“Não ficará pedra sobre pedra”, uma profecia de Jesus), pela primeira vez os adoradores do bezerro de ouro vão presos. Milionários e bilionários que a imprensa chama de “bons ladrões”.

Eis uma lista de encarcerados jamais imaginada. A justiça deve colocar todos, mais hora, menos hora, em liberdade, para tocarem seus nababescos negócios corruptos, que começam com a grilagem de terras no campo e nas cidades, com a especulação imobiliária, e uma colheita de concessões, alvarás, terrenos doados e despejos judiciais. Fundaram ONGs e fundações que lavam mais branco as notas fiscais, para desconto no imposto de renda. São generosos no pagamento de propina, notadamente, para prefeitos das capitais e governadores.

floresta amazônia desmatamento latifúndio

 

O único pecado deles, em um dos feudos, a Petrobras, a despreocupação em confiar em um traidor, Alberto Youssef que, em 2003, no escandaloso caso de lavagem de dinheiro no Banco Banestado, o banco do governo paranaense privatizado na gestão de Jaime Lerner (1995-2002), dedurou todos os companheiros de tráfico de moedas. E como era esperado ninguém foi condenado. Teve até morto de mentirinha.

A confiança dos piratas das empreiteiras vem da certeza da impunidade. Porque não é a primeira vez que Youssef canta para o juiz Sergio Fernando Moro.

Morou?

Svitalsky Bros
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Mandados de prisão, a lista de presos

Na sétima etapa da Lava Jato, a Polícia Federal prendeu executivos e fez buscas e apreensão em sete das maiores empreiteiras do País, apontadas como o braço financeiro de um esquema de corrupção na Petrobras. Veja os mandados de prisão decretados pela Justiça Federal:

Prisão preventiva:

1. Eduardo Hermelino Leite, da Construtora Camargo Correa;

2. José Ricardo Nogueira Breghirolli, da OAS;

3. Agenor Franklin Magalhães Medeiros, da OAS;

4. Sergio Cunha Mendes, da Mendes Júnior;

5. Gerson de Mello Almada, da Engevix;

6. Erton Medeiros Fonseca, da Galvão Engenharia.

Prisão temporária:

1) Dalton dos Santos Avancini, da Construtora Camargo Correa;

2) João Ricardo Auler, da Construtora Camargo Correa;

3) Mateus Coutinho de Sá Oliveira, da OAS;

4) Alexandre Portela Barbosa, da OAS;

5) José Aldemário Pinheiro Filho, da OAS

6) Ednaldo Alves da Silva, da UTC;

7) Carlos Eduardo Strauch Albero, da Engevix;

8) Newton Prado Júnior, da Engevix;

9) Otto Garrido Sparenberg, da IESA;

10)Valdir Lima Carreiro, da IESA;

11) Ricardo Ribeiro Pessoa, da UTC;

12) Walmir Pinheiro Santana, da UTC;

13) Othon Zanoide de Moraes Filho, da Queiroz Galvão;

14) Ildefonso Colares Filho, da Queiroz Galvão;

15) Jayme Alves de Oliveira Filho, subordinado de Alberto Youssef;

16) Adarico Negromonte Filho, subordinado de Alberto Youssef;

17) Carlos Alberto da Costa Siva, emissário das empreiteiras;

18) Renato de Souza Duque, ex-diretor da Petrobras;

19) Fernando Antonio Falcão Soares, lobista

Investigados que sofreram bloqueios bancários:

1) Eduardo Hermelino Leite

2) Dalton dos Santos Avancini

3) João Ricardo Auler

4) José Ricardo Nogueira Breghirolli

5) José Aldemário Pinheiro Filho

6) Agenor Franklin Magalhaes Medeiros

7) Ricardo Ribeiro Pessoa

8) Walmir Pinheiro Santana

9) Sérgio Cunha Mendes

10) Gerson de Mello Almada

11) Othon Zanoide de Moraes Filho

12) Ildefonso Colares Filho

13) Valdir Lima Carreiro

14) Erton Medeiros Fonseca

15) Fernando Antonio Falcão Soares

16) Renato de Souza Duque

 

 

 

 

200 mil brasileiros são vítimas da escravidão

escravo mao

Sexta maior economia do mundo, o Brasil ainda está entre os cem países com os piores indicadores de trabalho escravo, segundo o primeiro Índice de Escravidão Global.

(BBC Brasil)

O Brasil ocupa o 94º lugar no índice de 162 países (com a Mauritânia no topo da lista, apontado como o pior caso). Trata-se da primeira edição do ranking, lançado pela Walk Free Foundation, ONG internacional que se coloca a missão de identificar países e empresas responsáveis pela escravidão moderna.

Um relatório que acompanha o índice elogia iniciativas do governo brasileiro contra o trabalho forçado, apesar do país ainda ter, segundo estimativas dos pesquisadores, cerca de 200 mil pessoas nesta condição.

Segundo o índice, 29 milhões de pessoas vivem em condição análoga à escravidão no mundo; são vítimas de trabalho forçado, tráfico humano, trabalho servil derivado de casamento ou dívida, exploração sexual e exploração infantil.

Nas Américas, Cuba (149º), Costa Rica (146º) e Panamá (145º) são os melhores colocados, à frente dos Estados Unidos (134º) e Canadá (144º), dois países destinos de tráfico humano. O Haiti ocupa o segundo pior lugar no ranking geral, sobretudo por causa da disseminada exploração de trabalho infantil.

O pesquisador-chefe do relatório, professor Kevin Bales, disse em nota que “leis existem, mas ainda faltam ferramentas, recursos e vontade política” para erradicar a escravidão moderna em muitas partes do mundo.

Brasil

No Brasil, o trabalho análogo à escravidão concentra-se sobretudo nas indústrias madeireira, carvoeira, de mineração, de construção civil e nas lavouras de cana, algodão e soja.

A exploração sexual, sobretudo o turismo sexual infantil no nordeste, também são campos sensíveis, segundo o relatório, que cita ainda a exploração da mão de obra de imigrantes bolivianos em oficinas de costura.

Através de informações compiladas de fontes diversas, os pesquisadores calcularam um percentual da população que vive nessas condições — foi assim que a ONG chegou à estimativa de que cerca de 200 mil brasileiros são vítimas da escravidão moderna. Apesar do quadro ainda preocupante, as ações do governo brasileiro contra o trabalho escravo são consideradas “exemplares”.

A ONG elogia ainda o Plano Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo e o Plano Nacional contra o Tráfico Humano, além da chamada “lista suja do trabalho escravo” do Ministério do Trabalho, que expõe empresas que usam mão de obra irregular.

O relatório recomenda a aprovação da PEC do trabalho escravo, em tramitação no Senado, que prevê a expropriação de propriedades que exploram trabalho forçado.

Recomenda ainda que a “lista suja do trabalho escravo” seja incorporada à lei e que as penas para quem for condenado por exploração sejam aumentadas.

Levantamento da Repórter Brasil revela os partidos e políticos que se beneficiaram com doações de empresas e pessoas incluídas na “lista suja” do trabalho escravo.

(Repórter Brasil)

A partir do cruzamento de dados do Cadastro de Empregadores flagrados com trabalho escravo, mantido pelo Ministério do Trabalho e Emprego e pela Secretaria Especial de Direitos Humanos (mais conhecido como a “lista suja” do trabalho escravo) e as informações de doadores de campanhas eleitorais do Tribunal Superior Eleitoral, organizadas pelo Portal Às Claras, a Repórter Brasil mapeou todos os candidatos e partidos beneficiados entre 2002 e 2012 por empresas e pessoas flagradas explorando trabalhadores em condições análogas à escravidão.

PTB e PMDB são os partidos que mais receberam dinheiro dos atuais integrantes da “lista suja” no período e o recém-criado PSD é o que mais recebeu dinheiro na eleição de 2012.

Ao todo, 77 empresas e empregadores flagrados explorando escravos que constam na lista atual fizeram doações a políticos, o que equivale a 16% dos 490 nomes. Eles movimentaram R$ 9,6 milhões em doações, em valores corrigidos pela inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

O levantamento mostra que os quase R$ 10 milhões se distribuem entre 23 partidos políticos, considerando as doações feitas aos seus candidatos ou diretamente às agremiações, através de seus diretórios regionais.

Como a inclusão de um nome na “lista suja” demora em função do processo administrativo decorrente do flagrante, no qual quem foi autuado tem chance de se defender, e considerando que, em linhas gerais, as doações eleitorais são fruto de relações prolongadas e não pontuais, a Repórter Brasil incluiu mesmo doações feitas em pleitos anteriores à inclusão no cadastro. O levantamento informa as doações dos atuais integrantes da relação, e não de todos os que já passaram por ela.

Já o PMDB, segundo colocado entre os partidos que mais receberam de escravocratas, teve como beneficiárias 40 candidaturas ao longo dos dez anos estudados. O valor de R$ 1,9 milhão contribuiu para que 12 prefeitos, seis vereadores e três deputados federais fossem eleitos.

Somente o produtor rural José Essado Neto doou R$ 1,6 milhão ao partido, que o abrigou por três pleitos até alcançar o cargo de suplente de deputado estadual em Goiás em 2010, quando declarou à Justiça Eleitoral ter R$ 4,3 milhões em bens. Ele entrou na “lista suja” do trabalho escravo em dezembro de 2012, depois de ser flagrado superexplorando 181 pessoas.

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Doações ocultas

No Brasil, a lei eleitoral exige que os candidatos prestem contas e deixem claro quem financiou suas campanhas. Deve ser discriminado, também, todo o montante que veio do próprio candidato – as chamadas “autodoações”.

Dos R$ 9,6 milhões gastos por escravocratas em campanhas eleitorais, R$ 2,3 milhões – ou quase um quarto do total – vieram de 19 pessoas nessa situação, ou seja, políticos flagrados com trabalho escravo que doaram a si mesmos.

O recurso, no entanto, dá margem para corrupção, permitindo que os pleiteantes a cargos eleitorais sejam financiados “por fora” e injetem o valor na campanha como se fosse proveniente do seu próprio bolso, ainda que não seja possível presumir que seja esse o caso dos políticos da relação.

Outro possível artifício para se ocultar a quais candidatos serão direcionadas os recursos é a doação aos diretórios partidários, como explica a reportagem de Sabrina Duran e Fabrício Muriana para o projeto Arquitetura da Gentrificação sobre a atuação da bancada empreiteira na Câmara dos Vereadores de São Paulo. Por meio dessa modalidade, os valores são distribuídos pelo partido ao candidato, sem que o próprio partido tenha de prestar contas e informar de quem recebeu o dinheiro. Os integrantes da “lista suja” do trabalho escravo usaram esse expediente em 36 ocasiões diferentes, totalizando R$ 1,3 milhão, valor cujo destino não é possível ser conhecido.

Escravocratas e ruralistas

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Entre os que têm defendido publicamente proprietários de empresas e fazendas flagradas explorando trabalhadores em condições análogas às de escravos no Congresso Nacional estão integrantes da Frente Parlamentar da Agropecuária, a chamada Bancada Ruralista. Os integrantes de tal frente pertencem a partidos que estão entre os que mais receberam dinheiro de escravocratas.

A votação na Câmara dos Deputados da PEC do Trabalho Escravo, que determina o confisco de propriedades em que for flagrado trabalho escravo e seu encaminhamento para reforma agrária ou uso social, é um exemplo de como o interesse dos dois grupos muitas vezes converge. Dos seis deputados federais em exercício na época da aprovação da proposta na Casa que foram financiados por escravocratas, três se ausentaram da votação, conforme é possível ver no quadro ao lado. Três votaram pela aprovação.

Em outros casos, tais associações também ficam evidentes, como no processo de flexibilização da legislação ambiental com a reforma do Código Florestal. A mudança, que diminuiu a proteção às florestas nativas e foi aprovada em abril de 2012, teve apoio dos seis partidos que mais se beneficiaram com doações de escravocratas e que, juntos, receberam R$ 7,9 milhões, ou 82% do total.

Outras empresas

Juan Hervas
Juan Hervas

O levantamento levou em consideração a “lista suja” do trabalho escravo tal qual sua última atualização, de 17 de setembro, o que exclui empresas que forçaram suas saídas da relação através de liminar na Justiça, como a MRV, e outras que devem entrar em atualização futura, como a OAS.

Nos dois últimos anos, a MRV foi flagrada em quatro ocasiões diferentes – em Americana (SP), Bauru (SP), Curitiba (PR) e Contagem (MG) – explorando trabalhadores em condições análogas às de escravos. A empresa é uma das maiores construtoras do Minha Casa, Minha Vida, programa do governo federal de moradias populares instituído em 2009. Nas eleições de 2010 e 2012, a construtora doou um total de R$ 4,8 milhões a candidatos e partidos políticos, em valores corrigidos pela inflação.

Já a OAS foi autuada no mês passado por escravizar 111 trabalhadores nas obras de ampliação do Aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo. Terceira empresa que mais fez doações a candidatos de cargos políticos entre 2002 e 2012, a empreiteira desembolsou R$ 146,6 milhões (valor corrigido pela inflação) no período. A OAS também faz parte do consórcio que venceu a licitação para a concessão do Aeroporto de Guarulhos à iniciativa privada no ano passado.

(Transcrito da Comissão Pastoral da Terra)

Nas tragédias o Brasil confessa seu lado irregular

Foi assim no incêndio da boate Kiss em Santa Maria.
Acontece nos dias de chuva, com as moradias dos pobres nas áreas de risco.
Com o afundamento de barcos no Rio Amazonas.
Com os 170 mil despejos para as obras da Copa do Mundo.
Com as riquezas do Estado doadas como cessão, concessão, licença, consentimento, outorga (sinomia ou sinonímia?)

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O irregular nem sempre marca a presença do governo paralelo, da economia subterrânea, do mercado negro, da pirataria internacional (inclusive o tráfico de água), das diferentes formas de tráfico (notadamente o de dinheiro)

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Tudo no Engenhão tem que ser examinado, investigado, desvendado. Existe falha no projeto e na construção? Por que tão caro? Aproveitando, por que entregar o Maracanã a Eike Batista? Seu poder vai do Aterro do Flamengo à Praça da Bandeira?

por Helio Fernandes

 

Agora o problema se complicou, se agravou, foi revelada a possibilidade da tragédia. Começarei pelo fim: o prefeito e o secretário revelaram que “desde 2009, com ventos de 60 km, poderia haver queda da cobertura”. Ninguém sabia de nada, tudo foi escondido.

 Milhares de torcedores em risco

Acrescentaram as mesmas autoridades: “Por causa dessa expectativa, não autorizávamos jogos quando podiam soprar ventos dessa velocidade”. Não informaram o público. O Botafogo não tem a menor culpa. Antecipadamente cancelavam jogos. E se os ventos de 60 km começassem, com o estádio já cheio.

AGORA, OS ERROS TÉCNICOS
DE PROJETO E EXECUÇÃO

Nas palavras do próprio prefeito, pode ter havido erro de projeto ou de execução, ou os dois. Pediram confirmação a uma empresa respeitada da Alemanha, aí sentiram a gravidade material, além do perigo a que submeteram, insensatamente, os milhares de pessoas que frequentam o Engenhão.

Por que entregaram a obra à construtora Delta, “queridinha” do Rio, pelo visto não apenas do governador, mas também do prefeito. Desistiu, ou melhor, abandonou a obra. Foram contratadas então duas empreiteiras construtoras, dessas que viajam com Lula (mas isso é outra história, embora com a mesma gravidade).

Pelo que se depreende, não pelo que se sabe, o Engenhão ficará fechado por tempo indeterminado. Mais prejuízos para os clubes, que não têm onde jogar. É preciso apurar o responsável desde o início até agora, explicar como tudo aconteceu, e por que custou tão caro. O Ministério Público tem que agir imediatamente.

 

Estádio Engenhão, um negoção da corrupção, interditado por problemas estruturais

TUDO AZUL NA COR DO PFL DE CESAR MAIA

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Seis anos após sua conclusão, o estádio Olímpico João Havelange vai ser fechado por problemas estruturais, informou a prefeitura do Rio de Janeiro.

Relatórios das construtoras que fazem a manutenção da arena apontaram abalo na cobertura do estádio.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), disse que foi procurado no fim da semana passada pelo consórcio responsável pela construção do estádio, que vem monitorando a situação da cobertura.

“Hoje me informaram que a cobertura tinha problemas estruturais de projeto. Perguntei se esses problemas representavam risco para os torcedores. E a resposta foi sim, dependendo de determinadas circunstâncias como velocidade do vento e temperatura“, disse Paes em entrevista coletiva.

“Não sei dizer a proporção. Diante desse fato, tomei a decisão de interditar o estádio imediatamente até que tivéssemos maiores detalhes para a solução que pode ser dada”, completou ele, informando que comunicou o Botafogo e a Federação de Futebol do Estado.

Segundo Paes, a interdição é por tempo indeterminado.

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Após o Pan de 2007, o Botafogo arrendou o estádio por 20 anos em licitação aberta pela prefeitura do Rio de Janeiro.

“Vamos ter o time da prefeitura empenhada em encontrar a solução o mais rapidamente possível. Até agora não me foi apresentada nenhuma. É inadmissível que um estádio inaugurado há tão pouco tempo já tenha de enfrentar essa situação. Os responsáveis vão ser procurados para responder pelos seus atos”, declarou o prefeito. (Reuters).

“Os responsáveis vão ser procurados para responder pelos seus atos”. Duvido. Os responsáveis são:

Construído no governo Cesar Maia e de propriedade municipal, mas arrendado pelo Botafogo F.R. no ano de sua inauguração até 2027, com possibilidade de renovação de maneira unilateral por mais 20 anos, portanto até 2047, o local foi levantado para sediar as competições de atletismo e futebol dos Jogos Pan-americanos de 2007. Atualmente, tem capacidade total para mais de 46 mil pessoas sentadas, porém, sofrerá ampliação para 60 mil espectadores visando a realização da Olimpíada de 2016.

Considerado o estádio mais moderno e o mais bonito da América Latina à época de sua construção, seu gramado tem dimensões de 105 x 68m.

Inicialmente orçado em R$ 60 milhões, o Estádio Olímpico João Havelange teve um custo final mais de seis vezes do esperado, R$ 380 milhões.

O projeto do estádio foi elaborado pelos arquitetos Carlos Porto, Gilson Santos, Geraldo Lopes e José Raymundo Ferreira Gomes que, desde 1995, vinham estudando projetos de estádios no mundo todo, para fazer um estádio moderno para o Pan 2007. A pedra fundamental foi lançada em 16 de dezembro de 2003, sendo a primeira construção iniciada para os Jogos Pan-americanos de 2007, e a obra finalizada a pouco menos de um mês para o início do evento. A data de conclusão da obra foi adiada cerca de quatro vezes, estava prevista para ser concluída em meados de 2006, passou para o final do mesmo ano, posteriormente para a metade do primeiro semestre de 2007, até a semana de inauguração.

As obras foram administradas pelo Consórcio Odebrecht e OAS, sob fiscalização da Riourbe, da Secretaria de Obras do Município do Rio de Janeiro.

Mais informações sobre este elefante branco, projetado para sediar os jogos da Copa do Mundo, mas decidiram investir num novo Maracanã, que vai consumir uma enchente de dinheiro, para ser privatizado a preço de banana, incluindo os prédios que rodeiam o estádio que vão ser demolidos: Museu do Índio, Parque Aquático Júlio Delamare, Escola Municipal Friedenreich (a terceira melhor escola da Prefeitura do Rio, e Eduardo Paes nem aí), Estádio Célio de Barros, Aldeia Maracanã e casarios. Campo anexo para aquecimento

Campo anexo para aquecimento

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Favelas que choram sangue de fogo

BOTANDO DINHEIRO NO FOGO

por Gilmar Crestani

Em três parágrafos a Folha de São Paulo deu a notícia. A OAS (Obras do Amigo Sogro) está financiando a compra de São Paulo. Informação curta, porque não interessa repercutir. Do outro lado, Juan Árias também levanta os pontos não une os fios. Lendo em separado, são duas informações que não guardam qualquer relação. Pelo menos é que ambos querem fazer crer. Agora, considerando o histórico da Folha de São Paulo em relação aos seus corruptos na Prefeitura e no Governo de São Paulo, há algo de podre no ar e não é só fumaça. Onde há fumaça, há fogo. Ligue o fogo, às especulações imobiliárias, e ao fato de ter sido rotina neste ano e, voilá, tem Nero queimando São Paulo. Há uma CPI rolando na Assembléia Legislativa de São Paulo, mas, como sabemos, depois que o PSDB chegou ao governo daquele Estado, nenhum CPI andou, e sempre com o silêncio obsequioso dos Grupos Abril, Folha, Estadão.

Construtora OAS é a maior doadora das campanhas em SP

DE SÃO PAULO – A construtora OAS é a maior financiadora privada dos três candidatos que lideram as pesquisas de intenção de voto para a Prefeitura de São Paulo: Celso Russomanno (PRB), José Serra (PSDB) e Fernando Haddad (PT). A empreiteira investiu R$ 2,75 milhões nas três campanhas.

As contribuições da OAS para Russomanno somam R$ 500 mil e foram as primeiras recebidas de empresas privadas pelo candidato -até então o líder nas pesquisas tinha apenas recursos do fundo partidário do PRB e contribuições de pessoas físicas. Da construtora, Serra recebeu R$ 1,25 milhão, e Haddad, R$ 1 milhão.

Em 2011 e 2012, a OAS recebeu mais de R$ 100 milhões por contratos com a prefeitura.

LAS FAVELAS QUE LLORAN SANGRE DE FUEGO 

Por Juan Arias

En São Paulo, la mayor urbe de América Latina y quizás la más rica, en las últimas semanas, cuatro favelas han resultado incendiadas. En 2011, los incendios fueron 79 y en lo que va de año, 24.

Los brasileños pudieron seguir días atrás en directo por televisión uno de los mayores incendios del año, en la favela de Agujero Negro. Seguramente, cada espectador se habrá fijado en algún detalle de aquella verdadera tragedia humana aunque no se registraran víctimas mortales.

A mi me tocaron dos escenas concretas mientras el fuego, a pesar de la presencia de 30 coches de bomberos, se iba tragando inexorablemente hasta 300 chabolas, dejando a 1.200 personas más en la calle que nunca.

Me emocionó ver la solidariedad de aquellas personas siempre olvidadas, haciendo filas con baldes de agua para ayudar a los bomberos. Llegaban hasta de otras favelas y se arriesgaban hasta lamer las llamas.

Y me emocionaron también hombres y mujeres luchando para sacar por las ventanas y techos desmoronándose, aún en llamas, sus cuatro enseres: todo lo que les quedaba: colchones, cocinas y neveras viejas y algunos puñados de ropa. No lloraban ni gritaban. Diría que en sus rostros había hasta un no sé qué de atávica resignación a sabiendas de que pueden contar poco más que con sus propias fuerzas.

Es emblemático que mientras se habla de las 1.100 favelas de Rio, casi mitizándolas, de las 2.627 de São Paulo, siempre en llamas, poco se habla. No tienen historia ni turistas que las visiten. Son favelas que lloran sangre de fuego.

Ni se acaban nunca de conocer los reales motivos de tantos incendios. Hay quien como el catedrático de periodismo de la Universidad PUC de São Paulo, doctor en Ciencias Políticas, Leonardo Sakamoto, llega a insinuar en su blog, con una frase terriblemente dura, que sobretodo los incendios de las favelas de la zona sur de la ciudad (la más rica), cercanas al centro, a tres
kilómetros del aeropuerto de Congonhas, interesan porque se trata de terrenos envidiados por las grandes inmobiliarias.

Dice Okamoto, con amarga ironía, que “las favelas que se convierten en cenizas, son un incienso quemado en nombre del progreso y del futuro”, es decir del progreso inmobiliario.

Comenta el bloguero: “Esa limpieza por el fuego lleva a las lágrimas a tantas familias. Y abren imperceptibles sonrisas en algunos empresarios y administradores públicos de ojo en la construcción de bancos, salas de concierto y exposiciones, sedes de multinacionales y oficinas de la administración pública”.

Una cosa es cierta. La Comisión de Investigación del Parlamento de Sâo Paulo (CPI) sobre el agravarse de los incendios, instalada hace meses, ni ha empezado a funcionar. No interesa. Ni siquiera ha sido aún nombrado el relator. Preguntados sobre por qué no funciona, los políticos responden que “por falta de quórum”. Tienen otras cosas más importantes que hacer que tratar de investigar por qué arden tantas favelas en la ciudad.

Al mismo tiempo, los terrenos de esas favelas, son el oro y el sueño de los constructores de rascacielos para los pudientes de la ciudad.

En Brasil existen aún 11 millones de personas viviendo en favelas, casi la población de Portugal. Suponen el 6% de la población. El número mayor de esas gentes se halla en el Nordeste pobre, con un total de tres millones y medio de habitantes, un 30% del total de la población de favelas del país. Leer más

Caminhada indígena contra estrada da OAS

A rodovia Villa Tunari-San Ignacio de Moxos pelo Território Indígena do Parque Nacional Isiboro Sécure (TIPNIS), está sendo contruída pela OAS, com dinheiro emprestado pelo BNDES, em uma conturbada negociação defendida no começo pela imprensa golpista, e que agora está dividida: na Bolívia, contra; no Brasil, a favor.

imprensa da direita contra estrada
coisa inusitada: imprensa aprova caminhada indígena

La carretera Villa Tunari – San Ignacio de Moxos que pretende construir el gobierno de Evo Morales atraviesa y divide el Parque Nacional y Territorio Indígena Isiboró – Sécure (TIPNIS), una región boscosa muy frágil y un territorio indígena histórico conquislado con la gran Marcha de 1990.

Habitan este territorio desde mucho antes de la colonización española pueblos y pequeños asentamientos indígenas Moxeños, Trinatarios, Yuracarés y Chimanes, y posiblemente pueblos indígenas aislados Yuracarés y Yuquis. Es así que en idioma yuracaré se lo denomina “nowsa came jocre” que significa “esta es nuestra comunidad”, refiriéndose a todos los habitantes y seres vivos del bosque.

Paralela à marcha indígena existe uma articulada e cara campanha dos partidos oposicionistas e de governos adversários de Evo Morales, que entrou nessa fria da OAS atendendo pedido de Lula.

O financiamento de US$ 332 milhões aprovado pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) representa cerca de 80% do custo total da obra. Caso o traçado seja alterado em decorrência do referendo popular o projeto deverá ser reapresentado ao banco. O BNDES afirma que é cedo para comentar o episódio, mas esse é o procedimento normal em caso de alterações em obras de infraestrutura. Segundo Uzêda, o financiamento foi dividido de acordo com os trechos. Mesmo que a discussão sobre a passagem pela reserva continue, isso não impede o financiamento a exportações para os outros trechos.

Para Emílio Telleria, diretor da Câmara de Comércio Brasil-Bolívia, a principal importância do projeto, que faz parte do chamado Corredor Bioceânico, planejado para ligar o porto de Santos, no oceano Atlântico ao de Iquique (Chile), no Pacífico, é a integração da economia boliviana:
– O caminho abre oportunidades para as pessoas se estabelecerem ali, isso aumentaria a integração social.
Os fatores que preocupam os índios são justamente a perspectiva de maior povoamento e a expansão da fronteira agrícola.