Le Monde: Congresso brasileiro virou “selva onde reina a lei do cada um por si”

Impeachment uma peça de vaudeville

O jornal francês Le Monde publicou nesta quarta-feira (11) uma reportagem intitulada “O impeachment virou uma peça de vaudeville”, em referência ao gênero de teatro cômico tipicamente francês.

A reportagem se refere à decisão do presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão, de anular a votação do impeachment.

A reviravolta, destaca o Le Monde, demonstra a que ponto chegou a Câmara dos Deputados “uma selva, onde reina a lei do cada um por si”, em um cenário político que se mostra, cada vez mais, “devastado”.

O texto lembra que Maranhão tinha avisado que “haveria surpresas” com ele no cargo, e surpresa é o mínimo que se pode dizer da decisão de cancelar a votação dos deputados, ocorrida em 17 de abril.

O texto do jornal francês indica que Maranhão até poderia ter sido o herói dos apoiadores da presidente Dilma Rousseff e dos defensores da tese do golpe de Estado em curso no país e acrescenta que Maranhão, dono de “uma obscura reputação”, fracassou na sua tentativa, e, com isso, conseguiu denegrir ainda mais a imagem da política brasileira.

O impasse levou o país para mais algumas horas de caos político, com direito à reação negativa e imediata dos mercados financeiros, finaliza o Le Monde.

Transcrito do Jornal do Brasil. Para ler matéria original, clique aqui: Le Monde

Com a votação do golpe no Congresso, o terceiro turno de Aécio Neves (PSDB) está de volta, para a entrega de todo poder ao PMDB.

Com Michel Temer presidente, um tira da bancada da bala que, para se eleger deputado, precisou ser nomeado três vezes secretário de Segurança de São de Paulo, comandando as polícias civil e militar. E que conseguiu ser presidente da Câmara dos Deputados, por indicação do presidente Fernando Henrique, como moeda de troca por conchavar a emenda da reeleição.

Temer presidente significa um grande (as) salto para quem nunca teve votos, e se elegeu vice por indicação e votos de Dilma. Um traidor por instinto. Não faz o sucessor e, para se manter no poder, pode apelar para o retorno da ditadura. Para tanto, basta o bigodinho de Hitler (T.A.)

Os símbolos de Hitler desfilam nas ruas de São Paulo anunciando o fim da democracia e o reinado das trevas

A pregação do ódio, da morte de Dilma, da intervenção militar e do retorno da ditadura continua.

suastica-taboao-da-serra- desfile nazista

O desfile de 7 de setembro em que crianças carregaram suásticas.

Acontece que toda propaganda nazista, na Alemanha, é proibida, e seus autores, no caso brasileiro, professores direitistas e analfabetos, presos. Bem que merecem de quatro a cinco anos de cadeia.

Portal Pragmatismo Político: Desfile de 7 de setembro de Taboão da Serra não se limitou às reverências militares brasileiras e causou polêmica ao trazer crianças exibindo suásticas, símbolo principal do regime nazista da Alemanha.

Portal Fórum: Para alguns, a demonstração de força militar, bem como o orgulho patriótico que impera nos desfiles de 7 de setembro pelo país são tradições questionáveis.

Um desses desfiles, no entanto, não se limitou às reverências militares brasileiras e causou polêmica ao trazer crianças exibindo suásticas, símbolo mais clássico do regime nazista da Alemanha.

O caso aconteceu no desfile de Taboão da Serra, cidade da Grande São Paulo.

images brasil precisa de você

soldado integralista

Bandeira_Brigadas

Símbolos do nazismo brasileiro
Símbolos do nazismo brasileiro
Brasão da TFP
Brasão da TFP

A Secretaria de Educação do governo Geraldo Alckmin faz que não sabe, e o maior tribunal do mundo, o de São Paulo, com 360 desembargadores está com a cegueira de sempre. Não viu a volta dos integralistas de Plínio Salgado, dos garotos da TFP de Plínio Corrêa, e a infiltração dos Bolsonaro e da Bancada da Bala. Tem deputado que se vangloria de ter assassinado mais de cem pessoas.

Essa gentalha asquerosa acabou com o mito do Brasil Cordial.

.

As mulheres do nazismo

por Gustavo Krause

 

HitlersFuries

Este assunto foi tratado com a perspicácia e a competência habituais de Fernando Antonio Gonçalves no artigo Mulheres do III Reich (20.06.14), inspirado na obra de Wendy Lower, Mulheres do Nazismo, consultora do Memorial do Holocausto. A estarrecedora narrativa consumiu 425 páginas, complementada por mais 170 que contém 399 fontes de pesquisa e 25 ilustrações. Certamente, não caberia voltar à matéria. No entanto, o que ficou remoendo o meu juízo e me encorajou a tratar da matéria foi o próprio Fernando que conclui o artigo assim: “As memórias jamais deverão ser resvaladas para o baúdo esquecimento. Pois, assim procedendo, proporcionam o surgimento de novas ideologias que menosprezam a dignidade dos seres humanos”.

O final do artigo mexeu em sentimentos humanitários e, naturalmente, me fez sentir o calor do sangue da ascendência e da descendência judia.

De outra parte, a revelação dos algozes nazifascista recaiu sobre um personagem, a mulher, até então, praticamente ignorado pelos horrores da crueldade, do massacre e do autêntico genocídio praticado pelos nazistas. Intrigante! A mulher, mãe, a quem a perpetuação da espécie deve a vida dividida no paraíso uterino; a quem a sobrevivência do ser desprotegido é nutrida pelo leite e aconchego do seio materno, enfim, a mulher que, por força da dominação preconceituosa do homem, sempre desempenhou um papel secundário na vida social, assumiu a tarefa de cúmplice e perpetradoras da extinção dos “inimigos” do Reich (500 mil envolvidas).

De fato, no primeiro momento, o texto intriga; em seguida, espanta; por fim, a leitura do livro faz compreender os acontecimentos: o veneno ideológico inoculado na formação da sociedade alemã, tendo como pilares a superioridade da raça ariana (definindo os inimigos a serem eliminados) e na doutrina do “espaço vital” (o lebensraum, a base do expansionismo imperialista e totalitário), geraram monstros que, na corajosa e insuperável visão de Hannah Arendt, agiam sob a serena ”banalidade do mal”, amparada pela “lei de Ninguém” que se tornou “responsabilidade de ninguém” no tribunal pós-guerra.

Em relação às mulheres, três crenças foram inoculadas em doses maciças: (a) aceitar irrestritamente a superioridade masculina; (b) “emancipar a mulher da emancipação feminina” contraditando a suposta igualdade de gênero pregada pelo bolchevismo inimigo figadal do movimento nazista; (c) procriar na maior escala possível a descendência alemã (mães com mais de quatro filhos eram agraciadas com a Cruz de Honra e, no gracejo sádico do Fuhrer, a mãe de seis filhos era mais importante do que um advogado).

Formada com esta carga doutrinária, a mulher nazista tinha o seu destino traçado: testemunha, cúmplice e assassina, sejam como parteiras, enfermeiras, burocratas, sejam como diligentes assessoras dos maridos. Ainda que com ânsia de vômitos, sinto-me no dever de registrar, pelo menos três personagens de episódios asquerosos: Liesel Wilhaus (Janoska, Polônia) praticava tiro ao alvo matando os judeus que passavam pelo seu quintal; Johanna Altvaver (Ucrânia) atraia crianças judias com doce e atirava na boca das vítimas com sua pistola de prata; Vera Wohlauf, grávida, acompanhou o marido num dos guetos poloneses para assistir ao massacre e se divertia chicoteando os judeus.

Johanner Altvater
Johanner Altvater
Liesel Willhaus
Liesel Willhaus
Vera Wohlau
Vera Wohlau

Infelizmente, os tribunais de desnazificação foram, no mínimo, benevolentes com as genocidas que, doutrinadas para matar seres inferiores, inimigos de uma “causa nobre”, obedeciam, como ocorre, até hoje, a ordem interior de eliminar o outro, mandamento primeiro dos ódios inabaláveis. De fora para dentro, a consciência, já contaminada, estava legitimada pelo poder político. Como de costume, alegavam que “não sabiam de nada” ou “cumpriam ordens”.

No entanto, em meio à louca disseminação do mal, luzem estrelas do bem e da compaixão, em gestos raros de bondade e em palavras proferidas de inconformismo, medo, desamparo, como atesta a carta de Annette Schucking (Novogorod-Volynsk–Ucrânia, 5 de junho de 1941): “Ah. mamãe, o mundo é um enorme matadouro”.

 

 

Júlia Coller não morreu em uma sociedade qualquer

por 

Julia-Coller

Júlia Coller está morta. A polícia trabalha com a hipótese de suicídio. As comunidades virtuais conheceram Julia Coller pelo ativismo; ela foi uma das pessoas acorrentadas ao Instituto Royal, na luta pela libertação dos animais do falso laboratório. Nessas mesmas comunidades, há os que especulam sobre a sua morte. Mas à medida que os jornais dizem que ela consumiu “álcool e drogas” em uma festa no dia anterior, e que já havia tentado o suicídio antes, tudo se resolve. É só enterrar a bela menina de olhos verdes.

O Brasil é o país em que a vítima fica culpada com uma facilidade incrível. Sendo mulher, então, nem é preciso lançar mão do elemento fatal para instalar o preconceito, as drogas. Junto com drogas, o ativismo em favor de … animais! Ora, nem mesmo em favor de humanos, mas de animais! Eis que se forma o quadro na cabeça dos conservadores que, agora, estão com tudo na mídia, e até poderiam escrever: “menina porra louca”.

Júlia Coller apareceu morta diante de um namorado e uma amiga. Estava em seu quarto, ligou para o namorado, mas não falou com a amiga que estava na mesma casa. Amarrou uma gravata na janela e conseguiu se matar com tal instrumento. Isso após uma noite sem dormir e já de ressaca. A garota deve ter feito um curso de marinheiro, por isso foi impecável ao construir o nó fatal para morrer, mesmo sendo bem leve. Posso aceitar a morte de Júlia Coller, mas não consigo ficar tranquilo se a morte vem acompanhada de um julgamento sobre ela, tão fácil que faz alguns chegarem a dizer  de modo cinicamente tranquilo “ah, quando tem droga no meio, tudo é possível”.

Não dá mais para culpar as drogas pelo fim de uma pessoa sensível. Entre a droga e a uma pessoa há um mundo, ou melhor, há a nossa sociedade. Essa sociedade em que vivemos e na qual achamos que tudo se resolve com polícia. Basta colocar a polícia contra tudo que cheira errado e tudo ficar certo. Assim pensam agora os intelectuais da modinha.

Ora, não vou por aí não. Não visto canga. Já passou da época em que tínhamos de ceder aos que exigiam de nós um comportamento do tipo “é assim mesmo, afinal, era uma garota que ficou lá no Royal, acorrentada”. Sim, é esse o juízo que os conservadores estão fazendo agora, no bar, e só não vão escrever isso porque o caso Royal já não dá mais “ibope”. Todavia, os que foram contra o resgate dos beagles nem precisam dizer nada, já os escuto culpando a vítima.

Em nossa sociedade em que a regra não é a maldade voluntária, mas a apatia da insensibilidade produzida por um pensamento que se acha importante por colocar a política acima da vida humana, pessoas como Coller não podem usar por muito tempo seus olhos verdes. Tais olhos matam de vergonha, ainda, os que já não são capazes de nenhum choro, de nenhum gozo, de nenhuma capacidade de ver nos cães nossos amigos. Olhos assim, fitados pelos conservadores que condenaram o ativismo que fechou o Royal na base da lei, são  como que faróis em um túnel escuro e silencioso.

Adorno chamou a nossa sociedade de “sociedade administrada”. Nela, tudo é administrado e não vivido. Adorno punha a administração de um lado e a vida de outro. Pois administração é para empresas, não para vidas. Nossa sociedade tem empresariado nossas vidas e, então, quer que a vida não tenha nenhum laço que não seja o de sobrevivência. Nessa sociedade, tem de vigorar o que ele chamava de “feliz apatia” da “frieza burguesa”. Todos se arrastam. Só os adultos riem. Estão nos shoppings. As crianças brincam sem sorrir. Esse é um sinal de nossos tempos. Podem reparar.

Jovens como Júlia Coller não querem entrar em um partido. Não estão comprando o Mein Kampf atual, que no seu mais radical ressentimento nutre outros ressentidos diante dos escolarizados. Esses ressentidos acham que nas escolas se serve Marx, maconha e caviar. Ora, como eles nunca conseguiram ler o primeiro por não entenderem Platão ou qualquer outro clássico, como eles consumiram só maconha ruim e, enfim, como jamais viram caviar senão na TV, se ressentem contra os que gozaram a vida.

Não! Julia não foi dos que podem entrar para o partido dos ressentidos. Ela se deprimia com esse mundo, pois ela ainda era uma moça velha, uma moça com sentimentos. Nos olhos dos cães ela via o que existe. Existe amor. Ah, mas quão babaca é esse sentimento para esses novos homens que, agora, deixaram os púlpitos e comentam sobre a vida social e política. Eles são os que culpam vítimas. Diante deles, Júlias perecerão sempre.

El escrache: Aspectos jurídicos y sociales

por Gustavo Vidal

Franco Espanha ditadura indignados

 

El escrache ha aterrizado en España. Y como era de esperar ha recibido la insidia que se dispara contra todo fenómeno que no se puede domesticar: la pertenencia o afinidad con ETA.

Algo lógico, pues cuando más grande y terrible sea una mentira más fácil resulta creerla. Axioma, todo hay que decirlo, descubierto y patentado por el régimen nazi.

¿Qué es y por qué surge el escrache?

Hablamos de una forma de protesta, surgida en Argentina como reacción ante la impunidad de los dictadores que habían derramado sangre ajena desde la región del Norte Grande hasta el extremo sur de la Patagonia

Básicamente consistió en destapar las fechorías de alguien y divulgarlas en su entorno vecinal, familiar, etc, como forma de abochornamiento.

Esto, obviamente, se debe a que la ley debía estar al servicio del desarrollo social y el bien común, pero muchos la manipulaban a favor de unos pocos y en perjuicio de la mayoría. Contra esa tragedia social surgió el escrache.

El escrache y el peculiar caso de España

En nuestro país no solo es lógico que brote y se extienda el escrache, sino que se me antojaba inevitable. Veamos por qué…

Durante los últimos años, las manifestaciones y huelgas han constituido un elemento útil para frenar algunas tropelías de los gobiernos. Una manifestación masiva o una huelga general secundada mayoritariamente inducían la rectificación del poder. Así lo entendieron Suárez, González y el mismo José María Aznar, pues, a fin de cuentas, aquellos actos no son más que otra forma de manifestar la voluntad de los ciudadanos.

Pero el actual desgobierno (perdón, Gobierno) ha roto ese pacto tácito. Las huelgas y manifestaciones se conciben como una coartada para disfrazar el régimen con apariencia democrática y, lo más grave y preocupante, se tratan como asuntos de orden público, un peaje por el que hay que discurrir…“esto me va a costar una huelga general”, presumió Rajoy ante los líderes de la UE con motivo de la contrarreforma laboral.

Desde ese posicionamiento irresponsable, el clamor popular de las manifestaciones y huelgas es sistemáticamente desoído bajo el pretexto de que “la soberanía se expresa en las urnas”. Subterfugio bastardo, toda vez que las urnas no son la única expresión de la soberanía popular y, más importante, la legitimidad que aportan desaparece cuando se incumplen las promesas.

Engañados por unas promesas violadas, burlados por unas medidas que jamás votarían y que expolian a las clases medias y populares, y desoídas las protestas de huelgas y manifestaciones, la presión ha salido por otro pliegue del cuerpo social y algunos ciudadanos han abierto la caja de los truenos del escrache.

Aspectos jurídicos, modalidades y ámbito de aplicación del escrache…

Para no incurrir en ilícitos, este método de manifestación y participación ciudadana, novedoso en España, debe desarrollarse dentro de unos cauces efectivos e inteligentes, que no permitan a las llamadas autoridades su inclusión en el Código penal o en normas sancionadoras administrativas. Ni tan siquiera la fabricación de preceptos “ah hoc”.

Deben, por tanto, evitarse las acciones de violencia física, la exhibición de armas y objetos peligrosos susceptibles de causar daño, el allanamiento de domicilios y las amenazas que constituyan delito. Se trata, simplemente, de señalar y avergonzar a los malvados en su entorno. Impulsar la presión social allí donde la norma se niega a entrar. Y esto puede resultar muy efectivo.

Para combatir esta forma de protesta, previsiblemente, algunas delegaciones de Gobierno se valdrán de la intimidación mediante el uso de la policía y la imposición ilegal de multas. No parecen descartables acciones violentas por parte de los antidisturbios.

Dado que las prácticas de señalamiento no vulneran normativa alguna, deben recurrirse las multas e interponer querellas contra los/as delegado/as del Gobierno que impartan estas órdenes. Actualmente se encuentra admitida a trámite una querella contra la delegada del Gobierno en Madrid por un asunto análogo.

De manera flagrante, la vida de miles, cientos de miles, millones de personas, es arruinada a diario por la actuación inicua de banqueros, grandes empresarios y politicastros. El escrache entiende que constituye una gravísima omisión el permitir que esa suerte de terroristas sociales campe a su antojo.

Así, el escrache implica que los ciudadanos señalen públicamente a quienes estafan, roban, defraudan, saquean y provocan sufrimientos horribles, y hasta la muerte, de tantas personas honradas que un día creyeron que serían respetados y protegidos si cumplían las normas de convivencia.

Se alude por parte de las llamadas autoridades que el domicilio es “inviolable” y que los familiares no deben sentir las consecuencias del escrache.

Ahora bien, nadie ha hablado de allanar viviendas y, por otra parte, quienes han provocando la angustia y suicidio de tanta gente, no han mostrado la menor consideración con sus víctimas ni con su familia u hogares.

En consecuencia con lo anterior, los familiares del señalado deberían conocer el actuar infamante, el dolor provocado, los días de angustia, los suicidios y horror que el canalla de turno perpetra.

De este modo, el escrache puede conocer muchas formas totalmente legales: cartas a los vecinos alertando sobre quien es el sujeto con el que comparten vecindario, misivas a los lugares que frecuenta, señalamiento directo allí donde se dirija. También visitas al colegio de sus hijos, informando a él y a sus compañeros sobre el comportamiento infamante de sus padres, y otras muchas actuaciones que también circulan por la red.

En el escrache, por tanto, quienes roban, matan (con amparo legal) y aniquilan el futuro e ilusiones de la gente honrada, deben quedar expuestos ante el resto de la sociedad y sentir el reproche punzante de los ciudadanos que, en su mayoría, son personas de bien.

Reflexionemos: ¿habría llegado Hitler al poder si el escrache se le hubiera aplicado a él y a quienes comenzaron a apoyarlo?

La divulgación de fechorías y planes perversos de terceros conforma la materia prima del escrache.

En este sentido, surge la inevitable reflexión… ¿habría llegado Hitler al poder si el escrache se le hubiera aplicado a él y a quienes comenzaron a apoyarlo?

La respuesta de muchas personas es NO. Y en ese sentido, el escrache habría constituido uno de los elementos más puros de regeneración y vida democrática sana.

Por mi parte, confío que estas líneas, además de informar, muevan a la reflexión y concienciación, auténtico motor de la humanidad y los valores del hombre.

 

 

 

“El sionismo es lo que el nazismo fue”

por Alan Hart

NeverAgainForAnyoneFlier

¿Están en proceso de convertirse en nazis algunos judíos de Israel?

Algunos lectores, tal vez muchos, considerarán que mi pregunta es ofensiva, pero no pediré disculpas por formularla; me reconforta el hecho de que mi decisión de plantearla cuenta con el pleno apoyo de mi muy apreciado amigo judío, sobreviviente del Holocausto nazi, el doctor Hajo Meyer.

Antes de presentarle mi idea del título, sabía perfectamente que él cree, y lo ha dicho en público, que los nazis trataron de deshumanizarlo en el campo de concentración de Auschwitz y que los sionistas tratan de deshumanizar a los palestinos en su propio país.

Cuando le pregunté si podía plantear mi propuesta de pregunta en el título, dijo “Sí, absolutamente”. Agregó: “el sionismo es para el judaísmo moderno ilustrado lo que el nazismo fue para los valores éticos tradicionales de Alemania. (Uno de los libros más importantes de Hajo lleva el título: An Ethical Tradition Betrayed, The End of Judaism (Una tradición ética traicionada, el fin del judaísmo).

El título fue suscitado en mi mente a finales de octubre por el anuncio de que ante la cercanía de la elección del próximo mes de enero, el gobernante partido Likud de Israel dirigido por el primer ministro Netanyahu está uniendo sus fuerzas con Yisrael Beiteinu, el grupo ultranacionalista dirigido por Avigdor Lieberman, ministro de Exteriores de extrema derecha en el actual gobierno de coalición.

Como señaló Larry Derfner (despedido de The Jerusalem Post por decir algunas verdades en su web): “Lieberman tiene la reputación internacional totalmente merecida de neofascista que odia a los árabes y ama la guerra”. Derfner también señaló que la etiqueta de “neofascista” fue usada para hablar de Lieberman por Martin Peretz, “el vociferante exeditor favorable a Israel de The New Republic”.

Fascismo es una de esas palabras conceptuales con un significado que depende en cierta medida de lo que sucede en un momento particular de la historia. Alemania bajo Hitler, Italia bajo Mussolini o España bajo Franco, fueron Estados fascistas. Característicos del fascismo fueron gobiernos dominados por dictadores con personalidades magnéticas, que movilizaban a sus seguidores con mensajes que apelaban a un nacionalismo estridente y promovían sospechas u odio contra extranjeros y gente “impura” dentro de sus propias naciones (sobre todo judíos en el caso de Hitler).

En la actualidad el término fascista se utiliza en general para describir gobiernos o dirigentes individuales (así como dictaduras militares) que practican el racismo incluso si no lo predican, y actúan de una manera arbitraria, farisaica, desafiando el derecho internacional. Leer más

Receita para finalizar a crise austeritária, sacrificial e assassina de empregos

 

Os instrumentos económicos existem mas a opinião política dominante proíbe o fim da crise. Paul Krugman, Prémio Nobel da Economia, apela ao fim dessa corrente austeritária, sacrificial e assassina de empregos.

por Ana Sá Lopes

Ao contrário do que muita gente possa pensar, Krugman não é um perigoso socialista. E, céus, até defende a austeridade (alguma, mas não esta). Vejam como ele explica a crise espanhola, que considera a crise emblemática da zona euro: “Durante os primeiros oito anos após a criação da zona euro a Espanha teve gigantescos influxos de dinheiro, que alimentaram uma enorme bolha imobiliária e conduziram a um grande aumento de salários e dos preços relativamente aos das economias do núcleo europeu [Alemanha, França e Benelux]. O problema essencial espanhol, do qual derivam todos os outros, é a necessidade de voltar a alinhar custos e preços. Como é que isso pode ser feito?”. O Nobel explica: “Poderia ser feito por via da inflação nas economias do núcleo europeu. Imagine-se que o BCE seguia uma política de dinheiro fácil enquanto o governo alemão se empenhava no estímulo orçamental; isto iria implicar pleno emprego na Alemanha mesmo que a alta taxa de desemprego persistisse em Espanha. Os salários espanhóis não iriam subir muito, se é que chegavam a subir, ao passo que os salários alemães iriam subir muito; os custos espanhóis iriam assim manter-se nivelados, ao passo que os custos alemães subiriam. E para a Espanha seria um ajustamento relativamente fácil de fazer: não seria fácil, seria relativamente fácil”.

Ora, esta maneira “relativamente fácil” de resolver a crise europeia tem estado condenada (vamos ver o que se segue ao novo programa de compra de dívida do BCE, criticado pelo presidente do Bundesbank) pela irredutibilidade alemã relativamente à inflação, “graças às memórias da grande inflação ocorrida no início da década de 1920”. Krugman lembra bem que estranhamente “estão muito mais esquecidas as memórias relativas às políticas deflacionárias do início da década de 1930, que foram na verdade aquilo que abriu caminho para a ascensão daquele ditador que todos sabemos quem é”.

O que trama as nações fracas do euro (como Espanha e Portugal) é, não tendo meios de desvalorizar a moeda – como fez a Islândia no rescaldo da crise com sucesso – estão sujeitas ao “pânico auto–realizável”. O facto de não poderem “imprimir dinheiro” torna esses países vulneráveis “à possibilidade de uma crise auto-realizável, na qual os receios dos investidores quanto a um incumprimento em resultado de escassez de dinheiro os levariam a evitar adquirir obrigações desse país, desencadeando assim a própria escassez de dinheiro que tanto receiam”. É este pânico que explica os juros loucos pagos por Portugal, Espanha e Itália, enquanto a Alemanha lucra a bom lucrar com a crise do euro – para fugir ao “pânico” os investidores emprestam dinheiro à Alemanha sem pedir juros e até dando bónus aos alemães por lhes deixarem ter o dinheirinho guardado em Frankfurt.

Se Krugman defende que “os países com défices orçamentais e problemas de endividamento terão de praticar uma considerável austeridade orçamental”, defende que para sair da crise seria necessário que “a curto prazo, os países com excedentes orçamentais precisam de ser uma fonte de forte procura pelas exportações dos países com défices orçamentais”.

Nada disto está a acontecer. “A troika tem fornecido pouquíssimo dinheiro e demasiado tardiamente” e, “em resultado desses empréstimos de emergência, tem-se exigido aos países deficitários que imponham programas imediatos e draconianos de cortes nos gastos e subidas de impostos, programas que os afundam em recessões ainda mais profundas e que são insuficientes, mesmo em termos puramente orçamentais, à medida que as economias encolhem e causam uma baixa de receitas fiscais”. Conhece esta história, não conhece? Leia mais 

 

Argentina. Ditadores executavam parturientes para roubar recém-nascidos

 

 

Cada recém-nascido roubado, uma jovem parturiente assassinada, para que o filho fosse criado por uma família branca, cristã e ocidental. O projeto satânico de uma Argentina pura de sangue. Sem negros e índios e mestiços. Era uma política hitlerista e herodiana. Estabelecida pelos carrascos Jorge Rafael Videla, Reinaldo Benito Bignone, Santiago Omar Riveros, Jorge Acosta, Antonio Vañek, Jorge Azic, Rubén Franco y el médico Jorge Luis Magnacco.

Victoria Montenegro, Catalina de Sanctis Ovando, Francisco Madariaga, Macarena Gelman, Simón Riquelo, Alejandro Pedro Sandoval, Leonardo Fosatti, Juan Cabandié, Claudia Poblete, los hermanos Antole Boris y Victoria Eva Julien Grisonas y los otros 95 niños secuestrados durante la última dictadura que recuperaron su identidad son la prueba más firme y palpable del plan de apropiación de niños. Pero los análisis de ADN, sus historias (en lo que se pudo) reparadas no son lo único que demuestra la existencia de aquella práctica que hicieron sistemática y perfeccionaron los ejecutores del terrorismo de Estado. Hay documentos, papeles que dejó la burocracia, memos secretos y cartas familiares. Y hay palabras, testimonios de sobrevivientes y confesiones de represores ante jueces y de apropiadores ante los niños que pretendían aliados.

Hay numerosas declaraciones judiciales en las que testigos o imputados mencionan la existencia de órdenes provenientes desde la cúpula militar para apropiarse de los hijos de desaparecidos. Todas coinciden en que había un objetivo definido: que los niños se criaran en hogares “occidentales y cristianos”. Los testimonios del médico militar Julio César Caserotto, el fundador del CELS Emilio Mignone, la sobreviviente Lila Pastoriza y Jorge Eduardo Noguer, un ex marino cuya hija y nieta fueron secuestradas, son solo algunos ejemplos.

“En el Hospital Militar de Campo de Mayo, sector de maternidad, durante el llamado Proceso de Reorganización Nacional existieron órdenes verbales y escritas por la superioridad para que en el lugar se asistiera a las parturientas traídas por personal de Inteligencia. Las órdenes escritas estaban tituladas ‘Plan de Operaciones Normales para con el Personal de Inteligencia’, y estaban firmadas por el director del hospital” (Ramón Posse), reveló en 1998 el médico militar Julio César Caserotto, que se desempeñó entre 1977 y 1983 como jefe del servicio de obstetricia del Hospital Militar de Campo de Mayo. Cuando se le preguntó por el destino de esas mujeres y de los niños, respondió que se dirigía “al despacho del director del hospital y le mencionaba que la paciente estaba en condiciones de recibir el alta” y él se desligaba de la cuestión, pero que al otro día ni la parturienta ni el recién nacido estaban en el lugar.

Leia mais. Texto de Victoria Ginzberg e Alejandra Dandan

Los delitos contra la humanidad, ni prescriben, ni son amnistiables

por Virginia Díaz

Cartaz de propaganda do franquismo
Cartaz de propaganda do franquismo. Viva Itália de Mussolini. Viva Alemanha de Hitler. Viva Portugal de Salazar

… una cuestión de fondo de trascendencia mucho más profunda para la sociedad en su conjunto y que afecta a la esencia de la defensa de los derechos humanos entendidos como bienes protegidos universalmente.

… el Tribunal Supremo aborda las cuestiones relativas a la calificación penal de los crímenes del franquismo, a la competencia de los tribunales españoles y a la vigencia y aplicación en el momento de la comisión de los hechos de los Convenios y Pactos de Derecho Internacional y a la Ley de Amnistía.

… seguimos afirmando que nos encontramos ante la comisión de los delitos más graves que pueden ser cometidos contra  hombres y mujeres, y que éstos gozan de la mayor protección por parte de la comunidad internacional y ello, por si solo, obliga a los países democráticos a intervenir, garantizando la investigación de los hechos, la persecución de los responsables y el resarcimiento a las víctimas.
            Así, la propia sentencia recoge, a pinceladas, la doctrina opuesta a la aplicada por el Alto Tribunal relativa a la fuerza expansiva de los derechos humanos que hace posible la condena por delitos contra la humanidad,  desde cualquier país y por cualquier tribunal, con independencia de donde se hayan cometido los terribles crímenes, precisamente, por el carácter universal que tiene la protección de estos derechos. Ello es lo que lleva a que los tribunales españoles hayan conocido, perseguido y condenado a los autores de crímenes contra la humanidad cometidos por los militares y todos los miembros de la cadena de mando en Argentina, durante la dictadura que asoló ese país. Difícil de entender para las víctimas y los defensores de derechos humanos que en esos casos si son competentes los tribunales españoles, y no lo son para conocer de los crímenes cometidos en nuestro país desde el golpe militar de 18 de julio de 1936, hasta años después de la muerte del Dictador Franco. Los problemas jurídicos planteados son muy parecidos, prácticamente idénticos.
            Desde esta premisa, lo que nosotros hemos mantenido es que existen pruebas evidentes de que en España, tras el golpe militar, ilegal y anticonstitucional, se produjo una guerra civil prolongada durante casi 3 años y una feroz dictadura que reprimió durante 40 años – y algunos más tras la muerte de Franco-, a la población civil mediante asesinatos, torturas, desapariciones…, con el fin de acabar físicamente con una parte de la población: aquella que era contraria a los objetivos pretendidos por los golpistas y criminales.
            Ello despeja las cuestiones de prescripción y amnistía, pues los delitos contra la humanidad, ni prescriben, ni son amnistiables. Y ello lleva también a la aplicación del Derecho Internacional -incluido el derecho consuetudinario internacional  (cláusula Martens y principios de Nuremberg)- con lo que el hecho de que los delitos se hayan cometido con anterioridad a la aprobación de la Declaración de Derechos Humanos y de los Convenios y Tratados que la desarrollan, no es impedimento para su aplicación. Recordemos -como hace la sentencia- que el art. 15 del Pacto Internacional de Derechos Civiles y Políticos de 1966 (ratificado por España en 1977) establece, tras asegurar el principio de irretroactividad de las leyes, que: “el presente artículo no impedirá el juicio o la condena de una persona culpable de una acción o de una omisión que en el momento de su comisión, constituía delito según los principios generales del derecho reconocidos por las naciones civilizadas”. 
Esos principios generales son los que se aplicaron en Nuremberg para condenar a todos los nazis responsables de los crímenes (sin que se pudiera alegar la inexistencia de norma positiva cuando se cometieron los hechos, ni el principio de obediencia debida a los mandos, estableciendo toda la responsabilidad criminal de todos los intervinientes en la cadena de mando); y lo que ha producido, también, que se dicte en nuestro país una sentencia condenatoria contra el capitán de marina argentina Scilingo, aunque  cuando la comisión de los hechos por él perpetrados no existía el do delito de lesa humanidad. Por eso se le condena por los crímenes cometidos dentro del contexto de delitos contra la humanidad porque, de otra manera, hubiera sido imposible su condena y el Tribunal Supremo consideraba que la gravedad de dichos delitos no podía quedarse sin sanción penal por esta razón. Y esa condena, y esos argumentos, los utiliza el mismo Tribunal Supremo de nuestro país  pero ahora en sentido contrario, alegando la inexistencia de delitos que puedan ser encajados dentro del contexto de delitos contra la humanidad y llevándolo al terreno de delitos “comunes” que como tales, han prescrito y, además, en ningún caso. podría existir condena al no existir tipificación del delito en la época en que se cometieron (vulneración del principio de legalidad). Es decir, para nuestro Alto Tribunal, los asesinatos, secuestros, torturas, desapariciones…, perpetrados durante la dictadura franquista desde el golpe militar de 18 de julio de 1936, no son delitos de lesa humanidad, pero si se cometen en Argentina, si lo son.
La Comisión de Derechos Humanos de Naciones Unidas, en su resolución de 21 de abril de 2005, establece que no se puede conceder amnistía a quienes hayan cometido violaciones de derechos humanos y del derecho internacional humanitario que constituyan delito.
Por lo tanto, las víctimas, las asociaciones de derechos humanos y  los organismos internacionales de derechos humanos, no acuden a los tribunales sólo en busca de la verdad, acudimos a ellos porque sólo en sede judicial y sólo a través de la intervención de los tribunales y de la aplicación de las leyes penales en materia de derechos humanos, podemos llegar al resarcimiento de las víctimas, a levantar el manto de la impunidad y a conseguir los tres objetivos que cualquier país civilizado debe anteponer para completar su sistema democrático de valores y derechos: la justicia, la verdad y la reparación. Esta sentencia es un nuevo retroceso en el avance y consecución de la defensa de los derechos humanos.”
(Transcrevi trechos)