O candidato a presidente da República Aécio Neves (PSDB), que disputa o segundo turno das eleições com a presidente Dilma Rousseff (PT), possui um perfil que vai muito além do político brasileiro. Além de estar envolvido neste meio há mais de 30 anos – por causa de seu avô, Tancredo Neves -, pode-se dizer que o mineiro é um conquistador nato. Quando o assunto é mulher bonita, o postulante tem história para contar. Confira uma lista de 10 beldades que já namoraram Aécio:
1 – Modelo Michele Pin2 – Atriz Ana Paula Arósio3 – Apresentadora Ana Luiza Castro4 – Modelo Martha Graeff5 – Modelo Gisele Bündchen6 – Modelo Larissa Borges7 – Miss Brasil Natália Guimarães8 – Modelo Bianca Giacóia9 – Atriz Maitê Proença10 – A modelo Letícia Weber, com quem é casado e tem dois filhos.
Na Wikipédia: Marina Silva nasceu pelas mãos de sua avó, que era parteira, na localidade de Breu Velho, em Rio Branco, capital do estado do Acre, em 8 de fevereiro de 1958. Descendente de africanos e portugueses, foi registrada com o nome de Maria Osmarina Silva de Souza, sendo filha do seringueiro cearense1 Pedro Augusto da Silva e da dona de casa Maria Augusta da Silva. O nome Marina, decorrente de um apelido dado por uma tia, foi acrescentado por ocasião da eleição de 1986, quando os candidatos ainda não podiam usar alcunhas nos nomes oficiais (um processo semelhante ao que aconteceu com Luiz Inácio Lula da Silva).
[Uma meia-verdade. O pai de Marina ainda está vivo. Tem, pelo menos, 36 anos que não é seringueiro. Desde quando veio morar em Rio Branco, passou a exercer a profissão de camelô, de vendedor de tabaco na antiga rodoviária. Tem hoje 87 anos, e recebe uma aposentadoria por idade de um salário mínimo do mínimo.]
O site oficial da campanha de Marina registra: Maria Osmarina Marina Silva Vaz de Lima nasceu em 8 de fevereiro de 1958 em uma pequena comunidade chamada colocação Breu Velho, no Seringal Bagaço, no Acre. Seus pais, nordestinos, tiveram 11 filhos, dos quais três morreram. A mãe morreu quando tinha apenas 15 anos.A vida no seringal era difícil. “Eu acordava sempre às 4h da manhã, cortava uns gravetos, acendia o fogo, fazia o café e uma salada de banana perriá com ovo. Esse era o nosso café da manhã”, conta. Depois, junto com as seis irmãs e o único irmão, fazia o corte nas seringueiras e colocava as tigelinhas. No final da tarde, retirava a recompensa, o látex.
Na adolescência, Marina sonhava em ser freira. “Minha avó dizia: ‘Minha filha, freira não pode ser analfabeta’”, lembra. O desejo de aprender a ler passou então a acompanhá-la. Aos 16 anos, contraiu hepatite, a primeira das três que foi acometida _seu histórico de saúde ainda inclui cinco malárias e uma leishmaniose. Foi então a Rio Branco em busca de tratamento médico. Com a permissão do pai, aproveitou a oportunidade para também se dedicar à vida religiosa e, ao mesmo tempo, estudar. Na capital acriana, para se sustentar, passou a trabalhar como empregada doméstica.
[A afirmativa de que pediu a “permissão do pai” passa a imagem de filha obediente e dedicada e amorosa. Esta é a única referência ao pai, que mora em um casebre, localizado em um alagado de Rio Branco]
Pedro Augusto, pai de Marina, hoje com 87 anos
O progresso nos estudos foi rápido. Entre o período de Mobral, no qual aprendeu a ler e a escrever, até a graduação em licenciatura em História (Universidade Federal do Acre) transcorreram apenas dez anos. Sua formação foi complementada posteriormente com as pós-graduações em Teoria Psicanalítica (Universidade de Brasília) e em Psicopedagogia (Universidade Católica de Brasília). A vocação social se revelou quando deixava a adolescência e ainda vivia no convento das Servas de Maria Reparadoras.
O então bispo de Rio Branco, dom Moacyr Grecchi, alinhado à Teologia da Libertação, às vezes ia rezar missa no convento onde vivia Marina, que gostava de suas mensagens. A candidata à noviça passou a participar das atividades das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs). Um dia, incentivada por um cartaz afixado na igreja, decidiu fazer um curso de liderança sindical rural, ministrado pelo teólogo Clodovis Boff e pelo líder seringueiro Chico Mendes. Sua dedicação ao curso a aproximou de Chico Mendes, que passou a lhe enviar publicações de sindicatos de trabalhadores rurais.
[Vivia em um convento. Quer dizer que tinha moradia e alimentação. Mas foi empregada doméstica. Deve ter sido por pouco tempo. Observe que aconteceu um mundão de cousas quando tinha 16 anos]
Marina a vencedora da morte
[A história de Marina fica mais emocionante (estão produzindo um filme), contada pelo Planeta Sustentável]: O inferno astral. Marina Silva foi desenganada pelos médicos quatro vezes.
Na primeira delas, tinha 16 anos e ouviu um doutor do serviço público dizer para sua tia: “A alma dessa menina já está no inferno“.
Uma hepatite tratada como malária deixou a jovem prostrada na cama por um ano. Os remédios destruíram seu fígado. Para cuidar da saúde, Marina teve que abandonar o trabalho na extração de borracha em Seringal Bagaço e se mudar para a capital do Acre, a 70 quilômetros dali.
Ao ouvir a profecia do médico, a garota irritou-se e disse: “Eu não morro de jeito nenhum”. Salvou-se. Três anos depois, contraiu nova hepatite. Daquela vez, a situação era mais grave. Teve que ser internada. Certo dia, do leito, ouviu uma conversa entre um médico e uma freira. “Ela tem cirrose e vai morrer”, disse o doutor. “Vou morrer nada”, respondeu Marina. Resolveu deixar o hospital e foi obrigada a assinar um termo de compromisso isentando os médicos de responsabilidade caso o pior acontecesse. De lá, Marina seguiu para a residência de dom Moacir Grecchi, então bispo da cidade, e contou que morreria, se não fizesse um tratamento em São Paulo. O bispo providenciou para que a menina de 19 anos fosse encaminhada ao hospital São Camilo, na zona oeste paulistana. Após longo período de cuidados médicos, curou-se.
Em 1991, durante o mandado de deputada estadual e depois de ter enfrentado novas hepatites e malárias, Marina Silva recebeu seu terceiro aviso de morte. Sentia na boca um gosto terrível, como se chupasse moedas. Sofria de dores insuportáveis. Era virada e revirada pelos médicos do hospital Albert Einstein, centro de referência de saúde em São Paulo, e nada se descobria. Depois de incontáveis exames, detectou-se a presença de metais pesados no seu organismo. No passado, quando havia tido leishmaniose – uma doença que deixou uma cicatriz no seu nariz -, Marina tomou remédios tóxicos, que eram amplamente receitados para os doentes pobres da sua cidade natal. A fatura pela imprudência médica começava a chegar. Ela sarou da leishmaniose, mas foi contaminada por mercúrio. Marina passou um ano e oito meses deitada na cama da sogra, em Santos, no litoral paulista. No meio do calvário, descobriu-se esperando um bebê do marido, o técnico agrícola Fábio Vaz. Aos oito meses de gravidez, pesava 47 quilos. Dos médicos, ouviu que talvez não sobrevivesse ao parto. Repetiu o mantra: “Não morro de jeito nenhum”. A filha nasceu prematura e Marina ficou em tal estado de debilitação que mal conseguia manter-se de pé.
Três anos depois, no Senado, Marina Silva continuava com a saúde em frangalhos. Conseguia autorização especial para discursar sentada – o que é proibido pelo regimento interno da casa. Viajou para o Chile e os Estados Unidos para tratar da saúde. Não percebia nenhum sinal de melhora. Ao contrário, sentia-se até pior. Queixou-se a seu médico particular, Eduardo Gomes, de que nem mesmo a internação no Massachusetts Hospital havia melhorado seu estado. Ouviu, então, a seguinte frase: “A senhora não precisa de um médico. A senhora precisa de um milagre”.
Marina aos 23 anos
Em Belo Horizonte, no dia 23 de março de 2007, o caixão de Marina Silva percorreu algumas ruas da cidade num cortejo fúnebre promovido por ambientalistas. Tratava-se de uma encenação contra a transposição das águas do rio São Francisco. Em outros tempos, e tempos não tão distantes assim, essas mesmas pessoas seriam capazes de insultar quem emitisse uma palavra de desabono contra Marina.
A roleta russa
Eis como Maria toma suas decisões políticas:
Zero Hora:Em Marina, força e fragilidade se equilibram desde a infância miserável nos confins da Amazônia. Venceu a pobreza, o analfabetismo e a malária. Estudou e, de degrau em degrau, chegou ao Senado. Foi ministra do Meio Ambiente e candidata à Presidência em 2010. Tem uma biografia de cinema, com passagens épicas nos seringais do Acre, ao lado de Chico Mendes, o ambientalista assassinado que se tornou mártir da floresta.
Sobre a madrugada de 30 de agosto de 2009, horas antes de acenar pela primeira vez a intenção de sua candidatura à presidência da República pelo PV:
Era como um barco à vela que se lança ousadamente ao alto-mar, à espera dos ventos. Sem saber ao certo se virão, mas crendo que sim; eles virão, eles virão.
Chorou durante duas ou três horas naquele quarto de hotel. Às cinco da manhã, sua filha, ouvindo de longe seu lamento, levantou e foi até ela: “Mamãe, estou preocupada com você; você está tão triste!”.
Num instante, uma frase lhe veio à memória, e Marina correu para o computador. Queria escrever para não esquecer. Era Guimarães Rosa, um trecho tirado de um conto. Checou pelo Google cada palavra. Anotou-as. Depois escreveu à mão uma das confissões de Santo Agostinho, que também lhe ocorrera minutos antes. As metáforas ajudam-na desde sempre a elaborar a tristeza, e a poesia é uma forma de escape, de aliviar as dores de um viver sobrecarregado.
Seu primeiro casamento ocorreu em 1980 e resultado em dois filhos: Shalon e Danilo. A união terminou em 1985. No ano seguinte, em 1986, casou-se com Fábio Vaz de Lima, técnico agrícola que assessorava os seringueiros de Xapuri. Desse casamento, que dura até hoje, Marina teve Moara e Mayara.
Casada há 23 anos com o técnico agrícola Fábio Vaz de Lima, Marina teve duas meninas: Moara e Mayara. Quando mais jovem, foi casada com Raimundo Souza, um técnico em informática, com quem teve a menina Shalon e o menino Danilo
[Marina tem blindada a história dos seus casamentos. E a vida dos seus filhos. Isso no Brasil que todo mundo explora a vida dos candidatos.
Collor exibiu na primeira campanha direta para presidente, depois da ditadura militar, a vida pobre da família de Lula, inclusive a denúncia de um aborto. Noutras campanhas presidenciais foram criticados o enriquecimento do filho de FHC, da filha de Serra, da filha de Dilma.
Esta semana, pela primeira vez, a revelação do abandono do pai de Marina]
Marina, com o apoio de Lula se elege senadora, em 2002
Este assunto foi tratado com a perspicácia e a competência habituais de Fernando Antonio Gonçalves no artigo Mulheres do III Reich (20.06.14), inspirado na obra de Wendy Lower, Mulheres do Nazismo, consultora do Memorial do Holocausto. A estarrecedora narrativa consumiu 425 páginas, complementada por mais 170 que contém 399 fontes de pesquisa e 25 ilustrações. Certamente, não caberia voltar à matéria. No entanto, o que ficou remoendo o meu juízo e me encorajou a tratar da matéria foi o próprio Fernando que conclui o artigo assim: “As memórias jamais deverão ser resvaladas para o baúdo esquecimento. Pois, assim procedendo, proporcionam o surgimento de novas ideologias que menosprezam a dignidade dos seres humanos”.
O final do artigo mexeu em sentimentos humanitários e, naturalmente, me fez sentir o calor do sangue da ascendência e da descendência judia.
De outra parte, a revelação dos algozes nazifascista recaiu sobre um personagem, a mulher, até então, praticamente ignorado pelos horrores da crueldade, do massacre e do autêntico genocídio praticado pelos nazistas. Intrigante! A mulher, mãe, a quem a perpetuação da espécie deve a vida dividida no paraíso uterino; a quem a sobrevivência do ser desprotegido é nutrida pelo leite e aconchego do seio materno, enfim, a mulher que, por força da dominação preconceituosa do homem, sempre desempenhou um papel secundário na vida social, assumiu a tarefa de cúmplice e perpetradoras da extinção dos “inimigos” do Reich (500 mil envolvidas).
De fato, no primeiro momento, o texto intriga; em seguida, espanta; por fim, a leitura do livro faz compreender os acontecimentos: o veneno ideológico inoculado na formação da sociedade alemã, tendo como pilares a superioridade da raça ariana (definindo os inimigos a serem eliminados) e na doutrina do “espaço vital” (o lebensraum, a base do expansionismo imperialista e totalitário), geraram monstros que, na corajosa e insuperável visão de Hannah Arendt, agiam sob a serena ”banalidade do mal”, amparada pela “lei de Ninguém” que se tornou “responsabilidade de ninguém” no tribunal pós-guerra.
Em relação às mulheres, três crenças foram inoculadas em doses maciças: (a) aceitar irrestritamente a superioridade masculina; (b) “emancipar a mulher da emancipação feminina” contraditando a suposta igualdade de gênero pregada pelo bolchevismo inimigo figadal do movimento nazista; (c) procriar na maior escala possível a descendência alemã (mães com mais de quatro filhos eram agraciadas com a Cruz de Honra e, no gracejo sádico do Fuhrer, a mãe de seis filhos era mais importante do que um advogado).
Formada com esta carga doutrinária, a mulher nazista tinha o seu destino traçado: testemunha, cúmplice e assassina, sejam como parteiras, enfermeiras, burocratas, sejam como diligentes assessoras dos maridos. Ainda que com ânsia de vômitos, sinto-me no dever de registrar, pelo menos três personagens de episódios asquerosos: Liesel Wilhaus (Janoska, Polônia) praticava tiro ao alvo matando os judeus que passavam pelo seu quintal; Johanna Altvaver (Ucrânia) atraia crianças judias com doce e atirava na boca das vítimas com sua pistola de prata; Vera Wohlauf, grávida, acompanhou o marido num dos guetos poloneses para assistir ao massacre e se divertia chicoteando os judeus.
Johanner AltvaterLiesel WillhausVera Wohlau
Infelizmente, os tribunais de desnazificação foram, no mínimo, benevolentes com as genocidas que, doutrinadas para matar seres inferiores, inimigos de uma “causa nobre”, obedeciam, como ocorre, até hoje, a ordem interior de eliminar o outro, mandamento primeiro dos ódios inabaláveis. De fora para dentro, a consciência, já contaminada, estava legitimada pelo poder político. Como de costume, alegavam que “não sabiam de nada” ou “cumpriam ordens”.
No entanto, em meio à louca disseminação do mal, luzem estrelas do bem e da compaixão, em gestos raros de bondade e em palavras proferidas de inconformismo, medo, desamparo, como atesta a carta de Annette Schucking (Novogorod-Volynsk–Ucrânia, 5 de junho de 1941): “Ah. mamãe, o mundo é um enorme matadouro”.
A “política não pode ser um balcão de negöcios”, diz Camila Valadão, classificada como candidato pé de serra.
A frase pejorativa tem vários significados: ela é de Serra, cidade do Espírito Santo; e não possui dinheiro para fazer a campanha fácil dos endinheirados candidatos dos jatinhos e do helicóptero do pó.
Acorda povo do Espírito Santos. Acorda Serra! Vota na tua filha!
“Essa é minha primeira disputa em eleição. Embora eu tenha participado do processo de eleição a partir de outros candidatos, inclusive, por exemplo, o nome de Brice que foi a nossa candidata ao Governo do Espírito Santo em 2010. Também já participei da construção de outras campanhas proporcionais, agora como candidata, é a primeira, e sem dúvidas vai ser um grande desafio”, enfatizou.
A pré-candidata esta filiada ao partido desde 2005, onde é integrante da executiva nacional do PSOL, anteriormente era militante do PT.
Camila Valadão tem 29 anos, é professora da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e de uma faculdade particular da Serra.
Em entrevista ao Portal Capixabão, Camila falou sobre as coligações, desafios e definições partidárias para 2014.
A aparição
de uma judia
rameira
cortesã
bacante
Judite às avessas
o poder da sedução
e da beleza
que leva à perdição
Atira pedras
A aparição
de uma judia errante
a mulher estrangeira
a fêmea impura
estranha aos outros animais do Éden
encimada por estrelas alquímicas
majestosa
Atira pedras
Possessão de Lilith
que visitou Adão
quando dormia
e montada nele
a vadia se satisfez
provocando-lhe
poluções noturnas
e dessa cópula
os filhos soturnos
flagelos da humanidade
que governam o mundo
Posta nas encruzilhadas
vestida de escarlate
adornada com quarenta ornamentos
menos um
Lilith espera algum tolo
As faces brancas e vermelhas
o cabelo longo e vermelho
a boca vermelha assemelhada
a uma estreita graciosa passagem
a língua pontuda como uma espada
os lábios vermelhos como uma rosa
os lábios adocicados
com todas as doçuras do mundo
a voz macia cantante
as palavras suaves como o óleo
Lilith espera algum tolo
Lilith a prostituta virgem
chama o passante
O tolo a segue
bebe do cálice
do vinho alucinante
fornica com Lilith
perde-se atrás dela
O tolo perde-se atrás dela
Lilith fornica com os homens
seduz as mulheres
que admiram o próprio corpo
nos espelhos da soledade
Lilith está presente
nas encruzilhadas
de cada mulher
Nos ritos de passagem
de todas as mulheres
Lilith presente
no primeiro mênstruo
Lilith presente
no desvirginamento
Lilith presente
no mistério do sangue
nas mutações do corpo
na concepção na gravidez
no leite
Lilith mata
as crianças no parto
Lilith mulher vampira
mãe da multidão misturada
a serpente que Javé
cortou os pés
a serpente poetisa
sussurrou versos
encantando Eva
Atira pedras
Sou do tempo que, em mulher, não se bate nem com uma flor.
Cantou o genial Capiba:
Sempre ouvi dizer que numa mulher
Não se bate nem com uma flor
Loira ou morena, não importa a cor
Não se bate nem com uma flor.
Já se acabou o tempo
Que a mulher só dizia então:
– Chô galinha, cala a boca menino
– Ai, ai, não me dê mais não
Fiel a este princípio, fico imaginando o controle emocional do jornalista Mauro Donato quando foi espancado por uma policial feminina.
“Na primeira foto do alto, à esquerda, estou eu. Mas não vamos falar de mim, pelo menos por enquanto.
É sempre delicado e desconfortável quando nos tornamos personagem. Não é esse o nosso papel. O papel da imprensa é o de ser um olho. Um olho sem cor e crítico. O problema é que parece que a PM assumiu a incumbência de cegar este olho”, escreve Mauro Donato.
Veja como os policiais defendem suas colegas fardadas:
As mulheres não devem imitar o que de pior existem nos homens.
Exemplar comportamento o da policial Andréia Pesseghini, que denunciou os colegas envolvido nos assaltos a caixas eletrônicos em São Paulo.
No jornalismo a Rachel Sheherazade terminou demitida da SBT, por escancarar a orquestração da Imprensa contra os protestos do povo nas ruas.
Maria Madalena era a discípula mais amada por Jesus
No Novo Testamento aparecem pelo menos três mulheres chamadas de Madalena – um gentílico da cidade de Magdala. Jesus era chamado de Nazareno. Da cidade de Nazaré
* El Pontífice pretende recuperar el elemento femenino de los primeros tiempos del cristianismo
No se trata de una broma. Es algo que le ha pasado por la cabeza al papa Francisco: nombrar cardenal a una mujer. Quienes le conocen, dentro y fuera de la Compañía, desde antes de llegar a la cátedra de Pedro, aseguran que el primer papa jesuita de la Iglesia está llamado a sorprender cada día no sólo con sus palabras sino también, y sobre todo, con sus gestos. Eso está haciendo en los primeros seis meses de pontificado.
Quienes piensan que Francisco, con su sencillez de párroco de provincia, su lenguaje llano y su sonrisa siempre en los labios es un simple o un ingenuo, se equivocan. Este Papa, que no parece Papa, ha llegado a Roma desde la periferia de la Iglesia con un programa bien concreto: cambiar no sólo el aparato herrumbroso de la maquinaria eclesial sino también resucitar el cristianismo de los orígenes.
El simbolismo de sus gestos empezó desde que apareció en el balcón central de la Basílica de San Pedro, vestido de blanco, diciéndose “obispo” y pidiendo que la gente de la plaza lo bendijera. No perdió desde entonces un minuto para sembrar de gestos inesperados su primeros meses de pontificado con espanto de muchos, dentro y fuera de la Iglesia.
Y lo seguirá haciendo. Por ejemplo, con este plan de hacer cardenal a una mujer. Sabe que el tema femenino dentro de la Iglesia está sin resolver y que no puede esperar. Lo ha dejado claro con dos frases lapidarias en su última entrevista a Civiltá Católica: “La Iglesia no puede ser ella misma sin la mujer”. No es sólo una afirmación. Es una acusación. La frase se puede leer también así: “La Iglesia no está aún completa porque en ella falta la mujer”.
– – – Francisco considera que resolver el tema de la mujer dentro de la Iglesia ya es algo impostergable
– – –
¿Cómo introducir en la Iglesia esa pieza esencial, sin la cual, la Iglesia “no puede ser ella misma”? Lo ha dicho en la misma entrevista: “Necesitamos de una teología profunda de la mujer”.
Y esa teología, da a entender el papa, no puede ser construida en el laboratorio del Vaticano, apadrinada por el poder. La están ya construyendo las mujeres dentro de la Iglesia: “La mujer está formulando construcciones profundas que debemos afrontar”, dice.
Francisco quiere resolver ese problema durante su pontificado porque está convencido que la Iglesia de hoy está manca y coja sin la mujer en el lugar que le correspondería, que sería ni más ni menos que el que ya tuvo en los inicios del cristianismo, donde ejerció un enorme protagonismo. Por lo menos hasta que Pablo acuñó su teología de la cruz y jerarquizó y masculinizó a la Iglesia.
El papa sabe que para llevar a cabo la revolución que tiene en mente necesita “escuchar” a la Iglesia, no sólo a la de arriba, sino también a la de abajo, donde se están llevando a cabo, por parte de la mujer, “construcciones profundas”.
— Puede haber cardenales que no sean sacerdotes, basta que sean diáconos
—
Podría sin embargo, abrir camino él mismo con algunos gestos que obligarían a colocar con urgencia el tema de la mujer sobre el tapete, o si se prefiere sobre “el altar”. Y uno de esos gestos sería nombrar cardenal a una mujer. ¿Que es imposible? No. Hoy, según el derecho canónico, puede haber cardenales que no sean sacerdotes, basta que sean diáconos.
Pero es que la mujer, podría decir alguien, hoy no puede aún ser diaconisa, como lo era hace 800 años y sobre todo en las primeras comunidades cristianas. Pues esa es también una de las reformas que Francisco tiene en la cabeza. No se trata de ningún dogma. La mujer podría ser admitida al diaconado mañana mismo.
Como ha escrito Phyllis Zagano, de la Universidad de Loyola de Chicago, la mayor experta de la Iglesia en este tema, “el diaconado femenino no es una idea para el futuro. Es un tema de presente, para hoy”. Y cuenta que había abordado el tema con el cardenal Ratzinger, antes de ser papa, y que le respondió: “Es algo en estudio”. A Benedicto XVI se le quedó en el tintero, pero el papa Francisco podría acelerar el proceso. Ya hoy, la Iglesia Apostólica Armenia y la Ortodoxa Griega, ambas unidas a Roma, cuentan con diaconisas.
Llegada la mujer al diaconado, puede ya, sin cambiar el actual Derecho Canónico, hacer a una mujer cardenal con el título de diaconisa. Más aún, bastaría cambiar la actual normativa para permitir que un laico, y por tanto una mujer, pueda ser elegida cardenal, ya que ha habido por lo menos dos casos en la Iglesia en que fueron nombrados cardenales dos laicos: el Duque de Lerma en 1618 y Teodolfo Mertel en 1858.
—
El cardenalato no implica consagración presbiterial ni episcopal, es un puesto de consejero del papa
—
Un jesuita me decía: “Conociendo a este papa, no le temblaría la mano haciendo cardenal a una mujer y hasta le encantaría ser él el primer papa que permitiese que la mujer pudiera participar a la elección de un nuevo papa”.
Cuando Francisco, en su larga entrevista, insiste en que no quiere hacer los cambios precipitadamente y que antes prefiere “escuchar” a la Iglesia, es porque esos cambios, algunos sorprendentes, los tiene ya en mente, quizás bien enumerados. Quiere sólo presentarlos con el aval no sólo de la jerarquía sino del pueblo de Dios.
Con este Papa, como diría Federico Fellini: “La nave va”. Con Francisco, los pilares de la Iglesia se empiezan a mover. Y muchos empiezan a temblar. De miedo. Dentro, no fuera de la Iglesia. Fuera empiezan a resonar más bien las notas del estupor y hasta de la incredulidad. “Con este papa casi me están dando ganas de hacerme católica”, escribió ayer una lectora en este diario.
Algo se mueve, y quizás irreversiblemente en la Iglesia justo en el momento en el que en el mundo laico y político, en el campo de la modernidad, los relojes parecen haberse parado todos a la vez.
Francisco deu a sua primeira grande entrevista ao fim de seis meses de papado REUTERS
Uma “reviravolta na Igreja” é como o teólogo Anselmo Borges classifica a entrevista do Papa Francisco divulgada na quinta-feira por várias revistas jesuítas, incluindo a portuguesa Broteria.
“O Papa quer recentrar a Igreja no Evangelho. O que ele diz na entrevista é que, antes da religião, está esta busca pela justiça e pela felicidade das pessoas”, sublinhou o teólogo, aplaudindo de pé a crítica que o novo Papa faz ao “moralismo” e ao “legalismo” reinantes entre os membros da Igreja.
“Ele diz que o edifício moral da Igreja corre o risco de cair como um castelo de cartas, ou seja, a Igreja não pode continuar obcecada por temas como o sexo, não pode estar constantemente centrada nisso.”
Dando provas de uma postura inédita, Francisco faz questão de recusar para si e para a Igreja o papel de juízes relativamente a comportamentos como a homossexualidade e práticas como o aborto.
“Se uma pessoa homossexual é de boa vontade e está à procura de Deus, eu não sou ninguém para julgá-la […]. A religião tem o direito de exprimir a própria opinião para serviço das pessoas, mas Deus, na criação, tornou-nos livres: a ingerência espiritual na vida pessoal não é possível”, afirmou o Papa, apelando a uma postura mais compassiva, até porque “o confessionário não é uma sala de tortura, mas lugar de misericórdia”.
Depois de ter lido estas linhas, Anselmo Borges vê a defesa de uma Igreja “mais compassiva e menos julgadora”, capaz de abarcar “as pessoas feridas no sentido moral em vez de as excluir”. O que o teólogo não viu foi uma clarificação sobre se a Igreja “aceita ou não o exercício da homossexualidade” nas mesmas condições da heterossexualidade.
“Acho que ele não se pronunciou claramente sobre isso. Mas manifestou recentemente abertura à possibilidade de os divorciados recasados poderem comungar como todos os outros”, conclui Anselmo Borges. O lugar das mulheresna Igreja
Relativamente ao aborto, a postura do Papa é igualmente compassiva: “Penso também na situação de uma mulher que carregou consigo um matrimónio fracassado, no qual chegou a abortar. Depois esta mulher voltou a casar e agora está serena, com cinco filhos. O aborto pesa-lhe muito e está sinceramente arrependida. Gostaria de avançar na via cristã. O que faz o confessor?”, interpela o Papa, depois de sublinhar que a grandeza da confissão consiste no “facto de avaliar caso a caso e de poder discernir qual é a melhor coisa a fazer por uma pessoa que procura Deus e a sua graça”.
O que Isilda Pegado, presidente da Federação Portuguesa pela Vida, que se tem batido contra a descriminalização do aborto, vê de novo nestas palavras é a linguagem, mais do que uma alteração da postura da Igreja. “A postura de fundo é a mesma, isto é, não deixa de haver no aborto a destruição de uma vida humana a que a Igreja se opõe”, interpreta.
Porque a Igreja “não é só para virtuosos, mas para os pecadores também”, a activista antiaborto sublinha que o Papa pressupõe, no exemplo que dá, o arrependimento da mulher. “É uma questão bem diferente de o homem tornar o acto que é negativo em positivo”, frisa. E insiste que o que o Papa Francisco está a dizer “é que a Igreja não deve excluir as pessoas que cometeram erros”. Com uma linguagem diferente, sim. “Nova, bonita, mais adequada ao século XXI”, adjectiva.
Embora assumidamente defensor de uma presença feminina “mais incisiva na Igreja”, o Papa é pouco taxativo quanto à sua tradução prática. Ao mesmo tempo que defende que “o génio feminino é necessário nos lugares em que se tomam as decisões importantes”, Francisco rejeita o que classifica como “machismo de saias”, parecendo com isso descartar a ordenação sacerdotal das mulheres. “Não me pareceu aberto a essa possibilidade”, interpretou Anselmo Borges.
“Acho que ele ainda não sentiu que tenha forças para dar acesso total às mulheres”, concorda Maria João Sande Lemos, do movimento Nós Somos Igreja, que se vem batendo há vários anos pela ordenação sacerdotal das mulheres. “Tenho pena que ele não tenha ido por aí, mas penso que esta guerra deve ser das mais difíceis e, por isso, imagino que ele sinta que tem de ir com cuidado.”
Para esta responsável, “enquanto o celibato dos padres não deixar de ser obrigatório, a ordenação das mulheres sairá sempre prejudicada”. Porquê? “Enquanto no subconsciente das hierarquias da Igreja as mulheres continuarem a ser o demónio e a representar o pecado, será difícil dar passos no sentido da plena igualdade”, responde.
“As mulheres já assumiram na sociedade civil a plenitude da sua cidadania, só na Igreja é que continuam a ser cidadãs de segunda”, sublinha ainda Maria João Sande Lemos. Mas, apesar de ter detectado um tom algo paternalista” nas palavras de Francisco relativamente a esta questão, a activista considerou a entrevista “excelente”.
“Acho que o que ele está a fazer é uma preparação da Igreja, da hierarquia e dos católicos mais à direita. Não quererá ter muitas frentes de batalha em simultâneo”, interpreta. (Público, Portugal)
Camila Vallejo líder universitária ChileMara Carfagna, ministra para Igualdade das Oportunidades da ItáliaJuliana Brizola deputada estadual no Rio Grande do SulAlina Kabaeva RússiaRaquel Lyra deputada estadual de PernambucoGeane Marinho deputada estadual do Rio Grande do NorteJulia Anastasia Bonk AlemaniaManuela D’Ávila deputada federal Rio Grande do SulMarina Weisband, Partido Pirata da AlemanhaYuri Fujikawa Japão