Michel Temer três vezes secretário de Segurança comandou as polícias Civil, Militar e Técnico-Científica de São Paulo

O OBSCURO POLICIAL DA BANCADA DA BALA

Michel Temer foi nomeado três vezes secretário da Segurança Pública de São Paulo, sendo o primeiro período de 31 de janeiro de 1984 até 14 de fevereiro de 1986. A segunda nomeação ocorreu em 8 de outubro de 1992, seis dias depois do massacre do Carandiru, e permaneceu no cargo até 31 de dezembro de 1992, tendo como secretário adjunto o Procurador do Estado de São Paulo, Paulo de Tarso Mendonça, que também atuou como secretário interino da Segurança Pública no período de 27 de novembro de 1992 até 5 de janeiro de 1993. Seu terceiro período com titular da pasta foi de 6 de janeiro de 1993 a 27 de novembro do mesmo ano, tendo como secretário adjunto Paulo de Tarso Mendonça (que ocupou o cargo de adjunto no período de 14 de outubro de 1992 a 04 de janeiro de 1994). Tarso e Temer faziam tabelinha.

Temer foi nomeado procurador do Estado em 1983, e no ano seguinte assumiu pela primeira vez a Secretaria de Segurança, no governo Montoro, ainda durante a ditadura militar, quando João Figueiredo era presidente (1979-1985).

A Secretaria de Estado da Segurança Pública de São Paulo é a responsável pela Administração das polícias em todo o Estado de São Paulo, sendo estas, polícias Civil, Militar, Técnico-Científica.

Montoro ingressou no MDB após a queda de João Goulart e a instauração do Regime Militar de 1964. Eleito senador em 1970 e 1977, filiou-se ao PMDB e foi eleito governador de São Paulo em 1982 na primeira eleição direta para o cargo após vinte anos. Sua investida no Palácio dos Bandeirantes permitiu a efetivação de Fernando Henrique Cardoso em sua vaga na Câmara Alta do país.

Eleito em 15 de novembro de 1982 e empossado em 15 de março de 1983, Montoro
herdou muitas dívidas da gestão de Paulo Maluf e José Maria Marin, o que não lhe deu a fama de tocador e inaugurador de grandes obras.

Curiosamente, alguns membros do secretariado de Montoro tornar-se-iam governadores de São Paulo anos mais tarde: José Serra, Secretário de Planejamento de Montoro, foi Governador do Estado entre 2007 e 2010; Orestes Quércia foi vice-governador durante a gestão de Montoro, e acabou por sucedê-lo, governando no período de 1987 a 1991; Mário Covas foi prefeito de São Paulo nomeado por Montoro em 1983 e foi Governador do Estado por duas vezes, de 1995 a 1999 e de 1999 até a sua morte em 2001. Aloysio Nunes foi vice-governador de Fleury entre 1991 e 1994.

Por esses motivos, parte da oposição acusa que o Estado de São Paulo está ocupado desde 1983 pelas mesmas poucas pessoas e grupos políticos, sendo esse processo iniciado por Montoro.

Michel Temer jamais ousou se candidatar a governador, ou senador por São Paulo. Em 2004 concorreu como candidato a vice-prefeito da cidade de São Paulo na chapa liderada pela então candidata Luiza Erundina, sem sucesso. A sorte de Temer estava nas mãos de Fernando de Henrique, quando participou dos conchavos para aprovar a emenda da reeleição em 1997.

Temer até a reeleição de Fernando Henrique era um deputado do baixo clero, da bancada da bala.

Como policial, Temer conviveu, na Secretaria de Segurança com torturadores, assassinos e coveiros dos cemitérios clandestinos, sendo companheiro de Romeu Tuma, que fazia dupla com o delegado Sérgio Fleury.

 

TEMER TRAIU COVAS PARA SERVIR A FLEURY

 

Em 1990, Luiz Antônio Fleury Filho, sob a legenda do PMDB, foi eleito governador. Uma eleição difícil contra nomes conhecidos como Mario Covas e Maluf.

Sob o mando do governo Fleury que aconteceu o massacre no presídio do Carandiru, onde morreram 111 presos.

A justiça de São Paulo condenou a dezesseis anos de prisão por peculato dois ex-delegados-gerais da Polícia Civil do Estado de São Paulo : Álvaro Luz Pinto e Luís Paulo Braga Braun. Segundo o Ministério Público de São Paulo os réus se envolveram em fraude em licitações. A sentença proferida pelo juiz Edison Aparecido Brandão só se refere ao crime de peculato, acontecido na cidade de Barão de Antonina, onde foram desviados cerca de 657 mil reais.

Os dois delegados trabalharam no Governo Fleury e no Governo Quércia.
O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo relacionou um funcionário do Governo Estadual por irregularidades na construção da sede da Eletropaulo. A obra, que foi realizada pela construtora Andrade Gutierrez, e pode ter causado prejuízos ao estado. É um dos maiores focos de irregularidades que se tem notícia no relacionamento entre uma empreiteira e o poder público, segundo o conselheiro do TCE/SP Antônio Roque Citadini, responsável pelas investigações.

A obra teve seu contrato assinado em 27 de marco de 1991 pelo presidente da estatal Alfredo Almeida Júnior que meses depois perderia o cargo por irregularidades administrativas. Almeida Júnior foi denunciado pelo Ministério Público por enriquecimento ilícito.

 

POR QUE FHC ELEGEU TEMER PRESIDENTE DA CÂMARA?

 

14 de janeiro de 1997 – A emenda da reeleição é aprovada na Comissão Especial, mas o PMDB não se compromete com datas para a votação em plenário. O presidente Fernando Henrique, em solenidade no Palácio do Planalto, fala que o Congresso, ao aprovar a emenda, ouviu a “voz rouca das ruas”.

22 de janeiro de 1997 – Depois de uma semana de intensas negociações com o PMDB, Fernando Henrique determina que a emenda passe pela primeira votação na Câmara até o dia 29. Mesmo assim, o início da discussão da emenda no plenário é adiado do dia 23 para o dia 28.

23 de janeiro de 1997 – Os governistas, reunidos na casa de Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA), contabilizam 317 votos a favor da reeleição. Baseado nesses números, Fernando Henrique rejeita a proposta de conciliação dos senadores do PMDB para votar a emenda no dia 5 de fevereiro. O presidente aceita os outros pontos, a realização de referendo e votação das emendas instituindo a fidelidade partidária e um prazo de desincompabilização.

28 de janeiro de 1997 – A emenda da reeleição é aprovada pela Câmara dos Deputados em primeiro turno por 336 votos a favor, 17 contra e 6 abstenções.

29 de janeiro de 1997 – A Câmara vota os Destaques para Votação em Separado (DVS) à emenda. São derrubadas as propostas de realização de plebiscito, referendo, a necessidade de desincompatibilização e todas as outras alterações pretendidas pelos adversários da emenda.

4 de fevereiro de 1997 – Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) é eleito presidente do Senado com margem mais folgada do que previa o governo sobre o candidato do PMDB, Senador Íris Rezende (GO) Senado.

5 de fevereiro de 1997 – Demonstrando a força da base de apoio ao seu governo, Fernando Henrique consegue que seu candidato Michel Temer (PMDB-SP) seja eleito presidente da Câmara. O deputado obteve maioria absoluta (metade mais um dos votos).

25 de fevereiro de 1997 – Câmara vota em segundo turno a emenda da reeleição e aprova o texto por 369 a 111, com 5 abstenções. O número de votos contrários bem maior em relação ao primeiro turno se explica pelo fato de naquela votação a estratégia dos opositores da emenda foi não registrar voto para mostrar claramente qual o tamanho do apoio dos governistas. No segundo turno votaram contra todos os presentes que não concordam com a proposta.

 

 

Lei Manoel Junior que libera o tráfico de moedas não livra Eduardo Cunha da cassação por falta de decoro parlamentar. Ele mentiu quando negou que tinha grana de propina nos paraísos fiscais

Amarildo
Amarildo

O relator Manoel Junior (PMDB-PB), um dos principais aliados do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), reinseriu no projeto de lei 2960 um parágrafo polêmico que exime de punibilidade criminal quem tem conta no exterior não declarada à Justiça brasileira – é o caso de Cunha, dos investigados na Lava Jato e de muitos brasileiros listados no Swissleaks (contas no HSBC na Europa).

Em suma, o parágrafo 5º do PL 2960 livra todos os que têm conta secreta não declarada no exterior de crimes como evasão de divisas e ocultação de bens.  Leia mais 

O jeitinho do deputado Manoel Junior, de proteger os traficantes de dinheiro, sonegadores, doleiros e outros corruptos e corruptores, não salva Cunha, que ele faltou com o decoro parlamentar ao negar que possui, associado com a segunda esposa e a filha do primeiro casamento, contas em banco da Suíça.

Os parceiros de Cunha, bancadas do BBB ( do boi, da bala, da Bíblia ), banda podre do PMDB, PSDB, Solidariedade, Dem e outros partidos da direita e golpistas precisam aprovar a lei da mentira. Isto é, mentir constitui um direito natural e exclusivo de deputados e senadores.

Mariano
Mariano

Mentir tem os seguintes sinônimos: lorotar, patranhar, enganar, iludir, trapacear, simular, fingir, ludibriar, embromar, enrolar, tapear, equivocar, falsear, burlar, driblar, xavecar, aldrabar, engodar, endrominar, engazopar, refalsear, embair, faltar, descumprir, esconder, ocultar, encobrir, omitir, degenerar, adulterar.

Nani
Nani

Que se salve Cunha um pinhão de PC Farias, e que lhe seja dado, com a anulação das eleições de Dilma Rousseff e Michel Temer, pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a presidência do Brasil, ou o impeachment de Dilma, pelo parecer do TCU (Tribunal de Contas da União), que faz Michel Temer presidente, e Cunha vice.

Qualquer dessas duas vias significa todo o poder ao PMDB – a entrega do governo do Brasil, das presidências da Câmara e do Senado a um único partido, que tem José Sarney como presidente de honra.

No caso de Cunha, por uma manobra golpista do Congresso, existe as possibilidades de uma revolta popular, com ou sem Dilma, e de uma intervenção militar.

Será o caos.

Luscar
Luscar

Conspiração golpista motiva deputados e senadores a usar armas de fogo

Samuca
Samuca

Toda conspiração golpista pode terminar em uma guerra civil. O impeachment de um presidente depende do apoio do povo em geral. E não pode ser baseado em pesquisas de opinião pública comprada por federações de empresários ou partidos políticos ou jornais vendidos.

As eleições, em uma verdadeira democracia, constituem a verdadeira justiça de julgamento dos políticos governantes e legisladores.

O processo eleitoral não pode ser violentado pelos fichas sujas, pelos financiadores de campanhas, pelos partidos derrotados nas urnas, nem por juízes iníquos.

Hojemente a intervenção  dos exércitos (nacional ou estrangeiros) vem sendo substituída pelo congresso quinta-coluna e/ou pela justiça sectária e conservadora a exemplo dos últimos golpes na América do Sul no Paraguai e em Honduras.

Não existe ditadura sem prisões políticas, tortura, exílios e morte.

No Brasil prossegue uma conspiração para derrubar a presidente Dilma Rousseff, o que motiva os deputados e senadores exigirem o direito exclusivo de andar armados.

É importante lembrar quantas vezes as assembléias legislativas, a Câmara dos Deputados e o Senado  Federal foram campos de sangrentas batalhas.

A lei que proibia a compra de armas de fogo e munições foi uma decisão do povo, e só um outro referendo poderia deliberar.

Acontece que o Congresso inimigo do povo tem medo de referendo e de plebiscito. Não se faz preciso explicar porquê.

Brum
Brum

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COMISSÃO DA CÂMARA APROVA PORTE DE ARMA PARA DEPUTADOS E SENADORES

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Os destaques devem ser votados na comissão no próximo dia 3 de novembro e, na sequência, encaminhados ao plenário.

 Kalvellido
Kalvellido

Blog dentro da política – A comissão especial da Câmara dos Deputados que está analisando a proposta que revoga o Estatuto do Desarmamento tomou uma decisão, nesta terça-feira (27), que promete causar polêmica nos próximos dias. Por 19 votos a oito, foi aprovado o texto-base do substitutivo apresentado pelo deputado Laudivio Carvalho (PMDB-MG) que prevê mudanças como a idade mínima para se adquirir uma arma de fogo e a liberação para a posse de armas para deputados e senadores.

O relatório aprovado revoga o Estatuto do Desarmamento, que passará a ser chamado de Estatuto de Controle de Armas de Fogo. As principais mudanças tratam da redução de 25 para 21 anos a idade mínima para comprar uma arma de fogo, libera outras autoridades, como deputados e senadores, para terem porte de arma, também autoriza pessoas que possuem inquéritos policiais contra si a terem armas e permite que policiais legislativos andem armados em aviões quando estiverem fazendo escolta de algum parlamentar.

Além dessas mudanças, também são flexibilizadas as regras para se adquirir uma arma de fogo. Com o Estatuto do Desarmamento, o interessado é obrigado a seguir regras restritas e a explicar qual a efetiva necessidade da arma. Com o texto aprovado na comissão especial, todo cidadão que cumpra os requisitos mínimos exigidos pela lei poderá portar uma arma para casos de legítima defesa ou defesa do seu patrimônio. A validade do porte também aumenta. Atualmente é preciso renová-lo a cada três anos, com a nova proposta, esse tempo se estende para dez anos.

Frente Parlamentar da Segurança Pública
Laudivio Carvalho é um dos 293 integrantes da Frente Parlamentar da Segurança Pública e foi posto pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), como relator do projeto. Segundo seu relatório, o substitutivo estará “reestabelecendo o direito universal à posse de arma”.

Vale lembrar que o Estatuto do Desarmamento é do ano de 2003 e vem sendo combatido desde então, tendo ganhado cada vez mais críticas por parte de parlamentares da bancada da bala. Segundo Carvalho, “a proposta devolve ao cidadão de bem o direito de trabalhar pela sua própria segurança. Vamos devolver o direito à vida, que foi retirado pela atual lei”.

Também é importante ressaltar que 11 dos parlamentares que fazem parte da dita comissão especial receberam doações de campanha de empresas ligadas a armas e munição, segundo levantamento feito pelo Instituto Sou da Paz:

Afonso Hamm (PP-RS), Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), Alberto Fraga (DEM-DF), Edio Lopes (PMDB-RR), Luis Carlos Heinze (PP-RS), Luiz Gonzaga Patriota (PSB-PE), Marcos Montes Cordeiro (PSD-MG), Nelson Marchezan Júnior (PSDB-RS), João Campos (PSDB-GO). Leia mais 

Menos bala mais giz

A família Marinho e sonegadores associados escondem os próprios crimes acusando outras pessoas como despiste

Para engambelar, e omitir os próprios crimes é costume do grupo criminoso Globo acusar os outros

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Para desorientar, o monopólio do Grupo Globo – jornais, televisões, rádios e outros meios de comunicação de massa – costuma criar bodes expiatórios, bois de piranhas nos seus balões de ensaio, no seu noticiário marrom de meias-verdades.

Esta uma tática comum dos barões da mídia, que construíram seus impérios na ditadura militar e na banca dos negócios para estender o mandato de quatro para oito anos de Fernando Henrique, que fez um congresso vendido legislar a reeleição presidencial.

Um crime parecido com a criação da Lei Fleury, para proteger a polícia que tortura e mata, hoje representada pela bancada da bala; da Lei da Bengala, para aumentar cinco anos na aposentaria compulsória do golpista Gilmar Mendes.

O Brasil BBB é assim: para o tudo como dantes no quartel de Abrantes há sempre um safado jeitinho de criar uma Lei que proteja as castas, que beneficie as elites, o entreguismo, o colonialismo, o capitalismo predador, os latifúndios da lavoura de exportação, as privatizações da pirataria, os traficantes de moedas.

globo ontem e hoje

globo manipulação 3

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Por que a dívida da Globo não é manchete de jornal?

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O que descobriríamos se os jornalistas brasileiros fossem atrás das denúncias de sonegação que envolvem grandes grupos de comunicação e que não viram notícia no país?

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FHSBC zelotes Globo

Por Bruno Marinoni*

Carta Capital – “Siga o dinheiro”, aconselhava William Mark Felt, o “garganta profunda”, aos jovens jornalistas que, nos anos 70, revelaram todo um esquema de espionagem e corrupção no interior da Casa Branca. O que não descobriríamos então se os jornalistas da mídia brasileira investigassem, por exemplo, a denúncia de que a Globo deve mais de R$ 600 milhões aos cofres públicos porque sonegou o imposto decorrente da compra dos direitos de transmissão da Copa de 2002?

O caso, que já vinha sendo anunciado há algum tempo, ganhou novo capítulo no último dia 17 de julho, quando 29 páginas do processo na Receita Federal contra a Globo foram divulgados em um blog na internet. A emissora teria usado 10 empresas criadas em paraísos fiscais para esconder a fraude. Com o esquema, o sistema Globo teria incorrido em simulação e evasão fiscal. O imposto sobre importâncias enviadas para o exterior para aquisição de direitos de transmissão no caso da empresa beneficiária estar sediada em paraísos fiscais seria de 25%, se fosse pago.

E se os jornalistas da nossa mídia fossem, por outro exemplo, atrás do papel que a Igreja Universal, milionária e com isenção fiscal por se tratar de uma entidade religiosa, cumpre no financiamento da Record? Uma matéria intitulada “Macedo nega uso do dinheiro da igreja na compra de TV”, publicada na Folha de São Paulo, em setembro de 1998 (quando a emissora não era ainda uma competidora de peso), afirmou que investigações da Receita resultaram em uma multa de R$ 265 milhões ao grupo. A maior parte do pagamento, ou R$ 118 milhões, coube à Record; outros R$ 98 milhões, à própria Igreja Universal, e mais R$ 6 milhões, a Edir Macedo. Esses valores se refeririam a autuações e multas por sonegação fiscal e outras irregularidades.

Além disso, a imprensa já veiculou algumas vezes que a Igreja Universal compraria a faixa da madrugada da TV Record, que tem baixíssima audiência, por um preço muito acima do mercado. Todavia, até onde sabemos, nada foi feito para resolver essa questão.

Em 2010, foi a vez de Sílvio Santos, dono do SBT, se envolver em um escândalo de fraude fiscal, uma dívida de R$ 3,8 bilhões. O evento não se relacionava diretamente com os meios de comunicação, e sim com seu banco, o “Panamericano”. O dono da empresa, porém, empenhou todo o seu patrimônio, inclusive seus canais de TV, como garantia de que a dívida seria sanada.

Quando poucos grupos controlam os meios de comunicação, quando há concentração do poder midiático é fácil criar um bloqueio a informações desfavoráveis aos donos da mídia por meio de uma estratégia “positiva”: preenchendo-se a agenda de temas discutidos pela sociedade com uma série de assuntos que não atinjam os interesses daqueles que controlam os canais de comunicação.

Escândalos de corrupção e desvio de dinheiro público são sempre matérias na nossa imprensa, mas qual a seleção de casos que é feita? O que fica de fora? Quem fica de fora dessas páginas? Se há um grande número e diversidade de atores dirigindo os meios de comunicação, maior a possibilidade de nos relacionarmos com canais suficientemente independentes para nos fornecer informações de interesse público. Mas isso é algo em falta no Brasil.

* Bruno Marinoni é repórter do Observatório do Direito à Comunicação, doutor em Sociologia pela UFPE e integrante do Intervozes.

reede globo golspita

Não existe golpe sem uma lista de presos políticos

presos

FHC fatiou a Petrobras e vendeu só de uma primeira tacada: 30 por cento das ações na bolsa de Nova Iorque.

FHC depois vendou a Vale do Rio Mais do que Doce para os piratas, por apenas 2,2 bilhões, quando custava mais de 3 trilhões – o maior roubo da história da humanidade.

Para completar, FHC rasgou a CLT.

Em 64, as federações do patronato apoiaram a ditadura em troca da cassação da estabilidade do trabalhador, dada por Getúlio Vargas.

Agora os patrões, para apoiar o golpe, pedem o emprego terceirizado.

Nas redes sociais, tucanos, e os oportunistas da banda podre do PMDB, mais outros partidos da direita pedem a cabeça de Dilma. Trata-se de uma morte anunciada. Não existe golpe sem prisões e tortura e morte.

Eduardo Cunha, a bancada da bala, os pastores eletrônicos, os nazistas da TFP, Bolsonaro e outros fascistas já terminaram a lista dos que vão morrer?

Dos que vão ser presos?

Dos que vão ser torturados para dizer onde está o ouro de
Cuba?

Moro u?

jornalista tortura morte Alfredo Martirena

Os símbolos de Hitler desfilam nas ruas de São Paulo anunciando o fim da democracia e o reinado das trevas

A pregação do ódio, da morte de Dilma, da intervenção militar e do retorno da ditadura continua.

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O desfile de 7 de setembro em que crianças carregaram suásticas.

Acontece que toda propaganda nazista, na Alemanha, é proibida, e seus autores, no caso brasileiro, professores direitistas e analfabetos, presos. Bem que merecem de quatro a cinco anos de cadeia.

Portal Pragmatismo Político: Desfile de 7 de setembro de Taboão da Serra não se limitou às reverências militares brasileiras e causou polêmica ao trazer crianças exibindo suásticas, símbolo principal do regime nazista da Alemanha.

Portal Fórum: Para alguns, a demonstração de força militar, bem como o orgulho patriótico que impera nos desfiles de 7 de setembro pelo país são tradições questionáveis.

Um desses desfiles, no entanto, não se limitou às reverências militares brasileiras e causou polêmica ao trazer crianças exibindo suásticas, símbolo mais clássico do regime nazista da Alemanha.

O caso aconteceu no desfile de Taboão da Serra, cidade da Grande São Paulo.

images brasil precisa de você

soldado integralista

Bandeira_Brigadas

Símbolos do nazismo brasileiro
Símbolos do nazismo brasileiro
Brasão da TFP
Brasão da TFP

A Secretaria de Educação do governo Geraldo Alckmin faz que não sabe, e o maior tribunal do mundo, o de São Paulo, com 360 desembargadores está com a cegueira de sempre. Não viu a volta dos integralistas de Plínio Salgado, dos garotos da TFP de Plínio Corrêa, e a infiltração dos Bolsonaro e da Bancada da Bala. Tem deputado que se vangloria de ter assassinado mais de cem pessoas.

Essa gentalha asquerosa acabou com o mito do Brasil Cordial.

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DIREITA VOLVER Fora Dilma e defesa dos governos tucanos de Alckmin, Marconi Perillo, Azambuja, Jatene e Beto Richa

Polícia Militar, Bancada da Bala e Bolsonaro, e seu cantor Lobão, fecham ruas para a passagem das viúvas da ditadura

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É isso aí, a polícia dos governadores de São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará e Paraná está, neste domingo, nas ruas para engrossar as fileiras da marcha golpista para derrubar Dilma Rousseff.

É uma conspiração que esconde o nome do presidente desejado pelos nazi-fascistas, empresas estrangeiras, banqueiros, e a podre elite dos ricos, representada por um por cento da população.

Uns dizem que é Aécio Neves, derrotado nas ultimas eleições; outros o vice de Dilma, Michel Temer; mas, os que pedem a intervenção de um exército estrangeiro esperam a volta de um militar presidente e o retorno da ditadura.

Essa minoria quer a polícia nas ruas, porque teme o povo em geral.

Esse “nojo do povo” do marechal João Figueiredo nasce de baixas emoções, e o temor é uma delas.

Na ditadura militar de Castelo Branco, Costa e Silva, Triunvirato Militar, Médici, Geisel e Figueiredo, a ditadura era praticada para descobrir invisíveis exércitos da Liberdade, da Igualdade, da Fraternidade. Daí o pedido da polícia nas ruas, que eles temem os sem terra, os sem teto, os sem nada.

Escrevem Joana Suares e Natália Oliveira: “Para o protesto de domingo (16), contra o governo federal, a Polícia Militar afirma que os manifestantes vão poder fechar as ruas (…) O Comandante do Policiamento Especializado Robson Queiroz afirmou ainda que perfis de manifestantes são ‘distintos’.

Ainda segundo a polícia, haverá diálogo com os manifestantes no domingo, e serão 2.000 policiais da Cavalaria, Batalhão de Choque e Policiamento Especializado acompanhando os manifestantes”.

Essa ‘distinção’ acontece até com a polícia de governador petista. Que a polícia no Brasil de 2015 é a mesma polícia de 1964. Não mudou nada.

Propaganda do
Propaganda do “fora Dilma”

bolsonaro

 

Bolsonaro deveria ser cassado pelos vários crimes que praticou. Principalmente por fazer a apologia da ditadura, da tortura, do ódio, de uma guerra civil entre brasileiros. É um inimigo da Liberdade, da Democracia e dos Direitos Humanos.

Da bancada da bala, da qual participa violentos delegados de polícia e corruptos coronéis da polícia, selecionei alguns dos seus petardos mais divulgados.

 

Tortura. Assassinato de presos políticos. Cemitérios clandestinos

 “O único erro foi torturar e não matar.”

“O objetivo é fazer o cara abrir a boca. O cara tem que ser arrebentado para abrir o bico.”

“Gastaram muito chumbo com o Lamarca. Ele devia ter sido morto a coronhadas.”

“Pinochet devia ter matado mais gente.”

“Quem procura osso é cachorro.”

 

Violência contra a mulher. Homofobia. Racismo. 

“Já que está difícil ter macho por aí, eu estou me apresentando como macho e ela aloprou. Não pode ver um heterossexual na frente. Ela deu azar duas vezes: uma que sou casado e outra que ela não me interessa. É muito ruim, não me interessa.”

“Não vou estuprar você porque você não merece.”

“Eu não corro esse risco. Meus filhos foram bem educados”(Respondendo pergunta de Preta Gil, como reagiria caso um filho se relacionasse com uma negra)

 

Política. Fidelidade partidária. Corrupção. Nepotismo e curral eleitoral

“Competência? É problema do deputado. Se quiser botar uma prostituta no meu gabinete, eu boto. Se quiser botar a minha mãe, eu boto. É problema meu!”

“O kit gay não foi sepultado ainda. Dilma Rousseff, pare de mentir. Se gosta de homossexual, assume. Se o teu negócio é amor com homossexual, assuma”

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Bolsonaro já mudou de partido, mais do que Marina Silva. Faz campanha com Aloysio Nunes, que foi candidato a vice-presidente na chapa de Aécio Neves, para derrubar Dilma Rousseff.  Aloysio participou da guerrilha urbana e praticou vários atos terroristas.

Convocou cinco fracassadas marchas, depois do segundo turno em São Paulo, pelo retorno da ditadura.

 

Foi casado com Rogéria Bolsonaro, a quem ajudou a eleger vereadora da capital fluminense em 1992 e 1996, com que teve três filhos: Flávio Bolsonaro — deputado estadual fluminense —, Carlos Bolsonaro — assim como o pai e mãe, vereador da cidade do Rio de Janeiro —, e Eduardo. De seu segundo casamento com Ana Cristina, teve Renan.

Em 1988 entrou na vida publica elegendo-se vereador da cidade do Rio de Janeiro pelo Partido Democrata Cristão. Nas eleições de 1990, elegeu-se deputado federal pelo mesmo partido. Seguiriam-se outros quatro mandatos seguidos. Foi filiado ao PPR (1993-95), PPB (1995-2003), PTB (2003-2005), PFL, hoje DEM (2005), e desde 2005 integra o PP.

 

A ONU pede a cassação de Bolsonaro

 

Bolsonaro cascos

Um órgão de defesa dos direitos humanos da ONU (Organização das Nações Unidas) condenou, nesta segunda-feira (15), uma declaração do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), que durante discurso na Câmara, na última terça (9), disse à colega Maria do Rosário (PT-RS) que “não a estupraria” porque ela “não merece”.

“As declarações são uma ofensa não apenas para a deputada, mas também para a dignidade das mulheres e de todas as vítimas de abusos graves como violência sexual e estupro”, disse o representante para a América do Sul do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Amerigo Incalcaterra. Segundo ele, esse tipo de afirmação é “inaceitável” em uma democracia como a brasileira, principalmente quando se trata de autoridades públicas eleitas por voto popular.

Em nota, Incalcaterra manifestou apoio à representação protocolada contra Bolsonaro, após o episódio, pela Secretaria de Direitos Humanos e o Conselho Nacional de Direitos Humanos na Procuradoria Geral da República. “Fazemos um chamado ao Congresso Nacional, às autoridades políticas, judiciárias e a toda a sociedade brasileira a condenar amplamente este tipo de discurso de ódio e a defender a dignidade humana em todo momento”, afirmou.

Conhecido principalmente pela postura polêmica, o deputado do PP atacou Rosário, que é ex-ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência, ao rebater um discurso feito pela petista em defesa da Comissão da Verdade e das investigações de crimes cometidos por agentes do Estado durante a ditadura militar.

“Não saia, não, Maria do Rosário, fique aí. Há poucos dias [na verdade a discussão ocorreu há alguns anos] você me chamou de estuprador no Salão Verde e eu falei que eu não estuprava você porque você não merece. Fique aqui para ouvir“, disse.

Foi a segunda vez em que Bolsonaro, na condição de deputado, fez afirmação do tipo a Rosário. Em novembro de 2003, os dois discutiram diante das câmeras da RedeTV! no Congresso Nacional.

 

petardos bolsonaro

Ilegal “resistência seguida de morte” é licença para a polícia matar

Ativistas pressionam por investigação de mortes praticadas por policiais
paz polícia repressão

por Rodrigo Gomes/ RBA

 

São Paulo – Preocupados com o crescente número de mortes ocorridas em ações policiais, ativistas, movimentos sociais e entidades estão se articulando para pressionar o Congresso Nacional a aprovar o Projeto de Lei 4.471, de 2012, que determina que toda morte ocorrida em ação policial deve ser investigada, independente de quem foi o agente causador. Hoje os casos de morte registrados como “auto de resistência” ou “resistência seguida de morte” são arquivadas compulsoriamente, o que abre brechas para ações violentas e até ilegais das forças de segurança.

Para o presidente da Associação de Juízes para a Democracia (AJD), André Augusto Salvador Bezerra, o auto de resistência é um cheque em branco dado ao mal policial para que ele faça o que quiser. A associação emitiu uma nota técnica apoiando o PL e ressaltando que a norma não vai interferir na atuação policial.

“A importância desse projeto de lei é tentar pôr um freio a essa crescente violência policial no Brasil. As polícias ainda agem como se estivéssemos em um regime ditatorial. O texto pode dar mais legitimidade à atividade cotidiana dos agentes, na medida em que pode haver menor desconfiança dos atos praticados pelos policiais”, disse Bezerra.

Entre as mudanças propostas no projeto está a obrigatoriedade de se abrir inquérito imediatamente para apurar o motivo da morte e de se comunicar o Ministério Público, a Defensoria Pública e órgãos de controle, como corregedorias. Além disso, o documento prevê que seja realizada documentação fotográfica imediata do local, coleta de vestígios encontrados durante o exame necroscópico e o exame interno do corpo para determinar a causa da morte. O texto também veta o transporte de feridos em confrontos por policiais, determinando a ação somente por agentes de saúde.

O magistrado ressalta que mesmo a polícia dos Estados Unidos, considerada uma das mais violentas do mundo, tem índice de letalidade muito inferior se comparada com a brasileira, para uma população semelhante.

Um estudo divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública demonstrou que somente no ano de 2012, 1.890 brasileiros morreram em confrontos com policiais. Desse total, 563 mortes ocorreram em São Paulo; 415, no Rio de Janeiro; 344, na Bahia; e 167, no Paraná. No mesmo ano, 410 pessoas foram mortas em confrontos com policiais nos Estados Unidos.

Um índice que preocupa os movimentos é a quantidade de jovens mortos diariamente nas cidade brasileiras. De acordo com o Mapa da Violência – pesquisa baseada em dados oficiais do Ministério da Saúde –, 82 jovens com idades entre 15 e 29 anos são mortos por dia, sendo 77% deles negros, moradores de periferias. Muitos desses casos são registrados como “auto de resistência” ou “resistência seguida de morte”.

Em São Paulo, o Centro de Inteligência e da Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo registrou 424 mortes por resistência, somente no primeiro semestre deste ano, número 62% maior que o do mesmo período de 2013, quando morreram 269 pessoas em ações da PM.

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Dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) paulista revelam que 2.045 pessoas foram mortas pela PM em confronto, entre os anos de 2005 e 2009, em casos também registrados como resistência seguida de morte.

 

Idas e vindas
O PL 4.471/2012 já entrou e saiu da pauta do Congresso diversas vezes. Há resistências em alguns partidos, como PSDB, PTB e PMDB – legenda do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, que já se comprometeu com os movimentos de direitos humanos a colocar o projeto em votação por pelo menos três vezes.

Segundo o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP), um dos autores da proposta, há divergências sobre como se daria a determinação da prisão do policial em caso de confirmação de um homicídio praticado intencionalmente. Na próxima terça-feira (2) os congressistas terão reunião para discutir ajustes que possibilitem a aprovação do PL.

Para pressionar a aprovação, diversas ações estão sendo organizadas. Às 19h de hoje (27) será realizado um debate sobre o tema na Praça Roosevelt, centro de São Paulo. Na próxima quinta-feira (4), no mesmo local, será realizado ato público de apoio ao projeto, organizado pelo coletivo Por Que o Senhor Atirou em Mim, que congrega diversos movimentos e entidades. O grupo também pretende retomar uma petição pública, iniciada em maio deste ano na página Change.Org pedindo a aprovação do projeto. Até o momento o documento conta com 31.761 apoiadores.

A Anistia Internacional no Brasil também iniciou campanha contra o genocídio da população jovem, negra e periférica cobrando das autoridades brasileiras prioridade a políticas públicas integradas nas áreas de segurança, educação, cultura e trabalho. A petição está disponível na página da Anistia na internet.

Desde o início deste mês, o Levante Popular da Juventude vem realizando intervenções em vários estados, cobrando a aprovação do PL e o fim do extermínio da juventude negra.

negro favela polícia assassinato pobre

Em várias oportunidades, o movimento de familiares de vítimas da violência do Estado Mães de Maio reafirmou apoio à proposta e cobrou sua aprovação, inclusive com idas a Brasília para conversar com parlamentares. “Temos de acabar com essa licença para matar. Esse projeto é essencial na preservação da vida, pois acaba com a ideia de que uma morte pode ficar sem ser investigada”, disse Débora Maria Silva, integrante do movimento.

O Mães de Maio foi organizado depois da onda de violência ocorrida em maio de 2006, quando 505 civis e 59 agentes públicos foram mortos entre os dias 12 e 20 daquele mês, tanto durante o “restabelecimento da ordem” promovido pela polícia paulista, quanto durante os atentados cometidos pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) naquele ano.

 

Desmilitarização

 

polícia desmilitarização
Além do fim dos autos de resistência, movimentos e entidades têm cobrado também a desmilitarização e a unificação das polícias. A ideia consiste na desvinculação da PM do Exército, do qual é considerada força auxiliar pela Constituição Federal. E a instituição de uma polícia única, de caráter civil, com normas e procedimentos padronizados, que permitam controle social e a delimitação do que é legal ou não em sua atuação.

Está em tramitação no Congresso, a Proposta de Emenda Constitucional 51/2013, de autoria do senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que prevê uma reforma profunda na segurança pública brasileira, com a formação de polícias municipais, estaduais e federal desmilitarizadas, que atuem em patrulhamento ostensivo e investigação, e a criação de ouvidorias externas e independentes.

“O Exército treina para ir à guerra. Não é o caso de uma polícia que tem de dar proteção ao cidadão na rua. O ideal da desmilitarização consiste em colocar nas ruas policiais capazes de dialogar sobre os diversos problemas e que entendam as necessidades e peculiaridades de cada local e população, e não com base em uma hierarquia militar rígida, presa a velhos conceitos e, até mesmo, a preconceitos”, detalhou o presidente da Associação de Juízes para a Democracia (AJD), André Augusto Salvador Bezerra.

Para Bezerra, uma reforma das forças policiais deve priorizar a transparência na atuação, desde o policial que está na rua até as escolhas feitas pela secretaria da segurança, inclusive estabelecendo controle social, com ouvidorias formadas por representantes da sociedade civil. Hoje o ouvidor das polícias em São Paulo, por exemplo, é indicado pelo governador a partir de uma lista tríplice elaborada pelo Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Humana. Muitos estados sequer têm esse órgão.

Um problema a ser enfrentado é o respaldo dado pela sociedade à prática violenta da polícia, dentro da lógica de que “bandido bom é bandido morto”. O magistrado considera que parte da resistência a reformas e medidas de controle da atuação policial se deve à interpretação equivocada do significado de polícia cidadã e desmilitarização.

“A polícia não precisa violar a lei para ser eficiente e eficaz. Como exemplo, no caso americano, a polícia é muito menos violenta do que a brasileira, mas é mais eficiente para investigar delitos. O objetivo é termos uma polícia mais próxima da população e não de uma lógica de guerra. Proteção para a população é assegurar os direitos constitucionais”, defende Bezerra.

O magistrado avalia que as jornadas de junho destacaram a falta de coesão na prática policial. Em alguns atos a polícia agiu de forma truculenta, como no dia 13 de junho de 2013, quando dezenas de pessoas ficaram feridas durante a manifestação contra o aumento das passagens de transporte público em São Paulo. Em outros dias a corporação dava um aparente respaldo aos manifestantes, como no dia 18 seguinte, em que um grupo depredou a sede da prefeitura da capital paulista, sem qualquer reação da polícia.

“Não há a menor uniformidade nas práticas. O que se nota muitas vezes é que a polícia atua de acordo com a ordem do secretário da segurança ou do governador. É um sistema casuísta”, concluiu Bezerra.

São Paulo sem água e a sede de votar, pela quarta vez, em Alckmin

Alckmin Foto do Cloaca News

Alckmin continua blindado apesar de todas as denúncias que pesam contra ele.

Esquerdistas de carteirinha votam em Alckmin, candidato dos banqueiros, dos empresários, das multinacionais, de Fernando Henrique e da extrema-direita.

Os indignados que foram para as ruas, nos protestos de junho de 2013, apesar de reprimidos pela violenta polícia de Alckmin, votam em Alckmin.

Os eleitores de Dilma, Marina e Aécio (traído e cristianizado pelo PSDB) votam em Alckmin.

Oa evangélicos fundamentalistas votam no Alckmin fundamentalista católico.

O povo sem água está com a maior sede de votar em Alckmin.

A bancada da bala, as milícias e o PCC votam em Alckmin.

Todas as vítimas do governo de Alckmin votam em Alkmin pela quarta vez.

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FHC Ariano tucano

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Qual é a misteriosa alquimia de Alckmin?

Os problemas que São Paulo enfrenta de nada abalam a força política do candidato à reeleição

Aroeira
Aroeira

 

por Juan Arias

 

Há quem se pergunte qual é a alquimia usada pelo candidato a governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), para que nada nem ninguém seja capaz de evitar que seja eleito até mesmo no primeiro turno, com 51% dos votos. Seria seu quarto mandato como governador.

E não é que não tenha concorrentes de peso, como Paulo Skaf (PMDB), que aparece com somente 22% das intenções de voto, presidente licenciado da poderosa Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e que figura entre os 60 empresários mais importantes do Brasil; ou como Alexandre Padilha, ex-ministro da Saúde que foi escolhido como candidato do partido do Governo, (PT) pelo ex-presidente Lula.

Três vezes governador do Estado que ostenta 30% do PIB do Brasil, com uma população de mais de 40 milhões, Alckmin parece ter um mistério relacionado com a antiga alquimia da qual, ao que parece, vem seu nome de família.

Em eleições duras e complexas como as que vive o Brasil, o tranquilo governador de São Paulo, circundado de problemas por todos os lados, alguns de grande peso como o caótico e desumano trânsito urbano e uma violência que impede a população de sair tranquila à rua por medo de ser assaltada e sequestrada, o candidato a governador parece caminhar sobre as águas de um lago sem que nada nem ninguém o faça cair nas pesquisas.

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A grave situação do Estado de São Paulo faria pensar em uma reeleição, senão impossível, pelo menos difícil para aquele que por três vezes já foi governador.

Foi neste Estado que, no ano passado, estouraram os protestos de rua. E foram nesses protestos que a truculência da Polícia Militar com os manifestantes fez com que eles se estendessem por todo o país.

Soldado de Alckmin ataca um cinegrafista
Soldado de Alckmin ataca um cinegrafista

É em São Paulo que a situação das prisões de segurança máxima é tão grave que o PCC (Primeiro Comando da Capital) colocou a cidade de joelhos várias vezes, com suas ordens vindas da cadeia. E é esse o Estado que vive uma trágica possibilidade de ficar sem água pelo nível baixíssimo de suas reservas, ao que parece por graves falhas de planejamento e gestão.

água sao paulo

Nem sequer sua suposta filiação ou simpatia pela Opus Dei, uma das instituições religiosas católicas mais conservadores, nem as supostas acusações de estar envolvido no último escândalo de corrupção do Caso Alstom, na construção do metrô, conseguiram diminuir a força eleitoral de Alckmin.

Em minha passagem por São Paulo, perguntei várias vezes para pessoas de diferentes extratos sociais qual é o segredo do inquebrável governador, a quem nada parece ser capaz de balançar. E as respostas não foram claras. Alguns dizem que ainda não apareceu nada melhor; que é uma pessoa séria, que realizou coisas concretas no Estado, que não perde a calma; que é um bom trabalhador. Nada muito além disso.

Nada, entretanto, que faça pensar em uma grande personalidade, como foi Lula, que fazia com que fosse seguido quase magneticamente. Alckmin foi comparado até mesmo com um dos vegetais mais insossos do Brasil, o chuchu, que para ter algum gosto precisa ser temperado com especiarias.

Nem sequer suas origens e formação explicariam esse “carisma sem carisma” do governador: nasceu em uma cidade sem brilho do Estado de São Paulo, que eu mesmo não consigo pronunciar sem gaguejar: Pindamonhangaba.

É médico anestesista, mas desde os 20 anos se dedica à política. Foi fundador, junto a personagens de grande importância como o sociólogo e ex-presidente do Brasil Fernando Henrique Cardoso e o economista José Serra, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).

Quem se atreveu um dia a se aprofundar no misterioso caráter do personagem Alckmin, blindado de todas as adversidades e todos os embates, foi o ex-ministro do PT e atual governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro. Genro apelidou Alckmin, uma vez, de “manso amestrado para ser agressivo”; uma espécie de cachorro pit-bull, que ao mesmo tempo parece “frio e de cera” e que pertence a uma certa “aristocracia paulistana indiferente ao Brasil”.

O certo, entretanto, é que no Estado de São Paulo, essa aristocracia, se existe de verdade, é minoria. Também convivem nele imensas massas de simples trabalhadores originários de cerca de cem nacionalidades diferentes, muitas vezes amontoadas em favelas que controlam milhões de votos e uma classe média difícil de lidar e enganar.

Ao lembrar que a origem do nome de família de Alckmin é desconhecida, que poderia vir do aramaico, onde significa o “químico”, se diz que seu nome significa “alquimia”, que poderia vir da palavra árabe ‘alkimya’.

E a alquimia, desde a antiguidade, é identificada não somente com o sonho de transformar os metais em ouro, mas também com a busca da pedra filosofal e de um certo misticismo capaz de transformar a ignorância em sabedoria.

O mistério da incrível sobrevivência política de Alckmin estaria relacionado com a magia da alquimia?

Na busca dessa espécie de milagre eleitoral de Alckmin, contra quem nem a força de Lula adiantou, que se esforçou para destronar o candidato do PSDB para colocar à frente do Estado mais numeroso, mais rico e influente do Brasil, seu favorito, Padilha, outro médico, como governador, existe até quem chegou a usar o humor: como Alckmin é anestesista de profissão, talvez tenha sido capaz, dizem, de anestesiar os 51% da população que podem mantê-lo outros quatro anos no poder.

Alckmin terá conseguido, na verdade, descobrir a verdadeira pedra filosofal política sem que os outros candidatos tenham percebido?

O que os sérios e trabalhadores cidadãos de São Paulo, um macro-cosmo altamente plural, veem no personagem Alckmin para que, aparentemente sem grande brilho, acabe convencendo se nem sequer esforçar-se muito?

Dizem que Alckmin é religioso. O que ele não deixará de ser é objeto da “santa inveja” por parte de candidatos com muito mais personalidade que ele, que sofrem e lutam hoje para conseguir subir alguns décimos no termômetro de seus apoios eleitorais enquanto o paulistano está quebrando sem grandes esforços esse termômetro do sucesso com seus 51 graus de febre eleitoral.

 

Marina equipe vice alckmin tesoureiro