O Brasil exporta jogadores de futebol. Lá na Europa são chamados de macacos.
Para uns pode doer, para outros o reconhecimento da beleza da mulher brasileira, considerada a melhor puta do mundo. Cada país exporta o que tem.
Essas duas afirmativas escondem uma verdade: o Brasil é um exportador de cérebros. Principalmente de cientistas. Inclusive médicos pesquisadores. Que trabalham na indústria farmacêutica. Na indústria de equipamentos de vanguarda de exames médicos. E na medicina genética.
Esses médicos residem fora do Brasil. Sua medicina do futuro tem pouca valia para os pobres brasileiros que residem onde o diabo perdeu as botas.
A maior queixa da mãe brasileira, favelada e pobre, é que os médicos parecem que têm nojo: evitam tocar nas criancinhas negras nos postos de saúde.
MÉDICOS BRASILEIROS ENVERGONHAM O PAÍS
247: A foto acima diz tudo; um médico cubano negro, que chegou ao Brasil para trabalhar em um dos 701 municípios que não atraíram o interesse de nenhum profissional brasileiro, foi hostilizado e vaiado por jovens médicas brasileiras; com quem a população fica: com quem se sacrifica e vai aos rincões para salvar vidas ou com uma classe que lhe nega apoio?
Em nenhum país do mundo, os médicos cubanos estão sendo tratados como no Brasil. Aqui, são chamados de “escravos” por colunistas da imprensa brasileira (leia mais aqui) e hostilizados por médicos tupiniquins, como se estivessem roubando seus empregos e suas oportunidades. Foi o que aconteceu ontem em Fortaleza, quando o médico cubano negro foi cercado e vaiado por jovens profissionais brasileiras.
Detalhe: os cubanos, assim como os demais profissionais estrangeiros, irão atuar nos 701 municípios que não atraíram o interesse de nenhum médico brasileiro, a despeito da bolsa de R$ 10 mil oferecida pelo governo brasileiro. Ou seja: não estão tirando oportunidades de ninguém. Mas, ainda assim, são hostilizadas por uma classe que, com suas atitudes, destrói a própria imagem. Preocupado com a tensão e com as ameaças dos médicos, o ministro Alexandre Padilha avisou ontem que o “Brasil não vai tolerar a xenofobia” (leia mais aqui).
Ontem, o governo também publicou um decreto limitando a atuação dos profissionais estrangeiros ao âmbito do programa Mais Médicos – mais um sinal de que nenhum médico brasileiro terá seu emprego “roubado” por cubanos, espanhóis, argentinos ou portugueses. Ainda assim, cabe a pergunta. Com quem fica a população: com o negro cubano que vai aos rincões salvar vidas ou com os médicas que decidiram vaiá-lo?
VIVA A IMPORTAÇÃO DE MÉDICOS
Jose Adalberto Ribeiro: O Brasil não pode continuar refém de uma categoria movida pelo corporativismo, elitismo, mercantilismo, insensível às carências da sociedade, desumana e mais interessada em manter privilégios via a reserva de mercado.
Salve, salve a importação de médicos estrangeiros! Quem venham médicos de Cuba, de Portugal, do Senegal, da Espanha, da África, do Saara, do Japão, das Arábias, da China, da Conchichina! Quanto mais médicos, melhor! Sim, para se contrapor ao elitismo desses caras que imaginam ter um reizinho na região abdominal.
Em Minas Gerais o dirigente de entidade de classe disse que iria orientar seus colegas a não socorrerem pacientes em caso de erros cometidos por médicos estrangeiros. Esse elemento pernicioso deveria ser preso por insuflar a omissão/negligência no atendimento médico a pacientes, crime previsto em lei. Não foi contestado nem desautorizado por nenhuma entidade da categoria, nem pelo figurões, nem por figurinhas da categoria, sinal de conivência ou cumplicidade.
Tenho até dúvidas se o governo brasileiro, de índole demagógica e populista, vai manter uma posição de firmeza para enfrentar os lobos e às lobas elitistas e corporativistas.
A QUESTÃO DE REMUNERAÇÃO DOS MÉDICOS CUBANOS, concebida de modo a financiar a ditabranda comunista de fidel e raul castro, essa é outra historia.