Ter ou não ter Copa. Prisão de vice em protesto expõe racha da UNE

Katerine Oliveira
Katerine Oliveira

Apesar da posição favorável da UNE à realização da Copa no Brasil, a 1ª vice-presidente da União Nacional dos Estudantes, Katerine Oliveira, de 23 anos, foi detida durante o protesto contra a realização da Copa do Mundo no Brasil realizado no sábado, 25 de janeiro, no centro de São Paulo.
Katerine Oliveira participa do grupo Rebele-se, um dos coletivos de oposição à atual direção da entidade. Ao contrário da posição oficial da UNE, o grupo se coloca contra a realização da Copa da forma como está sendo feita: os gastos são considerados abusivos e mal coordenados. “Em dez anos, foram feitas duas reformas no Maracanã” exemplifica a vice-presidente, em entrevista à CartaCapital. E emenda: “eles chegaram a postar na página da UNE uma mensagem defendendo o trabalho voluntário durante a Copa. Achamos que a instituição não deveria se prestar a isso.”

Postado na página de Katerine Oliveira no Facebook
Postado na página de Katerine Oliveira no Facebook

Normalmente a UNE apoia as ações do governo federal. O Ministério dos Esportes é presidido por Aldo Rebelo, do PCdoB, partido domina a UNE há cerca de duas décadas e tem entre seus filiados sua atual presidenta, Virgínia Barros, de 27 anos. Virgínia defendeu a realização do evento e diz que na UNE discute-se, contando com os diversos coletivos, o legado deixado pela Copa, que na sua visão é positivo. “Falamos do legado social da Copa, que vem promovendo a criação de cidades melhores. Não temos uma visão unilateral do evento, vemos como uma oportunidade para o País.” Quanto à oposição dentro da UNE, Virgínia reforça que a instituição é formada por diversos coletivos, e que as articulações se dão sempre por encontros, debates e votações.

Virgínia Barros
Virgínia Barros

Virgína diz que a UNE condena a detenção de sua vice-presidente Katerine e a ação da polícia em protestos, independente da pauta dos mesmos. “Defendemos a desmilitarização da polícia e também repudiamos a criminalização de movimentos sociais. As manifestações são legítimas e, neste caso, fica claro o despreparo da polícia em lidar com isso.”
A UNE teve em uma semana três prisões de seus membros. Além de Katerine, dois diretores, Mateus Weber e Igor Mayworm, foram detidos pela polícia por estarem acampados em frente ao Palácio do Planalto, em protesto quanto ao descredenciamento, acontecido no dia 13 de janeiro, das universidade Gama Filho e da UniverCidade.

Ação policial
Katerine narrou os acontecimentos de sábado, quando foi detida. Junto a um grupo de outros manifestantes, ela entrou em um hotel na Rua Augusta para se proteger das bombas de efeito moral e balas de borracha que estavam sendo lançadas pela polícia. O recepcionista do hotel acabou permitindo que os jovens ficassem por lá até que a situação se acalmasse.
No entanto, a polícia entrou no estabelecimento e, com ameaças, obrigou os manifestantes a se agacharem. “Não quebramos nada na recepção. Os policiais gritaram e usaram insultos para coibir os manifestantes, que não reagiram em nenhum momento. Um deles chegou a dizer ‘Levanta, vadia’ para uma das meninas. O comandante era o mais alterado, e ele não tinha nenhuma identificação” diz Katerine, que viu apenas um dos policiais utilizando o nome no uniforme.
O que chamou a atenção de Katerine foi a insistência em apagar qualquer registro que pudesse ter sido feito. Aos manifestantes, ela conta, foi pedido que entregassem os celulares ou câmeras, enquanto eram apagadas as filmagens e os aparelhos desligados. “Ouvi os policiais perguntando ao recepcionista aonde ficavam as câmeras de segurança. Não sei se elas foram apagadas, mas ouvi perguntarem por elas. Percebi que estavam preocupados com as gravações”.

OS PRESOS DA POLÍCIA DE SÉRGIO CABRAL. "Olha a gente aí", escreveu Katerine Oliveira na página do Facebbok.
OS PRESOS DA POLÍCIA DE SÉRGIO CABRAL. “Olha a gente aí”, escreveu Katerine Oliveira na página do Facebbok.

O grupo de Katerine foi encaminhado a 78º DP dos Jardins para fazer ocorrência. Às 3 da manhã, estavam liberados. Um rapaz de 22 anos, Fabrício Proteus Nunes, que não estava no grupo de Katerine mas participava da manifestação, está em estado grave na Santa Casa, em Higienópolis, depois ser atingido por três tiros disparados por um policial. Oficialmente, a PM alega legítima defesa na ação.

Katerine Oliveira promete não parar com os protestos: “Não fugimos da luta! Semana que vem tem mais!“ . E indica a página #copapraquem na internet

Os governadores fogem dos estádios da Copa que construíram. Dilma marca reunião

br_folha_spaulo.750 jovem ferido protesto rolezinho

Vai ser uma investigação parecida com a da chacina da família Pesseghini
VAI SER UMA INVESTIGAÇÃO PARECIDA COM A DA CHACINA DA FAMÍLIA PESSEGHINI

correio_braziliense.750 Por que nao perguntar ao povo que ele quer. protesto. rolezinho

Os governadores que construíram os estádios (as arenas, os gigantescos Coliseus) fogem da Copa do Mundo como o diabo foge da cruz. Idem os prefeitos que também se envolveram na construção de obras de infra-estutura, que enriqueceram muitos e motivaram mais de 250 mil despejos.

O presidenciável Aécio Neves não fala mais da Copa que defendia.  Eduardo Campos não fala mais do estádio que mandou construir na Mata de São Lourenço. Dilma, que se encontra em viagem ao exterior,  convocou uma reunião de emergência para quando retornar ao Brasil. A decisão foi tomada depois que um manifestante foi baleado pela polícia do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), neste sábado, durante um protesto contra os gastos da Copa.

A intenção de Dilma é traçar uma estratégia de emergência para evitar que os protestos cresçam e atinjam o ápice durante o Mundial.

Isso será impossível. Este 2014 um ano de eleições. Os partidos políticos vão usar a Copa como bandeira. Pretendem levar a campanha eleitoral para o campo… emocional.

Foram convocados para a reunião de Dilma os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça), Celso Amorim (Defesa) e Aldo Rebelo (Esportes). De acordo com auxiliares da presidente, Dilma foi informada de que os protestos contra a Copa feitos no sábado foram violentos, com pessoas feridas, depredações e ondas de vandalismo realizadas por infiltrados, inclusive uma polícia que espanca, prende e mata.

A presidente, então, convocou a reunião para a volta ao Brasil, segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo.

br_estado_spaulo.750 protesto vandalismo

O ministro da Justiça está em férias. De acordo com sua assessoria, deve retornar ao trabalho nesta terça-feira. E já encontrará uma série de demandas envolvendo a segurança da Copa, maneiras de evitar que os tumultos se espalhem pelo País e formas de conter a ação violenta contra as manifestações por parte dos soldados estaduais. A fonte deste notícia é a revista Veja que, em conúbio com os jornalões, pretende transformar Dilma no único alvo dos protestos. Será que os marqueteiros burros da presidente não percebem?

A polícia de Sérgio Cabral sempre contra o povo

████████████████ Em diversas ocupações temos presenciado um modus operandi da policia militar no sentido de proibir a entrada de alimentos para os manifestantes. O caso mais recente aconteceu (está acontecendo) na ocupação da Aldeia Maracanã, no Rio de Janeiro.

Em primeiro lugar, é importante termos em mente que no âmbito do Direito Internacional, privar civis de comida e água é uma violação da Convenção de Genebra. Mesmo em tempos de guerra qualquer exército que tome o controle de um local deve providenciar comida para seus habitantes.

Mas trazendo a questão para a nossa realidade, pode a policia militar privar manifestantes de alimentos e água, colocando-os involuntariamente em uma greve de fome?

Qualquer privação de um direito ou necessidade básica, desde o acesso a saúde até a liberdade de expressão, constituem em uma violação do princípio da dignidade humana, e portanto, um atentado a um dos fundamentos da nossa Constituição.

Fechar o cerco e proibir a entrada de alimentos pode ser encarado inclusive como lesão corporal, tendo em vista que ofende a saúde dos manifestantes. Além de abuso de autoridade, uma vez que, igualmente, é uma agressão a incolumidade física do indivíduo.

Não existe previsão legal que autorize a policia militar a proibir o ingresso de suprimentos aos ativistas, portanto, em caso de descumprimento não há o que se falar em crime de desobediência. Transportar os alimentos através de uma tirolesa ou simplesmente arremessa-los para dentro da ocupação não violará nenhuma norma ou princípio moral, pelo contrário.

Movimentos sociais colocados em prática por meio de ocupações não devem ser tratados como zonas de guerra, até porque, nem zonas de guerra podem ser tratadas (teoricamente) de tal maneira. Mas o que esperar de uma policia militar, né?

Advogados Ativistas

Crédito foto – NINJA

 

Alimentação

O grito da facção criminosa do Uruguai: Que ninguém fique para trás

uy_ladiaria. capa

Para a Folha de S. Paulo, quando o povo protesta tem o comando de uma facção criminosa. Assim acontece na Espanha, Portugal, Chile, Itália e Uruguai, que realizam greves gerais e protestos nas ruas desde a semana última. Crique nos links ‘povo nas ruas’ e ‘protesto’.

Apresento a facção criminosa do Uruguai, que não sofre stalking policial. Atua livremente. Sem as milhares de prisões políticas dos governadores de São Paulo e Rio de Janeiro. Vai terminar não tendo cadeia para tanta gente. Vão fazer como Pinochet. Sérgio Cabral e Alckmin prenderá o povo nos estádios da Copa do Mundo. No Engenhão e Maracanã.

Qual será o campo de concentração de Alckmin?

la diaria uy

Que nadie quede atrás

Masiva movilización del PIT-CNT reclamó avances en los sectores más trabados de la ronda de Consejos de Salarios.

 MST uy

La zona de 18 de Julio y Ejido lucía como en aquellas noches de 2010 en que la selección avanzaba de fase en el Mundial de Sudáfrica, sólo que en lugar de predominar el celeste, ganaba el rojo. Ayer el PIT-CNT realizó un paro general de 9.00 a 13.00, y desde las 10.00 se concentraron los trabajadores en esa esquina céntrica, rumbo al acto central que se llevaría a cabo frente a la sede de la Asociación Rural del Uruguay (ARU), en la avenida Uruguay. Se eligió ese lugar por los hechos ocurridos en la Expo Prado, cuando los organizadores no dejaron entrar a representantes de los trabajadores rurales a repartir volantes, y por la intransigencia de la patronal rural en los Consejos de Salarios, según afirma la central sindical.

La marcha se detuvo frente al supermercado Ta-Ta de 18 y Yaguarón, donde se hizo alusión a la situación de los trabajadores del sector, aunque fue muy poco lo que pudo escucharse, y pasó frente al Ministerio de Economía y Finanzas. Finalmente, pasadas las 11.00 y mientras sonaba una canción de la Abuela Coca que decía “hermano, ta salao”, que una señora acompañaba con un bombo, y al tiempo que dos jóvenes revoleaban banderas de Cerro entre muchas banderas sindicales, las casi diez cuadras de gente llegaron al escenario.

El representante de los trabajadores en el directorio del Banco de Previsión Social (BPS), Ariel Ferrari, fue el primero en hacer uso de la palabra. Al iniciar su intervención recordó: “Los representantes de los trabajadores en los distintos organismos respondemos al PIT-CNT, por eso es un honor estar acá”. Afirmó que desde la postura de los trabajadores se pretende una seguridad social “basada en tres pilares: que sea universal, donde todos tengamos derecho a todas las prestaciones; solidaria entre los que trabajan y aportan para los que no pueden trabajar y también entre los que ganan más y aportan más para darles a los que menos tienen, y sin fines de lucro”, y mencionó las comisiones que se llevaron las Administradoras de Fondos de Ahorro Previsional (AFAP) el año pasado.

Sobre este último punto, Ferrari celebró la posible aprobación de la ley de desafiliación de las AFAP. Aseguró que “aunque no es la ley que quisiéramos, es una ley seria que les da información a aquellos que al afiliarse no la tuvieron”, y resaltó que “mientras el sistema de las AFAP es individual, el del BPS es solidario”. Criticó los dichos del diputado nacionalista Luis Lacalle Pou, quien había mencionado que a casi 70% le va a convenir permanecer en las AFAP, y opinó que “el hecho de que haya tres de cada diez trabajadores a los que les convenga el cambio ya es motivo para impulsar la ley”. Sobre otro dicho del diputado, en cuanto a la posible pérdida de herencias al desafiliarse de una AFAP, Ferrari le sugirió: “Si realmente le interesa la situación de los trabajadores, que el 6 de noviembre vote para aprobar la Ley de Responsabilidad Penal Empresarial”.

En segundo lugar, pronunció su discurso uno de los coordinadores del PIT-CNT, Fernando Pereira, quien al comenzar a hablar resaltó que se trataba de un día de lucha, de esperanza, pero también de festejo: “En unos días se va a aprobar la Ley de Responsabilidad Penal Empresarial por la que tanto hemos luchado. No puede morir un trabajador por semana ni quedar herido uno cada dos días”, expresó. Agregó que “quienes no voten la ley tendrán que explicarles a los trabajadores por qué decidieron no protegerlos”. Pereira también celebró la aprobación de la Ley de Maternidad y Paternidad, que amplía la licencia para madres y padres, “un gran derecho por el que venimos luchando desde hace más de 20 años”. Luego hizo referencia al lugar elegido para el acto, “que no es casualidad, ya que esta asociación prohibió el ingreso a su exposición a trabajadores que portaban enormes armas. Volantes que decían ‘queremos vivir de nuestro salario’, ‘tener derecho al trabajo’, ‘cuidar la seguridad’; eso les parece sedicioso”. Y advirtió que si el hecho se repite el año que viene, “vamos a ir todos los que estamos acá, vamos a cercar la exposición y vamos a entrar, porque no vamos a permitir más atropellos a los trabajadores”.

Destacó la lucha de la Federación Uruguaya de Empleados de Comercio y Servicios (FUECYS) y el hecho de que se esté firmando “un convenio histórico, no sólo por el monto sino porque va a fortalecer al sindicato”, y aseguró que el próximo paso inmediato es “ir por convenios en tiendas y shoppings”. Convocó a militar en contra de la baja de la edad de imputabilidad, a luchar por una mejora de los salarios de maestros, profesores y funcionarios de la educación, y felicitó a todos los trabajadores por el otorgamiento de una señal de televisión digital a la central sindical.

Otro de los coordinadores del PIT-CNT, Marcelo Abdala, hizo referencia a las quejas de las patronales en los Consejos de Salarios por la conflictividad laboral: “Es lógico que a ellos les preocupe lo que a nosotros nos fortalece”, afirmó. También se refirió al proyecto de Ley de Responsabilidad Penal Empresarial: “si el capital nos somete al delito de trabajar en peligro, está muy bueno que el capital vaya en cana por cometer ese delito”. Abdala criticó luego a la ARU y a otras organizaciones: “Estos señores de la Asociación Rural, dueños del país, generadores de la hegemonía de las clases dominantes, redactores del Código Rural durante Latorre, defensores de cuanta dictadura hubo en este país, junto con los otros pitucos de la Cámara de Comercio, que se la llevan a baldes, [con] la Sociedad de Exportaciones de Productos Mercantiles, símbolo de la dependencia flagrante de este capitalismo en que vivimos, los defensores de la sacrosanta propiedad privada, los representantes del gran capital transnacional antiobrero, se han juntado en santa cruzada para impulsar una utopía reaccionaria contra los trabajadores y el pueblo. Nos hablan de privatizar empresas públicas y de liquidar lo que llaman ‘la rigidez del mercado laboral’, que no son más que nuestros derechos”. Al final, le solicitó al Poder Ejecutivo que en lugar de aplicar la esencialidad recurra a la negociación colectiva, y celebró la posibilidad de que Uruguay retire sus tropas de Haití. (La Diaria)

uy_juventud. URUGUAI

Denuncian que peones rurales ganan “8 mil pesos” mientras patrones ganan millones.

Miles de trabajadores marcharon ayer por el centro de Montevideo bajo la consigna “si a los trabajadores nos va bien, le va bien al pueblo” en el cuarto paro general parcial de este año.

El paro general parcial se inició a las 9 horas, y los trabajadores se concentraron en la explanada municipal para marchar después hacia el Ministerio de Economía, y culminar la actividad con un acto central frente a la sede de la Asociación Rural.

Los oradores del acto fueron los coordinadores del PIT-CNT, Marcelo Abdala y Fernando Pereira, y el representante de los trabajadores en el Banco de Previsión Social (BPS), Ariel Ferrari. La movilización fue mayor que la última concentración de trabajadores.

Marcelo Abdala reclamó apoyo del gobierno para que los sectores más sumergidos logren aumentos de salarios en esta ronda de negociaciones, en especial en el sector supermercados y trabajadores rurales. “No puede ser que cueste avanzar hacia un salario mínimo de 15 mil pesos en los supermercados y de 14 mil pesos en el medio rural” exclamó.

“Le pedimos al Poder Ejecutivo que a la hora de votar se fije que en algunos casos hay gremios enteros ganando salarios de hambre”, reclamó.

A su vez, Fernando Pereira reclamó por avances en las negociaciones en el sector rural. “Algunos tienen millones de dólares, y los peones ganan 8 mil pesos” señaló.

Asimismo cuestionó la decisión de la Asociación Rural del Uruguay de impedir el ingreso de sindicalistas en la Expo Prado en setiembre, y advirtió que “sepan que si el año que viene sucede algo, iremos todos. Y créanlo, que además vamos a entrar” y cercar la exposición.

Los oradores también se refirieron a la discusión en el parlamento de la ley de responsabilidad penal empresarial en casos de accidentes laborales. Reclamaron que “todos los diputados se preocupen y en noviembre voten la ley de responsabilidad penal empresarial”.

Ariel Ferrari, representante de los trabajadores en el BPS, insistió en la necesidad de ampliar la posibilidad de desafiliación de los fondos de pensión (AFAP) para los trabajadores. Dijo que el proyecto enviado por el Ejecutivo al parlamento, no es completo pero reconoce que “hay gente perjudicada”.

Los oradores convocaron además a no votar por la reforma constitucional que promueve la rebaja de la edad de imputabilidad.

Llamaron a que “no haya ni un solo voto de los trabajadores” para esa iniciativa que se vota junto a las elecciones nacionales de octubre de 2014.

La plataforma

La plataforma de la central menciona la necesidad de profundizar las mejoras a través de los consejos de salarios en curso, mejorar y ampliar la reforma del sistema nacional de salud, aumentar a 10 mil pesos el salario mínimo nacional. También se reclama por el desarrollo de la industria donde las empresas públicas sean las locomotoras. Se reclama apoyar el desarrollo de la industria naval, la industrialización del hierro.

Finalmente, el PIT-CNT manifiesta su rechazo a la baja de la edad de imputabilidad. (República)

Custo dos estádios da Copa 2014 dispara e chega a R$ 8 bilhões

Mané Garrincha, um comedouro de dinheiro
Mané Garrincha, um comedouro de dinheiro

No Brasil, ninguém sabe, realmente, quanto vão custar os estádios.

Escreve Diego Salgado: Desde a escolha do Brasil como organizador da Copa, o custo das obras dos estádios apresentou quatro valores diferentes. Na escolha das 12 cidades-sede, no dia 31 de maio de 2009, o montante já estava 67% maior que a previsão de outubro de 2007 – passou de R$ 2,3 bilhões para 3,7 bilhões.

No final de 2010, a primeira versão da Matriz de Responsabilidade trouxe outro valor: R$ 5,4 bilhões. Depois de 28 meses, a lista do governo apontava gastos de R$ 7,03 bilhões. Nos últimos meses, contudo, deu-se o maior reajuste no menor período: R$ 950 milhões em apenas oito semanas.

O mais caro
Com o novo valor, o Brasil aumentou a diferença nos gastos em relação às Copas de 2006 e 2010. Os estádios brasileiros, orçados em R$ 8 bilhões, custam duas vezes mais. Na África do Sul, o custo total das dez arenas foi de R$ 3,27 bilhões. Na Alemanha, 12 estádios saíram por R$ 3,6 bilhões.

Custos em agosto de 2013: 7,98 bilhões

Arena da Baixada: 265 milhões
Arena da Amazônia: 605 milhões
Arena das Dunas: 350 milhões
Arena Pantanal: 519,4 milhões
Arena Pernambuco: 529,5 milhões
Beira-Rio: 330 milhões
Castelão: 623 milhões
Fonte Nova: 591,7 milhões
Mané Garrincha: 1,43 bilhão
Maracanã: 1,19 bilhão
Mineirão: 695 milhões
Arena Corinthians: 855 milhões

UM ELEFANTE PERDIDO NA MATA

Faltam acrescentar outros gastos como de mobilidade urbana, e o social, com os horrores dos despejos, na marra, de comunidades. Mais de 250 pessoas sofrerão deslocamentos involuntários. Tal como faziam os nazistas com os judeus.

A Arena de Pernambuco, construída em local de difícil acesso, na mata de São Lourenço, investirá 841 milhões em mobilidade urbana, sendo a principal obra a ligação com o setor hoteleiro, e mais 19,8 milhões com a torre do aeroporto.

Devastaram parte da Floresta Atlântica, em São Lourenço da Mata, para construir a Arena de Pernambuco. E uma rodovia vai desvastar manguesais. Ë um estádio pra lá de ecológico. Devore o verdade das plantações e do dólar
Devastaram parte da Floresta Atlântica, em São Lourenço da Mata, para construir a Arena de Pernambuco. E uma rodovia vai devastar manguezais. Ë um estádio pra lá de ecológico. Devore o verde das plantações e do dólar

ALDO REBELO E OS
“ELEFANTES BRANCOS”

Engenhão

Engenhão fechado. Corre o perigo de ser derrubado por uma ventania. Parece piada.
Engenhão fechado. Corre o perigo de ser derrubado por uma ventania. Parece piada.

por Helio Fernandes

O ministro do Esporte estava sendo entrevistado ontem no ESPN, num excelente programa, chamado “Bola da Vez”. Os entrevistadores faziam restrições aos gastos elevados com estádios, que custaram fortunas, e não serão aproveitados.

O ministro se irritou, supostos comunistas não gostam de críticas ou contestações. Revidou: “Vocês questionam as arenas (é estádio, ministro), mas não fazem qualquer restrição ao Teatro Municipal, também construído com dinheiro público.

Ah!, ministro, entrou um “elefante branco” no seu conhecimento. O Teatro Municipal, doação T-O-T-A-L do governo da França. É exatamente igual ao Teatro da Opera de Paris. Foi inaugurado em 14 de julho de 1909, o presidente era Nilo Peçanha, que como vice, substituía Afonso pena que havia morrido.

CESAR MAIA-EDUARDO PAES

O próprio ministro do Esporte deveria questionar e imediatamente investigar o que aconteceu com o Engenhão. Na construção e na irresponsabilidade da insegurança do público, “com ventos” até de pouca velocidade, tudo isso muito acima do preço convencionado, na administração (?) Cesar Maia.

A PARTICIPAÇÃO DE EDUARDO PAES

O estádio foi construído para os Jogos Panamericanos de 2007. Com Cesar, lógico. Ia ficar como “patrimônio” popular, tudo desapareceu. Paes foi eleito, tomou posse, logo, logo descobriu que o estádio não tinha segurança, interditou-o cinco anos depois.

Por que tanto tempo? O indispensável para que a empreiteira amiga (dele, de Cesar Maia e de cabralzinho) se livrasse de pagar qualquer coisa.

Agora recomeçam, não ficará pronto para a Copa de 2014. E o custo da “reconstrução”? Alucinante, bem na “cara” de administradores alucinados.

###
PS – E por hoje nem quero falar nos gastos espantosos do governador cabralzinho com o Maracanã. E Rebelo como ministro. As denúncias COMEÇAM com o custo de 1 bilhão e 200 milhões, fora todo o resto. É imprescindível que esse “maracanaço” de cabralzinho e os parceiros, seja investigado.

maracanã

maraca passeata

maraca privatização

SÓ ENTRA NOS ESTÁDIOS GENTE FINA, BEM EDUCADA E COM DINHEIRO NO BOLSO

BRA^MG_EDM mineirão estádio

Essa de futebol paixão das multidões já era. Privatizado pela Fifa, os estádios construídos com o dinheiro do povo têm os espectadores selecionados pelos preços dos ingressos. Uma autoridade até sugeriu o uso de paletó e gravata. Mas os cartolas ingleses ficaram contra. Pode ir com camisa comprada em grifes autorizadas. É isso aí: Todos os produtos vendidos dentro e nas imediações de cada estádio precisam ser de patrocinadores da Copa das Confederações e da Copa do Mundo.

Em Salvador as negras baianas exigiram vender acarajé. Vão arranjar pra elas um cantinho bem escondidinho e de difícil acesso. Essa exceção  ficou aberta depois de muita agitação nos terreiros da Bahia. Precisou baixar uma romaria de pais de santo. Os cartolas ficaram com medo de algum feitiço. Aconteceu o consentimento quando se descobriu que uma ventania mais forte pode derrubar o Engenhão no Rio, e o teto do Maracanã desabou com uma chuva.

Informa Ricardo Antunes: “Só teremos seis baianas, na Fonte Nova, vendendo acarajé na Copa das Confederações”.

Vão ser proibidos no Minerão: pão com queijo e cachaça de alambique.

Pernambuco não pode vender o tradicional bolo pé-de-moleque. No Rio de Janeiro, Sérgio Cabral vende Pezão.

Acrescenta Ricardo: “Futebol no Brasil virou Teatro de Ópera. Pelo menos nos jogos da seleção será assim. Povo não entra pois o ingresso é caro e a FIFA privatizou a outrora paixão popular. Todo mundo branco, bonito e bem comportado. Antes gente fina ia pra cadeira; e gente, que não  tinha grana, ia pra geral. Meninos eu vi. Era preto, branco, mestiço, mulato, moreno, sarará e amarelo. Todos juntos. Esperamos 64 anos para, numa nova Copa, celebrarmos ao mundo nossa ‘democracia racial’ e a inserção ‘dos pobres rumo à classe média’. Será que aconteceu mesmo? Tiraram o povo da festa”.

Dizem que o ministro Joaquim Barbosa vai de toga. Para não passar nenhum vexame.

+++

P.S. O blogue de Ricardo Antunes, Leitura Crítica,  continua censurado por algum juiz ou desembargador. Que a justiça brasileira anda fazendo o serviço sujo da censura, realizado na ditadura militar por um coronel, gorila fardado. A censura judicial explica porque os tribunais funcionaram sem parar nos tempos que Jango, que vice-presidentes e governadores foram cassados, e o Congresso fechado. Proibido de escrever sobre política, e de trabalhar, Ricardo, para não enferrujar, arrisca falar de futebol e variedades numa página do Facebook. E de graça. Uma notícia de Ricardo era cotada, pela polícia de Eduardo Campos, em um milhão de dólares. Para completar, Ricardo, depois de torturado nos porões da Sorbonne – foram quase seis meses de prisão ilegal, arbitrária e inquisitorial system – vem sofrendo stalking, por parte de parlamentares da linha dura do governador de Pernambuco.

Outro abuso nos estádios: os luxuosos camarotes dos governadores. Oferecem do bem bão e do melhor. Não sei quem paga. Tem ar condicionado ambiente. Várias dependências. Sala de estar, com dois ambientes, mesa de reuniões e bar, uma bela sala de jantar e amplo quarto com closet e banheiro. O quarto para um sono tranquilo, ou descansar ou fazer outras coisas. Acesso a Internet Wi-Fi. Tv a cabo. Varanda para assistir os jogos. Um luxo só.

A mesma farra dos camarotes no carnaval, e no carnaval fora de época. No São João de Caruaru são 31 dias de festa, ou melhor, 31 um dias de camarote do prefeito.

No Coliseu de Roma, que funcionou durante 500 anos, os imperadores tinham camarote.

Os camarotes voltaram no esplendor da Renascença com os teatros. Uma divina mordomia da realeza. Um privilégio, um abuso, uma ostentação, um desperdício de dinheiro público, uma exibição de riqueza e luxo e luxúria que precisa acabar. E já.

camarotes_da_arena_pernambuco2arena

De volta ao Brasil Grande?

por Jacques Gruman

Brasil-Ame-o-Deixe-o

Em julho de 2004, visitei Santiago. Fiz questão de conhecer o Palácio de La Moneda, céu e inferno da experiência socialista de Salvador Allende. Fazia um frio polar, desses de congelar pinguim de geladeira. No portão, uma guarda solene recebia os visitantes e fazia uma revista discreta. Afinal de contas, ali era o local de trabalho do presidente da República. Educadamente, o sentinela encapotado falou-me alguma coisa que não entendi. De imediato, e por conta e obra de fantasmas inapagáveis, levantei os braços. Aí aconteceu o inusitado. O soldado disse-me, visivelmente constrangido, que aquilo não era necessário, que a situação lhe trazia “lembranças ruins”. Percebi a mancada a tempo de manifestar-lhe solidariedade. Éramos irmãos atemporais de memórias sofridas.

Quando Allende assumiu a presidência do Chile, em 1970, a barra andava pesada na Ilha do Fundão, onde eu cursava engenharia química. Soldados invadiam a ilha, fazendo arrastões e prendendo a rodo. As engrenagens do terror de Estado surfavam no apoio da classe média, do Milagre Econômico (arquitetado pelo “neoprogressista” Delfim Netto, oráculo sinistro da caserna).

Naquele ano, o Brasil ganhou a Copa do Mundo de futebol com uma seleção brilhante e uma campanha publicitária recheada de clichês patrioteiros. Os 90 milhões em ação do Miguel Gustavo serviram de trilha sonora para a repressão, a censura e a tortura. Presos políticos da época contam que os torturadores interrompiam o suplício para acompanhar as partidas. Patriotadas oficiais escondiam o Brasil real, que sangrava e estava amordaçado.

PRÁ FRENTE, BRASIL

O guarda chileno e suas lembranças tristes surgiram das brumas quando vi a inacreditável campanha que o governo federal acaba de lançar para promover a Copa de 2014 (http://www.brasil.gov.br/noticias/arquivos/2013/05/27/campanha-publicitaria-para-a-copa-2014-traz-brasil-como-a-patria-de-chuteiras). É duro ter aguentado os “ame-o ou deixe-o”, “integrar para não entregar” e “esse é um país que vai p’ra frente”  e vê-los ressuscitados numa retórica ufanista e debiloide. Reafirmando o mito surrado de que somos o país “da alegria”, a propaganda passeia pelo patriotismo tacanho e garante que somos “200 milhões de brasileiros que jogam juntos, acreditam até o último instante e transformam tudo em paixão”. Usaram recursos públicos para produzir este lixo de aroma verde-oliva, que não resiste a três neurônios de análise. Chamem o Zé Trindade !!

Os sábios de Brasília dizem que “o Brasil não vai fazer só uma Copa do Mundo, vai fazer a melhor Copa de todos os tempos”. De onde tiraram isso? O que vimos até agora foi a construção de um colar de elefantes brancos e corrupção a céu aberto. O estádio Mané Garrincha, em Brasília, teve a capacidade aumentada para mais de 70 mil lugares, o equivalente a quase 3% de toda a população brasiliense. As obras do Maracanã, que já havia sido reformado para o Pan de 2007, custaram 50% a mais do que foi orçado no início. Quem vai investigar? Quem se beneficia disso? Après moi, le deluge. A cobertura do estádio da Fonte Nova, em Salvador, não resistiu a uma chuva mais forte.

grand finale da peça publicitária é o retorno à pátria de chuteiras. Criada pelo Nélson Rodrigues em plena ditadura, no estilo reacionário-elegante típico do grande escritor, a expressão serviu para desenhar uma perigosa cartada: a de que é desejável que os brasileiros esqueçam suas diferenças e se unam em torno da seleção nacional. com o radinho de pilha. Nada mais adequado para qualquer governo em ano de eleição. Nada mais estúpido e antiesportivo do que o fanatismo por trás de sagradas chuteiras. Nada mais patético do que as vítimas do arbítrio repetirem mantras dos algozes.

Nada mais conveniente para o general Médici
Nada mais conveniente para o general Médici

UFANISMO

O ufanismo serve a vários senhores. A galvãobuenização do país nutre a apatia, mediocrizando temas e análises. A megalomania fixa no imaginário popular uma falsa ideia de potência e cria alvos fantasiosos (“somos melhores e maiores do que os outros”, que, por consequência, devem se curvar a nós). A lobotomia propagandística esteriliza a capacidade crítica e torna o povo refém de interesses não revelados. Quem tem a ousadia de papaguear que somos “200 milhões de brasileiros que jogam juntos” perdeu o rumo e o prumo. Será que empreiteiros brasileiros jogam no mesmo time dos operários que construíram/reformaram os estádios e jamais poderão frequentá-los (os ingressos terão preços inacessíveis à grande maioria)? Será que os pais e alunos da Escola Municipal Friedenreich, ameaçada de demolição para facilitar o escoamento de torcedores no Maracanã, vestem a mesma camisa dos que querem destruí-la? Será que o Brasil chegou, meio sem querer e assobiando, à sociedade sem classes ?

Ainda sobre a pátria de chuteiras, cabe um derradeiro comentário. O futebol, hoje, não tem nada a ver com aquele que se jogava na época de Nélson Rodrigues. Virou, como registrei na semana passada, um negócio. A seleção rodrigueana tinha cacoete local, todos os jogadores atuavam em times brasileiros. A torcida tinha contato permanente com eles. Assistia aos treinos, via-os aos domingos. O que se vê hoje é uma legião multinacional, reunida circunstancialmente, para a qual a noção de pátria passa batida. Capital não tem fronteira, tem interesses. Longe de ser fenômeno caboclo, virou regra. A bobagem que o governo federal divulga nas televisões ignora essas mudanças e nos faz retroceder a oba-obas de triste memória.

Gostaria que isso não passasse de um pesadelo. Amanhã acordaria e, aliviado, constataria que tudo não passara de imaginação. Bem ao estilo de um maravilhoso samba de breque do imortal Moreira da Silva, Acertei no milhar (http://letras.mus.br/moreira-da-silva/393251/). O malandro sonha que ganhou no jogo do bicho, faz planos delirantes e, no final, descobre que tinha sonhado. Temo, entretanto, que vem por aí uma avalanche eufórico-nacionalista, com uma parceria amigável entre governos e imprensa (para isso a PIG será muito útil aos projetos oficialistas …). Afinal de contas, dona Dilma pagou o mico de balançar a caxirola e não vai perder uma oportunidade dessas. 

(Transcrevi da Tribuna da Imprensa)

Los desplazamientos forzados, la militarización y criminalización de la pobreza y la conversión del aficionado en consumidor de élite son los efectos visibles del ‘milagro’ deportivo brasileiro

Por José Manuel Rambia

pão circo indignados copa show

Más policías, la misma pobreza

También aquí han sido numerosas las voces que dentro y fuera de Brasil han denunciado esta criminalización de la pobreza. Y ello a pesar de que, según sus críticos, los macrooperativos policiales y militares desplegados en Rio con motivo de otros eventos, no han logrado una reducción de los altos índices de criminalidad. En cualquier caso, está previsto que el aparato de seguridad en torno a la Copa del Mundo tenga un costo de 2.100 millones de reales (803,7 millones de euros) e implique la contratación de 53.000 nuevos agentes. Mientras tanto, el pasado mes de marzo expresaba su preocupación otro grupo de trabajo de Naciones Unidas, el responsable de analizar los casos de detenciones arbitrarias. En sus conclusiones, los expertos censuraron la política de “limpieza de las calles” que se está realizando en las ciudades brasileñas a costa de detenciones masivas de toxicómanos y pobres. Al mismo tiempo destacaban su preocupación porque “según relatos, habría presiones para reforzar este tipo de detenciones debido a los grandes eventos de los que Brasil será sede, como la Copa del Mundo 2014 y los Juegos Olímpicos en 2016”.

Eugenio
Eugenio

Las sombras ligadas a estos macroeventos también se proyectan sobre uno de los aspectos más destacados en su justificación: el empleo. En este sentido, las condiciones laborales en las obras de construcción de las instalaciones han provocado no pocos paros y huelgas, hasta el punto de que el entonces ministro de Deporte, Orlando Silva, del Partido Comunista de Brasil (PCdB), llegó incluso a apelar al “patriotismo de los trabajadores” para no retrasar las proyectos. A ello se le suma el castigo que sufre el comercio informal, un sector clave para la supervivencia económica de miles de brasileños de renta baja. Y es que el monopolio económico impuesto por la Federación Internacional de Fútbol (FIFA) sobre los estadios y sus alrededores para garantizar el negocio a sus empresas y patrocinadores, pasa por la marginación, cuando no directa criminalización, de vendedores callejeros tan tradicionales como las baianas de Salvador que estos días se movilizaban contra el veto que les impedirá vender junto al estadio, su típica comida afrobrasileña de acarajé.

En realidad, no resulta extraño si se tiene presente que la organización de este tipo de eventos es, esencialmente, un gran negocio. Y tampoco muy transparente. La adjudicación de la gestión del nuevo estadio Maracanã de Rio de Janeiro es una buena muestra. El contrato fue adjudicado este mes de mayo al Consorcio Maracanã S.A. por un periodo de 35 años, a cambio de la inversión de unos 300 millones de dólares en mejoras del entorno y el pago de unos 2,2 millones de dólares al año al gobierno estadual. En compensación obtendrá unas ganancias totales de 715 millones de dólares. Entre las empresas que componen el consorcio está Odebrecht que junto a la sociedad Mendes Junior, responsable de la construcción del nuevo estadio de Salvador de Bahía, son dos de las firmas que mayores aportaciones realizaron a las campañas electorales de 2006 y 2010 de Aldo Rebelo, candidato del PCdB y actual ministro de Deportes. En concreto, juntas donaron unos 83.500 dólares a su candidatura, si bien los defensores del ministro señalan que en aquel momento las empresas – que también donaron dinero a otros candidatos – no podían saber su nombramiento en octubre de 2011. Un nombramiento, por cierto, provocado por la salida de su antecesor y compañero de partido, acosado por denuncias de corrupción. En cualquier caso, el pasado 27 de abril la policía dispersaba con gases a un grupo de manifestantes que denunciaba irregularidades en la concesión durante la inauguración del nuevo campo de fútbol. Solo unos días más después la Justicia iba más allá y anulaba la adjudicación, después de que una jueza carioca aceptaba el recurso de la Fiscalía en el que se planteaba “la presencia de ilegalidades que contaminan la licitación”.

De este modo, el deporte se transforma en motor de una burbuja especulativa que, en ocasiones, adquiere niveles ilógicos. La evolución del mercado inmobiliario en Rio es un buen reflejo de ello. La capital carioca experimentó entre 2010 y 2012 una encarecimiento del 116,6% en el precio de venta de las viviendas, revalorización que en el caso de los alquileres fue del 68,5%. En algunas zonas la subida de los precios ha sido todavía mayor, sobre todo en el área centro donde barrios como Cidade Nova e Estácio se revalorizaron desde 2008 hasta enero de 2013 por encime del 300%.

De nuevo, las obras del emblemático Maracanã resultan paradigmáticas. Entre 1999 y 2006, el gobierno de Rio de Janeiro invirtió unos 400 millones de reales (unos 153,9 millones de euros)  en adaptar sus instalaciones a las exigencias de la FIFA. Solo  cuatro años más tarde toda esa inversión acabaría en la basura al decidirse cerrar el campo y acometer las obras del Nuevo Maracanã por un valor mínimo de 808 millones de reales (unos 310,9 millones de euros). Los trabajos, además, también han implicado la demolición del Estadio de Atletismo Célio de Barros, una de las mejores pistas del país, o el parque acuático Julio Alamare que ahora, en el mejor de los casos, tendrán que ser reconstruidos en otro lugar.

copa despejo estádio

Un juez revoca la suspensión de Maracaná. La Fiscalía de Río había pedido que no se jugara el domingo el amistoso Brasil-Inglaterra argumentando “fallos de seguridad”

La reforma a la que está siendo sometido desde 2010 fue inicialmente cuantificada en unos 220 millones de euros, pero la última actualización del presupuesto elevó esta cifra a casi el doble, 410 millones de euros

Vista del estadio de Maracaná : ÉRICA RAMALHO (EFE)
Vista del estadio de Maracaná. Foto ÉRICA RAMALHO (EFE)

 

por Franchon Barón

El partido entre Brasil e Inglaterra se celebrará finalmente este domingo, tal como estaba previsto, en el estadio Maracaná en Río de Janeiro, según anunciaron autoridades brasileñas en las primeras horas de este viernes. El Gobierno había apelado la decisión de la juez Adriana Costa dos Santos, que había ordenado el jueves la suspensión del amistoso alegando que el recinto aún está en obras y que la seguridad del público no estaría garantizada.

El Gobierno del Estado de Río, sobre el que recae buena parte de la responsabilidad de la obra de Maracaná, reaccionó inmediatamente afirmando que “todos los requisitos de seguridad han sido cumplidos y, por un problema burocrático, el informe pericial de la fiscalía que prueba el cumplimiento de las reglas de seguridad en el Maracaná no ha sido entregado. Este informe y el recurso del Estado serán enviados al juzgado de guardia”, concluía la nota oficial. Horas después, la sentencia de la juez Costa dos Santos fue revocada por un tribunal superior.

La petición de suspender el partido había partido de la Fiscalía de Río, que considera que “pese a las innumerables solicitudes (de la fiscalía), los informes periciales no han sido entregados en su totalidad y, por tanto, no se ha podido comprobar que el estadio presente los requisitos mínimos necesarios para la celebración de partidos o eventos”. Según la fiscalía, el único informe presentado por la Policía Militar el pasado 29 de mayo “demuestra que el estadio aún está en fase de construcción”. El primer partido de la Copa Confederaciones en Maracaná, en el que se enfrentarán Italia y México, está previsto para el 16 de junio. España jugará contra Tahití en el mismo estadio el día 20.

La noticia de la posible suspensión cayó como un torpedo en plena la línea de flotación del Comité Organizador de la Copa del Mundo 2014 y de la propia credibilidad de Brasil, el país anfitrión que viene garantizando la conclusión a tiempo de las instalaciones pese a que las obras de varios estadios presentan serios problemas para llegar a la cita.

El Estado de Río tiene poco margen para impugnar la decisión de la juez Costa dos Santos. Mientras tanto, la realidad en el entorno del Maracaná es que los operarios trabajan desde hace semanas de sol a sol para acabar de pavimentar las aceras y los accesos principales al Estadio. Según la fiscalía, Maracaná presenta áreas con materiales peligrosos a la vista, como piedras, baldosines y restos de la obra que pueden ser empleados como objetos arrojadizos en eventuales disturbios.

Maracaná, inaugurado en 1950 con motivo de la Copa del Mundo, lleva tres años en el ojo del huracán. La reforma a la que está siendo sometido desde 2010 fue inicialmente cuantificada en unos 220 millones de euros, pero la última actualización del presupuesto elevó esta cifra a casi el doble, 410 millones de euros. El Estado de Río alegó recientemente que el gasto en la recuperación de la estructura original, las demoliciones y los refuerzos estructurales, acabó siendo muy superior a lo calculado en el proyecto inicial. La fecha para la conclusión de las obras también fue fijada inicialmente en diciembre de 2012, pero los atrasos sucesivos no han permitido cumplir el plan original. La licitación para privatizar el entorno, el polémico plan urbanístico que incluye áreas comerciales, el desalojo de una favela vecina y de un predio histórico ocupado en los últimos años por un nutrido grupo de indios han generado no pocas protestas de organizaciones ciudadanas y ONG en contra del nuevo estadio.

El estadio ha modificado radicalmente su apariencia interna ya que ahora está cubierto por una especie de membrana blanca que protege al público de la lluvia. La fachada externa, declarada Patrimonio Histórico y Artístico Nacional, ha quedado intacta salvo en el color, que ha pasado del celeste al gris hormigón.

Maracaná fue sometido a un primer partido de “prueba parcial” el pasado 27 de abril. El encuentro amigos de Ronaldo contra amigos de Bebeto se desarrolló en un ambiente festivo, aunque con tan solo el 30% de los asientos ocupados. Ya en aquel momento los asistentes pudieron comprobar que quedaba mucho trabajo por delante para que el estadio llegase a tiempo a la cita de junio. (El País, España)

_clarissaxtj

Lei mais

A juíza que fechou o Maracanã

por Roberto Vieira

 

Sérgio Cabral e Eduardo Paes pretendem, para doação, demolir todos os edifícios que rodeiam o Maracanã (T.A.)
Sérgio Cabral e Eduardo Paes pretendem, para doação, demolir todos os edifícios que rodeiam o Maracanã (T.A.)

 

A juíza Adriana Costa dos Santos demorou.

Exatos sessenta e três anos.

Quando a ilustre juíza proíbe o jogo Brasil x Inglaterra.

Jogo a ser realizado neste domingo.

Concluindo que o estádio não foi concluído.

Concluindo que o torcedor corre perigo nas suas instalações.

A ilustre juíza foi perfeita no presente.

E incorreta no pretérito.

O Maracanã é um caso perdido.

Inaugurado inconcluso em 1950.

Pedras, cimento, vigas e gol de Didi.

O Maracanã ainda estava inacabado na abertura da Copa de 1950.

Brasil e México jogando em construção.

Muita gente se feriu.

Está lá na imprensa da época.

Mas o que eram algumas pessoas feridas para Dutra?

Importante era o maior do mundo.

Importante eram os gols da seleção.

Importante era o Brasil que se queria vender ao mundo.

Pois é.

A juíza Adriana Costa dos Santos foi magistral.

No entanto, eita Brasilzão!

A sentença chegou com sessenta e três anos de atraso.

Nota de Juca Kfouri: O blog aposta que a liminar será cassada e que haverá jogo.
Assim como haverá riscos para quem for ao jogo.

copa estádio Maracanã